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AULA_04_Disputas_territoriais_e_conflitos_estrangeiros_no_Amapá

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HISTÓRIA DO 
AMAPÁ
Disputas territoriais e conflitos 
estrangeiros no Amapá. 
Professor Benedito Lima
1. Colonização da região do Amapá; (1500-1822)
2. Disputas territoriais e conflitos estrangeiros no
Amapá. (Inglaterra, Holanda, França)
3. Principais atividades econômicas da região do
Amapá: do século XIX ao XX.
(borracha/minério)
4. A Cabanagem no Amapá. (Período Regencial)
5. A Criação do Território Federal do Amapá. (GV)
6. Manifestações populares e sincretismo cultural
no Amapá.
INVASÕES 
ESTRANGEIRAS 
NAS TERRAS 
DO AMAPÁ
INGLATERRA 
(INGLESES)
FRANÇA (FRANCESES)
IRLANDA (IRLANDESES)
HOLANDA 
(HOLANDESES) 
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DAS INVASÕES 
ESTRANGEIRAS QUE PODERÃO VIR NA SUA PROVA
Surgimento do 
MERCANTILISMO
Europa com nova força 
econômica
Busca pela supremacia 
do comércio
O mercantilismo foi um conjunto de práticas e
ideias econômicas que dominou a Europa na
transição do feudalismo para o capitalismo.
A riqueza das nações em formação estava
no acúmulo de metais precisos, na
intervenção do Estado na economia e no
protecionismo
▪ No final do século XVI, ingleses e holandeses foram os
primeiros ocupantes e exploradores das regiões naturais
do Amazonas das chamadas “drogas do sertão”.
(MORAES,2017)
▪ Os ingleses fundaram algumas benfeitorias e fazendas na
região com intuito de cultivar cana-de-açúcar e tabaco.
▪ No munícipio de Mazagão, no Extremo Sul do Amapá,
temos a presença de ingleses na região, a partir do século
XVII.
▪ Segundo Moraes, antes de avançarem ao norte do Amapá,
região que compreende Amapá e Calçoene, já tínhamos a
presença de franceses, irlandeses e holandeses na região
realizando comércio
Peixe-boi
Pirarucu
▪Fato: Os ingleses, comprovadamente, 
começaram incursionar pelas terras 
amapaenses, a partir de 1610 
(RODRIGUES). Uma década depois, 
estavam estabelecidos em duas 
fortificações localizado no rio 
Cajarí
IN
G
LE
SE
S 
(1
6
2
3
)
Tilletite
Uarimuacá
Ainda em 1623, os ingleses foram 
expulsos por Pedro Teixeira da 
região. 
Sobre o comando de James Pourcel ingleses
e holandeses executam uma nova aliança e
levantam o “Forte do Torrego” em 1629 no rio
Manacapuru (Rio Vila Nova), no ano seguinte é
atacado e destruído por portugueses.
Em 1630 na região de Gurapá os ingleses
liderados por Roger North foram expulsos por forças
portuguesas da região migrando em direção aos rios
Matapi e Manacapuru (região de VILA NOVA)
estabeleceram-se no local construindo o “Forte
Felipe” mais seguro e resistente.
Em 1631 os ingleses foram expulsos pelos
portugueses em uma armada militar
comandada pelos Capitães Jácome Raimundo
Noronha, Aires Chichorro e o Sargento Manoel
Pires Freire.
A vitória dos portugueses não colocou 
fim as pretensões dos ingleses de 
conquistarem a Amazônia em especial as 
terras amapaenses.
▪ Em 1632 sob comando de Roger Fray os ingleses
construíram o Forte do Cumaú (Camaú) – A
construção desse forte teve ajuda da mão de obra
indígena: Aruãs, Tucujús e Nheengaybos.
Foram expulsos no mesmo ano pelos Capitães
Feliciano Coelho, Pedro Baião e Aires de
Chichorro.Esse último em um combate no oceano
levou a morte de Roger Fray.
Fora os fortes Tilletite e Urimuacá, os ingleses ainda construíram outros pelas terras do Cabo 
Norte, os quais, segundo o levantamento de Castro (1999), foram os seguintes: Forte do Torrego I 
(1612), Casa Forte do rio Felipe (1620), Forte do Torrego II (1629), Forte do North (1629). De acordo com 
Castro (1999), um ponto importante sobre estas fortificações citadas é que todas não possuem 
vestígios localizados. (Prof. Giovane)
Esse episódio marca o fim das 
pretensões inglesas na 
Amazônia, hoje terras 
amapaenses
Começo do século XVII
▪Em 1615 os franceses foram
expulsos do atual Maranhão a
região ficou conhecida como
França Equinocial.
