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Diagnóstico e Tratamento de Doenças Periodontais

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Isabella Batista Ribeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isabella Batista Ribeiro. 
Diagnóstico, classificação e tratamento 
 
 
 
 
 
 
1. Anamnese: 
Histórico médico, histórico odontológico, 
fatores de risco (principais fatores de risco 
para doença periodontal: diabetes, fumantes), 
condições de higiene. 
2. Exame radiográfico: 
Panorâmica, periapical completo. 
- Nível de crista óssea (vertical: está associada 
a raiz do dente, na maioria das vezes há bolsa 
periodontal, pois é um nicho de bactérias; 
horizontal: de forma uniforme na maioria dos 
dentes, no sentido horizontal). 
- Cálculo. 
- Lesões de furca. 
3. Exame clínico: 
- Sondagem (muito cálculo, perda óssea, lesão 
de furca). 
 
 
Gengivite: 
Sem perda de inserção/óssea. 
PS ≤ 3mm. 
ISM ≥ 10%. 
*Gengivite induzida pelo biofilme (Localizada ou 
Generalizada). 
É quando a presença do biofilme é essencial para a 
presença da gengivite. 
Localizada: quando o ISM é menor 
que 30%; 
Generalizada: quando o ISM é maior que 30%. 
 
a) Gengivite associada somente ao biofilme: 
Gengivite em periodonto íntegro: 
PBS ≤ 3mm; 
10% ou mais dos sítios com SS; 
Ausência de perda de IC; 
Ausência de perda óssea radiográfica. 
Gengivite em periodonto reduzido: 
Tem perda de inserção, porém não tem profundidade 
de sondagem. JCE exposta, mas sem profundidade de 
bolsa periodontal, causada por traumas. 
Sem histórico de periodontite; 
PBS ≤ 3mm; 
10% ou mais dos sítios com SS; 
Perda de IC; 
Possível perda óssea radiográfica. 
Gengivite em periodonto reduzido tratado 
periodontalmente: 
Paciente que já tratou a doença periodontal. 
 
História de tratamento de periodontite; 
Perda de IC; 
PBS de até 3 mm; 
10% ou mais dos sítios com SS; 
Perda óssea radiográfica. 
 
b) Gengivite mediada por fatores sistêmicos ou 
locais: 
 
Sistêmicos: fumo, hiperglicemia, 
medicamentos, hormônios, condições 
hematológicas, ingestão baixa de 
micronutrientes antioxidantes (ex: vitamina C). 
 
Locais: fatores de retenção de biofilme, 
xerostomia. 
 
Exame clínico 
Anamnese 
Exame 
radiográfico 
 Diagnóstico 
GENGIVITE X PERIODONTITE 
Isabella Batista Ribeiro. 
c) Aumento gengival influenciado por 
medicamento: 
 
Ciclosporina. 
Gengivite não induzida pelo biofilme. 
É quando não está relacionada ao biofilme, 
não precisa da presença do biofilme. 
Periodontite: 
Uma gengivite evolui para uma periodontite 
quando a gengivite não é tratada e tem perda 
de inserção e bolsa periodontal. 
Estágio I, Estágio II, Estágio III, Estágio IV. 
 
Fase 0: 
Anamnese, mudança de comportamento, 
condições de higiene, controle de doenças. 
Fase 1: 
Terapia periodontal não cirúrgica. 
Instrumentações supra e sub gengivais, sem 
terapias auxiliares. 
 
Raspagem com as curetas. 
 
Seguir o plano de tratamento. 
Anestesiar quando autorizar. 
 
Fase 2: 
Terapia periodontal cirúrgica. 
 
Se ainda houver sangramento no fundo da 
bolsa. 
Fase 3: 
Terapia periodontal de suporte. 
 
 
Grau de inflamação gengival: 
IPV (Índice de placa visível): passar a sonda e 
verificar se tem placa. 
IC (índice de cálculo) 
ISM (Índice de sangramento marginal): 
sondagem no sulco gengival sem aprofundar. 
 
 
 
 
Cálculo para o percentual: 
Número de dentes x 6 (sítios avaliados) 
Número de faces coradas 
 
Regra de três 
Total de sítios avaliados 100 
Total de faces coradas ? 
Classificação quanto à extensão da gengivite 
ISM < 10% - Gengivite incipiente (clinicamente 
saudável). 
ISM > 10% e < 30% - Gengivite Localizada. 
ISM > 30% - Gengivite Generalizada. 
Avaliação de destruição periodontal: 
PBS – Profundidade de bolsa à Sondagem. 
Margem gengival até o fundo da bolsa. 
 
NCI – Nível clínico de inserção. JCE até o fundo 
da bolsa. Quando não vê a JCE não tem 
recessão gengival, e se anota a mesma medida 
da PBS. 
 
ISS – Índice de sangramento a sondagem. 
Quando retirar a sonda ver se vai sangrar. 
6 sítios por sondagem (distal, mediano e 
mesial das faces vestibulares e 
linguais/palatinas). 
 
SUP – Supuração. Fase aguda da lesão, avaliar 
se está supurando espontaneamente ou se 
quando aperta sai secreção. 
 
Furca – comprometimento de furca. As áreas 
de bifurcação podem ser melhores avaliadas 
com a sonda Nabers (curva e romba). Nos 
dentes inferiores se sonda pela vestibular ou 
pela lingual e nos dentes superiores sondar 
pelas proximais. 
 
➢ Grau I: Profundidade de sondagem 
menor ou igual a 3 mm e menor que 
2/3 da distância da furca. 
TRATAMENTOS: 
EXAME CLÍNICO: 
Isabella Batista Ribeiro. 
➢ Grau II: Sondagem horizontal maior 
que 3 mm. 
➢ Grau III: Destruição óssea de um lado 
a outro da furca. 
➢ Grau IV: Destruição de um lado ao 
outro da furca com retração de tecido 
mole deixando a furca clinicamente 
visível. 
 
Mobilidade 
➢ Grau 0: mobilidade fisiológica, 
horizontal de 0,1 a 0,2 mm. 
➢ Grau 1: mobilidade horizontal até 
1mm. 
➢ Grau 2: mobilidade horizontal acima 
de 1 mm. 
➢ Grau 3: mobilidade horizontal e 
vertical, impossibilitando a função do 
dente. Não tem tratamento, caso de 
extração. 
 
 
Quanto á severidade da doença: 
Estágio I: 
Estágio inicial da doença. 
Maior perda de inserção – 1 a 2 mm. A 
profundidade de bolsa normal é de até 3 mm, 
se estiver 4 mm teve perda de inserção de 1 
mm. 
 
Perda óssea radiográfica – terço coronário < 
15% (horizontal). 
 
Perda de dentes – nenhum. Não se contabiliza 
os 3° molares para fazer diagnóstico de 
doença periodontal. 
 
O máximo de dentes que um paciente 
periodontal vai ter são 28 dentes. 
 
Complexidade – PBS máxima de 4 mm. 
Estágio II: 
Maior perda de inserção – 3 a 4 mm. A 
profundidade de bolsa normal é de até 3 mm. 
 
Perda óssea radiográfica – terço coronário 
(horizontal). 
 
Perda de dentes – nenhum. 
 
Complexidade – PBS ≤ 5 mm. 
Estágio III: 
Maior perda de inserção – ≥ 5 mm. A 
profundidade de bolsa normal é de até 3 mm. 
 
Perda óssea radiográfica – além do terço 
coronário (vertical). 
 
Perda de dentes – ≤ 4mm. 
 
Complexidade – PBS ≥ 6 mm. Perda óssea 
vertical; furca grau II ou III. 
 
Estágio IV: 
Maior perda de inserção – ≥ 5 mm. A 
profundidade de bolsa normal é de até 3 mm. 
 
Perda óssea radiográfica – terço coronário 
(vertical). 
 
Perda de dentes – ≥ 5mm. 
 
Complexidade – todas do estágio III + colapso 
oclusal. 
Quanto à extensão e distribuição: 
Localizada: < 30% 
 
Generalizada: ≥ 30% 
 
Padrão incisivo/molar: quando os dentes mais 
afetados são os incisivos e molares. 
Quanto ao grau de evolução da doença: 
Se a doença está evoluindo lentamente ou 
rapidamente. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA PERIODONTITE: 
Isabella Batista Ribeiro. 
 
Evidência direta de progressão: comparação dos 
exames iniciais com os de um segundo momento, 
apenas os pacientes que acompanhamos (dados 
longitudinais). 
Evidência indireta de progressão: vamos avaliar os 
pacientes pelo percentual de perda óssea, pelo 
fenótipo do caso e pela presença de alguns fatores 
modificadores como: fumo e diabetes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PROGRESSÃO GRAU A GRAU B GRAU C 
Evidência 
direta 
Perda óssea rx 
ou perda de 
inserção. 
Nenhuma perda 
em 5 anos. 
< 2mm em 5 
anos. 
≥ 2mm 
em 5 
anos. 
Evidência 
indireta 
% Perda 
óssea/idade. 
< 0.25 0.25 – 10 
 
> 1.0 
 
 Fenótipo do 
caso. 
↑ biofilme 
↓ destruição 
Biofilme e 
destruição 
equivalentes 
↓ 
biofilme 
↑ 
destruição 
Fatores 
de risco 
Fumo. 
 
