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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA DO BRASIL I PROFESSOR: Tibério Max de Sousa Lima ALUNO (A): Larissa Mikaely de Farias Referência bibliográfica Alain Fresnot. Desmundo,2003. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=oxQe_BeRba0. Acesso em: 07/06/2022 RESENHA CRITICA DO FILME “DESMUNDO” O intuito dessa resenha crítica é analisar o filme: Desmundo. A obra “Desmundo” do autor Alain Fresnot, baseada no livro da escritora brasileira Ana Miranda que tem como objetivo central mostrar o machismo e estupro estrutural durante a colonização portuguesa no Brasil por volta de 1570. O filme retrata a história de uma moça portuguesa órfã que foi forçada a se casar com um senhor de engenho. Naquela época as tutelas das meninas que ficavam órfã passava a ser de Portugal e eram eles quem decidia o futuro delas. Podemos observar que a igreja tinha uma influência muito forte nesse período e todas as decisões passavam antes por eles, sendo assim, para a igreja as mulheres serviam apenas para a reprodução e serviços de casa. Essas meninas a mando de Portugal foram mandadas para o brasil colônia, onde estavam os colonizadores e os donos de engenho, o intuito das vindas dessas meninas era para que elas se casassem com os donos de engenhos para que assim pudessem cessar o pecado sexual que estava acontecendo, os colonos estavam fazendo sexos com as indígenas e a igreja estava escandalizada e também não queriam que houve a miscigenação, ou seja, que não tivessem filhos com as indígenas. Com isso, as meninas viriam para que o pecado cessasse e pudesse formar famílias brancas e puras. Uma das jovens chamada Oribela era muito religiosa, foi forçada a se casar com um homem grotesco e rude chamado Francisco, ela foi estrupada por ele várias vezes suas justificativas era que ele era dono e esposo https://www.youtube.com/watch?v=oxQe_BeRba0 dela e por isso ela devia satisfazer seus desejos e obedece-lo, fica nítido como o machismo nessa época era muito forte e a ideia dá mulher ser uma simples propriedade era sempre pregada pela igreja. A mulher sempre sendo retratada como um mero objeto que se pode fazer o que bem entender, nessa narrativa se mostra muito pouco os indígenas, mesmo assim, podemos observar os trabalhos escravos que foram impostos a eles, as imposições de suas culturas e a catequização, ou seja, para os colonizadores só se torna uma pessoa se você fosse catequisado, em uma das cenas quando o padre vai na casa de Franciso ele quer levar as crianças para serem catequizadas sem se importarem se a mãe irá permitir ou não. Elas eram levados a força e isso não parou só nesse período no documentário chamado “Escolarizando o mundo: o último fardo do homem branco" as crianças são arrancadas a força de suas famílias para ir à escola sem um consentimento dos pais elas simplesmente são tirada deles, logo, eles deixam suas culturas, suas tradições e língua para se adaptar ao que o outro homem branco quer que eles sejam, gradativamente são forçados a seguir os padrões dos colonizadores que se consideram superiores a qualquer outro povo, isso acaba levando a um apagamento silencioso de suas histórias e origens, suas tradições já não existem mais é como se nunca tivessem existidos. Então se pode perceber que se perpetuou e ainda se perpetua até os dias atuais. Consequentemente, a menina vai fugir mais quando ela acha que vai conseguir, três marinheiros vai tentar estuprar ela vemos ai novamente que todas as intenções do homem sempre são voltados aos seus instintos sexuais animal, mostrando novamente que a mulher é só um objeto para satisfazer o desejo deles, com isso o marido chega e mata os três homens e á leva de volta para casa chegando lá ele dá uma surra e a tranca em um quarto sem comer e beber , é graças a uma indígena que leva comida e cuida das suas feridas para que ela não morra. Ela começa a fingir que aceitou o marido, mas já planejando uma nova fuga, ela acaba se apaixonando por um cristão novo e tenta fugir com ele mais o esposo acaba o matando e ela volta para o que ela chama de inferno e termina com ela tendo um filho. E um filme que retrata agressão sexual, casamento arranjados, visando mostrar a trajetória das mulheres no período colonial Portugal. Porém, mesmo assim o filme não deixa de mostrar detalhes do contexto histórico cultural, do contexto socioeconômico, da religião e do patriotismo. Mas também conseguimos perceber o quão os indígenas são excluídos, sempre colocados como pessoas que estão mais sujas, e que são totalmente inferiores enquanto os europeus são sempre colocados como Guerreiro. O filme abrange um tema muito pertinente e necessária para nossa sociedade, ela é completa, extremamente útil e interessante, para todas as áreas e para aqueles que quiserem conhecer um pouco mais sobre o período colonial português. Resenha feita por Larissa Mikaely de Farias, acadêmica do curso de História na Universidade Estadual Da Paraíba (UEPB)
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