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SISTEMAS 
OPERACIONAIS
Andréa Martins
E-book 3
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO ����������������������������������������������������������� 3
ENTENDENDO A MEMÓRIA ���������������������������������4
Função da memória ������������������������������������������������������������������4
Gerenciando a memória �����������������������������������������������������������9
Alocação contígua simples ����������������������������������������������������10
Overlay �������������������������������������������������������������������������������������11
CONSIDERAÇÕES FINAIS �����������������������������������26
SÍNTESE ��������������������������������������������������������������������27
2
INTRODUÇÃO
Continuamos na nossa jornada em busca do aprimo-
ramento profissional e acadêmico, e neste e-book 
daremos mais um passo importante em direção às 
nossas metas: aprenderemos sobre o gerenciamento 
de memória e também sobre o gerenciamento de 
arquivos�
Destacaremos pontos importantes sobre tópicos 
ligados a esse assunto que são fundamentais para 
a aprendizagem dos sistemas operacionais�
Vamos começar?
3
ENTENDENDO A MEMÓRIA
A memória que existe dentro dos sistemas opera-
cionais era conhecida por ser um recurso com valor 
elevado e, por esse motivo, sua escassez era a con-
sequência. Essa realidade está mudando atualmente, 
pois a memória principal teve evoluções significati-
vas que resultaram no aumento de performance e 
diminuição dos custos� Hoje a otimização do uso 
da memória é fundamental para quem quer ter um 
sistema operacional eficiente. Vamos conhecer téc-
nicas para melhorar o desempenho dessa parte tão 
importante?
Função da memória
De forma geral, podemos dizer que a função da me-
mória principal de um sistema operacional é alocar 
os programas que estão em execução, pois foram 
acionados pelo usuário e também os programas que 
são necessários para o correto funcionamento do 
sistema. Sendo assim, os processos computacionais 
que estão ‘rodando’ dentro do sistema operacional 
ficam alocados nessa memória. Essa alocação é 
temporária. Algumas das características da memória 
principal são:
 ● É relativamente cara e, por isso mesmo, escassa
 ● Todos os programas que executamos só conse-
guem funcionar se estiverem sendo executados pela 
memória principal
4
 ● O compartilhamento do processador tende a 
melhorar se tivermos mais processos na memória 
principal
 ● Memórias necessitam de uso otimizado
 ● O uso do sistema operacional não pode ocupar 
muito espaço na memória
 ● Fazer a gestão correta do uso da memória é um 
item de extrema importância aos projetos relativos 
a sistemas operacionais�
A figura abaixo mostra como os programas e o siste-
ma operacional precisam utilizar a memória principal 
para funcionar:
Memória Principal
Endereço inicial
Endereço final
Sistema Operacional
Figura 1: Uso da memória Principal�
5
Dentro dos sistemas operacionais que conhecemos, 
geralmente os programas têm seu armazenamento 
realizado pela memória secundária. Essa maneira 
de gerenciar a memória faz com que os programas 
estejam sempre disponíveis, quando precisam ser 
acessados pelo usuário. Como estudamos ante-
riormente, entendemos como memória secundária 
equipamentos como pendrives, CDs e DVDs, discos 
rígidos, entre vários outros equipamentos de entrada 
e saída. Com a evolução da tecnologia, esses equi-
pamentos de entrada e saída têm sua capacidade 
de armazenamento cada vez maior, e outra vanta-
gem é o preço bastante acessível, especialmente 
se compararmos o valor desses equipamentos com 
o preço da memória principal. Além disso, quando 
usamos esses equipamentos para armazenar dados, 
sabemos que eles não serão apagados quando o 
computador for desligado�
Mas temos de destacar um ponto importante, quando 
falamos sobre equipamentos de memória de entrada 
e saída: os programas de um sistema operacional 
só funcionam com as instruções que estiverem na 
memória principal; por isso, não podemos esquecer 
que, para que o computador seja capaz de ler os 
arquivos dos dispositivos de entrada e saída, é ne-
cessário que esse dispositivo esteja conectado ao 
computador ou que o usuário transfira os arquivos 
para a máquina.