Não fumante. 
 
< 10 
cigarros/dia. 
≥ 10 
cigarros 
/dia. 
 Diabetes. Normoglicêmico. HbA1c < 
7.0% 
HbA1c > 
7.0 
Isabella Batista Ribeiro. 
Ordem de Prioridade e Plano de 
Tratamento 
Ordem de prioridades 
Ordem de prioridades: 
É a sequência descritas sobforma de especialidade a 
serem empregados durante o tratamento. Parte-se de 
um padrão pré-determinado que pode sofrer 
alterações de acordo com o caso clínico em questão. 
As alterações variam de acordo com as necessidades 
do caso clínico, podendo haver ou não algumas 
especialidades. 
Ordem padrão: 
PERIO – CIRURGIA – DENTÍSTICA – ENDO – PRÓTESE. 
Emergência: 
Contudo, existe uma variável que pode se tornar a 
primeira prioridade em um caso clínico: A 
EMERGÊNCIA. 
A emergência pode ser causada por dor (endodontia, 
cirúrgica, periodontal) e até mesmo de natureza 
estética (não é oriunda de dor). 
EX: 
Paciente com um quadro de pulpite irreversível; 
Paciente que por algum motivo fraturou um elemento 
da bateria labial anterior sup/inf. 
EMERG (natureza) - PERIO - CIRUR - DENTÍSTICA - 
ENDO – PRÓTESE. 
A emergência pode ocorrer mais de uma na arcada e 
até mesmo mais de uma no mesmo dente. 
Não se faz nada sem devolver a saúde oral do 
paciente. 
Quando estiver presente deverá ser anotado e ao lado 
pontuado o tipo de emergência em questão entre 
parênteses. 
Quando estiver presente deverá ser tratada 
prioritariamente, ainda que o paciente necessite de 
procedimentos da mesma especialidade do fator 
emergencial, aguardando o momento adequado de ser 
tratado. 
 
Condicionamento do meio: 
Na periodontia, faz-se o condicionamento do meio. 
Com a colher de dentina remover a dentina amolecida 
fazendo curativo em massa com óxido de zinco e 
eugenol ou ionômero de vidro. 
Para estancar o processo de cárie e para dar tempo de 
passar pelas outras especialidades da forma correta. 
Na periodontia, faz-se a profilaxia, curativo em massa 
(se houver cavidades abertas), instrução de higiene 
oral, aplicação tópica de flúor, assim, trazendo para 
cavidade oral uma condição de saúde bucal. 
EX de casos: 
Um único dente com indicação para Exodontia inflama 
e se torna uma emergência de natureza cirúrgica, na 
ordem de prioridades o nome CIRUR é subtraída. 
Mais de um elemento dentário com indicação para 
Exodontia, mas apenas um com inflamação, se 
tornando uma emergência cirúrgica, se trata a 
emergência do dente em questão e segue a ordem de 
prioridade, e os outros dentes segue a ordem de 
prioridade normal sem pular etapas. 
Um dente para fazer exodontia, esse dente começa a 
doer, se tornando uma emergência endodôntica, a 
palavra endodontia aparece novamente, pois o 
tratamento endodôntico tem mais de uma sessão de 
tratamento. Na emergência se faz o acesso, 
esvaziamento até terço médio da raiz, irrigação 
abundante com hipoclorito, seca o canal radicular, 
colocar uma medicação intracanal, uma bola de 
algodão fechando a embocadura do canal e colocar 
um curativo provisório. Dando continuidade ao 
tratamento endodôntico até chegar no momento final 
que é a obturação e depois se pensa como vai fazer a 
reabilitação da coroa do dente. 
 
A emergência pode surgir durante o tratamento, 
alterando a ordem de prioridades. 
Para o que está fazendo e faz a emergência. 
PERIO – CIRURGIA – EMERG (endo) – DENT – ENDO – 
PRÓT. 
Odontologia moderna: 
Especialidades como Implantodontia e Ortodontia 
também fazem parte da ordem de prioridades, sendo 
Isabella Batista Ribeiro. 
apreciadas após a remoção de todas as enfermidades. 
Em caso de necessidade das duas especialidades a 
ortodontia vem antes da implantodontia. SEMPRE 
antes da endodontia e depois da prótese. 
PERIO – CIRUR – DENT – ENDO – ORTO – IMPLANTE – 
PRÓT. 
Toda vez que tiver essas especialidades envolvidas tem 
que estar com a boca em condições. 
Ortodontia é antes, pois tem que definir os espaços 
(distância mésio-distal). 
Implantodontia determina a distância mésio-distal, 
pois não tem ligamento periodontal, ou seja, não se 
movimenta. 
 
 
Conhecer as necessidades: 
O que o paciente procura. 
Condições psicológicas: 
O fator mais importante na ELABORAÇÃO DE UM 
PLANO DE TRATAMENTO a ser seguido é sem sombra 
de dúvidas, o bem-estar do paciente e a qualidade de 
vida que este obterá, tanto fisiológico funcional 
quanto psicológica, ao final do tratamento. 
Condições culturais: 
Não devemos impor planos de tratamento de acordo 
com nossas convicções nem tão pouco planos 
extremamente complexos e mirabolantes. 
Devemos atingir, sempre que possível, as expectativas 
do paciente, ainda que seja a forma mais simples. 
Anamnese e plano de tratamento: 
Esta é a fase mais importante do tratamento, pois é 
quando o paciente é avaliado tanto local como 
sistemicamente. 
✓ Anamnese. 
✓ Exame clínico. 
✓ Exame intra-oral. 
✓ Exame radiográfico. Normalmente parte da 
radiografia panorâmica, depois as periapicais. 
✓ Exames complementares. 
✓ (Diagnóstico/prognóstico). 
✓ Plano de tratamento. 
 
 
Um bom planejamento leva a um tratamento de 
sucesso e com longevidade. 
Exames clínicos e complementares: 
Para realizar uma correta montagem do plano de 
tratamento, bem como a detecção das prioridades do 
paciente, durante o exame clínico deveremos realizar 
uma profilaxia com pedra pomes e água, além de 
possuir exames radiográficos atualizados, modelos de 
estudo e se necessário exames complementares. 
Método de identificação dos dentes: 
A Notação Dentária Internacional é representada por 
dois dígitos, a dezena indicando o quadrante, e a 
unidade indicando o dente. 
 
O plano de tratamento é uma listagem de todas as 
necessidades e procedimentos a serem executados em 
um caso clínico. 
Sua anotação parte do quadrante 1 ao quadrante 4 
sempre começando de posterior para anterior. 
No plano de tratamento deverá constar apenas o 
elemento (ELM) a ser manipulado e o procedimento 
ser executado constando complementos (como 
classificação de black ou kennedy) e face. 
Procedimento final: 
EX: ELM. 12, restauração cl. IV (mivp) R.C. 
EX: ELM. 27, Exodontia. 
Procedimento intermediário: 
Nenhum procedimento intermediário pode entrar no 
plano de tratamento. É o detalhamento do passo a 
passo. 
EX: Rx, anestesia, isolamento absoluto, remoção de 
tecido cariado, preparo cavitário, curativo, sutura, 
etc... 
OBS: Todo procedimento intermediário deverá constar 
na ficha de desenvolvimento clínico. 
PLANO DE 
TRATAMENTO 
Prontuário. 
Isabella Batista Ribeiro. 
Não deverá constar no plano de tratamento elementos 
dentários que não terão procedimentos a serem 
efetivamente executados. 
EX: Sulco pigmentado, cárie inativa. 
Lembrete – Plano de Tratamento: 
Todo tratamento executado sem uma criteriosa 
indicação, é um sobretratamento que por sua vez é 
considerado IATROGENIA, sendo passível de punição 
pelo código de ética (CRO). 
EX: 
Uso de selante em um elemento com cárie inativa; 
Aplicação tópica de flúor sem critério específico. 
Observação – Plano de Tratamento: 
Em todo caso clínico que for evidenciado, durante a 
elaboração de plano de tratamento lesões de cárie 
ativas, dentes fraturados ou ainda cavidades com 
restaurações deslocadas, deverá ser realizada o 
condicionamento do meio utilizando a colher de 
dentina em seguida o ZOE ou CIV, considerando o 
material restaurador a ser utilizado na futura 
restauração. 
EX: Resina composta e amálgama de prata. 
Quando instalada uma doença periodontal mais grave, 
devemos diagnosticar se deveremos preservar ou 
realizar a exodontia de alguns elementos dentários, 
por finalidade protética ou prognóstico duvidoso. 
Elaboração – Plano de Tratamento: 
Em todo caso clínico que se fizer necessário a 
raspagem, esta deverá abrir o plano de tratamento. 
Em todo plano de tratamento que se fizer necessário a 
realização de recontorno e repolimento das 
restaurações adaptadas, estas deverão constar em 
seguida. 
Em todo caso clínico que for evidenciado, durante a 
elaboração do plano de tratamento, dentes 
condenados, estes deverão ser removidos após a 
raspagem e/ou recontorno e repolimento das 
restaurações existentes. 
Restosradiculares: 
Restos radiculares são fragmentos de raízes, 
geralmente oriundas de fraturas ou cárie dentária, e 
que não tem condições de se submeter a nenhum tipo 
de tratamento reabilitador (endodôntico e/ou 
protético) sendo indicados somente para exodontia. 
Muito cuidado em diagnosticar. 
 
