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Redes de Computadores (1)

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UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS DE REDES DE COMPUTADORES E CAMADA FÍSICA 
APRESENTAÇÃO 
No universo moderno da tecnologia de comunicação, deparamo-nos com o desafio atual da busca pela conectividade com disponibilidade 
constante e qualidade nas taxas de transmissão a custo acessível para a maioria, em uma infraestrutura dispendiosa que requer relativamente 
alta manutenção. O profissional atuante nesta área deverá estar constantemente atualizado, pois a implementação de novas tecnologias é o 
caminho para sua permanência no disputado mercado de trabalho de Tecnologia da Informação. Nesta disciplina, abordaremos 
conhecimentos sobre os padrões e tecnologias, princípios de instalação, configuração, adequação e manutenção para cada aplicação remota. 
As normas de aplicação nortearão as melhores práticas no sentido de viabilizar a comunicação entre uma infinidade de dispositivos e recursos 
disponíveis hoje no mercado. O conhecimento da classificação das redes quanto à abrangência, tipos, topologias, elementos de transmissão e 
conexão e protocolos permearão todo este material e promoverão pontos de análise e reflexão importantes para seu entendimento e 
contextualização no panorama mundial das telecomunicações modernas. Sejam bem-vindos e ótimos estudos! 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
• Conhecer a evolução dos sistemas computacionais; 
• Conhecer os princípios de transmissão de informação; 
• Conhecer os meios físicos de transmissão. 
TÓPICOS DE ESTUDO 
Evolução dos sistemas computacionais 
// Definição das redes de computadores 
// Redes locais, metropolitanas e geograficamente distribuídas 
// Redes geograficamente distribuídas 
// Topologias de redes de computadores 
// TCP/IP X OSI 
// Estrutura do modelo OSI em camadas 
Princípios de transmissão da informação 
// Tecnologias básicas de comunicação 
// Tipos de sinal 
// Modos de transmissão 
// Taxa de transmissão 
// Codecs e modems 
// Meios físicos de transmissão 
// Transmissão sem fio 
// Tipos de tecnologias de comunicação sem fio 
EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS COMPUTACIONAIS 
Atualmente, os computadores fazem parte da nossa vida de uma forma nunca vista anteriormente. Seja em casa, na escola, na faculdade, na 
empresa ou em qualquer outro lugar, eles estão sempre entre nós, ainda mais se considerarmos o avanço dos smartphones e tablets, que 
permitem uma convivência quase que total do ser humano com o ambiente computacional na atualidade. Mas, ao contrário do que parece, a 
computação não surgiu nos últimos anos ou décadas, mas há alguns milhares de anos. Dependendo da bibliografia, essa realidade surge entre 
3,5 e 7 mil anos atrás com a criação do ábaco, a primeira calculadora da história. 
Após o ábaco, a próxima ferramenta para auxiliar em cálculos matemáticos foi a régua de cálculos, desenvolvida em meados de 1638 por 
William Oughtred, baseando-se na tábua de logaritmos que havia sido inventada por John Napier, em 1614. 
EXPLICANDO: O mecanismo de William era constituído de uma régua que possuía uma quantidade de valores pré-calculados, organizados de 
forma que os resultados fossem acessados automaticamente. Uma espécie de ponteiro indicava o resultado do valor desejado. 
Após a régua de cálculo, tivemos outros inventos, tais como a máquina de Pascal, conhecida como a primeira calculadora mecânica da história, 
inventada nos idos de 1642. Tivemos também o advento da programação funcional por volta dos anos de 1801, depois a máquina de 
diferenças e o engenho analítico, no ano de 1822, e a teoria de Boole com a introdução de um sistema lógico utilizando os algarismos zero e 
um, que deu origem à lógica moderna, no ano de 1847. O primeiro computador foi concebido como uma máquina de engrenagens. Pelos anos 
de 1890 temos o surgimento da máquina de Hollerith com o conceito dos cartões perfurados, e, na primeira metade do século XX, temos os 
primeiros computadores mecânicos. Já a computação no conceito de fase moderna nasce em torno de 1945 com a primeira geração de 
computadores, em que seu principal propulsor está representado pelo ENIAC. 
 
Figura 1. Primeiro computador digital eletrônico de grande escala. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. 
Desenvolvido pelos cientistas norte-americanos John Eckert e John Mauchly, foi criado no ano de 1946 e era 1.000 vezes mais rápido que 
qualquer um dos seus antecessores. Na década de 1960, uma empresa de hardware chamada IBM surgiu como líder em computação, 
apresentando um marco na computação: o IBM 7300, conhecido como Strech, que marcou a segunda geração de computadores, que vai de 
1959 até aproximadamente 1964. Apesar de atualmente ser um “monstro”, para sua época era pequeno em relação aos seus concorrentes. 
Com o início do uso dos circuitos integrados, entre 1964 e 1970, surgiu a terceira geração de computadores, permitindo que vários 
componentes e circuitos fossem armazenados em uma mesma placa, aumentando a velocidade de processamento e também reduzindo o 
custo dos dispositivos. Mais uma vez a IBM veio inovar com o lançamento do IBM 360/91, lançado em 1967. Esse modelo foi o pioneiro em 
permitir a programação da CPU por microcódigos e não precisava ter suas operações projetadas em hardware. Além disso, ele permitia o uso 
de dispositivos modernos para a época, como disco de fita e impressoras simples. 
Avançando para a década de 1970, começaram a surgir versões de computadores que podem ser consideradas como os primeiros 
computadores pessoais, pois acompanhavam um pequeno monitor gráfico que exibia o que estava acontecendo no “PC”. O Altair pode ser um 
desses pioneiros. Como o sucesso da máquina foi muito grande, em 1979 foi lançado o Apple II, que seguia a mesma ideia. Ainda na mesma 
linha, os computadores Lisa (1983) e Macintosh (1984) foram os primeiros a utilizar o mouse e possuírem a interface gráfica como 
conhecemos hoje em dia, com pastas, menus e área de trabalho. 
 
Figura 2. O Macintosh foi o primeiro computador pessoal a popularizar a interface gráfica. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. 
Nessa mesma época, visando a melhoria do seu sistema operacional, Bill Gates acabou criando uma parceria com Steve Jobs e, após algum 
tempo, programou toda a tecnologia gráfica do Macintosh para o seu novo sistema operacional, o Windows. Desta época para cá, a história já 
é mais conhecida, pois tivemos vários processadores lançados, acompanhados de várias versões de sistemas operacionais. 
EXEMPLIFICANDO: Entre os modelos da Intel, podemos citar: 8086, 80186, 80286, 80386, 80486, Pentium 1, Pentium 2, Pentium 3, Pentium 
4, Dual Core, Core 2 Duo, i3, i5 e i7. Também temos a AMD, que entrou no ramo de processadores em 1993, com o K5, lançando 
posteriormente K6, K7, Athlon, Duron, Sempron, entre outros. 
Atualmente, qualquer smartphone tem a capacidade de processamento muito superior aos supercomputadores da segunda ou terceira 
gerações. Além disso, a variedade de equipamentos criada para os computadores é bastante variada, pois temos desktops, laptops, tablets, os 
já falados smartphones e, a cada dia, a evolução tecnológica permite mais dispositivos e possibilidades de inovação nessa área. Porém, com 
toda essa evolução dos computadores, também veio a necessidade de comunicação, da integração entre os diversos computadores, serviços 
mais avançados para os usuários, necessidade de guardar as informações em banco de dados, e assim por diante, por isso fizemos questão de 
mostrar a evolução histórica dos sistemas computacionais antes de entrarmos realmente na área das redes de computadores. 
DEFINIÇÃO DAS REDES DE COMPUTADORES 
Durante as primeiras décadas da utilização dos computadores, eles estavam restritos a áreas corporativas, governamentais, científicas e 
militares, criando, assim, sistemas computacionais altamente centralizados, o que implicava em existir uma máquina que concentrava todos os 
dados, ou seja, um dispositivo que fornecia todo o processamento e todas as informações necessárias.Esse dispositivo era tipicamente um 
computador de grande porte para época, conhecido como Mainframe, do qual qual o maior fabricante da época era a IBM, empresa já 
mencionada anteriormente. 
 
