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Índice
APRESENTAÇÃO..................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 11
 A atração e a armadilha do mercado ................................................................................................. 11
 O ciclo evolutivo de um trader ............................................................................................................12
 Orientando-se por dicas ....................................................................................................................... 14
 Orientando-se por notícias .................................................................................................................. 14
 A transição – assumindo dogmas ........................................................................................................ 15
 O dogma “Investir em bolsa é para o longo prazo” ............................................................................ 15
 A verdade absoluta – timing ................................................................................................................ 17
CAPÍTULO 1 - O CONTEXTO DO TRADING ................................................................................................ 19
 A análise fundamentalista e a grafista ................................................................................................ 19
 Análise fundamentalista............. .......................................................................................................... 19
 Críticas...... .............................................................................................................. 20
 Análise técnica ou gráfica......... ................................................................................................... 20
 Críticas.......... .......................................................................................................... 21
 Sinergias e incompatibilidades .................................................................................................... 21
 Aspectos importantes sobre trading ....................................................................................................22
 Não existe almoço grátis ......................................................................................................................22
 A curva de aprendizado ........................................................................................................................22
 Preservar capital ...................................................................................................................................23
 O canto da sereia ..................................................................................................................................23
 Quanto esperar de rentabilidade ......................................................................................................... 24
 O pulo do gato ...................................................................................................................................... 24
 Foque-se no seu desempenho ..............................................................................................................25
 A recompensa não-financeira ..............................................................................................................25
CAPÍTULO 2 – INTRODUÇÃO À ANÁLISE TÉCNICA ................................................................................. 26
 Iniciando a compreensão do gráfico .................................................................................................... 26
 As informações que compõem um gráfico ................................................................................. 26
 O gráfico de barras ...................................................................................................................... 27
 O gráfico de candlesticks ............................................................................................................. 27
 Ênfase no fechamento ................................................................................................................. 28
 Candles de alta e candles de baixa .............................................................................................. 29
 Escala ............................................................................................................................................ 29
 Volume .........................................................................................................................................30
 Liquidez ........................................................................................................................................ 31
 Análise técnica precisa de liquidez ............................................................................................. 32
 Periodicidade ................................................................................................................................ 32
 Como é feita a contagem de tempo ......................................................................................................33
 Diferentes periodicidades no mesmo ativo ..........................................................................................34
 Hierarquia ............................................................................................................................................34
 Prazos operacionais ..............................................................................................................................34
 Daytrade ......................................................................................................................................34
 Swingtrade ...................................................................................................................................34
 Position ........................................................................................................................................ 35
 Volatilidade .................................................................................................................................. 35
 Sinais básicos dos candles .................................................................................................................... 36
 Amplitude .................................................................................................................................... 36
 Convicção ou dúvida .................................................................................................................... 37
 Sombras ....................................................................................................................................... 38
 Por que o mercado faz topos e fundos ................................................................................................. 39
 Topos ............................................................................................................................................ 39
 Exaustão lenta ........................................................................................................ 39
 Exaustão rápida (clímax) ....................................................................................... 39
 Quebra do movimento ...........................................................................................40
 Fundos ..........................................................................................................................................40
 Exaustão lenta ........................................................................................................40
 Exaustãorápida (clímax) .......................................................................................40
 Quebra do movimento ........................................................................................... 41
 Suportes e resistências ......................................................................................................................... 41
 Formação ......................................................................................................................................42
 Suportes e resistências não-gráficos ...........................................................................................43
 Como traçar suportes e resistências............................................................................................43
 A força dos suportes e resistências .............................................................................................44
 Rompimentos ...............................................................................................................................45
 Rompimentos falsos ....................................................................................................................46
 A regra da bipolaridade ...............................................................................................................46
 Pullbacks ......................................................................................................................................47
 Aplicando os conhecimentos – prática 1 .....................................................................................48
 Tendências ............................................................................................................................................ 53
 Tendência de alta ......................................................................................................................... 53
 Tendência de baixa ....................................................................................................................... 53
 Tendência lateral ..........................................................................................................................54
 Tendência indefinida ................................................................................................................... 55
 Busque tendências claras ............................................................................................................. 57
 Opere a favor da tendência .......................................................................................................... 57
 Aplicando os conhecimentos – prática 2 ..................................................................................... 58
 Pivots – quando as tendências direcionais surgem ............................................................................. 62
 Pivot de alta ................................................................................................................................. 62
 Pivot de baixa...............................................................................................................................64
 Acionamento do pivot ................................................................................................................. 67
 Posicionamento e stop ................................................................................................................. 67
 Rompimento do calcanhar do pivot ............................................................................................68
 A cabeça do pivot ......................................................................................................................... 69
 Aplicando os conhecimentos – prática 3 ..................................................................................... 70
 Linhas de tendência .............................................................................................................................. 71
 Linha de tendência de alta (LTA) ................................................................................................ 72
 Quais pontos utilizar para traçar .......................................................................... 72
 Indicação de final de movimento .......................................................................... 73
 Ajuste de LTA ........................................................................................................ 73
 Linha de tendência de baixa (LTB) ............................................................................................. 74
 Quais pontos utilizar para traçar .......................................................................... 74
 Indicação de final de movimento .......................................................................... 75
 Ajuste de LTB ......................................................................................................... 75
 Canais ..................................................................................................................... 75
 Aplicando os conhecimentos – prática 4 .....................................................................................77
 Graduações de tendência ...................................................................................................................... 79
 Terceiro grau: tendência terciária ............................................................................................... 79
 Segundo grau: tendência secundária ..........................................................................................80
 Primeiro grau: a tendência primária ..........................................................................................80
 Aumentando a complexidade ......................................................................................................80
 Reversão das tendências .............................................................................................................. 81
 Interação entre as tendências ...................................................................................................... 81
 Aplicando os conhecimentos – prática 5 ..................................................................................... 81
 Volume .................................................................................................................................................. 82
 O padrão normal de volume .......................................................................................................83
 Divergências de volume ..............................................................................................................84
 Alto volume indica topos ou fundos ...........................................................................................85
 O sinal de volume mais importante ...........................................................................................86
 Concentrações de volume ............................................................................................................86
 Aplicando os conhecimentos – prática 6 ..................................................................................... 87
CAPÍTULO 3 – PADRÕES GRÁFICOS .............................................................................................................88
 Padrões de candles ................................................................................................................................88
 Características de cenário para padrões de candles .................................................................... 89
 Movimento prévio ................................................................................................. 89
 Qualidade do movimento prévio........................................................................... 89
 Ocorrência de alto volume .....................................................................................90Ocorrerem onde são esperados ..............................................................................90
 Os padrões precisam ser acionados .......................................................................90
 Tempo de acionamento e stop ................................................................................ 91
 Objetivo .................................................................................................................. 91
 Os padrões ................................................................................................................................... 91
 Martelo (Hammer) ................................................................................................92
 Estrela cadente (shooting star) ..............................................................................94
 Enforcado (hanging man) ...................................................................................... 95
