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A Contrarreforma ou Reforma Católica

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A Contrarreforma ou Reforma Católica
	A reação da Igreja Católica ao protestantismo resultou na Contrarreforma. A Igreja vinha perdendo autoridade em toda a Europa, sobretudo entre os reinos alemães e da França. Essa perda teve reflexos no número de fiéis e, consequentemente, de bens. Nesse contexto, foi organizado o movimento da Contrarreforma Católica, que teve no Concílio de Trento (1545-1563) o momento-chave da reação católica.
	O Concílio foi composto por sacerdotes católicos, mas também por reformistas protestantes. O intuito era tentar estabelecer uma conciliação, mas a realidade foi outra. A reunião acabou se tornando uma forma de condenação da doutrina reformada e uma reafirmação dos dogmas católicos e fortalecimento da autoridade do papa. 
	Dessa maneira, os dogmas da Igreja Católica que foram confrontados pelos protestantes acabaram se mantendo. Dentre eles, o culto aos santos e à Virgem Maria, a salvação por boas obras, a transubstanciação, o purgatório e os sete sacramentos. O catecismo (conjunto de instruções dogmáticas e preceitos da doutrina católica que eram ensinados aos fiéis) foi usado para difundir os preceitos católicos entre a população e, com isso, combater o “desvio” protestante.
	Além disso, a Igreja Católica buscou realizar uma purificação moral, como assim diziam, que nada mais era do que coibir abusos do clero e estabelecer normas rígidas para a preparação e a formação teológica de padres e para a nomeação de cargos eclesiásticos. Nesse mesmo intuito, a Igreja publicou uma lista de livros considerados hereges e, assim, proibidos os católicos, o chamado Index Librorum Prohibitorum, 1966. Uma outra medida foi a reativação do Tribunal do Santo Ofício (inquisição), que teria a finalidade de controlar os erros e os desvios doutrinários e morais do clero e de seus fiéis.
	A criação da Companhia de Jesus tornou-se o ponto alto da Contrarreforma. A companhia tinha a finalidade de converter os povos não-cristãos ao catolicismo através do ensino e catequização da África e dos povos indígenas na Ásia e da América recém-conquistada pelos europeus. Os agentes da Companhia de Jesus eram chamados de jesuítas ou “soldados de Cristo”, e eram identificados dessa forma devido seu treinamento militar e a sua obediência total ao papa.

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