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Leucemia e linfomas

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Leucemias e Linfomas
Atlas do sangue periférico
Márcio Melo
LIVRARIA MÉDICA PAULISTA EDITORA LTDA.
Rua Pedro de Toledo, 592 – 04039-001 – São Paulo - SP
Telefone: (11) 5539-7981 Fax: (11) 5549-5021
e-mail: editora@livrariamedicapaulista.com.br
www.livrariamedicapaulista.com.br
Leucemias e Linfomas
Atlas do sangue periférico
Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução total ou parcial deste
volume, de qualquer forma ou por quaisquer
meios, sem o consentimento expresso da editora.
Coordenação Editorial e Capa
Thiago Gregolin
Preparação
Alessandra de Sá Miranda
Revisão
?????
Diagramação
Triall Composição Editorial Ltda.
Este livro foi catalogado na Câmara Brasileira do Livro.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Índice para catálogo sistemático:
 1. ???????? 
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LIVRARIA MÉDICA PAULISTA EDITORA LTDA.
Rua Pedro de Toledo, 592 – 04039-001 – São Paulo - SP
Telefone: (11) 5539-7981 Fax: (11) 5549-5021
e-mail: editora@livrariamedicapaulista.com.br
www.livrariamedicapaulista.com.br
Melo, Márcio
 Leucemias e Linfomas / Márcio Melo. -- São Paulo : Livraria 
Médica Paulista Editora, 2008.
 Bibliografia. 
 ISBN 978-85-?????
1. ??????
07-???? 
CDD-????
NLM-?????
Sobre o
Autor
Márcio Antonio Wanderley de Melo, CRBM 484, biomédico pela Universidade 
Federal de Pernambuco, no cargo de citologista em hematologia com 22 anos de 
experiência . É autor de cinco trabalhos científi cos em hematologia .
Coordenação do setor de hematologia do Hospital Dom Silvério Gomes Pimenta ( 
Hospital São Camilo ) São Paulo – SP e coordenação do setor de hematologia do Lab-
oratório da Santa Casa de Suzano - SP .
v
Colaboradores
Dra. Patrícia Markman, CRM 8877, hematologista e membro da sociedade brasile-
ira de transplante de medula óssea . Faz parte do STMO (Serviço de Transplante de 
Medula Óssea do Hemocentro de Pernambuco Hemope) e é gerente da agência trans-
fusional do Hospital dos Servidores do Estado de Pernambuco .
Dr. Emilton José Dias Pereira, CRM 4966, hematologista do Hemocentro de Per-
nambuco (Hemope) e do Instituto de Hematologia do Nordeste (IHENE) . Faz parte 
da equipe de transplante de medula óssea do Hemope .
Dra. Cristina Magalhães da Silveira, CRBIO 27332, bióloga pela Universidade Fed-
eral Rural de Pernambuco e coordenadora do setor de hematologia do laboratório 
Marcelo Magalhães . Autora de quatro trabalhos científi cos em Hematologia .
vii
Nota do 
Autor
Em constante mudança tecnológica, a hematologia avança em todos os seus segmen-
tos, porém na citologia do sangue periférico a morfologia celular tem como melhor 
instrumento o conhecimento pleno de todas as suas alterações .
O objetivo em criar um atlas de leucemias e linfomas com fotos de todas as suas 
expressões no sangue periférico é divulgá-lo com propósito de auxiliar os profi ssion-
ais de hematologia na identifi cação celular .
Leucemias e Linfomas Atlas do Sangue Periférico foi construído durante seis anos de 
pesquisas no setor de hematologia do laboratório Marcelo Magalhães em Recife-PE .
ix
Agradecimentos
Primeiramente, quero agradecer e dedicar esse atlas à Dra . Cristina Magalhães da 
Silveira .
Especial agradecimento para todos que contribuíram para a construção deste Ma-
terial: Dra . Patrícia Markman, Dra . Rosemary Costa, Luiz Francisco Araujo, Dr . Em-
ilton Dias, Dr . Marcelo Magalhães, Dr . Sérgio Magalhães, Dra . Graça Mattos, Dra . 
Dayse Lima, Dr . Ruben Avelar, Dra . Roberta Magalhães, Dra . Vera Magalhães, Dr . 
Tadeu Vasconcelos, Sérgio Magalhães Filho, Fátima Barbosa, Kleber Lins, Rogério 
Luziê, Tercileide Barbosa, Mauro Tejo, Iuri Tejo, Dr . Marcelo Magalhães Neto, Dra . 
Agnes Mesquita, Dra . Brena Hampel, Arthur Soares e todos do Laboratório Marcelo 
Magalhães .
xi
Sumário
CApítuLo 1
LeuCeMiAs AGuDAs 1
Leucemia Mielóide Aguda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
Leucemia Mielóide Aguda – Indiferenciada (LMA-M0) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Leucemia Mielóide Aguda – Mieloblástica (LMA-M1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Leucemia Mielóide Aguda Mieloblástica com Maturação (LMA-M2) . . . . . . . . . 6
Leucemia Mielóide Aguda – Mieloblástica com Maturação – Variante 
(LMA-M2v) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Leucemia Mielóide Aguda Promielocítica Hipergranular (LMA-M3) . . . . . . . . 10
Leucemia Mielóide Aguda Promielocítica Hipogranular 
Variante (LMA-M3v) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
Leucemia Mielóide Aguda – Mielomonocítica (LMA-M4) . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Leucemia Mielóide Aguda – Mielomonocítica com Eosinofi lia 
(LMA-M4eo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Leucemia Mielóide Aguda – Monoblástica sem Maturação (LMA-M5a) . . . . . . 22
Leucemia Mielóide Aguda – Monocítica com Maturação (LMA-M5b) . . . . . . . 26
Leucemia Mielóide Aguda Eritroleucemia (LMA-M6) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Leucemia Mielóide Aguda – Megacarioblástica (LMA-M7) . . . . . . . . . . . . . . . 32
Leucemia Linfóide Aguda (LLA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Leucemia Linfóide Aguda Subtipo I (LLA-L1) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Leucemia Linfóide Aguda Subtipo II (LLA-L2) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Leucemia Linfóide Aguda Subtipo III (LLA-L3) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
Leucemia Mista ou Bifenotípica Aguda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
xiii
xiv Leucemia
Capítulo 2
DoençAs MieLopro-LiferAtivAs CrôniCAs 43
Leucemia Mielóide Crônica (LMC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44
Fase crônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Fase acelerada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Fase blástica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Mielofibrose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Policitemia Vera . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Leucemia Mielomonocítica Crônica (LMMC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
Leucemia Mielomonocítica Juvenil (LMMJ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Capítulo 3
sínDroMes MieLoDis-pLásiCAs (sMD) 63
Síndromes Mielodisplásicas (SMD) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
Capítulo 4
DoençAsLinfoproLi-ferAtivAs CrôniCAs 69
Leucemia Linfóide Crônica (LLC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Leucemia Prolinfocítica (LP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . 75
Tricoleucemia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Distúrbio Linfócito de Grandes Células Granulares – 
NK (LGL) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Capítulo 5
DoençAs DAs CéLuLAs pLAsMátiCAs 85
Mieloma Múltiplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
Leucemia de Células Plasmáticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
Macroglobulinemia de Waldenström . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
Plasmacitoma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
Doença de Cadeias Pesadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
Amiloidose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95
xvsumário
Capítulo 6
LinfoMAs 97
Linfomas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Linfoma de Hodgkin (Doença de Hodgkin) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Morfologia da Célula de Reed Sternberg . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Laboratório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 98
Clínica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Locais de Surgimento do Linfoma de Hodgkin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Estagiamento clínico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
Terapia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Linfoma Não-Hodgkin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
Linfomas Não-Hodgkin de Células B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Linfoma Linfoblástico/Leucemia Linfoblástica de 
Células B Precursoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
Linfoma de Burkitt . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
Linfoma Linfoplasmacítico (Imunocitoma) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
Linfoma de Células do Manto (LCM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
Linfoma Folicular (LF) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
Linfoma de Células da Zona Marginal Extranodal 
(Tipo MALT) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
Linfoma de Linfócitos Pequenos / Leucemia Linfocítica Crônica B (LLC-B) . . 113
Plasmacitoma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
Linfoma Esplênico da Zona Marginal (LEZM) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
Linfoma Não-Hodgkin de Células T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
Micose Fungóide/Síndrome de Sézary (MF/SS) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
Linfoma/Leucemia de Células T do Adulto (ATLL) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Leucemia Pró-Linfocítica de Células T . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Linfomas de Células T Periféricas sem Outras Especificações (LTP) . . . . . . . 128
Linfoma de Células T Tipo Paniculítico Subcutâneo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Linfoma T Angioimunoblástico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Linfoma Angiocêntrico (LA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Linfoma de Células T do Tipo Enteropatia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
xvi Leucemia
Linfoma Anaplásico de Grandes Células T (LAGC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
Linfoma Hepatoesplênico do Tipo Gama/Delta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
Capítulo 7
CéLuLAs LinfóiDes 13
Células Linfóides . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
Capítulo 8
estiMuLADores DA popuLAção GrAnuLoCítiCA 145
Estimuladores da População Granulocítica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
Timomodulina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
Filgrastima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 146
Capítulo 9
DestAques e CuriosiDADes 149
Destaques e Curiosidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150
BiBLioGrAfiA 163
C
ap
ít
u
lo
 1
Leucemias 
Agudas
LMA-M0 Leucemia Mielóide Aguda – indiferenciada• 
LMA-M1 Leucemia Mielóide Aguda – Mieloblástica• 
LMA-M2 Leucemia Mielóide Aguda – Mieloblástica com Maturação• 
LMA-M2v Leucemia Mielóide Aguda – Mieloblástica com Maturação – variante• 
LMA-M3 Leucemia Mielóide Aguda – promielocítica Hipergranular• 
LMA-M3v Leucemia Mielóide Aguda – promielocítica Hipogranular – variante• 
LMA-M4 Leucemia Mielóide Aguda – Mielomonocítica• 
LMA-Maeo Leucemia Mielóide Aguda – Mielomonocítica com eosinofi lia• 
LMA-M5a Leucemia Mielóide Aguda – Monoblástica sem Maturação• 
LMA-M5b Leucemia Mielóide Aguda – Monoblástica com Maturação• 
LMA-M6 Leucemia Mielóide Aguda – eritroleucemia• 
LMA-M7 Leucemia Mielóide Aguda – Megacarioblástica• 
LLA-L1 Leucemia Linfóide Aguda – subtipo i• 
LLA-L2 Leucemia Linfóide Aguda – subtipo ii• 
LLA-L3 Leucemia Linfóide Aguda – subtipo iii• 
Leucemia Mista ou Bifenotípica Aguda• 
2 Leucemia
Leucemia Mielóide Aguda
A Leucemia Mielóide Aguda é caracterizada pela proliferação anor-
mal de células progenitoras da linhagem mielóide . É uma doença do 
tecido hematopoético que leva à produção insuficiente de células san-
guíneas normais, promovendo um quadro de plaquetopenia, anemia 
e neutropenia que, em geral, ocorre devido ao aumento do número de 
células blásticas na medula óssea . 
