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ENSINO FUNDAMENTAL Anos Iniciais ANOAANNANA40 BIMESTRE 0 BIMESTREBIMESTRE 444444440000 BIMESTREBIMESTREBIMESTREBIMESTREBIMESTREBIMESTREBIMESTREBIMESTRE CIÊNCIAS MATEMÁTICA CACAC DEERNOOOA N BB Li vr o d o pr of es so r De acordo De acordo com a BNCCBNCCBNCCBNCC A222222 701275137_DB EF 02 DECO 12 4B LV 04 MI MCNT PR CAPA.indd 3701275137_DB EF 02 DECO 12 4B LV 04 MI MCNT PR CAPA.indd 3 14/06/21 18:2314/06/21 18:23 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . ANO22240BIMESTRE CCAACAC DDERNO B INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 1INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 1 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . SISTEMA DE ENSINO DOM BOSCO BY PEARSON – COLEÇÃO DESCUBRA E CONSTRUA © 2021 – Pearson Education do Brasil Todos os direitos desta publicação reservados à Pearson Education do Brasil Ltda. Todos os direitos desta publicação reservados à Pearson Education do Brasil Ltda. Tel. (11) 4210-4450 São Paulo, SP – CEP 05001-100 Av. Francisco Matarazzo, 1400 - Água Branca Torre Milano - 7º andar br.pearson.com Índices para catálogo sistemático: 1ª edição – 2021 Vice-presidência de Educação Juliano Melo Costa Direção de produto Alexandre Mattioli Gerência de produto Silvana Afonso Coordenação de produto Luiz Salla Autoria Fernanda Fugita, Flávia Reis Edição Lauro Tozetto, Paulo Jesus Assistência editorial Felipe Gabriel, Paula Carvalho Leitura pedagógica Daniela Taketa, Fabiana Moreira, Jaqueline Campos, Patricia de Oliveira Edição técnica Lívia de Sordi, Roberto Silva Preparação Alexandre Olsemann, Eduarda da Matta, Sérgio Nascimento Revisão Cassandra Debiasi, Eduarda da Matta, Sérgio Nascimento Gerência de design Cleber Figueira Coordenação de design Daniela Amaral Edição de arte Solange Dias Rennó Coordenação de pesquisa e licenciamento Maiti Salla Pesquisa e licenciamento Andrea Bolanho, Cristiane Gameiro, Heraldo Colon Jr., Maricy Queiroz, Sandra Sebastião Ilustrações Carla Del Matto, Dayane Raven, DS Ilustras, Ilustra Cartoon, Marcelo Kina, Vitor Ken Tanno Projeto gráfi co APIS design Diagramação SETUP Bureau Editoração Eletrônica Capa APIS design Ilustração da capa Natsy Alencar Coordenação multimídia Alberto Rodrigues Produção multimídia Cristian Zaramella PCP George Baldim INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 2INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 2 16/07/2021 18:4916/07/2021 18:49 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . APRESENTAÇÃO Caro professor, Nas páginas iniciais deste caderno, você conhecerá a proposta pedagógica, a estrutura editorial e a fundamentação da coleção Descubra e Construa, assim como os pressupostos metodológicos e a matriz de conteúdos da(s) disciplina(s) a que este livro se refere. O livro do professor é complementado por orientações didáticas que visam auxiliar o planejamento de suas aulas. Essas orientações devem ser vistas como uma referência de trabalho, podendo ser adaptadas ou ampliadas de acordo com sua experiência e a prática cotidiana em sala de aula. O conteúdo deste material resulta de meio século de vivência pedagógica do Sistema de Ensino Dom Bosco. Esperamos que, além de facilitar seu trabalho, ele desperte reflexões para, juntos, darmos continuidade à busca de soluções educativas cada vez mais eficazes. Bom trabalho, Equipe Dom Bosco by Pearson INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 3INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 3 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . SUMÁRIO PROPOSTA PEDAGÓGICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . V Coleção Descubra e Construa para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental . . . . . . . . . . . V Concepção de currículo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VII Concepção de ensino-aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VIII TURMINHA DOM BOSCO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VIII PRÁTICA DOCENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VIII Trabalho em grupo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VIII Fórum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . X Grupos de verbalização e observação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . X Inovação e aprimoramento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XI Ambiente de aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XI Articulação entre os conteúdos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XII Articulação de conteúdos com atualidade, relevância e profundidade . . . . . . . . . . . . . . . XII Organização dos conteúdos de maneira lógica e coerente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XII Definição do objetivo de aprendizagem e seleção da estratégia de ensino . . . . . . . . . . . . XIII Proposição de atividades de avaliação integradas e coerentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIII Revisão do planejamento para adequações necessárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIV Solução de problemas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIV SEQUÊNCIA DIDÁTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XV Seções gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XV Seções específicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVI Boxes gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVI Ícones . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVI Ícones para imagens. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVII Seções do livro do professor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVII CONCEPÇÃO TEÓRICA E MATRIZ CURRICULAR DAS DISCIPLINAS . . . . . . . . . . . XVII Matemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XVII Ciências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XIX REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XX INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 4INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 4 16/07/2021 18:5016/07/2021 18:50 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . LIVRO DO PROFESSOR V crianças e adolescentes que, no decurso do Ensino Fundamen- tal, passampor uma série de mudanças relacionadas a aspectos físicos, afetivos, sociais, emocionais, dentre outros. Essas mu- danças impõem desafios à elaboração de currículos para essa etapa de escolarização, de modo a superar as rupturas que ocorrem na passagem entre a Educação Infantil e o Ensino Fun- damental e, neste, entre os Anos Iniciais e Finais. É importante considerar, portanto, as especificidades dos sujeitos em cada uma das etapas de escolarização e, no caso específico do Ensi- no Fundamental, em cada fase dessa etapa. Nos Anos Iniciais, a relação do aluno com o mundo letrado é estimulada por sua interação com o meio, o que desenvol- ve sua capacidade cognitiva, aprimorando, assim, a aprendi- zagem. O conhecimento do aluno se amplia à medida que ele adquire maior desenvoltura e autonomia de seus movimentos, maior domínio do uso social da matemática e das múltiplas lin- guagens e melhor discernimento e afirmação de sua identidade perante o coletivo. Esse processo acontece durante a sistema- tização progressiva da aprendizagem, que dará continuidade a seu desenvolvimento nos próximos segmentos. Em dezembro de 2017, após três anos de discussões, o Mi- nistério da Educação (MEC) homologou a BNCC, referente à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental. A BNCC é um do- cumento de caráter normativo, que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da escolaridade. A coleção Descubra e Construa está em consonância teóri- ca com a BNCC, que define um conjunto de dez competências gerais a serem amadurecidas de maneira integrada aos compo- nentes curriculares ao longo de toda a educação básica. PROPOSTA PEDAGÓGICA Coleção Descubra e Construa para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental A nova coleção Descubra e Construa foi pensada e produ- zida com base no fazer pedagógico e na dinâmica em sala de aula para que o professor acompanhe de perto a evolução de seus alunos. A sequência didática possui um olhar voltado ao desenvolvimento de habilidades, à organização do pensamen- to e à sistematização dos conteúdos aprendidos, proporcio- nando ao aluno a oportunidade de colocar em prática aquilo que aprendeu e revisitar o conhecimento adquirido em vários momentos de sua trajetória escolar e pessoal. Com a preocupação de preparar os alunos para a vida adul- ta, a missão do Sistema de Ensino Dom Bosco by Pearson con- siste em oferecer soluções educacionais que garantam apren- dizado engajador, significativo e eficaz, por meio de metodo- logia de integração entre responsáveis, alunos e escola, funda- mentada na paixão por educar. Para isso, a coleção Descubra e Construa baseia-se nos documentos oficiais que norteiam o segmento dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental no Brasil, principalmente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), na perspectiva teórico-metodológica sociointeracionista e no conceito pedagógico da interdisciplinaridade. O Ensino Fundamental, com nove anos de duração, de- terminado em 2006 pela Lei nº 11.274, que alterou a redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), é a etapa mais longa da educação básica, abrangendo