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NR10 SEP

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NR-10 SEP - Curso Complementar 
de Segurança no Sistema 
Elétrico de Potência (SEP) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NR-10-SEP - Curso Complementar de 
Segurança no Sistema 
Elétrico de Potência (SEP) 
 
 
 
 
 
Macaé, RJ 
Abril 2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nome do 
Curso 
NR-10 – SEP - Curso Complementar de Segurança no Sistema 
Elétrico de Potência (SEP) 
Nome do 
Arquivo 
20170403_AP_SEP_PT_REV02 
 
NR-10 – SEP - Curso Complementar de Segurança no Sistema 
Elétrico de Potência (SEP) 
 
 
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ÍNDICE 
 ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA ........................... 10 1.
 PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ....................................................... 10 1.1.
 TRANSPORTE DE ENERGIA ELÉTRICA .................................................... 11 1.2.
 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................. 13 2.
 PROGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO DOS SERVIÇOS ............................... 13 2.1.
 DEFINIÇÕES .......................................................................................... 13 2.2.
 TRABALHO EM EQUIPE .......................................................................... 33 2.3.
 PRONTUÁRIO E CADASTRO DAS INSTALAÇÕES ..................................... 34 2.4.
 COMUNICAÇÃO ..................................................................................... 35 2.5.
 ASPECTOS COMPORTAMENTAIS ............................................................ 36 3.
 TEORIA DE MASLOW – A HIERARQUIA DAS NECESSIDADES ................. 36 3.1.
 O FATOR HUMANO NO ACIDENTE .......................................................... 37 3.2.
 UMA ANÁLISE DE RISCO DEFICIENTE OU INCOMPLETA ........................ 38 3.3.
 CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS ......................................... 40 4.
 PROCEDIMENTOS .................................................................................. 40 4.1.
 CUIDADOS PRELIMINARES ................................................................... 41 4.2.
 CHEGANDO AO LOCAL DE SERVIÇO ....................................................... 41 4.3.
 RISCOS TÍPICOS NO SEP E SUA PREVENÇÃO ........................................ 44 5.
 PROXIMIDADE E CONTATOS COM PARTES ENERGIZADAS ..................... 44 5.1.
 INDUÇÃO .............................................................................................. 45 5.2.
 DESCARGAS ATMOFÉRICAS ................................................................... 46 5.3.
 ESTÁTICA ............................................................................................. 48 5.4.
 CAMPOS ELÉTRICOS E MAGNÉTICOS ..................................................... 51 5.5.
 DISRUPÇÃO .......................................................................................... 54 5.6.
 FUSÍVEIS E DISJUNTORES .................................................................... 54 5.7.
 COMUNICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO ........................................................ 56 5.8.
 TRABALHOS EM ALTURA ....................................................................... 57 5.9.
 TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO NO SEP ............................................. 61 6.
 RISCOS ................................................................................................. 61 6.1.
 ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO (APR) ................................................ 63 6.2.
 CHECK LIST ........................................................................................... 63 6.3.
 PROCEDIMENTOS DE TRABALHO – ANÁLISE DE DISCUSSÃO ................ 64 7.
 TÉCNICAS DE TRABALHO SOB TENSÃO ................................................. 65 8.
 
NR-10 – SEP - Curso Complementar de Segurança no Sistema 
Elétrico de Potência (SEP) 
 
 
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 EM LINHA VIVA ..................................................................................... 65 8.1.
 AO POTENCIAL ...................................................................................... 68 8.2.
 TRABALHO À DISTÂNCIA ...................................................................... 68 8.3.
 TRABALHOS NOTURNOS ........................................................................ 70 8.4.
 AMBIENTES SUBTERRÂNEOS ................................................................. 70 8.5.
 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO .................................. 72 9.
 CLASSIFICAÇÃO DAS FERRAMENTAS E OU EQUIPAMENTOS .................. 73 9.1.
 SISTEMA DE PROTEÇÃO COLETIVA ....................................................... 74 10.
 COBERTURAS E PROTEÇÃO.................................................................... 74 10.1.
 COBERTURA PARA POSTES .................................................................... 74 10.2.
 COBERTURAS PARA CONDUTOR E ISOLADOR DE PINO ATÉ 46KV ......... 75 10.3.
 COBERTURAS PARA CONDUTOR, ISOLADOR DE PINO E SUSPENSÃO ATÉ 10.4.
15KV 75 
 COBERTURAS PARA CRUZETA ............................................................... 76 10.5.
 COBERTURAS PARA CHAVE FUSÍVEL ..................................................... 76 10.6.
 MANTA DE BORRACHA (LENÇOL INTERIÇO / LENÇOL SEMI-PARTIDO) . 76 10.7.
 COBERTURA FLEXÍVEL PARA CONDUTOR .............................................. 77 10.8.
 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ........................................ 77 11.
 LUVAS DE PROTEÇÃO E COBERTURA ..................................................... 77 11.1.
 LUVAS DE BORRACHA (PARA LINHA VIVA) ........................................... 78 11.2.
 MANGAS DE BORRACHA ........................................................................ 78 11.3.
 POSTURAS E VESTUÁRIO DE TRABALHO ............................................... 79 12.
 DADOS DE EXPOSIÇÃO AO ARCO ELÉTRICO .......................................... 79 12.1.
 REQUISITOS DA NFPA 70E .................................................................... 79 12.2.
 EXIGÊNCIAS DA OSHA .......................................................................... 80 12.3.
 SEGURANÇA COM VEÍCULOS E TRANSPORTE DE PESSOAS, MATERIAIS E 13.
EQUIPAMENTOS ............................................................................................... 80 
 LOCAL DE GUARDA E ACONDICIONAMENTO .......................................... 80 13.1.
 TRANSPORTE E ACONDICIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS NO VEÍCULO13.2.
 81 
 SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DE ÁREAS DE TRABALHO ....................... 81 14.
 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA .............................................................. 81 14.1.
 LIBERAÇÃO DE INSTALAÇÃO PARA SERVIÇO E PARA OPERAÇÃO E USO 82 15.
 LIBERAÇÃO PARA SERVIÇOS ................................................................. 82 15.1.
 TREINAMENTO EM TÉCNICAS DE REMOÇÃO, ATENDIMENTO E 16.
 
