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Estado e Nação 
 A Nação inspirou e estimulou o apoio da soberania popular na luta pelos poderes do povo 
contra os poderes da monarquia. 
 A partir da Revolução Francesa e Americana é que a nação passa a ser reconhecida como o 
próprio Estado. 
 O conceito de nação surgiu como uma forma de envolver o povo em conflitos de interesses 
que não eram seus. Nação nunca significou algo jurídico, portanto não indicava a existência 
de vínculos jurídicos entre seus componentes. 
 A nação é de grande importância, pois exerce influência na organização e no funcionamento 
do Estado. 
 O Estado é reconhecido como sociedade e a Nação como comunidade. Mas não se pode 
dizer que uma resultou na outra. 
 Em regra não há coincidências entre o Estado e a Nação. 
 O Estado se forma de atos de vontades, onde os componentes são ligados através dos 
vínculos jurídicos. 
 A Nação é formada independente da vontade, não tem vínculos jurídicos, as relações entre as 
pessoas são determinadas através dos sentimentos. 
Mudanças por Reforma e Revolução 
 Um dos problemas do Estado é tentar conciliar a ordem com as constantes mudanças que 
ocorrem nas sociedades. 
 
 O Estado é um todo dinâmico. Ao mesmo tempo em que tem conflitos na sociedade, há 
também a ordem, com isso o Estado passa por um processo constante de mudanças, tentando 
se a adaptar a realidade do momento, sem, contudo, acabar com os resultados que já foram 
obtidos. Quando não entendemos isso, há um prejuízo à liberdade humana e a justiça social. 
Há dois principais erros no ponto de vista que tem levado o Estado a lados opostos: 
 Manter uma organização inadequada. 
 Adotar processos eficazes, mas que são contrários aos objetivos do bem comum da 
população. 
No primeiro caso, tem-se uma ordem mais parada, que traz obstáculos a mudanças sociais, tornando 
o Estado um manifestante de valores conservadores, que agora são considerados como ultrapassados, 
de acordo com a realidade social. 
Quando o estado é assim “conservador”, ele impede que a sociedade adote novos valores, que estão 
de acordo com a realidade atual, só que para impedir ele te que usar a força. 
E o próprio conservadorismo, serve como desculpa para ações arbitrárias, pois toda a novidade é 
vista como algo que quer acabar com os valores tradicionais. 
 O ideal seria o Estado atualizado. 
Com o entendimento de que o Estado está constantemente submetido à mudança e a ordem. 
Acabando com a o conflito entre as idéias de mudança e de ordem, assim seria possível manter um 
Estado adequado. 
Para conseguir a organização há três pontos importantes: 
 Miguel Reale recomenda o uso de modelo jurídico baseado na experiência, estando de acordo 
com a realidade social. Definindo comportamentos que seriam necessários para convívio em 
sociedade. 
 A aceitação dos conflitos de opiniões e de interesses como fatos normais, pois eles vêm das 
necessidades das pessoas. É preciso que o Estado se organize de uma forma que permita a 
liberdade de expressão de idéias, definido regras iguais para escolha da vontade que tenha 
uma maior importância. 
 
Em cada Estado têm-se muitas vontades sociais, porque cada grupo tem opiniões sobre qual seria 
a melhor forma de convivência. O Estado vem da realidade, ele reflete a vontade que tem a maioria 
das pessoas. Mas se uma minoria não puder discordar das vontades eleitas pela maioria, o Estado 
estará se tornando uma ordem estática, e para isso ele terá que usar da força para reprimir as 
expressões, e com isso se tornara um Estado inadequado. 
Mas se ao invés disso o Estado criar uma institucionalização de conflitos, através da criação de 
canais de discordância que confiram as vontades sociais, ele passará constantemente por uma 
adaptação aspectos de vontades particulares. Permanecendo sempre a expressão da vontade social 
que tenha maior importância. Logo será o Estado adequado, capaz de alcançar o bem comum. 
 A multiplicidade e valores que convive em qualquer meio social. 
O Estado não pode dar a importância absoluta e permanente a algum objetivo particular. Pois quando 
os objetivos fundamentais não levam em conta a liberdade individual, a igualdade de oportunidades e 
a justa distribuição das riquezas produzidas pela coletividade, o Estado não está cumprindo a sua 
finalidade. Transformando-se em instrumento de uso de grupos privilegiados, reduzindo a 
mobilidade social e impedindo a correção das injustiças. 
 
As transformações do Estado 
 Por Evolução: acontecem transformações lentamente, aos poucos. 
 Por Revolução: acontecem transformações de repente, grosseiramente. 
A transformação por evolução é mais indicada, pois é por meio do desenvolvimento natural, que vai 
acontecendo pouco a pouco, das idéias e dos costumes, e da constante adaptação do Estado às 
mudanças da sociedade. Acontece som mais segurança, sendo mais fácil avaliar a verdadeira 
profundidade e do sentido real das mudanças vistas nas condições de vida e no que os indivíduos 
querem. 
Contudo pode acontecer de o Estado impedir a integração de novos fatores de influencia, ou que 
formalize uma ordem conflitante com a realidade. Nesses casos somente a revolução poderá acabar 
com os obstáculos à livre transformação do Estado, restaurando os mecanismos de adaptação do 
Estado às novas exigências da realidade social. 
A própria revolução mostra que a mudança dos governantes ou de uma ordem formal para outra, não 
basta para que ela aconteça. 
Do ponto de vista jurídico a revolução acontece de forma ilegal, por procedimento que não está 
previsto na ordenação anterior. 
Mas a circunstâncias em que a revolução é justificada como própria exigência do direito. 
Para que a Revolução seja reconhecida é preciso: 
 Legitimidade: tem que vir de uma necessidade real. 
 Utilidade: tem que ser conduzida de forma que atinja os objetivos desejados. 
 Proporcionalidade: a revolução não traga maiores estragos do que aqueles que se pretende 
corrigir. 
Após a revolução, rapidamente, deve ser restabelecidos os mecanismos de transformação evolutiva, 
para que o Estado se mantenha de acordo à realidade social, sendo um instrumento do bem comum. 
 
Referência 
DALARI, Dalmo de Abreu. Elementos da Teoria Geral do Estado. 2º ed. atualizada. São Paulo: 
Editora Saraiva, 1998.

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