 Martelo invertido (inverted hammer) .................................................................. 97
 Doji (doji) ............................................................................................................... 98
 Estrela (star) ...........................................................................................................99
 Engolfo (engulfing) ............................................................................................. 101
 Harami (harami) .................................................................................................. 103
 Nuvem negra (dark cloud) ................................................................................... 104
 Padrão penetrante (piercing pattern) .................................................................. 106
 Aplicando os conhecimentos – prática 7 ................................................................................... 107
 Padrões complexos .............................................................................................................................. 107
 Triângulo simétrico ................................................................................................................... 108
 Triângulo altista ........................................................................................................................ 111
 Triângulo baixista ..................................................................................................................... 113
 Retângulo................................................................................................................................... 115
 Cunha altista (descendente) ...................................................................................................... 117
 Cunha baixista (ascendente) ..................................................................................................... 120
 Mastro e bandeira ...................................................................................................................... 121
 Ombro cabeça ombro (OCO) .................................................................................................... 124
 Ombro cabeça ombro invertido (OCO invertido) .................................................................... 126
 Topo duplo (topo em M) ............................................................................................................ 127
 Fundo duplo (fundo em W) ....................................................................................................... 129
 Gaps .................................................................................................................................................... 132
 Tipos de gaps .............................................................................................................................. 133
 Gap de área ........................................................................................................... 133
 Gap de fuga ..........................................................................................................134
 Gap de medida ...................................................................................................... 135
 Gap de exaustão ................................................................................................... 135
 Ilha de reversão .................................................................................................... 136
CAPÍTULO 4 – INDICADORES E FIBONACCI ............................................................................................. 137
 Médias móveis .................................................................................................................................... 137
 Cálculo da média móvel ............................................................................................................ 138
 Periodicidade .............................................................................................................................. 139
 Indicadores de graduação de tendência ..................................................................................... 140
 Médias como indicadores de “caro” ou “barato” ..................................................................... 141
 Médias indicando a qualidade da tendência ............................................................................. 143
 Médias como suportes ou resistências ...................................................................................... 144
 Cruzamentos ............................................................................................................................. 146
 Mercado lateral .......................................................................................................................... 147
 Aplicando os conhecimentos – prática 8 ................................................................................... 147
 Índice de força relativa (IFR) ............................................................................................................. 149
 Cálculo do IFR ........................................................................................................................... 149
 Ajustando o IFR ......................................................................................................................... 150
 IFR como indicador de trade contra a MM (21) ....................................................................... 151
 Aplicando os conhecimentos – prática 9 ................................................................................... 152
 Bandas de Bollinger............................................................................................................................ 153
 Cálculo das bandas de Bollinger ............................................................................................... 153
 Compreensão da ferramenta ..................................................................................................... 155
 Aplicação 1 – estreitamento ................................................................................ 156
 Aplicação 2 – fechou fora, fechou dentro (FFFD) ............................................... 158
 Aplicação 3 – candle de reversão fora das bandas ............................................... 160
 Aplicando os conhecimentos – prática 10 ........................................................... 160
 Outros indicadores ............................................................................................................................. 161
 On balance volume (OBV) ........................................................................................................ 162
 Moving average convergence-divergence (MACD) ................................................................. 163
 Moving averageconvergence-divergence histogram (MACD histogram) ............................. 164
 Stochastics (estocástico) ............................................................................................................ 164
 Divergências .............................................................................................................................. 166
 Indicadores de stop .................................................................................................................... 167
 Indicadores de stop – stop and reverse (SAR) .................................................... 167
 Indicadores de stop – high - low activator (HiLo) .............................................. 169
 Aplicando os conhecimentos – prática 11 ................................................................................. 170
 Fibonacci ............................................................................................................................................. 171
 A sequência de Fibonacci ........................................................................................................... 171
 A sequência de Fibonacci e a proporção áurea .......................................................................... 173
 Aplicação das proporções de Fibonacci ...................................................................................... 176
 Retrações de Fibonacci ...............................................................................................................177
 Extensões de Fibonacci .............................................................................................................. 180
 Aplicando os conhecimentos – prática 12 ................................................................................. 183
CAPÍTULO 5 – STOPS E MANEJOS DE RISCO............................................................................................ 185
 Stops.................................................................................................................................................... 185
 Por que utilizar stops ................................................................................................................. 185
 Onde colocar os stops ................................................................................................................ 190
 Como encarar o stop e o fato de ser estopado ........................................................................... 191
 Como programar um stop ......................................................................................................... 192
 Stop de compra ..................................................................................................... 192
 Stop de venda ....................................................................................................... 193
 Manejo de risco .................................................................................................................................. 195
 Regra 1 ....................................................................................................................................... 195
 Regra 2 ....................................................................................................................................... 198
 Quando o limite de 6% é alcançado .........................................................................................200
 Atualização dos valores de manejo de risco ............................................................................. 201
 Outras regras sugeridas....................................................................................... 201
CAPÍTULO 6 – PLANO DE TRADE ................................................................................................................204
 Registros .............................................................................................................................................204
 Plano de trade/diário de operações ....................................................................................................204
 Exemplo de plano de trade ................................................................................................................. 207
 Planilha de registros .......................................................................................................................... 210
 Conclusão ................................................................................................................................... 211
CAPÍTULO 7 – ESTRATÉGIA E APLICAÇÃO ............................................................................................... 212
 Estratégias básicas .............................................................................................................................. 212
 Cenário lateral ou indefinido .................................................................................................... 212
 Operando dentro de uma congestão ................................................................... 213
 Operando o rompimento de uma congestão ....................................................... 217
 Cenário de tendência de alta ..................................................................................................... 220
 Cenário de tendência de baixa...................................................................................................222
 Análise em camadas ........................................................................................................................... 224 
 Primeira camada ........................................................................................................................ 224
 Segunda camada ........................................................................................................................ 224
 Terceira camada .........................................................................................................................225
 Quarta camada ..........................................................................................................................225
 Exemplo real ........................................................................................................ 226
 Exemplo real – plano de trade ............................................................................................................230
 Exemplo real – execução do plano ............................................................................................ 231
CAPÍTULO 8 - COMO COMEÇAR .................................................................................................................233
 Primeiro passo: teste o que lhe foi ensinado .....................................................................................233
 Segundo passo: simule .......................................................................................................................234
 Terceiro passo: comece a operar .........................................................................................................234
 Quanto dinheiro colocar no mercado? ..............................................................................................234
 Qual periodicidade eu escolho? ......................................................................................................... 235
 Quantos e quais papéis devo acompanhar? ....................................................................................... 235
 Quando eu devo colocar mais dinheiro na conta? ............................................................................236
 Qual corretora é mais adequada para mim? Qual o software de análise técnica eu devo utilizar? ....... 236
CONCLUSÃO ....................................................................................................................................................238
Apresentação
Investir na bolsa de valores no Brasil, um país cuja economia conseguiu firmar-se perante 
os olhos do mundo apenas nas últimas décadas, ainda é considerada uma opção recente. Hoje, 
o mercado acionário é não apenas uma escolha, mas configurou-se também como a melhor 
alternativa para o crescimento do capital. Além disso, a cada dia mais pessoas fazem dessa ati-
vidade sua ocupação principal e, por conta disso, há hoje, no país, uma ampla comunidade de 
investidores profissionais.
A Leandro & Stormer surgiu da iniciativa de dois experientes traders, Leandro Ruschel e 
Alexandre Wolwacz (Stormer), com o intuito de difundir a análise técnica. O principal objetivo 
era formar uma comunidade online que permitisse aos traders de todo o país a troca de conhe-
cimentos e informações sobre o mercado em tempo real. 
A Leandro & Stormer mantém uma escola de traders em São Paulo e possui equipe de es-
pecialistas em análise técnica que ministra cursos em todo o país. Após participar dos cursos, 
nossos alunos contam com um espaço ideal para a continuação do aprendizado, podendo acessar 
fórum de discussões, artigos, palestras virtuais e apresentações exclusivas.
A Leandro & Stormer tem uma escola de traders em São Paulo 
e mais de 15 mil alunos em 40 cidades do país. 
Utilizando sua experiência em análise técnica, a Leandro & Stormer publica livros e oferece 
seminários com técnicas inovadoras, que são referência no Brasil. Pelo site da L&S, você pode 
ter acesso às publicações e à coleção completa com todos os seminários lançados até o momento. 
Hoje, com mais de 70.000 pessoas acompanhando o mer-
cado e interagindo diariamente, a Leandro & Stormer é a 
maior comunidade de traders do Brasil.
