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Algo fundamental a perceber é que o processo de construção dessas primeiras políticas sociais poderia desmobilizar a luta por direitos, pois através da fetichização de direitos e benefícios, a classe trabalhadora vê parte de suas reivindicações acolhida pelo Estado, na forma de legislações e prestação de serviços sociais e assistenciais. Nesse caso, o estado atinge um de seus objetivos, que é a manutenção da ordem e da chamada paz social. O que é essa fetichização? É o mesmo que dar uma aparência diferente a um determinado objeto, diferente do que realmente é de fato. Transfigurar algo de acordo com determinados interesses. Ou seja, no caso das lutas por direitos e benefícios, estas são fetichizados, como se fossem benesses dos governantes para a população, ignorando a lutas desses trabalhadores. Esse protagonismo que as políticas na área de previdência social obtinham no período do Estado Novo perdurou até 1988, com a promulgação da Constituição Federal, chamada também de “Constituição cidadã”. Nessa Constituição, foi determinado um sistema de proteção social para nosso país, compondo a Seguridade Social três áreas de atenção - Saúde, Previdência Social e Assistência Social, definidas da seguinte forma: • Saúde – direito de todos e dever do Estado. • Previdência Social – de caráter contributivo. • Assistência Social – a quem dela necessitar. Dessa forma, nosso sistema de proteção social contido na Constituição Federal de 1988 pretende oferecer uma proteção integral, no conjunto de nossa Seguridade Social. Mas logo após a promulgação da Constituição Federal de 1988, a sua consolidação não conseguiu se efetivar, por conta da eleição de Fernando Collor de Mello, com seu ideário neoliberal. Porém, para melhor entendimento sobre um governo com influência do neoliberalismo, é importante compreender como se deu o surgimento desta ideologia. Dessa forma, na próxima aula, faremos um breve histórico da ideologia neoliberal.
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