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Aula_7 _1__tica_Contempor_nea_Existencialismo_Sartre_e_modernidade_l_quida_de_Bauman

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FILOSOFIA E ÉTICA
Sartre e o Existencialismo
e a Modernidade líquida 
de Bauman
FILOSOFIA EXISTENCIALISTA
SARTRE
O existencialismo sartreano é uma das
formas recentes de pensar de forma
coerente e engajada a relação entre
filosofia e vida. Sartre (1905-1980) é um
pensador que viveu no século XX todos os
horrores da primeira metade do século XX,
algo que não passa despercebido pela sua
filosofia
HUMANISMO NO EXISTENCIALISMO
 A época moderna é quase sempre definida pelo
humanismo, ou seja, a concepção de que o homem é o
centro e o autor da própria história.
 Isso quer dizer que há uma hegemonia do homem.
 Com o humanismo, o homem está livre dos dogmas
antigos e é responsavelmente moral.
 Em outras palavras, é o próprio fundamento da sua
ação.
 Nesse caso, não há cosmos para definir a finalidade, e
não há Deus para dar-lhe uma vocação.
ESSÊNCIA NA FILOSOFIA 
MODERNA/CONTEMPORÂNEA
 Para Descartes, por exemplo, que é visto como
fundador da teoria moderna, o ponto fundamental da
filosofia é a subjetividade.
 Ele define o homem como uma coisa pensante, daí o
“penso, logo existo”.
 A essência é vista pela filosofia moderna como fator
determinante do ser, é um fator fundamental.
 Essência é aquilo que faz com que um ser seja o que
ele é.
 Esta ideia irá fazer Heidegger escrever sua principal
obra Ser e tempo, onde vai buscar as origens do que é
ser, ente e essência e da confusão gerada pela
polissemia semântica do termo.
Salvador Dali - Geopoliticus Child Watching the Birth of the New Man.
A EXISTÊNCIA PRECEDE A ESSÊNCIA
 Sartre, indo buscar um entendimento sobre
esse homem moderno, vai inverter a ideia
cartesiana ao dizer que a existência
precede a essência, e não o contrário. O
que isso significa?
 Significa que não existe natureza humana,
ou seja, primeiro o homem existe, depois ele
vai aos poucos se determinando.
 É a conduta humana, para ele, que faz
com que o homem seja passível de
conhecimento.
A TAREFA DO SER HUMANO É A 
CONSTRUÇÃO DA PRÓPRIA EXISTÊNCIA.
 No caso do homem, a realidade humana não se deduz
de uma natureza preexistente.
 Nele, não há essência, ou seja, o homem, antes de
existir, é o nada.
 Com isso, podemos afirmar que, se ele não possui uma
essência definida, não está predeterminado a ser
alguma coisa.
 Essa predeterminação não pode ser colocada.
 Sendo assim, nem o cosmos e nem Deus determinarão
o que o homem deverá ser.
 Não existe essência.
 O homem não é um ser necessário, mas um ser
contingente, ou seja, não há uma razão para a sua
existência.
 Ele foi jogado na existência.
 A constituição do ser humano é de total
responsabilidade dele mesmo, ou seja, o homem será
aquilo que vier a fazer de si.
O HOMEM É CONDENADO A 
SER LIVRE
O professor Reale, em sua História da
filosofia assim se expressa sobre Sartre:
“Escreve Sartre em O ser e o
nada: “A liberdade não é um ser:
ela é o ser do homem, isto é, o seu
nada de ser”.
 A liberdade é constitutiva da consciência: “eu estou
condenado a existir para sempre além dos moventes e
dos motivos do meu ato: eu estou condenado a ser livre.
 Isso significa que não se pode encontrar limites para a
minha liberdade além da própria liberdade ou, se assim
se preferir, que não somos livres de deixar de ser livres”.
 Uma vez lançado à vida, o homem é responsável por
tudo o que faz do projeto fundamental, isto é, da sua
vida.
 E ninguém tem desculpas: se falimos é porque
escolhemos a falência. Procurar desculpas significa estar
de má-fé: a má-fé apresenta o desejado como
necessidade inevitável”. (REALE, 1991, p. 608).
 A noção de liberdade nasce dessa visão existencialista,
pois a origem do homem está nele mesmo. Uma
definição do ser humano para Sartre: o homem é
liberdade.
 Nesse caso, a liberdade não seria uma qualidade ou
atributo do homem, como pensavam os clássicos, mas,
ao contrário, a única coisa que caracteriza o homem é
a liberdade de ser homem.