 
 
 
 
Princípios biomecânicos em PPR 
• O sistema de PPR é definido como a disposição 
das partes ou dos elementos de um todo, 
coordenados entre si, e que funcionam como 
uma estrutura organizada. 
• Ao conseguir anular as forças do alimento 
triturante e o alimento puxa puxa 
corretamente, a prótese estará estável. 
• O suporte final como de extremo livre é a 
fibromucosa, sempre eu ver uma protese 
Classe I ou Classe II, há algo a mais para ser 
feito e etabilizar o sistema, pois a mucosa flete 
20x mais do que a força empregada. Quanto 
mais flete, mais sacrifica o restante do 
sistema. 
• O término posterior inferior da PPR é o mesmo 
da prótese total – papila periforme. Tem que 
ser recoberta. 
• O ideal é trabalhar com o arco reduzido a 1° 
molar, a maior extensão possível da base da 
prótese e o grampo na mesial no pilar de 
extremo livre. 
• A função da extenção da base da PPR é: 
Aumentar a área e distrubuição de forças que 
vão incidir nos dentes. 
• Extremo livre é ideal que tenha menor número 
de dentes possíveis com a maior extenção da 
base possível, pois vai distribuir melhor a força 
oclusal pela base e sacrificar menos o sistema. 
Considerações: 
Estrutura de suporte 
↑ tolerância fisiológica. 
< risco. 
< forças potencialmente nocivas. 
Resto 
radicular 
Dente com 
destruição 
coronária 
Isabella Batista Ribeiro. 
 
Radiografia + condição periodontal. 
Suporte final para PPR: 
= Osso 
Dente – ligamento periodontal – osso alveolar – base 
PPR – mucosa de revestimento – osso de rebordo 
alveolar. 
Minimização de forças nocivas em 
PPR: 
Distribuição e direcionamento das forças dependem: 
• Componentes. 
• Seleção. 
• Desenho. 
• Localização. 
• Oclusão harmoniosa. 
 
 
Definição: 
Barra rígida que suporta em algum ponto de seu 
comprimento o fulcro. 
Em um lado tem um ponto de suporte e do outro lado 
tem a potência. 
Para ter uma modificação das alavancas se mexe no 
fulcro. Modifica a classe de alavanca. 
Fulcro: ponto de suporte da barra. A barra se 
movimenta ao redor do fulcro. 
F = fulcro; R = resistência; P = potência. 
 
 
 
 
**Intensão do sistema: 
Potência > resistência = Movimento. 
Potência ≤ resistência = Imobilidade. 
Alavanca Classe I (Interfixa): 
Sempre que estiver um PPR de extremo livre tem que 
sair da alavanca Classe I (apoio/fulcro na distal) para 
Classe II. 
PPR extremo livre distal. 
Esforços nocivos, pois não distribui a potência na base 
e no longo eixo do elemento dentário. 
Força distribuída sobre a mucosa. 
Alavanca Classe II (Inter-
resistente): 
PPR extremo livre mesial. 
Resiste a força mastigatória. 
Ausência de esforços nocivos dos pilares. 
Forças distribuídas pelo longo eixo do dente. 
Correção da Classe I (Interfixa). 
Plano Guia: 
Lasca em esmalte feita na proximal do dente pilar, 
para que a PPR tenha um único movimento para 
entrar. 
Trilho de gaveta. 
PGM, PGD. 
Voltado para o espaço ausente. 
Preparo feito no dente. 
Regras de planejamento: 
1. Apoio. 
2. Linha de fulcro (apoio e/ou rebordo). 
3. Retenção indireta. 
4. Retenção direta. 
 
Retentor direto: 
Relacionam-se com os dentes de suporte, ou seja, 
adjacente ao espaço protético. 
Retentor indireto: 
Relacionam-se com dentes secundários de 
suporte, portanto, distantes do espaço protético. 
Os retentores indiretos podem ser: 
Apoios. 
F 
R 
P 
ALAVANCA 
Isabella Batista Ribeiro. 
Distância do fulcro. Deve ser colocado o mais 
distante possível da base sobre o ELD (extremo 
livre distal). 
Qualidade do suporte. Sempre em um dente capaz 
de sustentar sua função. 
* Incisivos não têm essa capacidade. 
Formas do Retentor Indireto: 
Apoio oclusal auxiliar. 
Apoio sobre os caninos. 
Placa lingual inferior e placa palatina superior. 
Placas proximais. 
Linha de fulcro (eixo de rotação): 
Mais de uma linha de fulcro pode existir para a 
mesma PPR. 
Depende da direção de aplicação de força. 
Quanto mais linhas de fulcro, maior a possibilidade 
de movimentação da PPR. Mais tem que anular o 
giro da PPR. 
Possíveis movomentos da PPR: 
1. 
2. Rotação sobre eixo longitudinal quando a base 
de EL rotaciona ao redor. 
3. Rotação sobre o eixo vertical localizado no 
centro da arcada. 
RESULTADO: 
Forças oclusais verticais, horizontais e 
oblíquas. 
IMPEDIDO: 
Retentores indiretos. 
Grampos. 
Placas proximais. 
 
 
Prótese total imediata 
Confeccionada para ser instaladas imediatamente após 
a extração dos dentes naturais remanescentes, com o 
objetivo de amenizar a abrupta transição do estado de 
dentado para o de edentado total. 
Indicações: 
Sempre que tiver uma indicação de extração de dentes 
remanescentes e o paciente puder se beneficiar das 
vantagens que a prótese total pode proporcionar. 
Contra-indicações: 
Em pacientes cujo o estado físico e/ou psíquicos não 
suportariam a intervenção cirúrgica. 
Alterações patologicas externas envolvendo dentes e 
osso alveolar e/ou basal, grande remoção de tecido. 
* Uso de bisforfanato (Alendronato). Quando um 
paciente faz uso da classe dos bisforfanato, pede-se o 
exame CTX para ver o nivel do risco de osteonecrose 
nos maxilares que ele se encontra no paciente, pode 
ser alto risco, médio risco e baixo risco. esse 
medicamento impede o osteoclasto de agir, 
impedindo a remodelação óssea já que o osteoclasto é 
o que chega primeiro, e consequentemente impedido 
também a cicatrização. Desconfiar quando toma um 
remédio, na maioria da vezes indicado pela 
ginecologista, uma vez por semana no mesmo dia e no 
mesmo horário. 
Não concordância do paciente. 
Vantagens: 
Anatômicas: 
Impede a perda imediata da DVO. 
Evita o espraiamento língual. 
Minimiza as alterações na ATM. 
Impede o colapso labial e o afundamento das 
bochechas. 
 
Funcionais: 
Reduz os trantornos fonéticos. 
Facilita a mastigação, reduzindo os reajustes 
distéticos e digestivos. 
Musculatura permanece em função normal. 
Estéticas: 
Impede o colapso facial, evitando o 
arqueamento da linha de selamento dos lábios 
e comissura. 
Com frequencia, permite melhorar o aspecto 
estético do paciente. 
Psicológicas: 
Continuidade da vida social, equilíbrio 
emocional. 
Isabella Batista Ribeiro. 
Facilita a decisão de extrair os ultimos dentes 
naturais. 
Reduzir os transtornos para acostumar com o 
usa de uma PT. 
Cirúrgicas: 
Proteção dos locais de extração. 
Induz a um melhor remodelamento do 
rebordo remanescente (remodelamento 
planejado). 
Desvantagens: 
Requer maior número de consultas 
de reajuste. 
Não permite prova de prótese (estética). 
Dor pós-operatória aumentada. 
Maior complexidade dos procedimentos 
clínicos. 
Custo total mais alto. 
1a consulta: diagnóstico e 
planejamento. 
Anamnese. 
Exame clínico. 
Exame radiográfico. 
Modelos de estudos, se necessário. 
Moldagem preliminar com ALGINATO. 
Confecção de moldeira individual. 
Confecção da moldeira começando: 
• 1° - exodontia dos dentes posteriores 
• 2° - exodontia dos dentes anteriores e 
instalaçao da prótese. 
2a consulta: vedamento periférico e 
moldagem. 
Procedimentos semelhantes aos da PT 
convencional, porém um cuidado maior é 
necessário nas áreas retentivas dos dentes 
remanescentes. 
Obtenção de modelo de trabalho. 
Lab: confecção da placa base e plano de cera 
sobre a área edentada. 
3a consulta: registros intra-orais. 
Limite posterior. 
Altura e inclinação do plano de cera. 
DVO. 
Arco facial. 
RC. 
Montagem dos modelos no ASA. 
Escolha dos dentes e da cor. 
 