geralmente estudantes entre 6 (seis) e 14 (quatorze) anos. Há, portanto, COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC 1 CONHECIMENTO Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital. PARA: Entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2 PENSAMENTO CIENTÍFICO, CRÍTICO E CRIATIVO Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade. PARA: Investigar, causar, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3 REPERTÓRIO CULTURAL Desenvolver o senso estético. PARA: Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas de produção artístico-cultural. INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 5INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 5 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . COLEÇÃO DESCUBRA E CONSTRUAVI COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC 4 COMUNICAÇÃO Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica. PARA: Expressar-se, partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5 CULTURA DIGITAL Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares). PARA: Comunicar-se, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6 DIVERSIDADE Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências. PARA: Entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 7 ARGUMENTAÇÃO Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis. PARA: Formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitam e promovam os direitos humanos e a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8 AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADO Conhecer-se, apreciar-se, reconhecer suas emoções e as dos outros e ter autocrítica. PARA: Cuidar de sua saúde física e emocional, lidar com suas emoções e com a pressão do grupo. 9 EMPATIA E COOPERAÇÃO Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação. PARA: Fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10 AUTONOMIA E RESPONSABILIDADE Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação. PARA: Tomar decisões segundo princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 6INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 6 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . LIVRO DO PROFESSOR VII As competências foram definidas a partir dos direitos éti- cos, estéticos e políticos assegurados pelas Diretrizes Curricu- lares Nacionais (DCN) e de conhecimentos, habilidades, atitu- des e valores essenciais para a vida no século XXI. Pretendem contribuir para a construção de uma sociedade mais ética, de- mocrática, responsável, inclusiva, sustentável e solidária, que respeite e promova a diversidade e os direitos humanos, sem preconceitos de qualquer natureza. É importante ressaltar que as competências e diretrizes indi- cadas pela BNCC são comuns, mas os currículos são diversos. Segundo documento oficial, [...] BNCC e currículos têm papéis complementa- res para assegurar as aprendizagens essenciais definidas para cada etapa da Educação Básica, uma vez que tais aprendizagens só se materializam mediante o conjun- to de decisões que caracterizam o currículo em ação. São essas decisões que vãoadequar as proposições da BNCC à realidade local, considerando a autonomia dos sistemas ou das redes de ensino e das instituições escolares, como também o contexto e as características dos alunos. (BRASIL, 2017) A BNCC explicita o que se deseja alcançar, e as redes e es- colas irão definir os caminhos, as propostas e as estratégias para chegar a esse resultado. As propostas são particulares e devem atender ao contexto de cada região e comunidade. Na construção de nossos materiais, a BNCC é utilizada tan- to na conceituação de nosso currículo – concepção de ensino- -aprendizagem, sequência didática, avaliação, didáticas especí- ficas e matrizes curriculares – como na proposta de diversidade contemplada nas ilustrações e na definição da estrutura e da organização dos materiais. Concepção de currículo A coleção Descubra e Construa tem o compromisso de assegurar aos alunos o conjunto de aprendizagens essenciais e indispensáveis disposto nas normas gerais da educação nacio- nal. Essas aprendizagens, porém, não se limitam aos conteúdos mínimos a serem ensinados, como expressam as DCN: O currículo não se esgota, contudo, nos componen- tes curriculares e nas áreas de conhecimento. Valores, atitudes, sensibilidades e orientações de conduta são veiculados não só pelos conhecimentos, mas por meio de rotinas, rituais, normas de convívio social, festivi- dades, visitas e excursões, pela distribuição do tempo e organização do espaço, pelos materiais utilizados na aprendizagem, pelo recreio, enfim, pelas vivências proporcionadas pela escola. (BRASIL, 2013) Sendo assim, todas as decisões pedagógicas devem estar focadas no desenvolvimento dos alunos por meio de competên- cias que serão fundamentais para sua formação pessoal plena, preparando-os para o exercício da cidadania e tornando-os aptos a resolver demandas complexas da vida cotidiana e do âmbito profissional. Para isso, de acordo com a BNCC, a so- ciedade contemporânea exige uma educação integral, capaz de dar conta da complexidade do mundo atual: No novo cenário mundial, reconhecer-se em seu contexto histórico e cultural, comunicar-se, ser criati- vo, analítico-crítico, participativo, aberto ao novo, co- laborativo, resiliente, produtivo e responsável requer muito mais do que o acúmulo de informações. Requer o desenvolvimento de competências para aprender a aprender, saber lidar com a informação cada vez mais disponível, atuar com discernimento e responsabilida- de nos contextos das culturas digitais, aplicar conhe- cimentos para resolver problemas, ter autonomia para tomar decisões, ser proativo para identificar os dados de uma situação e buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças e as diversidades. (BRASIL, 2017) Oferecer uma educação integral, portanto, implica a partici- pação de toda a comunidade escolar. Nesse sentido, a coleção Descubra e Construa tem o papel de propor atividades e temas que envolvam pessoas e elementos que compõem o ambiente dos alunos, seja sua família, sua casa, o espaço escolar, o corpo docente e discente, entre outros. A partir da vivência, da análise e da compreensão de sua própria realidade, os alunos desen- volvem competências que os auxiliam na compreensão de reali- dades muitas vezes diversas e distantes da sua. Desse modo, em acordo com a BNCC, o Sistema de Ensi- no Dom Bosco by Pearson acredita no desenvolvimento huma- no global e compreende que sua complexidade não deve ser reduzida a visões que privilegiem exclusivamente a dimensão cognitiva ou afetiva. O ponto de partida deve ser sempre o alu- no, tendo como objetivo a construção de seu projeto de vida durante o período que a Educação Básica abrange: Assim, a BNCC propõe a superação da fragmentação radicalmente disciplinar do conhecimento, o estímulo à sua aplicação na vida real, a importância do contexto para dar sentido ao que se aprende e o protagonismo do estudante em sua aprendizagem e na construção de seu projeto de vida. (BRASIL, 2017) Por fim, o respeito às diferenças e o discurso contrário ao preconceito são reiterados em diferentes momentos no livro do aluno e nas orientações aos professores. A pluralidade cultural está estampada em manifestações artísticas clássicas e da cul- tura popular, buscando ampliar o repertório do aluno e a valori- zação das identidades locais. As ilustrações rompem com estereótipos ao contemplarem a perspectiva da inclusão de diferentes etnias, biotipos e culturas, a começar pela própria diversidade caracterizada pela Turminha Dom Bosco, que acompanha o crescimento dos alunos nesta coleção. INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 7INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 7 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . COLEÇÃO DESCUBRA E CONSTRUAVIII A iconografia, por sua vez, representa personagens e espaços que se assemelham com as práticas sociais, de modo que os alu- nos reconheçam nas imagens aquilo que estão acostumados a ver em sua vida diária, despertando noções de pertencimento e aprendendo a valorizar e a respeitar as diferenças. Concepção de ensino-aprendizagem A proposta pedagógica da coleção Descubra e Construa está amparada na teoria sociointeracionista. O material prioriza situações que dependem da interação e da participação ativa dos alunos, propiciando vivências práticas dos conteúdos apre- sentados e problematizações constantes. Do mesmo modo, vale-se de propostas clássicas, como atividades de reconhe- cimento e sistematização de conteúdo, por meio de registros frequentes daquilo que se aprende. O sociointeracionismo é uma concepção de desenvolvimen- to humano que prioriza a análise dos reflexos do mundo exterior no interior dos indivíduos, pela interação deles com a realidade. Trata-se, portanto, de uma visão sociocultural. O objeto de estu- do de Lev Vygotsky (1896-1934), nome maior dessa concepção, é o desenvolvimento humano mediante o processo histórico do indivíduo. As mudanças que nele ocorrem estão ligadas à sua in- teração com a cultura e com a história da sociedade da qual faz parte. De acordo com os conceitos trabalhados por Vygotsky, o aprendizado envolve sempre a interação com outros indivíduos e a interferência direta ou indireta deles; a linguagem é o elemento principal de mediação