Na infância, cerca de 15% a 20% das leucemias agudas são mielóides. 
Nos adultos, entretanto, essa percentagem sobe para 80% . 
As leucemias agudas apresentam um quadro clínico muito difer-
ente das leucemias crônicas: estas surgem insidiosamente, enquanto 
as leucemias agudas têm geralmente início súbito . 
A seguir, citamos os 12 subtipos de Leucemias Mielóides Agudas . 
LMA-M0 (Leucemia Mielóide Aguda – Indiferenciada) . �
LMA-M1 (Leucemia Mielóide Aguda – Mieloblástica) . �
LMA-M2 (Leucemia Mielóide Aguda – Mieloblástica com Mat- �
uração) . 
LMA-M2v (Leucemia Mielóide Aguda – Mieloblástica com �
Maturação Variante) . 
LMA-M3 (Leucemia Mielóide Aguda – Promielocítica Hiper- �
granular) . 
LMA-M3v (Leucemia Mielóide Aguda – Promielocítica Vari- �
ante Hipogranular) . 
LMA-M4 (Leucemia Mielóide Aguda – Mielomonocítica) . �
LMA-M4eo (Leucemia Mielóide Aguda – Mielomonocítica �
com Eosinofilia) . 
LMA-M5a (Leucemia Mielóide Aguda – Monoblástica sem �
Maturação) . 
LMA-M5b (Leucemia Mielóide Aguda – Monoblástica com �
Maturação) . 
LMA-M6 (Leucemia Mielóide Aguda – Eritroleucemia) . �
LMA-M7 (Leucemia Mielóide Aguda – Megacarioblástica) . �
3Leucemias Agudas
Leucemia Mielóide Aguda – Indiferenciada (LMA-M0)
É uma leucemia muito rara, só recentemente descrita, caracterizada 
pela infiltração da medula óssea por 20% de células blásticas . 
É chamada de indiferenciada por ter um baixo grau de diferen-
ciação, além de só ser diagnosticada por imunofenotipagem quan-
do, pelo menos, é revelado um dos antígenos de linhagem mielóide: 
CD33, Cd13 ou CD11b . 
Os blastos da LMA-M0 são comumente confundidos com os blas-
tos da Leucemia Linfóide Aguda LLA-L2, pois ambos são negativos ao 
teste citoquímico Mieloperoxidade (MPO) . Como a terapia da LMA-
M0 e da LLA-L2 são diferentes, é muito importante realizar rapida-
mente a imunofenotipagem . 
Os blastos apresentam-se pequenos, com cromatina frouxa, nu-
cléolo evidente, citoplasma agranular e sem bastonete de Auer .
No sangue periférico é muito comum anemia, plaquetopenia e 
leucometria geralmente elevada . Outras vezes, ele é normal, mas há 
presença de blastos . 
Blastos da Leucemia Mielóide Aguda – M0 (2.000 X). 
F
ig
u
r
a
 
1
.1
 
4 Leucemia
Leucemia Mielóide Aguda – Mieloblástica (LMA-M1) 
Esta leucemia é caracterizada pela alta percentagem de blastos na 
medula óssea, representando 90% das células nucleadas e com matu-
ração inferior a 10% . 
A citomorfologia e a citoquímica variam nessa leucemia, porque 
em alguns casos são óbvias as características da linhagem mielóide 
com blastos contendo granulações, bastonetes de Auer e alta posi-
tividade para MPO (Mioloperoxidase) . Em outros casos, os blastos 
lembram linfoblastos sem granulações azurófilas e a positividade 
para MPO pode estar em apenas poucos blastos . Para a classifica-
ção “FAB”, a positividade para MPO deve ser superior a 3% dos 
blastos . 
A imunofenotipagem define a LMA-M1 havendo a presença de, 
pelo menos, três marcadores, entre eles: CD13, CD33, CD34, CD7, 
CD4, CD11b e o HLA-DR . 
Entre as Leucemias Mielóides Agudas, a LMA-M1 representa 
20% dos casos e a clínica desse subtipo de leucemia tem prognós-
tico razoável . 
Blasto da Leucemia Mielóide Aguda – M0 (2.000 X). 
F
ig
u
r
a
 
1
.2
 
5Leucemias Agudas
Blastos da Leucemia Mielóide Aguda – M1 (2.000 X). 
F
ig
u
r
a
 
1
.3
 
Blastos da Leucemia Mielóide Aguda – M1 (800 X). 
F
ig
u
r
a
 
1
.4
 
No sangue periférico, é comum anemia, plaquetopenia, leucome-
tria variável com incidência de leucocitose, presença de blastos geral-
mente hipogranúlicos ou agranúlicos com raros bastonetes de Auer e 
nucléolos bem delimitados, geralmente com citoplasma grande . 
6 Leucemia
Blastos da Leucemia Mielóide Aguda – M1 (2.000 X). 
F
ig
u
r
a
 
1
.5
 
Leucemia Mielóide Aguda Mieloblástica com Maturação 
(LMA-M2)
A LMA-M2 tem incidência maior em crianças e adultos jovens, sig-
nificando de 5% a 10% de todos os subtipos de Leucemias Mielóides 
Agudas . 
Na médula óssea, a quantidade de blastos situa-se entre 20% e 
90% das células nucleadas, e a percentagem de células monocíticas 
deve ser menor que 20% das células nucleadas na médula óssea, para 
que seja diferenciada do subtipo LMA-M4 . 
A Leucemia Mielóide Aguda M-2 tem um grau de maturação su-
perior a 10% das células não-eritróides . 
São comuns achados mielodisplásicos do tipo Pseudo Pelger-Hüet, 
Pseudo Chediak-Higashi e ainda hipogranulia dos neutrófilos . 
Na LMA-M2, a positividade para os antígenos mielóides é do tipo: 
MPO, CD13, CD33, CDw65 e Cd117 . 
A citoquímica tem positividade forte para Sudam Black . 
A morfologia das células da LMA-M2 é clássica (o mieloblasto 
apresenta cromatina porosa, um a dois nucléolos, a relação núcleo-
7Leucemias Agudas
Leucemia Mielóide Aguda M2 – Mieloblástica com Maturação (2.000 X). 
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Leucemia Mielóide Aguda M2 – Mieloblástica com Maturação (2.000 X).
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citoplasma é diminuída, com presença de até 20 grânulos azurófilos 
no citoplasma e com presença ou não de bastonetes de Auer) . 
8 Leucemia
Leucemia Mielóide Aguda M2 – Mieloblástica com Maturação 
(2.000 X).
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Leucemia Mielóide Aguda M2 – Mieloblástica com Maturação 
(2.000 X).
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9Leucemias Agudas
Leucemia Mielóide Aguda – Mieloblástica com 
Maturação – Variante (LMA-M2v)
Este subtipo tem a morfologia diferente da LMA-M2, pois os blastos são 
grandes, o citoplasma é grande e com granulações azurófilas (há casos 
em que as granulações são tão grandes que sugerem um Pseudo-Chedi-
ak-Higashi), além de a presença de bastonetes de Auer ser freqüente . 
É comum promielócitos, mielócitos e granulócitos maduros com vári-
os graus de displasia e disgranulopoese (segmentação nuclear anormal) . 
Precursores eosinofílicos são freqüentes, mas sem anormalidades 
citológicas ou citoquímicas como na LMA-M4eo, na qual existe pro-
liferação clonal . Também é comum Pseudo-Pelger-Hüet . 
A Mieloperoxidade (MPO) é positiva em mais de 3% dos blastos e 
o Sudam Black é intensamente positivo . 
Essa leucemia é mais freqüente em pacientes com Síndrome de 
Down, e a clínica cursa com esplenomegalia, anemia, fadiga e episó-
dios hemorrágicos devido à trombocitopenia . 
Existem, nesta leucemia, marcadores tumorais anormais da linha-
gem linfóide: Cd19 e o Cd56 . 
Leucemia Mielóide Aguda – Mieloblástica com Maturação – Variante; 
Blastos e um precursor eosinofílico (2.000 X).
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10 Leucemia
Leucemia Mielóide Aguda – Mieloblástica com Maturação – 
Variante; Blastos e dois precur sores eosinofílicos (2.000 X). 
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Leucemia Mielóide Aguda Promielocítica Hipergranular 
(LMA-M3)
Este subtipo é constituído por células identificadas como prom-
ielócitos pela FAB (grupo cooperativo Franco-Americano-Britânico) . 
Porém, como estas células não têm aparência de células normais, de-
vem ser consideradas como blastos . 
Entre 6% a 7% das Leucemias Mielóides Agudas são do tipo LMA-
M3, sendo sua maior incidência entre a faixa etária de 30 a 35 anos . 
A morfologia dos blastos é bastante característica, pois exibem um 
núcleo excêntrico e um citoplasma com abundante granulação . Em 
alguns blastos, há a presença de numerosos bastonetes de Auer que, 
por vezes, são tão fortes a ponto de ser difícil distinguir o núcleo do 
citoplasma (faggot cell) . 
A LMA-M3 caracteriza-se clinicamente por forte sangramento, 
maior que o esperado pelo pequeno grau de trombocitopenia do pa-
ciente . A Coagulação Intravascular Disseminada (CID), que é bastante 
freqüente nesse tipo de leucemia aguda é, aparentemente, iniciada 
pelo material pró-coagulante dos grânulos celulares anormais . Em-
bora esteja associada à CID, a LMA-M3 tem boa resposta à terapia, 
tendo um prognóstico de intermediário a bom . 