10
Mercado de Ações – Análise Gráfica e Estratégias
São guias de estudos e DVDs, contendo apresentações de variados temas, desde o nível iniciante 
até o avançado, com destaque para diversos prazos operacionais. 
A Leandro & Stormer desenvolve e disponibiliza conhecimento sobre análise técnica em 
livros e seminários que são referência no Brasil. 
Introdução
Ao iniciar o presente curso Mercado de ações – Análise gráfica e estratégias, é importante 
que você tenha absorvido o conteúdo de Fundamentos do mercado de ações, desenvolvido pela 
L&S especialmente para seus clientes.
Lá, está contido um conhecimento importante e detalhado sobre como funcionam os mer-
cados, além dos aspectos operacionais da atividade de investimento em bolsas. Temos certeza 
de que mesmo aqueles que já possuem algum tempo de experiência prática de mercado ficarão 
surpresos com aspectos sobre o mercado que desconhecem. Por isso, esse material é considerado 
pré-requisito para o bom entendimento deste curso, tornando a leitura das próximas páginas 
realmente proveitosa.
Considerando que você absorveu os conhecimentos disponibilizados nesse módulo anterior, 
cremos que você esteja pronto para dar o próximo passo. O conhecimento acumulado até agora 
não fez mais do que prepará-lo em relações às regras da atividade de trading. As regras são im-
portantes para que se possa jogar, mas ninguém ganha só por saber as regras. O conhecimento 
que você irá adquirir agora é que irá realmente fazer com que você possa se destacar e lucrar 
dentro desse monstruoso e competitivo jogo que é o mercado. 
Mas antes de partirmos para o conhecimento técnico de avaliação de mercado, vamos as-
sentar algumas noções importantes sobre essa atividade que você está se propondo a exercer: a 
atividade de trading. Algumas dessas noções, se bem compreendidas, terão tanto ou mais valor 
do que as próprias distinções de avaliação de mercado que aprenderemos mais tarde.
A atração e a armadilha do mercado
No mundo inteiro, centenas de milhares de pessoas são atraídas todos os anos aos mercados de 
renda variável. Essa capacidade de atração do mercado é fruto de duas características principais. 
A primeira é que o mercado é um ambiente extremamente democrático. Qualquer pessoa 
que possua capital e disposição para arriscá-lo será bem-vinda aos mercados de bolsa e terá um 
12
Mercado de Ações – Análise Gráfica e Estratégias
tratamento igual ao dispensado a qualquer outro trader. Não há beneficiamentos nem protegi-
dos. Todos estarão competindo, em essência, de igual para igual.
A segunda característica é que os mercados de renda variável oferecem a possibilidade de 
auferir grandes ganhos praticamente do nada. A mágica da rentabilidade composta pode re-
almente transformar algumas centenas de reais em algumas centenas de milhares em algum 
tempo. Essa possibilidade nos fascina a todos, mas o horizonte dessa possibilidade costuma ficar 
mais longe do que os passos da maioria conseguem alcançar.
Curiosamente, a sorte costuma estar do lado dos novatos que tentam. A sorte de principiante 
é mais presente nas experiências de investimento em bolsa do que em qualquer outra ativida-
de. Isso se explica pelo fato das pessoas serem atraídas ao mercado nos momentos de grande 
euforia, quando os preços das ações sobem rápido e sem muita distinção. Esses momentos não 
costumam perdurar. É questão de tempo para que o mercado vire – e, em pouco tempo, todo 
aquele lucro rápido e fácil que se ganhou vai embora ainda mais rápido que entrou. 
São esses momentos que distinguem os profissionais dos amadores. O mercado é um dos 
poucos ambientes onde um amador pode superar um profissional experiente, pois sorte é um 
dos componentes da atividade de trading. O desconhecimento dos riscos possibilita ao novato 
uma coragem fantástica que permite, com sorte, grandes ganhos. Mas coragem no mercado não 
é exatamente uma virtude, e a sorte sempre é efêmera. Um trader não pode depender da sorte. 
E quando o novato percebe isso é porque já devolveu tudo e mais um pouco do que ganhou. Esse 
é um momento importante, um divisor de águas. 
Alguns realmente perceberão que brincaram com fogo e buscarão melhorar sua atuação para 
que não sofram novas queimaduras. Mas, para outros, o estrago terá sido pior. Apesar do resul-
tado final negativo que obtiveram, ficarão obcecados por aquele curto período de tempo, quando 
chegaram a ganhar muito dinheiro, e tentarão a todo custo repetir a proeza. Para isso, como vicia-
dos, irão se permitir as piores posturas.
O ciclo evolutivo de um trader
É normal que o trader novato seja cheio de boas intenções e carregue consigo uma boa dose de 
ingenuidade. Não é nada incomum que um novato, antes mesmo de seus primeiros trades, já conte 
com os resultados que acha que irá conseguir atuando nos mercados. Talvez essa seja uma lem-
brança comum dos primeiros passos entre muitos traders, hoje experientes e menos ingênuos. 
A grande maioria chega ao mercado depois de serem longamente tentados por um ciclo de 
alta, onde as notícias positivas sobre os investimentos em bolsa não cessam. Depois de quebrada a 
resistência inicial, esses investidores tomam posições visando o longo prazo e, na onda da euforia 
do mercado, logo veem excelentes resultados. Mas em seguida a euforia passa, e o mercado cobra 
a conta com juros. Muitos não aguentam o prejuízo e encerram seus investimentos. Os que não se 
13
Introdução
afastam de vez dos mercados passam a buscar incessantemente a repetição daqueles bons momen-
tos. Atribuem o mau resultado que obtiveram ao despreparo e passam a buscar uma melhor forma 
de atuação, geralmente de maneira mais ativa, comprando e vendendo com maior frequência. 
Os outros atalham e já chegam ao mercado para atuar de forma mais ativa. Observam o cons-
tante sobe e desce do mercado, como o da ilustração abaixo, e imaginam que não deve ser muito 
difícil lucrar algum dinheiro disso. Raciocinam que é viável pesquisar entre os mais experientes 
um papel bem recomendado, esperar por uma correção nos preços e, então, comprar. Feita a com-
pra, basta esperar que a operação ofereça um bom lucro e, daí, se desfazer da operação.
Mas, no momento que esse tradertenta pôr em prática seu plano, ele percebe que toda en-
trada e toda saída do mercado representam um grande dilema. E esse dilema é compartilhado 
entre os traders que trilham ambos os caminhos e todos os demais. Esse dilema surge do des-
conhecimento do que irá ocorrer no futuro, algo que não ficava tão evidente quando se olhava 
para o passado estático do gráfico. 
Quando não temos o lado direito do gráfico, é inevitável que surja a dúvida: segurar ou 
liquidar? Se a posição mostrou lucro, a dúvida não será menor: o que é um bom lucro? Se liqui-
darmos a operação agora, talvez percamos o restante do movimento que ainda está por vir. Mas 
se não liquidarmos, talvez deixemos de assegurar um lucro para ver o papel virar e nos colocar 
num grande prejuízo. E se já estamos no prejuízo, será que já não caiu demais e o próximo rali 
não está a instantes de ocorrer? Mas e se não for o caso e o fundo ainda estiver mais embaixo? 
Um turbilhão de dúvidas irá aflorar na mente preocupada desse trader. Em pouco tempo, ele 
estará convencido de que precisa de embasamento para conseguir tomar uma decisão mais precisa. 
Provavelmente, ele buscará amparo nas dicas de outros traders ou no julgamento do seu bom senso 
em relação às notícias que, dia após dia, movimentam os mercados. Aí, começam os problemas.
