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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ ANA LUIZA GOMES DOS SANTOS APLICABILIDADE DE GEOCÉLULAS DE POLIPROPILENO NA CAMADA DE REVESTIMENTO DE UM PAVIMENTO CURITIBA 2021 ANA LUIZA GOMES DOS SANTOS APLICABILIDADE DE GEOCÉLULAS DE POLIPROPILENO NA CAMADA DE REVESTIMENTO DE UM PAVIMENTO CURITIBA 2021 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao corpo docente de Engenharia Civil da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito à obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil. Orientadora: Prof.ª Daniela Evaniki Pedroso. Dedico este trabalho à minha mãe Augusta (in memorian), a maior incentivadora dos meus sonhos. Que cuidou de mim até o último instante de sua vida. Sua fé, força e amor, mesmo durante os momentos mais difíceis, me inspiram e me fazem persistir. Agradeço do fundo do meu coração. Saudade eterna. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a minha orientadora, Professora Doutora Daniela Evaniki Pedroso, pela colaboração e aconselhamento para a elaboração deste trabalho. À Universidade Positivo, onde iniciei minha graduação em Engenharia Civil, e à Universidade Tuiuti do Paraná, aonde a concluirei, instituições que, além do conhecimento compartilhado, me deram a oportunidade de criar grandes amizades. Agradeço aos meus amigos que estiveram sempre presente apesar da distância, dando-me apoio, motivação e força no decorrer da minha formação, em especial a minha amiga Paola cоm quem convivi intensamente durante os últimos anos, pelo companheirismo e pela troca de experiências que me permitiram crescer não só como pessoa, mas também como formanda, e ao seu pai Engenheiro João sem o qual a conclusão da minha formação não seria possível. E meu agradecimento especial aos meus pais, Luiz e Augusta, por todos os ensinamentos, presença e apoio incondicional durante toda a minha vida e principalmente durante esta graduação, dando-me a oportunidade de me tornar engenheira civil. RESUMO O presente trabalho tem como objetivo estudar a utilização da geocélula como um material alternativo para obras de pavimentação. O estudo surgiu com a necessidade de incorporar este material, em uma obra na qual o projeto original seria revestimento asfáltico. Devido ao aumento inesperado dos insumos na fabricação e aplicação do CBUQ e CAP, houve a hipótese de execução em pavimento rígido de concreto armado. Devido ao cenário da pandemia obteve-se o aumento no preço do aço, logo, descartou-se a alternativa. Estudou-se o método alternativo utilizando geocélulas, sendo aparentemente viável, econômico e descarta-se a necessidade de mão de obra especializada. Com este intuito o trabalho apresenta as etapas de execução da geocélula em pavimentação, ensaios mecânicos e discute a viabilidade da aplicação das geocélulas de polipropileno em obras de pavimentação. Palavras-chave: Geocélula; Pavimentação; Polipropileno; Pavimento flexível; Obras de pavimentação. ABSTRACT The present work aims to study the use of the geocell as an alternative material for paving works. The study arose with the need to incorporate this material, in a work in which the project would be original asphalt coating. There was a hypothesis of execution on a rigid reinforced concrete pavement. As a criterion for the pandemic scenario, an increase in the price of steel was obtained, then the alternative was discarded. The alternative method using geocells was studied, being apparently viable, economical and discarding the need for specialized labor. With this in mind, the work presents as steps for the execution of the geocell in paving, mechanical tests and discusses the feasibility of applying polypropylene geocells in paving works. Keywords: Geocell; Paving; Polypropylene; Flexible floor; Paving works. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - ESTRUTURA DE PAVIMENTO FLEXIVEL .............................................. 17 Figura 2 – ESTRUTURA DE PAVIMENTO RIGIDO .................................................. 17 Figura 3 – FORMATO DA GEOCÉLULA .................................................................. 23 Figura 4 - UTILIZAÇÃO DA GEOCÉLULA NA DÉCADA DE 70 ............................... 23 Figura 5 - PREENCHIMENTO DE GEOSSINTÉTICO COM AREIA NA DÉCADA DE 70 .............................................................................................................................. 30 Figura 6 - PREENCHIMENTO DE GEOCÉLULA COM BRITA NO IOWA ................ 31 Figura 7 - SUPERFICIE FINALIZADA ....................................................................... 31 Figura 8 - APLICAÇÃO DE GEOTÊXTIL NÃO-TECIDO ........................................... 32 Figura 9 - PREENCHIMENTO DAS GEOCÉLULAS COM SOLO ARENOSO .......... 32 Figura 10 - ACABAMENTO FINAL COM BLOCOS INTERTRAVADOS ................... 33 Figura 11 - ACABAMENTO FINAL COM REVESTIMENTO ASFÁLTICO ................ 33 Figura 12 - METODOLOGIA EMPREGADA NO DESENVOLVIMENTO .................. 34 Figura 13 - DELIMITAÇÃO DA ÁREA DO BARRACÃO E VIA DE ACESSO ............ 34 Figura 14 - ÁREA DO BARRACÃO ........................................................................... 35 Figura 15 - ÁREA DA VIA DE ACESSO .................................................................... 35 Figura 16 - PEDRA MARROADA .............................................................................. 37 Figura 17 - SAIBRO .................................................................................................. 38 Figura 18 - BRITA GRADUADA ................................................................................ 38 Figura 19 - GEOCÉLULA UTILIZADA ....................................................................... 39 Figura 20 - CONCRETO FCK 35 COM SLUMP 12 ................................................... 39 LISTA DE QUADROS QUADRO 1 - POLÍMEROS MAIS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DE GEOSSÍNTETICOS .................................................................................................. 25 LISTA DE TABELAS Tabela 2 - ESPECIFICAÇÕES DAS AMOSTRAS PARA ENSAIO ........................... 40 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR Norma Brasileira DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes DNER Departamento Nacional de Estradas e Rodagem SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................... 15 2.1 TIPOS DE PAVIMENTO ................................................................................. 15 2.1.1 Pavimento Flexível ......................................................................................... 15 2.1.2 Pavimento Semirrígido.................................................................................... 15 2.1.3 Pavimento Rígido ........................................................................................... 