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SISTEMAS OPERACIONAIS Andréa Martins E-book 3 Neste E-Book: INTRODUÇÃO ����������������������������������������������������������� 3 ENTENDENDO A MEMÓRIA ���������������������������������4 Função da memória ������������������������������������������������������������������4 Gerenciando a memória �����������������������������������������������������������9 Alocação contígua simples ����������������������������������������������������10 Overlay �������������������������������������������������������������������������������������11 CONSIDERAÇÕES FINAIS �����������������������������������26 SÍNTESE ��������������������������������������������������������������������27 2 INTRODUÇÃO Continuamos na nossa jornada em busca do aprimo- ramento profissional e acadêmico, e neste e-book daremos mais um passo importante em direção às nossas metas: aprenderemos sobre o gerenciamento de memória e também sobre o gerenciamento de arquivos� Destacaremos pontos importantes sobre tópicos ligados a esse assunto que são fundamentais para a aprendizagem dos sistemas operacionais� Vamos começar? 3 ENTENDENDO A MEMÓRIA A memória que existe dentro dos sistemas opera- cionais era conhecida por ser um recurso com valor elevado e, por esse motivo, sua escassez era a con- sequência. Essa realidade está mudando atualmente, pois a memória principal teve evoluções significati- vas que resultaram no aumento de performance e diminuição dos custos� Hoje a otimização do uso da memória é fundamental para quem quer ter um sistema operacional eficiente. Vamos conhecer téc- nicas para melhorar o desempenho dessa parte tão importante? Função da memória De forma geral, podemos dizer que a função da me- mória principal de um sistema operacional é alocar os programas que estão em execução, pois foram acionados pelo usuário e também os programas que são necessários para o correto funcionamento do sistema. Sendo assim, os processos computacionais que estão ‘rodando’ dentro do sistema operacional ficam alocados nessa memória. Essa alocação é temporária. Algumas das características da memória principal são: ● É relativamente cara e, por isso mesmo, escassa ● Todos os programas que executamos só conse- guem funcionar se estiverem sendo executados pela memória principal 4 ● O compartilhamento do processador tende a melhorar se tivermos mais processos na memória principal ● Memórias necessitam de uso otimizado ● O uso do sistema operacional não pode ocupar muito espaço na memória ● Fazer a gestão correta do uso da memória é um item de extrema importância aos projetos relativos a sistemas operacionais� A figura abaixo mostra como os programas e o siste- ma operacional precisam utilizar a memória principal para funcionar: Memória Principal Endereço inicial Endereço final Sistema Operacional Figura 1: Uso da memória Principal� 5 Dentro dos sistemas operacionais que conhecemos, geralmente os programas têm seu armazenamento realizado pela memória secundária. Essa maneira de gerenciar a memória faz com que os programas estejam sempre disponíveis, quando precisam ser acessados pelo usuário. Como estudamos ante- riormente, entendemos como memória secundária equipamentos como pendrives, CDs e DVDs, discos rígidos, entre vários outros equipamentos de entrada e saída. Com a evolução da tecnologia, esses equi- pamentos de entrada e saída têm sua capacidade de armazenamento cada vez maior, e outra vanta- gem é o preço bastante acessível, especialmente se compararmos o valor desses equipamentos com o preço da memória principal. Além disso, quando usamos esses equipamentos para armazenar dados, sabemos que eles não serão apagados quando o computador for desligado� Mas temos de destacar um ponto importante, quando falamos sobre equipamentos de memória de entrada e saída: os programas de um sistema operacional só funcionam com as instruções que estiverem na memória principal; por isso, não podemos esquecer que, para que o computador seja capaz de ler os arquivos dos dispositivos de entrada e saída, é ne- cessário que esse dispositivo esteja conectado ao computador ou que o usuário transfira os arquivos para a máquina. 