14
Mercado de Ações – Análise Gráfica e Estratégias
Orientando-se por dicas
Sem dúvida, é importante que todo trader possua algum trader mais experiente para orientá-
lo e dar conselhos. Mas não para lhe ditar trades. Primeiro, porque a dependência do conheci-
mento alheio não nos permitirá ir a lugar algum com nossos próprios pés. E segundo, porque 
seguir dicas geralmente é um rápido meio para perder bastante dinheiro.
O mercado está cheio de pessoas dispostas a dar dicas e dizer qual papel vai “bombar”. Essa é 
uma característica comum daqueles que, nervosos e comprometidos com suas posições, tentam 
arregimentar novos traders para suas próprias apostas numa tentativa desesperada, mesmo que 
inconsciente, de fazer com que deem certo. Outros o farão por ego, buscando autoafirmação. Um 
trader experiente já passou dessa fase. Sua postura é dedicada e silenciosa. Portanto, evite dicas.
Se não o convencemos ainda, lembre-se de que os trades se tornam vitoriosos ou perdedores 
na hora de encerrá-los. Observe melhor. Todos estão dispostos a dizer quando e/ou o que com-
prar, mas poucos completam a informação com quando e como vender.
Orientando-se por notícias
O noticiário da mídia especializada costuma ser fonte de grande frustração. Os novatos ten-
dem a tomar posicionamentos baseados em cima dos julgamentos que fazem em cima dessas 
notícias. Eles entendem que as notícias movimentam o mercado e tentam, a todo custo, estar 
bem-informados. Sim, é verdade que as notícias possuem um impacto no mercado. Mas existem 
alguns fatos importantes sobre isso. 
Primeiro e mais importante: não é a notícia que movimenta o mercado, mas a reação das 
pessoas à notícia. E a reação é algo muito mais complexo de antever. O mercado não segue 
uma lógica linear, e isso é algo que um trader que não for muito teimoso vai logo perceber. 
Um fato que julgamos positivo pode resultar numa forte queda dos preços, enquanto algo 
que julgamos negativo pode resultar numa forte alta nos preços. Ficamos confusos e bus-
cando uma explicação para a falta de nexo entre causa e efeito no mercado. A explicação é 
simples: não há nexo. 
O segundo fato é que as notícias que realmente importam, enquanto importam, ficam 
distantes do público. Isso explica em parte por que o mercado não segue uma lógica linear 
de causa e efeito. O mercado responde e precifica uma série de informações que ainda são 
desconhecidas da maioria do público, mas não de todo o público. Isso faz com que os movi-
mentos pareçam sem sentido, pois não correspondem ao conhecimento aceito e atual sobre os 
fatos. O que parece sem sentido agora pode ser explicado por uma informação que está ainda 
para chegar ao nosso conhecimento. Mas, quando ela se torna conhecida, provavelmente já 
estejamos tão envolvidos com o novo cenário que está sendo precificado que se torna difícil 
estabelecer uma correspondência.
15
Introdução
O gráfico acima é um bom exemplo disso. As ações PN da Petrobrás apresentaram uma 
fortíssima alta de setembro a novembro. Quando, em novembro, foram anunciados ao público 
os dados precisos sobre a descoberta do grande reservatório de petróleo e gás de Tupi, os preços 
fizeram topo. Quem se posicionou nesse ativo pelo “bom senso” de julgar que uma descoberta 
dessas impactaria positivamente os preços, passou os meses seguintes vendo seu investimento 
oscilar entre empate e forte prejuízo. Não se engane. Tupi provavelmente impactou os preços. 
Só é difícil precisar quando e quanto. Provavelmente, esse fato tenha sido o grande responsável 
pela forte alta entre setembro e novembro, mas podemos apenas supor. Infelizmente, nessa épo-
ca, não tínhamos nem ideia do que estava acontecendo. Acostume-se com a ideia: dificilmente, 
teremos ideia do que está acontecendo.
A transição – assumindo dogmas
Depois de algum tempo tentando lucrar à base de notícias, lógica, bom senso e algumas dicas, 
é inevitável que esse trader se sinta frustrado. A sensação é de impotência. Frente à inconsistên-
cia dos resultados, o trader se convencerá de que o mercado não pode ser batido no curto prazo. 
E ele irá querer acreditar nisso, pois essa é a crença que minimiza a dor de suas perdas. Por isso, 
ele assumirá um pressuposto comum que o reconforta, repetido à exaustão entre aqueles que 
não podem afirmar diferente: “Investir na bolsa é para o longo prazo”. E, assim, nasce mais um 
pretenso investidor de longo prazo.
O dogma “Investir em bolsa é para o longo prazo”
Investir em bolsa é para o longo prazo. Essa máxima de mercado de cara já apresenta um pro-
blema conceitual. O que é longo prazo? O que é médio e curto prazo? Talvez nossos conceitos 
16
Mercado de Ações – Análise Gráfica e Estratégias
em relação a essas palavras não sejam nem de perto parecidos. Mas o problema morre aqui. Por-
que, de fato, isso não importa. Os investimentos nos mercados de bolsa não são especificamente 
para nenhum desses prazos indeterminados de tempo. 
A verdade é que os mercados de bolsa são ambientes ricos em oportunidades, independente-
mente do prazo de investimento. Teremos excelentes oportunidades de trade, que poderão levar 
para sua conclusão alguns minutos, outros que levarão horas, dias, semanas ou meses. Pouco 
importa o nome que damos a esses prazos. O que importa é que eles ocorrem e estão lá para 
serem aproveitados. No entanto, seu aproveitamento depende de conhecimento.
Não existe o prazo certo. Existem os motivos certos. Temos que fazer uma distinção entre jo-
gar e investir ou especular. O jogador é um apostador, alguém de comportamento inconstante, 
que faz suas apostas no calor do momento. O investidor ou especulador é como um enxadrista, 
que pensa cuidadosamente as suas jogadas. Ele possui uma estratégia e não se abala ao perder 
algumas peças, pois sabe que é inevitável. Ele aceita as perdas, mas as sofre de forma controlada, 
pois sabe que, dessa forma, chegará ao ponto de dar o xeque-mate. Essa é a figura do trader.
No final das contas, chegamos à conclusão de que a única diferença entre especular no curto 
prazo e no longo prazo (investir) é o tempo. A verdade dolorosa é que, se não temos embasa-
mento técnico para saber por que entrar e por que sair, independentemente do prazo em que 
estivermos atuando, estaremos agindo como meros jogadores numa casa de apostas! Aqueles 
que esbravejam que os investimentos em bolsa são para o longo prazo nada mais fazem do que 
adiar indefinidamente a decisão e o dilema de sair do mercado, evitando, assim, a realização de 
prejuízos. Dizem-se investidores de longo prazo, mas continuam fazendo as mesmas apostas de 
quando jogavam no curto prazo.Observe o exemplo abaixo:
Esse gráfico mostra a evolução do Ibovespa do final de 1996 até o final de 2003. Temos prati-
17
Introdução
camente sete anos de histórico nesse gráfico. Imagine alguém que tenha investido por volta do 
topo de 1997. Esse seria um ponto provável para que algum novato investisse no mercado? Sem 
dúvida! Esse ano foi marcado por um forte mercado de alta, quando o otimismo exacerbado e a 
euforia cegavam para os riscos e parecia ser seguro ao amador investir. Pois, se não fosse, por 
que todos estavam investindo?
O investimento em pouco tempo teria se transformado numa dor de cabeça. Mas resoluto de 
que bolsa é para longo prazo, esse jogador manteve-se firme durante dois anos de perdas, chegan-
do a perder mais de 65% do seu capital inicial. Felizmente, dias melhores vieram e, por volta do 
terceiro ano, o mercado havia retornado e superado o patamar inicial de investimento. Já se via 
um lucro nominal de quase 40%. O que esse jogador deveria fazer? Realizar o lucro? Ou apenas 
seguir no seu investimento de longo prazo? Provavelmente, na falta de motivos para fazer dife-
rente, esse jogador ficaria firme. Para o seu azar, o mercado iniciou um novo ciclo de baixa, que 
durou mais dois anos e meio, fazendo-o, em 2002, ter acumulado um prejuízo nominal próximo 
de 36%. Mantendo-se fiel, em 2003, o lucro foi novamente alcançado para a posição. Mas, e ago-
ra? Realizar o lucro ou manter-se no investimento? Eis o dilema eterno do mercado.
