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Organização do Estado - Marcondes Alves Ribeiro

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ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
INTRODUÇÃO:
Elementos do Estado – doutrina clássica:
· Território: é a dimensão física, territorial e espacial do Estado.
· Povo: dimensão subjetiva do Estado, também conhecida como dimensão pessoal.
· Governo Soberano / soberania: dimensão política. Significa que o Estado não está subordinado a nenhum outro poder. 
Formas de Estado:
1 – Estado Unitário:
No Estado Unitário, o poder político está concentrado nas mãos de um único produtor de normas. Ele também está centralizado territorialmente. Ou seja, há uma centralização política do poder.
Ainda que centralizado, no Estado Unitário admite-se descentralização ADMINISTRATIVA do poder. Com isso, a execução de serviços e políticas públicas poderá ser descentralizada. No entanto, o poder político se mantém nas mãos de um único poder. 
2 – Estado Federal / Federação: 
No Estado Federal o poder político está descentralizado, ou seja, há várias pessoas jurídicas com capacidade política, dotadas de autonomia. 
É a forma de Estado adotada pela Constituição Federal. 
No Brasil, a Federação é composta pela união indissolúvel de entes autônomos, sendo eles: a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
Devido a indissolubilidade da Federação, entende-se que a Constituição vedou o direito de secessão, que é o direito de romper o vínculo federativo e formar uma nova nação. 
Observação: 
1 - Confederação:
Confederação não é uma forma de Estado, mas sim a reunião de Estados Soberanos, em que o vínculo é estabelecido através de um tratado, o qual pode ser rompido. Logo, o vínculo que os une é dissolúvel. 
A primeira foi a Confederação dos EUA, que perdurou de 1781 a 1787. Atualmente não existe nenhuma.
2 – Estados Regionais:
É uma mistura do Estado Unitário e do Estado Federado. Nos Estados Federados há uma descentralização administrativa, bem como descentralização de parcela do poder POLÍTICO. 
É uma classificação adotada apenas por parte da doutrina.
Características da Federação:
a) Repartição constitucional de competências e receitas: cada ente federativo possui competências legislativas e administrativas próprias, bem como repartição de rendas.
b) Indissolubilidade do vínculo federativo: a República Federativa do Brasil é formada pelo união indissolúvel dos entes federativos, não havendo no Brasil direito de secessão. 
c) Nacionalidade única: todos os que nascem no território nacional possuem a mesma nacionalidade, não havendo distinção entre nascidos nos diferentes entes.
d) Rigidez constitucional: há uma constituição rígida e escrita para assegurar o pacto federativo. 
e) Existência de mecanismos de intervenção: mecanismos que visam reprimir atos contrários ao pacto federativo. No Brasil há intervenção federal e estadual, as quais suspendem temporariamente a autonomia política do ente. 
f) Existência de um Tribunal Federativo: tribunal responsável por resolver conflitos entre os entes federativos. 
g) Participação dos Entes Federativos na formação da vontade nacional: existência de órgãos compostos por representantes dos Entes. No Brasil esse órgão é o Senado Federal, o qual representa os Estados e o DF. OBS: os Municípios NÃO participam da formação da vontade nacional. 
Classificação das Federações:
1 – Quanto à ORIGEM:
a) Federalismo por AGREGAÇÃO:
Antes da formação da Federação, existem Estados soberanos, os quais decidem se unir para formar um único Estado. Aqui cada Estado Soberano renuncia parcela de sua soberania para formar um novo Estado. A doutrina ensina que tal Federalismo é formado por movimento Centrípeto. Ex: EUA.
b) Federalismo por SEGREGAÇÃO:
Ocorre quando um Estado Unitário se descentraliza politicamente a fim de formar um Estado Federal, com divisão interna do Poder Político entre os vários entes criados. Ex: Criação da República do Brasil em 1891.
A Federação por Segregação ocorre por movimento centrífugo, uma vez que o poder vai do centro para fora. 