entre as relações sociais e a aprendizagem. Propor a aprendizagem como ato de interação implica con- siderar o material didático como uma ferramenta que viabiliza a construção coletiva do conhecimento pelo professor e pelo alu- no. Do primeiro, cujo papel principal é o de mediador, curador e promotor de sequências didáticas eficazes de ensino, faz-se necessária, entre outras contribuições, sua consciência do con- texto de aprendizagem em que se insere; o aluno fornece suas funções cognitivas e afetivas para construir os próprios conhe- cimentos, por meio das relações intra e interpessoais – ou seja, por meio da troca com outros sujeitos e consigo próprio, ele internaliza saberes, papéis e funções sociais. Na coleção Descubra e Construa, a proposta sociointera- cionista está presente em todos os materiais de todas as dis- ciplinas, desde a sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos, feita na abertura de cada capítulo, até as atividades que propõem que os alunos explorem, criem, observem, inte- rajam, se expressem etc. O material didático é um recurso ina- cabado, dependente da construção coletiva entre professor e alunos, que trazem conteúdos diversos, frutos de suas inte- rações com o meio em que vivem. Por essa razão, o livro do professor é repleto de orientações e sugestões didáticas que oferecem algumas possibilidades de trabalho do material em sala de aula. A decisão final de como o conteúdo será condu- zido, no entanto, será sempre do professor e da coordenação pedagógica da escola. Outro pilar importante do Sistema de Ensino Dom Bosco by Pearson, a interdisciplinaridadeé o melhor caminho para transmitir conteúdos e valores em uma sociedade em constan- te transformação. Fundamenta-se no esforço para superar a vi- são fragmentada do conhecimento, dada principalmente pela organização disciplinar dos currículos escolares. Embora com frequência ensinado individualmente, o saber é uma totalidade. O todo é formado pelas partes, mas não implica apenas a soma delas – é maior que elas. Assim, a natureza complexa do ato educativo exige explicação e compreensão interdisciplinares. Apesar de respeitar a estrutura individual de cada disciplina, a coleção Descubra e Construa permite um entrelaçamento en- tre os saberes e um diálogo entre as áreas do conhecimento. TURMINHA DOM BOSCO A coleção Descubra e Construa traz a Turminha Dom Bos- co, presente na coleção de Educação Infantil Monte e Remon- te, para acompanhar os alunos nessa transição de segmento escolar. Assim como os alunos, os personagens cresceram e seguem juntos na escola. Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, os alunos pas- sam a ter uma nova relação com o ambiente escolar e com a aprendizagem: o conteúdo passa a ser distribuído em diferen- tes disciplinas e estruturado em seções mais bem definidas; a dinâmica em sala de aula e a interação entre colegas, professor e aluno mudam de maneira significativa; e a exigência sobre a aquisição do conhecimento torna-se mais evidente, principal- mente a partir do início das avaliações escolares. A Turminha Dom Bosco, nesse contexto, oferece aos alu- nos companhia em seu crescimento pessoal e escolar, propor- cionando o envolvimento afetivo com o material, instigando sua curiosidade sobre a trajetória de vida de cada personagem e gerando identificação ao reconhecerem a si mesmos nessa nova etapa de vida. PRÁTICA DOCENTE Trabalho em grupo Na escola tradicional, era comum valorizar o melhor aluno, o melhor trabalho, a melhor redação, o melhor desempenho. Os alunos que não estavam na lista dos melhores eram leva- dos a pensar que não teriam chance de sucesso na vida. Mas a forma de viver, comunicar, trabalhar e aprender modificou-se. O indivíduo de sucesso não necessariamente foi o aluno de melhor desempenho escolar. Flexibilidade passou a ser valor individual bastante solicitado — flexibilidade de tempo, espa- ço, conhecimento, tarefas, relações, trabalho (GARCIA; VAIL- LANT, 2009). Essa flexibilidade passou a ser entendida como condição de inserção social, já que a atual economia solicita INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 8INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 8 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . LIVRO DO PROFESSOR IX nova configuração organizacional do trabalho: descentraliza- ção e colaboração. Uma das características mais valorizadas na sociedade atual é o trabalho em grupo, e a escola é o espaço ideal para essa aprendizagem. Trabalho em grupo dos professores O trabalho docente tem sido realizado, historicamente, de maneira individualizada. Cada professor atua em sua área do conhecimento, em sua sala de aula, com seus objetivos, propó- sitos e metodologias. Na mesma medida em que pensa o fazer docente sozinho, o professor não interfere no trabalho do ou- tro, e assim a profissão se construiu fundamentada em inúme- ras experiências individuais. Se considerarmos que o professor é um profissional que trabalha pouco em grupo, como ele poderia estimular o traba- lho em grupo com seus alunos? Não podemos afirmar que, se a interação entre os alunos acontece tranquilamente, os traba- lhos em grupo propostos pelos professores ocorrem de manei- ra adequada. Compartilhar tarefas em grupo não se resume a distribuir atribuições entre os envolvidos, cada um responsável por pes- quisar determinado tema, ficando alguém incumbido de juntar todas as partes para entregar ao professor. Transformações sociais revelam que o trabalho docente deve ser compartilhado, discutido, analisado por grupos dos próprios professores, que precisam ser capazes de inovar e organizar comunidades de aprendizagem permanente, bem como ter flexibilidade e compromisso em diminuir as diferenças entre as pessoas. O trabalho docente deve ser colaborativo, apesar de feito em sala de aula de maneira isolada. A qualidade do ensino de- pende do trabalho conjunto dos professores, o que fortalece não somente a instituição educativa, como a profissionalização individual dos integrantes. Discutir e analisar os fenômenos educativos que ocorrem no cotidiano escolar promovem refle- xão coletiva sobre suas práticas. Esse é o caminho para aprimo- rar a qualidade da educação: melhorar os processos de ensino- -aprendizagem mediante atitudes colaborativas, desenvolver o sentimento de pertencimento ao grupo de professores, promo- ver o relacionamento com a comunidade e criar comunidades docentes de aprendizagem coletiva. O compromisso mútuo passaria a ser o eixo articulador do trabalho em grupo dos professores, e a equipe teria maior va- lor que o indivíduo “que tudo sabe”; seria a soma dos conheci- mentos parciais dos professores para compor o conhecimento maior do grupo. Sugestões de atividades em grupo para os professores: • Planejamento da ação docente do bimestre/trimestre/se- mestre por área do conhecimento. • Planejamento da ação docente do bimestre/trimestre/se- mestre por diferentes áreas do conhecimento. • Planejamento de projetos educativos por área ou diferen- tes áreas do conhecimento. • Avaliação conjunta das diferentes áreas do conhecimento. • Grupo de estudos. • Grupo de reflexão sobre a ação docente cotidiana. Os grupos de trabalho dos professores devem alcançar três objetivos essenciais para efetivar-se: proporcionar o aprimora- mento e o desenvolvimento profissional do professor; propiciar a interação entre os professores com o intuito de minimizar o isolamento e a solidão decorrentes da profissão docente; mi- nimizar a fragmentação dos programas escolares contidos nas matrizes curriculares. Trabalho em grupo dos alunos O trabalho em grupo promove a cooperação em busca da aprendizagem contextualizada e significativa, tomando os co- nhecimentos prévios dos alunos como ponto de partida para novos conteúdos. Para isso, o professor necessita ser o media- dor da aprendizagem, orientando as atividades de acordo com objetivos propostos, potencialidades, dificuldades e ritmo de aprendizagem dos alunos. A fim de alcançar esse propósito, ele precisa responsabilizar-se pelo planejamento detalhado do processo de aprendizagem, por meio do trabalho em grupo, determinando as regras e as responsabilidades de cada um. A adoção de estratégias diversificadas de ensino em grupo possibilita o diálogo entre os conteúdos escolares, a sociedade e o contexto social do jovem. A articulação entre os conheci- mentos e a experiência de vida do aluno na sociedade é deter- minante para incentivar sua autonomia na condição de apren- diz e despertar seu interesse pelos conhecimentos. O professor deve prever oportunidades que promovam a participação ativa do aluno em sua aprendizagem, ou seja, ele deve instituir, em sua prática docente, situações pedagógicas que propiciem a valorização do trabalho coletivo, contribuindo, efetivamente, para a construção do princípio de participação cidadã dos jo- vens e estimulando o exercício de cooperação e solidariedade. O trabalho em grupo precisa ser uma estratégia de ensino embasada solidamente no objetivo de aprendizagem — eixo es- trutural do planejamento da aula conforme a finalidade preten- dida. O professor tem toda a condição de escolher a estratégia, conduzir as reflexões e debates e sistematizar o resultado das discussões, assegurando a compreensão da estratégia como uma das etapas da aprendizagem. Ao organizar a aula estruturada no trabalho em grupo, o principal objetivo a alcançar é que os alunos passem a ser os maiores responsáveis pela própria aprendizagem.O planejamento da estratégia de ensino para o trabalho em grupo requer organização e coerência a fim de alcançar os objetivos. Segue um roteiro para o planejamento de uma ati- vidade em grupo e a descrição de algumas estratégias a serem aplicadas em sala de aula. INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 9INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 9 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . COLEÇÃO DESCUBRA E CONSTRUAX OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 1º Mapear a informação. 