Estabeleceram-se logo em
seguida no litoral amapaense
precisamente na ilha de
Maracá.
ilha de Maracá. 
O governo Ibérico agiu rapidamente expulsando os
franceses da região sob o comando de Francisco Caldeiras
Castelo Branco. Logo depois é criado o forte do
presépio em 1616 sendo um dos pólos
de resistência das invasões
estrangeiras.
Em 1691 o Marquês de Ferrolles
assinala como limite entre Brasil e
Guiana francesa é o rio Amazonas.
Em 1697 se apoderam da fortificação de
Santo Antônio de Macapá logo em seguida
foram expulsos no mesmo ano por Francisco
Sousa Fundão e João Muniz de Mendonça.
▪ Uma das principais
consequências das invasões
francesa foram os primeiros
tratados de limites entre
Portugal e França para a região
do Contestado amapaense
TRATADO PROVISIONAL 
(1700) que trata de 
neutralidade das terras 
entre os rios Araguari e o 
Rio Oiapoque
TRATADO DE ULTRECHT
(1713) que coloca o Rio
Oiapoque como limite entre
Guiana Francesa (França) e
Portugal (Brasil).
▪O agravamento da questão das Terras
do Amapá volta a ser questão em 1797
através do Tratado de Paris que
considerava o Rio Calçoene como
limite entre o Brasil e a Guiana
Francesa.
▪Em 1801 os franceses impõem o
Tratado de Badajós (RATIFICADO PELO
TRATADO DE AMIENS – 1802)
delimitando mais uma vez a região.
O limite determinado entre o Brasil e a
Guiana Francesa passa a ser o Rio Araguari
e uma indenização que Portugal deveria
pagar a França equivalente 15 milhões de
franco-euro. (Portugal abre mão da região
contestada por razões militares).
CONTEXTO ERA NAPOLEÔNICA SÉCULO XIX
▪ Portugueses e Ingleses possuíam uma forte aliança (Consequência dessa aliança Invasão de
Portugal por Napoleão Bonaparte – era inimigo da Inglaterra);
▪ Fuga da Família Real para o Brasil em 1807 (Moraes)/Chegada da Família real 1808 no
Brasil/Transferência da Corte portuguesa;
▪ Como Retaliação Portugal invadi a Guiana Francesa com apoio dos mazaganenses e
macapaense retomam a posse das terras do Amapá e conquistam acidade de Caiena;
▪ Queda de Napoleão Bonaparte marca o início do entendimento diplomático entre França e
Portugal;
▪ No Congresso de Viena D. João VI NEGA-SE a devolve a região conquistada se a França não
abandonar as pretensões pelas terras amapaenses;
▪ Acordo assinado em 1817 (Convenção de Paris) Portugal devolvia Caiena e o limite entre o
Brasil e a Guiana Francesa voltava a ser o Rio Oiapoque
▪ Aproveitando a revolta cabana a área entre o
rio Araguari e Oiapoque volta a ser
contestada, franceses instalam-se na região
com uma guarnição militar em 1835.
▪ Em 1836 as negociações para retomada das
terras amapaenses FALHAM gerando enorme
preocupação do governo.
▪ Em 1840 é instalada na margem esquerda do
rio Araguari, entre seus afluentes (rios e
cursos menores de água), os rios Aporema e
Tracajatuba a Colônia Militar de Dom Pedro II
para conter o avanço francês rumo ao sul do
Estado amapaense.
Em 1842, a França volta a reclamar a área Contestada,
MAS o governo françês consegue um acordo de neutralização
só que agora temos um representante brasileiro (Pará) e outro
francês (Guiana) administrando a região. (governo dual).
▪ Área que ficava dentro da região que ficou conhecida
como o Contestado Franco-Brasileiro por falta de
comunicação e inércia do governo e as grandes reservas
de riquezas naturais acabou atraindo muitos
aventureiros estrangeiros e brasileiros fundando vários
povoados.
