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Pensamento e consciência do eu Pensamento: uma série de processos que representam ⤹ a nossa capacidade associativa ⤹ a nossa capacidade de abstração ⤹ a possibilidade de elaboração dos conceitos que nós temos ⤹ a representação da realidade ⤹ a nossa capacidade de chegar a conclusões através do raciocínio ⤹ a nossa capacidade de compreensão, imaginação, formação de juízos e de ideias O pensamento é avaliado a partir de três características principais: 1. Curso: velocidade com a qual as ideias surgem na mente do indivíduo. 2. Forma: maneira como as ideias se conectam (associação lógica ou não?/são ideias que conseguem ser compreendidas por outro indivíduo?/conseguem ser explicadas?) 3. Conteúdo: tem uma “forma”. O delírio é a grande alteração de conteúdo do pensamento (tem determinadas características muito específicas, mas o que é dito é muito particular). O conteúdo é o que individualiza a história da pessoa. Só conseguimos tratar o paciente se nos conectarmos não com o que identificamos em todo mundo, mas com aquilo que diferencia o paciente de todos os outros (conteúdo específico). Alterações quantitativas patológicas (pensamento): ● Aceleração: uma ideia atrás da outra em uma sequência muito mais veloz do que a maior parte das pessoas normalmente apresenta (ex: mania). ● Alentecimento: oposto da aceleração (ex: depressão). ● Interrupção: paciente para de falar no meio de uma sequência de ideias (ex: esquizofrenia). Alterações qualitativas patológicas (pensamento): ● Fuga de ideias: acontece a partir da aceleração do pensamento, é o reflexo dessa aceleração. É a mudança de uma ideia para outra de uma forma muito rápida e que, de alguma forma, conseguimos perceber que existe uma conexão entre cada uma dessas ideias. No entanto, a mudança é tão rápida que, para quem está escutando, essa conexão se perde, fica um pouco confusa (característica da mania). O paciente ansioso tem o pensamento acelerado, mas não chega a ter fuga de ideias. O paciente ansioso pode arbitrariamente diminuir a velocidade do pensamento. O maníaco, não. ● Desagregação: ideias que não se conectam de forma alguma umas com as outras. PSICÓLOGA CONCURSEIRA Muito característica do paciente esquizofrênico. ⤹ É aquilo que mais fala sobre a esquizofrenia. Se não houver essa alteração, desconfia-se do diagnóstico de esquizofrenia. ● Prolixidade: grande quantidade de detalhes na história que, no entanto, são irrelevantes para a interação. Distanciam o paciente do ponto aonde quer chegar. ● Minuciosidade: detalhes são relevantes, apesar de serem muitos. Consegue chegar ao ponto. ● Perseveração: retorno a uma determinada ideia o tempo todo (ex: paciente deprimido que o tempo inteiro volta a ter uma ideia triste, pessimista, de derrota). ● Concretismo: excesso de concretude. Incapacidade de abstração, de generalização. É um pensamento mais empobrecido (exs: autismo, déficit intelectual, esquizofrenia). Delírio: é, basicamente, uma alteração do conteúdo do pensamento. É uma “forma” patológica desse conteúdo, não o colorido do conteúdo. ⤹ Conteúdo impossível (ou muito improvável). ⤹ Convicção extraordinária. ⤹ Não suscetível à influência. ⤹ Vivência individual. ⤳ O poder de convencimento do delírio é muito maior que o do profissional. É contraproducente tentar tirar a ideia delirante do paciente (pode provocar o rompimento da relação). ⤳ É importante entender como o paciente chegou a determinadas conclusões, pois embora elas sejam possíveis, a forma como chegou a elas pode partir de um juízo falso. ⤳ O delírio não admite outra possibilidade. ➢ Delírio primário: convicção que surge primariamente naquele indivíduo. ➢ Delírio secundário: surge a partir de alguma outra alteração. ➢ Ideia sobrevalorada: ideia que o indivíduo passa a ter a partir de uma supervalorização afetiva (ex: indivíduo apaixonado). Exame do pensamento: ➔ Entrevista Consciência do eu: a ideia é olhar para os elementos que denotam uma percepção individual, de si mesmo, que está dentro da realidade. É uma combinação de cinco elementos: 1. Existência 2. Identidade 3. Unidade 4. Atividade 5. Limites Alterações patológicas (consciência do eu): ● Existência: indivíduos gravemente deprimidos podem dizer que sua existência está menos intensa, mais fraca. Pode PSICÓLOGA CONCURSEIRA chegar a um delírio (convicção de que ele próprio não existe). ● Identidade: mudança na percepção de identidade. Pode ocorrer em quadros psicóticos (paciente acha que é outra pessoa). Pode ocorrer em episódios dissociativos, em situação de muita ansiedade. ● Unidade: o indivíduo acha que existem dois “eus”. Basicamente vista em quadros psicóticos. ● Atividade: sensação de estar sendo controlado por algo/alguém. ● Limites: percebe-se misturado com o mundo. Ideia de que pode ser invadido ou invadir outros. Exame da consciência do eu: ➔ Entrevista ➔ Observação PSICÓLOGA CONCURSEIRA
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