6
Some-se a essa condição o fato de que o tempo para 
acesso nas memórias secundárias é significativa-
mente maior do que quando acessamos a memória 
principal, pois o sistema sempre tenta fazer a redu-
ção do número de operações de dispositivos de E/S, 
fazendo com que a maior parte dos programas fique 
mesmo na memória principal, pois assim a memória 
evita problemas de sistema�
Acesse o Podcast 1 em Módulos
SAIBA MAIS
Vamos entender um pouco mais sobre memória 
operacional? Assista ao vídeo:
Link do vídeo�
A realidade dentro dos sistemas de informação nem 
sempre é fácil: muitas vezes, o sistema não tem es-
paço para executar mais tarefas, mas, mesmo assim, 
o sistema tem que prover a necessidade do usuá-
rio, executando os sistemas normalmente. Você faz 
ideia de como isso é possível? Muito simples� Isso 
acontece porque o sistema operacional é capaz de 
realizar a transferência dos programas da memória 
principal para a memória secundária, criando assim 
espaço para a execução de todas as atividades que 
o usuário precisa executar para a realização das ta-
refas diárias. Isso é chamado de swapping.
7
https://www.youtube.com/watch?v=FJCpy7ZNOqs
A figura a seguir nos mostra o processo de swapping:
Memória Principal
Swapping
B Swapping out
Memória Principal
Sistema 
Operacional
Programa A
Programa B
Programa E
Programa G
Sistema 
Operacional
Programa A
Programa H
Programa E
Área Livre
B
Figura 2: Swapping na memória principal. Fonte: Blog 
Fundamentos Sistemas Operacionais�
Mas a memória também pode apresentar outros ti-
pos de problemas para sua correta administração: a 
memória permite que o sistema operacional execute 
programas maiores do que a memória que esteja 
disponível e para solucionar esse problema usa o 
overlay e a memória virtual�
FIQUE ATENTO
Overlay significa sobreposição e, quando dizemos 
overlay em memória, queremos dizer que podemos 
permitir que programas maiores que a memória 
principal sejam utilizados, pois faremos um overlay 
(sobreposição) com a memória virtual�
8
http://fundamentossistemasoperacionais.blogspot.com/p/swapping.html
Vamos analisar o processo de overlay de memória, 
na figura abaixo? Observe os programas que estão 
sendo executados e que precisam utilizar o overlay 
para conseguir rodar o programa:
Memória Principal
Técnica de Overlay
Sistema 
Operacional
Módulo principal
Área de overlay
Área Livre
Cadastramento
4 Kb
4 Kb
2 Kb
2 Kb
1 Kb
3 Kb
2 Kb
Impressão
Área não 
utilizada
Figura 3: Técnica de overlay na memória principal�
Gerenciando a memória
O gerenciamento efetivo da memória é fundamental 
para que o sistema operacional consiga ser eficiente. 
E esse gerenciamento é essencial em ambientes 
multiprogramáveis, pois a partir dele serão sanadas 
todas as necessidades do usuário, dentro do tempo 
previsto e tudo isso sem o comprometimento do 
desempenho desejado, garantindo a segurança do 
sistema e permitindo que o sistema execute o corre-
to compartilhamento de recursos. E, para que esse 
gerenciamento seja eficiente, foram desenvolvidas 
algumas técnicas específicas para o gerenciamento 
da memória. Vamos conhecê-las?
9
Alocação contígua simples
A alocação contígua simples foi muito usada nos 
primórdios dos sistemas operacionais, mas esse tipo 
de alocação ainda pode ser encontrada nos dias e 
hoje em sistemas monoprogramáveis. A técnica é 
simples: ela particiona a memória principal em duas 
áreas: a área do sistema operacional e a área do 
usuário. Quando usamos essa técnica de gerencia-
mento, o usuário do sistema não consegue usar uma 
área de memória maior do que a que está disponível.