Figura 3. Um computador de grande porte do tipo Mainframe. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. 
Estas poderosas máquinas tinham um poder incrível de processamento (para a época) e uma estrutura onde concentrava as informações. Os 
terminais eram chamados de “Terminais Burros”, pois não tinham processamento interno. Apesar de sua capacidade de processamento, o 
modelo centralizado acabou perdendo forças com a evolução dos PCs (Personal Computers ou Computadores Pessoais), pois o custo elevado e 
características de manutenção acabaram tornando os PCs a solução mais adotada com o passar do tempo. Com o crescimento da variedade e 
oferta dos computadores pessoais, vem também a necessidade de integrá-los de alguma forma. Até certo ponto, essa necessidade de integrar 
ou interagir uns com os outros tinha que ser feita gravando os dados em discos (disquete ou fita) e levando até o outro computador. 
Nesse momento, vários fabricantes iniciaram o desenvolvimento de redes proprietárias, como a Novell e o IPX, o que dificultava a vida das 
empresas, pois ficavam presas a um determinado padrão ou fabricante, o que gerou a necessidade de padronização e o nascimento de 
modelos de referência como o OSI (Open Systems Interconnection ou Interconexão de Sistemas Abertos). As redes se tornam populares e 
praticamente indispensáveis a partir dos anos 1990 com o surgimento da internet e a massificação do uso do protocolo TCP/IP, atual 
protocolo de rede utilizado na internet e nas redes internas das empresas (Intranet). Em termos físicos, as redes iniciam com os cabos 
coaxiais, depois evolui para o uso do UTP, com as redes Ethernet 10baseT. Os cabos coaxiais foram substituídos por pares metálicos após 
algum tempo devido ao custo, espaço ocupado (eles são mais espessos), os conectores mais caros e também devido ao fato de que quando o 
cabo tinha um problema, todos os computadores para trás perdiam conexão com a rede. 
Atualmente, a maioria das redes utiliza uma velocidade de 100Mbps ou 1Gbps em suas LANs (Local Area Network ou Redes Locais) utilizando 
cabos metálicos UTP (Unshielded Twisted Pair ou Pares Trançados não Blindados) e são interligadas por meio de equipamentos chamados 
switches (comutadores) ou eventualmente hubs (atualmente em desuso). Também não podemos esquecer a evolução das redes sem fio, 
chamadas de wireless ou Wi-Fi (Wireless Fidelity ou Fidelidade Sem Fio), que nasceram com velocidades de 11Mbps e, atualmente, tem 
versões em desenvolvimento que prometem velocidades acima de 400Mbps. 
Em uma rede sem fio, temos um elemento chamado AP (Access Point ou Ponto de Acesso) que faz a distribuição do sinal de rede para as 
diversas placas de rede sem fio que estão nos dispositivos dos usuários. Outro meio muito utilizado em redes, principalmente para interligar os 
diversos dispositivos de redes, como os switches, é a fibra ótica. Apesar do seu custo elevado (tanto de instalação como manutenção), ela é 
muito utilizada para interligar os diversos switches ou servidores de alta capacidade dentro de uma rede de computadores. A grande 
vantagem da fibra óptica é sua imunidade às interferências eletromagnéticas e maior largura de banda que o par metálico. 
O uso das redes de computadores em corporações tem o objetivo de gerar economia de tempo e maior controle dos processos, ou seja, 
tornar a organização mais eficiente. Outro ponto importante é a necessidade que as corporações possuem de manter informações em tempo 
real, tornando a rede não apenas um “artigo de luxo”, mas uma necessidade real para seus negócios poderem fluir da melhor maneira 
possível. A maioria das empresas já reconhece que, para ter sucesso nos negócios, é preciso compartilhar informação e manter uma boa 
comunicação não apenas internamente, mas também com todo o ambiente externo (clientes, parceiros, governo etc.). Uma empresa que 
utiliza redes acaba se tornando mais competitiva, uma vez que sua eficiência interna aumenta. 
O uso das redes, em especial da internet, tem proporcionado novas oportunidades para as empresas e novos mercados são alcançados, 
permitindo que a empresa ultrapasse barreiras geográficas, atuando não apenas em sua região, mas de forma nacional, regional ou até global. 
O avanço das redes permitiu o desenvolvimento de diversas aplicações que atualmente fazem parte do nosso cotidiano, tais como: 
1) Acessos a bases de dados via internet; 
2) Acessos às contas bancárias via Internet Banking; 
3) Realização de compras de diversos tipos de produtos e serviços por meio de sites de e-commerce (comércio eletrônico); 
4) Ferramentas de comunicação online como as de chat (bate-papo); 
5) Envio e recebimento de correio eletrônico (e-mail) com ferramentas como o Gmail e muitas outras opções e serviços são cada vez mais 
comuns. 
Em um ambiente corporativo, a rede permite acesso a cadastros de clientes e fornecedores, banco de dados com os produtos disponíveis, 
diversos controles de processos como estoque, pedidos de compra, logística e muito mais. Esses sistemas têm diversos nomes padronizados 
pelas indústrias como ERP (Enterpser_educacional Resource Planning ou Planejamento de Recursos Empresariais), CRM (Customer 
Relationship Management ou Gestão de Relacionamento com o Cliente) e assim por diante. Estes sistemas que podem ser utilizados para 
administrar os processos de uma corporação de maneira única e muito mais eficiente. 
Além disso, em um ambiente corporativo, existe ainda o grande desafio da convergência entre os dados e serviços de multimídia, como voz e 
imagem, pois, atualmente, essa é a realidade de uma rede em uma grande corporação e não mais uma tendência, ou seja, ambientes de rede 
complexos e com cada vez mais dispositivos, diferentes tipos de tráfego e necessidades para serem tratadas pelos elementos de rede. 
REDES LOCAIS, METROPOLITANAS E GEOGRAFICAMENTE DISTRIBUÍDAS 
O conceito de rede se refere à transmissão de dados digitais entre dois ou mais computadores. Este sistema de comunicação é composto por 
elementos ou dispositivos que têm funções bem específicas na rede, tais como os switches, que têm a função de dar acesso à rede para os 
computadores, ou os roteadores, que têm a função de encaminhar os pacotes IP para os destinos corretos, e assim por diante. A conexão física 
entre os dispositivos de computação em rede é estabelecida usando mídia cabo (com fio) ou mídia ar (sem fio). A rede de computadores mais 
conhecida é a internet. 
O conceito de rede se refere à transmissão de dados digitais entre dois ou mais computadores. Este sistema de comunicação é composto por 
elementos ou dispositivos que têm funções bem específicas na rede, tais como os switches, que têm a função de dar acesso à rede para os 
computadores, ou os roteadores, que têm a função de encaminhar os pacotes IP para os destinos corretos, e assim por diante. A conexão física 
entre os dispositivos de computação em rede é estabelecida usando mídia cabo (com fio) ou mídia ar (sem fio). A rede de computadores mais 
conhecida é a internet. 
 
Figura 4. Redes de Longa Distância (WAN) integrando Redes Locais (LAN). Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. 
Toda essa troca de informação é realizada por meio de protocolos. Na ciência da computação ou informática, um protocolo é uma convenção 
ou padrão que controla e possibilita uma conexão, comunicação, transferência de dados entre dois sistemas computacionais. De maneira 
simples, um protocolo pode ser definido como "as regras que governam" a sintaxe, semântica e sincronização da comunicação, ou seja, que 
controlam essa “conversa” entre os dispositivos. Os protocolos podem ser implementados pelo hardware, software ou por uma combinação 
dos dois. 
É bem simples de visualizar a importância dos protocolosde comunicação em rede. Imagine você em uma reunião onde diversas pessoas estão 
sentadas ao redor da mesa querendo expor seus problemas e pontos de vista. Se não houver uma regra ou protocolo fica impossível haver a 
comunicação. Pois é simples de visualizar que se todos falarem ao mesmo tempo, ninguém irá se entender. A função dos protocolos de rede é 
bem semelhante, porém muito mais complexa e com uma variedade de padrões. Falando em termos simples, uma rede precisa dos seguintes 
protocolos: 
1) Os que regulam o acesso aos meios físicos, como Ethernet com CSMA/CD, PPP, Frame-relay, etc.; 
2) Os que regulam o envio pela rede e endereçamento lógico da rede, como o protocolo IP; 
3) Os que regulam o envio das informações dentro dos computadores e as separem em diversas comunicações, como os protocolos TCP e 
UDP; 
4) Os que fornecem os serviços de rede aos usuários, como os protocolos HTTP, FTP, Telnet, DHCP, DNS, etc. 
REDES GEOGRAFICAMENTE DISTRIBUÍDAS 
Uma maneira de categorizar os diferentes tipos de projetos de redes de computadores é pelo seu escopo ou escala. Por razões históricas, a 
indústria de redes refere-se a quase todo tipo de projeto como uma espécie de rede de área. A classificação quanto à abrangência geográfica é 
a mais comum e a que utilizamos em nosso dia a dia. Exemplos comuns de tipos de redes de área são: 
1) LAN (Local Area Network ou Rede Local): são redes que fornecem recursos a um grupo de computadores muito próximos uns dos 
outros, como em um prédio de escritórios, escola ou casa. Geralmente, as LANs são criadas para permitir o compartilhamento de 
recursos e serviços, como arquivos, impressoras, jogos, aplicativos, e-mail ou acesso à internet. Ela é uma rede restrita a áreas físicas 
menores, um escritório local, escola ou casa. Aproximadamente todas as LANs atuais, com ou sem fio, são baseadas em Ethernet. Em 
uma rede local, as velocidades de transferência de dados são maiores do que as da WAN e da MAN, que podem se estender a 10 
Mbps (Ethernet) e 1,0 Gbps (Gigabit Ethernet). 
 
Figura 5. Exemplo de Rede Local (LAN). Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. 
2) WLAN (Wireless Local Area Network ou Rede Local sem fio): são redes LAN que funcionam usando tecnologia sem fio, também 
conhecida como Wi-Fi. Esse tipo de rede está se tornando mais popular à medida que a tecnologia sem fio é desenvolvida e é usada 
mais em casa e por pequenas empresas. Isso significa que os dispositivos não precisam depender tanto de cabos e fios físicos e 
podem organizar seus espaços com mais eficiência. Uma WLAN opera um ou mais pontos de acesso sem fio aos quais os dispositivos 
dentro do alcance do sinal se conectam. 
 
Figura 6. Exemplo de Rede Local sem Fio (WLAN). Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. 
3) WAN (Wide Area Network ou Rede de Longa Distância): são redes consideradas de longa distância, geralmente implantadas por 
empresas de telecomunicações privadas. Elas têm como característica serem distribuídas geograficamente e interconectar várias 
redes locais (LANs). Em uma empresa, uma WAN pode consistir em conexões com a sede da empresa, filiais, site-site, serviços em 
nuvem e outras instalações. Normalmente, um roteador ou outro dispositivo multifuncional é usado para conectar uma LAN a uma 
WAN. As WANs corporativas permitem que os usuários compartilhem o acesso a aplicativos, serviços e outros recursos localizados 
centralmente. Isso elimina a necessidade de instalar o mesmo servidor de aplicativos, firewall ou outro recurso em vários locais, por 
exemplo. 
 
Figura 7. Representação das possibilidades de conexão de uma Rede de Longa Distância (WAN). Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. 
4) MAN (Metropolitan Area Network ou Rede Metropolitana): são redes que conectam dois ou mais computadores, comunicando 
dispositivos ou redes em uma única rede que possui área geográfica maior do que a coberta por uma rede local (LAN), mas menor 
que a região coberta por uma rede de longa distância (WAN). Na maioria das vezes, as MANs são construídas para cidades ou 
vilarejos para fornecer uma alta conexão de dados e geralmente pertencentes a uma única grande organização. 
 