5º Escolher a estratégia de ensino. 6º Definir critérios de avaliação da aprendizagem. 2º Definir objetivos de aprendizagem. 3º Definir em que situações práticas o conteúdo aparece. 4º Articular o objeto da aprendizagem com situações práticas. Fórum Fórum é um recurso no qual todos os alunos têm oportuni- dade de participar ativamente com posicionamento pessoal na discussão de determinado tema. É uma reunião que se propõe a discutir, debater ou solucionar algum problema ou assunto. Uma vez que estratégia de ensino, é usado para a sistema- tização de resultados de aprendizagem, permitindo ampliar o conhecimento a partir da posição de cada participante. Uma vez que possibilita ampliar o conhecimento, essa ativi- dade deve ser bem organizada e preparada por professor e alu- nos, evitando que a discussão se prenda a pontos de vista do senso comum. O tema do fórum deve ser curioso, atraente e/ou polêmico para assegurar o interesse pela participação do grupo. O professor precisa preparar-se bem a fim de conduzir discus- sões e debates e atingir o objetivo de aprendizagem. A preparação envolve leituras que podem se associar a pe- ças de teatro, livros, filmes, exposições, visitas, fatos ou qualquer alternativa pertinente. A avaliação do fórum abrange a partici- pação do grupo, no que se refere à coerência da argumentação e à síntese das ideias apresentadas. O professor atento controla a participação do grupo e assegura a oportunidade de todos os alunos se posicionarem. Para isso, recomenda-se recorrer a al- gumas estratégias, como seleção de representantes de tema e indicação de alunos para argumentar a respeito de determinado aspecto do assunto. O fórum permite que o aluno atribua signi- ficado ao conteúdo debatido e elabore síntese crítica sobre ele. Grupos de verbalização e observação Grupos de verbalização e observação constituem um ex- celente processo de construção do conhecimento, servindo normalmente à síntese do tema estudado, pois exigem leitura e entendimento prévios do tema a ser discutido. A estratégia adapta-se melhor a turmas com número elevado de alunos, uma vez que depende de dois subgrupos para ser realizada. Já o grupo de verbalização é o responsável pela argumentação do tema. O grupo de observação acompanha a discussão sem intervenção oral, com a incumbência de registrar os principais pontos levantados pelo grupo de verbalização. A avaliação dessa estratégia é muito ampla e deve ser siste- matizada pelo professor para orientar as principais operações dos alunos. Durante a dinâmica, eles analisam e interpretam argumentos, elaboram críticas e comparam e organizam dados em um curto espaço de tempo. Tanto professor quanto alunos devem preparar-se adequadamente para a atividade, recaindo apenas para o professor a tarefa de definir com cautela todos os critérios a considerar na avaliação, prevenindo a hipótese de atri- buir equivocadamente melhor nota ao aluno que fale mais. Para isso, ele estipula quesitos como clareza, coerência, domínio e articulação entre o tema e a realidade social, con- sistência teórica da argumentação do aluno, entre outros que considere fundamentais. GV GO Grupo de verbalização Argumentação do tema Grupo de observação Registros dos pontos principais Construção do conhecimento INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 10INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 10 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . LIVRO DO PROFESSOR XI Inovação e aprimoramento Escola é espaço de inovação e de aprimoramento pessoal e profissional. Em qualquer profissão se identificam diferenças in- dividuais de habilidades, competências e desempenho. Na pro- fissão docente não é diferente. Cada professor tem característi- cas pessoais e profissionais distintas e, durante muito tempo, a profissão docente esteve associada ao “dom de ensinar”. Assim como as demais profissões na sociedade, a profissão docente também se aprende, independentemente de talento natural. A formação contínua ou permanente é uma das condições para o magistério na sociedade atual. A cobrança de profissio- nalização docente aconteceu tanto como nas demais áreas de atuação social, e a solicitação por professores competentes tem merecido destaque no cenário nacional, visto que as exigências por uma melhor qualificação dos futuros trabalhadores emer- gem num contexto de competitividade econômica. O processo de aprimoramento docente decorre de dois aspectos fundamentais para sua efetivação: conhecimento teó- rico sobre a área do conhecimento na qual se pretende atuar (ressalta-se aqui a necessidade de se conhecer as relações que a área do conhecimento tem com as demais, sua origem e histó- ria, articulada às concepções de homem, de mundo e de ciên- cia que constituem as interfaces do ensino-aprendizagem); e o conhecimento sobre a natureza, a constituição e o propósito do saber pedagógico e do saber docente. Uma profissão, para ser exercida, precisa de uma formação inicial, específica, a fim de que o sujeito possa desempenhá-la com domínio; e de uma formação continuada, permanente, constante para que ele se constitua um profissional autônomo, crítico e reflexivo. Com base nessa concepção de profissionalização, indica-se a pesquisa como alternativa à constante busca por informações e novos conhecimentos. Portanto, essa busca é necessária para a atualização permanente e para a formação contínua a ser pro- curada em diversos espaços de formação formal e informal. Isso possibilita que o indivíduo questione e analise, crítica e criativa- mente, a construção e a reconstrução de seus conhecimentos profissionais. As propostas de formação incluem a perspectiva da for- mação de um professor investigador de sua própria prática docente, que permite uma ação reflexiva sobre sua prática pe- dagógica. A escolha desse tema suscita uma discussão sobre a necessidade de se refletir a respeito da própria prática docente, visando formar alunos que tenham capacidades para aprender em diferentes meios e que possuam atitudes empreendedoras, fundamentais no caminho de formar cidadãos com competên- cias para construir uma sociedade mais justa e solidária, além de instigar a inovação pedagógica na educação básica. A reflexão na ação leva o sujeito a analisar e reconsiderar as situações complexas surgidas no cotidiano profissional, con- duzindo-o a uma nova prática ou induzindo-o a repensar seu próprio papel dentro da instituição. Os processos aplicados na reflexão e na ação se assemelham aos utilizados nas pesquisas científicas, desencadeando a ideia da pesquisa da prática. O grupo de trabalho dos professores é um espaço privile- giado para a pesquisa da prática docente. A inovação está asso- ciada ao aprimoramento profissional do professor, visto que o entendimento da profissão docente permite a criação de novas possibilidades em sala de aula. Esse processo de aprendiza- gem (aprimoramento) ocorre quando alguém se disponibiliza a aprender algo (habilidades e competências) em determinado contexto concreto (escola) (GARCIA, 1999). Inovar, no contexto escolar, significa criar oportunidades de aprendizagem embasadas na análise e na reflexão da ação docente obtida da própria experiência profissional. Ao inovar, o professor estará,permanentemente, se aprimorando. Ambiente de aprendizagem A sala de aula é o espaço na escola destinado ao processo de aprendizagem, e cabe ao professor criar, na turma, um am- biente favorável para o ensino-aprendizagem. Sensibilizar, instigar a cooperação e a participação, mobili- zar os conhecimentos prévios dos alunos, solicitar o respeito à pessoa e à propriedade do outro e desafiar a cognição e a cria- tividade são exemplos de um clima favorável à aprendizagem. A promoção da qualidade do ensino-aprendizagem é a principal competência profissional a ser desenvolvida pelo pro- fessor em sala de aula. O fazer docente valoriza o processo de ensino-aprendizagem, privilegiando os conhecimentos científi- co e pedagógico que o professor demonstra na prática de sua função, e a qualidade desse profissional é fator escolar deter- minante para o desempenho dos alunos (GRAÇA et al., 2011). As atividades de ensino-aprendizagem organizadas pelo pro- fessor e pela escola determinam a qualidade de aprendizagem do aluno; daí a necessidade de reorganizar os objetivos escolares e propiciar a ele a apropriação do conhecimento, superando a me- morização dos conteúdos e estimulando o apreender, no sentido etimológico de prender, assimilar, entender, compreender. Apreender faz superar o simples “assistir à aula” tão comum na realidade escolar, em busca de apreender ativa, reflexiva e conscientemente. A atuação do professor é decisiva para o al- cance dessa meta. Compreendendo isso, devemos envolver os alunos no processo de aprendizagem. Como conseguir isso? Tomando a ação docente em vigor como ponto de partida para a organização e a proposição de novas ações. Retomamos aqui o princípio do trabalho em gru- po (trabalhar com os outros: com os alunos e suas necessidades e com os professores de maneira colaborativa mútua) e da re- flexão sistemática da prática docente (análise das experiências e da responsabilidade profissional do professor) para estruturar a ação docente cotidiana, que supõe a participação dos alunos em sua aprendizagem. INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 11INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 11 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . COLEÇÃO DESCUBRA E CONSTRUAXII Para facilitar o processo de organização e planejamento da aprendizagem, sugerimos algumas ações. PREPARAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM 1º Articulação entre os conteúdos. 