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ANALISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS-2

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MATÉRIA: ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRA
 DATA DA PROVA: 11/06/2022 (Sábado) - 10:30Hs às 11:30Hs
Matarazzo: As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com regras contábeis. A análise de balanços transforma esses dados em informações para a tomadas de decisões.
 ** O norte para que as decisões sejam tomadas são a padronização e o armazenamento adequados dos dados e das informações.
A padronização é feita pelos seguintes motivos: 
Simplificação: cada empresa tem seu plano de contas e na apresentação do balanço não há uma padronização
Comparabilidade: havendo divergências na composição das contas, a comparação se torna muito difícil. Enquadrando-se os valores em um modelo, a comparabilidade se torna viável. 
Adequação aos objetivos da análise: a reclassificação de algumas contas de ocorrer na demonstração contábil de acordo com o objetivo da análise. 
Precisão nas classificações de contas: há empresas que “maquiam” as contas, a fim de “embelezar” o balanço patrimonial. Diante desse fato, ao utilizar a padronização evita-se a “maquiagem”. 
Descoberta de erros: na utilização de modelos padronizados, torna-se fácil verificar a existência de erros intencionais ou não intimidade do analista com as demonstrações contábeis. 
Distinção entre dados e informações: 
• dados: são números ou descrições de objetos/eventos que, isoladamente, não provocam nenhuma reação no leitor; 
• informações: comunicação que pode produzir reação ou decisão.
Segundo Matarazzo (2009): 
1. extraem-se índices das demonstrações financeiras; 
2. comparam-se os índices com os padrões; 
3. ponderam-se as diferentes informações e chega-se a um diagnóstico ou conclusões; 
4. tomam-se as decisões.
Demonstrações contábeis: tem como objetivo principal, a partir da apuração dos diversos indicadores, transmitir aos usuários desde as informações contábeis (numéricas) à saúde financeira de determinada empresa, compreendem temporalmente um período denominado de exercício social.
Demonstrações contábeis exigidas pela atual Lei Contábil – Lei nº 11.638/07:
• balanço patrimonial (BASE PARA AS DEMAIS) 
• demonstração do resultado do exercício (BASE PARA AS DEMAIS)
• demonstração da mutação do patrimônio líquido • notas explicativas
• demonstração do fluxo de caixa • demonstração do valor adicionado 
Usuários das demonstrações contábeis e seus objetivos:
 • Sócios e gestores: 
– Aumentar ou reduzir investimentos; 
– Aumentar o aporte de capital ou emprestar recursos; 
– Expandir ou reduzir as operações; 
– Comprar/vender à vista ou a prazo. 
• Instituições financeiras: 
– Conceder ou não empréstimos; 
– Estabelecer termos do empréstimo (volume, taxa, prazo e garantias). 
• Fornecedores em geral: 
– Conceder ou não crédito, em que valor e a que prazo. 
• Investidores: 
– Adquirir ou não o controle acionário;
 – Investir ou não em ações na bolsa de valores. 
• Comissão de Valores Mobiliários (CVM): 
– Observar se as demonstrações contábeis de uma empresa de capital aberto respondem aos requisitos legais do mercado de valores mobiliários, como periodicidade de apresentação, padronização e transparência. 
• Poder judiciário e concorrência: 
– Situação creditícia e econômica da empresa. 
• Governo: 
– Buscar indícios de sonegação de impostos; 
– Acompanhar a atividade econômico-social. 
• Sindicato dos empregados: 
– Avaliar o vulto dos equipamentos e instalações do capital de giro próprio e da solidez econômico-financeira, buscando identificar se há garantia acessória negociações salariais.
Uso dos relatórios para os segmentos da economia no processo decisório:
•P/ Investidores: identificar a situação econômico-financeira da empresa e decidir sobre as melhores alternativas de investimento; 
•P/ Fornecedores de bens e serviços a crédito: analisar a capacidade de pagamento da empresa compradora; 
•P/ Banco (instituições financeiras): aprovar empréstimos, financiamentos, e etc.
•P/ Governo: Arrecadar impostos e dados estatísticos.
•P/ Sindicatos: Determinar a produtividade do setor, fator preponderante p/ reajuste de salários; 
•P/ Outros interessados como funcionários, órgãos de classes, pessoas e diversas instituições, como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o CRC (Conselho Regional de Contabilidade), concorrentes etc. 
Razões de distorção da função do contador para atender a empresa:
• liberação de crédito; • investimento de capital; • fusão de empresas; • incorporação de empresas; • rentabilidade ou retorno • saneamento financeiro;
• perspectiva da empresa; • fiscalização ou controle; • relatórios administrativos. 
Marion (2005) sugere que a análise das demonstrações contábeis seja analisada em três níveis: 
• nível introdutório:
- Liquidez – situação financeira;
- Rentabilidade – situação econômica; 
- Endividamento – estrutura de capital.
• nível intermediário: A análise pode ser aprofundada com a complementação dos demais demonstrativos contábeis, tais como: DMPL, DFC, DVA e DRE. Basicamente, complementando as informações e análises efetuadas no nível introdutório.