Figura 8. Representação artística de uma Rede Metropolitana (MAN). Fonte: Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. 
5) SAN (Storage Area Network ou Rede de Armazenamento, Rede de Sistema, Rede de Servidores ou, às vezes, Rede Área Pequena): 
são redes de armazenamento que compartilham uma base de dados comuns em um determinado ambiente, normalmente um Data 
Center. As SANs são mais comuns nos armazenamentos de grande porte (storage). O Data Center é um ambiente projetado para 
abrigar servidores e outros componentes como sistemas de armazenamento de dados e ativos de rede (switches, roteadores). 
Utilizam tecnologias como o Fiber Channel (canal de fibra). 
6) PAN (Personal Area Network ou Rede Pessoal ou Privativa): são redes para uso pessoal. As redes PAN geralmente são sem fio, 
instaladas sob demanda (ad-hoc) quando são necessárias para se comunicar entre dois ou mais dispositivos. As redes PAN podem ser 
usadas entre dispositivos pertencentes a duas partes diferentes ou entre dois dispositivos pertencentes a uma pessoa, como um PDA 
e um laptop ou telefone celular. Essas redes geralmente são caracterizadas como de curto alcance, geralmente limitadas a 10 metros 
ou menos de alcance. Um exemplo de uma tecnologia PAN é a rede sem fio bluetooth. 
TOPOLOGIAS DE REDES DE COMPUTADORES 
As redes de computadores permitem que os usuários utilizem sua estrutura de forma que possam compartilhar informações com um melhor 
desempenho. É com a topologia de redes que podemos descrever como estes computadores estão ligados em rede e interligados entre si, 
tanto do ponto de vista lógico como físico. Existem duas maneiras de definir a geometria da rede: a topologia física e a topologia lógica. 
1) Topologia física: descreve o posicionamento dos nós da rede e as conexões físicas entre eles. Isso inclui o arranjo e a localização dos nós da 
rede e a maneira como eles estão conectados. Tipos de topologias físicas: 
 
 
 
Figura 9. Representação das topologias de rede mais usuais. Fonte/; Shutterstock. Acesso em: 27/05/2019. 
• Barramento: cada estação de trabalho é conectada a um cabo principal chamado barramento. Portanto, na verdade, cada estação 
de trabalho é conectada diretamente a todas as outras estações de trabalho na rede; 
• Estrela: existe um concentrador central (hub, switch, roteador, computador etc.) em que todas as estações de trabalho são 
conectadas. Cada estação de trabalho é independente, mas com diversos concentradores elas acabam todas indiretamente 
conectadas; 
• Anel: as estações de trabalho são conectadas em uma configuração de circuito fechado. Pares adjacentes de estações de trabalho 
são conectados diretamente. Outros pares de estações de trabalho estão indiretamente conectados, os dados passando por um ou 
mais nós intermediários; 
• Malha: emprega um dos dois esquemas, chamados de malha completa e malha parcial. Na topologia de malha completa, cada 
estação de trabalho é conectada diretamente a cada uma das outras. Na topologia de malha parcial, algumas estações de trabalho 
são conectadas a todas as outras e algumas são conectadas apenas àqueles outros nós com os quais trocam a maior parte dos dados; 
• Árvore: usa duas ou mais redes em estrela conectadas juntas. Os computadores centrais das redes estelares estão conectados a um 
barramento principal. Assim, uma rede de árvores é uma rede de barramento de redes estelares. 
• Topologia lógica: a topologia lógica refere-se à natureza dos caminhos que os sinais seguem de nó para nó; uma rede lógica é 
governada por protocolos usados pelos dados que se movem sobre ela. Em muitos casos, a topologia lógica é igual à topologia física, 
mas nem sempre é esse o caso. Por exemplo, algumas redes são fisicamente dispostas em uma configuraçãoem estrela, mas 
operam logicamente como redes de barramento ou anel. 
• Modelo TCP/IP: São dois dos padrões de rede que tornam a internet possível. O Protocolo IP (Internet Protocol ou Protocolo 
Internet) define como os computadores podem obter dados entre si por meio de um conjunto interconectado de redes. O Protocolo 
TCP (Transmission Control Protocol ou Protocolo de Controle de Transmissão) define como os aplicativos podem criar canais 
confiáveis de comunicação em uma rede IP. O IP basicamente define endereçamento e roteamento, enquanto o TCP define como 
ter uma conversa por meio de um enlace mediado por IP sem perder os dados. 
 CURIOSIDADE 
O TCP/IP surgiu da pesquisa de redes do Departamento de Defesa dos EUA. 
4) Modelo OSI: O OSI (Open System Interconnection ou Interconexão de Sistemas Abertos) descreve como os diferentes componentes de 
software e hardware envolvidos em uma comunicação de rede devem dividir seu trabalho e interagir de outra forma. Foi criado pela ISO 
(International Organization for Standardization ou Organização Internacional de Normalização) para incentivar os fornecedores e 
desenvolvedores de redes a criar sistemas interoperáveis e intercambiáveis. É definido no padrão ISO/IEC 7498-1. O modelo OSI define uma 
rede como um conjunto de sete elementos funcionais ou camadas de serviço. Essas camadas variam de interconexão física de nós (por 
exemplo, via interface de rede ou interface de rádio bluetooth) na camada 1, também conhecida como camada física, até a camada 7, 
chamada de camada de aplicação. Idealmente, um componente em qualquer camada fornece serviços à camada acima dela, consome 
serviços da camada abaixo dela e nunca alcança diretamente nenhuma outra camada ou fornece funções que pertencem a elas. 
TCP/IP X OSI 
O modelo TCP/IP não é mapeado corretamente para o modelo OSI. Foi desenvolvido na década de 1970 para resolver um conjunto específico 
de problemas, enquanto o modelo OSI foi criado na década de 1980. O TCP/IP não se destina a funcionar como uma descrição geral para todas 
as comunicações de rede, de modo que não abrange todas as funções do modelo OSI, nem divide a funcionalidade tão fina ou amplamente. 
 