15 2.2 EXECUÇÃO DE PAVIMENTOS ..................................................................... 16 2.2.1 Subleito ...........................................................................................................17 2.2.2 Reforço do subleito ......................................................................................... 18 2.2.3 Sub-base ........................................................................................................ 19 2.2.4 Base................................................................................................................ 20 2.2.5 Revestimento .................................................................................................. 20 2.3 CONCEPÇÃO DA GEOCÉLULA .................................................................... 21 2.4 FABRICAÇÃO DA GEOCÉLULA .................................................................... 24 2.5 PROPRIEDADES DOS GEOSSÍNTETICOS .................................................. 25 2.5.1 Propriedades Físicas ...................................................................................... 27 2.5.2 Propriedades Mecânicas ................................................................................ 28 2.6 OBRAS REALIZADAS COM GEOSSINTETICOS .......................................... 30 2.6.1 Construção utilizando geossintético como reforço em solos moles ................ 30 2.6.2 Construção utilizando geocélula como reforço em sub-base.......................... 31 2.6.3 Construção das vias de acesso na bacia de Urucu-AM.................................. 32 3 MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 34 3.1 DELIMITAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO ......................................................... 34 3.2 ETAPAS DE EXECUÇÃO ............................................................................... 35 3.2.1 Execução do reforço do subleito, subleito, sub-base e base .......................... 36 3.2.2 Preparação da área ........................................................................................ 36 3.2.3 Assentamento das placas de geocélulas ........................................................ 36 3.2.4 Preenchimento com concreto ......................................................................... 37 3.2.5 Materiais ......................................................................................................... 37 3.3 ENSAIOS MECÂNICOS ................................................................................. 40 3.4 DISCUTIR A VIABILIDADE DA UTILIZAÇÃO DE GEOCÉLULAS EM PAVIMENTAÇÃO ...................................................................................................... 41 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ....................................................................... 41 5 CONCLUSÃO ................................................................................................. 41 13 1 INTRODUÇÃO Pavimento é uma estrutura de múltiplas camadas compostas por diferentes tipos de materiais sobre a superfície final de terraplenagem, constituído para resistir aos esforços oriundos do tráfego de veículos e de efeitos ambientais, e permitem facilidade, rapidez, segurança e eficiência no deslocamento de milhões de veículos diariamente e no tráfego de transporte de carga (LUO et. al., 2019). Muitos pesquisados vem buscando soluções para melhorar o desempenho dos pavimentos e uma das soluções é a utilização de geocélulas. Segundo Abramento, Erlich e Zirlis (2016 apud Sasso 2018), uma geocélula pode ser definida como um geossintético com uma estrutura tridimensional aberta, composta por células interconectadas, que podem restringir mecanicamente os materiais nela inseridos, como por exemplo, concreto, brita, pó de pedra, areia, grama e solo. A NBR 10318 (ABNT, 2018) define o geossintético como sendo um produto em que ao menos um de seus componentes é produzido a partir de um polímero sintético ou natural, sob a forma de manta, tira ou estrutura tridimensional, utilizando em contato com o solo ou outros materiais, em aplicações da engenharia geotécnica e civil. Vive-se a era dos polímeros, onde plástico, fibras, elastômeros, adesivos, coberturas, borrachas, geossintéticos etc., são termos comuns na sucessão dos dias. Os materiais polímeros uniram-se ao aço, concreto e à madeira para formar um leque de materiais de construção civil empregados hoje em dia (VERTEMATTI et. al., 2015). Levando em consideração os materiais constituintes, as geocélulas podem ser compostas principalmente por polietileno (PE), polietileno de alta densidade (PEAD), polipropileno e ligas nano-poliméricas. Todos estes são polímeros quimicamente estáveis, e apresentam uma resistência a longo prazo muito elevada (LAVOIE et. al., 2015). Neste sentido, o objetivo geral do trabalho é analisar a aplicabilidade da incorporação de geocélulas de polipropileno na camada de revestimento de um pavimento. Os objetivos específicos deste estudo incluem: 14 Estabelecer critérios técnico e descrever as etapas de execução utilizando geocélulas de polipropileno na camada de revestimento do pavimento. Analisar a resistência à compressão em geocélulas de polipropileno e em geocélulas de polipropileno preenchidas com concreto; Discutir a viabilidade da utilização de geocélulas em pavimentação. Para atender os objetivos descritos, a metodologia se deu primeiramente pela delimitação da área do barracão e via de acesso aos galpões, locais estes que foram executado o pavimento com geocélulas de polipropileno. Com o acompanhamento diário in loco será apresentado as etapas de execução e correlacionados critérios técnicos com base em normas técnicas e artigos científicos. Simultaneamente a isso, serão realizados ensaios de resistência à compressão e à flexão em geocélulas de polipropileno e em geocélulas de polipropileno preenchidas com concreto. Vale salientar que a obra em análise possuía seu projeto original em pavimento flexível, houve alterações para utilização de pavimento rígido em concreto armado, porém, o aumento na comercialização dos insumos, como, CAP, CBUQ e aço, levaram a uma terceira alternativa, a utilização de geocélulas de polipropileno preenchidas com concreto. As geocélulas apresentadas neste estudo são fabricadas em uma empresa na região metropolitana de Curitiba/PR. As geocélulas de polipropileno possuem dimensões de 1000x500x37mm com encaixe tipo macho-fêmea. 