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Resumo TGD prova 2

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Resumo TGD prova 2
Livro 2: dos bens
	Bens é tudo aquilo que não é pessoa, ou seja, direitos (extrapatrimonio/ incorpóreos / intangiveis) e coisas (patrimônio / corpóreos / tangiveis). Compõe o patrimônio de uma pessoa jurídica.
Classificação dos bens
Considerados em si mesmo:
Fungível é aquele bem substituível, possui gênero e quantidade, caso possua qualidade é infungível. 
Consumível(diferente de desgaste): deve ser assim tanto naturalmente (perde valor com utilização) e juridicamente (possibilidade do bem ser negociado)
Divisível: quando se tem a possibilidade de fracionar, caso contrário é indivisível.
Coletivo: é quando se há um conjunto de bens, ou seja, há um patrimônio. Caso contrário é singular.
Móvel: possibilidade de passar das minhas mãos para a do outro. A tradição de transferência finaliza o negócio. 
Imóvel: necessário a transcrição. Preso ao solo artificialmente ou naturalmente (imóveis por si). Direitos reais e ações que os garantem que recaiam sobre os bens imóveis (por determinação legal). Ler mais no caderno.
Reciprocamente considerados:
Bens principais: existência própria, independente de outro bem.
Bem acessório: depende da existência de outro bem, geralmente preso ao outro. Pode ocorrer com negócio jurídico
Bens públicos
Art 98 ao 103 e 1420.
A desafetação de um bem público tem uma determinação especifica (uso comum e especial) através da legalidade. 
A afetação não tem uma determinação especifica. 
Bens públicos - São os que pertencem ao domínio nacional, ou seja, à União, aos Estados ou aos municípios, e às demais pessoas jurídicas de direito público interno.
São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.
Bens públicos de uso comum do povo - São aqueles que, embora pertencentes a pessoa jurídica de direito público interno, sem restrição, gratuita ou onerosamente (cobrança de taxa de manutenção), por todos, sem necessidade de qualquer permissão especial, desde que cumpridas as condições impostas por regulamentos administrativos. Ex.: praças, jardins, ruas, estradas, mares, rios etc.
Bens públicos de uso especial - São os que têm destinação especial. São os imóveis aplicados pelo próprio poder público ao serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal. Ex.: os prédios onde funcionam tribunais, escolas públicas, parlamentos, repartições etc.
Bens dominicais - São da propriedade de entes públicos como se de particulares fossem. Compõem o patrimônio da União, Estados e municípios, como objeto do direito pessoal ou real dos mesmos. Ex.: as fazendas experimentais, a Barreira do Inferno, as áreas restritas onde só é permitida a entrada com autorização especial. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.
Uso gratuito ou oneroso dos bens públicos - A regra geral é o uso dos bens públicos de forma gratuita, considerando que eles devem servir ao povo ou à comunidade, que para tanto paga impostos. Todavia, eles não perderão a sua natureza se, através de leis ou regulamentos administrativos, tiverem o seu uso restringido a certos requisitos ou mesmo condicionado ao pagamento de taxas (retribuição). Ex.: pedágio nas estradas, cobrança por acesso a museus, como contribuição à sua conservação ou custeio.
Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Os bens públicos não estão sujeitos à usucapião.
Resumo texto
As atividades administrativas do Estado visam um interesse público, um benefício de todos.
O interesse público primário tem verdadeiro interesse voltado à coletividade, enquanto o secundário (privado do Estado) só existirá caso facilite chegar ao primário. 
Os bens públicos estão relacionados as todas as atividades administrativas voltadas a um interesse público, não só serviços públicos.
Sobre art 41: incisos I, II, III administração direta. Administração indireta: Inciso IV (autarquias), a lei é que dá natureza de Direito público e inciso V Direito privado, mas detêm caráter público por lei (mediante autorização legislativa)
Características do bem público: alienabilidade condicionada (admite transferência de domínio apenas nos casos previstos em lei), imprescritibilidade (não “vence” o direito), impenhorabilidade e não oneração (sem tributos).
Pessoa jurídica
	Entidade cuja personalidade é emprestada pela lei, sendo individuada. Assim adquire direitos e deveres (capacidade) que são realizados por seus membros. Conjunto de pessoas ou bens.
