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Relatório de Humanismo

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UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
GIOVANNA DOS SANTOS – RA: 10091948
LARISSA REIS – RA: 10011536
A ESCOLHA DA PROFISSÃO
A angústia dentro da aceitação
TAUBATÉ - SP
2022
GIOVANNA DOS SANTOS – RA: 10091948
LARISSA REIS – RA: 10011536
ESCOLHA DA PROFISSÃO 
A angústia dentro da aceitação
Trabalho apresentado para avaliação parcial da disciplina Fundamentos do Humanismo e Existencialismo do Departamento de Psicologia da Universidade de Taubaté.
 Responsável: Profa. Dra. Rosa M. F. Silva
TAUBATÉ - SP
2022
1. INTRODUÇÃO
Como a ementa da disciplina Fundamentos do Humanismo e Existencialismo do 1º semestre do referido ano de 2022, ministrada pela Profa. Dra. Rosa Maria Frugoli da Silva se propõe a discutir sobre a origem teórica do pensamento e conhecimento humanista, a crise das ciências, a influência do método fenomenológico, a analítica da existência heideggeriana e o existencialismo na relação com a Psicologia, durante as aulas ocorreram diálogos, discussões e reflexões que confrontaram as diversas visões sobre a existência humana no mundo. A partir destes indicativos foi proposto a realização de trabalho no qual os alunos pudessem expressar por meio de inúmeros elementos, os conceitos apresentados e analisados na disciplina que se referem a existência humana. Estes elementos puderam ser de diversos tipos, como poesia, dança, performances, escultura, música, artesanato, pintura, desenho, degustação, fotografia, objetos, entre outros. Neste trabalho o aluno selecionava um determinado objeto e o relacionava as perspectivas teóricas de um dos autores estudados, como Kierkegaard, Husserl, Heidegger e Sartre que são expoentes na fundamentação da Psicologia de abordagem humanista fenomenológica existencial. Das compreensões teóricas destes autores, os conceitos como singularidade, desespero, angústia, epoché, temporalidade, espacialidade, finitude, linguagem e liberdade poderiam e ou deveriam estar presentes nas apresentações.
Na definição desse trabalho o grupo optou por seguir com a escolha de profissão de um adolescente, abordando a Teoria de Kierkegaard em um contexto de dúvidas e inseguranças, tratado como objeto central o interdito, que é a escolha da profissão e assim, mostrado todo o caminhar desse processo. 
2. OBJETIVO 
2.1 Objetivo Geral
Compreender as contribuições teóricas do autor Kiekegaard e evidenciar a relação dos conceitos bases da filosofia existencial e do método fenomenológico à abordagem da Psicologia Humanista Existencial.
2.2 Objetivo específico 
Permitir apreensão do conhecimento teórico por meio de formas ativas de aprendizagem, apresentar o objeto escolha da profissão e sensibilizar participantes e convidados a refletirem sobre a existência humana. Também compreender o conceito de interdito, paraíso e angústia, apresentar vinculação entre um determinado objeto e as perspectivas teóricas do autor Kiekegaard para se refletir sobre a existência humana.