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 TIPOS DE PAVIMENTO 2.1.1 Pavimento Flexível Segundo o DNIT (2006), um pavimento flexível é aquele em que todas as camadas sofrem deformação elástica significativa sob uma carga aplicada, portanto, a carga é distribuída em partes aproximadamente iguais entre as camadas. Exemplo típico: um pavimento composto por uma base de brita (brita graduada, macadame) ou por uma base de solo pedregulhoso, coberto por uma camada asfáltica. Para Bernucci et al., (2008), pavimentos asfálticos são aqueles em que o revestimento é composto por uma mistura constituída basicamente de agregados e ligantes asfálticos. Ainda segundo Bernucci et al., (2008), um dos tipos mais empregados no Brasil é o concreto asfáltico (CA) também denominado concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ). O processo executivo do CBUQ é dividido em várias etapas, sendo elas: imprimação, pintura de ligação, distribuição e compactação (DNIT, 2006). 2.1.2 Pavimento Semirrígido De acordo com o DNIT (2006), o pavimento semirrígido caracteriza-se por uma base cimentada por algum aglutinante com propriedades cimentícias como por exemplo, uma camada de solo cimento revestida por uma camada asfáltica. Além dos pavimentos flexíveis, os pavimentos semirrígidos também são revestidos por material asfáltico. A diferença entre um e outro é o ligante hidráulico (cimento Portland ou cal hidratada) em sua base, com o intuito de se alcançar uma camada com rigidez suficiente para suportar às cargas de tráfego de projeto (PAIXÃO;CORDEIRO; CORREIA, 2017). 2.1.3 Pavimento Rígido No pavimento rígido o revestimento tem elevada rigidez em relação às camadas inferiores e, portanto, absorve praticamente todas as tensões provenientes do carregamento aplicado. Exemplo típico: pavimento constituído por lajes de concreto de cimento Portland (DNIT, 2006). 16 Segundo Bernucci et al., (2008), as placas de concreto podem ser armadas ou não com barras de aço. É comum designar-se a subcamada desse piso como sub- base, uma vez que a qualidade do material dessa camada equivale à sub-base de pavimentos asfálticos. Segundo DNIT (2005), o processo executivo do pavimento em concreto simples e concreto armado são os mesmos, a diferença está apenas na colocação das armaduras que devem ser perfeitamente posicionadas. Sendo as etapas: preparo da sub-base, mistura, lançamento, espalhamento do concreto, adensamento, acabamento e cura do concreto. 2.2 EXECUÇÃO DE PAVIMENTOS Segundo DNIT (2006), o pavimento de uma rodovia é a superestrutura formada camadas de espessuras finitas, assentes sobre o terreno de fundação. Essas camadas são divididas em: revestimento, base, sub-base, reforço de subleito e subleito. De acordo com o glossário de termos técnicos rodoviários (DNIT, 2017) as define como: Revestimento: Camada mais acima do pavimento, que recebe diretamente a ação dos veículos e resiste aos esforços horizontais que nela atuam, e destinada a melhorar as condições de rolamento, conforto e segurança; Base: Camada destinada a resistir aos esforços verticais oriundos dos veículos, distribuindo-os as camadas inferiores. Essa camada pode ser composta de brita fina, cascalho, pedra amarroada, material estabilizado, concreto asfáltico ou de cimento Portland; Sub-base: Camada complementar à base, com as mesmas funções desta, e executada quando, por razões de ordem econômica, for conveniente reduzir a espessura de base; Reforço do subleito: Por motivos técnicos ou econômicos é a camada do pavimento executada com a finalidade de reduzir espessura da sub-base; Subleito: Maciço de acordo com a teoria semi-infinito que serve de fundação para um pavimento. As Figuras 1 e 2 representam respectivamente como são formadas as estruturas do pavimento flexível e rígido. 17 FIGURA 1 - ESTRUTURA DE PAVIMENTO FLEXIVEL FONTE: BERNUCCI et al., 2008, p.10. FIGURA 2 – ESTRUTURA DE PAVIMENTO RIGIDO FONTE: BERNUCCI et al., 2008, p.10. Nas Figuras 1 e 2, pode-se observar que o pavimento flexível é composto por: subleito, reforço de subleito, sub-base, base, camada de ligação ou blinder e camada de rolamento ou revestimento. Já o pavimento rígido é composto apenas por: subleito, sub-base e placa de concreto. 2.2.1 Subleito A regularização do subleito é um conjunto de operações realizadas na superfície do subleito de estradas à pavimentar, incluindo cortes e/ou aterros de até 0,20 m de espessura, e a compactação da mesma para fornecer condições geométricas suficientes e tecnologia (DEINFRA-SC, 2016). De acordo com o DNIT (2010), os materiais utilizados na regularização do subleito devem ser preferencialmente os do próprio. 18 Segundo DEIFRA-SC (2016), no caso de substituição ou adição de material, estes deverão ser provenientes de ocorrências previamente estudadas. Segundo Levy (2009), na fase preliminar ou de projeto do pavimento, é importante a realização de ensaios de compreensão das características topográficas, através de sondagens (SPT) e por meio da realização do ensaio de limite de fluidez seguindo a norma NBR 6459 (ABNT, 2016), limite plástico NBR 7180 (ABNT, 2016), e passar na análise granulométrica da peneira conforme NBR 7181 (ABNT, 2016), índice de suporte Califórnia (CBR) NBR 9895 (ABNT, 2016), e coeficiente de sedimentação (K), os dois últimos podem ser relacionados através de tabelas bastante comuns. Para Oliveira (2008), a correta interpretação dos resultados desses ensaios permitirá a definição da estratégia mais adequada para que possamos começar o solo que formará o leito da estrada. Solo problemático requer o uso de técnicas de estabilização para neutralizar efeitos desnecessários, como expansão volumétrica. Certos tipos de solo, mesmo se bem compactado, não tem boa capacidade de suporte (CBR). De acordo com o DNIT (2010), a capacidade de suporte e expansão ideal ≤ 2%, e é determinada por meio dos ensaios: Ensaio de Compactação – Norma DNER-ME 129/94, na energia definida no projeto; Ensaio de índice de Suporte Califórnia – ISC – Norma DNER-ME 49/94, com a energia de Ensaio de Compactação. Ainda segundo o DNIT (2010), os equipamentos indicados para a execução da regularização, são: motoniveladora com escarificador, caminhão-pipa distribuidor de água, rolos compactadores e pulvi-misturador. 2.2.2 Reforço do subleito Quando uma nova camada for feita abaixo da camada de pavimentação, ocorrerá o reforço do subleito. O reforço do subleito difere da regularização, porque nesta implica a escarificação e a reexecução da camada existente, com o mesmo solo do local, enquanto no reforço do subleito o solo necessário para a compactação da camada é escavado e trazido de uma jazida (JUNIOR, 2013). 19 Segundo Balbo (2007), o reforço do subleito não é obrigatório, porém recomenda-se por motivos econômicos, pois o seu uso diminui a força sobre a base e sub-base, camadas estas que utilizam materiais granulares ou cimentados. Os materiais constituintes são solos ou mistura de solos, de qualidade superior à do subleito. Já os ensaios e equipamentos são os mesmo que os de regularização de subleito. Seguindo as etapas de execução: espalhamento, mistura, homogeneização, compactação e acabamento (DNIT, 2010). 