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Revolução Industrial e início do capitalismo - EJA - VI

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Revolução Industrial e início do capitalismo Geo.- EJA - VI
Iniciada no século XVIII na Inglaterra, a Revolução Industrial transformou a sociedade mundial ao tornar o capitalismo uma realidade em todo o planeta.
A Revolução Industrial foi um processo histórico iniciado na Inglaterra no século XVIII, principalmente, sendo comumente associado ao início do modo de produção capitalista. Essa revolução consistiu primordialmente no desenvolvimento de novas técnicas de produção de mercadorias, com uma nova tecnologia, e em uma nova forma de divisão social do trabalho.
As bases da Revolução Industrial estão na passagem das corporações de ofício da Idade Média para a produção em manufaturas. Nas corporações de ofícios, os artesãos detinham individualmente suas ferramentas e matérias-primas, trabalhando sob a supervisão de um mestre-artesão. Na manufatura, esses mestres-artesãos passaram a deter a propriedade dos meios de produção, transformando os demais artesãos em trabalhadores assalariados.
Houve ainda outros fatores que contribuíram para a Revolução Industrial, como a produção rural doméstica, onde um comerciante levava matérias-primas para as famílias transformarem-nas em mercadorias, sendo que se pagava um montante de dinheiro por essa transformação. Ao longo do tempo, esse processo foi se expandindo, gerando acumulação de capital e fortalecendo a classe social dos burgueses, detentores dos meios de produção e controladores do tempo de trabalho alheio – o que antes era detido pelos artesãos –, constituindo a classe dos trabalhadores, que não controlava seu tempo de trabalho e recebia por esse mesmo tempo de trabalho um salário.
Outra consequência dessa transformação foi o fato do conhecimento detido pelo artesão sobre todo o processo de produção de uma mercadoria, do trabalho da matéria-prima até sua venda, ter sido parcelado, gerando o que se convencionou denominar de divisão social do trabalho. Cada trabalhador executava apenas uma parte do processo de produção, cabendo ao burguês o controle global de todo o processo.
A consequência dessa divisão do trabalho foi a possibilidade de acumulação de capital pelo burguês, decorrente da exploração da mais-valia produzida pelo trabalhador, que consistia no pagamento de um valor pelo tempo de trabalho menor do que ele produziu durante toda sua jornada.
A produção de mais-valia e a acumulação de capital permitiram investimentos em pesquisas científicas voltadas a aprimorar as técnicas de produção. O principal resultado desses investimentos foi o surgimento de uma nova maquinaria, movida inicialmente a vapor, e a utilização de novas matérias-primas, principalmente carvão e o ferro. Essa nova tecnologia de maquinário aprofundou a divisão social do trabalho e ampliou a exploração do trabalhador, pois houve o aumento da produtividade, criando a grande indústria.
O desenvolvimento industrial na Inglaterra ainda foi fomentado com a expulsão de um grande contingente de camponeses da zona rural, em um fenômeno ocorrido em meados do século XVIII e conhecido como cercamentos. Com os cercamentos, os camponeses foram expulsos de suas terras para a produção agropecuária, sendo obrigados a se deslocarem para as cidades.
Com isso, houve um crescimento urbano vertiginoso no Reino Unido, aliado ao processo de industrialização. Mas as condições de vida e trabalho eram péssimas. Os trabalhadores laboravam e habitavam locais insalubres e recebiam baixos salários. Dessa situação resultaram greves e lutas por melhores condições de vida, em casa e nas empresas. Os burgueses foram obrigados a aceitar algumas reivindicações e a reprimir duramente outras. Dessa experiência, os trabalhadores puderam desenvolver uma consciência econômica e política de sua situação social, formando-se enquanto uma classe social específica, o operariado. A partir desse confronto cotidiano entre burguesia e operariado foi se desenvolvendo a sociedade capitalista, dando fôlego à Revolução Industrial.
Durante o século XIX, novos mercados consumidores e de fornecimento de matérias-primas foram conquistados no que se convencionou chamar de imperialismo. Por outro lado, novos países investiram na industrialização, principalmente na Europa Ocidental e os EUA, ampliando o espaço geográfico da Revolução Industrial. Com as descobertas do petróleo e outros produtos na área química, bem como a eletricidade e o aço, um novo surto industrial se verificou no final do século XIX, conhecido como Segunda Revolução Industrial.
Esse avanço tecnológico foi também uma resposta às lutas dos trabalhadores no século XIX, que pretenderam melhores salários e participação política, sendo que as lutas por esses objetivos foram vencidas também com melhorias salariais, que tornavam necessário o aumento da produtividade para serem recuperadas, em novo nível de acumulação de capital.
O capitalismo continua se desenvolvendo até os dias atuais, como consequência da primeira Revolução Industrial. Uma Terceira Revolução Industrial é apontada com o aprimoramento da tecnologia informacional, principalmente depois da década de 1970.
Industrialização e Imperialismo
No final do século XIX, o capitalismo ganhou força com o crescimento da industrialização, o crescimento foi alcançado com base na acumulação de capital gerado e adquirido nos primeiros anos de industrialização. 
Por outro lado a acumulação de capital favoreceu o avanço tecnológico na produção, a evolução das técnicas, a influência dos capitalistas para produzir infra-estrutura de transporte e comunicação, que na essência do sistema são fundamentais para consolidação do atual sistema produtivo. 
As evoluções não ocorreram apenas nas técnicas, mas também na matéria-prima, dentre muitas vantagens viáveis economicamente, destaca-se a descoberta de materiais mais baratos e duráveis. 
As fontes de energia não podem ser deixadas de lado, pois são fundamentais no processo industrial, seja o carvão, fonte de energia para a indústria têxtil na Primeira Revolução, ou mesmo o petróleo, outra fonte de energia para a indústria e transporte, e na comunicação (telégrafo elétrico, rádio, telefone). 
O processo produtivo citado não condiz com a realidade de todos os países, isso ocorreu nos países percussores do processo de industrialização como Inglaterra, Bélgica, França, Itália, Alemanha, Estados Unidos e Japão. 
Com o processo de globalização crescendo cada vez mais, o crescimento dos gastos, seja fixos ou não, manutenção, salários, transportes, impostos etc., foram favorecidos, então era necessário cada vez mais recursos financeiros. Com isso as empresas que não tinham um grande volume de capitais não resistiu, permanecendo somente as gigantescas empresas que deram início às expressões trustes, holding e cartéis. 
As nações capitalistas adotaram medidas protecionistas, a fim de proteger os empresários internos, essa medida é realizada com a taxação dos produtos importados. 
Com a intenção de expandir suas áreas de atuações, buscando mercado, mão-de-obra barata, matéria-prima, e leis ambientais frágeis, saíram para atuar em países da África, Ásia e América Latina, ou seja, neocolonialistas. 
Trustes: Fusão de várias empresas numa única. 
Holding: Associação de várias empresas com a administração central. 
Cartel: Associação entre empresas que regulam preços como é o caso dos postos de combustíveis, ou também áreas geográficas de atuação. 
Imperialismo: Dominação econômica de um país sobre o outro. Processo que ocorreu principalmente no período colonial, quando as colônias eram dependentes da metrópole e exploradas por ela. 
Neocolonialismo: As multinacionais têm atuado nos países subdesenvolvidos, explorando sua mão-de-obra e seus recursos naturais.

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