Figura 10. Modelo OSI x TCP/IP. 
ESTRUTURA DO MODELO OSI EM CAMADAS 
O modelo OSI tem como objetivo criar uma estrutura para definições de padrões para interoperabilidade de sistemas e a conectividade de 
sistemas diferentes, ou seja, para que diferentes fabricantes possam montar protocolos que sejam interoperáveis. Esse modelo define um 
conjunto de sete camadas e os serviços atribuídos a cada uma, porém o modelo OSI é uma referência e não uma implementação. 
Camada 1 (física): a camada física se destina a consolidar os requisitos de hardware de uma rede para permitir a transmissão bem-sucedida de 
dados. Os engenheiros de rede podem definir diferentes mecanismos de transmissão de bits para o nível da camada física, incluindo formas e 
tipos de conectores, cabos e frequências para cada meio físico. Ela às vezes desempenha um papel importante no compartilhamento efetivo 
dos recursos de comunicação disponíveis e ajuda a evitar a contenção entre vários usuários. Ela também lida com a taxa de transmissão para 
melhorar o fluxo de dados entre um remetente e um receptor. A camada física fornece os seguintes serviços: 
// Modula o processo de conversão de um sinal de uma forma para outra, para que possa ser transmitido fisicamente por meio de um canal de 
comunicação; 
// Entrega bit a bit; 
// Codificação de linha, que permite que os dados sejam enviados por dispositivos de hardware otimizados para comunicações digitais que 
podem ter um tempo discreto no link de transmissão; 
// Sincronização de bits para comunicações seriais síncronas; 
Sinalização de partida e parada e controle de fluxo em comunicação serial assíncrona; 
// Comutação de circuitos e controle de hardware de multiplexação de sinais digitais multiplexados; 
// Detecção de colisão, em que a camada física detecta a disponibilidade da operadora e evita os problemas de congestionamento causados 
por pacotes não entregues; 
// Equalização de sinal para garantir conexões confiáveis e facilitar a multiplexação; 
// Encaminhar correção de erro/codificação de canal, como código de correção de erro; 
// Intercalação de bits para melhorar a correção de erros; 
Autonegociação; 
// Controle do modo de transmissão. 
Exemplos de protocolos que usam camadas físicas incluem: 
// xDSL (Digital Subscriber Line ou Linha Digital de Assinante); 
// ISDN (Integrated Service Digital Network ou Rede Digital de Serviços Integrados); 
// IrDA (Infrared Data Association ou Associação de Dados Infravermelhos); 
// USB (Universal Serial Bus ou Barramento Serial Universal); 
// Bluetooth; 
// Ethernet. 
Camada 2 (enlace): Esconde características físicas do meio de transmissão para as camadas superiores, pois transforma os bits em quadros 
(frames). Sua principal função é fornecer um meio de transmissão confiável entre dois sistemas adjacentes. Para redes locais, a camada de 
enlace é dividida em dois subníveis: LLC (Logical Link Control ou Controle Lógico do Enlace) e MAC (Media Access Control ou Controle de 
Acesso a Mídia), sendo que a LLC faz interface com a camada de rede e o MAC com a camada física. Os representantes da camada de enlace 
são as interfaces de rede, switches e bridges. Nas redes atuais, recomenda-se o uso de switches (comutadores) no lugar dos HUBs (Hardware 
Unit Broadcast ou Unidade de Equipamento de Difusão) por questões de desempenho e segurança, pois estes, ao invés de enviar uma 
informação recebida para todas as portas, criam um caminho virtual ponto a ponto entre os computadores que estão se comunicando. As 
informações trocadas pelos protocolos da camada, tais como a Ethernet, Fast Ethernet, PPP (Point-to-Point Protocol ou Protocolo Ponto-a-
Ponto) e demais são chamadas de quadros (frames). Funções mais comuns da camada 2: 
// Delimitação e formato dos quadros de bits; 
// Detecção de erros; 
// Sequenciamento dos dados; 
// Controle de fluxo de quadros; 
// Endereçamento físico (endereço MAC); 
// Controle de acesso aos meios físicos. 
Camada 3 (rede): Tem a função de fornecer um canal de comunicação independente do meio, pois ela transmite pacotes de dados por meio 
da rede utilizando um esquema de endereçamento lógico que pode ser roteado por diversas redes até chegar ao seu destino. As funções 
características da camada 3 são: 
// Tradução de endereços lógicos em endereços físicos; 
// Esquema de endereçamento lógico; 
// Roteamento de pacotes; 
// Não possuem garantia de entrega dos pacotes. 
Camada 4 (transporte): A camada de transporte funciona de forma transparente nas camadas acima para entregar e receber dados sem erros. 
O lado de envio divide as mensagens do aplicativo em segmentos e os transmite para a camada de rede. O lado de recebimento reagrupa 
segmentos em mensagens e os passa para a camada de aplicativo. A camada de transporte pode fornecer alguns ou todos os seguintes 
serviços: 
// Comunicação orientada à conexão: os dispositivos nos pontos finais de uma comunicação de rede estabelecem um protocolo de 
“handshake” (“aperto de mão”) para garantir que a conexão seja robusta antes que os dados sejam trocados. A fraqueza desse método é que, 
para cada mensagem entregue, há um requisito para uma confirmação, adicionando uma carga de rede considerável em comparação com os 
pacotes corretores de erros de autocorreção. As solicitações repetidas causam lentidão significativa na velocidade da rede quando são 
enviados fluxos de bytes ou datagramas com defeito; 
// Entrega de mesmo pedido: garante que os pacotes sejam sempre entregues em sequência estrita. Embora a camada de rede seja 
responsável, a camada de transporte pode corrigir quaisquer discrepâncias na sequência causadas por quedas de pacotes ou interrupção do 
dispositivo; 
// Integridade dos dados: usando “checksums” (verificaçãode soma de bits), a integridade dos dados em todas as camadas de entrega pode 
ser assegurada. Essas somas de verificação garantem que os dados transmitidos são os mesmos que os dados recebidos por meio de tentativas 
repetidas feitas por outras camadas para que os dados ausentes sejam reenviados; 
// Controle de fluxo: os dispositivos em cada extremidade de uma conexão de rede geralmente não têm como saber os recursos uns dos 
outros em termos de taxa de transferência de dados e, portanto, podem enviar dados mais rapidamente do que o dispositivo receptor pode 
armazená-los ou processá-los. Nesses casos, os excessos de buffer podem causar interrupções completas na comunicação. Por outro lado, se o 
dispositivo receptor não estiver recebendo dados com rapidez suficiente, isso causa um estouro de buffer, o que pode causar uma redução 
desnecessária no desempenho da rede; 
// Controle de tráfego: as redes de comunicação digital estão sujeitas a restrições de largura de banda e velocidade de processamento, o que 
pode significar uma enorme quantidade de potencial para congestionamento de dados na rede. Esse congestionamento de rede pode afetar 
quase todas as partes de uma rede. A camada de transporte pode identificar os sintomas de nós sobrecarregados e taxas de fluxo reduzidas; 
// Multiplexação: a transmissão de múltiplos fluxos de pacotes de aplicativos não relacionados a outras fontes (multiplexação) por meio de 
uma rede requer alguns mecanismos de controle muito dedicados, que são encontrados na camada de transporte. Essa multiplexação permite 
o uso de aplicativos simultâneos em uma rede, como quando diferentes navegadores da Internet são abertos no mesmo computador. No 
modelo OSI, a multiplexação é manipulada na camada de serviço; 
// Orientação byte: algumas aplicações preferem receber fluxos de bytes em vez de pacotes; a camada de transporte permite a transmissão 
de fluxos de dados orientados por bytes, se necessário. 
Camada 5 (sessão): Essa camada gerencia uma sessão iniciando a abertura e o encerramento de sessões entre processos de aplicativos do 
usuário final. Também controla conexões únicas ou múltiplas para cada aplicativo de usuário final e se comunica diretamente com as camadas 
de apresentação e de transporte. Os serviços oferecidos pela camada de sessão são geralmente implementados em ambientes de aplicativos 
usando RPCs (Remote Procedure Call ou Chamada Remota de Procedimento). Sessões são mais comumente implementadas em navegadores 
da Web usando protocolos como o ZIP (Zone Information Protocol ou Protocolo de Informações de Zona), AppleTalk Protocol (Protocolo de 
Comunicação Apple) ou SCP (Session Control Protocol ou Protocolo de Controle de Sessão). Esses protocolos também gerenciam a restauração 
de sessão por meio de pontos de verificação e recuperação. Esta camada suporta operações full-duplex e half-duplex e cria procedimentos 
para verificação, adiamento, reinicialização e encerramento. A camada de sessão também é responsável por sincronizar informações de 
diferentes origens. Por exemplo, as sessões são implementadas em programas de televisão ao vivo nos quais os fluxos de áudio e vídeo 
emergentes de duas fontes diferentes são mesclados. Isso evita a sobreposição e o tempo de transmissão silencioso. 
Camada 6 (apresentação): A camada de apresentação traduz principalmente dados entre a camada de aplicação e o formato de rede. Os 
dados podem ser comunicados em diferentes formatos por meio de diferentes fontes. Assim, a camada de apresentação é responsável por 
integrar todos os formatos em um formato padrão para uma comunicação eficiente e eficaz. Ela segue esquemas de estrutura de programação 
de dados desenvolvidos para diferentes linguagens e fornece a sintaxe em tempo real para a comunicação entre dois objetos, como camadas, 
sistemas ou redes. O formato de dados deve ser aceitável pelas próximas camadas; caso contrário, a camada de apresentação pode não ser 
executada corretamente. Dispositivos de rede ou componentes usados pela camada de apresentação incluem redirecionadores e gateways. A 
camada de apresentação é responsável pelo seguinte: 
// Criptografia/descriptografia de dados; 
// Conversão de caracteres/string; 
// Compressão de dados; 
// Manipulação gráfica. 
Camada 7 (aplicação): a camada de aplicação é a sétima do modelo OSI e a única que interage diretamente com o usuário final. Ela fornece 
acesso total do usuário final a uma variedade de serviços de rede compartilhados para um fluxo eficiente de dados do modelo OSI. Essa 
camada tem muitas responsabilidades, incluindo tratamento e recuperação de erros, fluxo de dados em uma rede e fluxo de rede total. 
Também é usada para desenvolver aplicativos baseados em rede. Mais de 15 protocolos são usados na camada de aplicação. A camada de 
aplicação fornece muitos serviços e seus protocolos, incluindo: 
// SMTP (Simple Mail Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Correio Simples); 
// FTP (File Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Arquivos) 
// HTTP (Hypertext Transfer Protocol ou Protocolo de Transferência de Hipertexto); 
// SNMP (Simple Network Management Protocol ou Protocolo Simples de Gerência de Rede); 
// IMAP (Internet Message Access Protocol ou Protocolo de Acesso a Mensagem da Internet); 
// LDAP (Lightweight Directory Access Protocol ou Protocolo Leve de Acesso a Diretório); 
// Telnet (Terminal virtual). 
PRINCÍPIOS DE TRANSMISSÃO DA INFORMAÇÃO 
A comunicação de dados é o movimento da informação do computador de um ponto para outro por meio de sistemas de transmissão elétrica 
ou óptica. Tais sistemas são frequentemente chamados de redes de comunicação de dados. Isso está em contraste com o termo mais amplo 
de telecomunicações, que inclui a transmissão de voz e imagem (fotos e vídeos), bem como dados, e geralmente implica distâncias maiores. 
Em geral, as redes de comunicação coletam dados de computadores e outros dispositivos e transmitem essas informações para um servidor 
central, que é um computador, microcomputador ou mainframe mais potente, ou executam o processo inverso ou ainda uma combinação dos 
dois. 
As redes de comunicação de dados facilitam o uso mais eficiente de computadores e melhoram o controle diário de uma empresa, fornecendo 
um fluxo de informações mais rápido. Eles também fornecem serviços de transferência de mensagens para permitir que usuários de 
computador conversem entre si via e-mail, bate-papo e streaming de vídeo. 
Um canal de comunicação é necessário para transportar o sinal de um ponto para outro. Tradicionalmente, o canal é fornecido por pares de 
fios de cobre, por meio de micro-ondas terrestres, micro-ondas por satélite, cabo de fibra óptica e sinais de rádio. Esses meios diferem em 
termos de largura de banda, que é a faixa de frequências que podem transmitir. Quanto maior a largura de banda de um meio, maior a 
quantidade de informação que ele pode carregar. 