 Isto é, a liberdade e a subjetividade são idênticas.
 Portanto, não se pode associar liberdade a uma
definição de homem, pois ele não pode fugir dela, ele
é a própria liberdade.
 Daí resulta a sua a famosa frase: “O homem é
condenado a ser livre”.
O EXISTENCIALISMO É 
UM HUMANISMO
Qual é o problema ético nesse
caso?
 O problema ético do homem
sartreano está justamente na
questão da liberdade.
 Liberdade é sinônimo de
responsabilidade.
 Isso significa que o homem é o único responsável pelas
suas ações. Ou seja, ele não poderá atribuir essa
responsabilidade a Deus ou à natureza.
 Desse modo, Sartre conclui que o homem é um solitário,
uma vez que os critérios estão todos fundamentados na
liberdade humana, que, em última análise, é o próprio
homem.
 Em resumo, Sartre elevará à enésima potência a
responsabilidade dos homens ante os atos morais. Ou
seja, ele amplia a angústia do homem moderno, que,
aos poucos, vai se percebendo solitário e abandonado
diante da existência.
 Por isso, o existencialismo é
considerado uma espécie
de humanismo.
eBook Kindle 
ÉTICA E DIVERSIDADE
 A multiplicidade de valores dá
aos homens a possibilidade de
ler a realidade de muitos pontos
de vista, ou seja, é possível
deliberar a respeito da própria
existência de diversos modos.
 Por exemplo, o capitalista lê o mundo
com os olhos do mercado, enquanto
o ambientalista vê no consumismo
apregoado por aquele um problema.
 Nesse caso, os critérios de escolha dos
padrões éticos da atualidade são
diversos.
ZYGMUNT BAUMAN
E A MODERNIDADE LÍQUIDA
PÓS-MODERNIDADE
Zygmunt Bauman (1925-2017) foi um sociólogo
e filósofo polonês e britânico.
Foi o autor do conceito modernidade líquida o
qual expressa que estamos vivendo tempos de
instabilidade e volatilidade.
Para entender o conceito de modernidade
líquida, precisamos recordar quais são as
propriedades dos líquidos. Estes se caracterizam
pela instabilidade, falta de coesão e de uma
forma definida.
A modernidade líquida, portanto, se caracteriza
por uma sociedade e um tempo onde tudo é
volátil e adaptável. Se contrapõe à década
anterior, a modernidade sólida, onde a
sociedade era ordenada, coesa, estável e
previsível.
Nada está fixo, parado
ou inalterado na
modernidade líquida.
Ela é mutante e
instável ou em outras
palavras, caótica.
Tudo pode ser
adaptável, seja a
profissão, os
relacionamentos, a
religião, etc.
O que teria provocado esta mudança?
Bauman aponta algumas razões:
As empresas são cada vez mais poderosas, mais
ainda que os governos. As grandes
transnacionais tem o poder de mudar leis,
economia, o meio-ambiente, etc.
A velocidade das mudanças tecnológicas
cada vez mais rápidas com a Internet.
A migração de pessoas que se deslocam
rapidamente impactando de forma abrupta os
lugares onde se instalam e geram impactos
culturais e sócio-econômicos.
Na modernidade líquida, o indivíduo é que
moldará a sociedade à sua personalidade.
Primeiro, sem os parâmetros da modernidade
sólida, o indivíduo será definido pelo seu estilo
de vida, por aquilo que ele consome e o modo
que consome.
Segundo, na modernidade líquida, há sempre
movimentação. As pessoas agora se deslocam
mais facilmente e podem viver em vários lugares
do mundo, sempre quando têm recursos para
tal.
Terceiro, a competição econômica, que fez os
salários diminuírem e os trabalhadores
perderem a segurança do emprego. Na
modernidade líquida, já não é mais possível
trabalhar toda vida na mesma empresa.
Assim, a modernidade líquida:
É fluída;
Está em movimento;
É imprevisível.
Isto abre um novo paradigma, pois agora é
preciso pensar a sociedade em termos fluidos, de
processos e não mais em termos de blocos.
VIDA LÍQUIDA
Bauman argumenta que os indivíduos, na
sociedade líquida, tendem a considerar que a
atitude mais racional é a de não se comprometer
com o que seja. Assim, quando uma nova
oportunidade ou ideia aparecem,este indivíduo
se engaja sem maiores dramas.
Como esta volatilidade impacta em nossa vida? A
modernidade líquida nos dá uma sensação de
fracasso por tanta fragmentação.
Uma questão muito importante para Bauman
será a construção de uma ética dentro desse
cenário fluido.