• nível avançado:
• indicadores combinados (avaliar a empresa ponderando conjuntamente o tripé, dando-se uma nota final); 
• análise da demonstração do valor agregado (avalia a capacidade de gerar renda e como essa renda gerada é distribuída); 
• liquidez dinâmica (liquidez econômica, patrimonial etc.); 
• projeções das demonstrações contábeis e sua análise; 
• análise com ajustamento das demonstrações contábeis no nível geral de preços; 
• análise por meio de dividendos por ações e outros indicadores para as empresas de capital aberto com ações cotadas no mercado; 
• análise das variações de fluxos econômicos versus financeiro; 
• outros modelos de análise EVA, MVA, Balanced Scorecard etc.
Objetivo da análise das demonstrações contábeis 
Lei 6.404 de 1976 – atualizada, a escrituração contábil obedecerá: Art. 177.
-- § 1º As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos ou critérios contábeis, deverão indicá-la em nota e ressaltar esses efeitos. 
-- § 2º A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeiras. 
I – (revogado); II – (revogado). 
-- § 3º As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela registrados.
-- § 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por contabilistas legalmente habilitados.
-- § 5º As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3º deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de valores mobiliários. 
-- § 6º As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários para as companhias abertas.
As demonstrações contábeis são legalmente exigidas, como registro das operações contábeis das entidades econômicas, art. 176 da Lei 6404/76: Art. 176.
Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações: 
I – balanço patrimonial (BP);
II – demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
III – demonstração do resultado do exercício (DRE); 
IV – demonstração dos fluxos de caixa (DFC);
V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado (DVA). 
-- § 1º As demonstrações de cada exercícioserão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior. 
-- § 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como “diversas contas” ou “contas-correntes”. 
-- § 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral. 
-- § 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. 
-- § 5º As notas explicativas devem:
 I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos;
 II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; 
 III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; 
 IV – indicar: a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; 
 b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (art. 247, parágrafo único); 
 c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (art. 182, § 3º); 
 d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; 
 e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações em longo prazo; 
 f) o número, espécies e classes das ações do capital social;
 g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; 
 h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1º i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. 
-- § 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.
-- § 7º A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu critério, disciplinar de forma diversa o registro de que trata o § 3º deste artigo (BRASIL, Art. 176, Lei 6.404, 1976).
Itens que devem merecer tratamento mais cuidadoso no presente exercício:
a) Transações entre partes relacionadas (Deliberação CVM nº 26/86). — a nota explicativa sobre transações entre partes relacionadas deve caracterizar as transações ocorridas, as condições em que se deram essas transações (preços, prazos, encargos, qualidade etc., e se a transação foi efetuada em condições semelhantes às que seriam aplicadas entre partes não relacionadas) e os efeitos presentes e futuros na situação financeira e/ou nos resultados da companhia; 
b) Destinação do resultado do exercício: — deve ser apresentada nota explicativa sobre a proposta dos órgãos da administração para destinação do resultado do exercício. Nesse particular, quatro pontos se destacam:
I – Retenção de lucros – devem ser explicitadas as justificativas e as linhas principais do respectivo orçamento de capital. Lucros não destinados, mesmo que mantidos em Lucros Acumulados, caracterizam-se como Retenção de Lucros (Artigo 196 da LEI Nº 6.404/76). 
II – Reservas de lucros a realizar – Esta reserva foi introduzida na lei societária a fim de que o dividendo obrigatório possa ser fixado como porcentagem do lucro do exercício sem risco de criar problemas financeiros para a companhia, conforme seção II do capítulo XVI da Exposição de Motivos nº 196, de 24.06.76, do Sr. Ministro da Fazenda, encaminhando o Projeto de Lei das S.A.
** Deve ser demonstrado o cálculo da reserva constituída, cabendo lembrar que a Reserva de Lucros a Realizar que poderá ser constituída é o excedente dos lucros a realizar sobre as reservas (Legal, Estatutária, para Contingências e de Retenção de Lucros) constituídas.
** As reservas constituídas em exercícios anteriores e já realizadas devem ser revertidas e incluídas na base de cálculo ao dividendo mínimo obrigatório. As reversões deverão ser feitas na proporção da realização do saldo de correção monetária, dos dividendos ou lucros recebidos de coligadas e controladas, dos lucros sobre vendas em longo prazo realizadas no período.
III – dividendo – deve ser apresentada a demonstração do cálculo do dividendo proposto, sendo recomendado o seu pagamento com correção monetária, conforme Instrução CVM Nº 72, de 30.11.87. 
IV – destinação integral – é entendimento da CVM que a legislação societária determina a destinação integral do resultado do exercício (Art. 192 da LEI Nº 6.404/76). Vide Instrução CVM Nº 59, de 22.12.86. 32
O parecer da auditoria independente
 As empresas de capital aberto, instituições financeiras e alguns outros casos específicos são obrigados a publicar as demonstrações financeiras com o parecer da auditoria externa. O auditor emite sua opinião, informando se as demonstrações financeiras representam adequadamente a situação patrimonial e a posição financeira na data do exame. 