2 – Quanto à CONCENTRAÇÃO DO PODER:
a) Federação CENTRÍPETA:
É a Federação em que a maior parte do poder político está concentrado num órgão central. 
CUIDADO – apenas a maior parte do poder está nas mãos do órgão central. Se todo o poder estivesse nas mãos de um único órgão, seria um Estado UNITÁRIO, e não Federal. 
No Brasil a maior parcela do Poder está nas mãos da UNIÃO.
b) Federação CENTRÍFUGA:
A maior parte do Poder Político está concentrado nas periferias, e não no órgão central, ou seja, os entes regionais detêm a maior parcela do poder
Ex: EUA – Estados possuem amplos poderes políticos.
Geralmente são características de federações formadas por movimento centrípeto, onde os Estados Soberanos renunciam parte de sua autonomia para a formação de um Estado Federal. Nelas, a maior parte do Poder tende a permanecer nas mãos do detentor original.
c) Federação de Equilíbrio: 
É a Federação em que se busca a distribuição equitativa de poderes entre o governo central e os regionais. 
3 - Quanto ao Equacionamento das desigualdades:
a) Federação SIMÉTRICA:
São Federações em que há distribuição igualitária de competências e receitas entre os entes federativos. Tal modelo é eficaz quando há igualdade econômica e social entre os entes.
b) Federação ASSIMÉTRICA:
Federações em que há disparidade na repartição de competências e receitas. Nelas, busca-se reduzir as desigualdades sociais através de políticas públicas e opções feitas pelo constituinte.
Parte da doutrina defende que o Brasil é uma federação assimétrica, porque a própria Constituição admite que há desigualdades regionais.
4 - Quanto à REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
a) Federação DUAL / clássica:
Os entes possuem competências federativas próprias, que são exercidas SEM qualquer comunicação com os demais entes. Portanto, cada ente atua na sua esfera de competência, independentemente do outro.
b) Federação COOPERATIVA / neoclássica:
Os entes federados exercem suas competências em conjunto com os demais entes. As competências são divididas de forma que haja uma atuação conjunta dos entes.
Este modelo foi adotado no Brasil quando a CF estabeleceu “competência comum”, “competência concorrente” e a possibilidade de o Lei Complementar Federal autorizar a edição de lei estadual em matéria de competência privativa da união.
FEDERAÇÃO NO BRASIL:
Art. 18 da CF. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
Segundo a Constituição, o Brasil é formado pela união de entes politicamente autônomos, dotados de poder político. 
A autonomia política de manifesta de quatro formas: autolegislação; autoadministração; autogoverno; auto-organização.
a) Autolegislação: é a capacidade de o Ente elaborar suas próprias leis. Isso gera uma pluralidade de ordenamentos jurídicos, uma vez que há vários centros produtores de normas. Destaca-se que parcela da doutrina entende que tal forma de manifestação está inserida dentro da auto-organização.
b) Autoadministração: é a capacidade de exercer sua atribuições de natureza administrativa, tributária e orçamentária, ou seja, os Entes podem elaborar seus orçamentos, instituir seus tributos e executar suas políticas públicas.
c) Autogoverno: é a capacidade de eleger seus próprios representantes, sejam membros do executivo ou do Legislativo, como, por exemplo, prefeitos, governadores, deputados etc.
d) Auto-organização: é a capacidade de auto-organizar-se através da criação de suas Constituições e Leis Orgânicas. Há doutrinador que denomina de autoconstituição. 
Destaca-se que os entes federativos, inclusive a União, NÃO possuem soberania, mas apenas autonomia. 
UNIÃO:
A União é pessoa jurídica de direito público interno, dotada de autonomia político-administrativa, com competências definidas pela Constituição, responsável por representar o Brasil no plano internacional, mas SEM personalidade jurídica internacional.
Ela possui competência legislativa para criar leis de caráter NACIONAL, as quais submetem todos os habitantes do territórionacional, bem como leis de caráter FEDERAL, que alcançam apenas quem está sob jurisdição da União, como, por exemplo, Lei dos Servidores Públicos Federais.