Uma questão muito importante para Bauman
será a construção de uma ética dentro desse
cenário fluido.
As condições necessárias para garantir a
sobrevivência humana (ou, ao menos, para
aumentar suas probabilidades) deixou de ser
divisível e 'localizável’.
O sofrimento e os problemas de nossos dias tem,
em todas as suas múltiplas formas e verdades,
raízes planetárias que precisam de soluções
planetárias.
MODERNIDADE LÍQUIDA
É UM TERMO CUNHADO PARA 
DEFINIR O MUNDO 
GLOBALIZADO.
A liquidez e sua volatilidade seriam
características que vieram desorganizar todas
as esferas da vida social como o amor, a
cultura, o trabalho, etc. tal qual a conhecíamos
até o momento.
Na modernidade líquida, esses conceitos estão
em permanente adaptação, pois se adaptam
ao meio onde estão inseridos. Sem referências
externas e numa sociedade onde tudo é
permitido (ao menos em teoria), os indivíduos
tem que construir sua identidade a partir da sua
experiência pessoal.
 Isso gera a angústia e o desconforto já
preconizados por Jean-Paul Sartre, mas também
uma sensação de liberdade, onde o indivíduo
tem a responsabilidade total dos seus atos.
QUADRO: MODERNIDADE SÓLIDA 
VS MODERNIDADE LÍQUIDA
Modernidade Sólida Modernidade Líquida
Sociedade de consumidores e 
produtores
Sociedade de consumidores
Consumo para a sobrevivência Consumo para ser aceito socialmente
Instituições sólidas Instituições fluidas
Imobilidade geográfica e trabalhista
Mobilidade geográfica e flexibilidade 
trabalhista
Durabilidade Obsolescência programada
AMOR LÍQUIDO
Se todos os aspectos da nossa vida se viram
afetados pela sociedade de consumo e pela
tecnologia, os relacionamentos também o
foram.
Na chamada sociedade sólida, normalmente,
o casamento durava para sempre. Escorados
no ideal do amor romântico, criou-se a crença
que o ser humano só era capaz de apaixonar-
se uma única vez.
No entanto, com o advento das tecnologias,
conectar-se com as pessoas é muito fácil. Por
outro lado, desconectar-se dessas mesmas
pessoas também é igualmente fácil.
Assim, as relações, ao invés de serem
duradouras, passam a ser seriadas e
constituem um acúmulo de experiências. O
que contaria é a quantidade e a satisfação,
tal como sucede nos produtos que
consumimos.
Exercícios
1. Ser ou não ser – eis a questão. Morrer – dormir – Dormir! Talvez sonhar. Aí
está o obstáculo! Os sonhos que hão de vir no sono da morte. Quando
tivermos escapado ao tumulto vital. Nos obrigam a hesitar: e é essa a
reflexão que dá à desventura uma vida tão longa.
SHAKESPEARE, W. Hamlet. Porto Alegre: L&PM, 2007. 
Este solilóquio pode ser considerado um precursor do existencialismo ao
enfatizar a tensão entre:
a) consciência de si e angústia humana.
b) inevitabilidade do destino e incerteza moral.
c) tragicidade da personagem e ordem do mundo.
d) racionalidade argumentativa e loucura iminente.
e) dependência paterna e impossibilidade de ação.
2. (Ufsj 2013) Na obra “O existencialismo é um humanismo”, Jean-Paul Sartre
intenta:
a) desenvolver a ideia de que o existencialismo é definido pela livre escolha
e valores inventados pelo sujeito a partir dos quais ele exerce a sua
natureza humana essencial.
b) mostrar o significado ético do existencialismo.
c) criticar toda a discriminação imposta pelo cristianismo, através do
discurso, à condição de ser inexorável, característica natural dos homens.
d) delinear os aspectos da sensação e da imaginação humanas que só se
fortalecem a partir do exercício da liberdade.
3. “Subjetividade” e “intersubjetividade” são conceitos com os quais Sartre
pontua o seu existencialismo.
Nesse contexto, tais conceitos revelam que:
a) o cogito cartesiano desabou sobre o existencialismo na mesma
proporção com que a virtu socrática precipitou-se sobre o materialismo
dialético do século XX.
b) “Penso, logo existo” deve ser o ponto de partida de qualquer filosofia. Tal
subjetividade faz com que o Homem não seja visto como objeto, o que
lhe confere verdadeira dignidade. A descoberta de si mesmo o leva,
necessariamente, à descoberta do outro, implicando uma
intersubjetividade.
c) o Homem é dado, é unidade, é união e é intersubjetividade; portanto, a
sua existência é agregadora e desapegada da tão apregoada
subjetividade clássica, por isso mesmo tão crucial para Sartre.
d) não há um só lampejo de subjetividade que não tenha se reinaugurado
na intersubjetividade, isto é, na idealidade que instrui as prerrogativas
para se instalarem as escolhas do sujeito, definindo-o.