Os principais motivos que levam uma empresa a contratar o auditor externo ou independente são: 
• obrigação legal – as companhias abertas são obrigadas por lei; 
• imposição de bancos para ceder empréstimo; 
• imposição estatutária; 
• imposição dos acionistas minoritários; 
• para efeito de fusão, incorporação, cisão ou consolidação. 
Compete ao Conselho Fiscal: 
I. fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e estatutários; 
II. opinar sobre o relatório anual da administração, fazendo constar do seu parecer as informações complementares que julgar necessárias ou úteis à deliberação da assembleia geral; 
III.opinar sobre as propostas dos órgãos da administração a serem submetidas à assembleia geral, relativas à modificação do capital social, emissão de debêntures ou bônus de subscrição, planos de investimento ou orçamentos de capital, distribuição de dividendos, transformação, incorporação, fusão ou cisão;
IV.denunciar;
V. convocar a assembleia geral ordinária, se os órgãos da administração retardarem por mais de 1 mês essa convocação, e a extraordinária, sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes, incluindo na agenda das assembleias as matérias que considerarem necessárias; 
VI.analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela companhia. A legislação das sociedades anônimas regulamenta o item relativo ao Conselho Fiscal por meio dos artigos 161 ao 165. A constituição do e a responsabilidade do Conselho Fiscal é definida no artigo 161: 
-§ 1º O conselho fiscal será composto de, no mínimo, 3 e, no máximo, 5 membros, e suplentes em igual número, acionistas ou não, eleitos pela assembleia-geral. 
--§ 2º O conselho fiscal, quando o funcionamento não for permanente, será instalado pela assembleia-geral a pedido de acionistas que representem, no mínimo, 0,1 das ações com direito a voto, ou 5% das ações sem direito a voto, e cada período de seu funcionamento terminará na primeira assembleia-geral ordinária após a sua instalação. 
--§ 3º O pedido de funcionamento do conselho fiscal, ainda que a matéria não conste do anúncio de convocação, poderá ser formulado em qualquer assembleia-geral, que elegeráos seus membros. 
--§ 4º Na constituição do conselho fiscal serão observadas as seguintes normas: 
a) os titulares de ações preferenciais sem direito a voto, ou com voto restrito, terão direito de eleger, em votação em separado, 1 membro e respectivo suplente; igual direito terão os acionistas minoritários, desde que representem, em conjunto, 10% ou mais das ações com direito a voto; 
b) ressalvado o disposto na alínea anterior, os demais acionistas com direito a voto poderão eleger os membros efetivos e suplentes que, em qualquer caso, serão em número igual ao dos eleitos nos termos da alínea a, mais um. 
-- § 5º Os membros do conselho fiscal e seus suplentes exercerão seus cargos até a primeira assembleia-geral ordinária que se realizar após a sua eleição, e poderão ser reeleitos. 
--§ 6º Os membros do conselho fiscal e seus suplentes exercerão seus cargos até a primeira assembleia-geral ordinária que se realizar após a sua eleição, e poderão ser reeleitos. 
--§ 7º A função de membro do conselho fiscal é indelegável (BRASIL, Art. 161, Lei 11.638, 2007).
A legislação vigente, Lei nº 6.404/76 devidamente complementada com as Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09, e com os pareceres do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, portarias dos órgãos fiscalizadores, Comissão de Valores Mobiliários CVM, Banco Central – BACEN, Conselho Federal de Contabilidade – CFC e outras entidades que definiram essa estrutura, definem os seguintes relatórios ou demonstrativos para as empresas sociedades anônimas: 
• Relatório da administração; 
• Balanço Patrimonial – BP; 
• Demonstração do Resultado do Exercício – DRE; 
• Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido – DMPL; 
• Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC; 
• Demonstração do Valor Agregado – DVA; 
• Notas explicativas; 
• Parecer da auditoria independente; 
• Parecer do conselho fiscal.
** Para todos os relatórios e demonstrativos são obrigatórios a publicação no Diário Oficial ou em dois jornais de grande circulação do país e o devido registro na Comissão de Valores Mobiliários – CVM, anualmente. Tem objetivo de orientação!
(BRASIL. Art. 178, 179, 180, 182; Lei 6.404, 1976). 
As empresas limitadas – Ltda., principalmente as EPP – Empresas de Pequeno Porte – e ME – Microempresas, devem elaborar somente as seguintes demonstrações contábeis: 
- balanço patrimonial
- demonstração de resultados dos exercícios
- demonstração de lucros ou prejuízos acumulados. 
Regulamento para a emissão do relatório da administração de acordo com a Lei 6404/76 – Art. 22, a CVM – Comissão de Valores Mobiliários (pareceres vigentes):
• Parecer de Orientação 15/87; 
• Parecer de Orientação 17/89; 
• Parecer de Orientação 18/90. 
** O relatório da administração deve evidenciar os negócios sociais e principais fatos administrativos ocorridos no exercício, os investimentos em outras empresas, a política de distribuição de dividendos e de reinvestimento de lucros e outras informações relevantes.