6 Some-se a essa condição o fato de que o tempo para acesso nas memórias secundárias é significativa- mente maior do que quando acessamos a memória principal, pois o sistema sempre tenta fazer a redu- ção do número de operações de dispositivos de E/S, fazendo com que a maior parte dos programas fique mesmo na memória principal, pois assim a memória evita problemas de sistema� Acesse o Podcast 1 em Módulos SAIBA MAIS Vamos entender um pouco mais sobre memória operacional? Assista ao vídeo: Link do vídeo� A realidade dentro dos sistemas de informação nem sempre é fácil: muitas vezes, o sistema não tem es- paço para executar mais tarefas, mas, mesmo assim, o sistema tem que prover a necessidade do usuá- rio, executando os sistemas normalmente. Você faz ideia de como isso é possível? Muito simples� Isso acontece porque o sistema operacional é capaz de realizar a transferência dos programas da memória principal para a memória secundária, criando assim espaço para a execução de todas as atividades que o usuário precisa executar para a realização das ta- refas diárias. Isso é chamado de swapping. 7 https://www.youtube.com/watch?v=FJCpy7ZNOqs A figura a seguir nos mostra o processo de swapping: Memória Principal Swapping B Swapping out Memória Principal Sistema Operacional Programa A Programa B Programa E Programa G Sistema Operacional Programa A Programa H Programa E Área Livre B Figura 2: Swapping na memória principal. Fonte: Blog Fundamentos Sistemas Operacionais� Mas a memória também pode apresentar outros ti- pos de problemas para sua correta administração: a memória permite que o sistema operacional execute programas maiores do que a memória que esteja disponível e para solucionar esse problema usa o overlay e a memória virtual� FIQUE ATENTO Overlay significa sobreposição e, quando dizemos overlay em memória, queremos dizer que podemos permitir que programas maiores que a memória principal sejam utilizados, pois faremos um overlay (sobreposição) com a memória virtual� 8 http://fundamentossistemasoperacionais.blogspot.com/p/swapping.html Vamos analisar o processo de overlay de memória, na figura abaixo? Observe os programas que estão sendo executados e que precisam utilizar o overlay para conseguir rodar o programa: Memória Principal Técnica de Overlay Sistema Operacional Módulo principal Área de overlay Área Livre Cadastramento 4 Kb 4 Kb 2 Kb 2 Kb 1 Kb 3 Kb 2 Kb Impressão Área não utilizada Figura 3: Técnica de overlay na memória principal� Gerenciando a memória O gerenciamento efetivo da memória é fundamental para que o sistema operacional consiga ser eficiente. E esse gerenciamento é essencial em ambientes multiprogramáveis, pois a partir dele serão sanadas todas as necessidades do usuário, dentro do tempo previsto e tudo isso sem o comprometimento do desempenho desejado, garantindo a segurança do sistema e permitindo que o sistema execute o corre- to compartilhamento de recursos. E, para que esse gerenciamento seja eficiente, foram desenvolvidas algumas técnicas específicas para o gerenciamento da memória. Vamos conhecê-las? 9 Alocação contígua simples A alocação contígua simples foi muito usada nos primórdios dos sistemas operacionais, mas esse tipo de alocação ainda pode ser encontrada nos dias e hoje em sistemas monoprogramáveis. A técnica é simples: ela particiona a memória principal em duas áreas: a área do sistema operacional e a área do usuário. Quando usamos essa técnica de gerencia- mento, o usuário do sistema não consegue usar uma área de memória maior do que a que está disponível. Essa técnica também apresenta alguns problemas, como o fato de o sistema operacional do usuário conseguir acesso à área do sistema operacional, e isso causa umasérie de problemas, pois o usu- ário do sistema consegue controlar a memória; e isso faz com que ele possa ter acesso a todas as posições dentro do sistema operacional. Esse problema consegue ser solucionado com o uso de registradores, que conseguem limitar as áreas que o usuário pode acessar. A figura abaixo nos exemplifica essa técnica, mos- trando a alocação contígua simples que usa regis- tradores para controle de acesso: 10 Memória Principal Memória Principal Sistema Operacional Programa do usuário Área Livre Sistema Operacional Área para programa Registrador Figura 4: Alocação contígua simples com o uso de registradores� SAIBA MAIS Vamos entender um pouco mais sobre o geren- ciamento de memória? O vídeo abaixo traz dicas importantes sobre o assunto. Acesse e confira: Link do vídeo� Overlay A técnica que denominamos overlay tem como obje- tivo a resolução da maior parte (não totalmente) do grande problema ocasionado pela perda de espaço de memória que a