Lab: montagem dos dentes. 
• Remoção gradual dos dentes do modelo e 
recontorno do rebordo alveolar.• Quando a montagem difere muito dos dentes 
naturais, é aconselhável que o profissional 
monte pelo menos os seis dentes anteriores 
superiores. 
4a consulta: Cirurgia e instalação da 
prótese. 
Ter certeza de que a prótese está pronta. 
Cirurgia. 
Ajusta das áreas de pressão: guia cirúrgico. 
Instalação da prótese. 
Ajuste das desarmonias oclusais grosseiras. 
Orientações orais e por escrito: pós-oper. e 
uso contínuo da prótese por 24h. 
5a consulta: ajuste após 24h. 
Remoção da prótese. 
Limpeza dos tecidos e da prótese. 
Ajuste: 
Áreas de pressão. 
Extensão das bordas. 
Oclusão. 
Consultas de retorno: 
As próteses totais imediatas requerem ajustes 
acontínuos e reembasamentos por 5 a 6 
meses. 
8 a 12 meses pós-exodontia, é indicada a 
confecção de novas próteses. 
 
 
Plano de tratamento – 
continuação. 
Restos radiculares: 
Isabella Batista Ribeiro. 
Restos radiculares são fragmentos de raízes, 
geralmente oriundas de fraturas ou cáries dentária, e 
que não tem condições de se submeter a nenhum tipo 
de tratamento reabilitador (endodôntico e/ou 
protético) sendo indicados somente para exodontia. 
 
 
 
 
 
 
 
Restos radiculares são fragmentos de raízes, sem 
condições de se submeter a nenhum tipo de 
tratamento reabilitador a não ser exodontia. 
 
Destruição coronária é o dente que houve perda total 
ou parcial da coroa, contudo existe um remanescente 
radicular capaz de ser reabilitado. Reabilitação feita 
através de tratamento endodôntico, com um retentor 
intraradicular (NMF ou Pino pré-fabricado) e 
finalizando com uma coroa protética. 
 
Observação – Restos radiculares: 
Tomar cuidado com terminologias como fratura 
longitudinal da coroa clínica e fratura longitudinal do 
dente geralmente o planejamento é bem diferente e 
pode mudar todo o plano de tratamento. 
Elaboração: 
• Todo caso clínico que for evidenciado, durante 
a elaboração do plano de tratamento cárie 
ativa, estas deverão ser tratadas após as 
exodontias e sempre utilizando o isolamento 
absoluto. 
Quando se fala em cárie ativa, na primeira 
sessão de raspagem em periodontia, faz o 
curativo em massa (condicionamento do meio) 
colocando ionômero de vidro ou óxido de 
zinco e eugenol (o eugenol interfere na resina 
composta) nas cavidades abertas, para que o 
processo carioso seja estancado 
momentaneamente para que dê tempo ao 
dente de passa pelas prioridades anteriores á 
dentística. 
• Em todo plano de tratamento que se fizer 
necessário o tratamento endodôntico, este 
será apreciado após a realização das 
restaurações. 
• Em todo plano de tratamento que se fizer 
necessário a confecção de prótese, seja ela 
fixa, removível ou sobre implante, esta 
finalizará o referido plano. 
• Em todo plano de tratamento que se fizer 
necessário a confecção de prótese, e que este 
necessite de NMF (Núcleo metálico fundido) e 
coroa protética, os mesmos deverão constar 
em tópicos diferentes do plano, referindo-se o 
n° do dente em questão. Quando houver mais 
de um procedimento em um mesmo dente. 
Ex: 
26 NMF. 
26 Coroa metalocerâmica. 
Observação: 
Núcleo metálico fundido. 
O tamanho do NMF/pino pré-fabricado deve ser 
preferencialmente de 2/3 de remanescentes de guta 
percha do tratamento endodôntico da raiz. 
Guta percha: Cones rosas. Material termoplástico 
utilizado na obturação do canal radicular. 
1/3 de guta percha e 2/3 de NMF. 
Condição extrema: 
Contudo, aceita-se numa condição extrema de 
trabalho com a proporção de 1:1 NMF/coroa metálica. 
Trabalhar com margem de 4 mm de guta percha no 
1/3 apical. 
Pessoas pequenas com raízes de dentes pequenas. 
Núcleo tem que ter no mínimo 1:1 com o TMC 
(tamanho médio de coroa) e o NMF. 
TMC: Canino inferior – 10,3 mm. 
14 mm de remanescente radicular. 
Braço de potência (coroa protética) maior que a o 
braço de resistência (NMF). 
BP>BR. 
Quando a potência e resistência tem a mesma força, 
ela fica neutralizada. Quando a resistência (núcleo) for 
maior que a potência (coroa protética) o prognóstico é 
favorável. 
Vai ser considerado como resto radicular e 
encaminhado para exodontia. 
Resto radicular 
Dentes com 
destruição 
coronária 
Isabella Batista Ribeiro. 
O tamanho do NMF (braço de resistência) quando 
menor que o tamanho da coroa protética (braço de 
potência), estará sujeito ao deslocamento da peça 
protética e/ou fratura da porção radicular. 
Retração óssea: 
O BR só é um BR quando tem um osso abraçando a 
raiz, pois ele dá suporte ao dente. 
Em caso de retração óssea, tudo que está para fora da 
margem gengival é considerado BP. 
BR só conta crista óssea alveolar para baixo, pois é 
onde tem osso. 
TMC: Canino inferior – 10 mm. 
4 mm de perda óssea. 
14 mm de remanescente radicular. 
BP>BR. 
Exodontia. 
Destruição coronária (sem invasão do 
espaço biológico): 
Trata-se de elementos dentários que tiveram sua 
coroa clínica total ou parcialmente destruídas, sem 
invasão do espaço biológico, mas que possuem 
integridade radicular, permitindo a reabilitação mor-
estético-funcional do dente. 
Faz a conta simples. 
Normalmente esta reabilitação se dá através de 
tratamento endodôntico (se não possuir), retentor 
intraradicular (pino ou NMF) e coroa total, PPF ou 
coroa parcial (onlay, inlay ou overlay). 
Observação: 
Em casos de dentes multirradiculares, o retentor será 
fixado na raiz de maior volume utilizando-se a entrada 
de um conduto menor como apoio. 
No molar inferior trabalha com a raiz distal. No caso do 
molar superior vai trabalhar com a raiz palatina. Em 
caso de dentes múltiplos utiliza o canal menor para dar 
o apoio. 
Destruição coronária (com invasão do 
espaço biológico): 
Trata-se de elementos dentários que tiveram sua 
coroa clínica total ou parcialmente destruídas, com 
invasão do espaço biológico, mas que possuem 
integridade radicular, permitindo a reabilitação morfo-
estético-funcional do dente, desde que seja 
reconstruído o espaço biológico. 
Só pode reabilitar depois de restaurar o espaço 
biológico. 
36 ACC (aumento de coroa clínica). 
36 Trat. Endodôntico. 
36 NMF (núcleo metálico fundido). 
36 CMC (coroa metaloceramica). 
Observação: 
Normalmente, esta reabilitação se dá através de 
aumento de coroa clínica, tratamento endodôntico (se 
não possuir), retentor intraradicular (pino ou NMF) e 
coroa total, PPF ou coroa parcial (onlay, inlay ou 
overlay). 
Contudo, é sabido que para a realização do ACC, se faz 
necessário perdermos cerca de 3 mm da área de 
resistência. 
Observação – Destruição coronária: 
Logo, se queremos diagnosticar se um dente com 
destruição coronária poderá ser ou não reabilitado, 
devemos tem em mente que: 
O tamanho do remanescente intraradicular deverá ser 
maior ou igual ao tamanho médio do tamanho da 
coroa do dente em questão. Preferencialmente 2/3. 
Um dente que for colocar um NMF, deverá possuir 1/3 
apical em guta percha ou 4 mm. 
Se o dente em questão necessitar de ACC, serão 
subtraídos 3 mm. 
Então, se após essa conta o remanescente 
intraradicular for maior ou igual ao tamanho médio da 
coroa do dente, esse elemento dentário poderá ser 
reabilitado. 
Contudo, se a mesma conta ser um resultado menor 
que o tamanho da referida coroa, o dente será 
considerado resto radicular e deverá ser encaminhado 
para a exodontia. 
Observação – Plano de tratamento: 
É importante lembrar que a elaboração do plano de 
um tratamento parte do quadrante 1 ao 4, como se 
Isabella Batista Ribeiro. 
fosse um “C” invertido, contudo, a execução dos 
procedimentos nele contidos, obedecem a ordem de 
prioridades. 
Um diagnóstico de um elemento errado significa um 
plano de tratamento errado, o que pode gerar 
consequências para todo o tratamento realizado. 
 