 
De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, devem ser observadas as Normas Brasileira de Contabilidade – NBC T 3 – conceito, conteúdo, estrutura e nomenclatura das demonstrações contábeis:
3.1 – Das disposições gerais 
3.2 – Do balanço patrimonial 
3.3 – Da demonstração do resultado 
3.4 – Da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados 
3.5 – Da demonstração das mutações do patrimônio líquido 
3.7 – Da demonstração do valor adicionado 
3.8 – Da demonstração do fluxo de caixa
Conforme Padoveze e Benedicto (2004), o processo de análise de balanço: 
Tem por objetivo extrair informações das demonstrações contábeis para ser utilizada no processo de tomada de decisões na empresa. 
Por essa razão, a comparabilidade em vários aspectos é importante: 
• comparação com períodos passados; • comparação com padrão setorial; 
• comparação com períodos orçados; • comparação com padrões internacionais; 
• comparações com empresas concorrentes 
Balanço patrimonial:
É o principal demonstrativo das demonstrações contábeis, representa a posição do patrimônio líquido da entidade econômica, na data da publicação. Todos os bens, direitos e obrigações estão devidamente representados no balanço patrimonial. Ele é subdividido em três grandes grupos: 
1. ativo (bens e direitos): 
--§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes subgrupos: 
I – ativo circulante; 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável em longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
Ativos diferidos – Informar sua composição e critérios de amortização.
2. Passivo (obrigações para com terceiros em geral): 
--§ 2º No passivo, as contas serão dispostas, de acordo o grau de exigibilidade dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
I – passivo circulante; 
II – passivo não circulante;
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados
3. patrimônio líquido (obrigações para com os proprietários). 
--§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente. Ativo Art. 179. 
As contas serão classificadas do seguinte modo:
 I – no ativo circulante: disponibilidades, direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e aplicações de recursos em despesas até 12 meses;
II – no ativo realizável em longo prazo: direitos realizáveis 12 meses, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; 
III – em investimentos: participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; 
IV – no ativo imobilizado: direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade; 
VI – no intangível: direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 
Passivo exigível 
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior. 
Resultados de exercícios futuros
 Patrimônio líquido
 Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. 
--§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: 
a) A contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; 
b) O produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; 
c) (Revogada); d) (Revogada). 
--§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizado 
--§ 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3ºdo art. 177 desta Lei. 
--§ 4º Serão classificados como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia. 
--§ 5º As ações emtesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição
 (BRASIL. Art. 178, 179, 180, 182; Lei 6.404, 1976). 
 
Demonstração de Resultado do Exercício – DRE 
É a apresentação, em forma resumida, das operações realizadas pela sociedade durante o exercício social, demonstradas de forma a destacar o resultado líquido do período. 
Consoante à legislação vigente, temos que a Demonstração do Resultado do Exercício: Art. 187 – A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; 
II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; 
III – as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; 
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; 
V – o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; 
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; 
VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
 
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.
Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido – DMPL 
Demonstra a movimentação ocorrida, durante o exercício social, nas diversas contas componentes do patrimônio líquido. Indica o fluxo de uma conta para outra e a origem e o valor de cada acréscimo ou diminuição no patrimônio líquido durante o exercício. 
Lei 6.404/76: Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará: 
I – o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial; 
II – as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; 
III – as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. 
--§ 1º Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes. 
--§ 2º A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia (BRASIL, Art. 186, Lei 6.404,1976). 
Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC 
O objetivo da DFC é prover informações relevantes sobre o fluxo financeiro de uma empresa, ocorridos durante um determinado período, que avaliam:
• a capacidade de a empresa gerar futuros fluxos líquidos positivos de caixa; 
• a capacidade de a empresa honrar seus compromissos, pagar dividendos e retornar empréstimos obtidos; 
• a liquidez, solvência e flexibilidade financeira da empresa; 
• a taxa de conversão de lucro em caixa; 
• a performance operacional de diferentes empresas, por eliminar os efeitos de distintos tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos; 
• o grau de precisão das estimativas passadas de fluxos futuros de caixa; 
• os efeitos, sobre a posição financeira da empresa, das transações de investimentos e de financiamentos.
** Esse demonstrativo tem obrigatoriedade a partir de 1º de janeiro de 2008, por força da Lei 11.638/2007 que inclui esse relatório na Lei 6.404/76;
 Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV – demonstração dos fluxos de caixa e V- demonstração do valor adicionado. docaputdo art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: a) das operações; b) dos financiamentos; e c) dos investimentos (BRASIL, Art. 188, Lei 11.638, 2007)
Demonstração do Valor Agregado – DVA 
Tem como objetivo informar o valor da riqueza criada pela empresa e a forma de sua distribuição. A Demonstração do Valor Agregado (DVA) evidencia para quem a empresa está canalizando a renda obtida, ou ainda qual valor a empresa adiciona por meio de sua atividade, ela é elaborada a partir dos dados contidos na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). 
Por serem aqueles que mostram a evolução (ou não) das contas patrimoniais e de resultado num determinado período serão medidos pela análise vertical e horizontal em conjunto com os seguintes indicadores financeiros e econômicos: 
• Indicadores financeiros: 
– Índices de liquidez: medem a capacidade de pagamento da empresa; 
– Índice de endividamento: estabelece o montante de dívidas assumidas pela empresa e se tem condições de assumir mais dívidas; 
– Índice de atividade: mostra em número de dias os prazos para recebimento das vendas a prazo, os pagamentos das compras a prazo para o estoque, bem como o número de dias necessários para a renovação dos estoques. 