É importante ressaltarmos o fato de termos nos referido às rentabilidades sempre com o termo 
“nominal”. Fizemos isso porque existem dois custos que alteram a realidade desses valores nomi-
nais: o custo de oportunidade e a corrosão inflacionária. O custo de oportunidade implica o juro 
que deixamos de ganhar aplicando o capital numa renda fixa. E a corrosão inflacionária vem da 
perda de valor do dinheiro no tempo. Ou seja, na verdade, nesse período de quase seis anos, o inves-
timento nunca saiu do prejuízo real. Se observássemos esse mesmo gráfico indexado ao dólar como 
forma de descontar os custos mencionados, iríamos nos surpreender ao perceber que o investimen-
to só retornou para o empate em julho de 2005. Portanto, pense melhor sobre o “longo prazo”.
A verdade absoluta – timing
A conclusão a que chegamos é que, para se ter sucesso nos investimentos em renda vari-
ável, tudo depende de uma só coisa: timing. No período do exemplo anterior, entre 1996 e 
2003, a bolsa ofereceu excelentes oportunidades para quem soube aproveitá-las. Mas, para 
aqueles que não tinham capacidade de julgar por que era momento de investir e por que era 
momento de pular fora; para aqueles que assumiram um comportamento passivo na expecta-
tiva de que o desenrolar dos eventos os levaram ao lucro; para essas pessoas, foi um período 
jogado no lixo.
Por mais que os mercados tendam a uma racionalidade, esta fica comprometida na medi-
da em que as pessoas são suscetíveis a contaminar suas decisões com aspectos emocionais. 
Ao mesmo tempo, as informações que realmente importam no prazo em que ainda podem 
gerar alguma vantagem no mercado, como vimos, ficam escondidas do grande público. No 
18
Mercado de Ações – Análise Gráfica e Estratégias
fim das contas, o movimento dos preços é fruto de um emaranhado extremamente comple-
xo de participantes, que reagem de formas diferentes aos mesmos eventos e que também 
são influenciados pelos próprios movimentos dos preços, criando-se um sistema caótico que 
se autoalimenta.
Por isso, é importante não ser passivo no mercado e utilizar-se de um método. É o mé-
todo que nos possibilita ter noção de timing. Caso contrário, estaremos cegos, reféns de 
nossas emoções num ambiente que é notório por levar as pessoas aos extremos da euforia 
e do pessimismo.
Se, nessa etapa do ciclo evolutivo, o trader ainda não se convenceu disso, estará se relegando 
à condição de um “trader erectus”, de ferramentas e concepções primitivas e fadado à extinção; 
em vez de se tornar um “trader sapiens”, mais sofisticado e que se perpetua.
O contexto do trading
Capítulo 1 
A análise fundamentalista e a grafista
Existem basicamente duas grandes escolas de análise para atuar nos mercados de renda vari-
ável: a escola fundamentalista (clássica) e a escola técnica (grafista).
Análise fundamentalista
Sua lógica é que os preços praticados no mercado devem refletir o desempenho da empresa em 
questão. Portanto, é mais importante estudar os aspectos fundamentais da empresa, como sua saúde 
financeira, indicadores, variáveis diversas, etc., do que tentar prever os comportamentos dos preços.
O analista fundamentalista entende que o mercado é de comportamento caótico, mas que não 
pode fugir por muito tempo dos fundamentos que, em tese, reflete. Portanto, apesar dos altos e 
baixos do mercado, frutos de euforia ou pânico, o mercado tende a buscar um valor que reflita o 
real valor do ativo em questão. Por isso que os investidores se preocupam menos com os preços 
e mais com os fundamentos. Esses investidores buscam bons fundamentos. Eventualmente, os 
preços seguirão.
É importante ressaltar a diferença entre preço e valor. Preço é o que é praticado no mercado 
e é amplamente divulgado. Todos sabem o preço de um ativo. O preço é a cotação. O valor já é 
uma noção mais subjetiva e, muitas vezes, distante do preço. O valor representa a real repre-
sentação de riqueza de um ativo, enquanto que o preço é simplesmente o reflexo monetário da 
disposição momentânea dos participantes em negociar esse ativo. Conseguir auferir o valor 
(preço justo) de um ativo é uma tremenda vantagem competitiva, pois permite ao investidor um 
referencial de preço para saber se algo está caro ou está barato.
Esse método é dito “de fora para dentro”, porque primeiro se busca a mensuração do que seria 
o preço justo para o ativo e depois se vai até o mercado para ver o preço em que esse ativo está 
sendo negociado. Daí que surgem as oportunidades de comprar abaixo do preço justo e vender 
acima ou no preço justo. 
20
Mercado de Ações – Análise Gráfica e Estratégias
As ferramentas para fazer essa mensuração de preço justo são várias, e elas não vão deixar de ser 
também bastante subjetivas, pois dependem de uma série de suposições sobre o futuro da empresa 
e da economia. Esse investidor tentará reduzir seu risco através da diversificação, pois é um tanto 
contraditório comprar uma ação por achá-la barata e vendê-la porque seu preço caiu ainda mais.
CrítiCas
A análise de fundamentos é de extremo valor, principalmente quando o horizonte de tempo 
do investimento é longo ou quando o ativo em questão possui baixa liquidez. Ativos de baixa 
liquidez só podem ser avaliados por fundamentos.
A principal fragilidade desse tipo de análise é o fato de que não existe segurança de que temos 
todas as informações que importam sobre um ativo para poder analisá-lo, nem de que as informa-
ções que temos são precisas. Recentemente, tivemos diversas empresas brasileiras com perdas bi-
lionárias em seus balanços advindas de operações alavancadas com câmbio. Em nenhum momen-
to, os acionistas foram informados sobre tais operações nem sobre o risco que representavam.
Análise técnica ou gráfica
A análise técnica, ao contrário, é uma abordagem restrita ao que acontece aos preços, prestan-
do nenhuma atenção ao que acontece fora dos pregões. A análise técnica está focada em captar 
as alterações de oferta e demanda, pois, se timing resume o mercado, são as alterações de oferta 
e demanda que criam o timing! A análise técnica se sustenta nos seguintes entendimentos:
1. Os gráficos descontam tudo
O analista gráfico capta alterações no mercado através de um único instrumento: o gráfico. 
Ele sabe que, individualmente, ele nunca saberá todas as informações relevantes para a preci-
ficação de um ativo, mas ele entende que todas essas informações estão disponíveis no próprio 
mercado, dispersas entre todos os participantes.O preço é a síntese da opinião e do conhecimento de todos e, portanto, deve refletir o melhor 
julgamento sobre o real valor de um ativo dadas as circunstâncias do momento, incluídos aí, 
também, os aspectos emocionais. Para o grafista, não há preço justo.
Através das alterações de preço, consegue-se identificar situações de maior demanda ou de 
maior oferta, além de sinais de mudança nesse equilíbrio.
2. O passado pode sim ajudar a antecipar o futuro
Levados por motivos vários, um ativo marcará topos e fundos através de suas oscilações. 
Cada um desses patamares de virada de preço tocará a memória dos que participaram desse 
momento – tanto na memória das que conseguiram interpretar o movimento corretamente e 
ganharam dinheiro como também daqueles que erraram na interpretação e que, certamente, 
não estão dispostos a repetir o erro. Por isso, quando o mercado retorna para esses patamares, 
21
Capítulo 1 - O contexto do trading
a memória dos participantes os impele a tomar a atitude que condiz com a postura correta das 
ocorrências anteriores. A análise técnica, através dos gráficos, tenta identificar esses pontos de 
memória e atuar de forma a se beneficiar dessa dinâmica.