Guias de onda são tubos ocos projetados para confinar e guiar as ondas de rádio entre dois locais. 
O transmissor tem duas opções de formas de onda disponíveis para enviar informações pela rede: analógica e digital. 
Um sinal analógico é uma forma de onda elétrica que recebe valores que variam ao longo de um contínuo de amplitudes. 
O conhecimento científico de eletricidade e magnetismo que é necessário para permitir as telecomunicações começou com as investigações 
de Michael Faraday, muitas vezes considerado o maior experimentalista de sua época. Faraday não era habilidoso em matemática, mas seu 
amigo James Clerk Maxwell era. 
Foi Maxwell quem unificou as descobertas discrepantes sobre as propriedades da eletricidade, do magnetismo e suas inter-relações íntimas, 
consagrando-as nas quatro belas equações vetoriais conhecidas como as equações de Maxwell, do eletromagnetismo. 
Além disso, Maxwell representou matematicamente o conceito intuitivo de Faraday dos campos elétricos e magnéticos. Todasas teorias físicas 
modernas são teorias de campo e desfrutam da vantagem atraente de banir os conceitos de “ação à distância” da ciência. 
A partir da matemática das equações de Maxwell, ele conseguiu calcular explicitamente a velocidade da luz a partir da medição de duas 
constantes elétricas e demonstrar que os efeitos eletromagnéticos viajam pelo espaço à velocidade da luz. Em sua análise, Maxwell introduziu 
o famoso conceito da corrente de deslocamento mostrando que sem ele as outras equações seriam inconsistentes com a conservação da 
carga elétrica. 
John Henry Poynting mostrou que, onde quer que campos elétricos e magnéticos estejam presentes, há um fluxo de energia naquele ponto. É 
essa energia que permite a transmissão de mensagens pelo espaço. 
TECNOLOGIAS BÁSICAS DE COMUNICAÇÃO 
A tecnologia de telecomunicação envolve a transferência de sinais de informação por meio de fios, fibra ou pelo ar por meio de sinais elétricos 
ou ópticos. Os sinais de comunicação são geralmente caracterizados por sua intensidade (tensão e corrente) e frequência (ciclos por segundo). 
Para permitir que informações sejam transferidas usando sinais de comunicação, uma fonte de informação (dados, voz ou imagem) é 
representada pelo sinal em si (chamado de sinal de banda base) ou a informação muda ligeiramente a forma de onda do sinal de comunicação 
(chamado sinal de banda larga). A informação é imposta ao sinal de transporte (chamado de portadora), variando o nível do sinal ou 
mudanças de tempo (mudança de frequência). 
TIPOS DE SINAL 
Existem dois tipos básicos de sinais: analógico e digital. Muitos sistemas de comunicação recebem sinais analógicos (por exemplo, sinais de 
áudio), convertem para um formato digital, transportam os sinais digitais por meio de uma rede e reconvertem os sinais digitais de volta à sua 
forma analógica quando chegam ao seu destino. 
SINAL ANALÓGICO: É uma onda contínua denotada por uma onda senoidal e pode variar em intensidade do sinal (amplitude) ou frequência 
(tempo). O valor de amplitude da onda senoidal pode ser visto como os pontos mais alto e mais baixo da onda, enquanto o valor da frequência 
(tempo) é medido no comprimento físico da onda senoidal da esquerda para a direita. Existem muitos exemplos de sinais analógicos a nossa 
volta. O som de uma voz humana é analógico, porque as ondas sonoras são contínuas, assim como nossa própria visão, porque vemos várias 
formas e cores de maneira contínua devido às ondas de luz. Mesmo um típico relógio de cozinha, com suas mãos se movendo continuamente, 
pode ser representado como um sinal analógico. 
SINAL DIGITAL: Tem um número limitado de estados discretos, geralmente dois, em contraste com sinais analógicos, que variam 
continuamente e têm um número infinito de estados. Os sinais digitais transferem níveis discretos de sinal em intervalos de tempo 
predeterminados. Os sinais digitais normalmente possuem dois níveis: on (logic 1) e off (logic 0). A informação contida em um único período 
de tempo é chamada um pulso. O número de bits transferidos em um segundo é chamado de taxa de transferência de dados ou bits por 
segundo (bps). Como muitos bits são tipicamente transferidos em um segundo, a taxa de dados é normalmente precedida por um 
multiplicador k(mil) ou M (milhões). Por exemplo, se a taxa de transferência de dados for de 3 milhões de bits por segundo, 3 Mbps indicariam 
isso. Normalmente, os bits são combinados em grupos de 8 bits para formar um byte. Quando a referência é feita para bytes em vez de bits, o 
b é capitalizado. 
A forma mais antiga de comunicação por rádio digital era o código Morse. Para enviar o código Morse, o transmissor de rádio era 
simplesmente ligado e desligado para formar pontos e traços. O receptor detectaria a portadora de rádio para reproduzir os pontos e traços. 
Um livro de códigos de pontos e traços foi usado para decodificar a mensagem em símbolos ou letras. Os pulsos ou bits ligados e desligados 
que compõem um sinal digital moderno são enviados de maneira semelhante. 
A tendência nos sistemas de comunicação, assim como em outros tipos de produtos eletrônicos, como discos compactos, é mudar de sistemas 
analógicos para sistemas digitais. Os sistemas digitais têm uma série de vantagens importantes, incluindo o fato de que os sinais digitais são 
mais imunes ao ruído. Ao contrário dos sistemas analógicos, mesmo quando o ruído foi introduzido, quaisquer erros resultantes no fluxo de 
bits digital podem ser detectados e corrigidos. Além disso, os sinais digitais podem ser facilmente manipulados ou processados de maneiras 
úteis, usando técnicas modernas de computação. 
https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.474.80884/content/_5086260_1/scormcontent/index.html
https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.474.80884/content/_5086260_1/scormcontent/index.html
MODOS DE TRANSMISSÃO 
// Simplex: Envia apenas informações em uma direção. Por exemplo, uma estação de rádio geralmente envia sinais para o público, mas nunca 
recebe sinais deles, portanto, uma estação de rádio é um canal simplex. Também é comum usar o canal simplex na comunicação por fibra 
ótica. Um fio é usado para transmitir sinais e o outro é para receber sinais. Mas isso pode não ser óbvio porque o par de fios de fibra é 
frequentemente combinado a um cabo. A boa parte do modo simplex é que toda a sua largura de banda pode ser usada durante a 
transmissão. 
// Half-duplex: Os dados podem ser transmitidos em ambas as direções em um portador de sinal, não ao mesmo tempo. Em certo ponto, é 
na verdade um canal simplex cuja direção de transmissão pode ser trocada. Walkie-talkie é um dispositivo half-duplex típico. Ele tem um 
botão "push-to-talk" (apertar para falar) que pode ser usado para ligar o transmissor, mas desliga o receptor. Portanto, uma vez que você 
apertar o botão, você não poderá ouvir a pessoa com quem está falando, mas seu parceiro poderá ouvi-lo. Uma vantagem do half-duplex é 
que o single track é mais barato que o double track. 
// Full-duplex: É capaz de transmitir dados em ambas as direções em uma portadora de sinal ao mesmo tempo. Ele é construído como um 
par de links simplex que permite a transmissão simultânea bidirecional. Por exemplo, as pessoas nas duas extremidades de uma chamada 
podem falar e ser ouvidas umas pelas outras ao mesmo tempo, porque há dois caminhos de comunicação entre elas. Assim, usar o modo full 
duplex pode aumentar muito a eficiência da comunicação. 
TAXA DE TRANSMISSÃO 
A taxa de transmissão é a velocidade na qual os dados são transmitidos por um canal. Foi nomeado posteriormente de Código Baudot em 
homenagem ao cientista francês Jean Maurice Émile Baudot, que inventou um dos primeiros códigos de transmissão de dados. Em baixas 
velocidades, um baud é equivalente a um bit por segundo, portanto, um canal de 1200 bauds transmitirá dados a uma taxa de 1200 bps. 
Quando a taxa de transmissão de uma linha é definida para DCE, o termo baud é frequentemente usado. Se usado corretamente, baud indica 
o número de mudanças de sinal de linha por segundo, portanto, se cada sinal transmitido for um ou zero, então a taxa de transmissão e a 
taxa de transmissão real são os mesmos. No entanto, há muitos casos em que o sinal de linha pode assumir mais de dois estados e, como tal, 
cada sinal pode ser usado por mais de um bit. 
// Baud Rate (Taxa Baud) 
É a medida das unidades de sinal necessárias para transmitir os dados. O ideal é criar um sistema eficiente usando o menor número de sinais 
possível. Quanto menos sinais houver, menor será a largura de banda necessária para mover os dados. A taxa de transmissão determina a 
quantidade de largura de banda necessária nos enlaces de comunicação. A taxa de transmissão de dados ou bit (DTR) é medida em bits por 
segundo (bps). A taxa de transmissão de dados indica quanto tempo levará para transmitir os dados; em termos do usuário e do computador, 
essa é a informação mais importante, porqueo DTR é usado para comparar velocidades e desempenho. Baud sempre será menor ou igual ao 
DTR. 
CODECS E MODEMS 
O fato é que hoje não temos redes totalmente digitais ou totalmente analógicas: temos uma mistura dos dois. Portanto, em vários pontos de 
uma rede, é necessário converter entre os dois tipos de sinal. Os dispositivos que lidam com essas conversões são codecs e modems. 
Um codec (que é uma contração do codificador-descodificador) converte sinais analógicos em sinais digitais. Existem diferentes codecs para 
diferentes finalidades. Para a PSTN (Public Switched Telephone Network ou Rede Pública de Telefonia Comutada), por exemplo, existem codecs 
que minimizam o número de bits por segundo necessário para transportar voz digitalmente por meio da PSTN. Nas redes celulares, por causa 
das restrições e do espectro disponível, um codec precisa comprimir ainda mais a voz para obter o uso mais eficiente do espectro. Os codecs 
aplicados à comunicação de vídeo também exigem técnicas de compressão muito específicas para poder mover os sinais de alta largura de 
banda sobre o que pode ser um pouco limitado nos canais atuais. 
Um modem é um dispositivo de rede que modula e desmodula sinais analógicos da portadora (chamados ondas senoidais) para codificar e 
descodificar informações digitais para processamento. Os modems realizam essas duas tarefas simultaneamente e, por esse motivo, o termo 
modem é uma combinação de "modular" e "desmodular". Existem também modems projetados para funcionar especificamente com recursos 
digitais (por exemplo, modems ISDN, modems ADSL). Um modem manipula as variáveis da onda eletromagnética para diferenciar entre uns e 
zeros. Embora seja possível converter entre redes analógicas e digitais, em geral, as conversões são um elo fraco em uma rede. Uma conversão 
é um ponto no qual problemas de rede podem ocorrer, uma oportunidade para erros e distorções serem introduzidas. Portanto, idealmente, 
queremos avançar em direção a um ambiente óptico de ponta a ponta e digital de ponta a ponta. Isso significa que em nenhum lugar entre o 
transmissor e o receptor é necessário fazer conversões de sinais. 
MEIOS FÍSICOS DE TRANSMISSÃO 
Os meios, ou mídias, pelos quais os dados são transportados de um lugar para outro são chamados de meios de transmissão ou de 
comunicação. A mídia é a ligação física por meio da qual os sinais são confinados da origem até o destino. Ela é formada por um condutor 
interno (geralmente cobre), revestido por um material externo (capa). A mídia é ótima para redes porque oferece alta velocidade, boa 
segurança e boas taxas de transmissão. No entanto, alguns tipos não podem ser usados em comunicações de grandes distâncias, por 
limitação construtiva própria. Três tipos comuns de mídia são usados na transmissão de dados: 
Cabo coaxial: é uma mídia de comunicação muito comum e amplamente utilizada. Por exemplo, o sinal de televisão a cabo é geralmente 
coaxial. Ele recebe esse nome porque contém dois condutores paralelos entre si. O condutor central é geralmente de cobre, podendo ser um 
fio sólido ou um cabo trançado marcial. Fora deste condutor central há um material não condutor, normalmente de plástico branco, chamado 
de dielétrico, usado para separar o condutor interno do condutor externo. O outro condutor é uma malha fina feita de cobre. Ele é usado para 
ajudar a proteger o cabo da EMI (Electromagnetic Interference ou Interferência Eletromagnética). Fora da malha de cobre é a capa protetora 
final. Os dados reais viajam pelo condutor central. A interferência EMI é capturada pela malha externa de cobre, que é devidamente aterrada. 
Existem diferentes tipos de cabos coaxiais que variam de acordo com a bitola e a impedância, conforme vemos na Tabela 1: 
 