3. REFERÊNCIAL TEÓRICO
Soren Aabye Kierkegaard, fundador do existencialismo moderno, escreveu diversos temas sobre a existência humana e o poder e a responsabilidade que o próprio indivíduo possui sobre suas escolhas, porque segundo Kierkegaard, é somente o próprio indivíduo que define o melhor caminho para sua vida, ou seja, a singularidade do indivíduo é o eixo de tudo. Justamente por este motivo, Kierkegaard estuda o sentimento de angustia e desespero, que são sentimentos tão presentes e importantes na vida humana. (SOUSA; ROCHA, 2014) 
O termo ‘’angustia’’ para a maioria das pessoas é definido como uma sensação ruim. Porém, Kierkegaard via isso de uma forma diferente. Ele fez uma reflexão existencial e psicológica no livro ‘’O Conceito de Angustia’’ (1844), a partir de uma visão bem positiva sobre o termo. (JANZEN; HOLANDA, 2012) 
Neste livro, Kierkegaard faz um debate sobre Adão frente o seu primeiro pecado que se trata de comer o fruto proibido e ir contra as vontades de seu criador, e neste momento, ele se encontra angustiado. Kierkegaard afirma que Adão era ignorante, pois não entendia uma palavra sequer, não sabia a diferença de ‘’bem’’ e ‘’mal’’, porém o filósofo mostra que isto vai se perdendo e Adão vai criando uma pequena porcentagem de consciência quando ele finalmente sente um desconforto frente a seu problema, o que seria chamado de angústia. (SOUSA; ROCHA, 2014) 
Para ele, angústia é um sentimento que vem antes de algum ato seja ele qual for, ou seja, a angústia antecede uma escolha. Por isso, para Kierkegaard se trata de um sentimento capaz de apresentar ao indivíduo diversas possibilidades de decisões. E se temos diversas possibilidades de decisões, é devido a chance de poder escolher. A angústia então é um salto para a liberdade. Ou seja, ela nos permite uma representação desta liberdade antes de realizar o ato. (SOUSA; ROCHA, 2014)
Essa liberdade significa ter autonomia para fazer uma escolha que vá te levar a algum lugar, seja ele bom ou ruim. Ou seja, para Kierkegaard, ela é capaz de mover o ser humano a executar ações determinantes para sua vida, pois para o pensador o homem é um ser-capaz-de. (SOUSA; ROCHA. 2014). 
Segundo Kierkegaard, a angústia é a representação do que diferencia o ser humano dos outros seres vivos: o espírito. E é exatamente isso que acontece com Adão, o qual é citado em seu livro. Para o filósofo, quando Adão sentiu angústia, ele naquele momento teve o despertar de seu espírito, passando assim da inocência para uma pequena noção de existência. (SOUSA; ROCHA, 2014) 
Kierkegaard, a partir de suas pesquisas filosóficas, valoriza muito a subjetividade e singularidade dos indivíduos. Uma das suas maiores contribuições para a Psicologia foi justamente essa sua ideia de que o indivíduo necessita focar na sua insubstituível singularidade. Ou seja, para o filósofo o indivíduo não deveria ser estudado com um olhar apenas de “individuo científico’’, ou como um mero pertencente ao seu grupo e/ou espécie, mas sim, como o maior e melhor definidor de sua própria existência. (JANZEN; HOLANDA, 2012). 
Dessa forma, no livro “O Desespero Humano’’ (1849), Kierkegaard relata que, quando o indivíduo se perde do seu ‘’eu’’, ou seja, quando ele não faz escolhas a partir de si mesmo, se manifestando no mundo, ele está frente ao pior enfermo experimentado pelo individuo, atribuído como uma doença mortal, que seria o desespero. (SOUSA; ROCHA. 2014). 
Para o filósofo, o desespero se manifesta no indivíduo e ele pode não perceber, ou seja, ter a inconsciência de possuí-lo, ou ele pode ter essa consciência de estar desesperado e a negar, ou ele também pode assumir esse desespero com a vontade de querer definir sua própria existência. (JANZEN; HOLANDA, 2012). 
Esse sentimento, assim como a angústia, é muito importante para o indivíduo, pois denuncia para ele a maneira como está levando sua vida. E se, o homem não está fazendo ‘’jus’’ ao seu Eu, se ele nega que o possui, se ele perde a sua essencial singularidade, ele está profundamente dominado por essa doença mortal, que o faz experimentar a morte em vida. (SOUSA; ROCHA, 2014). 
 	Então, com esses conceitos definidos, podemos afirmar que: “Estar consciente de seu desespero (e de sua angústia) pode ser considerado uma das maiores formas de demonstração de coragem que o ser humano pode vir a apresentar.’’ (SOUSA; ROCHA. 2014).