3. O mercado se movimenta seguindo padrões
Em geral, os preços se movimentam de forma bastante caótica. Mas, através do estudo dos 
históricos de movimentação de preço, consegue-se compreender um pouco melhor como o mer-
cado se movimenta, e isso nos leva à identificação de padrões de movimento que nos permitem 
antecipar movimentos e objetivos mais prováveis. Esses padrões reaparecem nos gráficos de 
tempos em tempos, gerando boas oportunidades de lucro.
CrítiCas
A abordagem grafista é extremamente útil, pois ela consegue, de forma bastante eficiente, 
identificar viradas de mercado. Sua abordagem é abertamente especulativa e possui um melhor 
desempenho em trades curtos e em mercados de grande liquidez. Sua natureza, porém, tende a 
estimular o overtrading, que é um péssimo hábito nos mercados.
Muitas críticas se fazem contra a análise técnica. Uns acusam a análise técnica de ser displi-
cente por ignorar fundamentos, mas ela não ignora. Ela lê os fundamentos nos gráficos como um 
reflexo das atitudes daqueles que realmente se guiam apenas por fundamentos. Outros levantam 
o fato de que dificilmente veremos os grandes fundos ou players atuando em cima da análise 
técnica. Isso é verdade. Mas isso decorre do fato de que grandes somas de capital não encontram 
mobilidade de curto prazo nos mercados, pendendo sempre para posicionamentos mais longos, os 
quais se encaixam melhor com análise de fundamentos. Essas grandes somas de capital são como 
transatlânticos dos mares financeiros. Nós, no entanto, somos como pequenas lanchas. Temos 
uma mobilidade maior, que nos permite nos beneficiarmos dos movimentos mais curtos.
Finalmente, a análise técnica é mais acessível ao pequeno investidor que a análise de funda-
mentos. A segunda requer conhecimentos específicos e tempo para pesquisas e cálculos. A análise 
técnica é bem mais simples e acessível. Infelizmente, essa acessibilidade faz com que diversas 
pessoas se intitulem analistas técnicos, mesmo que pouco entendam de mercado e que, no fim, 
exibam conhecimento e técnicas medíocres, que não condizem com um profissional dedicado. 
Sinergias e incompatibilidades
A utilização das duas abordagens em conjunto pode ser perigosa, pois, se o trader inicia uma 
operação em cima de um sinal gráfico e, logo depois, o mercado dá sinal de saída no prejuízo, 
se os fundamentos forem bons, ele ficará tentado a permanecer no trade. Isso é muito comum 
e acaba levando o trader a permanecer no papel quando o gráfico começa a precificar uma dete-
rioração dos fundamentos. As análises não devem se misturar no meio do caminho.
22
Mercado de Ações – Análise Gráfica e Estratégias
RELEMBRE:
A análise técnica se sustenta
nos seguintes entendimentos:
l Os gráficos descontam tudo;
l O passado pode sim ajudar a antecipar 
o futuro;
l O mercado se movimenta seguindo padrões.
Uma forma mais inteligente de misturar ambas é deter-
minar com a análise de fundamentos quais são os papéis 
que têm maior potencial de alta, e com a análise técnica 
buscar os melhores pontos de entrada e saída. Mas isso faz 
com que cresça a tentação de segurar o papel. Além disso, se 
um papel tem fundamentos ruins, o próprio gráfico já esta-
rá descontando isso e, portanto, não deve ser um problema. 
Empresas ruins oferecem excelentes trades.
Aspectos importantes sobre trading
Agora que você já compreende um pouco mais sobre como o mercado nos atrai e quais são 
as escolas às quais podemos recorrer para dominá-lo, é bom que esteja ciente de mais algumas 
noções importantes – caso você realmente pretenda operar.
Não existe almoço grátis
É fundamental entender que investir em renda variável significa aceitar o risco de perder 
para ganhar. Obviamente, busca-se um risco que valha a pena. Aceitamos o risco de perder des-
de que o retorno potencial seja maior ou pelo menos muito mais provável. De qualquer forma, 
o risco de perder estará sempre presente.
Por isso, acostume-se com a ideia de que, em vários momentos, prejuízos irão ocorrer. Isso é 
normal na atividade de trading. O que fica ao alcance do investidor são regras e métodos para 
administrar esse risco, de forma que ele seja sempre controlado e aceitável.
A curva de aprendizado
Não será de um dia para o outro que estaremos plenamente aptos a operar. Existe uma curva 
de aprendizado, e a compreensão de sua existência é importante para que não nos frustremos 
desnecessariamente.
É normal que as pessoas venham ao mercado buscando lucros imediatos, mas esse não deve 
ser o objetivo principal. Nessa fase inicial, faltam-nos ainda muito conhecimento e percepção 
sobre o mercado para que consigamos lucrar com consistência. Essa é uma fase em que devemos 
objetivar o aprendizado através dos erros que, inevitavelmente, virão. 
Se buscarmos o lucro de cara, provavelmente iremos nos frustrar, pois talvez ele não venha. 
Podemos dizer que nosso objetivo no primeiro ano – ou dois anos – é não perder. Pelo menos, 
não perder demais. Geralmente, esse é o tempo que se leva para passar pela parte mais íngreme 
da curva de aprendizado. Alguns terão um pouco mais de sorte e conseguirão, já de início, re-
sultados positivos, mas essa não é a regra geral. Uns têm mais facilidade que outros, mas todos 
têm potencial. 
23
Capítulo 1 - O contexto do trading
Saberemos que passamos pela fase mais íngreme da curva de aprendizado quando não nos sen-
tirmos mais tão ansiosos com os nossos trades; quando, além de conseguir visualizar o mercado 
de uma forma mais ampla, soubermos quais são as nossas reações frente aos movimentos dos 
preços. Assim, teremos chance de combater as atitudes nocivas ao nosso capital. Isso vem com a 
experiência. Mas, acima de tudo, perceberemos que já estamos aptos quando os resultados come-
çarem a aparecer de forma consistente – e não desordenada. Esse é o sinal de que chegamos a um 
nível inicial de maturidade, e, daí para frente, nosso desempenho tende apenas a melhorar.
Preservar capital
A preservação de capital é o objetivo primeiro de todo o trader. E essa noção costuma vir só de-
pois de algum tempo de experiência. Devemos preservar nosso capital a todo custo, pois só quem 
tem capital consegue lucrar. Costumamos nos preocupar muito com o lucro, mas, na realidade, 
deveríamos estar preocupados em preservar nossa ferramenta de trabalho: nosso capital.
Essa é uma orientação que deve ser seguida no sentido de cortar as perdas rapidamente e, 
também, de aceitar alguns ganhos rapidamente quando o mercado permitir. Aprenda, desde 
cedo, a realizar parcialmente os ganhos de forma a neutralizar perdas oriundas de possível vi-
radas de mercado. O novato tende a ir para o tudo ou nada, buscando grandes acertos. O tempo 
ensinará que, na maioria das vezes, ficaremos com onada nessa estratégia.
Não discuta com suas regras de manejo de risco. Siga-as. Não reconsidere stops, sempre será 
uma má ideia. Aprenda, desde cedo, que a única forma de manter-se vivo no mercado é sendo 
fiel ao manejo de risco e aos stops. Não exija estratégia que seja 100%. Podemos acertar nove 
em dez vezes na média. Mas, um dia, sem sombra de dúvida, ocorrerá uma situação em que er-
raremos dez em dez. Esses eventos são mais comuns do que a estatística probabilística costuma 
considerar. Por isso, use stops!