ESTADOS:
Estados-membros / estados-federados, são pessoas jurídicas de direito público interno, dotados de autonomia política e administrativa, organizados pelas Constituições e leis que adotarem.
Os Estados possuem capacidade de autolegislação, autoadministração, autogoverno e auto-organização. 
Poder Legislativo Estadual:
O Poder Legislativo Estadual é unicameral, composto pelas Assembleias Legislativas.
O número de Deputados é o triplo da representação do Estado na CÂMARA dos Deputados. No entanto, quando atingido 36, será acrescido tantos quantos forem os deputados FEDERAIS acima de 12. 
Exemplo:
· 10 Dep. FEDERAIS = 30 dep. Estaduais
· 15 Deputados Federais = 39 Deputados Estaduais (12 x 3 + 3).
O subsídio dos deputados estaduais é limitado a 75% do subsídio dos deputados FEDERAIS. Além disso, é regulado por Lei de iniciativa da Assembleia Legislativa.
	CUIDADO: NÃO CONFUNDIR:
Subsídio de deputados federais, senadores, Presidente da República, Vice e Ministros:
· fixados por meio de DECRETO LEGISLATIVO a cargo do CONGRESSO NACIONAL;
· NÃO depende de sanção do presidente.
Subsídio de deputados estaduais, Governadores, Vice e Secretários estaduais:
· fixados por LEI, a cargo das respectivas ASSEMBLEIAS LEGISLATIVAS.
Poder Executivo Estadual:
A eleição Governador e vice-governador dos Estados ocorre da mesma forma em que a eleição para Presidente da República, ou seja, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, para mandato de 4 anos.
Novidade: a posse ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, conforme redação dada pela EC 111/2021.
A Constituição prevê que o Governador PERDERÁ o mandato se assumir outro cargo ou função na administração pública, exceto se a posse se der em virtude de concurso público, observadas as regras dos art. 38, I, IV e V, CF.
O subsídio dos Governadores e Secretários de Estado é estabelecido por lei de iniciativa da Assembleia Legislativa e devem obediência ao teto constitucional.
O subsídio do Governador é o teto do Poder Executivo Estadual. No entanto, os Poderes Judiciário e Legislativo possuem tetos remuneratórios distintos:
· Judiciário – 90,25 % dos Ministros do STF;
· Legislativo – máximo 75% dos Deputados Federais.
A CF dispõe que a Constituição Estadual pode estipular um teto único no Estado, que será o subsídio mensal dos Desembargadores do TJ, NÃO se aplicando aos Deputados Estaduais e Vereadores.
Poder Judiciário Estadual:
Dispõe a CF que os Estados organizarão sua própria justiça. A Lei de Organização Judiciária é de iniciativa do respectivo Tribunal de Justiça do Estado.
Além disso, os Estados podem criar Justiça Militar Estadual, composta da seguinte maneira:
· No primeiro grau – juízes de direito e Conselhos de Justiça;
· No segundo grau – próprio Tribunal de Justiça OU pelo Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo for superior a 20 mil integrantes. 
Instituição de Regiões Metropolitanas / aglomerações urbanas e microrregiões:
Os Estados poderão instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Para a tal instituição é necessário o preenchimento dos seguintes requisitos:
· Edição de Lei Complementar Estadual
· Municípios devem ser limítrofes
· Finalidade – integrar organização, planejamento e execução de funções públicas de interesse comum.
Observa-se que a literalidade da dispositivo NÃO exige plebiscito, aprovação da Câmara Municipal, tampouco estudo de viabilidade. 
OBS:
Região metropolitana: Conjunto de municípios cujas sedes se unem, com continuidade urbana, em torno de um Município-Polo.
Microrregiões: Formadas por municípios limítrofes SEM continuidade urbana, com características homogêneas e comuns.
Aglomerados Urbanos: Áreas urbanas cujos Municípios tendem a complementar suas funções, exigindo um planejamento integrado e uma ação coordenada dos entes públicos. 