11Leucemias Agudas
Na LMA-M3, os blastos apresentam marcadores da linhagem 
mielóides CD13 e CD33 . Na citoquímica, positividade para Sudam 
Black e Peroxidade (MPO) positivaem mais de 3% dos blastos .
Leucemia Mielóide Aguda M3 – Promieló citos hipergranúlico (2.000 X).
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Leucemia Mielóide Aguda M3 – Promielócito hipergranúlico (2.000 X).
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12 Leucemia
Leucemia Mielóide Aguda M3 – Promielócito hipergranúlico (2.000 X).
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Leucemia Mielóide Aguda – Promielócito hipergranúlico (2.000 X).
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13Leucemias Agudas
Leucemia Mielóide Aguda M3 – Promielócito 
h6ipergranúlico (2.000 X).
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Leucemia Mielóide Aguda – Promielócitos hipergranúlicos (2.000 X). 
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14 Leucemia
Leucemia Mielóide Aguda Promielocítica Hipogranular 
Variante (LMA-M3v)
Neste subtipo variante são vistos raras granulações citoplasmáticas 
(mais de 50% dos blastos são hipogranúlicos) e os bastonetes de Auer 
ou os feixes também são raros . 
A LMA-M3v apresenta uma leucometria bastante elevada, o que 
se deve à hipogranulia, porque os promielócitos sem grânulos passam 
mais facilmente pela medula (os grânulos rígidos dificultam a pas-
sagem pela medula óssea) . 
Os blastos da LMA-M3v são anômalos (bilobulados, reniformes 
ou monocitóides) e são freqüentemente confundidos com os blastos 
da LMA-M5a . 
Na LMA-M3v, a positividade para Sudam Black e Peroxidade é 
menos intensa que na LMA-M3, porém as características clínicas, 
citogenéticas e de imunofenotipagem são as mesmas da forma hi-
pergranular . 
Apenas 4% dos casos de Leucemias Mielóides Agudas são do tipo 
LMA M3v . 
Leucemia Mielóide Aguda M3v – Promielócitos hipogranúlicos (2.000 X).
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15Leucemias Agudas
Leucemia Mielóide Aguda M3v – Promielócitos hipogranúlicos (800 X).
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Leucemia Mielóide Aguda M3v – Promielócito hipogranúlico (2.000 X).
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16 Leucemia
Leucemia Mielóide Aguda M3v – Promielócitos hipogranúlicos (2.000 X).
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Leucemia Mielóide Aguda M3v – Promielócitos hipogranúlicos (2.000 X).
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17Leucemias Agudas
Leucemia Mielóide Aguda – Mielomonocítica (LMA-M4)
A LMA-M4 é conhecida pela presença de duas linhagens de células 
leucêmicas, granulocítica e monocítica, tanto no sangue periférico 
como na medula óssea . Porém, no sangue periférico não são encon-
trados monoblastos . 
Os monócitos ou precursores monocíticos constituem de 20% a 
80% das células da medula óssea, o limite de 20% é importante para 
distinguir a LMA-M4 do subtipo LMA-M2 monocitóide . 
Cerca de 12% das Leucemias Mielóides Agudas são do tipo 
LMA-M4 . 
A citoquímica da LMA-M4 apresenta uma forte positividade para 
Sudam Black, Ácido Periódico-Schiff (PAS) e ANAE, o que é especí-
fico para a linhagem monocítica . 
A imunofenotipagem mostra tanto antígenos da linhagem mielóide, 
CD13 e CD33, como antígenos da linhagem monocítica: CD 4, CD14, 
CD15 e CD11b . 
Leucemia Mielóide Aguca M3v – Promielócitos 
hipogranúlicos (800 X).
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18 Leucemia
Leucemia Mielóide Aguda M4 – Mielomonocítica (2.000 X). 
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Leucemia Mielóide Aguda M4 – Blasto mielóide e um monócito (2.000 X). 
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19Leucemias Agudas
Leucemia Mielóide Aguda M4 – Blastos mielóides e 
um monócito (2.000 X). 
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Leucemia Mielóide Aguda M4 – Blasto mielóide 
e um monócito (2.000 X).
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20 Leucemia
Leucemia Mielóide Aguda – Mielomonocítica com 
Eosinofilia (LMA-M4eo) 
Este subtipo é caracterizado pela hipercelularidade, com presença de 
blastos mielóides, um componente monocítico e mais ou menos 5% 
de eosinófilos anômalos . 
Os eosinófilos da LMA-M4eo apresentam-se em vários estágios de 
maturação e, por vezes, exibem grandes grânulos basófilos anormais 
misturados com grânulos eosinófilos normais . 
Os eosinófilos maduros podem apresentar uma hipossegmentação 
levando à forma de Pseudo-Pelger-Hüet . 
Os blastos da LMA-M4eo podem apresentar raros bastonetes de 
Auer . A LMA-M4eo representa 4% dos casos de Leucemia Mielóide 
Aguda, porém, em relação às outras leucemias agudas, ela surge em 
pacientes mais jovens . 
A citoquímica tem positividade para PAS e CAE (Cloroacetato Es-
terase) . A imunofenotipagem é igual a da LMA-M4, mas este tipo 
pode apresentar antígenos anômalos linfóides: CD2 . 
Leucemia Mielóide Aguda M4eo (2.000 X). 
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21Leucemias Agudas
Leucemia Mielóide Aguda M4eo (800 X). 
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Leucemia Mielóide Aguda M4eo (800 X). 
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22 Leucemia
Leucemia Mielóide Aguda – Monoblástica sem 
Maturação (LMA-M5a)
A LMA-M5a é caracterizada pela presença de monoblastos, promonóci-
tos e monócitos em mais de 80% de células não-eritróides na medula 
óssea, além de ser responsável também pela elevada leucometria no 
sangue periférico . 
Os blastos da LMA-M5a são células grandes com citoplasma 
abundante e basofílico, que, por vezes, apresentam pseudópodos . 
O citoplasma do subtipo LMA M5a é agranúlico, enquanto o subtipo 
LMA-M5b pode apresentar grânulos no citoplasma . 
Geralmente, o núcleo é redondo com cromatina frouxa e apre-
sentando um ou mais nucléolos proeminentes . Nesta leucemia, é 
mais difícil a presença de bastonetes de Auer . 
Este subtipo de leucemia aguda representa 12% de todos os casos, 
sendo mais freqüente em pacientes jovens que a LMA-M5b . 
A LMA-M5a apresenta envolvimento extracelular do tipo: lesões 
cutâneas, infiltrações na gengiva e doenças do sistema nervoso cen-
tral . Também podem ser vistas complicações associadas à CID, porém 
em menor grau do que na LMA-M3 . Tumores de intestino podem ser 
vistos na LMA-M5a . 
Na LMA-M5a, a hiperleucocitose é mais freqüente que em outras 
leucemias agudas e também tem um prognóstico menos favorável por 
conta da menor duração a respostas . 
A imunofenotipagem da LMA-M5a é igual a LMA-M5b . 
Leucemia Mielóide Aguda M5a – Monoblastos (2.000 X). 
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23Leucemias Agudas
Leucemia Mielóide Aguda M5a – Monoblastos (2.000 X). 
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Leucemia Mielóide Aguda M5a – Monoblastos (2.000 X). 
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24 Leucemia
Leucemia Mielóide Aguda M5a – Monoblastos (2.000 X). 
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Leucemia Mielóide Aguda M5a (800 X). 
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25Leucemias Agudas
Leucemia Mielóide Aguda M5a – Monoblastos (2.000 X). 
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Leucemia Mielóide Aguda M5a – Monoblasto com 
pseudópodo (seta) (2.000 X).
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26 Leucemia
Leucemia Mielóide Aguda – Monocítica com Maturação 
(LMA-M5b)
A LMA-M5b é caracterizada pela presença de células monocitárias 
anômalas (monócitos, promonócitos e monoblastos) . No sangue peri-
férico, os monoblastos estão em menor número que na LMA-M5a, 
sendo que, na medula óssea, o componente monoblástico é inferior a 
80% das células não-eritróides .
Neste subtipo, mais de 20% dos blastos apresentam maturação do 
tipo: grânulos citoplasmáticos e contorno irregular do núcleo .
A leucometria também é bastante elevada na LMA-M5b, o que 
indica um mau prognóstico .
Na citoquímica, mais de 80% das células leucêmicas da LMA-M5a 
e M5b são positivas para alfa-NAE e alfa-NBE . 
Na imunofenotipagem, a LMA-M5b é característica, isto é, mostra 
a positividade para CD33, fraca positividade para CD4 e negatividade 
para CD13 e CD34 . 
Leucemia Mielóide Aguda M5b – Blasto (1); Monócito (2) e Promo­
nócito (3) (800 X). 
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27Leucemias Agudas
Leucemia Mielóide Aguda M5b (2.000 X).
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Leucemia Mielóide Aguda M5b (2.000 X). 
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Leucemia Mielóide Aguda M5b (800 X). 
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29Leucemias Agudas
Leucemia Mielóide Aguda M5b (2.000 X).
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Leucemia Mielóide Aguda Eritroleucemia (LMA-M6) 
A LMA-M6 é caracterizada pela presença de mais de 50% deeritro-
blastos entre as células nucleadas da medula óssea, sendo que 30% ou 
mais das células não-eritróides são mieloblastos . 
Nesta leucemia aguda, os eritroblastos apresentam anormalidades 
morfológicas que, por vezes, são acentuadas, tais como: formas nucle-
ares atípicas, formas gigantes multinucleadas e presença de pseudópo-
dos e vacúolos que são particulares dos pró-eritroblastos e eritroblastos 
basófilos . 
Geralmente, há granulócitos envolvidos no processo neoplásico, 
mas a predominância é dos eritroblastos . 
A LMA-M6 é a única leucemia aguda que pode ser diagnosticada 
quando a quantidade de blastos mielóides na medula óssea é menor 
que 20% . 
Ocorre mais freqüentemente em homens que em mulheres, sendo 
a faixa etária de sua maior incidência aos 50 anos, além de corre-
sponder a 3% de todas as leucemias mielóides agudas . A anemia e a 
dor óssea são os dados clínicos mais importantes . Nos testes laborato-
riais, o FAN (fator antinúcleo) é positivo, o teste de coombs é alterado 
e também é vista a hipergamaglobulinemia . 