O canto da sereia
O canto da sereia é a forma simbólica de se referir à capacidade do mercado de nos tirar de 
centro e nos levar a cometer atitudes nocivas ao nosso capital. O mercado nos acenará com altas 
e baixas impressionantes e nos deixará pensando em como não as aproveitamos, assumindo in-
genuamente que teria sido fácil. Nós temos a tendência de superestimar nossa capacidade de lidar 
com as situações das quais não participamos. E superestimamos também a capacidade dos outros, 
a ponto de acreditar que o desempenho alheio é muito melhor que o nosso. Às vezes, até pode ser, 
mas, dentro de um universo enorme de pessoas, sempre haverá as pessoas fora da média.
Isso pode nos levar a sentimentos de frustração com nós mesmos e com o nosso desempenho. 
Passaremos a buscar objetivos irreais, apostando cada vez mais alto e nos arriscando muito além 
do que seria prudente. Colocaremos nosso emocional sob um estresse insuportável, tentando 
24
Mercado de Ações – Análise Gráfica e Estratégias
tapar buracos com apostas ainda mais altas, e, quando as coisas derem realmente erradas, nos 
veremos sem ação num beco sem saída.
Um trader jamais pode se deixar chegar a esse ponto. Não podemos arriscar nosso desem-
penho de anos ou meses num descontrole emocional. Portanto, siga as regras. Aceite que nos-
sa fortuna será feita aos poucos, dentro das oportunidades plausíveis que o mercado oferece 
ao longo do tempo.
Quanto esperar de rentabilidade
Essa talvez seja uma das questões mais pertinentes. Obviamente, não existem garantias de 
rentabilidade, e essas podem variar muito de pessoa para pessoa e de mercado para mercado. 
Mas o que consideramos plausível e o que buscamos é algo que fique entre 3% a 5% ao mês. É 
isso que a experiência nos prova ser possível.
É claro que haverá meses de rentabilidade negativa, outros medíocres e outros fantásticos. 
Mas o trader mais experiente irá conseguir algo mais ou menos estável dentro dessa faixa. Uma 
rentabilidade de 3% ao mês significa um retorno anual de 42,57%, o que é excelente.
É importante lembrar que é mais fácil auferir boas rentabilidades com capitais menores. Isso 
se dá pela questão de maior mobilidade e menor pressão emocional. Aqueles que têm pouco a 
perder podem, por se sentir mais confortáveis, assumir riscos maiores. Mas, conforme o capital 
cresce, a pressão aumenta, a mobilidade diminui, e a rentabilidade fica mais difícil. Uma abor-
dagem mais conservadora costuma ser adotada nesses momentos.
O pulo do gato
Se é que existe algum pulo do gato no mercado, poderíamos dizer que são dois. O primeiro já 
vimos: é a preservação de capital. O segundo, diríamos, é saber a hora de parar. Não é difícil au-
ferir uns 3% de rentabilidade ou mais na carteira. O difícil é preservar essa rentabilidade. Isso 
ocorre porque, quando as coisas dão certo, tendemos a ficar eufóricos e a querer operar mais. 
Temos dificuldade de compreender o lucro ganho como capital nosso e, por isso, nos permiti-
mos, muitas vezes, uma exposição maior que a normal, visto que estamos apenas arriscando o 
lucro que obtivemos – e não nosso principal.
Além disso, o mercado não oferece boas oportunidades o tempo inteiro. Quando realizamos 
uma série de trades vencedores, é porque provavelmente acabamos de passar por uma. Dificil-
mente, o mercado estará, logo em seguida, oferecendo oportunidades tão boas quanto, mas, na 
ânsia de operar, vamos “cavar” operações. Mesmo que as estopemos corretamente quando dão 
errado, uma a uma elas irão consumir o nosso lucro acumulado.
Estabeleça meta e a respeite. Se sua meta é 3% ao mês, ao alcançá-la, você pode parar de 
operar pelo restante do mês. Ou, pelo menos, irá operar somente se uma oportunidade muito 
25
Capítulo 1 - O contexto do trading
boa surgir. E, ainda assim, opere pequeno, se for o caso – pois é muito mais provável que venha 
a devolver parte dos lucros do que ter um mês de rentabilidade excepcional.
Foque-se no seu desempenho
Em épocas de mercado de forte alta, é comum, principalmente entre os traders novatos, haver 
uma boa dose de frustração, pois, fazendo uma comparação com o Ibovespa, percebem que não 
obtiveram um desempenho à altura. A frustração é ainda maior quando percebem que alguém 
sem conhecimento algum de mercado, mas que investe, conseguiu excelentes resultados.
Cuidado! Quando o mercado está em forte alta, é difícil para um trader mediano batê-lo. Não 
temos como saber que o mercado foi de forte alta até isso pertencer ao passado, e nós não faze-
mos apostas cegas. O grafista busca momentos de alta probabilidade para lucrar, pois busca a 
preservação do seu capital. Nada impede que o mercado, mesmo sem apresentar essa segurança 
que buscamos, possa subir forte.
Quanto àquele sujeito que nada sabe de mercado e que pode exibir um excelente retorno na 
carteira, devemos retornar às primeiras páginas desta apostila. Quem não sabe por que entrar, 
não sabe por que sair. Lucro só é lucro quando realizado. Provavelmente, esse sujeito simples-
mente comprou e deixou lá comprado. Será que ele terá a sorte de saber exatamente quando cair 
fora? Quantas pessoas puderam exibir excelentes desempenhos entre 2005, 2006 e 2007 para, 
em 2008, devolver tudo o que ganharam nos últimos três anos? Acredite, foi a maioria.
O trader técnico se destaca nos momentos ruins de mercado. Quando o mercado sobe, tenta-
mos acompanhá-lo. Quando o mercado cai, tentamos nos abster desse momento ruim. Se nos 
sentirmos confortáveis para operar na ponta vendedora, um novo mundo de possibilidades de 
ganho se abrirá perante a nós, e poderemos nos destacar ainda mais.
Foque-se no seu desempenho, em atingir objetivos realistas a que você se propõe. Esqueça o 
que alguém pretensamente conseguiu ou quanto o mercado se movimentou. Você sabe de suas 
metas e aonde elas o levarão.
A recompensa não-financeira
A atividade de operar oferece uma recompensa que vai além da financeira. O mercado pro-
porciona um desafio intelectual único. É uma atividade que nos coloca em constante situação de 
superação. Lucrar na bolsa é um exercício de autocontrole e autoconhecimento que, com o tempo, 
nos moldará como melhores indivíduos, e isso certamente também nos trará satisfação pessoal.
Introdução à análise técnica
Capítulo 2 
Se você chegou até aqui, consideraremos que você já compreendeu a parte operacional e 
teórica sobre o funcionamento da bolsa de valores. Iremos, também, supor que você possui em 
mente todas as noções iniciais que explicitamos no capítulo anterior. A compreensão desses dois 
assuntos é de suma importância para sobreviver no mercado. Esse entendimento será a base na 
qual iremos assentar agora os conhecimentos de análise técnica que iremos ensinar. Chegou o 
momento de focar nos gráficos.
Iniciando a compreensão do gráfico
Todas as decisões de um trader gráfico são tomadas em cima dos sinais extraídos do gráfico 
das oscilações de preço do ativo em questão. Por isso, é pertinente que comecemos nosso estudo 
compreendendo como essa ferramenta (o gráfico) é construída e o que ela significa.
O gráfico é a representação visual de todos os negócios fechados para um ativo num determi-
nado período de tempo. A visualização de um gráfico, portanto, nos informará toda a variação 
de preço que o ativo sofreu. Este é composto por dois eixos: um vertical, representativo da escala 
de preço, e outro horizontal, representativo da escala de tempo. A escalade preço pode ser dada 
em moeda ou em pontos. Já a escala de tempo pode ser construída nos mais diferentes prazos de 
representatividade. Abordaremos isso em profundidade no momento adequado.