Jurisprudência do STF:
A participação de Município em região metropolitana é COMPULSÓRIA, sem que isso viole a autonomia municipal. Isso, porque a criação de regiões metropolitanas é de competência dos Estados, mediante lei Complementar Estadual.
DISTRITO FEDERAL:
Quanto à natureza jurídica do Distrito Federal, há certa divergência na doutrina. Uma parte defende ser um ente de natureza híbrida. A outra acredita NÃO ser Estado, nem Município.
Para o STF, o DF é um ente federativo com autonomia parcialmente tutelada pela União. 
Rege-se por Lei Orgânica, votada em dois turnos, por dois terços dos membros da Câmara Legislativa, com interstício mínimo de 10 dias. A lei orgânica será promulgada pela Câmara Legislativa.
Assim como os demais entes, o Distrito Federal é um ente autônomo, com capacidade de auto legislação, administração, governo e organização. 
Capacidade de Autolegislação: o DF possui competências reservadas aos Estados e aos Municípios. No entanto, ressalta-se que o DF não possui todas as competências dos Estados-membros. Por exemplo, organização judiciária, do MP, da Polícia Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros ficam a cargo da União, e não do DF.
Autogoverno: Capacidade de eleger seus representantes, sendo eles o Governador e vice distrital,, bem como Deputados Distritais.
Alteração dos limites territoriais: o DF não pode ser dividido em Municípios.
Súmula Vinculante 39: compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal.
MUNICÍPIOS:
Os Municípios são entes federativos autônomos, sendo a autonomia municipal um princípio constitucional sensível, segundo o art. 34, VI, “c”, da CF.
Possui capacidade de autolegislação, administração, governo e organização, ou seja, os municípios possuem competências legislativas municipais; competências administrativas, tributárias e orçamentárias próprias; bem como capacidade para escolher seus prefeitos e vereadores; e, por fim, competência para organizar-se por Lei orgânica Municipal.
Requisitos da Lei Orgânica:
· Aprovada por dois terços dos membros;
· Votada em dois turno;
· Interstício mínimo de Dez dias.
Poder Executivo Municipal: 
A eleição do prefeito e do vice-prefeito ocorrerá no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno nas cidades em que houver mais de 200 mil eleitores. 
A eleição do chefe do executivo municipal pode seguir um dos dois sistemas eleitorais:
· Município com MAIS de 200 mil eleitores: Sistema majoritário ABSOLUTO / majoritário de Dois turnos. 
· Municípios com menos de 200 mil eleitores: Sistema majoritário SIMPLES / de 1 turno.
Julgamento do Prefeito:
Quanto ao julgamento do prefeito, trago abaixo um pequeno esquema: 
Crime comum estadual – Tribunal de Justiça do Estado
Crime comum Federal – Tribunal Regional Federal
Crime eleitoral – Tribunal Regional Eleitoral 
Crime de responsabilidade PRÓPRIOS (infrações administrativas): Câmara Municipal
A doutrina e jurisprudência tem entendido que o foro por prerrogativa se aplica apenas às infrações penais comuns. Assim, ações cíveis, ações populares, ações civis públicas, improbidade administrativa serão julgadas na justiça comum.
Crimes de reponsabilidade do Prefeito:
Efetuar repasse que super os limites do art. 29-A;
Não enviar repasse até o dia 20 de cada mês
Enviar o repasse em proporção menor em relação à proporção fixado na Lei orçamentária. 
Poder Legislativo Municipal:
Poder legislativo municipal é unicameral, composto pela Câmara dos Vereadores. 
O número de vereadores possui relação com a população do município, podendo ser entre 9 e 55 vereadores, conforme art. 29, IV, da CF.
Os vereadores são eleitos pelo sistemaproporcional, para mandatos de 4 anos. Seu subsídio será fixado pela Câmara Municipal e aplica-se à legislatura subsequente.
Prevê a Constituição que o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de 5% da receita do Município. Prevê também que a Câmara não gastará mais do que 75% de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores.
· Remuneração dos vereadores – 5% da receito do Município.