30 Leucemia
Na citoquímica, as células eritróides têm positividade grosseira ao 
PAS e os mieloblastos têm positividade para o Sudam Black . 
A imunofenotipagem para células da linhagem mielóides apresen-
ta positividade para CD33 e CD13, e as células eritrocíticas podem ser 
identificadas pela expressão da glicoforína . 
Leucemia Mielóide Aguda M6 (Eritroleucemia) – Blasto mielóide (1); 
Proeritroblasto (2); Eritro blasto policromático (4) (2.000 X).
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Leucemia Mielóide Aguda M6 (Eritroleuce mia) – Proeritroblasto (2); 
Eritroblasto policromático (4) (2.000 X). 
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31Leucemias Agudas
Leucemia Mielóide Aguda M6 (Eritroleucemia) (800 X). 
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Leucemia Mielóide Aguda M6 (Eritroleuce mia) – Proeritroblasto (2); 
Eritroblasto ortocromático (5) (2.000 X). 
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32 Leucemia
Leucemia Mielóide Aguda M6 (Eritroleucemia) (2.000 X). 
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Leucemia Mielóide Aguda – Megacarioblástica (LMA-M7)
Somente a partir de 1985 esta leucemia integrou a classificação do 
grupo Franco-Anglo-Americano (FAB), passando a representar ap-
enas 3% de todas as leucemias mielóides agudas . 
Nesta leucemia aguda, são vistos blastos da linhagem megacari-
ocítica e também da linhagem mielóide . 
Os blastos da leucemia megacarioblástica estão muitas vezes lis-
tados como indiferenciados e podem ser confundidos com os blastos 
da Leucemia Linfóide Aguda LLA-L1 e L2, e também com os blastos 
mielóides da LMA-M0 e LMA-M1 . 
Entretanto, os blastos da LMA-M7 apresentam-se maiores e com 
projeções citoplasmáticas em cordão e, às vezes, exibindo bolhas cito-
plasmáticas sugestivas da diferenciação megacariocítica dos blastos . 
A LMA-M7 pode manifestar-se como leucemia secundária, o que 
é visto após prévia quimioterapia, síndromes mieloproliferativas e 
mielodisplasia transformada . 
Na LMA-M7, é comum as lesões osteocleróticas e osteolíticas e, quan-
do diagnosticada em bebês, geralmente o prognóstico é sombrio . A LMA-
M7 é vista com freqüência em pacientes com Síndrome de Down . 
33Leucemias Agudas
No sangue periférico, são vistos pancitopenia com anemia e leu-
copenia acentuada, as plaquetas estão em número reduzido e com 
respostas deficientes para agregação . É comum a presença de frag-
mentos de megacariócitos e, na bioquímica, altos níveis de DHL . 
Na citoquímica, o Sudam Black é positivo para os mieloblastos e 
negativo para os megacarioblastos . 
A imunofenotipagem para células mielóides tem positividade para 
CD33 e CD13, e para as células megacariocíticas, CD41, CD42 ou CD61 . 
Leucemia Mielóide Aguda M7 – Megacarioblastos (2.000 X). 
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Leucemia Mielóide Aguda M7 – Megacarioblasto (2.000 X).
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34 Leucemia
Leucemia Mielóide Aguda M7 – Megacarioblasto (2.000 X). 
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Leucemia Linfóide Aguda (LLA)
A Leucemia Linfóide Aguda tem maior incidência em pacientes do 
sexo masculino de cor branca e na idade de dois a cinco anos, dimin-
uindo a freqüência na adolescência e na idade adulta, e novamente 
crescendo na faixa etária de 60 anos . 
Esta leucemia aguda é mais freqüente na América do Norte, Ocea-
nia e norte da Europa . 
A LLA é uma proliferação clonal de precursores linfóides anormais na 
medula óssea, e tem como sintomas mais freqüentes: astenia, palidez, pe-
téquias, taquicardia, equimoses, manifestações hemorrágicas, febre devi-
do à neutropenia com favorecimento bacteriano, dispnéia causada pela 
massa mediastinal, cefaléia causada pelo envolvimento com o sistema 
nervoso central, adonomegalia, hepatomegalia e dor óssea na criança . 
No sangue periférico da LLA, há geralmente anemia e plaquetope-
nia de grau variável . Na maioria dos casos há leucocitose, porém em 
alguns pacientes o número de leucócitos pode ser normal ou diminuí-
do . Na medula óssea, o critério para diagnóstico é a presença de, no 
mínimo, 30% de células blásticas linfóides . 
A bioquímica da LLA também apresenta várias alterações, entre 
elas: hiperfosfatemia e hipocalcemia devido à alta destruição celular, 
aumento do ácido úrico devido ao alto metabolismo, e aumento do 
HDL devido à alta proliferação celular . 
35Leucemias Agudas
A Leucemia Linfóide Aguda é classificada pela FAB morfologica-
mente em três categorias, LLA-L1, LLA-L2 e LLA-L3, sendo que cada 
subtipo apresenta linfoblastos leucêmicos com características próprias . 
Na criança, aproximadamente 85% dos casos de LLA é do subtipo 
LLA-L1, cerca de 14% do subtipo LLA-L2, e 1% do subtipo LLA-L3 . 
Os casos de LLA em adultos apresentam uma estatística diferente: o 
subtipo LLA-L2 é visto em 50% a 60% dos casos, o subtipo LLA-L1 
em 30% a 40%, e a LLA-L3 em 5% . 
Porém, a classificação das LLAs não se baseia apenas no critério 
morfológico, pois a citogenética e a imunofenotipagem também são 
indispensáveis para o diagnóstico . 
Leucemia Linfóide Aguda Subtipo I (LLA-L1) 
Os blastos da LLA-L1 apresentam-se com tamanho pequeno (células 
pequenas), a cromatina tem um padrão homogêneo, e o núcleo é 
bastante regular com nucléolo de difícil delimitação ou ausente . 
A relação núcleo/citoplasma é elevada, sendo que o citoplasma 
apresenta uma fraca basofilia e raras vacuolizações . 
Leucemia Linfóide Aguda Subtipo I ­ Linfoblastos L1 (2.000 X).
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Leucemia Linfóide Aguda Subtipo I – Linfoblastos L1 (2.000 X). 
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Leucemia Linfóide Aguda Subtipo I – Linfoblastos L1 (2.000 X). 
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37Leucemias Agudas
Leucemia Linfóide Aguda Subtipo I – Linfoblastos L1 (2.000 X). 
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Leucemia Linfóide Aguda Subtipo I – Linfoblastos L1 (2.000 X). 
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38 Leucemia
Leucemia Linfóide Aguda Subtipo II (LLA-L2) 
O tamanho do blasto, o padrão da cromatina, a relação núcleo cito-
plasma, a vacuolização e a basofilia citoplasmática são variáveis neste 
subtipo de Leucemia Linfóide Aguda . 
O formato do núcleo é irregular e pode apresentar-se clivado . O 
nucléolo é múltiplo e proeminente . 
Leucemia Linfóide Aguda Subtipo II – Linfoblastos L2 (2.000 X). 
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Leucemia Linfóide Aguda Subtipo II – Linfoblastos L2 (2.000 X). 
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39Leucemias Agudas
Leucemia Linfóide Aguda Subtipo III (LLA-L3) 
Na LLA-L3, a predominância é de blastos grandes com padrão de cro-
matina variável, o formato do núcleo também é variável, mas geral-
mente apresenta-se ovalado, e o nucléolo normalmente é múltiplo e 
proeminente . 
A relação núcleo/citoplasma é baixa, a basofilia citoplasmática é 
intensa, e a presença de vacuolização citoplasmática é freqüente . Os 
blastos da LLA-L3 são semelhantes às células do Linfoma de Burkitt . 
Leucemia Linfóide Aguda Subtipo II – Linfoblastos L2 (2.000 X). 
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40 Leucemia
Leucemia Linfóide Aguda Subtipo III – LinfoblastosL3 (800 X).
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Leucemia Linfóide Aguda Subtipo III – Linfoblastos L3 (2.000 X).
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41Leucemias Agudas
Leucemia Linfóide Aguda Subtipo III – Linfoblastos L3 (2.000 X).
Leucemia Mista ou Bifenotípica Aguda
É uma leucemia extremamente rara e incomum, sendo caracterizada 
pela presença de antígenos de superfície citoplasmático ou nuclear 
tanto da linhagem mielóide como da linhagem linfóide . 
Leucemia Linfóide Aguda Subtipo III – Linfoblastos L3 (800 X). 
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42 Leucemia
Leucemia Bifenotípica Aguda – Blastos linfóides (1) e Blastos 
mielóides (2) (2.000 X).
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Leucemia Bifenotípica Aguda – Blastos linfóides (1) e Blastos 
mielóides (2) (2.000 X). 
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A leucemia bifenotípica tem a base biológica desconhecida e com-
porta-se clinicamente com uma menor taxa de remissão, devendo ser 
tratada com quimioterapia mais intensificada . 
No sangue periférico, a presença de blastos das duas linhagens, 
juntamente com anemia e plaquetopenia, formam o quadro da leuc-
emia bifenotípica . 
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Doenças 
Mielopro-
liferativas 
Crônicas
LMC • Leucemia Mielóide Crônica
Mielofi brose policemia vera• 
LMMC• Leucemia Mielomonocítica Crônica
LMMJ• Leucemia Mielomonocítica Juvenil
44 Leucemia
Leucemia Mielóide Crônica (LMC) 
A LMC é mais comum em homens na faixa etária de 20 a 50 anos e 
representa cerca de 20% de todas as leucemias, o que equivale a 1,6 
casos por 100 mil habitantes . 
É uma doença de origem clonal (anômala), com presença do cromos-
somo Philadelfia em 90% dos casos (cromossomo 22 anormal) . Outro 
exemplo é a exposição a radiações ionizantes, que podem levar à LMC . 
Na Leucemia Mielóide Crônica, é comum em 95% dos casos uma 
acentuada leucocitose, dos quais 75% estão acima de 50 mil leucóci-
tos por mm3, e 45% ultrapassam os 100 mil leucócitos por mm3 . 
A presença de células mielóides em vários graus de maturação 
é característica . Na LMC, é bastante comum haver basofilia inexpli-
cada, porém, observou-se que quanto maior o número de basófilos 
no sangue periférico, pior o prognóstico do paciente . 