técnica de alocação contígua cau- sa. Para conseguir driblar essa situação, a técnica de sobreposição – overlay – executa o comparti- lhamento das áreas da memória que se encontram 11 https://www.youtube.com/watch?v=Q2yRR1SmdK4 livres, e isso é feito por meio do uso de programas independentes, que fazem com que só fique na me- mória principal o módulo principal do programa que está sendo executado pelo usuário. Vamos imaginar a seguinte situação: um programa qualquer que tem sua composição com três módulos, sendo eles: o módulo principal, o módulo de cadas- tramento de cobrança de clientes, e o modo de im- pressão. Nesse exemplo, os módulos referentes aos clientes (cadastramento de cobrança e impressão) são totalmente independentes entre si� Se observar- mos essa situação, iremos concluir que, enquanto o módulo de cadastramento de cobrança de clientes está sendo executado, o módulo de impressão não precisa estar em plena execução também, pois, como falamos anteriormente, trata-se de módulos inde- pendentes; então, esses dois módulos não precisam ficar o tempo todo alocados na memória principal. Isso já não ocorre com o módulo principal, que, por fazer parte da composição dos dois outros módulos, precisa ficar constantemente alocado na memória principal� Se utilizarmos a sobreposição ou overlay nesse cenário, poderemos utilizar a mesma parte da memória para rodar os dois programas e isso otimizará o funcionamento da memória principal. A figura abaixo demonstra essa situação: 12 Memória Principal Sistema Operacional Módulo principal Área de overlay Área Livre Cadastramento 4 Kb 4 Kb 2 Kb 2 Kb 1 Kb 3 Kb 2 Kb Impressão Área não utilizada Figura 5: Técnica de overlay� Alocação Particionada Ao longo do tempo, a modernização dos sistemas operacionais – que passaram de monoprogramáveis para multiprogramáveis – criou uma necessidade: a de que pudéssemos fazer o aproveitamento de todos os recursos disponíveis no sistema de forma mais otimizada. Dois desses desafios tinham destaque: fazer com que o processador trabalhasse de forma mais eficiente e permitir que a maior quantidade possível de programas pudesse estar na memória� Esses problemas eram grandes desafios para os programadores e desenvolvedores de sistema, pois como estudamos, a memória é um recurso caro e escasso – e a necessidade de utilizar o máximo pos- sível dessa tecnologia era uma necessidade urgente� 13 A partir desse cenário, algumas técnicas foram cria- das com sucesso. Vamos conhecê-las? ● Alocação Particionada Estática: essa técnica foi desenvolvida para permitir a divisão da memó- ria em partes menores; essas partes têm partes fixas (estáticas) e são comumente chamadas de partições� O tamanho de cada uma dessas partes que foi criada por essa técnica era determinado no momento de inicialização dos sistemas opera- cionais, e a porção de cada parte da memória que seria designada para cada programa era determi- nada tendo como base os programas que seriam executados no ambiente computacional� Toda vez que alguma mudança no tamanho dessas partes fosse imprescindível para o correto funcionamen- to do sistema, um novo processo de inicialização era executado, gerando assim uma configuração nova e mais adequada às necessidades do usuário naquele momento. A figura abaixo torna a visuali- zação mais fácil, pois conseguimos verificar todo o processo que a alocação particionada estática realiza dentro da memória: 14 Memória PrincipalMemória de partições Programas a serem executados: Sistema Operacional Partição 1 Partição 2 Partição 3 5 Kb 2 Kb 8 Kb 3 Kb 6 Kb 1 Kb 4 Kb 2 Kb E D C B A Partição Tamanho 2 Kb 5 Kb 8 Kb 1 2 3 Figura 6: Exemplo de alocação particionada estática. Esse processo possui ainda outra variação, que é deno- minada de alocação particionada estática absoluta. O nome dessa técnica advém do fato de que nela os pro- gramas só poderiam ser carregados e ter sua execução posterior realizada em uma única partição específica, isso sem levar em consideração o fato de outras partes da memória estarem, eventualmente, livre. Quando um código absoluto é gerado, as referências dos endere- çamentos dos programas mostram posições físicas dentro da memória principal, e a consequência desse apontamento é que o programa só consegue ser exe- cutado na posição que lhe foi designada anteriormente� Por apresentar algumas desvantagens, esse modo de particionamento teve uma evolução que foi cha- mada de alocação