· Gasto com folha de pagamento (incluídos vereadores e demais servidores) – 75% da receita da Câmara.
Foro Privilegiado dos Vereadores: 
A Constituição assegurou aos vereadores apenas imunidade material quanto a palavras, opiniões e votos, desde que possuam relação com o exercício do mandato e sejam proferidas na circunscrição do Município.
Entretanto, a CF NÃO trouxe foro por prerrogativa de função aos parlamentares municipais. Logo, serão processados e julgados na justiça comum. 
TERRITÓRIOS FEDERAIS
Territórios são descentralizações administrativas, também chamadas de “autarquias territoriais”. São integrantes da União, por isso não possuem autonomia, tampouco soberania. Ressalta-se que Territórios NÃO são entes federativos.
Eles podem ser criados a qualquer tempo, por meio de Lei Complementar. Podem também ser subdivididos em Municípios.
Quanto ao Poder Executivo, o Governador de Território é nomeado pelo Presidente da República, após prévia aprovação do Senado, mediante voto secreto. Percebe-se que o governador NÃO é eleito pelo povo. Isso ocorre porque não é ente federativo, mas sim uma autarquia territorial. 
As Contas de governo são submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do TCU.
Quanto ao Poder Legislativo, os Territórios possuem Câmara Territorial, cuja função típica é apenas legislativa.
Observa-se que os Territórios não possem a função de controle externo da administração dos territórios, porque controle externo é exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União.
Cada Território elege o número fixo de 4 Deputados Federais. Ainda, eles NÃO elegem Senadores, uma vez que tais parlamentares são representantes dos Estados e do DF.
O Poder Judiciário dos Territórios é organizado e mantido pela União. Além disso, o Território com mais de 100 mil habitantes possuirá órgãos judiciários de 1ª e 2ª instância, bem como membros do Ministério Público e defensores públicos federais. 
O Ministério Público e a Defensoria Pública também são organizados e mantidos pela União.
CUIDADO – não confundir Defensoria Pública do Distrito Federal com a dos Territórios:
· Defensoria do Distrito Federal: mantida pelo próprio Distrito Federal.
· Defensoria do Território: organizada e mantida pela União. 
ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA DA FEDERAÇÃO
1 - Formação dos ESTADOS:
A Federação é cláusula pétrea. No entanto, a Constituição permite que haja alteração na ESTRUTURA da Federação, desde que não se destine a aboli-la. 
Dispõe o art. 18, §3º, da CF, que “os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”.
Possíveis alterações:
a) Fusão: A e B se unem para formar um terceiro e novo ente federativo.
b) Incorporação: A deixa de existir para se incorporar ao Estado B. B manterá sua personalidade jurídica e terá um acréscimo em seu território. Ex: Incorporação do Estado da Guanabara ao Rio de Janeiro.
c) Desmembramento anexação: Um estado cede parte de seu território para que seja anexado a outro Estado. Não há criação de novo Estado, apenas modificação territorial.
d) Desmembramento-formação: Um ou mais estados cedem parte de seu território para que seja criado um novo Estado. Não há extinção de Estado, mas simplesmente a criação de um novo. 
e) Subdivisão / Cisão: Um Estado se subdivide para o surgimento de DOIS novos Estados.
Requisitos - formação de Estados e Territórios:
Consulta à população diretamente interessada, através de plebiscito. O STF entende que “População interessada” é toda a população daquele Estado, e não somente a parte desmembrada.
Oitiva das Assembleias Legislativas
Lei complementar do Congresso Nacional.
2 - Formação de MUNICÍPIOS:
Segundo a Constituição, a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.  
Possíveis alterações nos Municípios:
· Criação
· Incorporação
· Fusão
· Desmembramento.
Requisitos:
Lei complementar federal: ela irá determinar o período em que a alteração federativa será possível. Observação: Até hoje não foi criada.