4. MÉTODO
4.1 Procedimentos 
O exposto trabalho realizado no dia 27 de maio de 2022, através de uma apresentação, foi separado em duas partes: a primeira parte, discorre em torno de um a história, dando a introdução da apresentação, onde uma filha conversava com suas mães para ajudarem na decisão de qual faculdade fazer, e a segunda parte foi dividida em duas fases, onde a primeira eram três possíveis escolhas da filha, dois anos depois e a segunda fase eram três possíveis escolhas da filha, porém cinco anos depois.
4.1.1 Escolha do objeto 
O objeto “escolha da profissão” foi ideia de uma das integrantes do grupo que estava passando por um momento em que não sabiase continuava o curso de psicologia, como foi sugerido pelos pais, ou então trancava o curso e começava a cursar nutrição. A escolha dela foi fazer o que sempre sonho, nutrição.
As outras duas integrantes do grupo concordaram, pois também já passaram por situações semelhantes, e que também fizeram parte da apresentação. A segunda integrante teve sua primeira formação em direito, mesmo sabendo que não era o que desejava, se formou e agora cursa psicologia. A terceira integrante, apesar de ser apaixonada pelo curso de psicologia e pretende seguir na área, sente que não é o que quer no momento e recebeu uma proposta de uma amiga para ir morar fora do país.
4.1.2 Escolha do autor 
Nós decidimos escolher o Soren Aabye Kierkegaard por termos tido o primeiro contato da matéria com o autor e por alguns pontos que nos chamaram a atenção, como nos aspectos de sua vida e como eles tiveram relações com os seus pensamentos filosóficos. Pensamos em como seria utilizar-se das adversidades e mudanças na vida com base na teoria em que o autor aborda sobre o interdito. A partir dessa escolha, achamos muito fascinante em como Kierkegaard contempla a sua vida difícil falando sobre o que é existir, em todas as dimensões. 
Como segundo ponto de fonte da inspiração de utilizar da obra de Kierkegaard, a nossa motivação se deu pelo interesse do conceito da subjetividade, que rege a nossa vida de forma única para a manutenção da nossa saúde mental e individualidade. “Kierkegaard propõe que se volte sempre a sua subjetividade, e a angústia é o primeiro passo para que isso aconteça justamente, a ‘’angústia seria a via de acesso a consciência de si, de sua situação.’’ (PROTASIO, 2008, p. 8). 
4.1.3 Organização do trabalho apresentado
O trabalho foi organizado, previamente, a partir da escolha das fundamentações teóricas do autor escolhido, Kierkegaard, os quais foram citados anteriormente no Referêncial Teório. Em seguida, foi feita uma discussão sobre o objeto que se habituaria favoravelmente à teoria de Kierkegaard, e que fosse iminente ao cotidiano dos integrantes do grupo. 
Após definir qual seria o filosofo, como base teórica do trabalho e o objeto que se encaixava melhor, foi definido então um roteiro, para que posteriormente fosse montado uma cena, dando origem à apresentação.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Diante da Teoria de Kierkeggard, com o objeto, escolha de profissão de um adolescente, abordando um contexto de dúvidas e inseguranças, tratando como objeto central o interdito, que é a escolha da profissão e assim, mostrado todo o caminho desse processo.
Desta maneira foi abordado o momento em que aquela adolescente estava no paraíso, sem a necessidade de escolha, após isso ocorre o interdito, momento em que ela se depara com a conclusão do ensino médio e consequentemente com a escolha do curso na faculdade, o que gera angústia. Depois de perceber que precisaria entrar para a faculdade, aquela adolescente apresenta às mães a vontade de fazer moda e suas mães a questionam de diversas maneiras, fazendo com que ela começasse a ter várias dúvidas, inseguranças e medos com essa ideia, sugerindo o curso de fisioterapia. 
Depois dessas inúmeras dúvidas geradas na filha o tempo é demarcado como o nada, onde nada ocorre e, logo em seguida, durante a apresentação do trabalho demonstra a filha após dois anos, com as seguintes escolhas: 1. Escolha do outro – “Estou fazendo fisioterapia, decidi dar uma chance para a imposição das minhas mães; 2. Remorso – “Estou fazendo fisioterapia, mas estou infeliz e me perguntando se foi uma escolha correta”; 3. Negação – “Estou fazendo fisioterapia e para mim está tudo certo”.