particionada estática relocável. Como podemos perceber só pelo nome, nesse tipo de alocação as partes das referências dos endereça- mentos do programa têm ligação com a inicialização do código – e não mais a endereços físicos da me- 15 mória – e, com isso, os programas conseguem ter sua execução feita em qualquer partição da memória e não mais em um lugar fixo e estático. ● Alocação Particionada Dinâmica: A técnica de parti- ção estática apresentava, como principal entrave para sua utilização, o fato de apresentar fragmentação inter- na e essa fragmentação acontecida porque a alocação do espaço era estática. Por isso, os programadores começaram a estudar formas de corrigir esse proble- ma e surgiu, então, a alocação particionada dinâmica, que tinha como princípio dizimar a alocação estática na memória� A técnica da alocação dinâmica tem o princípio de fazer com que cada programa possa utilizar livremente seu espaço na memória, criando assim sua própria partição na memória. Simples, não é? A figura abaixo nos mostra claramente esse processo da forma como ele é executado pelo sistema operacional; a seta do meio indica a relocação do programa: Memória Principal Sistema Operacional 4 Kb 3 Kb 5 Kb Memória Principal Sistema Operacional Programa A 8 Kb 8 Kb Programa C Programa A Figura 7: Alocação particionada dinâmica� 16 Entretanto, esse tipo de alocação também apresenta desafios, que não são tão preocupantes como o da alocação estática, mas que preocupam os progra- madores e desenvolvedores, que é o fato de causar fragmentação externa� Isso ocorre porque quando os programas são executados na memória principal terminam sua execução deixando espaços vagos na memória e esses espaços são menores do que seria preciso para que fossem carregados� Isso faz com que mesmo que existam espaços vagos na memó- ria o sistema operacional não tem como fornecer espaços para a execução de novos processos; esse problema causa perda de memória também, embora em grau menor do que nos outros tipos estudados anteriormente� A imagem a baixo demonstra essa situação, em que o processo não consegue ser exe- cutado por falta de espaço, devido à fragmentação: Criação Processo 120k 320 K 128 K 96 K 288 K 64 K SO Processo 1 Processo 4 Processo 3 Figura 8: Fragmentação externa� 17 Para tentar resolver o problema da fragmentação externa, foram desenvolvidas duas alternativas: a primeira cria a solução de contorno, quefaz com que, na medida em que os programas vão sendo encerrados, os espaços adjacentes que estão entre eles possam ser novamente uma unidade� A outra solução disponível é a compactação dos programas que estão sendo executados lado a lado, juntando, dessa forma, os espaços que porventura estejam vagos na memória; essa técnica é chamada de re- locação dinâmica� O problema dessa técnica é que necessita de um algoritmo bastante complexo para sua correta execução, e isso faz com que o siste- ma precise demandar vários recursos, por exemplo, uso maior de processador e área de disco rígido – o que, em muitos casos, ocasiona a inviabilidade do processo� Estratégias de alocação e partição Foram desenvolvidas basicamente três técnicas ou estratégias para que o sistema operacional consiga realizar o gerenciamento da memória principal de forma mais otimizada possível� O propósito dessas estratégias é eliminar ou mitigar a fragmentação externa, que, como estudamos há pouco, pode fa- zer com que certas partes da memória não sejam usadas. Para que essa técnica tenha êxito, é preciso levar em consideração o tamanho do programa a ser executado� Vamos conhecer essas estratégias? ● Best Fit: Essa estratégia ficou conhecida por ser a forma que promove a melhor alocação, procurando 18 pedir da memória principal o menor espaço disponí- vel e que tenha somente o tamanho do programa que irá executar. Assim promove a melhoria da memória e elimina a perda de espaços desnecessários. Isso é feito por meio da criação de um algoritmo que faz com que as áreas da memória sejam classificadas de acordo com o tamanho disponível e isso diminui, consideravelmente, o tempo de resposta do sistema para encontrar uma área de memória disponível. A desvantagem é que esse algoritmo, apesar de eficien- te, também ocasiona fragmentação. Vamos observar essa técnica na figura abaixo que mostra a fragmen- tação causada por essa técnica: Memória Principal (a ) B es t-f it Sistema Operacional 4 Kb 5 Kb 1 Kb 2 Kb 3 Kb Sistema