Tabela 1. Tipos de cabos coaxiais. 
Cabo par trançado: o cabeamento de rede mais popular é o par trançado. Isto se deve por ele ser leve, fácil de instalar, apresentar baixo custo 
e suportar muitos tipos diferentes de rede. Também suporta velocidades de até 40 Gbps. O cabeamento de par trançado é feito de pares de 
cobre de fio sólido (rígido) ou de cabo trançado (flexível), um ao lado do outro. As tranças são feitas para reduzir vulnerabilidade à EMI e a 
paradiafonia (CrossTalk ou “Linha Cruzada”). O número de pares no cabo depende da aplicação. O núcleo de cobre é geralmente 22 AWG a 26 
AWG, conforme medido no padrão americano de bitola de fio. Os tipos de cabos de pares trançados são: 
• U/UTP: par trançado não blindado; 
• F/UTP: par trançado blindado global com fita e sem blindagem individual; 
• S/FTP: par trançado blindado global com malha e blindagem individual com fita; 
• F/FTP: par trançado blindado global e individual com fita. 
E sua classificação, em categorias, largura de banda e aplicação, conforme Tabela 2: 
 
 
Tabela 2. Classificação de cabos par trançado. 
Fibra óptica: o cabo de fibra óptica não usa sinais elétricos para transmitir dados, mas, sim, sinais luminosos. Nele, a luz se move apenas em 
uma direção. Para comunicação bidirecional, uma segunda conexão deve ser feita entre os dois dispositivos. Temos duas partes no cabo: a 
casca (cladding) e o núcleo (core). Um feixe de laser gerado por um dispositivo é enviado no formato de pulso de luz por meio deste cabo para 
outro dispositivo. Esses pulsos são traduzidos em 1 e 0 no outro extremo. No centro do cabo de fibra há o núcleo de vidro envelopado em uma 
casca de vidro de densidade diferente. A luz do laser se move por este vidro para o outro dispositivo, refletindo nesta casca (cladding). 
Nenhuma luz escapa do núcleo de vidro devido a este revestimento reflexivo. O cabo de fibra ótica possui largura de banda maior que 2Gbps. 
 
Tabela 4. Características do cabo de fibra óptica. 
TRANSMISSÃO SEM FIO 
A comunicação sem fio desempenha um papel significativo no dia a dia. Além da comunicação, a tecnologia se tornou parte integrante de 
nossas atividades diárias. Ela é referida como comunicação sem fio, isto é, fornece uma troca de dados sem qualquer condutor por meio de 
sinais de ondas eletromagnéticas. A informação é transmitida por meio dos dispositivos ao longo de alguns metros ou a centenas de 
quilômetros por meio de canais bem definidos; diferentes tipos de sinais são usados na comunicação entre os dispositivos para transmissão de 
dados sem fio. A seguir, são listados os diferentes sinais eletromagnéticos usados, dependendo do seu comprimento de onda e frequência: 
Transmissão de radiofrequência: É uma forma de transmissão de ondas eletromagnéticas usadas na comunicação sem fio. Sinais RF são 
facilmente gerados, variando de 3kHz a 300GHz. Estes são utilizados em comunicação por causa de sua propriedade de passar através de 
objetos e percorrer longas distâncias. A comunicação de rádio depende do comprimento de onda, potência do transmissor, qualidade do 
receptor, tipo, tamanho e altura da antena. 
Transmissão infravermelha: São radiações de ondas eletromagnéticas com comprimentos de onda maiores que a luz visível. Estas são 
geralmente usadas para comunicações de curto alcance. Esses sinais não passam por objetos sólidos. 
Transmissão de micro-ondas: É a forma de transmissão de ondas eletromagnéticas usada em sistemas de comunicação sem fio. O 
comprimento da micro-onda varia de um metro a um milímetro. A frequência varia de 300MHz a 300GHz. É amplamente utilizada para 
comunicações de longa distância e relativamente menos cara. As micro-ondas não passam através de edifícios e sofrem interferência devido 
ao mau tempo, que afeta a transmissão do sinal. 
TIPOS DE TECNOLOGIAS DE COMUNICAÇÃO SEM FIO 
A tecnologia de comunicação sem fio é categorizada em diferentes tipos, dependendo da distância da comunicação, do intervalo de dados e 
do tipo de dispositivos usados. A seguir estão alguns dos diferentes tipos de tecnologias de comunicação sem fio: 
Rádio: A comunicação por rádio foi uma das primeiras tecnologias sem fio desenvolvidas e aindaem uso. Os rádios multicanais portáteis 
permitem que o usuário se comunique a curtas distâncias em terra com outros usuários por meio de uma banda cidadã (pública). Da mesma 
forma, os rádios marítimos e aeronáuticos se comunicam a longas distâncias no mar e no ar com embarcações e aeronaves usando uma banda 
restrita (militar). A transmissão acontece com o envio de dados da antena do transmissor na forma de sinais de rádio para a antena do 
receptor. Outra forma de comunicação bastante difundida é a transmissão de estações de programação comuns de rádio. A transmissão 
acontece em simultâneo por diversas emissoras em frequências distintas, de forma que o receptor é passivo e apenas recebe a informação, 
sem retransmiti-la. Ela pode ocorrer por modulação de amplitude das ondas, AM (Amplitude Modulation) ou por modulação de frequência das 
ondas, FM (Frequency Modulation), em longas distâncias. 
Celular: Uma rede celular usa enlaces de rádio criptografados, modulados para permitir que muitos usuários se comuniquem por meio da 
única banda de frequência. Como os aparelhos individuais não possuem um poder de transmissão significativo, o sistema depende de uma 
rede de torres de celular capazes de triangular a fonte de qualquer sinal e transferir as funções de recepção para a antena mais adequada. A 
transmissão de dados por meio de redes celulares é possível com sistemas 4G modernos capazes de atingir velocidades de DSL com fio. As 
empresas de telefonia celular cobram de seus clientes por minuto de voz ou kilobytes de dados. 
Satélite: A comunicação por satélite é uma tecnologia sem fio que possui importância significativa em todo o mundo. Eles encontraram uso 
generalizado em situações especializadas. Os dispositivos que usam tecnologia de satélite para se comunicar diretamente com o satélite em 
órbita por meio de sinais de rádio. Isso permite que os usuários permaneçam conectados virtualmente de qualquer lugar da Terra. Os 
telefones e modems por satélite portáteis têm um recurso de transmissão e hardware de recepção mais poderosos do que os dispositivos 
celulares devido ao aumento do alcance. A comunicação por satélite consiste em um segmento espacial e um segmento terrestre. Quando o 
sinal é enviado para o satélite por um dispositivo, o satélite amplifica o sinal e o envia de volta para a antena do receptor, que está localizada 
na superfície da Terra. O segmento terrestre consiste de um transmissor, receptor e o segmento espacial, do próprio satélite. 
Wi-Fi: É uma tecnologia de comunicação sem fio de baixo custo. Uma configuração Wi-Fi consiste em um roteador sem fio que serve como um 
hub de comunicação, ligando o dispositivo portátil a uma conexão com a internet. Essa rede facilita a conexão de vários dispositivos, 
dependendo da configuração do roteador, e têm alcance limitado devido à baixa transmissão de energia, permitindo que o usuário se conecte 
apenas nas proximidades. 
SINTETIZANDO 
Nesta unidade abordamos a evolução dos sistemas computacionais, os primeiros computadores corporativos e pessoais. Definimos também os 
tipos de redes mais utilizados e como eles são apresentados geograficamente, em redes locais, metropolitanas e de longa distância. 
Relembramos os tipos de topologia mais utilizados, como barramento, anel e estrela, além da combinação de todas elas, no que definimos 
hoje como nossa infraestrutura de rede. 
Falamos um pouco sobre o modelo OSI, padrão de norma, que é a base para toda documentação que envolve rede. Tratamos do modelo 
TCP/IP, padrão de fato, que é base para toda implementação que envolve rede, e sua relação direta com o modelo OSI nas redes e na internet 
hoje em dia. Dentre os princípios de transmissão que nós vimos, trouxemos as tecnologias básicas, como a rede cabeada e a não cabeada, ou 
wireless, como é mais conhecida. 
Exemplificamos os tipos de sinal, separando-os em digitais e analógicos, e a taxa de transmissão. Apresentamos a camada física e o conceito 
de codificadores e decodificadores de modem e de moduladores. Na parte dos meios físicos e transmissão, apresentamos um pouco dos cabos 
mais utilizados e, por fim, alguns tipos de tecnologia de comunicação sem fio. 
Nosso objetivo principal foi situar o profissional que está entrando na área e que quer conhecer mais sobre esse amplo assunto, partindo do 
mais acessível, que é o físico, para o menos acessível, que é o lógico, o qual será abordado nas próximas unidades. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
KUROSE, J. F.; ROSS, K. W. Redes de computadores e a internet: uma abordagem top-down. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2010. 
PEARSONHIGHERD. Leituras dos autores James F. Kurose e Keith W. Ross. Disponível em: <www.pearsonhigherd.com/kurose-ross/>. Acesso 
em: 30 abr. 2019 
PIMENTEL, C. J. L. Comunicação digital. São Paulo: Editora Brasport, 2007. 
 