Aprovação de lei ordinária federal estabelecendo os requisitos e a forma de elaboração do Estudo de Viabilidade;
Divulgação do Estudo de viabilidade municipal;
Plebiscito - consulta prévia à população dos Municípios envolvidos;
Lei ordinária ESTADUAL criando o Município. É ato discricionário das Assembleias Legislativas.
Observações:
- Segundo o STF, o artigo que prevê o desmembramento de Municípios é uma norma de eficácia limitada, porque depende da criação de lei complementar federal.
- A falta de um dos requisitos obsta o prosseguimento do procedimento de alteração. 
- Atualmente não podem ser criados novos Municípios, devido à falta da lei complementar federal determinando o período de alteração.
VEDAÇÕES FEDERATIVAS
São proibições aos entes federativos, previstas no art. 19 da Constituição Federal. 
A primeira vedação possui relação com cultos religiosos, sendo vedado aos entes estabelecer cultos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar o funcionamento, manter relação de dependência ou aliança. Há exceção quando diz respeito à colaboração de interesse público, na forma da lei.
A segunda vedação é recusar fé aos documentos públicos.
Por fim, veda-se aos Entes criar distinções entre brasileiros ou preferencias entre si. 
BENS PÚBLICOS
Bens da UNIÃO:
Os bens da união estão dispostos num rol exemplificativo, previsto no art. 20 da CF. Trago abaixo um breve esquema para facilitar a compreensão da leitura do artigo.
· Terras devolutas:
a) Da União
· Somente as indispensáveis à defesa das:
· Fronteiras
· Fortificações
· Construções militares
· Vias federais de comunicação
· Preservação ambiental.
· OBS: São dos Estados todas as que não forem indispensáveis à União.
· Ilhas oceânicas e costeiras:
a) As que não são sede de município serão da União.
· Terrenos da Marinha:
a) STF - pertencem à União todos os terrenos da marinha, mesmo os situados em ilhas que sejam sede de municípios.
· Potenciais de energia hidráulica
a) Pertencem à União mesmo quando situados em rios dos Estados.
· Recursos minerais:
a) Pertencem à União;
b) Estados, DF e Municípios possuem direito à participação no resultado da exploração OU compensação financeira por essa exploração.
· Terras tradicionalmente ocupadas pelos índios 
a) “tradicionalmente” diz respeito ao modo de ocupação indígena;
b) STF - são bens da União, mas de usufruto dos índios. 
BENS DOS ESTADOS:
Os bens dos Estados estão dispostos no art. 26 da CF. Destaco o fato de que o dispositivo sempre faz menção à exceção dos bens pertencentes à União. Vejamos:
· Águas - Superficiais Subterrâneas, Fluentes, Emergentes e em depósito, exceto as pertencentes à União.
· Área, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem em seu domínio, exceto as de domínio da União, Municípios ou de terceiros.
· Ilhas Fluviais e lacustres, exceto as da União.
· Terras devolutas que não forem da União. 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS:
O Poder Político na Federação é descentralizado e os Entes são dotados de autonomia política. Isso pressupõe uma repartição constitucional das competências de cada ente federativo.
O objetivo da repartiçãode competências é dividir o poder político entre os entes, garantindo o federalismo de equilíbrio, harmonizando a convivência entre os Entes, viabilizando o pacto federativo.
Para facilitar a distribuição de competências, passaremos por alguns princípios, os quais devem nortear a leitura dos dispositivos. Vejamos:
Princípio da Predominância do Interesse:
a) Interesse nacional / geral: Os assuntos de interesse nacional ou geral pertencem à União, como, por exemplo, a emissão de moedas, controle de material bélico, defesa nacional, horário de funcionamento de agências BANCÁRIAS.
b) Interesse regional: Os assuntos de interesse regional pertencem aos Estados e ao DF. A doutrina leciona que a competência dos Estados é residual, ou seja, tudo o que não for da União ou dos Municípios.
c) Interesse local: assuntos de interesse local competem ao Município, como, por exemplo, horário de funcionamento do comércio local.
OBS – O Distrito Federal possui competências de interesse local e regional, uma vez que possui atribuições típicas dos Estados e também dos Municípios.