Operacional Programa A Programa C Programa F Área Livre Programa C Programa A F Figura 9: Técnica Best Fit� ● Worst Fit: Nessa técnica é selecionado o maior espaço na memória principal que esteja disponível 19 no momento. Essa estratégia faz com que espaços maiores na memória fiquem livres para que possam ser utilizados para a execução de outros programas, diminuindo consideravelmente, a fragmentação. Observe na figura abaixo como as áreas de fragmen- tação são menores nessa técnica: 1 Kb F Memória Principal (b) Worst-fit Sistema Operacional 4 Kb 5 Kb 4 Kb 3 Kb Sistema Operacional Programa C Programa A Programa C Programa A Programa F Área livre Figura 10: Técnica Worst Fit� ● First Fit: Como podemos entender fazendo uma simples tradução, nessa estratégia é selecionado o primeiro espaço na memória que esteja livre� Claro que a técnica leva em consideração o tamanho ne- cessário para a correta execução do programa. Com essa estratégia, temos a utilização de recursos do sistema menor, pois seu algoritmo classifica as áreas da memória disponível, de acordo com o tamanho de cada uma, isso gera rapidez no sistema quando procura uma área para alocação de um programa. 20 Podemos visualizar a forma de funcionamento dessa técnica na figura a seguir: 1 Kb F Memória Principal (c) First-fit Sistema Operacional 4 Kb 5 Kb 3 Kb 3 Kb Sistema Operacional Programa A Programa C Programa A Programa C Área livre Programa F Figura 11: Técnica First Fit� SAIBA MAIS Vamos entender como é feito o particionamento de memória na prática? O vídeo abaixo mostra o passo a passo: Link Techmundo� Swapping Pensando em uma forma de solucionar os entra- ves que as técnicas de partição de memória não conseguiram – como o fato de o gerenciamento de memória que os sistemas multiprogramáveis apre- sentam não conseguiam executar alguns programas 21 https://www.tecmundo.com.br/particao/869-como-criar-particoes-no-hd.htm por falta de memória, embora esses sistemas tives- sem memória disponível, ou seja, o problema era o gerenciamento ruim – surgiu o swapping. Observe a área de swapping na figura abaixo: Swap out Arquivo de swapping Processo B Memória Principal Sw ap in Processo F Processo A Processo B Processo C Processo E Processo D Processo A Processo F Processo C Processo B Processo D Figura 12: Processo de swapping. Fonte: Blog Memória Virtual� O swapping tem como meta a utilização do espaço no disco rígido, como se fosse memória virtual. Para que essa técnica consiga ser executada, o sistema designa o processo residente (que é um programa que faz parte da memória principal), que é deslo- cado para ser executado na memória secundária (memória virtual/disco rígido). Esse processo de tro- ca de lugares onde os processos serão executados 22 http://memoriavirtualunisc.blogspot.com/p/swapping-em-memoria-virtual.html http://memoriavirtualunisc.blogspot.com/p/swapping-em-memoria-virtual.html é denominado swap-out. Logo após a execução, o processo faz o caminho contrário, ou seja, do disco rígido para a memória principal. Esse processo é chamado de swap-in. Para conseguir realizar essa tarefa de realocação de processos com êxito, o sis- tema consegue saber quais são os programas que são menos utilizados, dessa forma, são evitados swappings que não sejam necessários. Assim, fica claro que a técnica swapping consegue realizar um compartilhamento de memória principal (RAM) superior e a otimização dos recursos dispo- níveis no sistema computacional� Vamos entender o swap-in e swap-out na figura a seguir: main memory backing store user space operating system Visão Esquemática de Swapping process P1swap out process P2 1 swap in2 Figura 13: Técnica de swapping com enfoque no swap-in e swap-out. 23 Entretanto, tal qual acontece nas outras técnicas, o swapping também apresenta problemas, como o fato de executar muitas operações de entrada e saída� Essas operações apresentam velocidades de acesso de leitura bastante distintas entre si (isso tendo como parâmetro o uso da memória principal e secundária). Nesse cenário, precisamos levar em consideração que, quanto mais usamos a memória virtual, maior será o abalo que o sistema operacional irá sofrer e isso prejudicará o desempenho do sistema. Essa situ- ação pode fazer com que o sistema operacional não realize algumas tarefas. Esse problema é chamado de trashing. Podemos observar na figura abaixo a taxa de utilização do processador, quando ocorre o trashing: Taxa