Existem algumas variantes clínicas e morfológicas na Leucemia 
Mielóide Crônica, que citaremos a seguir: 
Variantes Clínicas: 
LMC típica com o cromossomo Philadelfia (ph1); �
LMC atípica sem o cromossomo Philadelfia (ph1); �
LMC em bebês . �
Variantes Morfológicas (raríssimas): 
Leucemia Eosinofílica Crônica; �
Leucemia Basofílica Crônica; �
Leucemia Monocítica Crônica; �
Leucemia Neutrofílica Crônica . �
A evolução clínica da Leucemia Mielóide Crônica divide-se em três 
fases: crônica, acelerada e blástica . Inicialmente, há a fase crônica, que 
é mais prolongada, durando de quatro a cinco anos; segue-se uma fase 
acelerada, que é mais curta, cerca de mais de um ano; e, finalmente, a fase 
blástica (crise), habitualmente fatal, com duração de dois a dez meses . 
Fase crônica
Nesta fase, ocorrem várias alterações clínicas e laboratoriais bem car-
acterísticas . No sangue periférico, os granulócitos apresentam-se em 
todas as fases de maturação, porém são mais encontrados na forma 
45Doenças Mieloproliferativas Crônicas
madura . Os blastos e promielócitos estão com contagem abaixo de 
10% e a basofilia variável . Anemia é discreta geralmente normocrômi-
ca e normocítica, plaquetas normais ou plaquetose com raros casos de 
plaquetopenia, e a leucocitose é geralmente não muito elevada . 
Na bioquímica, entre outros testes, o DHL e o ácido úrico também 
estão elevados . 
A fadiga, perda de peso, sudorese, febrículas, discretas hemorra-
gias e esplenomegalia em 80% dos pacientes são os sintomas clínicos 
mais freqüentes . 
Leucemia Mielóide Crônica – Fase Crônica (800 X).
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Leucemia Mielóide Crônica – Fase Crônica (2.000 X). 
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46 Leucemia
Leucemia Mielóide Crônica – Fase Crônica (2.000 X). 
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Fase acelerada 
Esta fase é caracterizada pela progressiva resistência à terapêutica (não 
responde bem ao hidroxiúreia) . Também se vê um aumento de células 
Leucemia Mielóide Crônica – Fase Crônica – Núcleo desnudo de 
megacariócito (seta) (2.000 X). 
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47Doenças Mieloproliferativas Crônicas
blásticas e de promielócitos, 10% a 20% . No sangue periférico, a basofilia 
é geralmente superior a 20%, sendo a leucocitose superior a 100 .000 por 
mm3 na maioria dos casos, com as plaquetas freqüentemente baixas . É 
geralmente vista a esplenomegia nesta fase da LMC também . 
Leucemia Mielóide Crônica – Fase Acelerada (2.000 X). 
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Leucemia Mielóide Crônica – Fase Acelerada (800 X). 
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48 Leucemia
Fase blástica
Também é conhecida como fase de agudização e, além de todos os 
sintomas anteriores, a dor óssea pode ser citada . 
É característico o grande número de blastos na medula óssea e no 
sangue periférico (superior a 30%), o que pode causar confusão com 
outras leucemias . Essas células, em 50% dos casos, são mieloblastos, 
25% dos casos linfoblastos e, no restante, células indiferenciadas ou 
bifenotípicas . 
Nesta fase, intensificam-se as hemorragias e a anemia . A infiltração 
extramedular é comum, ocorrendo particularmente na pele, linfono-
dos, no osso e no sistema nervoso central . 
A acentuada leucocitose vista na Leucemia Mielóide Crônica é 
causada por vários fatores conjuntos, entre eles: 
aumento no número de precursores; �
aumento de mitoses; �
aumento da sobrevida das células; �
amadurecimento mais rápido das células malignas; �
apoptose (morte celular) interrompida pelo gene cr pH1 . �
Leucemia Mielóide Crônica – Fase Acelerada (2.000 X). 
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49Doenças Mieloproliferativas Crônicas
As medicações usadas no tratamento da Leucemia Mielóide Crôni-
ca serão citadas para que o citologista acompanhe melhor a evolução 
da doença: 
busulfan (alquilante): diminui leucócitos e plaquetas; �
hidroxiúreia (desoxinucleotídeo): inibe leucócitos e plaquetas; �
interferon: baixa proliferação granulocítica; �
mesilato de Imatinib: elimina o clone pH1+; �
quimioterapia: inibe toda medula óssea, porém não consegue �
eliminar o clone pH1+, não levando à cura da doença; 
transplante de medula óssea . �
Leucemia Mielóide Crônica – Fase Blástica (2.000 X). 
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50 Leucemia
Leucemia Mielóide Crônica – Fase Blástica (800 X). 
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Leucemia Mielóide Crônica – Fase Blástica (2.000X). 
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51Doenças Mieloproliferativas Crônicas
Mielofibrose
Anteriormente, vários nomes foram dados a essa doença, tais como: 
Mieloloesclerose, Metaplasia Mielóide Agnogênica, Metaplasia Mielóide 
Idiopática e Osteoesclerose . 
A Mielofibrose é mais freqüente em pacientes homens com idade 
média de 60 anos . A sobrevida à doença é mediana e a etiologia é 
desconhecida, porém, após experiências com cobaias expostas a 
solventes e agentes químicos, pôde-se observar quadros similares à 
Mielofibrose nas cobaias . 
Para definir a Mielofibrose, a presença de fibrose na medula óssea 
não é o bastante, já que outras doenças também podem exibir esse 
achado . A esplenomegalia volumosa é muito freqüente e a anemia é a 
queixa habitual na Mielofibrose . 
Outras manifestações clínicas, como fadiga, fraqueza, dispnéia, 
manifestações hemorrágicas relacionadas à trombocitopenia, disfun-
ção plaquetária, petéquias e equimoses, também são vistas na Mielofi-
brose . Na fase mais avançada da doença, surgem sudoreses noturnas, 
icterícia, dores ósseas, perda de peso e metaplasia mielóide . 
O hemograma na Mielofibrose apresenta alterações quantitativas e 
qualitativas nas linhagens eritróide, granulocítica e plaquetínia . 
Leucemia Mielóide Crônica – Fase Blástica (2.000 X). 
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52 Leucemia
Mielofibrose – Blasto e Hemácia em lágrima (1.200 X). 
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A anemia é geralmente normocítica e normocrômica; todavia, é 
comum a presença de hemácias em gota ou lágrima (dacriócito), e eri-
troblastos e desvio à esquerda, podendo chegar a blastos . A presença 
de eritroblastos e blastos mielóides formam um quadro leucoeritrob-
lástico que é característico da Mielofibrose . É freqüente a presença de 
Pseudo Pelger-Hüet . 
Policromasia com grau moderado de reticulocitose, plaquetas gi-
gantes e aumento da basofilia em 35% dos casos também são vistos 
na Mielofibrose . Por vezes, a presença de várias formas de célu-
las mielóides forma um quadro semelhante à Leucemia Mielóide 
Crônica . 
A medula óssea está geralmente com hipercelularidade ou com 
completa fibrose, sendo que apenas 50% das aspirações da medula 
óssea têm resultado devido à intensa fibrose . É vista também uma 
hiperplasia megacariocítica na Mielofibrose . 
O controle da proliferação celular é o tratamento da Mielofibrose, e 
o transplante de medula óssea leva a uma total remissão da doença . 
53Doenças Mieloproliferativas Crônicas
Mielofibrose – Blasto, Hemácias em lágrima e um Eritroblasto (800 X).
Mielofibrose – Eritroblasto, Hemácias em 
lágrima e um Basófilo (1.200 X). 
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54 Leucemia
Mielofibrose forma grave (800 X). 
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Mielofibrose forma grave – Blastos, Macroplaquetas e Micromegaca­
riócitos (800 X). 
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55Doenças Mieloproliferativas Crônicas
Policitemia Vera
A Policitemia Vera ou Rubra-Vera caracteriza-se pela proliferação das 
linhagens eritrocitária, granulocítica e megacariocítica . Porém, sua 
característica mais proeminente é o aumento da massa eritrocitária e 
assim a elevação do hematócrito . Esse crescimento eritrocitário não 
depende dos níveis de eritropoetina, o que a diferencia da policitemia 
secundária . 
A Policitemia Vera é insidiosa e surge geralmente na faixa etária 
dos 60 anos, mas pode ocorrer em adultos jovens, sendo raramente 
vista em crianças . A doença pode evoluir para mielofibrose, mielodis-
plasias e leucemias agudas . A Policitemia Vera é mais freqüente em 
judeus Askenazi . 
Geralmente, é assintomática, embora de 30% a 40% dos pacientes 
se queixem de sudorese, cefaléia, tonturas e pruridos . Em pacientes 
não-tratados, é altíssima a incidência de tromboses de vários tipos, tais 
como: Acidente Vascular Cerebral (AVC), Infarto Agudo do Miocár-
dio (IAM), trombose venosa profunda, trombose de veias hepáticas, 
trombose do sistema portocava e embolia pulmonar . 
Mielofibrose forma grave (800 X). 
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56 Leucemia
Policitemia Vera – Evidente Eritrocitose (2.000 X). 
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A úlcera péptica e a gota podem associar-se à Policitemia Vera . 
Geralmente se vê esplenomegalia, mas quando é feita a esplanectomia 
pode haver uma trombocitose incontrolável . 
Nos exames de laboratório, o número de eritrócitos está elevado e 
geralmente são observadas desproporções nos valores hematriméticos 
do tipo, HT alto com hipocromia e microcitose . Isso ocorre freqüente-
mente em pacientes que se submeteram à sangria ou tive ram hemor-
ragia digestiva (os números de eritrócitos na Policitemia Vera ficam 
entre 6 a 12 milhões por mm3 e a hemoglobina entre 18 e 24 g/dl) . 
A contagem de reticulócitos está um pouco elevada, as plaquetas 
aumentadas em número podem chegar a mais de 1 .000 .000 por mm3 
e com a função de agregação alterada . A relação plasma/citrato de 
sódio (muito anticoagulante e pouco plasma, devido ao aumento do 
HT) pode levar a alterações nos resultados da TP e TTP . 
É vista na medula óssea hiperplasia das células eritróides, leucoci-
tárias e plaquetárias . 
A sangria é a melhor terapia inicial para Policitemia Vera, quando 
se pede para manter o HT (hematócrito) abaixo de 45% .