2.2.3 Sub-base A sub-base de uma rodovia é a primeira das camadas próprias da pavimentação. A sub-base é compreendida como camada que tem função estrutural, sendo definidas no dimensionamento das rodovias. Para serem executadas utiliza-se solos, misturas de solos, mistura de solos com outros componentes, tais como areia, brita, cimento, cal etc. (JÚNIOR, 2013). O DNIT categoriza regularmente cada sub-base com base em sua particularidade e, portanto, existem várias normas técnicas. Segundo o DNIT (2006), no pavimento flexível a sub-base é a camada executada entre o subleito (ou reforço do subleito) e a base. Conforme Corsini (2011 apud Oda 2019), no pavimento rígido, a sub-base é a camada construída com a finalidade de evitar que a laje de concreto esteja em contato direto com o solo do subleito e também para evitar o bombeamento desse solo. Segundo Oda (2019), a sub-base de pedra britada ou material cimentado tem o papel de melhorar e uniformizar o suporte, além de drenar que é o caso do material granular. Conforme o DNIT (2006), as sub-bases flexíveis e semirrígidas podem ser classificadas em granulares (estabilizadas granulometricamente e macadames) e estabilizadas com aditivos (BGTC, solo-cimento, solo melhorado com cimento, solo- cal, solo melhorado com cal e solo-betume). As sub-bases estabilizadas granulometricamente são as camadas construídas por solos, britas. Essas camadas são estabilizadas granulometricamente pela compactação de um material ou de mistura. Quando se utiliza uma mistura de material natural e pedra britada, tem-se uma sub-base de solo-brita. Quando se utiliza 20 exclusivamente produtos de britagem, tem-se sub-base de brita graduada simples ou de bica corrida (DNIT, 2006). Segundo o DNIT (2006), as sub-bases em macadame são camadas de brita de graduação aberta que, após a compactação, os vazios são preenchidos pelo material de enchimento, constituído por finos de britagem (pó de pedra). Para Oda (2019), sub-bases estabilizadas com aditivos como a Brita graduada tratada com cimento (BGTC) é uma mistura de agregado mineral, cimentoPortland, aditivos e água espalhadas obre uma superfície previamente preparada, resultando em uma mistura homogênea, compactada e rígida. Conforme o DNIT (2006), sub-bases rígidas é uma camada de concreto que tem acentuada resistência. Para Júnior (2013), o procedimento de execução de uma camada se sub-base se assemelha ao de compactação comum de um aterro, porém, a diferença ocorre no controle tecnológico e geométrico que são mais rigorosos para essas camadas. 2.2.4 Base Para Balbo (2007), a camada mais importante do pavimento é a base, sobre a base deve ser executado o revestimento, que tem como finalidade suportar os efeitos destrutivos do tráfego. Conforme Oda (2019), em um pavimento flexível, a camada de base pode ser composta por materiais granulares puros (solos, britas, etc.) ou com aditivos (cimento, cal, etc.), enquanto, no pavimento no pavimento rígido a placa de concreto de cimento Portland tem a função de revestimento e base. Segundo o DNIT (2010), para a execução de uma base estabilizada granulometricamente, deve ser feito o espalhamento do material, regularização, compactação e acabamento. Utilizando como equipamentos, como: motoniveladora, caminhão pipa e rolos compactadores. 2.2.5 Revestimento A camada de revestimento pode ser constituída por revestimentos flexíveis ou rígidos, sendo que os flexíveis podem ser revestimentos asfálticos, enquanto os rígidos são construídos por placas de concreto de cimento Portland (ODA, 2019). 21 Segundo o DNIT (2006), o revestimento em concreto, é constituído por uma mistura de cimento Portland, areia, agregado graúdo e água, lançado numa camada devidamente adensado. Essa camada funciona ao mesmo tempo como revestimento e base do pavimento. Segundo a norma DNIT 049/2004 – ES as etapas de execução são: mistura, transporte, lançamento, espalhamento, adensamento, acabamento, acabamento final, identificação das placas, identificação das juntas, barras de ligação nas juntas, cura do concreto e selagem das juntas (DNIT, 2004). Já o revestimento asfáltico é composto por uma mistura de agregados (graúdos, miúdos e de enchimento) e ligante, denominada de mistura asfáltica. O ligante pode ser um asfalto puro ou um asfalto modificado que tem como principais funções: colar as partículas minerais e agir como um agente impermeabilizante de mistura (ODA, 2019). Segundo a norma DNIR 031/2006 – ES as etapas de aplicação do concreto asfáltico são: pintura de ligação, produção, transporte distribuição e compactação da mistura (DNIT, 2006). No Brasil, a maior parte dos pavimentos são do tipo flexível, composto por revestimento asfáltico, base, sub-base e reforço do subleito. Apenas em locais com trafego pesado como, corredores de ônibus, pistas de aeroportos, etc., são executados pavimentos rígidos (ODA, 2019). 2.3 CONCEPÇÃO DA GEOCÉLULA Da Muralha da China ao Império Romano, para a qualidade do pavimento, foram utilizados vários materiais de reforço, geralmente de origem vegetal, principalmente fibras com boa resistência (SILVA et. al., 2018). Segundo o U.S. Army Corps of Engineers (2003), os engenheiros encaram continuamente a manutenção e o desenvolvimento da infraestrutura do pavimento com recursos financeiros limitados. Os métodos habituais de projeto e construção de pavimentos demandam materiais de alta qualidade para execução dos padrões de construção. Em muitas localidades do mundo, materiais de qualidade encontram-se indisponíveis ou em falta. Como um problema recorrente, havendo restrição para obtenção de material competente à sua composição estrutural (base, sub-base, leite e subleito). Da mesma 22 forma, a construção de estruturas como fundações, pisos industriais ou estacionamentos em camadas de solo de baixa resistência podem exigir algum tipo de reforço (NETO, 2013). Segundo o U.S. Army Corps of Engineers (2003), devido a essas restrições, os engenheiros tendem a ser forçados a buscar projetos alternativos usando materiais abaixo do padrão, auxiliares de construção e projetos inovadores. Resultando em uma categoria de auxiliares de construção comerciais que são os geossintéticos. Os geossintéticos abrangem uma grande variedade de produtos para aprimorar projetos geotécnicos e de transporte (U.S. ARMY CORPS OF ENGINEERS, 2013). O termo geossintético é um nome genérico, que contém uma grande classe de produtos poliméricos, dentre os quais estão os geotêxtis, geomembranas, geogrelhas, geomantas, georredes e as geocélulas (COSTA et. al., 2008). Segundo U.S. Army Corps of Engineers (2003), os geossintéticos realizam pelo menos uma de cinco funções: separação, reforço, filtração, drenagem e contenção. Um tipo de geossintéticos em particular, geogrelhas, tem