Essa técnica também apresenta alguns problemas, 
como o fato de o sistema operacional do usuário 
conseguir acesso à área do sistema operacional, 
e isso causa umasérie de problemas, pois o usu-
ário do sistema consegue controlar a memória; 
e isso faz com que ele possa ter acesso a todas 
as posições dentro do sistema operacional. Esse 
problema consegue ser solucionado com o uso de 
registradores, que conseguem limitar as áreas que 
o usuário pode acessar.
A figura abaixo nos exemplifica essa técnica, mos-
trando a alocação contígua simples que usa regis-
tradores para controle de acesso:
10
Memória Principal Memória Principal
Sistema 
Operacional
Programa do 
usuário
Área Livre
Sistema 
Operacional
Área para 
programa
Registrador
Figura 4: Alocação contígua simples com o uso de 
registradores�
SAIBA MAIS
Vamos entender um pouco mais sobre o geren-
ciamento de memória? O vídeo abaixo traz dicas 
importantes sobre o assunto. Acesse e confira:
Link do vídeo�
Overlay
A técnica que denominamos overlay tem como obje-
tivo a resolução da maior parte (não totalmente) do 
grande problema ocasionado pela perda de espaço 
de memória que a técnica de alocação contígua cau-
sa. Para conseguir driblar essa situação, a técnica 
de sobreposição – overlay – executa o comparti-
lhamento das áreas da memória que se encontram 
11
https://www.youtube.com/watch?v=Q2yRR1SmdK4
livres, e isso é feito por meio do uso de programas 
independentes, que fazem com que só fique na me-
mória principal o módulo principal do programa que 
está sendo executado pelo usuário.
Vamos imaginar a seguinte situação: um programa 
qualquer que tem sua composição com três módulos, 
sendo eles: o módulo principal, o módulo de cadas-
tramento de cobrança de clientes, e o modo de im-
pressão. Nesse exemplo, os módulos referentes aos 
clientes (cadastramento de cobrança e impressão) 
são totalmente independentes entre si� Se observar-
mos essa situação, iremos concluir que, enquanto o 
módulo de cadastramento de cobrança de clientes 
está sendo executado, o módulo de impressão não 
precisa estar em plena execução também, pois, como 
falamos anteriormente, trata-se de módulos inde-
pendentes; então, esses dois módulos não precisam 
ficar o tempo todo alocados na memória principal. 
Isso já não ocorre com o módulo principal, que, por 
fazer parte da composição dos dois outros módulos, 
precisa ficar constantemente alocado na memória 
principal� Se utilizarmos a sobreposição ou overlay 
nesse cenário, poderemos utilizar a mesma parte 
da memória para rodar os dois programas e isso 
otimizará o funcionamento da memória principal. A 
figura abaixo demonstra essa situação:
12
Memória Principal
Sistema 
Operacional
Módulo principal
Área de overlay
Área Livre
Cadastramento
4 Kb
4 Kb
2 Kb
2 Kb
1 Kb
3 Kb
2 Kb
Impressão
Área não 
utilizada
Figura 5: Técnica de overlay�
Alocação Particionada
Ao longo do tempo, a modernização dos sistemas 
operacionais – que passaram de monoprogramáveis 
para multiprogramáveis – criou uma necessidade: a 
de que pudéssemos fazer o aproveitamento de todos 
os recursos disponíveis no sistema de forma mais 
otimizada. Dois desses desafios tinham destaque: 
fazer com que o processador trabalhasse de forma 
mais eficiente e permitir que a maior quantidade 
possível de programas pudesse estar na memória� 
Esses problemas eram grandes desafios para os 
programadores e desenvolvedores de sistema, pois 
como estudamos, a memória é um recurso caro e 
escasso – e a necessidade de utilizar o máximo pos-
sível dessa tecnologia era uma necessidade urgente�
13
A partir desse cenário, algumas técnicas foram cria-
das com sucesso. Vamos conhecê-las?