▪ Em 1885, Jules Gros, proclamou a criação da República
de Cunani (Moraes)
▪ República da Guiana Independente (Rodrigues)
▪ Num vilarejo de mesmo nome (CUNANI), recebendo
grande apoio de seus habitantes, seu território
correspondia à área do Contestado (rios Oiapoque e
Araguari)
▪ Por um outro lado segundo Moraes quem de fato foi o
criador da República foi o ex-escravo do Pará, Capitão
Trajano Benitez relato encontrado no documento “QUAI
D´ORSAY”
▪A criação da República tinha objetivo de ser 
INDEPENDENTE e PROTEGIDA pela França.
▪Durante sua existência criou
Sede em Paris
Bandeiras
Leis
Moedas
Selos
Concedeu títulos honoríficos 
denominados de “Ordem de 
Cavaleiro Estrela do Cunani” 
MEDIANTE PAGAMENTOEm 1887 a República é extinta
pelo governo francês por não
atender junto a monarquia francesa
sua legalidade nos seus atos. A
Revista Amazônica denunciava a
ilegalidade da república.
Em 1892, ocorre nova tentativa
de fundar a República de Cunani,
agora com o nome de ESTADO DO
CUNANI, idealizado por Adolfo
Brezet, porém sem êxito.
▪ Na região do Contestado franco-
brasileiro em 1893 (entre os rios
Cassiporé e Amapá atual Calçoene),
Germarno e Firmino descobrem
ouro essa descoberta acirra as
disputas pelas terras amapaenses
entre brasileiros e franceses.
▪Disputas territoriais mais intensas; (por conta do ouro)
▪Aumento da densidade demográfica; (pessoas vindas de toda região)
▪ Formação de vários povoados tendo como destaque o Espírito santo do
Amapá que serviu de entreposto comercial brasileiro;
▪Desrespeito ao acordo de neutralização (governo dual);
▪Trajano Benitez é nomeado como autoridade jurídica (governador das
minas) sobre os garimpos (administração arbitrária);
▪Eugéne Voisse, representante do Governo francês no Contestado,
expulsa os brasileiros permitindo apenas franceses através de
resoluções;
▪ Os representantes do
Governo português no
Contestado amapaense agiram
tornando sem efeito as
resoluções do representante
francês e o cargo de
Governador das minas.
▪ A solução encontrada é
criar uma “Junta Governativa”
denomida de TRIUNVIRATO
TRIUNVIRATO
Cônego Domingo Maltez 
(PRESIDENTE)
Francisco Xavier da Veiga 
Cabral
Desidério Antônio Coelho
▪ O TRIUNVIRATO foi responsável pela elaboração de uma
legislação que tinha assuntos econômicos, políticos e sociais e
1894 é criado para o cumprimento dessas medidas a guarda
“EXÉRCITO DEFENSOR DO AMAPÁ” ;
▪ Cabralzinho assume a presidência do TRIUNVIRATO e manda prender
Trajano por descumprimento de ordem, tortura e outros crimes. É preso e
recolhido ao vilarejo do Amapá.;
▪ Em retaliação francesa Capitão Lunier recebendo ordem do Estado
Francês ao tentar prender e resgatar Trajano é morto. Eclodindo uma
vingança sem precedentes na região com assassinatos de idosos,
homens, mulheres e crianças cometido pelas tropas francesas.;
▪A invasão francesa e o massacre de pessoas inocentes na Vila do Espírito
Santo do Amapá, causou grande comoção nacional.
▪ Devido a este fato em 10 de abril de 1897 as duas nações resolveram
solucionar em definitivo a situação escolhendo o governo suíço para
analisar os argumentos de ambos os lados.
▪ O representante do Brasil foi o Barão do Rio Branco (José Silva Paranhos Junior) que
embasou sua defesa no livro “OYAPOCK AMAZONE” de Joaquin Caetano da Silva que
continha memórias do 8º art do Tratado de Ultrecht;
▪ Em 1900 a decisão foi favorável ao Brasil reconhecendo o Tratado de Ultrecht de 1713,
que determinava o rio Oiapoque como fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa.
Pondo fim ao embate.;
▪ As terras do Amapá são anexadas ao Pará, em 1901 no Governo Presidencial de
Campos Sales, mas somente em 1955 é que que foi instalada a Comissão Mista-
Brasileira-Francesa para à demarcação em definitivo da fronteira

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