ganhado aceitação crescente na construção de estradas. Extensos programas de pesquisa foram conduzidos pelo corpo de Engenheiros do exército dos Estados Unidos e Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (ERDC) e agências não militares para desenvolver projetos, construção e orientação para inclusão de geogrelhas em sistema de pavimentação. Geocélulas são tão competentes quanto geogrelhas e geotêxteis de alta resistência, para aumentar a capacidade de suporte do solo e reforçar a estrutura (NETO, 2013). Então o corpo de Engenheiros do Exército dos EUA contatou a Presto Products, uma fabricante de plásticos, para obter assistência no desenvolvimento de um sistema de confinamento de grade. Trabalhando com Steve Webster no WES Presto, Gary Bach desenvolveu um método para soldar tiras de polietileno para formar uma estrutura celular que foi usada pelos militares principalmente para aplicação em estradas (GREENFIX, 2018). De acordo com GeoAcademy ([200-?]) a concepção da geocélula ocorreu no final dos anos 1970, quando o corpo de Engenheiros da Força Armada dos Estados Unidos foi encarregado de desenvolver ligeiramente um sistema tipo plataforma, para ser apoiado sobre solos de baixa capacidade de suporte e permitir o acesso de 23 equipamentos militares pesados. Como resultado obteve-se a geocélula, que ao ser preenchida com areia ou pedra suportaria cargas elevadas, quando colocadas sobre esses solos pouco resistentes. A geocélula consiste em uma estrutura tridimensional, em forma de favo de mel, conforme mostrado na Figura 3, e constitui-se em um dos mais resistentes formatos estruturais localizados na natureza, gera-se então uma solução para os problemas mais difíceis da engenharia civil, relacionados com a capacidade de suporte sobre solos moles, erosão em taludes, revestimentos de canais e em diversas aplicações em aterros sanitários. FIGURA 3 – FORMATO DA GEOCÉLULA FONTE: GEOACADEMY, [200-?], disponível em: <https://geoacademy.com.br/courses/107381/lectures/1566764> Conforme mostrado na Figura 4, o corpo de Engenheiros do Exército dos EUA foi o primeiro que estudou o uso de geocélulas para reforçar estradas não pavimentadas e com solos moles na década de 1970 (WHITE, 2013). FIGURA 4 - UTILIZAÇÃO DA GEOCÉLULA NA DÉCADA DE 70 FONTE: GREENFIX, 2018, disponível em: <https://cpduk.co.uk/news/history-of-geocells> 24 Sendo assim, no final dos anos 1970 o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA inventou a tecnologia conhecida como confinamento celular. As primeiras aplicações de confinamento celular, ou geocélulas consistiam principalmente em estradas de areia estabilizadas e convenientes para veículos militares (GREENFIX, 2018). 2.4 FABRICAÇÃO DA GEOCÉLULA Segundo Geoacademy ([200-?]), as geocélulas são produzidas com a autorização do U.S. Army Corps of Engineers, desta forma a maioria das propriedades físicas são as mesmas para todos os fabricantes. Segundo Vertematti et. al., (2015), os geossintéticos são constituídos essencialmente por polímeros e, em menor quantidade, por aditivos. Os aditivos têm a função deadentrar melhorias nos processos de fabricação ou modificar aspectos do comportamento do polímero básico. Os geossintéticos são fabricados a partir de polímeros sintéticos, derivados de petróleo. As geocélulas são feitas de tiras de polímero extrusado umas às outras e, quando se expandem, formam um colchão tridimensional semelhante a uma estrutura de colmeia. Após a instalação, o sistema de confinamento celular absorve efetivamente as tensões verticais e as transfere para a fundação, proporcionando uma maior capacidade de carga do que qualquer outro produto geossintético, por isso é amplamente utilizado no reforço de fundações e base de pavimentos (REGO, 2017). De acordo com Shulka (2002), na produção dos geossintéticos, pode-se utilizar diversos tipos de polímeros. Dentro os polímeros mais empregados estão os polietilenos teraftalatos (PET), polipropilenos (PP), polietilenos (PE), polietilenos de muita baixa densidade (PMDB), polietilenos de média densidade (PEMD) e polietilenos de alta densidade (PEAD), polietilenos clorinados (CPE), polietilenos clorossulfunados (PECS), poliamidas (PA), policloreto de vinilo (PVC), dentre outros. Os principais polímeros utilizados na fabricação dos geossintéticos estão relacionados na Quadro 1. 25 QUADRO 1 - POLÍMEROS MAIS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DE GEOSSÍNTETICOS TIPOS DE POLÍMEROS ABREVIAÇÕES Polipropileno PP Poliéster (polietileno tereftalato) PET Polietileno PE Polietileno de baixa densidade PEBD Polietileno linear de baixa densidade PELBD Polietileno de média densidade PEMD Polietileno de alta densidade PEAD Polietileno clorado PEC Polietileno clorossulfonado PECS Policloreto de vinila PVC Poliamida PA Poliestireno PS FONTE: Adaptado SHUKLA; YIN (2006) Os polímeros básicos consistem, principalmente dos elementos: carbono, hidrogênio e, às vezes, nitrogênio e cloro. Os polímeros são produzidos a partir de carvão e petróleo (SHUKLA; YIN, 2006). Segundo Ambiente Brasil (2018), a indústria de geossintéticos é uma das que mais recicla plásticos no País. Há mais de 20 anos, a indústria de Geossintéticos utiliza o PET da reciclagem é ainda maior. Isso porque é um polímero nobre que pode ser reciclado de forma eficaz com pouca perda de propriedades do material. A garrafa PET é o primeiro uso de um polímero, o PET reciclado de garrafa é a primeira reciclagem do produto, o que garante uma qualidade de reciclado mais estável. Isso é fundamental para o processo de fabricação da fibra e filamentos de geotêxteis, que muitas vezes são usados em aplicações de longa duração. 2.5 PROPRIEDADES DOS GEOSSÍNTETICOS Para Moreira (2009), as propriedades desses materiais são amplamente afetadas pelos tipos de polímeros de que são feitos. Além disso, as especificações 26 desses produtos baseiam-se principalmente nas variedades estruturais no processo de fabricação. Segundo Bueno et al., (2003 apud Bueno et al., 2015), as propriedades são determinadas a partir de ensaios de campo ou, mais comumente, de laboratório, os quais, para serem realistas, precisam reproduzir aspectos importantes da interação do geossintético com o meio em que será inserido. Além disso, esses materiais devem apresentar vida útil compatível com as das obras onde são empregadas. Semelhante a outros materiais manufaturados, os geossintéticos devem ser submetidos a um rigoroso processo de controle de qualidade durante a fabricação (CQF), a fim de atender a todas as especificações técnicas necessárias para o apropriado desempenho de uma determinada obra (COSTA, 2008). Os geossintéticos só executam corretamente suas funções projetadas, se apresentar as propriedades exigidas para determinadas aplicações (MILAGRES, 2016). Geralmente, as propriedades