57Doenças Mieloproliferativas Crônicas
Policitemia Vera – Evidente Eritrocitose (800 X). 
Policitemia Vera – Evidente Eritrocitose (2.000 X). 
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58 Leucemia
Policitemia Vera – Evidente Eritrocitose (800 X). 
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Leucemia Mielomonocítica Crônica (LMMC)
No sangue periférico, a Leucemia Mielomonocítica Crônica apresen-
ta-se com a contagem de blastos inferior a 5%, sendo que a conta-
gem diferencial pode chegar a mais de 80% de células monocitárias, 
monócitos e raros promonócitos . Algumas células mostram-se dis-
Policitemia Vera – Evidente Eritrocitose (2.000 X). 
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59Doenças Mieloproliferativas Crônicas
Leucemia Mielomonocí tica Crônica – Monócitos displásicos com 
granula ções atípicas e vacuolização (2.000 X). 
Leucemia Mielomonocítica Crônica – Mielócito (ML), e Monócitos 
(M) (2.000 X). 
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plásicas, com presença de grânulos atípicos e vacuolizados . Uma ou 
mais citopenias são freqüentes na LMMC . 
É comum também uma evidente leucocitose com presença de raras 
células imaturas da linhagem mielóide, além do predomínio de células 
monocitárias . A medula óssea na LMMC Crônica está geralmente com 
hipercelularidade e a contagem de blastos encontra-se entre 5% e 20% . 
60 Leucemia
Leucemia Mielomonocítica Crônica – Monócitos displásicos com granu­
lações atípicas e vacuolização (2.000 X). 
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Leucemia Mielomonocí tica Crônica (800 X). 
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61Doenças Mieloproliferativas Crônicas
Leucemia Mielomonocítica Crônica – Monócitos displá sicos (2.000 x). 
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Leucemia Mielomonocítica Crônica (800 X). 
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62 Leucemia
Leucemia Mielomonocítica Juvenil (LMMJ) 
É uma desordem hematopoética clonal da infância com proliferação 
das linhagens monocítica e granulocítica; porém, são vistas também 
alterações nas linhagens eritroíde e megacariocítica . Representa de 
2% a 3% de todas as leucemias em crianças, com a estimativa de 1,3 
caso em 1 milhão de crianças de 0 a 14 anos . 
Os meninos são quase duas vezes mais afetados que as meninas, 
e o diagnóstico é feito desde a idade de um mês até a adolescência, 
porém 75% dos casos ocorrem em crianças com menos de três anos . 
A medula óssea e o sangue periférico mostram evidente prolifera-
ção mielomonocítica . Praticamente em todos os casos, ocorre infiltra-
ção leucêmica no baço e no fígado . 
A análise do sangue periférico é geralmente o mais importante 
dado para se comprovar o diagnóstico . Leucocitose, anemia e plaque-
topenia são freqüentes na LMMJ . 
A leucocitose é constituída principalmente por neutrófilos (in-
cluindo formas imaturas como promielócitos e mielócitos) . Blastos 
podem ocorrer em até 5% das células brancas, e eritroblastos podem 
surgir .
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Síndromes 
Mielodis-
plásicas 
(SMD)
Ar Anemia refratária• 
ArsA Anemia refratária com sideroblasto em Anel• 
AreB Anemia refratária com excesso de Blastos• 
AreB-t Anemia refratária com excesso de Blastos, em transformação • 
64 Leucemia
Síndromes Mielodisplásicas (SMD)
As SMD são raras na infância e freqüentes em paciente com mais de 
50 anos . Eram conhecidas anteriormente como pré-leucemias e sua 
etiologia não é bem-definida . Estas síndromes podem ocorrer após o 
tratamento por quimioterapias ou agentes mielotóxicos . 
Com a característica de citopenia no sangue periférico e hiperpla-
sia na medula óssea, as SMD cursam com uma hematopoese irregu-
lar e ineficaz causadas pelas alterações de proliferação, maturação e 
apoptose celular . Essas desordens hematopoéticas estão classificadas 
em cinco tipos, de acordo com a deficiência medular: 
Anemia Refratária (AR): � no sangue periférico, são vistas ane-
mia e presença de blasto abaixo de 1% . Na medula óssea, a 
celularidade é variável com presença de atipias e contagem de 
blastos inferior a 5% . 
Anemia Refratária com Sideroblasto em Anel (ARSA): � no 
sangue periférico, é comum anemia com contagem de blastos 
inferior a 1% . Na medula óssea, os blastosestão abaixo de 5% 
e são vistos sideroblastos em anel em mais de 15% de todos os 
eritroblastos . 
Anemia Refratária com Excesso de Blastos (AREB): � no 
sangue periférico, são vistas uma pancitopenia e uma conta-
gem de blastos abaixo de 5% . Na medula óssea, a contagem 
de blastos está entre 5% e 20%, e são comuns atipias e hiper-
celularidade .
Anemia Refratária com Excesso de Blastos, em Transfor- �
mação (AREB-t): no sangue periférico, além da pancitopenia, 
a contagem de blastos é superior a 5% . Na medula óssea, os 
blastos mostram contagem entre 21% e 30%, sendo comum a 
presença de bastonetes de Auer . 
Muitas alterações celulares são vistas nas SMD, tais como: hipogra-
nulia dos neutrófilos, hipersegmentação (polilobulia) dos neutrófilos, 
presença de núcleos bizarros, cariorexe, Pelger-Hüet e assincronia 
nuclear-citoplasmática (diferentes etapas de maturação entre o cito-
plasma e o núcleo da mesma célula) . 
Os casos clínicos mais freqüentes são sangramento cutâneo, in-
fecções bacterianas (devido à neutropenia e à disfunção dos macrófa-
gos) e anemia com contagem baixa de reticulócitos . 
65síndromes Mielodis-plásicas (sMD)
O transplante de medula óssea é indicado em algumas síndromes 
mielodisplásicas . 
Síndrome Mielodisplásica (SMD) – Granulócito 
assincrônico (2.000 X). 
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Síndrome Mielodisplá sica (SMD) – Granulócito 
assincrônico (2.000 X). 
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66 Leucemia
Síndrome Mielodisplásica (SMD) – Blasto (geralmente pequeno e re­
dondo) (2.000 X). 
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Síndrome Mielodisplásica (SMD) – Blasto (geralmente pequeno e re­
dondo) (2.000 X). 
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67síndromes Mielodis-plásicas (sMD)
Síndrome Mielodisplásica (SMD) – Neutrófilo com polilobulia e 
hipogranúlico (2.000 X). 
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Síndrome Mielodisplásica (SMD) – Neutrófilo com polilobulia e 
hipogranúlico (2.000 X). 
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Doenças
Linfoproli-
ferativas 
Crônicas
LCC • Leucemia Linfóide Crônica
LP • Leucemia prolinfocítica
tricoleucemia• 
LGL • Distúrbio Linfocítico de Grandes Células Granulares – nK
70 Leucemia
Leucemia Linfóide Crônica (LLC)
A LLC é mais comum em homens do que em mulheres, sendo a idade 
de maior incidência acima dos 65 anos . É uma doença rara antes dos 
50 anos de idade . 
Nos países do Ocidente, a LLC representa cerca de 30% de todos 
os casos de leucemias (cinco casos para cada 1 milhão de habitantes), 
porém é baixa a incidência da LLC na Ásia . No Brasil, surgem aproxi-
madamente 1,5 mil casos novos por ano de LLC . 
A Leucemia Linfóide Crônica tem origem nos linfócitos maduros 
e representa um grupo de cerca de 12 doenças linfóides maduras . A 
LLC de células B (LLC-B) é a mais comum das doenças linfoprolifera-
tivas crônicas . 
Os linfócitos na LLC invadem órgãos linfóides, como o baço e os 
linfonodos, além de quase todas as partes do corpo, como sangue 
periférico, medula óssea, pele e meninge . 
A doença é geralmente assintomática, mas podem surgir sintomas 
como cansaço, perda de peso e linfoadenopatia, além de também ser-
em vistas na LLC infecções por bactérias comuns . 
Há casos de LLC que evoluem para o Linfoma Difuso de 
Grandes Células B: essa evolução é conhecida como “Síndrome de 
Richter” . É acompanhada por febre, sudorese, anemia, tromboci-
topenia, linfoadenopatia e um mau prognóstico de mais ou menos 
seis anos de vida . 
A etiologia da Leucemia Linfóide Crônica ainda é desconhecida, 
porém há casos de predisposição genética . 
Pela medula óssea e sangue periférico, pode ser feito o diag-
nóstico da LLC, e em alguns casos é feita pela biópsia do gânglio 
linfático e baço . A Biologia Molecular e a Citogenética definem a 
doença . 
No sangue periférico, o achado mais característico é a linfocitose 
persistente de linfócitos maduros, pequenos com núcleos redondos, 
cromatina densa e com pouco citoplasma . 
Com a progressão da doença, ocorrem leucocitose e aumento 
do número de linfócitos, além de anemia e plaquetopenia, que 
são muito comuns . Freqüentemente, são vistas manchas nucleares 
(Grumprecht) . 
71Doenças Linfoproliferativas Crônicas
É comum síndromes de auto-imunidade como a anemia hemolíti-
ca, que pode ser desencadeada pelo tratamento com Fludarabina ou 
pela própria doença . Também há casos de hipergamaglobulinemia e 
teste de coombs positivo . 
A LLC pode ser dividida em três grupos:
LLC típica ou clássica: � os linfócitos maduros são a maio-
ria, presença de raros ou nenhum prolinfócitos ou linfócitos 
atípicos .
LLC com transformação prolinfocítica: � a característica prin-
cipal é a presença de 11% a 54% de prolinfócitos no sangue 
periférico .
Mista: � a presença de até 10% de prolinfócitos e freqüente-
mente linfócitos atípicos .
É comum não se tratar pacientes no estado inicial da Leucemia 
Linfóide Crônica, porém no estado progressivo é comum o uso de 
Clarambucil . 
Leucemia Linfóide Crônica – Linfócitos maduros e uma mancha 
nuclear (Gumprecht) (2.000 X). 
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72 Leucemia
Leucemia Linfóide Crônica – Linfócitos maduros alonga dos (vistos em 
doenças linfoproliferativas) (800 X). 
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Leucemia Linfóide Crônica – Mancha nuclear (Gumprecht) e um Lin­
fócito maduro alongado (2.000 X). 