• Indicadores econômicos: 
– Índices de rentabilidade: contém os diversos índices de rentabilidade, como taxa de retorno sobre o investimento e sobre o patrimônio líquido, entre outros; em geral, mede a potencialidade da empresa de gerar receitas de vendas. 
Quocientes ou Índices de balanço 
-Quociente é uma razão entre duas grandezas de contas. 
-Índice é a relação entre contas ou grupo de contas das demonstrações contábeis, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômico-financeira de uma empresa. 
** Índices ou quocientes, trata-se do resultado da operação de divisão entre contas ou grupos de contas, resultado esse que pode ser informado na forma de índice ou em forma de percentual. 
A interpretação dos quocientes pode ser feita em três etapas:
1. interpretação isolada; 
2. interpretação conjunta; 
3. comparação com quocientes padrão. 
É necessário, ao tratarmos com um índice: 
• compará-lo com índices do setor de atividade da empresa (padrão); 
• verificar se ele foi apurado de forma consistente; 
• examinar uma série histórica (vários exercícios).
** O custo das mercadorias vendidas é obtido por meio da equação: 
CMV = estoque inicial + compras do período – estoque final 
Em análise das demonstrações contábeis, os índices podem ser divididos em dois grandes grupos: 
------ Índices financeiros, compreendendo os seguintes grupos: 
–- Índices de liquidez: têm como objetivo demonstrar a capacidade da empresa de saldar suas obrigações com terceiros em geral. As informações necessárias para cálculos dos índices de liquidez são as contas do ativo e passivo. 
**Um ativo líquido é um ativo sem possibilidade de redução, os ativos podem ser classificados quanto à sua condição maior ou menor de se tornarem líquidos. 
** O ativo mais líquido existente nas empresas é o numerário em caixa, seguido dos depósitos dos bancos. A seguir, vêm as aplicações financeiras de curto prazo, pois rapidamente podem se transformar em dinheiro. Depois, seguem os valores a receber e os estoques, como os principais ativos realizáveis. 
Os principais índices ou quocientes de liquidez são: 
1.quociente de liquidez imediata: Indica quanto a empresa possui de disponibilidade imediata para cada unidade monetária de passivo circulante. Quanto maior, melhor. 
Fórmula: Disponibilidade (caixas e bancos conta corrente-total de liquidez existente)
 Passivo circulante (obrigações de curto prazo)
2.quociente de liquidez corrente: Indica quanto a empresa possui de ativo circulante para cada unidade monetária de passivo circulante. Quanto maior a capacidadede pagamento, melhor para a empresa.
Fórmula: Ativo circulante
 Passivo circulante
3.quociente de liquidez seco: Indica quanto a empresa possui de ativo circulante líquido para cada unidade monetária de passivo circulante, não considera os estoques. 
Fórmula: Ativo circulante - Estoque 
 Passivo circulante
4.quociente de liquidez geral: Indica quanto a empresa possui de ativo circulante mais o ativo não circulante para cada unidade monetária de dívida geral (passivo circulante mais o passivo não circulante). Quanto maior o índice, melhor, pois indica a capacidade da empresa em liquidar as obrigações total. Todos os recursos, de curto e longo prazo, são comparados para liquidar as obrigações totais – curto e longo prazo
Fórmula: Ativo circulante + Não Circulante
 Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
–- Índices de endividamento ou estrutura de capital: Os quocientes ou índices de endividamento demonstram a relação de capitais próprios e de terceiros que compõem o capital da empresa. Esse tipo de análise é importante para verificar se a empresa recorreu a capitais de terceiros (passivo circulante mais passivo exigível em longo prazo) para complementar as aplicações no ativo (aplicação de recursos) e se foi necessário fazer mais dívidas para pagar outras obrigações que estão por vencer.
Os principais índices ou quocientes de endividamentos são: 
1.Quocientes de estruturas de capital: 
– Quociente de composição das exigibilidades divididas em: 
1.Composição do endividamento: mostra o grau de dependência que os ativos da empresa têm aos capitais de terceiros, separando as exigibilidades de curto prazo.
2.Circulante em comparação com os de longo prazo – não circulante:demonstra a composição do endividamento de curto prazo em relação ao total, logo, a diferença corresponde ao longo prazo. Quanto menor, mais favorável, ou seja, o endividamento de longo prazo facilita o pagamento da empresa.
Fórmula: Composição das exigibilidades= Passivo circulante 
 Pass. circ. + pass. não circ.
2.Quociente de capital de terceiros/capital próprios: evidencia qual é a proporção da participação dos capitais de terceiros em relação aos recursos totais e indica quanto a empresa tomou de capitais de terceiros para cada unidade monetária de capital próprio. Demonstra a proporção entre o capital de terceiros e o capital próprio: quanto mais próxima de 1, demonstra mais dependência exagerada de recursos de terceiros. Interpretação: quanto menor, melhor.