dos geossintéticos são divididas em físicas, mecânicas e hidráulicas. Além dessas, existem aspectos relacionados a durabilidade, que não são “propriedades” dos geossintéticos em si, mas é uma indicação dos danos que o material pode ou não sofrer durante o seu uso (CARNEIRO, 2009). Para Moreira (2009), devido à ampla gama de campos de ação e ao crescente uso de geossintéticos como materiais alternativos, às vezes a escolha dos métodos de ensaio para caracterizá-los, torna-se difícil para simular o seu comportamento. O comportamento dos geossintéticos são muito afetados por alguns fatores externos, como temperatura. Por este motivo, Lopes e Lopes (2010), recomendam que os ensaios sejam realizados em um ambiente com atmosfera padrão, ou seja, temperatura ambiente de 20 ± 2ºC e umidade relativa de 65 ± 5%. Para Moreira (2009), o desempenho dos geossintéticos depende diretamente das condições de ensaio. Dessa forma, com o objetivo de padronizar esses ensaios, muitos países e algumas instituições internacionais desenvolveram normas de ensaios próprias para esses materiais. No entanto, os resultados de ensaios realizados segundo diferentes normas, para definir uma mesa propriedade, não são comparáveis, pois podem ter valores diferentes entre si. Segundo Milagres (2016), a maior parte dos autores agrupam as propriedades dos geossintéticos nas seguintes categorias: 27 Propriedades físicas: massa por unidade de área, densidade relativa dos polímeros de que são constituídos e espessura. Propriedade mecânicas: comportamento à tração, fluência, resistência ao punçionamento, resistência ao rasgamento e atrito nas interfaces. Propriedades hidráulicas: distribuição e dimensão das aberturas, permissividade e transmissividade. Propriedades referentes à durabilidade: danificação durante a instalação, abrasão e resistência aos agentes de degradação físicos, químicos e biológicos. 2.5.1 Propriedades Físicas Massa por Unidade de área: também conhecido como peso, sua avaliação consiste em determinar a de corpos de provas com área conhecida. Para expressar a uniformidade e qualidade dos geossintéticos. Este atributo pode conceder indicação de custos dos geossintéticos e valor de certas propriedades. Esta grandeza é expressa em g/m² (CARNEIRO, 2009). A NBR 9864 (ABNT, 2013), especifica um método para determinação da massa por unidade de área de geotêxteis e produtos correlatos para propósitos de identificação e uso em tabelas de propriedades técnicas dos produtos. Conforme está normas, devem ser cortados, no mínimo, dez corpos de prova (quadrados ou circulares) do geossintético em questão, com dimensões de 100 cm². Os corpos de prova são pesados e a massa por unidade de área é determinada em g/cm², é determinado, ainda, o valor médio e o coeficiente de variação correspondente (MILAGRES, 2016). Densidade relativa dos polímeros: é definida pela relação entre a massa volumétrica dos elementos que constituem o material geossintético e a massa volumétrica da água a 4ºC (1,0 g/cm³), tratando-se de uma grandeza adimensional. É uma propriedade capaz de indicar o tipo de polímero, podendo ser usada para identificação e controle de qualidade. Permite avaliar se o geossintético flutua (densidade relativa < 1,0 g/cm³) ou afunda (densidade relativa ≥ 1,0 g/cm³) em água, o que pode ser importante para algumas aplicações (MOREIRA, 2009). A densidade relativa dos geossintéticos de polipropileno é menor que a da água, com um valor típico entre 0,90 e 0,96, por isso flutua nela. Quando aditivos são 28 adicionados aos polímeros, a densidade relativa do produto final pode ser maior ou menor que a densidade relativa do polímero base sozinho. Isso depende da densidade relativa do aditivo e da quantidade que é utilizada (SHUKLA, 2002). Espessura: é a distância entre as superfícies superior e inferior de um geossintético, medida sob uma determinada pressão, expressa em milímetros. A espessura nominal é obtida com uma pressão de 2kPa e os valores para geotêxteis variam entre os 0,25 e os 7,5 mm. As relações entreespessura e pressão possibilitam a avaliação da compressibilidade dos geossintéticos (LOPES; LOPES, 2010). A espessura dos geossintéticos é determinada de acordo com a NBR 9863-1 (ABNT, 2013), esta norma especifica um método para determinação da espessura de geossintéticos a pressões especificadas e define a pressão para determinar a espessura nominal. De acordo com essa norma, dependendo do tipo de geossintético (MILAGRES, 2016). 2.5.2 Propriedades Mecânicas Comportamento à tração: a resistência à tração dos materiais indica o carregamento máximo suportado, a uma velocidade constante preestabelecida, até que se rompam. As propriedades de comportamento à tração dos geossintéticos são, usualmente, definidas por meio de ensaios de tração-extensão. Essas propriedades dependem de vários fatores como: polímero base, estrutura do material, processo de fabricação, tipo de ligação, direção da forma aplicada, temperatura, tensão de confinamento, dentre outros (LOPES, 1992). O valor da resistência à tração dos geossintéticos pode ser bastante alto, dependendo da finalidade para qual o material foi projetado, por exemplo, material projetado para reforço tem alta resistência, atualmente podendo alcançar até 1000 kN/m (SARSBY, 2007). A determinação da resistência à tração pode ser obtida por dois métodos de ensaios diferentes, sendo eles: método por ensaio de tração em faixa larga (ABNT NBR ISO10319, 2013; ASTM D4595, 2009) e método por ensaio de tração em faixa estreita (ASTM D5035, 2011; ISO 13934-1, 2013) (MILAGRES, 2016). Fluência: é a deformação dos geossintéticos ao longo do tempo quando são submetidos a carga ou tensões constantes. É uma propriedade importante para o dimensionamento dos geossintéticos, principalmente quando eles são projetados para 29 uso de longo prazo. Essencialmente, a fluência dos geossintéticos depende do tipo de polímero (LOPES; LOPES, 2010). Para Shukla (2002), dependendo do tipo de polímero presente no material geossintético e das condições de temperatura ambiente, a fluência pode ser muito significativa, mesmo que a tensão seja muito baixa, chegando a 20% da resistência. Segundo Lopes e Lopes (2010), um material geossintético se rompe após um longo período de tempo, causando ruptura por fluência. Durante esse processo, a resistência do material não mudará significativamente até que a resistência caia repentinamente e alcance o valor de carga aplicada, quando ocorre a ruptura. Resistência ao puncionamento: durante o processo de instalação, mesmo após a instalação, geotêxteis e geomembranas podem ser deformados pela queda de ferramentas e/ou outros materiais, rochas, raízes de árvores, saliências ou outros detritos (SARSBY 2007). Segundo Moreira (2009), pode haver descontinuidades no material causadas por qualquer