4. A angústia, para Jean-Paul Sartre:
a) é tudo o que a influência de Shopenhauer determina em Sartre: a
certeza da morte. O Homem pode ser livre para fazer suas escolhas, mas
não tem como se livrar da decrepitude e do fim.
b) a nadificação de nossos projetos e a certeza de que a relação Homem X
natureza humana é circunstancial, objetiva, e pode ser superada pelo
simples ato de se fazer uma escolha.
c) a certificação de que toda a experiência humana é idealmente
sensorial, objetivamente existencial e determinante para a vida e para a
morte do Homem em si mesmo e em sua humanidade.
d) consequência da responsabilidade que o Homem tem sobre aquilo que
ele é, sobre a sua liberdade, sobre as escolhas que faz, tanto de si como
do outro e da humanidade, por extensão.
5. Liberdade, para Jean-Paul Sartre (1905-1980), seria assim definida:
a) o estar sob o jugo do todo para agir em conformidade consigo mesmo,
instaurando leis e normas necessárias para os indivíduos.
b) circunstâncias que nos determinam e nos impedem de fazer escolhas de
outro modo.
c) conformação às situações que encontramos no mundo e que nos
determinam.
d) escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu
mundo. “Estamos condenados à liberdade”, segundo o autor.
6. (Ufu 2013) Para J.P. Sartre, o conceito de “para-si” diz respeito:
a) a uma criação divina, cujo agir depende de princípio metafísico
regulador.
b) apenas à pura manutenção do ser pleno, completo, da totalidade no
seio do que é.
c) ao nada, na medida em que ele se especifica pelo poder nadificador
que o constitui.
d) a algo empastado de si mesmo e, por isso, não se pode realizar, não se
pode afirmar, porque está cheio, completo.
7. (Ufsj 2012) Sobre a interferência de Jean-Paul Sartre na filosofia do século
XX, é CORRETO afirmar que ele:
a) reconhece a importância de Diderot, Voltaire e Kant e repercute a
interferência positiva destes na noção de que cada homem é um
exemplo particular no universo.
b) faz a inversão da noção essencialista ao apregoar que o Homem
primeiramente existe, se descobre, surge no mundo e só após isso se
define. Assim, não há natureza humana, pois não há Deus para concebê-
la.
c) inaugura uma nova ordem político-social, segundo a qual o Homem
nada mais é do que um projeto que se lança numa natureza
essencialmente humana.
d) diz que ser ateu é mais coerente apesar de reconhecer no Homem uma
virtu que o filia, definitivamente, a uma consciência a priori.
8. (Unioeste 2013) “Quando dizemos que o homem se escolhe a si mesmo, queremos
dizer que cada um de nós se escolhe a si próprio; mas com isso queremos também
dizer que, ao escolher-se a si próprio, ele escolhe todos os homens. Com efeito, não
há de nossos atos um sequer que, ao criar o homem que desejamos ser, não crie ao
mesmo tempo uma imagem do homem como julgamos que deve ser. Escolher isto ou
aquilo é afirmar ao mesmo tempo o valor do que escolhemos, porque nunca
podemos escolher o mal, o que escolhemos é sempre o bem, e nada pode ser bom
para nós sem que o seja para todos. Se a existência, por outro lado, precede a
essência e se quisermos existir, ao mesmo tempo em queconstruímos a nossa imagem,
esta imagem é válida para todos e para a nossa época. Assim, a nossa
responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, porque ela envolve toda a
humanidade” - Sartre.
Considerando o texto citado e o pensamento sartreano, é INCORRETO afirmar que:
a) o valor máximo da existência humana é a liberdade, porque o homem é, antes de 
mais nada, o que tiver projetado ser, estando “condenado a ser livre”.
b) totalmente posto sob o domínio do que ele é, ao homem é atribuída a total 
responsabilidade pela sua existência e, sendo responsável por si, é também 
responsável por todos os homens.
c) o existencialismo sartreano é uma moral da ação, pois o homem se define pelos 
seus atos e atos, por excelência, livres, ou seja, o “homem não é nada além do 
conjunto de seus atos”.
d) o homem é um “projeto que se vive subjetivamente”, pois há uma natureza 
humana previamente dada e predefinida, e, portanto, no homem, a essência 
precede a existência.
e) por não haver valores preestabelecidos, o homem deve inventá-los através de 
escolhas livres, e, como escolher é afirmar o valor do que é escolhido, que é 
sempre o bem, é o homem que, através de suas escolhas livres, atribui sentido a 
sua existência.