http://www.pearsonhigherd.com/kurose-ross/
UNIDADE 2 – MODELO OSI: CAMADA DE ENLACE 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
• Conhecer os princípios da camada de enlace; 
• Conhecer os principais protocolos da camada de enlace; 
• Conhecer os padrões IEEE 802. 
TÓPICOS DE ESTUDO 
Camada de enlace 
// Mecanismos de detecção e controle de erros 
// Técnicas de detecção de erros 
// Técnicas de correção de erros 
// Protocolos elementares de enlace de dados 
// Protocolos de janela deslizante 
// Protocolos de acesso múltiplo 
Padrões IEEE 802 para Redes Locais (LAN) e Redes Metropolitanas (MAN) 
// IEEE 802.1 Gerência de rede, IEEE 802.2 Logical Link Control (LLC) (Controle de Enlace Lógico) e IEEE 802.3 Ethernet e Media Access Control 
(MAC) (Controle de Acesso à Mídia) 
// IEEE 802.4 Token Bus (Transmissão de Símbolo por Barramento), IEEE 802.5 Token Ring (Transmissão de Símbolo por Anel) e IEEE 802.6 
Redes Metropolitanas 
// IEEE 802.7 MAN de banda larga, IEEE 802.8 Fibra óptica, IEEE 802.9 Integração de Redes Locais e IEEE 802.10 SI Segurança em Redes Locais 
// IEEE 802.11 LAN sem fio (Wireless LAN) 
// IEEE 802.15 Wireless Personal Area Network (Bluetooth) 
// IEEE 802.16 Broadband Wireless Access (WiMAX) 
// IEEE 802.20 Mobile Broadband Wireless Access (MobileFi) 
// Frame Relay 
// VPN (Virtual Private Network ou Rede Privada Virtual) 
CAMADA DE ENLACE 
A camada de enlace de dados determina como os dispositivos se recuperam de colisões que podem ocorrer quando o nó tenta enviar quadros 
ao mesmo tempo. Fornece os meios processuais e funcionais para a transferência de dados entre os nós da rede e fornece os meios para 
detectar e corrigir erros que possam ocorrer na camada física. Funciona entre dois hosts que estão diretamente conectados em algum sentido. 
Essa conexão direta pode ser ponto a ponto ou broadcast. 
CURIOSIDADE 
Diz-se que os sistemas na rede de transmissão estão no mesmo enlace e que o trabalho da camada de enlace de dados tende a se tornar mais 
complexo quando está lidando com múltiplos hosts em um único domínio de colisão. 
Além disso, ela também responsável por converter o fluxo de dados em sinais bit a bit e enviá-los pelo hardware subjacente. Na extremidade 
de recepção, a camada de enlace de dados coleta dados de hardware que estão na forma de sinais elétricos, os monta em um formato de 
quadro reconhecível e passa para a camada superior. Os bits de dados são codificados, decodificados e organizados na camada de enlace de 
dados antes de serem transportados como quadros entre dois nós adjacentes na mesma LAN ou WAN. São serviços da camada de enlace: 
Enquadramento e acesso ao enlace 
Quase todos os protocolos da camada de enlace encapsulam cada datagrama da camada de rede dentro de um quadro de camada de enlace 
antes da transmissão no enlace. Um quadro consiste em um campo de dados, no qual o datagrama da camada de rede é inserido e vários 
campos de cabeçalho (um quadro também pode incluir campos de trailer; no entanto, nos referiremos a campos de cabeçalho e trailer como 
campos de cabeçalho). Um protocolo de enlace de dados especifica a estruturado quadro, bem como um protocolo de acesso de canal que 
especifica as regras pelas quais um quadro é transmitido para o enlace. Para enlaces ponto-a-ponto que têm um único remetente em uma 
extremidade do enlace e um único receptor na outra extremidade do enlace, o protocolo de acesso ao enlace é simples (ou inexistente), o 
remetente pode enviar um quadro sempre que o enlace está ocioso. 
Entrega confiável 
Se um protocolo de camada de enlace fornece o serviço de entrega confiável, ele garante a movimentação de cada datagrama da camada de 
rede por meio do enlace sem erros. Semelhante a um serviço de entrega confiável de camada de transporte, um serviço de entrega confiável 
de camada de enlace é obtido com confirmações e retransmissões. Um serviço de entrega confiável da camada de enlace é frequentemente 
usado para enlaces propensos a altas taxas de erro, como um enlace sem fio, com o objetivo de corrigir um erro localmente, no enlace em que 
o erro ocorre, em vez de forçar um fim de retransmissão completa dos dados por protocolo de transporte ou camada de aplicação. No 
entanto, a entrega confiável da camada de enlace é frequentemente considerada como desnecessária para enlaces de erro de bit baixo, 
incluindo enlaces de fibra, coaxial e muitos de cobre de par trançado. Por esse motivo, muitos dos protocolos de camada de enlace mais 
populares não fornecem um serviço de entrega confiável. 
Controle de fluxo 
Os nós em cada lado de um enlace têm uma quantidade limitada de capacidade de buffer de pacote. Esse é um problema em potencial, já que 
um nó receptor pode receber quadros a uma taxa mais rápida do que pode processar os quadros (durante algum intervalo de tempo). Sem 
controle de fluxo, o buffer do receptor pode transbordar e os quadros podem se perder. Semelhante à camada de transporte, um protocolo de 
camada de enlace pode fornecer controle de fluxo para impedir que o nó de envio em um lado de um enlace sobrecarregue o nó receptor no 
outro lado do enlace. 
MECANISMOS DE DETECÇÃO E CONTROLE DE ERROS 
A camada de enlace de dados usa técnicas de controle de erros para garantir que quadros, ou seja, fluxos de bits de dados, 
sejam transmitidos da origem para o destino com um certo grau de precisão. Para isso, a camada de enlace se utiliza de 
algumas técnicas a fim de detectar e corrigir possíveis erros que, porventura, venham a ocorrer nesta camada. Quando os 
bits são transmitidos pela rede de computadores, eles estão sujeitos a serem corrompidos devido a problemas de 
interferência e de rede. Os bits corrompidos levam a dados espúrios, sendo recebidos pelo destino e chamados de erros. 
// Tipos de erros 
Os erros podem ser de três tipos, ou seja, erros de bit único, erros de vários bits e erros de conjuntos de bits (burst, ou 
rajada): 
ERRO DE BIT ÚNICO: No quadro recebido, apenas um bit foi corrompido, ou seja, foi alterado de 0 para 1 ou de 1 para 0. 
ERRO DE VÁRIOS BITS: No quadro recebido, mais de um bit está corrompido. 
ERRO DE BURST: No quadro recebido, mais de um bit consecutivo está corrompido. 
 