2º Articulação de conteúdos com atualidade, relevância e profundidade. 5º Proposição de atividades de avaliação integradas e coerentes. 6º Revisão do planejamento para adequações necessárias. 3º Organização dos conteúdos de maneira lógica e coerente. 4º Definição do objetivo de aprendizagem e seleção da estratégia de ensino. Articulação entre os conteúdos Inicie a organização da aprendizagem definindo o conteúdo escolar a trabalhar com os alunos. Primeiramente, é necessário conhecer e entender a organização da matriz curricular. Analise as matrizes curriculares presentes no material e converse com profissionais da educação e os professores das áreas para en- tender melhor essa organização. Dessa forma, o conteúdo a trabalhar já estará previsto nos planejamentos da disciplina. Conhecer essa matriz permite que o planejamento diário da aprendizagem tenha coerência, já que se torna possível articu- lar os conteúdos de maneiras horizontal (mesmo ano) e vertical (anos anteriores e posteriores), facilitando a organização lógica da aprendizagem. É importante também articular o conteúdo da aprendizagem com as demais áreas do conhecimento. Essa etapa de organização e estruturação da aprendiza- gem, que a princípio parece ser longa e trabalhosa, propicia se- gurança ao professor para conduzir o aprendizado do aluno. O domínio do conteúdo é condição básica à atuação do profissio- nal docente, que se torna melhor quanto mais consiguir fazer articulações entre os conhecimentos. A pesquisa, nessa etapa, é sua principal aliada. A troca de experiências e conhecimentos entre os pares facilita muito o planejamento. Articulação de conteúdos com atualidade, relevância e profundidade É possível que, na primeira etapa, tenham sido levantadas inúmeras interconexões do conhecimento pesquisado. O im- portante é definir o quanto esse conhecimento necessita ser aprofundado (relação conteúdo-ano-idade do aluno); qual a relevância dele em relação ao objetivo de aprendizagem e aos conteúdos que o antecedem e o procedem (base para o en- tendimento e pré-requisito para outros conhecimentos); como esse conteúdo contribui para a compreensão dos demais em outras áreas do conhecimento; e quais os meios de relacionar esse conhecimento com os temas que vêm sendo discutidos. Essa articulação é essencial para uma visão sistêmica do conteúdo associado à matriz curricular. Ao definir relevância, profundidade e atualidade do conhecimento, cada professor consegue perceber qual a contribuição de sua aula/disciplina/ área do conhecimento para a formação do aluno. Esse entendi- mento permite-lhe, também, refletir sobre a própria atuação, já que ele pode entender, a cada planejamento, o sentido de seu papel na educação. Nesta etapa, retome a discussão entre os demais colegas, verifique o enfoque a dar ao conhecimento e evite a incom- preensão desse conteúdo por falta de conhecimentos prévios, contextuais, aplicação, entre outros fatores. Organização dos conteúdos de maneira lógica e coerente Após a fase de pesquisa do conhecimento, inicie a orga- nização de todos os assuntos selecionados para apresentá-los durante o processo de aprendizagem de acordo com uma ló- gica de desenvolvimento. Defina os conteúdos prioritários à aprendizagem. Lembre-se, permanentemente, de relacionar INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 12INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 12 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . LIVRO DO PROFESSOR XIII o conteúdo ao ano, à idade e ao contexto do aluno, evitando trabalhar temas de difícil compreensão, excessivamente fáceis ou muito distantes da realidade do aluno. O aluno precisa ser estimulado e desafiado a aprender. Isso o envolve e o incita a participar das aulas. O bom desempenho docente está atrelado ao entendimento do nível etário e cognitivo do aluno. No planejamento escolar, os conteúdos são estabelecidos considerando certo tempo. Antes de iniciar a organização, con- sulte o material e procure também saber o período que a equi- pe de professores destinou ao assunto em questão. Em seus registros pessoais, cabe indicar se o tempo reservado a desen- volver os conteúdos é suficiente, dado que contribui muito com o planejamento das atividades escolares futuras. Quando esta- belece a sequência lógica dos conteúdos a trabalhar em relação ao tempo destinado para cada tema, indiretamente, o professor inicia a definição dos critérios para as avaliações dos alunos. Definição do objetivo de aprendizagem e seleção da estratégia de ensino A definição da estratégia de ensino está diretamente liga- da ao objetivo de aprendizagem, ou seja, um não ocorre sem o outro. Escolher a estratégia de ensino com a intenção de de- senvolver “boa aula” sem considerar o objetivo de aprendiza- gem implica propor aula sem coerência. A estratégia não deve sobrepor-se ao objetivo de aprendizagem. Durante as três etapas anteriores, o professor teve oportu- nidade de conhecer, relembrar e rever, em profundidade, os co- nhecimentos a trabalhar. É responsabilidade dele eleger e indi- car os objetivos de aprendizagem do aluno. Ele é o especialista. Quando isso ocorre, determinar a estratégia de ensino é uma tarefa simples e fácil. O objetivo requer que a aprendizagem se processe de modo individual ou em grupo? Ele depende de prévia explicaçãoteórica ou o aluno pode entendê-lo por meio de pesquisa? É um assunto que solicita discussão? As respostas levam à escolha da estratégia de ensino: aula expositiva dialo- gada, estudo de texto, estudo dirigido, aulas práticas em labo- ratório, fórum, debate, seminário, ensino com pesquisa, estudo do meio, entre outras possibilidades. A opção por uma estratégia deve considerar o tempo dis- ponível para cada conhecimento e cada aula. Algumas estra- tégias necessitam de tempo muito longo; outras, de espaços diferenciados e maiores que os da sala de aula; há, ainda, as que podem gerar movimentação e barulho. Planeje criteriosamente sua aula, porque a estratégia de ensino tem o intuito de facilitar a aprendizagem do aluno. Proposição de atividades de avaliação integradas e coerentes A principal maneira de analisar e entender as ocorrências nos diferentes espaços de aprendizagem na escola é a avaliação, determinante para verificar se os propósitos de aprendizagem estabelecidos foram alcançados. As avaliações têm a intenção de analisar um resultado e, para isso, alguns pressupostos a sua realização são primordiais. • Adaptar a avaliação aos objetivos de aprendizagem pro- postos: alguns conflitos surgidos em sala de aula entre alunos e professores estão vinculados aos processos de avaliação. A relação entre eles fica estremecida após uma avaliação em que tenha havido discrepância entre o que foi trabalhado em sala de aula e o que foi solicitado nela. Ao estabelecer o objetivo da aprendizagem, o professor também define o que será solicitado na avaliação. É preciso atenção para não “cobrar” do aluno o que não foi discutido e trabalhado em sala de aula. A fim de evitar incidentes desse tipo, o profissinal deve conferir seu planejamento semanal e diário. • Selecionar técnicas condizentes com as estratégias de ensino adotadas: ao preparar as atividades de avaliação da aprendizagem, o professor precisa ter cuidado para não criar técnicas ou instrumentos totalmente diferentes do que desenvolveu no cotidiano escolar. É imprescindível relacionar as atividades da avaliação com as trabalhadas anteriormen- te pelos alunos. Durante todo o período, por exemplo, se foram aplicadas somente estratégias de trabalho em grupo, não faz sentido algum propor avaliação individual. A avalia- ção não deve ser elemento-surpresa para averiguar, além dos conhecimentos escolares, a tenacidade do aluno em relação à solução de fatos novos. Ela destina-se a acompanhar o de- senvolvimento do aluno. • Explicar aos alunos as formas de avaliação adotadas: a avaliação também serve como ferramenta de acompanha- mento do progresso na aprendizagem pelo próprio aluno. Assim, conhecer as propostas do professor e da escola faz parte de sua aprendizagem. Elas devem ser apresentadas, ex- plicadas e discutidas sempre que necessário. Tarefas de casa, exercícios corrigidos em sala de aula, participação nas discus- sões são exemplos de abordagens avaliativas da aprendiza- gem, mas sempre consideradas sob a perspectiva de que o aluno entendeu as