uma das três condições seguintes: perfuração (golpe), puncionamento (efeito de compressão) ou arrebentamento. A resistência à punção é baseada na medição da vulnerabilidade dos geossintéticos a diferentes compressões ou choques (quedas de materiais). Ainda segundo Moreira (2009), é importante que a resistência ao puncionamento dos geossintéticos seja medida feita sob condições estáticas e sob condições dinâmicas (por meio de teste impacto). Os testes de impacto são geralmente realizados por objetos que caem em queda livre com massa previamente conhecida sobre um geossintético em suporte oco. A resistência do material ao impacto é estipulada com a quantificação da penetração do objeto no geossintético. Resistência ao rasgamento: segundo Lopes e Lopes (2010), rasgamento é a ruptura gradual de geossintéticos, produzida por duas operações, sendo: uma do tipo perfuração (ação localizada) e outra do tipo tração (ação distribuída). Em muitas funções, os geossintéticos são suscetíveis a tensão de rasgamento, logo, a força de rasgamento quantifica a resistência que o geossintético apresenta contra a propagação de rasgos locais, geralmente expressas em N ou kN. Atrito nas interfaces: para Carneiro (2009), o atrito nas interfaces é uma propriedade muito importante para geossintéticos que realizam funções de reforço, porque a transferência de tensões do solo para o geossintético é alcançada por meio 30 de sua interação entre ambos. Essa interação é caracterizada pela resistência ao cisalhamento. A resistência ao cisalhamento da interface solo-material geossintético é causada pelo movimento de fricção horizontal entre eles e a mobilização passiva e impulsiva em seus elementos horizontais. A resistência ao corte da interface solo- geossintético depende de fatores como granulometria do solo, rugosidade do geossintético, dentre outros, e sempre vai ser menor ou igual à resistência do solo. 2.6 OBRAS REALIZADAS COM GEOSSINTETICOS Segundo Azevedo, 2019 os geossintéticos podem desempenhar diversas funções numa camada de pavimento assim como diferentes tipos de geossintéticos podem exercer a mesma função. Em obras de pavimentação, usualmente são dispostos em vários níveis, entre as camadas de base e sub-base, entre a base e o subleito, ou até no interior da camada de revestimento em pavimentos flexíveis. 2.6.1 Construção utilizando geossintético como reforço em solos moles De setembro de 1976 a junho de 1977, os engenheiros da força área dos EUA desenvolveram técnicas de construção compatíveis com condições adversas, preocupados em mover veículos sobre solo macio. Os resultados mostraram que s espessuras para estradas não pavimentadas poderiam ser reduzidas usando conceitos de construção com geossintéticos (WEBSTER; ALFORD, 1978). Conforme Figura 5, a placas foram preenchidas com areia molhadas e compactadas com placa vibratória. FIGURA 5 - PREENCHIMENTO DE GEOSSINTÉTICO COM AREIA NA DÉCADA DE 70 FONTE: WEBSTER; ALFORD, 1978 31 2.6.2 Construção utilizando geocélula como reforço em sub-base De maio a julho de 2012, o Departamento de Transporte de Iowa trabalhou com seus parceiros de pesquisa para um projeto de base de pavimento. Com o intuído de desenvolver uma nova experiência em tecnologia local para auxiliar na implementação de curto prazo, estabelecer uma área de teste que permita o monitoramento de desempenho em longo prazo e considere futuras tecnologias de projeto de fundação de pavimentos para otimizar o sistema de pavimentação (WHITE, 2013). Conforme as Figuras 6 e 7, as geocélulas foram preenchidas com brita, foram construídas dezesseis seções de teste de 700 pés de comprimento em 4,8 milhas de estradas. Figura 6 - PREENCHIMENTO DE GEOCÉLULA COM BRITA NO IOWA FONTE: WHITE, 2013 FIGURA 7 - SUPERFICIE FINALIZADA FONTE: WHITE, 2013 32 2.6.3 Construção das vias de acesso na bacia de Urucu-AM Esta obra contempla o uso de geocélulas na obra da unidade da Petrobrás de Urucu-AM. As geocélulas foram utilizadas para construir as vias de acesso, dentro da selva amazônica, para permitir a passagem de maquinários pesados para construir novos poços de extração de petróleo e gás. Conforme Figura 8, para evitar a contaminação do solo arenoso, foi aplicado um geotêxtil não-tecido como elemento de separação. Conforme Figura 9, as geocélulas foram preenchidas com um solo arenoso retirado de rios próximos do local (LAVOIE et. al., 2015). FIGURA 8 - APLICAÇÃO DE GEOTÊXTIL NÃO-TECIDO FONTE: LAVOIE et. al., 2015 FIGURA 9 - PREENCHIMENTO DAS GEOCÉLULAS COM SOLO ARENOSO FONTE: LAVOIE et. al., 2015 Após o fim do preenchimento, foi feita a compactação do material com um rolo vibratório liso. Conforme Figuras 10 e 11 respectivamente, para finalizar, foi utilizado 33 um revestimento final sobre as geocélulas, piso intertravado e pavimento asfáltico (LAVOIE et. al., 2015). FIGURA 10 - ACABAMENTO FINAL COM BLOCOS INTERTRAVADOS FONTE: LAVOIE et. al., 2015 FIGURA 11 - ACABAMENTOFINAL COM REVESTIMENTO ASFÁLTICO FONTE: LAVOIE et. al., 2015 Em todos estes casos, o sistema com geocélulas se apresentou como uma ótima alternativa para diversas aplicações, destacando-se a facilidade e praticidade na execução, aliadas a alta produtividade proporcionada, resultando com isso em vantagens técnicas e econômicas para a obra (LAVOIE et. al., 2015). 34 3 MATERIAIS E MÉTODOS O fluxograma a seguir na Figura 12, ilustra o fluxo de atividades que foi executado no trabalho. FIGURA 12 - METODOLOGIA EMPREGADA NO DESENVOLVIMENTO FONTE: Autoria própria (2021) 3.1 DELIMITAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO Para atingir os objetivos descritos, a metodologia se deu primeiramente pela delimitação da área dos cinco barracões e via de acesso aos galpões, locais estes que foram executado o pavimento com geocélulas de polipropileno. Esta área em análise possui dimensões de 75x40 metros (barracão) e 325x24 metros (estrada), totalizando respectivamente 3.000m² e 7.800m². As áreas correspondem aos retângulos demarcados na Figura 13, as Figuras 14 e 15 respectivamente, ilustram a área em análise. FIGURA 13 - DELIMITAÇÃO DA ÁREA DO BARRACÃO E VIA DE ACESSO FONTE: Google Earth (2021) Delimitação da área em estudo Apresentação das etapas de execução Realização dos ensaios mecânicos de geocélulas Discutir a viabilidade da utilização de geocélulas em pavimentação. 