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73Doenças Linfoproliferativas Crônicas
Leucemia Linfóide Crônica – Linfócitos maduros e uma mancha 
nuclear (Gumprecht) (2.000 X). 
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Leucemia Linfóide Crônica – Linfócitos maduros e uma mancha 
nuclear (Gumprecht) (2.000 X). 
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74 Leucemia
Leucemia Linfóide Crônica – Linfócitos maduros e man chas nucleares 
(400 X). 
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Leucemia Linfóide Crônica – Linfócitos maduros e man chas nucleares 
(800 X). 
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75Doenças Linfoproliferativas Crônicas
Leucemia Prolinfocítica (LP)
A LP é uma proliferação clonal de linfócitos maduros e pode ocorrer em 
linfócitos B e linfócitos T, embora 80% dos casos são de linfócitos B .
Com etiologia desconhecida, a LP é quatro vezes mais comum no 
homem que na mulher; na maioria dos casos, surge a partir dos 70 
anos de idade . 
A LP é diferenciada da LLC-B com transformação pela quantidade 
de prolinfócitos superior a 55% no sangue periférico . Outra caracterís-
tica da LP é a leucocitose geralmente superior a 100 mil leucócitos por 
mm3, a anemia é normocítica e normocrômica e as plaquetas geral-
mente estão com contagens menores que 100 .000 por mm3 . 
Na Leucemia Prolinfocítica, é comum a ausência de linfoadeno-
megalia, sendo bastante freqüente fadiga, fraqueza, perda de peso, 
plenitude gástrica e esplenomegalia . 
A morfologia do prolinfócito é bastante característica: apresenta-se 
com o tamanho celular maior que o linfócito da LLC, tem o núcleo 
arredondado e com um grande e único nucléolo, a cromatina é relativa-
mente condensada e a relação núcleo/citoplasma é maior que na LLC . 
O tratamento da Leucemia Prolinfocítica é igual ao tratamento da 
leucemia linfóide crônica . 
Leucemia Prolinfocítica – Prolinfócitos (destaque para o nucléolo 
grande e único) (2.000 X). 
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76 Leucemia
Leucemia Prolinfocítica – Prolinfócitos (2.000 X). 
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Leucemia Prolinfocítica – Prolinfócitos (800 X). 
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77Doenças Linfoproliferativas Crônicas
Leucemia Prolinfocítica – Prolinfócitos (2.000 X). 
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Leucemia Prolinfocítica – Prolinfócitos (800 X). 
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78 Leucemia
Tricoleucemia 
É uma leucemia rara que representa apenas de 2% a 4% de todas 
leucemias . Era conhecida anteriormente como Reticuloendoteliose 
Leucêmica . 
O nome Tricoleucemia, ou leucemia de células cabeludas, vem da 
morfologia dos linfócitos leucêmicos que apresentam projeções cito-
plasmáticas finas semelhantes a fios de cabelo . 
A tricoleucemia, como toda doença linfoproliferativa, tem um 
acúmulo celular devido à longa sobrevida das célulasleucêmicas, e 
não pela atividade proliferativa, que é baixa . 
A incidência é maior nos homens, cerca de quatro vezes mais que 
nas mulheres, e a idade mais freqüente do surgimento da doença é a 
partir dos 60 anos . 
Clinicamente, os sintomas mais comuns são os relacionados à 
anemia (macrocítica) e às manifestações hemorrágicas devido à pla-
quetopenia . Como resultado da neutropenia, as infecções bacterianas 
tornam-se mais comuns no decorrer da doença . 
Uma evidente esplenomegalia é comum na Tricoleucemia, porém 
o comprometimento ósseo é visto apenas em alguns casos . 
Leucemia Prolinfocítica – Prolinfócitos (2.000 X). 
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79Doenças Linfoproliferativas Crônicas
As células leucêmicas da Tricoleucemia têm o tamanho duas vezes 
maior que o dos linfócitos normais, exibindo citoplasma irregular car-
acterístico e o núcleo excêntrico e sem nucléolo . 
A fosfatase ácida tartarato-resistente é positiva na Tricoleucemia . 
Tricoleucemia – Tricoleucó cito com projeções 
filamen tosas citoplasmáticas (2.000 X). 
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Tricoleucemia – Tricoleucócito com projeções 
filamentosas citoplasmáticas (2.000 X). 
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80 Leucemia
Tricoleucemia – Tricoleucócito com projeções filamentosas cito­
plasmáticas (2.000 X). 
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Tricoleucemia – Tricoleucó citos com projeções filamentosas cito­
plasmáticas (2.000 X). 
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81Doenças Linfoproliferativas Crônicas
Tricoleucemia – Tricoleucó cito com projeções filamen tosas cito­
plasmáticas (2.000 ). 
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Tricoleucemia – Tricoleucócito com projeções filamentosas cito­
plasmáticas (2.000 X). 
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Distúrbio Linfócito de Grandes Células 
Granulares – NK (LGL)
As células NK (Natural Killer) são vistas em pequena percentagem 
no sangue periférico (cerca de 15% de todos os linfócitos); porém, 
esse nível de células NK pode se elevar em alguns distúrbios como 
82 Leucemia
infecções virais e aberrações imunes . Contudo, após o distúrbio, os 
níveis de células NK voltam ao normal . 
Alguns pacientes desenvolvem um aumento inexplicável de célu-
las NK com “manutenção”, o que é chamado de Distúrbio Linfocítico 
de Grandes Células Granulares NK (LGL) . 
A LGL “mantida” evolui por décadas e é estável . Como os lin-
fócitos NK da LGL assemelham-se com suas maturações normais, o 
diagnóstico diferencial fica mais fácil . 
A esplenomegalia e a artrite reumatóide são os sintomas mais 
freqüentes da LGL . No sangue periférico, o dado mais comum é uma 
evidente neutropenia, aplasia de células vermelhas e um evidente au-
mento no número de células NK . 
O exame da medula óssea geralmente não é necessário . Porém, se 
realizado, pode mostrar infiltração da medula óssea, o que provoca 
fibrose reticular . Em raros casos de LGL, há transformação para leu-
cemia aguda . 
A célula NK tem núcleo redondo com cromatina densa e nucléolo 
pouco visível, o citoplasma é azul-acinzentado com grânulos azurófi-
los . Na LGL, os marcadores CD3, CD2, CD5, CD8, CD16 e CD57 são 
classicamente expressados pela imunofenotipagem . 
LGL – Linfócitos NK (Natural Killer) (2.000 X). 
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83Doenças Linfoproliferativas Crônicas
LGL – Linfócitos NK (Natural Killer) (800 X). 
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LGL – Linfócito NK (Natural Killer) (2.000 X). 
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Doenças 
das Células 
Plasmáticas
Mieloma Múltiplo• 
Leucemia de Células plasmáticas• 
Macroglobulinemia de Waldenström• 
plasmacitoma• 
Doenças de Cadeias pesadas• 
Amiloidose• 
86 Leucemia
Mieloma Múltiplo
O Mieloma Múltiplo ocorre com maior freqüência em homens do que 
em mulheres, sendo a idade média do surgimento da doença de 62 
anos . A incidência da doença em pacientes da raça negra é o dobro 
em relação a pacientes da raça branca . 
O crescimento desordenado de células plasmáticas maduras e ima-
turas com substituição medular é a melhor definição para a doença 
(anteriormente chamada leucemia de células imortais) . 
No Mieloma Múltiplo, as imunoglobulinas séricas estão geral-
mente alteradas (pico monoclonal) . A eletroforese de proteínas 
mostra o aspecto em “espiga”, característico do Mieloma Múltiplo . 
Essas altas concentrações de imunoglobulinas também interferem 
no resultado de Velocidade da Sedimentação Eritrocitária (VSH) 
por formar “rouleaux” eritrocitário devido à anulação do fator 
“zeta” das hemácias (carga elétrica entre as hemácias que evita o 
empilhamento) . 
O Mieloma Múltiplo é classificado de acordo com o tipo da imu-
noglobulina presente, como descrito a seguir .
IgG: � mais de 60% dos Mielomas Múltiplos são de imuno-
globulinas G . Nesse tipo, são mais freqüentes as infecções e o 
crescimento tumoral, porém a calcemia é mais baixa .
IgA: � os Mielomas Múltiplos do tipo IgA apresentam-se em 
mais de 20% de todos os casos . O aumento da viscosidade 
do sangue, a hipercalcemia e as infecções complicadas são 
bastante vistos neste tipo .
IgD e IgE: � são bastante raros, menos que 1% de todos os ca-
sos . Sua principal característica é a lesão extra-óssea, e é mais 
freqüente em homens . 
Nos exames de laboratório, é vista anemia (normocrômica e nor-
mocítica) com hemoglobina entre 7 a 10 g/dl, a presença de “rou-
leaux” eritrocitário é característico, a contagem de reticulócitos está 
diminuída, a contagem global de leucócitos geralmente é normal, a 
presença de células plasmáticas e linfócitos é de aparência imatura, 
a contagem de plaquetas é normal ou diminuída, e a eletroforese de 
proteínas apresenta um pico monoclonal . 
87Doenças das Células plasmáticas
O aspirado de medula óssea é necessário para o diagnóstico do 
Mieloma Múltiplo, no qual é evidenciado a presença de grande quan-
tidade de células plasmáticas com aparência maligna e morfologia 
bizarra . 
Clinicamente, o Mieloma Múltiplo apresenta fraqueza, perda de 
peso, lesões esqueléticas e doenças renais . Porém, a causa de morte 
mais freqüente é por infecções recorrentes (surtos repetitivos de sép-
sis) por Streptococos pneumoniae e Haemophilus influenzae . 
A sobrevida dos pacientes com Mieloma Múltiplo é de aproxima-
damente três anos . 
Algumas formas variantes de Mieloma Múltiplo são encontradas 
raramente, tais como: 
Mieloma Múltiplo de evolução lenta; �
Mieloma osteoesclerótico; �
Mieloma não-secretor; �
Mieloma secretor de cadeias leves . �
Mieloma Múltiplo – Plasmócitos (800 X). 
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88 Leucemia
Mieloma Múltiplo – Plasmócitos (2.000 X). 
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Mieloma Múltiplo – Plasmócitos (800 X). 
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89Doenças das Células plasmáticas
Mieloma Múltiplo – Plasmócito (2.000 X). 