regras estabelecidas antes, desde o início do processo, e amplamente debatidas. Trata-se de um direito de qualquer indivíduo a ser submetido à avaliação. • Utilizar instrumentos diversificados: não é novidade que as pessoas são diferentes umas das outras; contudo, a escola, historicamente, prioriza um tipo de instrumento para avaliar os alunos: a prova escrita. Sem condená-la, por ser excelen- te instrumento avaliativo, os professores precisam recorrer a muitas outras alternativas seguras. As variáveis enriquecem o processo de aprendizagem na medida em que diferentes instrumentos desenvolvem distintas habilidades nos alunos. Uma avaliação oral, por meio de seminário em sala de aula, por exemplo, estimula o trabalho de oratória, improvisação e análise crítica, dando ao aluno a oportunidade de exercitar tais habilidades. Da mesma forma, outros instrumentos (pro- INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 13INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 13 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . COLEÇÃO DESCUBRA E CONSTRUAXIV dução de texto, elaboração de mapa conceitual, resolução de problemas, elaboração de síntese, dramatização, produção artística etc.) contribuem para o aprimoramento de várias habi- lidades necessárias ao convívio social. Os professores podem lançar mão de diversas ferramen- tas, desde que tenham clareza do objetivo de aprendizagem que pretendem avaliar e que usem linguagem adequada à si- tuação. A variedade de instrumentos atende às diferenças in- dividuais dos alunos, permitindo acompanhar, efetivamente, o progresso na aprendizagem. • Definir e apresentar os critérios de correção: alunos, pais e comunidade escolar consideram justa a avaliação que respeita os critérios estabelecidos. O aluno aprende desde a primeira infância várias regras de convivência e tem mais facilidade de avaliar sua postura quando entende ter viola- do uma das normas estabelecidas. Na avaliação escolar, isso não é diferente: informar os alunos dos critérios de corre- ção da avaliação é responsabilidade e obrigação do profes- sor, para garantir coerência no processo de aprendizagem. Solicitar, por exemplo, tarefa de casa (trabalhos escritos individuais ou em grupo, produção de texto, resolução de problemas etc.) sem esclarecer o que deve ser feito e como será corrigido e avaliado perde toda a intencionalidade ava- liativa. A ausência de critérios torna a avaliação simples ins- trumento de poder do professor sobre o aluno. Apresentar e discutir regras e critérios de correção dá chance ao profes- sor de se mostrar firme quanto às regras estabelecidas, sem causar danos no contexto escolar. Da mesma forma, avaliar a participação em sala de aula deve seguir critérios muito bem estabelecidos para evitar que um aluno extrovertido seja confundido como participativo. • Discutir os resultados da avaliação com os alunos: o propósito da avaliação é acompanhar o desenvolvimento do aluno. Dentro desse pressuposto, o resultado é tão ou mais importante que a avaliação em si. Se o professor não a usar para detectar as dificuldades dos alunos e rever o processo de aprendizagem, a avaliação perde sua finalidade. Discu- tir o desempenho não é tarefa simples, já que se entendia a avaliação, por muito tempo, como resultado que qualifica ou desqualifica o aluno em função da nota que obteve durante o ciclo escolar. Compreender os pontos fortes e fracos do de- sempenho individual permite aprimorar o processo de apren- dizagem. A avaliação tem essa intenção. Aprender a discuti-la com os envolvidos promove a interação, o fortalecimento e encoraja a convivência entre os pares (entendimento dos er- ros e acertos), que se amplia da sala de aula para a sociedade. • Propor atividades aos alunos para retomar as dificulda- des: o entendimento de dificuldades e acertos dos alunos, re- velados em suas avaliações, permite ao professor retomar seu planejamento de ensino. Análise e reflexão desses resultados lhe possibilitam desenvolver atividades para a recuperação da aprendizagem considerada insatisfatória. O professor com- prometido com o processo de aprendizagem do aluno, função principal de sua profissão, deve propiciar ambiente adequado ao desenvolvimento das atividades de recuperação. Dentre inúmeras possibilidades, indica-se a elaboração de planos indi- viduais para a revisão da aprendizagem. Neles, professor e alu- nos definem o modelo de recuperação, inclusive os diferentes recursos tecnológicos disponíveis à sua efetivação. Revisão do planejamento para adequações necessárias O planejamento do ensino é dinâmico. Algumas vezes o professor programa uma atividade que, a seu ver, será “um sucesso” e ocorre justamente o contrário: os alunos não coo- peram, as discussões não respeitam as diferenças e o professor termina a auladesmotivado por completo. O inverso também acontece: uma aula sem muitas perspectivas aos olhos do pro- fessor torna-se um sucesso, tem participação, envolvimento, bons debates. A complexidade da profissão docente está justa- mente no entendimento de que as aulas, os alunos e as dinâmi- cas de aprendizagem apresentam vertentes distintas. A vantagem da profissão docente é a possibilidade de rever o planejamento dia a dia, aula a aula. As ideias surgem no trans- correr da carreira profissional, e as adequações no planejamen- to são perfeitamente aceitas no meio, porque a dinâmica da educação funciona assim mesmo. Conversar com frequencia com os colegas para discutir o processo de aprendizagem leva a aprimorá-lo sempre. Na medida em que analisa sua prática, o professor se aperfeiçoa permanentemente. Solução de problemas A aprendizagem ocorre por meio da ação humana e, nes- se sentido, o ensino deve atender a tal solicitação, “aprende- -se porque se age e não porque se ensina” (BECKER, 2002, p. 112). O desenvolvimento profissional docente ocorre quando o fazer se embasa nos conhecimentos específico e pedagógi- co da área de atuação. Somente a assimilação dos conheci- mentos teóricos da profissão docente não assegura boa atua- ção profissional. A aprendizagem docente acontece com seu fazer. A reflexão de que o professor deve exercer permanente- mente sobre sua prática em busca do próprio aperfeiçoamen- to surge de suas vivências, sejam positivas, sejam negativas, e a análise da própria atuação orienta-o a modificar ou não sua postura profissional. Se a aprendizagem do professor ocorre, também, por meio da solução de problemas, a aprendizagem do aluno deve pau- tar-se prioritariamente no princípio da solução de problemas como alternativa metodológica para o ensino. Buscando ultra- passar a memorização dos conteúdos, ele é entendido como meio de construção do conhecimento pelo aluno, tornando-o copartícipe na aprendizagem. Induzir a criação de métodos e INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 14INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 14 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . LIVRO DO PROFESSOR XV estratégias para a resolução de problemas constrói, desenvolve e estrutura o pensamento lógico do aluno. O sentido da aprendizagem está no entendimento do con- teúdo teórico articulado com a solução prática dos problemas cotidianos. Essa metodologia permite que o aluno passe a dar sentido ao conhecimento escolar, visto que ele adquire condi- ções de resolver as questões apresentadas no contexto da sala de aula e de levar essa experiência para a sua vida em socieda- de. Disponibilizar informações não possibilita que o estudante entenda, na prática, as questões que envolvem seu cotidiano e a sociedade como um todo. Apenas lhe assegura que a apren- dizagem tenha sentido prático. Os objetivos do método de aprendizagem por análise e so- lução de problemas são: • Estimular a ampla aquisição de conhecimentos. • Empregar conhecimentos teóricos na solução de problemas, assegurando a aquisição de praticidades. • Desenvolver a capacidade de solucionar problemas e de auto- aprendizagem. • Estimular a curiosidade para aprender. • Desenvolver hábitos para trabalhar em grupo. • Compartilhar informações e conhecimentos (MOREIRA, 2010). Nesse sentido, o papel do professor é planejar situações em que o aluno precise, obrigatoriamente, desempenhar algumas tarefas vinculadas aos problemas cotidianos, com o intuito de solucionar as questões propostas. A proposição das tarefas pode basear-se em diferentes contextos e materiais, por exem- plo, filme, documentário, peça de teatro, artigo de jornal ou revista, caso jurídico, administrativo, contábil, matemático, clí- nico, entre outras alternativas. As tarefas devem ser bem planejadas, com tempo determina- do de execução, definição de materiais permitidos para sua rea- lização (equipamento, calculadora, computador, celular etc.), estabelecimento de regras (atividade individual ou em grupo; solução em sala de aula ou como tarefa de casa; apresentação escrita ou oral; apoio de colegas, turmas e/ou profissionais; etc.). Essa estratégia precisa de um tempo para a análise dos resulta- dos apresentados. Portanto, é importante que o planejamento semanal seja feito prevendo esse tempo, pois a participação do grupo é fundamental à sistematização da atividade. A solução de problemas contribui para a formação de alunos com capacidade de pensar, agir, criar e inovar (MOREIRA, 2010), competências essenciais ao convívio social na