 
Figura 3. Erro de burst. 
// Controle de erros 
O controle de erros pode ser feito de duas maneiras: 
Detecção de erros: o receptor de um nó pode decidir incorretamente que um bit em um quadro seja zero quando for transmitido como um (e 
vice-versa). Esses erros são introduzidos por atenuação de sinal e ruído eletromagnético. Como não há necessidade de encaminhar um 
datagrama com erro, muitos protocolos de camada de enlace fornecem um mecanismo para que um nó detecte a presença de um ou mais 
erros. Isso é feito tendo os bits de detecção de erro do conjunto de nós de transmissão no quadro e fazendo com que o nó receptor execute 
uma verificação de erro. A detecção de erros é um serviço muito comum entre os protocolos da camada de enlace, geralmente é mais 
sofisticada e implementada no hardware 
Correção de erros: a correção de erros é semelhante à detecção de erros, exceto pelo fato de um receptor não só detectar se erros foram 
introduzidos no quadro, mas também determinar exatamente onde ocorreram os erros (e, portanto, corrigir esses erros). Alguns protocolos 
https://sereduc.blackboard.com/courses/1/7.474.80884/content/_5086248_1/scormcontent/index.html
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(como o ATM) fornecem correção de erro na camada de enlace para o cabeçalho do pacote e não para o pacote inteiro. Para detecção de erro 
e correção de erros, o remetente precisa enviar alguns bits adicionais juntamente com os bits de dados. O receptor executa as verificações 
necessárias com base nos bits redundantes adicionais. Se ele achar que os dados estão livres de erros, ele remove os bits redundantes antes 
de passar a mensagem para as camadas superiores. 
TÉCNICAS DE DETECÇÃO DE ERROS 
Existem três técnicas principais para detectar erros em quadros: 
• Verificação de paridade: a verificação de paridade é feita adicionando um bit extra, chamado bit de paridade aos dados, para fazer 
um número de 1s, mesmo no caso de paridade par ou ímpar, no caso de paridade ímpar. Ao criar um quadro, o remetente conta o 
número de 1s e adiciona o bit de paridade da seguinte maneira: 
a. no caso de paridade par: se um número de 1s é par, então o valor do bit de paridade é 0. Se o número de 1s é ímpar, então 
o valor do bit de paridade é 1; 
b. no caso de paridade ímpar: se um número de 1s é ímpar, então o valor do bit de paridade é 0. Se um número de 1s for par, 
então o valor do bit de paridade é 1. 
Ao receber um quadro, o receptor conta o número de 1s nele. Em caso de verificação de paridade par, se a contagem de 1s é par, o quadro é 
aceito, caso contrário, é rejeitado. Uma regra semelhante é adotada para verificação de paridade ímpar. A verificação de paridade é adequada 
apenas para detecção de erros de bit único; 
• Checksum: envolve a divisão dos dados em quadros ou segmentos de tamanho fixo. O remetente adiciona os segmentos usando a 
aritmética de complemento de 1 para obter a soma. Em seguida, ele complementa a soma para obter a soma de verificação e a envia 
junto com os quadros de dados. O receptor adiciona os segmentos de entrada junto com a soma de verificação usando a aritmética 
de complemento de 1 para obter a soma e, em seguida, complementa-a. Se o resultado for zero, os quadros recebidos serão aceitos; 
caso contrário, eles são descartados. 
• Verificação de Redundância Cíclica (CRC): envolve a divisão binária dos bits de dados sendo enviados por um divisor predeterminado 
acordado pelo sistema de comunicação. O divisor é gerado usando polinômios. Aqui, o remetente executa a divisão binária do 
segmento de dados pelo divisor. Em seguida, ele anexa os bits restantes de CRC ao final do segmento de dados. Isso torna a unidade 
de dados resultante exatamente divisível pelo divisor. O receptor divide a unidade de dados de entrada pelo divisor. Se não houver 
nenhum resto, a unidade de dados será considerada correta e aceita. Caso contrário, entende-se que os dados estão corrompidos e, 
portanto, são rejeitados. 
TÉCNICAS DE CORREÇÃO DE ERROS 
Técnicas de correção de erros descobrem o número exato de bits que foram corrompidos e suas localizações. Existem duas maneiras 
principais: 
RETRANSMISSÃO 
Se o receptor detectar um erro no quadro recebido, ele solicitará ao remetente que retransmita o quadro. É uma técnica relativamente 
simples. Mas ele pode ser usado com eficiência somente quando a retransmissão não é cara como na fibra ótica e o tempo de retransmissão é 
baixo em relação aos requisitos da aplicação. 
CORREÇÃO DE ERRO DE ENCAMINHAMENTO 
Se o receptor detectar algum erro no quadro de entrada, ele executará o código de correção de erros que gera o quadro real. Isso economiza a 
largura de banda necessária para a retransmissão. É inevitávelem sistemas de tempo real. No entanto, se houver muitos erros, os quadros 
precisam ser retransmitidos. Os quatro principais códigos de correção de erro são: 
1. Códigos Hamming; 
2. Código de Convolução Binária; 
3. Reed: código de Solomon; 
4. Código de Verificação de Paridade de Baixa Densidade. 
PROTOCOLOS ELEMENTARES DE ENLACE DE DADOS 
Protocolo simplex sem restrições 
• somente enquadramento; 
• nenhum erro ou controle de fluxo. 
Protocolo simplex Stop-and-Wait (Pare-e-Aguarde) 
• envie um pacote; 
• aguarde ACK (Acknowledgement ou Reconhecimento) antes de prosseguir. 
PROTOCOLOS DE JANELA DESLIZANTE 
Os protocolos da janela deslizante são protocolos da camada de enlace de dados para entrega confiável e sequencial de quadros de dados. A 
janela deslizante também é usada no TCP. 
Nesse protocolo, vários quadros podem ser enviados por um remetente por vez antes de receber uma confirmação do receptor. O termo 
janela deslizante refere-se às caixas imaginárias para reter quadros. 
CURIOSIDADE 
O método de janela deslizante também é conhecido como janelamento. 
// Princípio de funcionamento 
Nesses protocolos, o remetente tem um buffer (espaço de alocação na memória) chamado janela de envio, e o receptor possui um buffer 
chamado janela de recebimento. 
O tamanho da janela de envio determina o número de sequência dos quadros de saída. Se o número de sequência dos quadros for um campo 
de n bits, então o intervalo de números de sequência que podem ser atribuídos é de 0 a 2𝑛 − 1. 
Consequentemente, o tamanho da janela de envio é 2𝑛 − 1. Assim, a fim de acomodar um tamanho de janela de envio de 2𝑛 − 1, um número 
de sequência de n bits é escolhido. Os números de sequência são numerados como módulo-n. 
Por exemplo, se o tamanho da janela de envio for 4, os números de sequência serão 0, 1, 2, 3, 0, 1, 2, 3, 0, 1 e assim por diante. O número de 
bits no número de sequência é 2 para gerar a sequência binária 00, 01, 10, 11. O tamanho da janela de recebimento é o número máximo de 
quadros que o receptor pode aceitar de cada vez. Ele determina o número máximo de quadros que o remetente pode enviar antes de receber 
a confirmação. Suponha que tenhamos a janela do emissor e a janela do receptor de tamanho 4. Portanto, a numeração de sequência das 
duas janelas será 0,1,2,3,0,1,2 e assim por diante. A Fig. 4 mostra as posições das janelas depois de enviar os quadros e receber confirmações. 
 
Figura 4. Posições das janelas. 
// Tipos de protocolos de janela deslizante 
Os protocolos ARQ (Automatic Repeat reQuest ou Pedido de Repetição Automática) da janela deslizante são de duas categorias: 
Ir - Voltar - N ARQ (Go – Back – N ARQ): fornece o envio de vários quadros antes de receber a confirmação do primeiro quadro. Ele usa o 
conceito de janela deslizante e, portanto, também é chamado de protocolo de janela deslizante. Os quadros são numerados sequencialmente 
e um número finito de quadros é enviado. Se a confirmação de um quadro não for recebida dentro do período de tempo, todos os quadros a 
partir desse quadro serão retransmitidos. 
Repetição seletiva ARQ: este protocolo também fornece o envio de vários quadros antes de receber a confirmação do primeiro quadro. No 
entanto, aqui apenas os quadros errados ou perdidos são retransmitidos, enquanto os quadros bons são recebidos e armazenados em buffer. 
PROTOCOLOS DE ACESSO MÚLTIPLO 
Se houver um enlace dedicado entre o remetente e o receptor, a camada de controle de enlace de dados é suficiente. No entanto, se não 
houver um enlace dedicado presente, várias estações poderão acessar o canal simultaneamente. Por isso, vários protocolos de acesso são 
necessários para diminuir a colisão e evitar interferência. 
EXEMPLIFICANDO 
Por exemplo, em uma sala de aula cheia de alunos, quando um professor faz uma pergunta e todos os alunos (ou estações) começam a 
responder simultaneamente (enviar dados ao mesmo tempo), é criado um momento de caos (dados se sobrepõem ou dados se perdem) e, é 
trabalho do professor (vários protocolos de acesso) gerenciar os alunos e fazê-los responder um de cada vez. Assim, os protocolos são 
necessários para compartilhar dados em canais não dedicados. 
Os protocolos de acesso múltiplo podem ser subdivididos em três grupos, conforme Fig. 5 
 
Figura 5. Protocolos de acesso múltiplo. 
// Protocolos de acesso aleatório 
Todas as estações têm a mesma superioridade e nenhuma estação tem mais prioridade que outra estação. Qualquer estação pode enviar 
dados dependendo do estado do meio (ocioso ou ocupado). 
Os protocolos de acesso aleatório são subdivididos em: 
ALOHA 
Foi projetado para LAN sem fio, mas também é aplicável para mídia compartilhada. Neste, várias estações podem transmitir dados ao mesmo 
tempo e podem, portanto, levar à colisão e ao erro de dados. 
ALOHA puro 
Quando uma estação envia dados, espera por uma confirmação. Se a confirmação não estiver dentro do tempo alocado, a estação espera por 
um período de tempo aleatório chamado T-back-off time (Tb) e envia novamente os dados. Como as diferentes estações aguardam um tempo 
diferente, a probabilidade de nova colisão diminui. 
ALOHA com fenda 
É semelhante ao aloha puro, exceto por dividir o tempo em slots. O envio de dados é permitido apenas no início desses slots. Se uma estação 
perder o tempo permitido, deverá aguardar o próximo intervalo. Isso reduz a probabilidade de colisão. 
CSMA (Carrier Sense Multiple Access ou Acesso Múltiplo com Verificação de Portadora) 
Assegura menos colisões, já que a estação é necessária para detectar primeiro a mídia (para ocioso ou ocupado) antes de transmitir dados. Se 
estiver ocioso, ele envia dados, caso contrário, aguarda até que o canal fique ocioso. No entanto, ainda há chance de colisão no CSMA devido 
ao atraso de propagação. Por exemplo, se a estação A quiser enviar dados, primeiro detectará o meio. Se encontrar o canal inativo, ele 
começará a enviar dados. No entanto, no momento em que o primeiro bit de dados é transmitido (atrasado devido ao atraso de propagação) 
da estação A, se a estação B solicitar enviar dados e detectar o meio, ele também o encontrará inativo e também enviará dados. Isso resultará 
em colisão de dados da estação A e B. Modos de acesso CSMA: 
1. Persistente: o nó detecta o canal, se estiver inativo, envia os dados, caso contrário, ele continua continuamente verificando se o 
meio está inativo e transmite incondicionalmente (com 1 probabilidade) assim que o canal fica ocioso. 
2. Não Persistente: o nó detecta o canal, se inativo envia os dados, caso contrário, verifica o meio após um período de tempo aleatório 
(não continuamente) e transmite quando está ocioso. 
3. P-persistente: o nó detecta o canal, se estiver inativo, envia os dados com probabilidade p. Se os dados não são transmitidos 
(probabilidade (1-p)), então, ele espera por algum tempo e verifica o canal novamente, agora, se for encontrado ocioso, em seguida, 
enviar com probabilidade p. Essa repetição continua até que o quadro seja enviado. Ele é usado em sistemas de rádio Wi-Fi e 
pacotes. 
4. O-persistente: a superioridade dos nós é decidida de antemão e a transmissão ocorre nessa ordem. Se a mídia estiver inativa, o nó 
aguardará seu intervalo de tempo para enviar dados. 
CSMA/CD (Acesso Múltiplo com Verificação de Portadora e Detecção de Colisão) 
As estações podem terminar a transmissão de dados se a colisão for detectada. 
CSMA/CA (Acesso Múltiplo com Verificação de Portadora e Anulação/Prevenção de Colisão) 
O processo de detecção de colisões envolve o emissor recebendo sinais de reconhecimento. Se houver apenas um sinal (seu próprio), então os 
dados são enviados com sucesso, mas se houver dois sinais (o seu e aquele com o qual colidiu), isso significa que ocorreu uma colisão. Para 
distinguir entre esses dois casos, a colisão deve ter muito impacto no sinal recebido. No entanto, não é assim em redes com fio, então 
CSMA/CA é usado neste caso.

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