 ● Alocação Particionada Estática: essa técnica 
foi desenvolvida para permitir a divisão da memó-
ria em partes menores; essas partes têm partes 
fixas (estáticas) e são comumente chamadas de 
partições� O tamanho de cada uma dessas partes 
que foi criada por essa técnica era determinado 
no momento de inicialização dos sistemas opera-
cionais, e a porção de cada parte da memória que 
seria designada para cada programa era determi-
nada tendo como base os programas que seriam 
executados no ambiente computacional� Toda vez 
que alguma mudança no tamanho dessas partes 
fosse imprescindível para o correto funcionamen-
to do sistema, um novo processo de inicialização 
era executado, gerando assim uma configuração 
nova e mais adequada às necessidades do usuário 
naquele momento. A figura abaixo torna a visuali-
zação mais fácil, pois conseguimos verificar todo 
o processo que a alocação particionada estática 
realiza dentro da memória:
14
Memória PrincipalMemória de partições
Programas a serem executados:
Sistema 
Operacional
Partição 1
Partição 2
Partição 3
5 Kb
2 Kb
8 Kb
3 Kb 6 Kb 1 Kb 4 Kb 2 Kb
E D C B A
Partição Tamanho
2 Kb
5 Kb
8 Kb
1
2
3
Figura 6: Exemplo de alocação particionada estática.
Esse processo possui ainda outra variação, que é deno-
minada de alocação particionada estática absoluta. O 
nome dessa técnica advém do fato de que nela os pro-
gramas só poderiam ser carregados e ter sua execução 
posterior realizada em uma única partição específica, 
isso sem levar em consideração o fato de outras partes 
da memória estarem, eventualmente, livre. Quando um 
código absoluto é gerado, as referências dos endere-
çamentos dos programas mostram posições físicas 
dentro da memória principal, e a consequência desse 
apontamento é que o programa só consegue ser exe-
cutado na posição que lhe foi designada anteriormente�
Por apresentar algumas desvantagens, esse modo 
de particionamento teve uma evolução que foi cha-
mada de alocação particionada estática relocável. 
Como podemos perceber só pelo nome, nesse tipo 
de alocação as partes das referências dos endereça-
mentos do programa têm ligação com a inicialização 
do código – e não mais a endereços físicos da me-
15
mória – e, com isso, os programas conseguem ter 
sua execução feita em qualquer partição da memória 
e não mais em um lugar fixo e estático.
 ● Alocação Particionada Dinâmica: A técnica de parti-
ção estática apresentava, como principal entrave para 
sua utilização, o fato de apresentar fragmentação inter-
na e essa fragmentação acontecida porque a alocação 
do espaço era estática. Por isso, os programadores 
começaram a estudar formas de corrigir esse proble-
ma e surgiu, então, a alocação particionada dinâmica, 
que tinha como princípio dizimar a alocação estática 
na memória� A técnica da alocação dinâmica tem o 
princípio de fazer com que cada programa possa utilizar 
livremente seu espaço na memória, criando assim sua 
própria partição na memória. Simples, não é? A figura 
abaixo nos mostra claramente esse processo da forma 
como ele é executado pelo sistema operacional; a seta 
do meio indica a relocação do programa:
Memória Principal
Sistema 
Operacional
4 Kb
3 Kb
5 Kb
Memória Principal
Sistema 
Operacional
Programa A
8 Kb
8 Kb
Programa C
Programa A
Figura 7: Alocação particionada dinâmica�
16
Entretanto, esse tipo de alocação também apresenta 
desafios, que não são tão preocupantes como o da 
alocação estática, mas que preocupam os progra-
madores e desenvolvedores, que é o fato de causar 
fragmentação externa� Isso ocorre porque quando 
os programas são executados na memória principal 
terminam sua execução deixando espaços vagos na 
memória e esses espaços são menores do que seria 
preciso para que fossem carregados� Isso faz com 
que mesmo que existam espaços vagos na memó-
