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ACUMULAÇÃO CAPITALISTA DE QUE FORMA O HOMEM OBTERÁ O QUE PRECISA PARA SATISFAZER SUAS NECESSIDADES? Utilizando a capacidade teleológica e a exercendo em conjunto com outros homens no processo de produção dos meios de que necessita para sobreviver. A ação do homem sobre a natureza se define como trabalho e só se torna possível através da capacidade humana de transformar racionalmente o mundo. Além de pensar (capacidade teleológica), o homem tem que agir (trabalho)para se manter vivo. PRAXIS A práxis é uma ação prática consciente sobre a natureza, criando um produto objetivo antes inexistente. A práxis desenvolve-se fundamentalmente através do trabalho, assegurando a (re) produção material e espiritual da vida humana. Através do trabalho, o homem não apenas se adapta a natureza, como o animal, mas passa agir sobre ela, transformando-a de acordo com seus objetivos. Ao perguntar pelo hoje o homem projeta o amanhã. (BARROCO, 2000:39). PRODUÇÃO SOCIALIZADA Os homens não realizavam mais a mesma função na produção e passavam a se diferenciar uns dos outros, através do tipo de atividade que exerciam. Diante deste excedente, os homens passaram a trocar mercadorias cujo objetivo inicialmente era ainda a manutenção do produtor e da comunidades que pertencia. Apesar da divisão de trabalho, nas comunidades primitivas, a produção era socializada com as pessoas que as integravam – tudo era de todos. COMPLEXIFICAÇÃO DA DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO A partir da complexificação da divisão social do trabalho tem início o processo de desigualdade entre os homens e a exploração do trabalho humano como fonte de acumulação de riqueza. Na sociedade cuja reprodução baseia-se na exploração do homem pelo homem, o trabalho deixa de ser expressão das necessidades do trabalhador para expressar as necessidades de acumulação de riqueza da classe dominante. O CAPITALISMO E O SURGIMENTO DA PROPRIEDADE PRIVADA Como já foi abordado, os primeiros homens que viveram na terra viviam em comunidade primitiva; alguns grupos humanos ainda vivem assim, hoje em dia. Como foi que surgiu então a propriedade privada? Com o capitalismo que foi sustentado pelo pensamento Liberal do século XVII. ACUMULAÇÃO PRIMITIVA DO CAPITAL No mundo ocidental, durante a transição do feudalismo para o capitalismo tivemos um período de acumulação primitiva do capital. Por acumulação primitiva do capital deve se compreender um processo histórico através do qual se dispõe à burguesia os elementos necessários para o estabelecimento da produção capitalista, que tem início com a Revolução Industrial. É chamada de “primitiva” porque foi anterior ao desenvolvimento capitalista. FETICHE DA MERCADORIA Outro conceito abordado na teoria marxista foi o de fetiche da mercadoria através do qual as trocas entre os homens no processo de produção não se revelam com uma relação entre eles, mas entre as coisas/produtos que são produzidos. FORDISMO Sobre este paradigma do Taylorismo/Fordismo, Antunes (2002, p.37) vai afirmar que “esse processo produtivo caracterizou-se pela mescla da produção em série fordista com o cronômetro taylorista, além da vigência de uma separação nítida entre a elaboração e execução para o capital. Tratava-se de apropriar-se do savoir faire do trabalho ‘suprimindo’ a dimensão intelectual do trabalho operário, que era transferida para as esferas da gerência científica”. A mesma operação repetida mecanicamente várias vezes por dia não incentivava qualquer crescimento intelectual, não gerava qualquer identificação com o trabalho e trazia pouca satisfação. Desta forma, o fordimo estimulva o estranhamento entre trabalhador e trabalho. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NO PADRÃO TOYOTISTA O nome Toyotismo tem origem na fábrica Toyota dos EUA onde o engenheiro japonês Taiichi Ohno criou um novo modelo de produção que na década de sessenta se disseminou pelo mundo inteiro. Este modelo representa uma reposta a crise capitalista da década de 70 e consiste na combinação de novas técnicas de gestão com uma máquina cada vez mais sofisticada visando produzir mais, empregando menos mão-de-obra. SITUAÇÃO DE EXPLORAÇÃO INALTERADA As mudanças provocadas pela reestruturação da produção não alteraram a situação de exploração e miserabilidade social que ainda se encontram os trabalhadores na contemporaneidade. Se antes eram explorados por seus patrões, pelos donos das fábricas, das indústrias, agora os trabalhadores também se confrontam com outras dificuldades oriundas do “fim do trabalho”, como alguns estudos denominam. CHEGADA AO SÉCULO XXI Chegamos ao século XXI observado que apesar de todos os esforços das classes dominantes em livrar o trabalho livre do estigma da escravidão, esse novo tipo de trabalho não se configura, ainda, aos olhos do trabalhador como garantia de uma vida muito melhor. O trabalhador deixa de ser explorado por um senhor particular para ser explorado pela classe dos capitalistas. A responsabilidade da manutenção e reprodução trabalhador e de sua família, passa, a partir da consolidação do Capitalismo, a depender da venda da sua força, de trabalho no mercado dominado pelo capital. O ESTADO Assim, toda a atenção do Estado para com a pobreza não emerge, entretanto, ela vem embutida e associada à necessidade de enfrentamento da “questão social”. O tratamento dispensado pelo Estado aos setores mais pauperizados as população neste momento não diverge, em muito do período anterior. CONSOLIDAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL Um dois mecanismos utilizados para combater a “questão social” foi a consolidação Serviço Social. Segundo Iamamoto (1993), “essa consolidação relacionou-se diretamente a necessidade de uma busca maior de racionalidade no tratamento da questão social”. O assistente social passa a se configurar assim, como um agente institucional os problemas sociais, garante que as tensões decorrente das contradições do sistema capitalista, sejam desviadas para os canais institucionais estabelecidos oficialmente.
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