Princípio da Subsidiariedade: 
Prevê que as questões devem ser resolvidas pelo ente federativo que estiver mais próximo da tomada de decisões. Vejamos um exemplo: 
· transporte coletivo - Município é o ente mais interessado;
· Transporte intermunicipal – vai além dos limites de cada cidade, percorrendo pelo Estado. Logo, o Estado é o mais afetado.
· Transporte interestadual - interesse maior da União. 
Técnicas de Repartição de Competências:
a) Repartição horizontal:
A Constituição delimita áreas específicas a serem reguladas pelos Entes, com uma rígida determinação do que cada Ente é competente. Nela, um ente não pode interferir na competência do outro, sob pena de ferir a Constituição.
b) Repartição vertical:
As competências são exercidas em conjunto com os entes, que atuam de forma coordenada.
Ocorre quando há possibilidade de diferentes entes legislarem sobre a mesma matéria, adotando a predominância da União, que irá legislar sobre normas gerais e os Estados sobre normas suplementares, específicas, detalhando o assunto.
A doutrina defende que a Constituição adotou as duas técnicas. Logo, ao estabelecer a competência concorrente, adotou-se a repartição vertical, uma vez que a União elabora normas gerais, e os Estados e o DF editam normas complementares. Por outro lado, adotou-se a repartição horizontal no estabelecimento de competências tributárias.
Estrutura da repartição de competências no Brasil:
A Constituição enumera expressamente as competências da União e dos Municípios. Ela NÃO lista as competências dos Estados, por isso diz-se que os Estados possuem competência suplementar / residual. 
A doutrina entende que a repartição de competência NÃO é cláusula pétrea, portanto, pode ser alterada por emenda constitucional, desde que não representa ameaça à forma federativa de Estado. 
COMPETÊNCIAS EXCLUSIVAS DA UNIÃO
As competências exclusivas da União estão dispostas no art. 21 da CF. 
Elas possuem natureza administrativa / material e são indelegáveis. Estão relacionadas à prestação de serviços públicos pela União. 
Para o estudo recomendo a leitura exaustiva do art. 21, mas elenco abaixo as mais recorrentes em provas.
Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
Declarar a guerra e celebrar a paz;
Assegurar a defesa nacional;
Permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
Decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
Autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
Emitir moeda;
Manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
Explorar os serviços de telecomunicações;
Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: 
 a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; 
 b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; 
Organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; 
Conceder anistia;
Executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
Jurisprudência - É inconstitucional lei ESTADUAL que:
a) permite que a Polícia Civil utilize armas apreendidas (material bélico);
b) estabeleça a obrigatoriedade de utilização de equipamento de autenticidade de cédulas (moeda);
c) proíba que empresas de telecomunicação cobrem taxas para instalação de segundo ponto de acesso à internet (telecomunicações);
d) Estabeleça acúmulo de franquias de minutos mensais ofertados por empresas de telefonia. (telecomunicações);
e) Obriga empresas de telefonia a instalarem equipamentos de bloqueio de serviço de celular em presídio (telecomunicações).
Súmula Vinculante 39 - “compete privativamente à União legislar sobre vencimentos dos membros da polícias civis e militares e do corpo de bombeiros do DF”.
Concessão de anistia:
a) Crime - Compete a União;
b) Infrações Administrativas - Estado.
COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DA UNIÃO
As competências privativas, dispostas no art. 22 da Constituição, são competências legislativas. Por serem privativas, não cabe aos Estados legislarem, mesmo quando houver omissão da União.
Entretanto, o parágrafo único do art. 22 traz a possibilidade de Delegação de tais matérias aos Estados, desde que cumpra os seguintes requisitos:
a) Requisito formal: delegação ocorrerá através de lei complementar;
b) Requisito material: Questões específicas relacionadas à matéria de competência privativa da União.
c) Requisito implícito: Observância da isonomia federativa. A delegação deve ocorrer de forma igualitária a todos os entes, sendo vedado delegar apenas a alguns entes, excluindo outros. 