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Mieloma Múltiplo – Plasmócito (2.000 X). 
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90 Leucemia
Mieloma Múltiplo – Plasmócitos (2.000 X). 
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Mieloma Múltiplo – Plasmócitos (2.000 X). 
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Leucemia de Células Plasmáticas
Esta doença é caracterizada pela presença de mais de 2 mil plasmóci-
tos por mm3 no sangue periférico . 
A leucemia de células plasmáticas é considerada como primária 
quando o diagnóstico é feito na forma leucêmica da doença (60% dos 
91Doenças das Células plasmáticas
casos), e secundária quando decorrente de mieloma múltiplo ante-
riormente presente (40% dos casos) . 
Nesta leucemia, os níveis das proteínas monoclonais são baixos, 
não há formação de “rouleaux” eritrocitário, hepatomegalia e linfoad-
enomegalia estão presentes, porém não ocorrem lesões osteolíticas . É 
comum a infiltração de tecidos . 
Leucemia de Células Plasmáticas – Plasmócitos (2.000 X). 
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Leucemia de Células Plasmáticas – Plasmócitos (800 X). 
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92 Leucemia
Macroglobulinemia de Waldenström
As macroglobulinas são as imunoglobulinas M (IgM), têm um alto 
peso molecular e correspondem aproximadamente a 5% de todas as 
proteínas séricas . 
A Macroglobulinemia de Waldenström assemelha-seao Linfoma 
Linfoplasmacítico e tem como característica a produção exagerada de 
IgM, o que é causado pelo crescimento desordenado de pequenos 
linfócitos B, que maturam para plasmócitos . A doença é mais comum 
em pacientes com a idade média de 60 anos . 
As manifestações clínicas mais freqüentes são perda de peso, he-
patoesplenomegalia, púrpuras, manifestações hemorrágicas, fraqueza 
e anorexia . No sangue periférico, o mais comum é o evidente “roule-
aux” eritrocitário e um pico monclononal de IgM, além do aumento 
da viscosidade do sangue . 
Leucemia de Células Plasmáticas – Plasmócito (2.000 X). 
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93Doenças das Células plasmáticas
Macroglobulinemia de Waldenström – Linfócito com depósito de 
paraproteí na no citoplasma (2.000 X). 
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Macroglobulinemia de Waldenström – Linfócito bilobulado (2.000 X). 
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94 Leucemia
Plasmacitoma
O plasmacitoma é classificado em dois tipos: solitário do osso e ex-
tramedular . A forma solitário do ossoé um tumor de plasmócitos igual 
ao do Mieloma Múltiplo, porém solitário e sem alterações nos plasmóci-
tos da medula óssea, também não sendo visto pico monoclonal . 
A forma extramedular do plasmacitoma começa geralmente no 
trato respiratório superior (fossas nasais, nasofaringe etc .) . Também 
pode ocorrer no trato digestivo e, em alguns casos, o plasmacitoma 
extramedular evolui para mieloma múltiplo . 
Doença de Cadeias Pesadas
Esta doença caracteriza-se pela produção exagerada de imunoglobuli-
nas monoclonais anormais, constituídas apenas por cadeias pesadas . 
São doenças derivadas de processos linfoproliferativos dos linfóci-
tos B, e seu diagnóstico é feito na identificação de imunoglobulinas 
com estruturas anormais na urina e no soro . 
É classificada em três tipos, de acordo com a cadeia pesada:
Macroglobulinemia de Waldenström – Linfócito com endentação (800 X). 
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95Doenças das Células plasmáticas
Doença de Cadeia Pesada do Tipo Gama: � esta doença é mais 
comum em pacientes com 60 anos de idade, e tem a evolução 
bastante variável, indo desde o quadro assintomático até o rapi-
damente progressivo . Os sintomas clínicos encontrados são febre, 
fraqueza, fadiga, anemia hemolítica auto-imune, trombocitopenia, 
manifestações neurológicas e o aumento da língua e parótidas . 
Além de hepatoesplenomegalia e linfonoadomegalia, o aumento 
no número de plasmócitos, linfócitos plasmocitóides, linfócitos 
na medula óssea e linfonodos são freqüentes nessa doença . 
Doença de Cadeia Pesada do Tipo Alfa: � os pacientes acometi-
dos por essa doença estão na faixa etária entre 15 e 35 anos e 
geralmente possuem baixo poder econômico, pouca higiene e 
histórias de infecções intestinais freqüentes . A Doença de Ca-
deia Pesada do Tipo Alfa é caracterizada pela extensa infiltra-
ção e ulceração ao longo do intestino delgado . As infiltrações 
plasmocíticas no intestino delgado provocam manifestações 
clínicas do tipo: vômitos, diarréia, síndrome da má absorção, 
fístulas, obstrução e perfuração do intestino . 
Doença de Cadeia Pesada do Tipo Mu: � É uma doença extrema-
mente rara, mais freqüente em pacientes com idade média de 60 
anos . A proteína anormal é a cadeia do tipo Mu . Apenas 30 casos 
da doença foram descritos até agora . A hepatoesplenomegalia e 
a linfonodomegalia são as manifestações clínicas mais comuns, 
desde que as lesões ósseas são raras nessa doença . A Doença da 
Cadeia Pesada do Tipo Mu geralmente está associada a doenças 
linfoproliferativas como a Leucemia Linfóide Crônica . 
Amiloidose
É a deposição extracelular, em órgãos e tecidos, de uma proteína fib-
rilar patológica e insolúvel . A Amiloidose tem como precursora uma 
cadeia leve ou pesada de imunoglobulina que está associada a um 
distúrbio de plasmócitos . 
A deposição de proteínas é mais freqüente nas glândulas salivares, 
gengiva, reto, medula óssea, gordura subcutânea e estômago . A bióp-
sia é feita para identificar a Amiloidose nessas regiões . 
Os achados clínicos mais comuns da Amiloidose são edema sub-
mandibular, aumento da língua, púrpura facial e hipertrofia muscu-
lar . A Amiloidose é uma doença bastante rara .
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Linfomas
Linfoma de Hodgkin• 
Linfoma não-Hodgkin• 
Linfomas não-Hodgkin de Células B• 
Linfoma Linfoblástico B (Leucemia Linfoblástica Aguda)• 
Linfoma de Burkitt• 
Linfoma Linfoplasmacítico (imunocitoma)• 
Linfoma de Células do Manto• 
Linfoma folicular• 
Linfoma de Células da Zona Marginal extranodal (tipo MALt)• 
Linfoma de Linfócitos pequenos / Leucemia• 
Linfocítica Crônica B (LLC-B)• 
plasmacitoma• 
Linfoma esplênico da Zona Marginal (LeZM)• 
Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGB)• 
Linfomas não-Hodgkin de Células t• 
Micose fungóide / síndrome de sézary (Mf/sZ)• 
Linfoma / Leucemia de Células t do Adulto (AtLL)• 
Leucemia pró-Linfocítica de Células t• 
Linfomas de Células t periféricas sem outras especifi cações (Ltp)• 
Linfoma de Células t tipo paniculite subcutâneo• 
Linfoma t Angioimunoblástico• 
Linfoma Angiocêntrico (LA)• 
Linfoma de Células t do tipo enteropatia• 
Linfoma Anaplásico de Grandes Células t (LAGC)• 
Linfoma Hepatoesplênico do tipo Gama/Delta• 
98 Leucemia
Linfomas
Os linfomas são classificados em Hodgkin e não-Hodgkin . Para se 
entender melhor os linfomas, é necessária uma breve revisão sobre os 
linfonodos e órgãos linfóides . 
Os linfonodos são divididos em duas partes: centro germinativo e 
tecido linforeticular . Existem três tipos principais de células no linfonodo 
e em outros tecidos linfóides: linfoblasto, linfócito e células reticulares . As 
neoplasias malignas ocorrem a partir de qualquer uma dessas linhagens . 
Linfoma de Hodgkin (Doença de Hodgkin) 
É uma neoplasia maligna associada à linfoadenomegalia com localiza-
ção mais freqüente na região acima do diafragma, principalmente nos 
linfonodos cervicais alto e supraclaviculares . 
O Linfoma de Hodgkin pode ocorrer em qualquer idade, mas sua 
incidência é maior em adultos jovens do sexo masculino . Devido a sua 
boa resposta à terapia, a cura pode chegar a mais de 80% dos casos . 
A presença da célula de Reed Sternberg, linhagem celular maligna, 
em infiltrados inflamatórios reacionais, é patognomônica do linfoma 
de Hodgkin e sugere sua origem da célula linfóide imatura de linha-
gem B transformada anteriormente . 
A célula de Reed Sternberg não é encontrada no sangue periférico . 
Morfologia da Célula de Reed Sternberg
São células grandes de núcleos polilobulados ou multinucleados . 
Cada núcleo apresenta um nucléolo grande medindo cerca de 10 mm 
e de afinidade eosinofílica . 
A presença de uma zona mais clara da cromatina ao redor do 
nucléolo é observada . São vistas freqüentemente figuras de mitose e 
apoptose celular . As células de Reed Sternberg são conhecidas tradi-
cionalmente por “olho de coruja” . 
Laboratório
Contagem de reticulócitos é normal ou diminuída . �
Leucometria é normal ou aumentada . �
A eosinofilia é rara, porém quando presente é de nível alto . �
99Linfomas
Monócitos, neutrófilos e basófilos podem estar em níveis dis- �
cretamente aumentados .
Plasmócitos e linfócitos com nucléolos e de aspecto anormal �
podem ser encontrados .
A contagem de plaquetas é geralmente normal, mas quando �
diminuída sugere o envolvimento da medula óssea, fato que é 
raro no linfoma de Hodgkin . Morfologicamente, as plaquetas 
são geralmente bizarras e grandes .
É comum a ferropenia . �
Hemograma geralmente é normal . �
VSH aumentado indica estágio mais avançado da doença . �
Clínica
A manifestação mais comum é um ou mais linfonodos cervicais au-
mentados e indolores, sem sintoma sistêmico . 
Febre sem sintomas de infecção, perda de peso e sudorese noturna 
indicam prognóstico grave . 
Fato comum, mas inexplicado, é o surgimento de dores logo 
após a ingestão de bebida alcoólica no local da infiltração do lin-
foma de Hodgkin (geralmente no mediastino) . Esplenomegalia

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