Fórmula: Passivo circulante + passivo. não circulante
 Patrimônio líquido
3.Quociente de imobilização do patrimônio líquido:
1.Imobilização do capital próprio: esse índice mostra quanto do capital próprio está investido no ativo permanente e evidencia quanto a empresa investiu no ativo permanente para cada real de patrimônio líquido.
Fórmula: Ativo imobilizado
 Patrimônio líquido
------ Índices econômicos, compreendendo o seguinte grupo: 
–-- Índice de rentabilidade ou lucratividade: demonstram qual foi a rentabilidade dos capitais investidos na empresa. São calculados com base em valores extraídos da demonstração do resultado do exercício e do balanço patrimonial. 
São exemplos de índices de rentabilidades: 
• retorno sobre o investimento: Esse quociente evidencia o potencial de geração de lucros por parte da empresa, isto é, quanto a empresa obteve de lucro líquido para cada real de investimento totais, sem considerar as despesas e impostos.
Fórmula: Lucro líquido
 Ativo total
 
• retorno sobre o patrimônio líquido: O quociente revela qual foi a taxa de rentabilidade obtida pelo capital próprio investido na empresa, isto é, quanto a empresa ganhou de lucro líquido para cada real de capital próprio investido. Quanto maior o índice do retorno sobre o patrimônio líquido, melhor.
Fórmula: Lucro líquido
 Patrimônio líquido 
• margem líquida: O quociente revela a margem de lucratividade obtida pela empresa em função do seu faturamento, isto é, quanto a empresa obteve de lucro líquido para cada real vendido.
Fórmula: Lucro líquido
 Receitas líquidas (vendas)
• giro do ativo: Esse quociente evidencia a proporção existente entre o volume das vendas e os investimentos totais efetuados na empresa, isto é, quanto a empresa vendeu para cada real de investimento total
Fórmula: Vendas líquidas
 Ativo total
** A análise vertical e a análise horizontal: são formas de análise das demonstrações contábeis de um exercício com outro, ou uma análise das demonstrações contábeis entre vários exercícios e entre grupos de empresas similares, são utilizadas principalmente para verificar as tendências do setor, do segmento em que a empresa atua. A análise vertical e a análise horizontal devem ser utilizadas conjuntamente, servem para complementar as observações efetuadas por meio da análise por quocientes.
---Análise vertical: apresenta a participação de cada componente no todo, ou seja, a participação de cada conta, subconta ou grupo de contas no total do ativo (igual à soma total de passivos mais patrimônio líquido), ou no total de seu respectivo agrupamento em um mesmo período. No balanço patrimonial, calculase o percentual de cada conta em relação ao total do ativo.
---Análise horizontal: verifica a evolução das contas e dos resultados ao longo de vários exercícios sociais, normalmente o ano anterior, serve como base (100%), e os demais anos são comparados em relação ao ano base. Portanto, podemos verificar se houve um crescimento ou decréscimo em relação ao ano anterior de forma nominal ou real.
Fórmula de cálculo: (Conta ativo 20X0 -1) X 100= AH%
 Conta ativo 20X9 
 
Índices De Atividades: indicam as rotações sofridas pelo capital e por valores empregados na produção, explicitando quantas vezes foram empregados e recuperados, é imprescindível que se saiba se o seu ciclo operacional condiz com a sua realidade. A seguir, alguns indicadores:
Prazo Médio de Recebimento – PMR: é o período compreendido entre o momento em que foram efetuados as vendas e o momento do pagamento dessas vendas. Indica quanto tempo em média a empresa leva para receber as suas vendas. 
Interpretação: quanto menor, melhor
Fórmula: Duplicatas receber médias X 360= PMR
 Vendas brutas
Prazo Médio de Pagamento – PMP: é o período compreendido entre o momento em que foram efetuadas as compras e o momento de seu pagamento. 
Interpretação: quanto maior, melhor 
Fórmula: Fornecedores médios x 360 = PMP 
 Compra
Prazo Médio de Estoques – PME: é o período compreendido entre o tempo em que permanece armazenado até o momento da venda. Pelas suas quantidades vendidas, podemos identificar, tendo como base dois períodos consecutivos no mínimo e utilizando os cálculos de análise, quantas vezes os estoques se renovaram. 
Interpretação: Quanto maior o volume de vendas, mais rápida será a rotação dos estoques, e em menos tempo o ativo será recuperado.
Fórmula: Estoques médios x 360 = PME
 Custos de vendas
Ciclo operacional: compreende desde a aquisição da matéria prima, sua transformação em produto acabado, sua estocagem até que seja vendido, o período em que são efetuados os pagamentos aos fornecedores e o período do recebimento das vendas. O ciclo operacional compara os prazos de pagamento e de recebimento e a rotação dos estoques.
Ciclo financeiro: é o período compreendido entre a efetivação dos pagamentos e o recebimento dos clientes. É o período em que a empresa financia o ciclo operacional. Esse intervalo de tempo não deve ser muito grande, pois tornaria o ciclo operacional muito oneroso.
Análise Avançada Das Demonstrações Contábeis 
1.EBITDA – Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization: Representa o potencial de geração de caixa que o ativo operacional de uma empresa é capaz de produzirsem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos, não corresponde ao efetivo fluxo de caixa físico já ocorrido no período.