Na falta de delegação, é inconstitucional qualquer lei que verse sobre temas de competência privativa da União. 
Delegação não significa renúncia de competência. Portanto, a União pode retomar sua competência e legislar sobre a matéria delegada.
JURISPRUDÊNCIA:
a) Compete privativamente à União legislar sobre direito penal, inclusive crimes de responsabilidade.
SV 46: “a definição de crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência legislativa privativa da União”.
b) Inconstitucional lei estadual que regulamente profissões - compete a União legislar sobre direito do trabalho;
c) Inconstitucional lei estadual que regulamente uso de estacionamentos - direito civil;
d) Inconstitucional lei estadual que obrigue prestação de serviço de segurança em estacionamentos - direito civil;
e) Compete a União legislar sobre trânsito e transporte. Portanto, é inconstitucional lei estadual que:
· obrigue o uso do cinto de segurança;
· comine penalidades a quem for flagrado dirigindo embriagado; 
· dispõe sobre instalação de aparelho de controle de velocidade em veículos automotores;
· obrigue veículos automotores a transitarem com faróis acessos nas rodovias.
f) É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que exija que o Superintendente da Polícia Civil seja um delegado de polícia integrante da classe final da carreira.
CUIDADO:
· Legislar sobre trânsito e transporte: competência PRIVATIVA da União;
· Implantar política de educação no trânsito: Competência COMUM;
PEGADINHAS DE PROVA:
Seguridade Social – competência privativa daUnião;
Previdência Social - competência concorrente;
Diretrizes e bases da educação - privativa da União;
Educação - concorrente.
Os Estados podem fixar número máximo de alunos em sala de aula;
Compete a União estabelecer piso de vencimento de professores da educação básica;
COMPETÊNCIA COMUM
A competência comum está disposta no art. 23 da Constituição. 
São competências de natureza administrativa / material, atribuídas a todos os entes federativos, inclusive aos Municípios.
A principal característica é a inexistência de subordinação na atuação dos diferentes entes federativos. 
O parágrafo único dispõe que lei complementar fixará normas de cooperação entre a União, Estados, DF e Municípios, como forma de manter o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional, bem como evitar conflitos e dispersão de recursos.
Recomendo a leitura do dispositivo, mas trago abaixo os incisos:
a) zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
b) cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
c) Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
d) Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
e) Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; 
f) Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
g) Preservar as florestas, a fauna e a flora;
h) Fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
i) Promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
j) Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
k) Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios;
l) Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. 
COMPETÊNCIA CONCORRENTE
O art. 24 da Constituição estabeleceu a competência concorrente. É uma competência legislativa, concorrente entre a União, Estados e Distrito Federal, para legislar sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; 
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; 
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
Destaca-se que os Municípios NÃO participam da competência concorrente.
Tem-se aqui uma repartição vertical de competências, em que os entes poderão legislar sobre as respectivas matérias, desde que obedecidas as regras de atuação, conforme dispõe o parágrafo primeiro do art. 24. 
Nesse âmbito, a União se limitará a estabelecer normas gerais. Aos Estados e ao Distrito Federal compete estabelecer normas complementares / suplementares. 
Se a União não dispor sobre normas gerais, caberá aos Estados e ao DF exercer competência legislativa plena.
Caso a União seja omissa e o Estado legisle de forma suplementar, a superveniência de lei federal geral SUSPENDE a eficácia da lei Estadual apenas no que for contrário.
CUIDADO: não confundir suspensão com revogação. 
Com a suspensão, a norma permanecerá no ordenamento jurídico, mas tem sua incidência e efeitos suspensos enquanto a lei que a suspendeu estiver vigente. 
Resumindo, no âmbito da competência concorrente, os Estados podem atuar de duas maneiras: 
· Forma complementar: Dependerá da existência de lei federal a ser especificada pelos Estados e Distrito Federal.
· Competência Supletiva: Surgirá quando houver inercia da União em editar a lei federal geral. Nessa hipótese o Estado exerce competência legislativa plena.

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