atualidade. O pro- fessor, nesse contexto, exerce a função de líder do grupo, tendo, também, ótima oportunidade de aprendizagem. É essencial con- duzir a solução de problemas de maneira a não gerar competiti- vidade, mas sim estimular o princípio de colaboração e solidarie- dade no grupo. Entendida e praticada, essa estratégia passa a ser metodologia de ensino permanente no cotidiano escolar, pelas próprias características de inovação, criatividade, curiosidade e autonomia, alterando em definitivo a prática docente. SEQUÊNCIA DIDÁTICA Segundo Zabala (1998), pode ser entendida como “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos”. A sequência didática se traduz nas seções editoriais do ma- terial, como demonstrado a seguir. Seções gerais As seções gerais são responsáveis pela organização fun- damental do conteúdo e estão presentes nas disciplinas de Língua Portuguesa, História, Geografia, Matemática, Ciên- cias, Arte e Inglês. Cada seção possui uma função didática, conforme descrito. Sondagem Seção Vasculhando ideias / Let’s get started. • Verifica os conhecimentos prévios dos alunos sobre o tema/ conteúdo da abertura do capítulo por meio de perguntas de sondagem. • Promove resposta oral que busca despertar a curiosidade dos alunos e levantar conhecimentos prévios de hipóteses gerais, do senso comum, partindo de situações do cotidiano. • Resulta na problematização espontânea gerada pelas respostas dos próprios alunos e pela condução oral do professor. Problematização Seção Ponto de partida / Warming up. • Dá continuidade à problematização intencional criada na se- ção anterior por meio do levantamento de hipóteses. • Encaminha à reflexão do aluno o tema abordado na abertura do capítulo. Desenvolvimento / Organização do conteúdo Seção Siga em frente / Go ahead. • Organiza, amplia e contextualiza o conteúdo do capítulo. • Apresenta e constrói novos conceitos, promove o registro de hipóteses e consolida e amarra ideias por meio de atividades, encaminhamentos, seções específicas de cada disciplina e bo- xes que extrapolam elementos básicos tratados no capítulo. Sistematização Seção Hora de praticar / Let’s practice. • Revisa e consolida o conteúdo visto no capítulo por meio de atividades de sistematização. INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 15INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 15 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . COLEÇÃO DESCUBRA E CONSTRUAXVI Aprofundamento / Aplicação Seção Para ir além / Going beyond. • Oferece atividades mais desafiadoras para que os alunos aprimorem as habilidades e os conhecimentos adquiridos ao longo do capítulo. • Extrapola os elementos básicos tratados no capítulo. Produção Seção Mãos à obra! / Hands on! • Oferece espaço para o aluno concretizar e aplicar os conteú- dos aprendidos no capítulo de modo prático. • Dá a oportunidade de os alunos trabalharem a expressão criativa, a comunicação, a percepção analítico-crítica ou o senso de colaboração entre os colegas. Síntese Seção Vamos relembrar? / Let’s remember! • Ilustra,de modo simples, os principais conceitos aprendidos no bimestre no final da unidade de cada disciplina. Seções específicas As seções específicas trazem conteúdo e atividades focadas nas características essenciais de cada disciplina. Elas aparecem conforme a necessidade do conteúdo a ser abordado. Matemática • Qual é a solução?: propõe atividades de jogo ou apresenta situações que necessitam de resoluções matemáticas. • Raciocínio e ação: apresenta atividades de raciocínio lógico. • Matemática na prática: traz atividades e aplicações da ma- temática no cotidiano do aluno. Ciências • Aplique ciência: promove a formulação de hipóteses por meio de atividades em grupo investigativas e experimentais que demandam materiais simples e pouco tempo. • Ciência em debate: propõe a reflexão sobre o papel da ciên- cia e o desenvolvimento de valores éticos e científicos por meio de questões e atividades. • Redescubra: traz estudos do meio e desenvolve o olhar cien- tífico com base na observação dos fenômenos naturais, da paisagem e dos processos ecológicos. • Interprete ciência: apresenta questões de interpretação que estimulam a obtenção de informações, compreensão e refle- xão por meio de fontes diversas. Boxes gerais Os boxes gerais trazem informações complementares que enriquecem o repertório dos alunos e promovem reflexões a partir do conteúdo apresentado. Boxe Saiba mais / Discover • Traz curiosidades e informações adicionais sobre o conteúdo. Boxe Biografia / Biography • Apresenta breve biografia de personalidades importantes ci- tadas no texto. Boxe De olho / Check it out • Dá dicas de livros, sites, lugares, filmes, músicas etc. Boxe Diálogos / Crossing borders • Trata de conteúdos interdisciplinares a respeito do assunto abordado. Boxe Glossário / Glossary • Traz o significado de termos mais complexos que estão em destaque na página. Boxe Um passo à frente / A step ahead • Apresenta questões relacionadas a valores, como cidadania, ética, diversidade, sustentabilidade, convivência etc. Boxe Vida on-line / Connected • Aborda questões relacionadas à educação midiática e aos cuidados com o meio digital. Boxe Fato ou mito? / True or false? • Comprova ou refuta curiosidades ou especulações com base em fatos e na ciência. Ícones Os ícones são instrumentos visuais que auxiliam professo- res e alunos sobre como cada atividade deve ser realizada. Atividade em dupla • Indica atividades que devem ser feitas em dupla. Atividade em grupo • Indica atividades que devem ser realizadas em grupo. Atividade no caderno • Aparece quando as atividades devem ser feitas no cader- no do aluno. Atividade oral • Identifica atividades que devem ser feitas oralmente. Portfólio • Aparece em atividades que resultam na produção de al- gum objeto ou material que pode fazer parte do portfólio do aluno. INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 16INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 16 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . LIVRO DO PROFESSOR XVII Áudio (somente para Inglês) • Indica conteúdo com áudio disponível no portal Ícones para imagens Microscópio • Indica que a imagem foi obtida com o uso de microscópio óptico ou eletrônico. Cores • Indica que as cores não correspondem aos tons reais. Escala • Apresenta, quando necessário, o tamanho aproximado do ser vivo ou objeto na vertical (altura) ou na horizontal (comprimento). Seções do livro do professor As seções do livro do professor o auxiliam na organização e na condução das aulas, oferecendo orientações didáticas rele- vantes e informações extras. Abertura do capítulo • Planejamento: indica quantas semanas de aula o professor deve dedicar ao capítulo. • Objetivos de aprendizagem: apresenta de maneira descritiva e resumida o que os alunos aprenderão ao longo do capítulo. • Habilidades: traz os códigos das habilidades da BNCC ou a descrição das habilidades Dom Bosco. • Campo de atuação (Língua Portuguesa) / Unidade temática (outras disciplinas): indica quais campos de atuação ou unidades temáticas da BNCC serão aborda- dos no capítulo. • Conceitos-chave: apresenta os conceitos principais a serem trabalhados. • Explore a abertura: explica como abordar a abertura do capítulo e quais associações podem ser feitas com a ajuda das perguntas da seção Vasculhando ideias. Desenvolvimento do capítulo • Orientação didática: traz orientações aos professores sobre como abordar conteúdos e atividades ao longo do material. • Atividade: traz orientações e respostas às atividades. • Habilidades: indica os códigos das habilidades da BNCC ou a descrição das habilidades Dom Bosco nos pontos em que são desenvolvidas ou concluídas. • Amplie a abordagem: indica dinâmicas ou formas diferen- tes de como abordar o conteúdo apresentado. • Aprofunde o conhecimento: oferece dicas e referências de leitura, filmes ou conteúdos diversos que possam auxiliar o professor na preparação da aula. • Atividade complementar: opção de atividade extra para ser dada em sala de aula. • Para casa: indica qual seção ou atividade presente no livro do aluno pode ser passada para casa. • Diálogo interdisciplinar: apresenta abordagens interdisci- plinares sobre determinado conteúdo para que o professor o trabalhe em sala de aula. • Conceitos-chave: explica os principais conceitos trabalhados ao longo do capítulo para ser reforçados em sala de aula. CONCEPÇÃO TEÓRICA E MATRIZ CURRICULAR DAS DISCIPLINAS Matemática A educação matemática voltada para a cidadania estimula e motiva os métodos investigativos, despertando nos alunos o hábito de usar o raciocínio lógico na busca de soluções para si- tuações-problema, sem repetições e automatismos. A coleção Descubra e Construa busca ensinar aos alunos os conteúdos de Matemática de forma agradável e dinâmica, assim como pro- mover o conhecimento por meio do desenvolvimento de habi- lidades, influenciando a maneira como veem o mundo e tomam decisões em seu cotidiano. Desse modo, o aluno descobre que a matemática serve para descrever com beleza tudo o que há em sua volta, das estrelas no céu às embalagens de produtos, aju- dando-o a organizar o mundo de maneira ordenada e lógica. A educação escolar inicia-se pela vivência dos alunos, mas não se reduz ao saber cotidiano. No caso da Matemática, a con- textualização de conceitos abstratos