 Assim que recebidas todas as receitas e pagas todas as despesas, esse é o valor de caixa produzido pelos ativos, antes de computadas as receitas e as despesas financeiras (juros), impostos (sobre o lucro), a depreciação, a amortização e a exaustão. É determinado pela soma do lucro operacional (antes do IR) e das despesas não desembolsáveis (depreciação/amortização). 
Como calcular?
- 1º Passo: calcular o lucro operacional (CMV custos das mercadorias vendidas- despesas operacionais e das despesas financeiras líquidas (despesas menos receitas com juros e outros itens financeiros).
- 2º Passo: lucro operacional + depreciação e amortização inclusas no CMV e nas despesas operacionais. 
** Assim, para o cálculo do EBITDA, adicionamse os juros, depreciação e amortização ao lucro operacional líquido antes dos impostos.
Aplicação do EBITDA: 
-Como percentual de vendas: pode ser utilizado para comparar as empresas quanto à eficiência dentro de um determinado segmento de mercado. 
- Variação do indicador de um ano em relação a outro: mostra aos investidores se uma empresa conseguiu ser mais eficiente ou aumentar sua produtividade. 
!!!! O EBITDA pode dar uma falsa ideia sobre a efetiva liquidez da empresa. Além disso, o indicador não considera o montante de reinvestimento requerido (pela depreciação), fator especialmente crítico nas empresas que apresentam ativos operacionais de vida curta. Portanto, podemos considera-lo muito relevante, mas deve ser utilizado combinado com outros indicadores de desempenho para fornecer uma visão mais apropriada da performance da empresa.
2. EVA – Economic Value Added (VALOR PASSADO)
 É uma medida de desempenho empresarial, considerada por muitos especialistas como a verdadeira chave para a criação da riqueza. Para os parâmetros do EVA, o capital é tanto o empréstimo de terceiros quanto o dinheiro investido pelos acionistas da empresa. É preciso saber, portanto, se o custo do capital justifica os ganhos que serão obtidos em um investimento.
- Custo da dívida: Quanto a instituição financeira cobra para emprestar o dinheiro.
- Capital investido pelo acionista: envolve a avaliação dos ativos da companhia.
O EVA é utilizado quando há: 
• diminuição dos resultados; • aumento dos custos; 
• perda de mercado; • obsolescência dos produtos e serviços. 
• perda da margem na produção e/ou na comercialização dos produtos e serviços; 
Fórmula / exemplo 
• EVA = NOPAT – custo do capital 
• NOPAT (Net Operating Profir After Tax): lucro operacional pósimposto
3. MVA – Market Value Added (VALOR FUTURO)
O MVA (Valor de Mercado Agregado), é a diferença entre quanto o empresário obteria para vender todas as ações (valor de mercado) e o capital investido pelos acionistasproprietários. 
** Existe uma íntima correlação entre as medidas do EVA e do MVA. 
-- O EVA calcula a riqueza criada em determinado tempo, um ano.
-- O MVA mede o valor acumulado em toda a trajetória da empresa até determinada data.
Essas medidas fornecem um quadro mais confiável do desenvolvimento das empresas, pois se concentram no fluxo de caixa, que é difícil de manipular, ao contrário dos métodos tradicionais de contabilidade, que podem ser facilmente manipulados e são tratados diferentemente por diferentes regimes da contabilidade. 
Formas de criar eficiência do EVA e do MVA: 
1. cortar custos e reduzir impostos para aumentar o NOPAT (lucro operacional líquido, deduzido o Imposto de Renda) sem crescer capital; 
2. empreender todos os investimentos nos quais o aumento do NOPAT será maior do que o aumento de encargos de capital; 
3. Retirar capital das operações quando as economias decorrentes da redução dos encargos de capital excedam qualquer redução do NOPAT; 
4. estruturar as finanças da empresa de forma tal que minimizem o custo de capital.
Conceito e aplicação Relatório de análise: tratase do documento final da análise, contendo as conclusões obtidas por meio das análises vertical e horizontal, bem como os indicadores financeiros e econômicos. 
-- Esse relatório deverá ser elaborado pelo analista de balanço, porém, deverá ser dirigido a cada usuário das informações contábeis, uma vez que cada um deles terá uma necessidade diferente sobre os resultados obtidos. 
Pontos considerados ao se redigir um relatório de análise: 
• deve ser elaborado em linguagem inteligível para leigos, mesmo que alguns usuários possuam conhecimentos contábeis; 
• o analista deverá tomar o cuidado de não colocar suas opiniões pessoais sobre os resultados obtidos, porém, com muito critério, poderá sugerir algumas ações que auxiliarão na tomada de decisão; 
• não há um tamanho padrão para o relatório, mas deverá ser apresentada de forma clara e objetiva a situação econômicofinanceira da empresa e também o seu desempenho ao longo dos períodos analisados, bem como as tendências para o futuro. Devem ser esclarecidas, ainda, as causas que proporcionaram o grau de endividamento, liquidez e rentabilidade encontrados, sejam eles positivos ou negativos; 
• deverá constar também no relatório a comparação dos indicadores obtidos na análise em relação aos padrões pertencentes ao ramo da empresa em questão; 
• No relatório não deverá constar valor dos indicadores apurados em análise; esses deverão ser acompanhados em planilhas que auxiliarão o usuário das informações para uma consulta, se for o caso
Indicadores de insolvência – conceito e aplicação 
 Também conhecida como “termômetro de insolvência” essa ferramenta analítica utiliza métodos estatísticos quantitativos para auxiliar o gestor de crédito, justamente, na concessão de créditos aos seus clientes. 