ria o sistema operacional não tem como fornecer 
espaços para a execução de novos processos; esse 
problema causa perda de memória também, embora 
em grau menor do que nos outros tipos estudados 
anteriormente� A imagem a baixo demonstra essa 
situação, em que o processo não consegue ser exe-
cutado por falta de espaço, devido à fragmentação:
Criação 
Processo 120k
320 K
128 K
96 K
288 K
64 K
SO
Processo 1
Processo 4
Processo 3
Figura 8: Fragmentação externa�
17
Para tentar resolver o problema da fragmentação 
externa, foram desenvolvidas duas alternativas: a 
primeira cria a solução de contorno, quefaz com 
que, na medida em que os programas vão sendo 
encerrados, os espaços adjacentes que estão entre 
eles possam ser novamente uma unidade� A outra 
solução disponível é a compactação dos programas 
que estão sendo executados lado a lado, juntando, 
dessa forma, os espaços que porventura estejam 
vagos na memória; essa técnica é chamada de re-
locação dinâmica� O problema dessa técnica é que 
necessita de um algoritmo bastante complexo para 
sua correta execução, e isso faz com que o siste-
ma precise demandar vários recursos, por exemplo, 
uso maior de processador e área de disco rígido – o 
que, em muitos casos, ocasiona a inviabilidade do 
processo�
Estratégias de alocação e partição
Foram desenvolvidas basicamente três técnicas ou 
estratégias para que o sistema operacional consiga 
realizar o gerenciamento da memória principal de 
forma mais otimizada possível� O propósito dessas 
estratégias é eliminar ou mitigar a fragmentação 
externa, que, como estudamos há pouco, pode fa-
zer com que certas partes da memória não sejam 
usadas. Para que essa técnica tenha êxito, é preciso 
levar em consideração o tamanho do programa a 
ser executado� Vamos conhecer essas estratégias?
 ● Best Fit: Essa estratégia ficou conhecida por ser a 
forma que promove a melhor alocação, procurando 
18
pedir da memória principal o menor espaço disponí-
vel e que tenha somente o tamanho do programa que 
irá executar. Assim promove a melhoria da memória 
e elimina a perda de espaços desnecessários. Isso 
é feito por meio da criação de um algoritmo que faz 
com que as áreas da memória sejam classificadas 
de acordo com o tamanho disponível e isso diminui, 
consideravelmente, o tempo de resposta do sistema 
para encontrar uma área de memória disponível. A 
desvantagem é que esse algoritmo, apesar de eficien-
te, também ocasiona fragmentação. Vamos observar 
essa técnica na figura abaixo que mostra a fragmen-
tação causada por essa técnica:
Memória Principal
(a
) B
es
t-f
it
Sistema 
Operacional
4 Kb
5 Kb
1 Kb
2 Kb
3 Kb
Sistema 
Operacional
Programa A
Programa C
Programa F
Área Livre
Programa C
Programa A
F
Figura 9: Técnica Best Fit�
 ● Worst Fit: Nessa técnica é selecionado o maior 
espaço na memória principal que esteja disponível 
19
no momento. Essa estratégia faz com que espaços 
maiores na memória fiquem livres para que possam 
ser utilizados para a execução de outros programas, 
diminuindo consideravelmente, a fragmentação. 
Observe na figura abaixo como as áreas de fragmen-
tação são menores nessa técnica:
1 Kb
F
Memória Principal
(b) Worst-fit
Sistema 
Operacional
4 Kb
5 Kb
4 Kb
3 Kb
Sistema 
Operacional
Programa C
Programa A
Programa C
Programa A
Programa F
Área livre
Figura 10: Técnica Worst Fit�
 ● First Fit: Como podemos entender fazendo uma 
simples tradução, nessa estratégia é selecionado o 
primeiro espaço na memória que esteja livre� Claro 
que a técnica leva em consideração o tamanho ne-
cessário para a correta execução do programa. Com 
essa estratégia, temos a utilização de recursos do 
sistema menor, pois seu algoritmo classifica as áreas 
da memória disponível, de acordo com o tamanho 
de cada uma, isso gera rapidez no sistema quando 
procura uma área para alocação de um programa. 