 
Preparo Bucal para ReceberPPR 
Bibliografia: 
 Prótese Parcial Removível de McCracken – 8a 
edição – Castleberry e McGivney - ed. Artes 
Médicas 
 Atlas de Prótese Parcial Removível – Reynaldo 
Todeschan 
OBS: 
No dente se confecciona o nicho, na estrutura metálica 
vem o apoio. 
Apoio é parte integrante da PPR, onde tem o nicho se 
faz o plano guia, o que entra no plano guia que faz o 
movimento de gaveta na estrutura metálica é a placa 
proximal. 
Tem o braço de ação, e o braço de reciprocidade, com 
isso vai se puxar o conector menor que vai ligar ao 
conector maior. 
 
Preparo bucal: 
 
• Periodontal (gengivite, periodontite); 
• Cirúrgico (remanescente tecidual); 
• Condicionamento de tecido (patologias). 
• Dentes suporte ou dentes pilares (dentística 
ou alteração de contorno se necessário). 
• Dependendo do delineamento dos dentes de 
suporte, do grau de mobilidade, da qualidade 
de suporte ósseo, da resistência do elemento 
tem que checar a periodontia, a radiologia. 
• Se tiver que extrair dente, não pode se moldar 
após uma extração e tem que fazer uma 
provisória, pois o rebordo vai estar 
edemaciado e sofrendo remodelação óssea. 
Preparo periodontal: 
 
Objetivos: 
• Remoção dos fatores etiológicos; 
• Eliminação ou redução de bolsas; 
• Reparo da arquitetura óssea e gengival; 
avança da relação oclusal 
funcional/estabilidade do dente. 
• Controle de placa. 
 
Terapia periodontal básica 
• Instrução de higiene; 
• Raspagem radicular; 
• Eliminação de interferências oclusais 
grosseiras; 
• Ajuste oclusal (se necessário). 
 
Terapia periodontal avançada: 
 
Cirurgias periodontais: 
• Gengivectomias; 
• Retalhos Periodontal. 
 
Preparo cirúrgico: 
• Exodontias; 
• Remoção de raízes residuais; 
• Dentes impactados; 
• Dentes mal posicionados; 
• Cistos e tumores odontogênicos; 
• Exostose e tórus; 
• Tecido hiperplásico (exame histopatológico); 
• Inserções musculares e freios; 
• Espículas ósseas; 
• Ulcerações; 
• Aumento de rebordo alveolar – síndrome de 
Kelly. 
 
Preparo dos dentes suporte: 
• Serão sempre trabalhados depois do 
delineamento. 
• Será efetivado sempre a partir dos modelos 
delineados e tripoidizados (tratamento do 
modelo). 
Isabella Batista Ribeiro. 
• Modelo de estudo – gesso tipo III; Modelo de 
trabalho – gesso tipo IV. 
• Todo dente adjacente ao espaço edêntulo 
receberá sempre apoio e placa proximal. 
Então terá que fazer plano guia e nicho. 
 
Classificação dos dentes suporte: 
• Requerem pequenas restaurações; 
• Requerem restaurações fundidas parciais; 
troca por restauração inlay ou onlay. 
• Requerem restaurações totais. 
 
Sequência dos preparos: 
1. Superfícies proximais: 
Planos guias. 
2. Alteração dos contornos coronários (quando 
necessários). – retenção dos grampos – em 
relação ao equador protético (baixa, alto). 
Há uma haste analisadora e uma ponta 
calibradora no delineador, essa ponta que diz 
aonde vai para a ponta ativa do grampo, quando 
essa ponta estiver muito embaixo ou muito em 
cima vai causar retenção. 
Toda vez que tiver alteração do contorno tem que 
moldar após fazer. 
3. Preparo dos nichos: 
➢ Oclusal (pré-molar e molar). 
➢ Cíngulo (dentes anteriores). 
➢ Preparo das superfícies proximais. 
 
Planos Guias: 
• Toda proximal adjacente ao espaço adjacente 
vai ter um plano guia, que determinará um 
único eixo de inserção. 
• Função: 
• Determinar uma via de colocação/inserção e 
remoção da PPR. Quanto mais posições tiver 
para colocar a PPR, mais fácil ela vai sair; 
• Eliminar áreas de retenção de alimentos entre 
os dentes suporte e a prótese; 
• Somente feito nos elementos adjacentes ao 
espaço protético; 
• Assegurar o correto desempenho dos 
componentes de reciprocidade, estabilidade e 
retenção. 
 
Características: 
• Devem ser paralelos entre si (através do 
delineamento); 
• Deve ter 2/3 da largura intercuspídea; 
• Deve ter 2/3 da altura (ocluso-gengival); 
• Deve estar sempre presente na superf. dental 
adjacente ao espaço edêntulo; 
• Devem ser no mínimo dois planos. 
• Alterações de contorno (se necessário). 
 
Preparo do nicho oclusal: 
Propósito: 
• Prover apoio no sentido ocluso-gengival; 
• Manter posicionados os demais componentes 
da PPR; 
• Evitar o traumatismo dos tecidos moles; 
• Orientar as forças no sentido do longo eixo dos 
dentes suporte. 
Características: 
• Forma triangular arredondada; 
• Extensão nos molares de 2,5mm no mínimo; 
• Redução da crista em 1,5mm; 
• Não possuir bordos cortantes; 
• Ângulo entre o apoio e o conector menor 
sempre < que 900 . 
OBS: 
• Em um molar, a distância vestíbulo-
lingual/vestíbulo-palatina não pode ser maior 
que a metade da largura. 
• O comprimento não pode ser maior do que 
1/3 do dente. 
• Se entrar em dentina é para restaurar. 
• Em um pré-molar é a metade da distância e o 
comprimento é 1/3. 
• Largura se divide o dente ao meio e é a 
metade da distância. 
• Quando for fazer o comprimento é 1/3. 
 
Profundidade de nichos palatinos 
• Comprimento mésio-distal: 2,5 a 3,0 mm 
• Largura Vestibulo-lingual: 1,5 mm 
• Profundidade: ~ 1,5mm 
 
Modelo de trabalho: 
Isabella Batista Ribeiro. 
Materiais utilizados em uma moldagem em PPR 
Materiais de moldagem de Silicone: 
• Silicone de Condensação. 
• Silicone de Adição. 
 Base pesada e Base Leve. 
 
Causas de um modelo Impreciso: 
1) Distorção da moldagem: 
• Uso de uma moldeira não rígida; 
• Pelo deslocamento parcial da moldeira; 
• Pelo “encolhimento” do material; 
• Pela expansão do material; 
• Tentativa de vazar/verter o gesso (tipo IV). 
 
1. Este modelo é enviado ao laboratório para a 
confecção da estrutura metálica; 
2. Moldeira de estoque; 
3. Seleção de moldeira de Estoque e 3 porções 
da Base pesada; 
4. Atenção na hora do catalisador, tem que estar 
homogênea; 
5. Envolver toda a moldeira com Plástico filme. 
Com a moldagem pesada tem que fazer alívio 
para ter espaço para base fluida; 
6. Levar a boca do paciente; 
7. Retirar o plástico filme; 
8. Base Leve + catalisador; 
9. Atenção: a base leve primeiro na moldeira; 
10. Depois levar a base leve na boca do paciente; 
11. Em seguida levar a moldeira a boca do 
paciente; 
12. Aspecto da moldagem final; 
13. Fazer a desinfecção da moldagem; 
14. O gesso que devemos usar para verter / vazar 
/ modelar é o gesso tipo IV; 
Atenção ao tipo de silicone usado: 
➢ Condensação. O subproduto dele é o alcool 
etílico, tem que esperar de 20 min a 1 hora 
para recuperação da memória elástica. 
➢ Adição. Mais rígido e não pode manipular com 
a luva de látex. Permite o revasamento. 
15. Este modelo é enviado ao laboratório para a 
confecção da estrutura metálica. 
16. A partir de uma moldagem para obtenção de 
um modelo de trabalho de PPR o gesso de 
escolha será sempre o gesso do tipo IV. 
 