Demarcado novamente pelo nada o intervalo de tempo, encarra-se o trabalho apresentando o após cinco anos, em que a filha se depara com o novo interdito e suas próprias escolhas a partir do eu singular: 1. “Terminei a faculdade de fisioterapia e pensei: “e agora”, esse foi o meu interdito e então fiz a escolha de fazer outra faculdade”; 2. “Estava fazendo fisioterapia e recebi uma proposta de morar fora, esse foi o meu interdito, decidi trancar o curso e fiz a escolha de morar em Portugal; 3. “Terminei o curso de Fisioterapia e me apaixonei, esse foi o meu interdito, e fiz a escolha de me casar e não atuar na profissão.
Assim, acredita-se que por meio de aprendizagem ativa, como a artística, os alunos vinculados a esta disciplina teórica possam ampliar seus conhecimentos e reflexões, pois a apresentação do trabalho reivindica aprofundamento no estudo, discussão, debates e análises. Nesta perspectiva o aluno torna-se protagonista no processo de aprendizagem assumindo responsabilidade neste processo. A proatividade e a motivação do aluno fazem ampla diferença na vida acadêmica, tornando-os manifestos na prática, principalmente no que se refere a abordagem Humanista e Existencial da Psicologia. 
De acordo com MANTOVANI (2019): “Alguns dos principais benefícios que os estudantes ganham com as metodologias ativas na educação são: confiança, autonomia, capacidade de análise de problemas, facilidade no aprendizado e no trabalho em equipe”.
Trazendo uma leitura sob a ótica de mudança de paradigma e abordagem ativa é a “migração do ‘ensinar’ para o ‘aprender’, o desvio do foco do docente para o aluno, que assume a corresponsabilidade pelo seu aprendizado” (SOUZA; IGLESIAS; PAZINFILHO, 2014, P. 285)
6. CONCLUSÃO
O trabalho foi proposto pela professora, que tinha como objetivo uma apresentação que explicasse os conceitos dados em aula, tendo pelo menos uma referência teórica, no caso o grupo escolheu Kierkegaard, e que fosse relacionado com uma música, objeto, artesanato, entre outros. Ao fim do trabalho é possível observar que a atividade proposta é de extrema importância para o desenvolvimento de uma visão mais ampla sobre os conceitos dados em aula, sendo proposto de uma forma mais dinâmica, fazendo com que o aluno saia da sua zona de conforto, onde o professor explica e o aluno escuta. Sendo assim, os objetivos gerais e específicos deste trabalho foram de sucesso.
7. REFERÊNCIAS 
MANTOVANI, Dennis. “Qual a importância da aprendizagem ativa. UNDB – Centro Universitário, 2019. Disponível em: <https://www.undb.edu.br/blog/qual-a-importancia-da-aprendizagem-ativa>. Acesso em: 05 de junho de 2022.
SOUZA, Cacilda da Silva; IGLESIAS, Alessandro Giraldes; PAZIN-FILHO, Antonio. Estratégias inovadoras para métodos de ensino tradicionais – aspectos gerais. Medicina, v. 47, n. 3, p. 284-292, 2014.
JANZEN, M. R.; HOLANDA, A. Elementos para uma Psicologia de Soren Kierkegaard. Rio de Janeiro. v.12. n.2. 2002. Disponível em: <file:///C:/Users/User/Downloads/Elementos%20para%20uma%20psicologia%20de%20Soren%20Kierkegaard.pdf>. Acesso em: 05 junho de 2022.
SOUSA, L. S.; ROCHA, F. L. Kierkegaard: entre a angústia e o desespero de se tornar autêntico. Revista Húmus. n. 10. p. 1-9, Jan/Fev/Mar/Abr 2014. Disponível em: <file:///C:/Users/User/Downloads/kieerk%20(1).pdf>. Acesso em: 05 junho de 2022. 
REYNOLDS, J. Existencialismo. Petrópolis: Ed. Vozes, 2006.

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