20
Podemos visualizar a forma de funcionamento dessa 
técnica na figura a seguir:
1 Kb
F
Memória Principal
(c) First-fit
Sistema 
Operacional
4 Kb
5 Kb
3 Kb
3 Kb
Sistema 
Operacional
Programa A
Programa C
Programa A
Programa C
Área livre
Programa F
Figura 11: Técnica First Fit�
SAIBA MAIS
Vamos entender como é feito o particionamento 
de memória na prática? O vídeo abaixo mostra o 
passo a passo:
Link Techmundo�
Swapping
Pensando em uma forma de solucionar os entra-
ves que as técnicas de partição de memória não 
conseguiram – como o fato de o gerenciamento de 
memória que os sistemas multiprogramáveis apre-
sentam não conseguiam executar alguns programas 
21
https://www.tecmundo.com.br/particao/869-como-criar-particoes-no-hd.htm
por falta de memória, embora esses sistemas tives-
sem memória disponível, ou seja, o problema era o 
gerenciamento ruim – surgiu o swapping. Observe 
a área de swapping na figura abaixo:
Swap out
Arquivo de 
swapping
Processo B
Memória Principal
Sw
ap
 in
Processo 
F
Processo A
Processo B
Processo C
Processo E
Processo D
Processo A
Processo F
Processo C
Processo B
Processo D
Figura 12: Processo de swapping. Fonte: Blog Memória 
Virtual�
O swapping tem como meta a utilização do espaço 
no disco rígido, como se fosse memória virtual. Para 
que essa técnica consiga ser executada, o sistema 
designa o processo residente (que é um programa 
que faz parte da memória principal), que é deslo-
cado para ser executado na memória secundária 
(memória virtual/disco rígido). Esse processo de tro-
ca de lugares onde os processos serão executados 
22
http://memoriavirtualunisc.blogspot.com/p/swapping-em-memoria-virtual.html
http://memoriavirtualunisc.blogspot.com/p/swapping-em-memoria-virtual.html
é denominado swap-out. Logo após a execução, o 
processo faz o caminho contrário, ou seja, do disco 
rígido para a memória principal. Esse processo é 
chamado de swap-in. Para conseguir realizar essa 
tarefa de realocação de processos com êxito, o sis-
tema consegue saber quais são os programas que 
são menos utilizados, dessa forma, são evitados 
swappings que não sejam necessários.
Assim, fica claro que a técnica swapping consegue 
realizar um compartilhamento de memória principal 
(RAM) superior e a otimização dos recursos dispo-
níveis no sistema computacional� Vamos entender 
o swap-in e swap-out na figura a seguir:
main memory backing store
user space
operating 
system
Visão Esquemática de Swapping
process
P1swap 
out
process
P2
1
swap 
in2
Figura 13: Técnica de swapping com enfoque no swap-in 
e swap-out.
23
Entretanto, tal qual acontece nas outras técnicas, o 
swapping também apresenta problemas, como o fato 
de executar muitas operações de entrada e saída� 
Essas operações apresentam velocidades de acesso 
de leitura bastante distintas entre si (isso tendo como 
parâmetro o uso da memória principal e secundária). 