-- A técnica estatística da análise discriminante, utilizada com frequência nesses casos, incorpora os índices financeiros de lucratividade, estrutura, liquidez e atividade, para compor um modelo que, estatisticamente, tenha a capacidade de prever a probabilidade de insolvência para um período futuro previamente determinado pelo próprio modelo (IUDÍCIBUS, MARION e LOPES, 2000). 
Lembrete Os indicadores de insolvência complementam a análise financeira, servindo de confrontação aos indicadores internos (financeiros) e externos (mercado) da empresa/entidade.
** Em empresas grandes ou pequenas, a decisão de crédito envolve os fatores quantitativos e qualitativos. 
Segundo Matarazzo (1998, p. 245), as fórmulas mais conhecidas e desenvolvidas por autores brasileiros são: 
1.Kanitz: 
• FI = 0,05x1 + 1,65x2 + 3,55x3 – 1,06x4 – 0,33x5; 
• FI = fator de insolvência = total dos pontos obtidos; 
• X1 = lucro líquido / patrimônio líquido; 
• X2 = ativo circulante + realizável em longo prazo / exigível total; 
• X3 = ativo circulante – estoques / passivo circulante; 
• X4 = ativo circulante / passivo circulante; 
• X5 = exigível total / patrimônio líquido. 
Classificação:
• FI inferior a 3 → insolvente; 
• FI entre 3 e 0 → indefinida; 
• FI acima de 0 → solvente.
2.Altman (dois modelos): 
• Z1 = 1,44 + 4,03x2 + 2,25x3 + 0,14x4 + 0,42x5; 
• Z2 = 1,84 0,51x1 + 6,32x3 + 0,71x4 + 0,53x5; 
• Z1 ou Z2 = total dos pontos obtidos;
 
• X1 = ativo circulante – passivo circulante / ativo total; 
• X2 = reservas e lucros suspensos / ativo total; 
• lucro líquido + despesas financeiras + Imposto de renda; 
• X3 = ativo total; 
• X4 = patrimônio líquido / exigível total; 
• X5 = vendas / ativo total. 
Classificação (para os dois modelos) 
Total de pontos = 0 → insolvente. 
3.Elizabetsky: 
• Z = 1,93x32 – 0,20x33 + 1,02x35 + 1,33x36 – 1,12x37; 
• Z = total dos pontos obtidos; 
• X32 = lucro líquido / vendas; 
• X33 = disponível / ativo permanente; 
• X35 = contas a receber / ativo total; 
• X36 = estoque / ativo total; 
• X37 = passivo circulante / ativo total. 
Classificação: 
Total de pontos = 0,5 → insolvente. 
4.Matias: 
• Z = 23,792x1 – 8,26x2 – 9,868x3 0,764x4 – 0,535x5 + 9,912x6; 
• Z = total dos pontos obtidos; 
• X1 = patrimônio líquido / ativo total; 
•X2 = financiamento e empréstimos bancários / ativo circulante; 
• X3 = fornecedores / ativo total; 
• X4 = ativo circulante / passivo circulante; 
• X5 = lucro operacional / lucro bruto; 
• X6 = disponível / ativo total. 
Classificação: 
Total de pontos = 0 → insolvente. 
5.Pereira: 
• Z = 0,722 – 5,124E23 + 11,016L19 – 0,342L21 – 0,048L26 + 8,605R13 – 0004R29;
• Z = total dos pontos obtidos; 
• E23 = duplicatas descontadas / duplicatas a receber; 
• L19 =estoques (final) / custo das mercadorias vendidas; 
• L21 = fornecedores / vendas; 
• L26 = estoque médio / custo das mercadorias vendidas; 
• R13 = (lucro operacional + despesas financeiras) / (ativo total – investimento médio); • R29 = exigível total / (lucro líquido + 0,1 imobilizado médio).
Classificação: 
Total de pontos = Abaixo de 0 → insolvente. 
O que entendemos dos indicadores de insolvência?
1. Os modelos apresentados devem ser usados de forma complementar aos índices tradicionais.
2. o uso da análise discriminante, uma das técnicas utilizadas na estatística, contribui para identificar os índices e pesos a serem utilizados, conforme aponta Matarazzo, tomandose como base os índices apurados por meio da análise balanço; 
3. em geral, as empresas não falem da noite para o dia; elas começam a dar sinais de insolvência, como, por exemplo, redução nas vendas, altos índices de inadimplência, constates atrasos nos pagamentos aos fornecedores e empregados, enfim, uma análise financeira anualmente contribuirá com a gestão empresarial, se as medidas apontadas no relatório de análise forem tomadas em tempo hábil

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