Natureza Jurídica
Teoria da ficção: A PJ é uma ficção cujo direito criou e tentou da formar. Não é uma pessoa. (não mais valida)
Teoria da realidade: A PJ é real já que vem de uma lei real e tem existência independente de seus membros. 
Requisitos para constituição da P.J.
	Surge a partir da vontade humana criadora. É necessário formular um ato constitutivo (Estatuto - P.J. sem fins lucrativos - ou Contrato Social, no qual será esclarecido quem são os representantes e qual a finalidade da P.J.) para a sua inscrição (registro), precedido de aprovação ou autorização do poder executivo, a partir dai começa a existência da PJ. Após o inicio de sua existência é necessário averbamento para alterações do ato constitutivo. Esse pode ser cancelado, dentro de três anos, através de vontade dos sócios ou de determinação legal. Necessário também a licitude dos seus objetivos.
Classificação
De Direito publico: Entes de administração direta. São aquelas que detêm bens públicos (segundo Art. 98).
Interno: União, Estado, Distrito Federal, Municípios, autarquias (entidade auxiliar da administração pública estatal, seus bens e receitas são próprios, mas tutelados pelo Estado.) e entidades públicas criadas por lei. Segundo o art. 43 elas são responsáveis por danos causados a terceiros. 
Externo: Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo Direito internacional público, como a ONU.
De Direito privado: definidas pelo Art. 44.
Associações:
Não possuem fins lucrativos.
Finalidade: moral, religiosa, cultural, desportiva, recreativa e afins. 
Ato constitutivo: estatuto. Por escrito.
Atividades não visam interesses econômicos do associados, visam o bem comum. 
Sociedades:
Possuem fins lucrativos.
Membros: sócios.
Ato constitutivo: contrato social. Por escrito.
Necessidade de autorização prévia do governo caso haja interesse público.
Sociedade de fato: chamadas assim pois agem, logo possuem capacidade de fato. Contudo, como não são registradas (não possuem personalidade, são irregulares) só possuem deveres, não possuindo direitos. O patrimônio que a elas pertencem são dos membros.
Falta de registro: P.J não adquire personalidade, atua irregularmente.
Falta de autorização: o ato constitutivo é nulo, impossibilitando o registro e, assim, a criação da P.J.
Fundações:
Formada por conjunto de bens.
Vontade criadora unilateral: basta uma pessoa.
Instituto fundador: pessoa natural ou jurídica.
Finalidade filantrópica, voltada a um interesse social.
Requisitos:
Patrimônio deve ser de bens livres, ou seja, que não estejam comprometidos de nenhuma forma (com negócios jurídicos, dividas e afins).
Ato constitutivo pode ser: ato intervivos (por escritura publica) ou ato de ultima vontade (por testamento).
Finalidade e a administração devem vim no estatuto.
Como constituir:
Ato de dotação: reserva dos bens e indicação de finalidade, pois cada tipo de finalidade requer uma quantidade mínima de bens. Cabe revogação.
Elaboração do estatuto (ato direto ou fiduciário, como MP ou outra pessoa).
Provação do estatuto pelo MP.
Registro.
O MP pode negar a criação da fundação. Contra essa decisãocaberá recurso. A fiscalização fica a critério do MP, que pode extingui-la em caso de insuficiência de bens, desvio de finalidade ou vencimento do prazo de existência. No caso de extinção os bens serão destinados à outra fundação de mesma finalidade.
Desconsideração da PJ
	Pode ocorrer toda vez que uma pessoa natural tentar, de má fé (ter conhecimento e continuar atuando), cometer um tipo ilícito envolvendo a P.J. Utilização da PJ para prejudicar terceiros.
	A despersonalização da PJ permite o juiz a tingir o bem dos particulares.
	Não existia legislação especifica, usava-se por analogia o art. 135 do código tributário. Hoje: código de defesa do consumidor: art.28.
Responsabilidade civil da PJ
	Qualquer PJ responde civilmente pelos atos de seus prepostos.
Extinção da PJ
Por deliberação: convenção de seus membros.
Legal: por ser ilícita. 
Administrativa: cassação da autorização.
Natural: morte dos membros e não continuidade da PJ.
Judicial: qualquer caso anterior e continuidade da mesma.

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