Nesse cenário, precisamos levar em consideração 
que, quanto mais usamos a memória virtual, maior 
será o abalo que o sistema operacional irá sofrer e 
isso prejudicará o desempenho do sistema. Essa situ-
ação pode fazer com que o sistema operacional não 
realize algumas tarefas. Esse problema é chamado de 
trashing. Podemos observar na figura abaixo a taxa de 
utilização do processador, quando ocorre o trashing:
Taxa de utilização do processador
Thrashing
Número de processos ativos
Figura 14: Trashing� Fonte: https://www.inf.pucrs.
br/~emoreno/undergraduate/SI/orgarq/class_files/Aula15.pdf�
24
https://www.inf.pucrs.br/~emoreno/undergraduate/SI/orgarq/class_files/Aula15.pdf
https://www.inf.pucrs.br/~emoreno/undergraduate/SI/orgarq/class_files/Aula15.pdf
SAIBA MAIS
Vamos entender melhor a técnica swapping? Leia 
o artigo abaixo para aumentar, ainda mais, seus 
conhecimentos sobre essa técnica de gerencia-
mento de memória:
https://www.inf.pucrs.br/~emoreno/undergraduate/
SI/orgarq/class_files/Aula15.pdf
Acesse o Podcast 2 em Módulos
25
https://www.inf.pucrs.br/~emoreno/undergraduate/SI/orgarq/class_files/Aula15.pdf
https://www.inf.pucrs.br/~emoreno/undergraduate/SI/orgarq/class_files/Aula15.pdf
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste capítulo, conseguimos aprofundar nossos 
conhecimentos sobre gerenciamento de memória 
e pudemos perceber que escolher a técnica certa 
para fazer a gestão da memória pode ser vital para 
o sucesso e desempenho do sistema operacional, 
pois, a memória é um recurso com valor bastante 
alto e, por isso mesmo, torna-se um recurso escas-
so na imensa maioria dos sistemas operacionais� 
Também pudemos conhecer as principais técnicas 
para fazer a gestão da memória; conseguimos enten-
der as vantagens e desvantagens de cada técnica e, 
dessa forma, aumentamosnossa probabilidade de 
sucesso na escolha da técnica mais apropriada para 
gerenciar o nosso sistema operacional�
26
SÍNTESE
Estratégias de alocação e partição e suas 
variações: best fit, worst fit e first fit
Alocação particionada e suas derivações como 
alocação particionada estática, alocação
particionada dinâmica, conceitos de
fragmentação
Alocação contígua simples
Aprendemos sobre o gerenciamento de memória
Estudamos a técnica de overlay 
Estudamos o conceito de swapping e saber
para que serve
Diferenças entre memória principal e memória
secundária
O conceito de memória dentro de um computador, 
conhecendo as principais funções da memória
 Nesse terceiro e-book falamos sobre algo muito importante 
dentro dos sistemas operacionais: o gerenciamento de 
memória. Um recurso de alto custo e, por isso mesmo, 
extremamente importante dentro de um sistema
computacional. Abordamos nesse e-book:
SISTEMAS
OPERACIONAIS
Referências Bibliográficas 
& Consultadas
BITTENCOURT, P. H. M. Ambientes operacionais. 
São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. 
[Minha Biblioteca]
BONIATI, B.; PREUSS, E.; FRANCISCATTO, R. 
Introdução à informática. Santa Maria, RS: 
Colégio Agrícola de Frederico Westphalen, 2014. 
Disponível em https://www.ufsm.br/unidades-
-universitarias/ctism/cte/wp-content/uploads/
sites/413/2018/12/02_introducao_informatica.pdf� 
Acesso em: 23 out. 2019.
CÓRDOVA JUNIOR, R. S.; LEDUR, C. L.; MORAIS, I. 
S.; Sistemas operacionais. Porto Alegre: SAGAH, 
2018. [Minha Biblioteca]
COULOURIS, G.; DOLLIMORE, J.; KINDBERG, T.; 
BLAIR, G.; Sistemas distribuídos conceitos e pro-
jetos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. [Minha 
Biblioteca]
MACHADO, F. B.; MAIA, L. P. Arquitetura de siste-
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VELLOSO, F. C. Informática: conceitos básicos. 8. 
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	Introdução
	Entendendo a Memória
	Função da memória
	Gerenciando a memória
	Alocação contígua simples
	Overlay
	Considerações finais
	SÍNTESE

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