relativos a números, ope- rações, medidas e geometria favorece a aprendizagem signifi- cativa, pois aproxima os conceitos de vivências e conhecimen- tos construídos sem situações do dia a dia. Nessa abordagem, o material didático apresenta textos e situações-problema de outras áreas do conhecimento, fenômenos e acontecimentos da sociedade, com a finalidade de atribuir significado aos con- ceitos matemáticos, gerando a ideia de que o conhecimento se constrói em múltiplas dimensões. Para auxiliar esse aprendizado, o material inclui seções es- pecíficas que permitem a reflexão e a contextualização do con- teúdo. A seção Qual é a solução? propõe atividades de jogo ou apresenta situações que necessitam de resoluções matemá- ticas. Já a seção Raciocínio e ação traz atividades que depen- dem do raciocínio lógico. Por último, a seção Matemática na prática oferece situações de aplicação da matemática no coti- diano do aluno. Em geral, as atividades do material propõem que os alunos discutam entre si para chegar a conclusões. Algumas permitem mais de uma solução, a depender das resoluções matemáticas ou do raciocínio lógico utilizado, admitindo a aplicação de es- tratégias pessoais que valorizam a participação e a criatividade. INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 17INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 17 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . COLEÇÃO DESCUBRAE CONSTRUAXVIII Trabalhar a resolução de problemas nessa abordagem amplia os valores educativos do saber matemático, capacitando-os a enfrentar os desafios do mundo contemporâneo. As atividades são desenvolvidas e aplicadas ao longo do ano, permitindo ao aluno lidar com situações desafiadoras de forma persistente, flexível e criativa. Desse modo, a concepção pedagógica da Matemática tem a finalidade de explorar seus conceitos do modo mais amplo pos- sível durante a trajetória escolar, favorecendo a construção de capacidades intelectuais, a estruturação do pensamento, a agili- dade de raciocínios dedutivos e indutivos e a formação básica ne- cessária à convivência em sociedade e ao exercício da cidadania. 2O ano Unidade D: Números e geometria Capítulos Sugestão Conteúdo Habilidades 15 Situações no ábaco de pinos 1a semana 2a semana • Adições. • Subtrações. • (EF02MA03) Comparar quantidades de objetos de dois conjuntos, por estimativa e/ou por correspondência (um a um, dois a dois, entre outros), para indicar “tem mais”, “tem menos” ou “tem a mesma quantidade”, indicando, quando for o caso, quantos a mais e quantos a menos. • (EF02MA05) Construir fatos básicos da adição e subtração e utilizá-los no cálculo mental ou escrito. • (EF02MA06) Resolver e elaborar problemas de adição e de subtração, envolvendo números de até três ordens, com os significados de juntar, acrescentar, separar, retirar, utilizando estratégias pessoais. • (EF02MA07) Resolver e elaborar problemas de multiplicação (por 2, 3, 4 e 5) com a ideia de adição de parcelas iguais por meio de estratégias e formas de registro pessoais, utilizando ou não suporte de imagens e/ou material manipulável. • (EF02MA08) Resolver e elaborar problemas envolvendo dobro, metade, triplo e terça parte, com o suporte de imagens ou material manipulável, utilizando estratégias pessoais. • (EF02MA09) Construir sequências de números naturais em ordem crescente ou decrescente a partir de um número qualquer, utilizando uma regularidade estabelecida. • (EF02MA10) Descrever um padrão (ou regularidade) de sequências repetitivas e de sequências recursivas, por meio de palavras, símbolos ou desenhos. • (EF02MA14) Reconhecer, nomear e comparar figuras geométricas espaciais (cubo, bloco retangular, pirâmide, cone, cilindro e esfera), relacionando-as com objetos do mundo físico. • (EF02MA15) Reconhecer, comparar e nomear figuras planas (círculo, quadrado, retângulo e triângulo), por meio de características comuns, em desenhos apresentados em diferentes disposições ou em sólidos geométricos. • (EF02MA20) Estabelecer a equivalência de valores entre moedas e cédulas do sistema monetário brasileiro para resolver situações cotidianas. • (EF02MA22) Comparar informações de pesquisas apresentadas por meio de tabelas de dupla entrada e em gráficos de colunas simples ou barras, para melhor compreender aspectos da realidade próxima. 16 Resolvendo adições e subtrações 3a semana 4a semana • Diferentes maneiras de calcular. • Diferentes maneiras de calcular subtrações. • Adições e subtrações na calculadora. 17 Vamos multiplicar e dividir 5a semana 6a semana • Números pares e números ímpares. • Distribuindo igualmente. • Metade e terça parte. • Situações matemática. 18 Figuras geométricas 7a semana 8a semana • Montando e desmontando. • Lados e vértices de figuras geométricas planas. INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 18INICIAIS_2 ANO_PR_MULTI_B.indd 18 14/07/2021 20:1914/07/2021 20:19 É P R O IB ID A A V E N D A E R E P R O D U Ç Ã O D O M A TE R IA L S E M A U TO R IZ A Ç Ã O D A P E A R S O N . LIVRO DO PROFESSOR XIX Ciências A ciência é um dos grandes empreendimentos intelectuais da modernidade. Informa sobre a essência humana, desmis- tifica o conhecimento empírico, mostra verdades e desvenda mistérios. Sua evolução está estreitamente vinculada ao desen- volvimento humano e à maneira como a sociedade opera em relação ao mundo natural. Nos Anos Iniciais, o componente curricular de Ciências tem o papel de oferecer aos alunos vivências que incentivam a investi- gação, o questionamento, ampliam a curiosidade e aprimoram as capacidades de observação, de abstração, de raciocínio lógico e de criação. Na coleção Descubra e Construa, essas vivências são trabalhadas com os alunos por meio de atividades que promovem a colaboração e que sistematizam as primeiras experiências com fenômenos do mundo natural, da tecnologia e do seu próprio cor- po, saúde e bem-estar. Desse modo, o diferencial do material re- side na formação integral do aluno por meio do desenvolvimento de suas faculdades de criação, de aplicação do conhecimento ad- quirido e de valorização de suas experiências pessoais, superando o ensino tradicional e a simples memorização de conceitos. Valorizando métodos de investigação científica, o material inspira o aluno a “fazer ciência”. Ele o instiga a buscar o conhe- cimento de forma mais prazerosa e facilita o aprender a pensar, a elaborar as informações e a aplicar o conhecimento aprendido em benefício próprio e da sociedade. Para tanto, prioriza ativida- des que estimulam a criatividade, o debate de ideias e o senso de investigação. Pesquisando, observando, registrando, experimen- tando e concluindo, o aluno desenvolve a organização do traba- lho e do raciocínio sobre o evento observado; detecta falhas, le- vanta hipóteses e desenvolve habilidades para a experimentação, a elaboração de teorias e a comunicação dos resultados. O material de Ciências parte da proposta de letramento so- ciocientífico, preparando o aluno para a sociedade científica e tec- nológica, em que o conhecimento é fundamental à compreensão da vida. Além disso, desenvolve o pensamento crítico, permitin- do-lhe perceber o mundo real, associando seus conhecimentos anteriores com os atuais. Para isso, apresenta o cotidiano por meio de textos extraídos de fontes confiáveis (revistas, sites etc.), incentivando o debate de assuntos abordados, a fim de possibi- litar que o aluno se expresse e se desenvolva conscientemente. Nas seções específicas do material, são propostas atividades que promovem a formulação de hipóteses por meio de atividades em grupo investigativas e experimentais, como na seção Aplique ciência. Busca-se também o olhar científico tomando como base a observação dos fenômenos naturais, da paisagem e dos proces- sos ecológicos, conforme a proposta da seção Redescubra. A discussão sobre a história e a construção da ciência, suas caracte- rísticas, seu papel na intervenção de questões ambientais, sociais, culturais e econômicas, bem como as incertezas que acompa- nham seu desenvolvimento, são levantadas na seção Ciência em debate. Por fim, questões de interpretação e letramento científico, que estimulam a obtenção de informações para a compreensão e a reflexão do conteúdo e dos diferentes códigos usados em Ciên- cias, são trazidas por meio da seção Interprete ciência. Assim, o objetivo da disciplina é garantir que os alunos apren- dam mais a respeito de si mesmos, conhecendo os cuidados neces- sários que devem ter com o próprio corpo e valorizando as diferen- ças, e também sobre o ambiente em que vivem, tendo consciência de seu impacto na natureza e entendendo como fenômenos naturais e tecnológicos interferem em suas vidas. Com isso, esperamos formar cidadãos plenamente capazes de lidar com as demandas complexas do dia a dia por meio da aplicação do pensamento científico. 2O ano Unidade D: A energia do Sol Capítulos Sugestão Conteúdo Habilidades 13 O Sol ilumina e aquece 1a semana 2a semana • Sol: fonte de luz e calor. • A luz solar. • Calor que vem do Sol. • (EF02CI07) Descrever as posições do Sol em diversos horários do dia e associá-las ao tamanho da sombra projetada. • (EF02CI08) Comparar o efeito da radiação solar (aquecimento e reflexão) em diferentes tipos de superfície (água, areia, solo, superfícies escura, clara e
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