de utilização do processador Thrashing Número de processos ativos Figura 14: Trashing� Fonte: https://www.inf.pucrs. br/~emoreno/undergraduate/SI/orgarq/class_files/Aula15.pdf� 24 https://www.inf.pucrs.br/~emoreno/undergraduate/SI/orgarq/class_files/Aula15.pdf https://www.inf.pucrs.br/~emoreno/undergraduate/SI/orgarq/class_files/Aula15.pdf SAIBA MAIS Vamos entender melhor a técnica swapping? Leia o artigo abaixo para aumentar, ainda mais, seus conhecimentos sobre essa técnica de gerencia- mento de memória: https://www.inf.pucrs.br/~emoreno/undergraduate/ SI/orgarq/class_files/Aula15.pdf Acesse o Podcast 2 em Módulos 25 https://www.inf.pucrs.br/~emoreno/undergraduate/SI/orgarq/class_files/Aula15.pdf https://www.inf.pucrs.br/~emoreno/undergraduate/SI/orgarq/class_files/Aula15.pdf CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste capítulo, conseguimos aprofundar nossos conhecimentos sobre gerenciamento de memória e pudemos perceber que escolher a técnica certa para fazer a gestão da memória pode ser vital para o sucesso e desempenho do sistema operacional, pois, a memória é um recurso com valor bastante alto e, por isso mesmo, torna-se um recurso escas- so na imensa maioria dos sistemas operacionais� Também pudemos conhecer as principais técnicas para fazer a gestão da memória; conseguimos enten- der as vantagens e desvantagens de cada técnica e, dessa forma, aumentamosnossa probabilidade de sucesso na escolha da técnica mais apropriada para gerenciar o nosso sistema operacional� 26 SÍNTESE Estratégias de alocação e partição e suas variações: best fit, worst fit e first fit Alocação particionada e suas derivações como alocação particionada estática, alocação particionada dinâmica, conceitos de fragmentação Alocação contígua simples Aprendemos sobre o gerenciamento de memória Estudamos a técnica de overlay Estudamos o conceito de swapping e saber para que serve Diferenças entre memória principal e memória secundária O conceito de memória dentro de um computador, conhecendo as principais funções da memória Nesse terceiro e-book falamos sobre algo muito importante dentro dos sistemas operacionais: o gerenciamento de memória. Um recurso de alto custo e, por isso mesmo, extremamente importante dentro de um sistema computacional. Abordamos nesse e-book: SISTEMAS OPERACIONAIS Referências Bibliográficas & Consultadas BITTENCOURT, P. H. M. Ambientes operacionais. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. [Minha Biblioteca] BONIATI, B.; PREUSS, E.; FRANCISCATTO, R. Introdução à informática. Santa Maria, RS: Colégio Agrícola de Frederico Westphalen, 2014. Disponível em https://www.ufsm.br/unidades- -universitarias/ctism/cte/wp-content/uploads/ sites/413/2018/12/02_introducao_informatica.pdf� Acesso em: 23 out. 2019. CÓRDOVA JUNIOR, R. S.; LEDUR, C. L.; MORAIS, I. S.; Sistemas operacionais. Porto Alegre: SAGAH, 2018. [Minha Biblioteca] COULOURIS, G.; DOLLIMORE, J.; KINDBERG, T.; BLAIR, G.; Sistemas distribuídos conceitos e pro- jetos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. [Minha Biblioteca] MACHADO, F. B.; MAIA, L. P. Arquitetura de siste- mas operacionais. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. [Minha Biblioteca] https://www.ufsm.br/unidades-universitarias/ctism/cte/wp-content/uploads/sites/413/2018/12/02_introducao_informatica.pdf https://www.ufsm.br/unidades-universitarias/ctism/cte/wp-content/uploads/sites/413/2018/12/02_introducao_informatica.pdf https://www.ufsm.br/unidades-universitarias/ctism/cte/wp-content/uploads/sites/413/2018/12/02_introducao_informatica.pdf MACHADO, F. B.; MAIA, L. P. Fundamentos de sistemas operacionais. Rio de Janeiro: LTC, 2011. [Minha Biblioteca] OLIVEIRA, R. S.; CARISSIMI, A. da S.; TOSCANI, S� S� Sistemas operacionais� 4� ed� Porto Alegre: Bookman: Instituto de Informática da UFRGS, 2010. [Minha Biblioteca] SILBERSCHATZ, A.; GALVIN, P. B.; GAGNE, G. Fundamentos de sistemas operacionais: princí- pios básicos. Rio de Janeiro: LTC, 2013. [Minha Biblioteca] TANEMBAUM, A. S.; BOS, H. Sistemas Operacionais Modernos� 4� ed� São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016. [Biblioteca Virtual] VELLOSO, F. C. Informática: conceitos básicos. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. Introdução Entendendo a Memória Função da memória Gerenciando a memória Alocação contígua simples Overlay Considerações finais SÍNTESE
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