35 FIGURA 14 - ÁREA DO BARRACÃO FONTE: Autoria própria (2021) FIGURA 15 - ÁREA DA VIA DE ACESSO FONTE: Autoria própria (2021) 3.2 ETAPAS DE EXECUÇÃO Com o acompanhamento diário in loco será apresentado as etapas de execução e correlacionados critérios técnicos com base em normas técnicas e artigos científicos. Não existe uma norma do DNIT para execução de pavimentos com geocélula, portanto, para aplicação baseia-se em uma fusão das normas do DNIT 049/2004 – ES e 031/2004 - ES que tratam respectivamente dos métodos de execução de pavimentos rígidos e flexíveis. Pois adotou-se a estrutura de pavimento é flexível contento reforço do subleito, sub-base e base e revestimento, no qual a geocélula se 36 adentra a camada de revestimento preenchida com concreto, então utiliza-se o Manual de Pavimentos Rígidos para a utilização de materiais e equipamentos para execução do revestimento em concreto. As etapas foram divididas em: execução das camadas de reforço de subleito, sub-base e base, preparação da área, assentamento das placas de geocélula e preenchimento. 3.2.1 Execução do reforço do subleito, subleito, sub-base e base Para a execução das camadas inferiores do pavimento (reforço do subleito, sub-base e base) atendeu-se ao Manual de Pavimentação do DNIT. 3.2.2 Preparação da área Para um melhor nivelamento e assentamento das placas, após concluir a terraplenagem, executou-se um ajuste fino da superfície com altura entre 1 a 2 cm, onde são assentadas as geocélulas, com o auxílio de uma régua na qual a inclinação obedece aos caimentos de drenagem previstos para o pavimento. O melhor equipamento de compactação desse ajuste fino é o rolo tandem, pois ele não deixa marca dos pneus do rolo compactador. 3.2.3 Assentamento das placas de geocélulas Após a preparação da área, realizou-se o assentamento das placas. As placas de geocélulas apresentadas neste estudo são fabricadas em uma empresa na região metropolitana de Curitiba/PR. As geocélulas de polipropileno possuem dimensões de 1000x500x37mm com encaixe do tipo macho-fêmea. As primeiras placas foram assentadas e os conectores alinhados e em seguida pisa-se sobre a placa para travar os conectores e unir as placas, após todas as placas assentadas e niveladas a próxima etapa é a cravação dos pinos inferiores da placa na base, este processo foi executado com um rolo compressor liso. Como as placas possuem 1 metro de comprimento e o barracão possui 75 metros de comprimento, foi necessário um arremate no final da área de assentamento então foi realizado o recorte com uma policorte. 37 3.2.4 Preenchimento com concreto O preenchimento das geocélulas podem ser executados com diversos tipos de materiais, utilizou-se o concreto usinado com FCK 35, com agregado graúdo sendo brita zero, passante na peneira com abertura de 19 mm. O abatimento de tronco de cone foi realizado na obra na chegada do caminhão betoneira, pois o abatimento deve ultrapassar 10 cm para permitir uma boa trabalhabilidade e promover a sua distribuição e adensamento, mas não deve ultrapassar um abatimento de 15 cm, e então foi realizado o espalhamento do concreto. Este espalhamento foi realizado com a bomba lança de concreto, placa vibratória e régua vibratória, após o espalhamento é utilizado a alisadora de concreto. 3.2.5 Materiais Para execução do pavimento, utilizou-se como reforço do subleito a pedra marroada (rachão), conforme Figura 16. FIGURA 16 - PEDRA MARROADA FONTE: Autoria própria (2021) A pedra marroada foi extraída de uma jazida localizada na cidade de Paranaguá, não foram fornecidos pela empresa os ensaios de granulometria. Foi realizado o transporte até a cidade de Morretes, após o recebimento, foi efetuado o espalhamento com trator esteira e compactação com rolo liso, conforme o Manual de Pavimentação do DNIT. 38 Para a sub-base utilizou-se a saibro, conforme Figura 17. FIGURA 17 - SAIBRO FONTE: Autoria própria (2021) O saibro foi retirado também da jazida localizada na cidade de Paranaguá e não foram fornecidos pela empresa os ensaios de granulometria. Foi realizado o transporte até a cidade de Morretes, após o recebimento, foi efetuado o espalhamento com trator esteira, regularização com a motoniveladora e compactação com rolo pé-de-carneiro, conforme o Manual de Pavimentação do DNIT. Na base foi utilizado brita graduada, conforme Figura 18. FIGURA 18 - BRITA GRADUADA FONTE: Autoria própria (2021) 39 Conforme a Figura 18, a regularização da base foi realizada com a motoniveladora, posteriormente compactada com rolo pneu. A brita graduada também é extraída da mesma jazida e não foram fornecidos os relatórios de granulometria No interior da camada de revestimento utilizou-se a geocélula. Representado na Figura 19. FIGURA 19 - GEOCÉLULA UTILIZADA FONTE: Autoria própria (2021) Na Figura 19, podemos observar a placa plana que possui dimensão de (1,0x0,5x0,037)m e dispondo em dois lados adjacentes conectores machos e nos outros dois lados adjacentes conectores fêmeas. Representado na Figura 20, para camada de revestimento preenchendo as geocélulas, utilizou-se concreto usinado FCK 35 (brita 0). FIGURA 20 - CONCRETO FCK 35 COM SLUMP 12 FONTE: Autoria própria (2021) 40 Conforme Figura 20, o concreto utilizado apresentou SLUMP 12. 3.3 ENSAIOS MECÂNICOS Realizou-se ensaios de resistência à compressão em geocélulas de polipropileno e ensaio de resistência à compressão em geocélulas de polipropileno preenchidas com concreto. Esta seção detalha os testes realizados para avaliar o desempenho mecânico da geocélula. As dimensões das placas são 1000 mm x 500 mm, com células internas hexagonais, uma área aproximadamente 2578 milímetros quadrados, uma profundidade de 37 mm e uma espessura de parede de 3 mm. Os detalhes das amostras são fornecidos na Tabela 2. TABELA 1 - ESPECIFICAÇÕES DAS AMOSTRAS PARA ENSAIO Destinação da amostra Quantidade de amostras Comprimento (mm) Largura (mm) Altura (mm) Compressão sem preenchimento 8 180 180 37 Compressão preenchida com concreto 8 180 180 37 FONTE: Autoria própria (2021) Para realizar os ensaios, foram cortados com uma policorte 16 corpo de prova, 8 deles foram preenchidos com o mesmo concreto utilizado no revestimento. Utilizou-se a norma ISO25619-1 (ABNT, 2013) o ensaio foi realizado pelo carregamento da amostra em compressão através do sentido de espessura. Uma amostra com área com cerca de 32.400 mm² foi cortada e testada sob compressão utilizando uma presa. 41 3.4 DISCUTIR A VIABILIDADE DA UTILIZAÇÃO DE GEOCÉLULAS EM PAVIMENTAÇÃO Com base na experiência da obra realizada, e com base em outros trabalhos, laudos técnicos de obras executadas com geocélulas, discute-se a as vantagens e desvantagens da aplicabilidade de geocélula. 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 5 CONCLUSÃO 42 REFERÊNCIAS AMBIENTE BRASIL. Setor dos geossintéticos é um dos que mais recicla plásticos no Brasil. Disponível em: <https://noticias.ambientebrasil.com.br/divulgacao/2018/11/06/148284-setor-de- geossinteticos-e-um-dos-que-mais-recicla-plasticos-no-brasil.html>. Acesso em: 29 ago. 2021. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10318: Geossintéticos – Termos e definições. Brasil, 2018. AZEVEDO, LETICIA. Instalação de geossintéticos em pavimentos flexíveis com CBUQ: Danos de instalação. 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