17. Prescrição laboratorial: 
Por favor encontre: 
 Modelo de trabalho inferior tripoidizado e 
modelo de estudo delineado tripoidizado. 
Por favor fabrique: 
 Estrutura de PPR Inferior com apoio oclusal na 
mesial, placa proximal distal e retenção .25 na 
mésio-vestibular e grampo do tipo 
circunferencial no elemento 35. Apoio oclusal 
na mesial, placa proximal na distal e retenção 
.25 na médio vestibular e grampo do tipo “i” 
no elemento 45. Apoio em cíngulo no 
elemento 33 e 43. Conector maior do tipo 
placa lingual. 
Obrigado. 
18. Prova e ajuste da estrutura metálica: Quando 
não está encaixando, faz o ajuste em prótese 
total com pasta zinco enólica para revelar as 
zonas de contato. No caso de uma estrutura 
de PPR revelar as zonas de contato com 
carbono líquido, com cera, caneta de 
retroprojetor ou com liquid paper. 
19. Levar a boca do paciente. 
20. Ajuste com a arcada antagonista. 
21. Para fazer o registro intermaxilar: 
➢ Classe I e II. 
➢ Classe III e IV. 
22. Planos de cera para fazero registro 
1) Isolar com vaselina 
2) Base de resina acrílica 
23. Placa base de resina acrílica auto 
polimerizável. 
24. Posicionamento e recorte. 
25. Acabamento. 
26. Fixação da placa base na estrutura metálica. 
27. Fixação do plano de cera. 
28. Atenção a altura do plano de cera. 
29. Registro de Mordida do paciente (RC ou 
MIH?). 
30. Registro da cor do dente (escala de cor). 
31. Enviar ao laboratório para montagem de 
dentes. 
32. Prova em cera e ajustes (4°consulta). 
33. Fazer a moldagem do rebordo. 
34. Após os ajustes fazer a moldagem do rebordo. 
35. Enviar ao laboratório para acrilizar com pasta 
zinco enólica. 
36. Atenção: não colocar a moldagem do rebordo 
no modelo de trabalho. 
37. Enviar o modelo de trabalho ao laboratório. 
Isabella Batista Ribeiro. 
38. Colocar a prótese na boca do paciente. 
39. Ajustes internos. 
40. Ajuste oclusal. 
41. Orientações para manutenção e higiene. 
Orientações para manutenção e higiene (higiene e 
refeições e antes de dormir): 
✓ Escova e sabão neutro. 
✓ Remoção de prótese a noite. 
✓ Colocação em recipientes com água. 
✓ Hidratação. 
42. Retornar ao consultório de 6 em 6 meses. 
 
 
Plano de tratamento periodontal 
Objetivos do tratamento: 
• Eliminação da infecção. 
• Redução ou resolução da gengivite (SS). 
• Redução da PBS. 
OBS: 
O sangramento marginal é feito percorrendo a 
margem com a sonda (SM). Índice de sangramento a 
sondagem é feito através da sondagem no longo eixo 
do dente (ISS). 
PBS, NCI, SS podem ser avaliados simultaneamente. 
PBS: parâmetro é da margem gengival até o fundo do 
sulco ou bolsa. 
NCI: parâmetro é da JCE até o fundo do sulco ou bolsa. 
Quando o NCI é maior que a PBS tem recessão 
gengival. Se o NCI tem 5mm e 2mm de PBS tem 3 mm 
de recessão gengival. 
PBS maior que NCI é quando tem uma pseudo bolsa. O 
que caracteriza a bolsa periodontal é quando o epitélio 
juncional migra em direção apical e tem 
aprofundamento do sulco e formando bolsa. Ou seja, 
quando o epitélio juncional sai da posição original e 
migra em direção apical e tem perda de inserção. 
Se não há perda de inserção e há o crescimento 
coronal pela inflamação configura uma pseudo bolsa. 
Objetivos clínicos: 
• < 10% sítios com ISS. 
• Nenhum sítio com PBS > 5 mm, mas 
preferencialmente ≤ 4 mm. 
• Fatores de risco para periodontite que podem 
ser controlados devem ser tratados. 
o Controle inadequado de placa. 
o Diabetes mellitus. 
o Tabagismo. 
Fases da terapia periodontal: 
• Fase 1: inicial/higiênica. (fase 0) 
• Fase 2: fase ativa do tratamento. (fase 1) 
• Fase 3: fase cirúrgica. (fase 2) 
• Fase 4: terapia periodontal de manutenção ou 
suporte. (TPS) 
Fase 1: inicial/higiênica 
• Instrução de higiene oral/motivar o paciente a 
realizar um controle eficiente de placa. 
• Remoção de biofilme e cálculo supragengival. 
• Remoção de fatores retentivos de placas. 
Restaurações com excesso, sobre contorno, 
mal adaptada. 
• Exodontia de dentes considerados “perdidos”. 
 
➢ Remoção de FRP (fator retentivo de placa) do 
1° quadrante + profilaxia. 
➢ Por qual quadrante começar a raspagem 
supragengival? 
Por onde tem mais cálculo (lingual dos 
anteriores inferiores e vestibular dos molares, 
pois próximas a saída de saliva). 
Frase 2: fase ativa do tratamento 
• Terapia periodontal associada a causa, faz-se a 
raspagem subgengival e alisamento radicular. 
• Raspagem subgengival. 
• Tratamento adjuntos podem ser aplicados 
(enxaguante bucal, antimicrobianos, 
clorexidina 0,12%, antibióticos). 
o Clorexidina é o nosso padrão ouro, 
pois tem uma alta substantividade. 
Alta substantividade é o tempo que a 
substância fica ativa no meio, fica ativa 
durante 12hrs (indicada de 12 em 
12hrs). 
Métodos de terapia associada à causa: 
• Escolha do(s) dente(s) – onde tem maior PBS. 
Isabella Batista Ribeiro. 
• Preferencialmente, a RAR deve ser realizada 
sob anestesia local. 
• Sondagem criteriosa (sonda exploradora). 
• RAR. 
• Resondagem repetidas vezes. 
• Toda instrumentação da superfície radicular 
deve ser realizada como apoio digital 
adequado. 
o OBS: Só se faz raspagem subgengival 
quando há PBS ≥ 4 mm. 
Fatores que influenciam RAR: 
• Anatomia radicular. 
• Habilidade do operador. 
• Tempo de tratamento. 
• Afiação do instrumento. 
• Instrumentos ultra-sônicos. 
Reavaliação: 
Retorno em no mínimo 45 a 60 dias, pois é o tempo 
que o epitélio precisa para cicatrizar. Se faz um novo 
periograma para comparar. 
O resultado deve considerar: 
• Grau de resolução da inflamação. Que o ISS 
seja > 10%. 
• Grau de redução da profundidade de 
sondagem. A bolsa tem que ser ≤ 4mm. 
• Alterações dos níveis de inserção clínica. 
• Grau de redução da mobilidade dentária. 
• Melhora da higiene oral do paciente. 
Se o paciente tiver sucesso na terapia periodontal pula 
a fase cirúrgica. 
Caso não tenha sucesso na terapia periodontal, pode 
repetir a fase ou ir para a fase cirúrgica. 
Para ir para a fase cirúrgica há um pré-requisito: 
higiene oral. 
Fase 3: fase cirúrgica. 
• Cirurgia de raspagem aberta. Abre com retalho 
para fazer raspagem, pois facilita a visualização 
e vê toda superfície radicular. 
• Cirurgia ressectiva ou regenerativa. 
Pós fase cirúrgica: ortodontia, implantodontia, 
reabilitação. 
Fase 4: manutenção ou terapia 
periodontal de suporte. 
Não há tempo determinado, pois depende do grau da 
doença, da higienização do paciente, fatores de risco 
do paciente. 
Sistema de controle deve ser estabelecido para cada 
paciente, individualmente, de maneira a incluir: 
• Métodos de controle de placa executadas pelo 
próprio paciente e monitorado pelo 
profissional. 
• Procedimento de RAR. 
• Aplicação de flúor. 
• Controle de recorrência das restaurações. 
Objetivos: 
• Prevenção de recorrência da doença. 
Esta fase do tratamento periodontal visa: 
• Prevenir ou atenuar recorrência da doença 
periodontal. 
• Evitar ou reduzir as perdas dentárias. 
• Tratar ou diagnosticar outras desordens 
encontradas na cavidade bucal. 
Periodicidade das consultas de manutenção: 
• Tipo e severidade da doença periodontal; 
resposta ao tratamento; grau de cooperação 
do paciente; condições sistêmicas. 
 
 
Antibióticos sistêmicos em 
periodontia 
• 1928 – Alexander Fleming 
• 1ª Guerra Mundial: 1914-1918 
• Fungo – Penicillium notatum 
• 2ª Guerra Mundial: 1939 
Por que utilizar antibióticos na terapia periodontal? 
• Doenças sistêmicas. 
• Redução de periodontos patógenos. Fator de 
virulência é a habilidade que os micro-
organismos têm de ser patogênicos ao 
hospedeiro. 
• Micro-organismos. 
• Todos a dificuldade de eliminar 
completamente por meio da terapia mecânica 
os periodonto patógenos justifica o uso de 
antibióticos. 
Isabella Batista Ribeiro. 
Complexos microbianos de 
Socransky. 
 