9. (Ufu 2012) Leia o excerto abaixo e assinale a alternativa que relaciona
corretamente duas das principais máximas do existencialismo de Jean-Paul Sartre, a
saber:
“a existência precede a essência”
“estamos condenados a ser livres”
Com efeito, se a existência precede a essência, nada poderá jamais ser explicado por
referência a uma natureza humana dada e definitiva; ou seja, não existe
determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. Por outro lado, se Deus não
existe, não encontramos já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa
conduta. […] Estamos condenados a ser livres. Estamos sós, sem desculpas. É o que
posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado,
porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado
no mundo, é responsável por tudo o que faz.
SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um Humanismo. 3ª. ed. S. Paulo: Nova Cultural, 1987.
a) Se a essência do homem, para Sartre, é a liberdade, então jamais o homem pode
ser, em sua existência, condenado a ser livre, o que seria, na verdade, uma
contradição.
b) A liberdade, em Sartre, determina a essência da natureza humana que,
concebida por Deus, precede necessariamente a sua existência.
c) Para Sartre, a liberdade é a escolha incondicional, à qual o homem, como
existência já lançada no mundo, está condenado, e pela qual projeta o seu ser ou
a sua essência.
d) O Existencialismo é, para Sartre, um Humanismo, porque a existência do homem
depende da essência de sua natureza humana, que a precede e que é a
liberdade.
10. (Unioeste 2012) “O que significa aqui o dizer-se que a existência precede a
essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo;
e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é
definível, é porque primeiramente não é nada. Só depois será alguma coisa e tal
como a si próprio se fizer. (…) O homem é, não apenas como ele se concebe, mas
como ele quer que seja, como ele se concebe depois da existência, como ele se
deseja após este impulso para a existência; o homem não é mais que o que ele faz.
(…) Assim, o primeiro esforço do existencialismo é o de por todo o homem no domínio
do que ele é e de lhe atribuir a total responsabilidade de sua existência. (…) Quando
dizemos que o homem se escolhe a si, queremos dizer que cada um de nós se escolhe
a si próprio; mas com isso queremos também dizer que, ao escolher-se a si próprio, ele
escolhe todos os homens. Com efeito, não há de nossos atos um sequer que, ao criar
o homem que desejamos ser, não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem
como julgamos que deve ser”. Sartre.
Considerando a concepção existencialista de Sartre e o texto acima, é incorreto
afirmar que:
a) o homem é um projeto que se vive subjetivamente.
b) o homem é um ser totalmente responsável por sua existência.
c) por haver uma natureza humana determinada, no homem a essência
precede a existência.
d) d) o homem é o que se lança para o futuro e que é consciente deste projetar-
se no futuro.
e) e) em suas escolhas, o homem é responsável por si próprio e por todos os
homens, porque, em seus atos, cria uma imagem do homem como julgamos
que deve ser.
11. (Ufsj 2012) A angústia, para Jean-Paul Sartre, é:
a) tudo o que a influência de Shopenhauer determina em Sartre: a certeza da
morte. O Homem pode ser livre para fazer suas escolhas, mas não tem como
se livrar da decrepitude e do fim.
b) a nadificação de nossos projetos e a certeza de que a relação Homem X
natureza humana é circunstancial, objetiva, e pode ser superada pelo simples
ato de se fazer uma escolha.
c) a certificação de que toda a experiência humana é idealmente sensorial,
objetivamente existencial e determinante para a vida e para a morte do
Homem em si mesmo e em sua humanidade.
d) consequência da responsabilidade que o Homem tem sobre aquilo que ele é,
sobre a sua liberdade, sobre as escolhas que faz, tanto de si como do outro e
da humanidade, por extensão.
12. (Ufsj 2011) Sartre define o entendimento de que a existência precede a essência
como:
a) “a compreensão de que o inferno são os outros e de que, assim, o Homem
que se alcança diretamente pelo cogito descobre também todos os outros
homens”.
b) “a compreensão dos conceitos de angústia, descompasso, má fé e
desespero”.
c) “que na verdade, para o existencialista, não existe amor essencial, senão
aquele que se constrói na perspectiva da escolástica”.
d) “o significado de que o Homem existe, encontra a si mesmo, surge no mundo
e só posteriormente se define”.
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