Mas o que de fato significa um gráfico? O gráfico é a resultante do eterno embate entre a força 
compradora e a força vendedora. Essas duas forças lutam entre si sempre que os mercados estão 
abertos. O analista gráfico é um observador desse embate, buscando nos gráficos o entendimento 
de que qual força prevalece ou sinais de que a força dominante irá mudar. Se tivermos capacidade 
de antecipar os vencedores, conseguiremos antecipar o movimento dos preços e lucrar com isso.
As informações que compõem um gráfico
A construção de um gráfico depende de um grupo de informações que são extraídas de cada 
sessão ou período de negócios. Essa unidade de tempo que chamamos de sessão ou período é 
27
Capítulo 2 - Introdução à análise técnica
variável e segue o desejo do analista gráfico. Pode representar um dia, uma semana, quinze 
minutos, ou seja, o tempo que for. As informações extraídas dessas sessões são:
1. Abertura: É o primeiro preço negociado na sessão.
2. Máxima: Preço mais alto negociado durante a sessão.
3. Mínima: Preço mais baixo negociado durante a sessão.
4. Fechamento: É o último preço negociado na sessão.
Existem dois tipos principais de gráficos que carregam essas informações: os gráficos de 
barras e os gráficos de candlesticks.
O gráfico de barras
Nesse formato, as oscilações de preço são representadas, 
a cada sessão, por uma barra vertical dotada de duas barras 
horizontais menores. A oscilação total dos preços é represen-
tada pelo tamanho da barra vertical. A abertura da sessão é 
representada por uma pequena barra horizontal à esquerda 
da barra vertical, e o seu fechamento é representado também 
por uma pequena barra horizontal, mas, dessa vez, à direita da 
barra vertical. O extremo superior da barra vertical represen-
ta a máxima, e o extremo inferior representa a mínima negociada.
O gráfico de candlesticks
Esse sistema de construção de gráfico se originou no Japão por volta do século XVII. Devido 
à sua origem, esse sistema também é conhecido como Oriental. O sistema de barras, em contra-
posição, ficou mais conhecido como sistema Ocidental por ser mais utilizado no Ocidente. As 
informações necessárias para a construção do gráfico nesse sistema são exatamente as mesmas 
do sistema de barras. Muda apenas ligeiramente a forma como elas são apresentadas.
O sistema oriental, em vez de barras, possui candles. Um candle é basicamente uma barra 
que entre a abertura e o fechamento possui uma moldura. Essa moldura forma o corpo do can-
dle. Como o método das barras de identificar abertura e fechamento não é possível no formato 
28
Mercado de Ações – Análise Gráfica e Estratégias
candle, essa identificação é feita através da cor do corpo do candle. Um candle com corpo vazado, 
ou seja, sem preenchimento de cor, é identificado como um candle de alta. A abertura é repre-
sentada pela base e o fechamento pela parte superior do corpo. Um candle de corpo preenchido 
ou cheio é identificado como um candle de baixa. Nesse caso, a abertura é identificada pela parte 
superior do corpo e o fechamento pela parte inferior.
Na figura acima, podemos visualizar a transição de uma sessão representada por uma barra 
para sua representação no formato candle. Agora que visualizamos um candle, podemos enten-
der por que ele recebe esse nome. Candle, em inglês, significa vela. E o formato de um candle 
clássico lembra uma vela com seus pavios. No entanto, os pavios recebem o nome de sombra.
São essas figuras que compõem o gráfico de um ativo. Acima, temos o exemplo de um perí-
odo de variação do Ibovespa tanto no gráfico em barras quanto em candles
Os dois gráficos representam exatamente o mesmo período de tempo, entre setembro de 
2007 e abril de 2008. Ambos os gráficos estão na periodicidade diária – ou seja, cada barra ou 
candle representa um dia de negócios. Colocando os dois gráficos um abaixo do outro, fica fácil 
perceber as diferenças. O gráfico em barras chama mais atenção para as extremidades (máxima 
e mínima), enquanto que o formato de candles foca mais no corpo (abertura e fechamento).
Ênfase no fechamento
Das informações que compõem um gráfico, o fechamento é o mais importante para o analis-
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Capítulo 2 - Introdução à análise técnica
ta gráfico. O fechamento, sendo o último valor no tempo da sessão em que se trabalha, pode ser 
compreendido como o preço de consenso mais atualizado entre os participantes para o candle 
ou barra em questão. Além disso, o fechamento costuma ser formado pela atuação intensa dos 
profissionais. Esses traders costumam se antecipar à sessão seguinte, enquanto que os amadores 
tendem a ser reativos e participar de forma mais intensa na abertura.
 Isso ocorre porque os amadores tendem a se posicionar em cima das notícias que tomaram 
conhecimento na noite anterior ou cedo pela manhã. Eles se apressam a enviar suas ordens ao 
mercado, pois anseiam por aproveitar todo o movimento que esperam que ocorra com os preços. 
Depois disso, precisam voltar sua atenção à sua atividade principal de mercado e ficam menos 
ativos – por isso que os sinais que ocorrem mais para o fechamento do mercado costumam ser 
muito mais confiáveis do que os que ocorrem no início do pregão. É por isso que existe uma pre-
dileção pelos gráficos de candlesticks. O seu formato chama a atenção do trader para o corpo e, 
consequentemente, para o fechamento, tornando mais fácil a leitura do gráfico. Mas não deixa 
de ser uma questão de costume. Daqui para frente, iremos adotar o formato de candles.
Candles de alta e candles de baixa
Essa diferenciação é feita considerando-se a relação entre a abertura e o fechamento do can-
dle em questão. Candles de alta são aqueles que apresentam seu fechamento acima da abertura. 
Candles de baixa são aqueles que, ao contrário, apresentam seu fechamento abaixo da abertura. 
Não se deve confundir essa denominação com a variação do candle, que pode ser de alta, neutra 
ou de baixa. A variação é dada pela relação entre o fechamento do candle anterior na série de 
preços e o preço corrente do ativo. Por isso, é possível termos um candle baixista de variação 
positiva ou um candle altista de variação negativa. Observe o exemplo abaixo.
Escala
A escala é a ferramenta de formação do gráfico responsável por definir o tamanho das 
variações de preço representadas pelos candles. A escala pode ser expressa num formato arit-
mético ou logarítmico.
O formato aritmético trabalha com valores nominais. Ele expressará o quanto em moeda o 
ativo variou, independentemente de quanto isso signifique em termos de valorização percentu-
al. Portanto, uma variação de 10 para 11 terá a mesma proporção da variação de 100 para 101, 
independentemente de, na primeira situação, o ativo ter variado 10% e, na segunda, apenas 1%. 
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Mercado de Ações – Análise Gráfica e Estratégias
Em ambos os casos, o ativo variou 1, e é isso que é levado em consideração. 
Na escala logarítmica, o que é levado em consideração é a variação percentual da mudança de 
preço. Dessa forma, a distância para representar a primeira situação seria 10 vezes maior que a 
distância que representaria a segunda. Isso se explica pelo fato da variação de 10% ser 10 vezes 
maior que a variação de 1%. A utilização de uma ou outra possui consequências na formação 
do gráfico. Observe: 
Acima, temos o formato logarítmico (esquerda) e o formato aritmético (direita) representan-
do a variação do mesmo ativo e no mesmo período. Percebemos que o gráfico assume outro as-
pecto, apesar dos valores nominais serem exatamente os mesmos em ambos os gráficos. Como 
nosso resultado é fruto da variação percentual de nossas posições, é natural que utilizemos o 
formato logarítmico. Também se percebe que as oscilações no formato logarítmico

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