• Espécies do complexo laranja aumentando 
significa que tem um ambiente mais associado 
a doença. Quanto mais laranja tiver, os micro-
organismos do laranja tem receptores do 
complexo vermelho que são os periodontos 
patógenos. 
• Os anaeróbios (complexo vermelho): quanto 
menos oxigenio tiver, mais eles vão gostar. 
Utilização de antibióticos: 
• Natureza infecciosa da doença periodontal. 
• Limitação na eficácia da terapia mecânica. 
Razões para o insucesso da terapia 
mecânica: 
• Deficiência imunológica. 
• Presença de bactérias nos canalículos 
dentinários. 
• Recolonização por bactérias que invade 
tecidos. 
• Dificuldade de acesso para o debridamento. 
• Presença de patógenos desconhecido. 
Fases da terapia periodontal: 
• Fase 1: Inicial/Higiênica (fase 0). 
• Fase 2: Fase ativa do tratamento (fase 1). 
Onde entram os antibióticos. 
• Fase 3: Fase cirúrgica (fase 2). 
• Fase 4: Terapia periodontal de manutenção ou 
suporte (TPS). 
Dosagem e duração: 
• Não estão totalmente determinadas na prática 
periodontal. 
• Risco de resistênciabacteriana! 
Atualizando alguns conceitos: 
• Os estudos avaliavam médias de PB e médias 
de NCI, e não como um todo. Não mostravam 
o controle da doença periodontal. 
• A seleção de medidas de resultados é um 
passo crítico em pesquisas clínicas. A maioria 
dos RCTs medindo os efeitos do início de 
terapias periodontais anti-infecciosas usam 
como resultados as mudanças das médias em 
PDB ou em NIC. 
• Entretanto, esses parâmetros não refletem a 
remissão/controle da doença ao nível do 
paciente. 
• 724 pacientes dos EUA, Alemanha e Brasil 
tratados para periodontite. 
• Estudo sugere que o endpoint clínico (onde 
precisa chegar para alcançar o controle) de ≤ 4 
sítios com PDB ≥ 5mm é efetivo para 
determinação da remissão/controle da doença 
após terapia periodontal e pode representar o 
“endpoint” a ser aplicado no conceito “treat-
to-target” nos RCts. 
The treat-to-target concept: 
• Conceito de tratar para chegar no objetivo. 
• Esse conceito foi introduzido na literatura 
médica no final da década de 90, e seu 
princípio básico é tratar uma doença até que 
um objetivo clínico ou laboratorial pré-
específico seja alcançado. 
• Eficácia comprovada em doenças crônicas, 
como diabetes (objetivo: níveis glicêmicos); 
aterosclerose (objetivo: níveis de colesterol); 
AVC (objetivo: pressão sanguínea arterial). 
• Embora efetivo, o grande desafio dessa 
abordagem de tratamento é identificar os 
objetivos que reflitam a remissão/controle da 
doença. 
• “Endpoint” clínico foi estabelecido pela 
primeira vez em 2012 - Feres et al. (2012). 
• Posteriormente, esse parâmetro foi reportado 
em outros estudos que avaliaram tratamento 
periodontal (Mestnik et al., 2012; Teughels et 
al., 2013; Faveri et al., 2014; Harks et al., 2015; 
Laleman et al., 2015; Tekce et al., 2015; 
Tamashiro et al., 2016; Cosgarea et al., 2017; 
Isabella Batista Ribeiro. 
Araujo et al., 2019; Almeida et al., 2020; 
Castro dos Santos et al., 2020; Borges et al., 
2017). 
Regimes antibióticos utilizados: 
• Associação de RAR + AMX (amoxicilina) e MTZ 
(metronidazol) sistêmicos tem sido sugerida 
como protocolo terapêutico efetivo para o 
tratamento da periodontite severa (van 
Winkelhoff et al., 1989). 
Esse protocolo ganhou força após a publicação de: 
• 5 revisões sistemáticas sobre o tema (Rabelo 
et al., 2015; Sgolastra, Gatto, Petrucci, & 
Monaco, 2012; Sgolastra, Petrucci, Gatto, & 
Monaco, 2012; Zandbergen, Slot, Cobb, & Van 
der Weijden, 2013; Zandbergen, Slot, 
Niederman, & Van der Weijden, 2016); 
• 6 ensaios clínicos randomizados (RCTs) 
mostrando que os benefícios clínicos do uso 
adjunto de MTZ + AMX duram por 1 a 2 anos 
(Feres et al., 2012; Goodson et al., 2012; Harks 
et al., 2015; Mestnik et al., 2012; Mombelli, 
Almaghlouth, Cionca, Courvoisier, & 
Giannopoulou, 2015; Tamashiro et al., 2016). 
• Ausência de RCTs para comparar o impacto 
desses diferentes protocolos na terapia 
periodontal. 
• A maior variação entre os estudos clínicos que 
avaliam os efeitos de MTZ + AMX na terapia 
periodontal é a dosagem de MTZ (250 e 400 
mg, 3x/dia) e a duração do regime antibiótico 
(7-14 dias) (Feres, Figueiredo, Soares, & Faveri, 
2015). 
• Falta de um protocolo claro para o uso de 
antibióticos na terapia periodontal. 
• Prescrição periodontal dessas drogas tem sido 
baseada em prescrições usadas na medicina. 
• Redução na efetividade do controle da 
infecção e desenvolvimento de efeitos 
colaterais. 
• Esse estudo teve como objetivo avaliar os 
efeitos clínicos das diferentes dosagens e 
duração da administração sistêmica de MTZ + 
AMX no tratamento da periodontite crônica 
severa generalizada. 
Metodologia: 
• Indivíduos com periodontite crônica severa 
generalizada foram randomicamente 
distribuídos para receberem RAR – 
unicamente ou combinada com 250 ou 400 
mg de MTZ + AMX (500 mg) 3x/dia, durante 7 
ou 14 dias. 
• Indivíduos foram monitorados por 1 ano. 
• O tamanho da amostra ideal para assegurar 
potência adequada para esse estudo foi 
baseada na porcentagem de voluntários que 
alcançaram ≤4 sítios com profundidade de 
sondagem (PD) ≥5 mm, que foi considerado 
“clinical endpoint” de terapia em um estudo 
prévio (Feres et al., 2012). 
• Indivíduos com periodontite crônica severa 
generalizada foram selecionados da Clínica de 
Periodontia da Universidade de Guarulhos, SP. 
• Critérios de inclusão foram: ≥30 anos de idade, 
≥15 dentes, pelo menos 30% de sítios com PD 
e NIC ≥4 mm e SS e ≥ 6 dentes com pelo 
menos 1 sítio cada com PD e NIC ≥ 5 mm. 
• Critérios de exclusão foram: gravidez, 
amamentação, fumantes e ex-fumantes com 
até 5 anos, doenças sistêmicas que podem 
afetar a progressão da periodontite, RAR nos 
últimos 12 meses, uso prolongado de anti-
inflamatórios, necessidade de antibiótico 
profilático para tratamento dentário e alergia 
a MTZ e/ou AMX. 
 
• A administração dos antibióticos/placebos 
começou imediatamente após a primeira 
sessão de RAR. 
• Primeiro: Raspagem supragengival e IHO com 
o mesmo dentifrício para todos (Colgate Total; 
Colgate Palmolive Co, SP, Brasil) durante todo 
o estudo. 
• RAR foi realizada por 2 periodontistas 
treinados usando curetas manuais (Hu- Friedy, 
Chicago, IL, USA) e ultrassom (Cavitron Select 
SPC, Dentsply professional,York, PA, USA). 
Isabella Batista Ribeiro. 
• Primeira sessão: raspagem full-mouth. 
• Sessões seguintes: RAR de grupos específicos 
de dentes, começando com os de maior 
profundidade. 
• RAR foi completada em 2 semanas. 
Resultados: 
• 14 dias de of MTZ + AMX foi o único preditor 
significante alcançando o “clinical endpoint” 
em 1 ano. 
• A frequência de efeitos adversos não teve 
diferença entre os grupos (p >0.05). 
• Os dados do estudo indicam que a duração de 
MTZ + AMX teve um impacto maior na eficácia 
do tratamento que a dosagem de MTZ. 
• Uma possível explicação para esse achado é a 
conhecida tolerância aos agentes 
antimicrobianos do biofilme associado 
(Costerton, Stewart, & Greenberg, 1999; 
Socransky & Haffajee, 2002). 
• Provavelmente, períodos de exposição longa a 
antibióticos seriam necessários para matar 
microorganismos que vivem em um biofilme 
subgingival altamente organizado. 
• Além disso, o tratamento da maioria das 
infecções médicas foca na eliminação de um 
ou poucos patógenos, enquanto o sucesso do 
tratamento periodontal necessita de uma 
mudança no perfil microbiológico subgengival. 
• A nova “comunidade biofilme climax” formada 
após 14 dias de MTZ + AMX adjunto à RAR é 
muito mais firme, e os benefícios clínicos 
desse tratamento duram por 1 a 2 anos pós-
tratamento (Feres et al., 2015; Soares et al., 
2014; Socransky et al., 2013; Tamashiro et al., 
2016) 
• O fato da dose de MTZ não influenciar a 
eficácia clínica do tratamento sugere que a 
concentração de MTZ no fluido gengival 
crevicular provavelmente fica constante após 
uma dose diária de 750mg. 
ATENÇÃO!!!! 
• É necessária uma avaliação detalhada dos 
efeitos microbiológicos das diferentes doses 
de MTZ antes de recomendar a substituição 
das doses de 400 ou 500 mg de MTZ por doses 
mais baixas, tendo em vista que doses mais 
baixas de antibiótico são importantes fatores 
contribuintes para o aumento da tolerância 
microbiana a esses agentes. (Leekha, Terrell, & 
Edson, 2011; Yap, 2013). 
• Esse estudo foi o primeiro RCT desenhado 
para comparar protocolos antibióticos 
comumente usados na prática periodontal. 
• Uso prolongado ou o uso curto insuficiente 
para matar os patógenos pode aumentar o 
risco de desenvolver resistência microbiana ao 
antibiótico. 
• Os resultados desse estudo representam uma 
importante contribuição para a tomada de 
decisão no tratamento periodontal. 
Conclusão: 
• O uso adjunto de 400 0u 250 mg de MTZ + 
AMX, 3x/dia durante 14 dias, mostrou 
significância estatística e benefícios clínicos 
relevantes comparandocom RAR apenas no 
tratamento de pacientes com periodontite 
crônica generalizada severa. 
 
 
 
 
MTZ +AMX Redução da necessidade de cirurgia 
periodontal. 
 
 
 
 
Qual dosagem? Qual duração? Em 
que momento? 
• AMX- 500 mg + MTZ – 400/500 mg (ou 
250mg). 
• 7 a 14 dias (dependendo da complexidade). 
• Começar junto com a RAR, mas sempre 
romper todo o biofilme antes de iniciar. 
Não esqueçam!! 
• Toda a ecologia oral precisa ser alterada: de 
um perfil microbiano associado à doença a um 
perfil compatível com saúde (não apenas sítios 
profundos); 
MTZ +AMX Redução da necessidade de cirurgia 
periodontal. 
 
PENSE NISSO ANTES DE OPERAR SEU 
PACIENTE! 
 
Isabella Batista Ribeiro. 
• Casos severos devem ser tratados com MTZ 
250/400 mg + AMX 500 mg de 08/08 horas 
adjuvante à RAR durante 14 dias. 
➢ Estágios III e IV generalizados; 
➢ Padrão incisivo/molar, 
➢ Diabéticos descompensados; 
➢ Fumantes pesados. 
 
 
Delineadores 
Não se faz delineamento para prótese provisória, e sim 
para PPR definitiva que é a grampo. 
• Aparelho usado para determinar o paralelismo 
relativo entre duas ou mais superfícies dentais 
ou estruturas adjacentes de interesse 
protético. 
• Item essencial no diagnóstico, planejamento e 
execução da PPRG. 
Delinear: 
• Procedimento feito para delimitar e estudar o 
paralelismo – ou sua ausência – entre as 
superfícies dentais, os dentes entre si, e entre 
os dentes e o rebordo ósseo (que será 
utilizado como suporte). 
• Melhor trajetória de inserção da PPRG. 
O triângulo formado é uma área de retenção/espaço 
morto, no planejamneto não queremos essa área, pois 
pode acumular placa. Em casos como esse se faz 
preparos. 
• As perpendiculares são paralelas entre si. 
• A haste vertical é rigorosamente perpendicular 
à plataforma. A haste do delineador vai estar 
sempre vertical. 
• O delineador permite medir o quão paralelo 
são as superfícies dentais e os detalhes 
anatômicos do rebordo alveolar de interesse 
protético, entre si. 
 
• O delineador permite determinar a maior 
circunferência de um plano horizontal. 
Divide a coroa do dente em duas zonas: 
➢ Zona retentiva. 
➢ Zona não retentiva/expulsiva. 
Equador anatômico: 
• É a linha de maior circunferência de um dente, 
que divide a área retentiva da expulsiva. 
Equador protético: 
• É a linha equatorial do dente determinada 
com o uso do delineador. 
• Depende da inclinação do dente no arco, e 
pode ou não coincidir (dente inclinado) com o 
equador anatômico. 
Objetivos do delineador em PPR: 
• Estabelecer o eixo de inserção e remoção da 
prótese; 
• Localização de áreas de alívio; 
• Estabelecer o paralelismo relativo entre as 
superfícies duras e moles da boca 
representadas no modelo de estudo; 
• Aumentar a retenção dos dentes suporte, 
determinando a melhor área para localização 
da ponta ativa do grampo de retenção; 
• Determinação da necessidade de planos guias. 
Componentes do delineador: 
1. Plataforma/base. 
2. Haste vertical fixa. 
3. Braço horizontal. 
4. Haste vertical móvel. 
5. Mandril. 
6. Porta modelos. 
Porta modelos: 
• Parte constituinte do delineador; 
• Também chamada de mesa analisadora. 
 
1. Suporte para modelos. 
2. Junta universal. 
3. Fixador da junta universal. 
Ponta analisadora: 
• Define a melhor posição do modelo. 
Ponta faca ou cinzel: 
• Remove excessos indesejados de retenção no 
gesso, gerando superfícies paralelas entre si, 
também conhecidas como plano guia. 
Isabella Batista Ribeiro. 
Ponta calibradora: 
• Determinam o grau de retenção no elemento 
dentário, localizado abaixo do equador 
protético. 
• Necessárias para localização da ponta do 
grampo de retenção de cada liga metálica a 
ser utilizada na estrutura de PPRG. 
• Cada tipo de retenção está ligado a um tipo 
específico de liga metálica. 
 
Ponta porta grafite: 
• O grafite faz o delineamento, a marcação do 
equador protético, dividindo-o em áreas 
retentivas e expulsivas. 
• Para finalizar a etapa de delineamento, 
colocamos novamente a ponta calibradora – 
0,25 CoCr – e marcamos com um lápis o local 
exato que o técnico de prótese deverá colocar 
a área retentiva do grampo. 
• Determinar o grau de retenção da ponta ativa 
do grampo. 
Sequência de delineamento: 
1. Avaliação do modelo de gesso. 
 
2. Análise preliminar do modelo de estudo. 
Visa estudar, qualitativamente, os suportes quanto a 
capacidade de reter os grampos. 
- Técnicas de delineamento: 
a. Técnica pontos. 
b. Conveniência. 
Seleção dos três pontos: 
• Triângulo equilátero. 
Pontos posteriores: 
• Dois pontos simétricos na crista marginal dos 
suportes mesiais. Dois pontos dos dentes mais 
posteriores. 
Ponto anterior: 
• Modelo superior: 
Nos incisivos centrais entre 1/3 incisal e 
médio. 
• Modelo inferior: 
Borda incisal. 
Caso não tenha nenhum dentes posterior, coloca-se 
cera para simular os dentes. 
Técnica de conveniência: 
São analisadas todas as áreas do modelo que deverão 
se relacionar com o aparelho levando-se em conta: 
• Interferências dentárias; 
• Fibromucosa; 
• Planos guia; 
• Estética. 
O resultado é uma trajetória de inserção mais 
conveniente (passiva) às peculiaridades anatômicas do 
caso até uma posição média do modelo. 
3. Traçado das linhas equatoriais. 
Determinar equador protético: 
• Não coincide sempre com o equador 
anatômico. 
• Traçado com porta ponta grafite. 
• Escolha dos retentores. 
 
4. Calibragem da retenção. 
• Para determinar qual metal utilizar na 
prótese. 
• Colocar a ponta calibradora. 
5. Fixação da via de inserção. 
• Traz a haste para fixar. 
6. Desenho. 
• Informar para o laboratório como se 
quer a estrutura. 
7. Mapeamento: 
• Retoques no desenho = modelo 
mapeado orienta para preparo da 
boca. 
Alterações necessárias: 
• Planos guia proximais. 
• Adequação vestibular e 
lingual/palatino. 
• Remoção de tórus. 
• Extração de dentes lesionados 
periodontalmente. 
Estudo dirigido: 
1. O que é calibragem em PPR? 
2. Quais os fatores que influenciam a seleção do 
disco de calibragem? 
3. Como deve ser feita a calibragem? 
Isabella Batista Ribeiro. 
4. O procedimento de calibragem deve ser feito 
sobre o modelo de estudo ou de trabalho? 
5. Quais são os componentes do delineador? 
6. Por que precisamos de um planejamento 
prévio para o delineamento? 
Passo a passo PPR: 
I. Anamnese. 
II. Exame clínico. 
III. Moldagem de estudo/inicial para 
delineamento. Modelo de estudo é utilizado 
para delinear, pos nesse modelo pode-se fazer 
alterações. 
IV. Modelo de estudo (alginato e gesso III). 
V. Delineamento 
1. Avaliação de modelo de gesso 
2. Ponta analisadora. 
3. Ponta porta grafite: determina o equador 
protético. 
4. Calibragem de retenção: determina qual liga 
usar. 
VI. Desenho no modelo ou no papel. 
VII. Moldagem de trabalho (silicone de 
condensação e gesso IV), tendo ou não 
alteração na boca do paciente. 
VIII. Modelo de trabalho. 
IX. Envio do desenho e modelo de trabalho para o 
laboratório. 
X. Prova da estrutura metálica. 
XI. Plano de cera até tocar em todos os dentes 
antagonistas. 
XII. Remoção do conjunto metal + cera. 
XIII. Envio para o laboratório para montagem de 
dentes. 
XIV. Entrega da PPR para o paciente.
Isabella Batista Ribeiro.

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