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Elétrico de Potência (SEP) 
 
 
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TRANSPORTE DE ACIDENTADOS ...................................................................... 83 
 ACIDENTES TÍPICOS – ANÁLISE, DISCUSSÃO E MEDIDAS DE PROTEÇÃO17.
 94 
 RESPONSABILIDADES ........................................................................... 97 18.
 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NAS RELAÇÕES DE 18.1.
TRABALHO ....................................................................................................... 97 
 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR POR ATO DO 18.2.
EMPREGADO .................................................................................................... 98 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ......................................................... 101 19.
 
 
 
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Elétrico de Potência (SEP) 
 
 
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REGRAS FALCK 
 Respeite todos os sinais de advertência, avisos desegurança e instruções; 
 Roupas soltas, jóias, piercings etc. não devem ser usados durante os 
exercícios práticos; 
 Não é permitido o uso de camiseta sem manga, “shorts” ou minissaias, 
sendo obrigatório o uso de calças compridas e de calçados fechados; 
 Terão prioridade de acessar o refeitório, instrutores e assistentes; 
 Não transite pelas áreas de treinamento sem prévia autorização. Use o EPI 
nas áreas recomendadas; 
 Os treinandos são responsáveis por seus valores. Armários com cadeado e 
chaves estão disponíveis e será avisado quando devem ser usados. A FALCK Safety 
Services não se responsabiliza por quaisquer perdas ou danos; 
 O fumo é prejudicial à saúde. Só é permitido fumar em áreas previamente 
demarcadas; 
 Indivíduos considerados sob o efeito do consumo de álcool ou drogas ilícitas 
serão desligados do treinamento e reencaminhados ao seu empregador; 
 Durante as instruções telefones celulares devem ser desligados; 
 Aconselha-se que as mulheres não façam o uso de sapato de salto fino; 
 Não são permitidas brincadeiras inconvenientes, empurrões, discussões e 
discriminação de qualquer natureza; 
 Os treinandos devem seguir instruções dos funcionários da FALCK durante 
todo o tempo; 
 É responsabilidade de todo treinando assegurar a segurança do treinamento 
dentro das melhores condições possíveis. Condições ou atos inseguros devem ser 
informados imediatamente aos instrutores; 
 Fotografias, filmagens ou qualquer imagem de propriedade da empresa, 
somente poderá ser obtida com prévia autorização; 
 Gestantes não poderão realizar os treinamentos devido aos exercícios 
práticos; 
 Se, por motivo de força maior, for necessário ausentar-se durante o período 
de treinamento, solicite o formulário específico para autorização de saída. Seu período de 
ausência será informado ao seu empregador e se extrapolar o limite de 10% da carga 
horária da Disciplina, será motivo para desligamento; 
 A Falck Safety Services garante a segurança do transporte dos treinandos 
durante a permanência na Empresa em veículos por ela designados, não podendo ser 
responsabilizada em caso de transporte em veículo particular; 
 Os Certificados/Carteiras serão entregues à Empresa contratante. A entrega 
ao portador somente mediante prévia autorização da Empresa contratante. Alunos 
particulares deverão aguardar o resultado das Avaliações e, quando aprovados, 
receberem a Carteira do Treinamento; 
 Pessoas que agirem em desacordo com essas regras ou que 
intencionalmente subtraírem ou danificarem equipamentos serão responsabilizadas e 
tomadas às providências que o caso venha a exigir. 
 
 
 
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Elétrico de Potência (SEP) 
 
 
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DIRETRIZES GERAIS DO CURSO 
 
 Quanto à Estruturação do Curso 
O candidato, no ato da matrícula, deverá apresentar à instituição que vai ministrar 
o curso, cópia e o original (para verificação) ou cópia autenticada dos seguintes 
comprovantes: 
 Atestado de boas condições de saúde física e mental; 
 RG e CPF originais. 
 
 Quanto à Frequência às Aulas 
a) A frequência às aulas e atividades práticas são obrigatórias. 
O aluno deverá obter o mínimo de 90% de frequência no total das aulas ministradas no 
curso. Para efeito das alíneas descritas acima, será considerada falta: o não 
comparecimento às aulas, o atraso superior a 10 minutos em relação ao início de 
qualquer atividade programada ou a saída não autorizada durante o seu 
desenvolvimento. 
 
 Quanto à Aprovação no Curso 
Será considerado aprovado o aluno que: 
 Obtiver nota igual ou superior a 6,0 (seis) em uma escala de 0 a 10 (zero a 
dez) na avaliação teórica e alcançar o conceito satisfatório nas atividades 
práticas. 
 Tiver a frequência mínima exigida (90%). 
 Caso o aluno não cumpra as condições descritas nas alíneas acima, será 
considerado reprovado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Elétrico de Potência (SEP) 
 
 
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 ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA 1.
 
A indústria de energia elétrica tem as seguintes atividades clássicas: 
• Produção; 
• Transmissão; 
• Distribuição; 
• Comercialização. 
Sendo que esta última engloba a medição e faturamento dos consumidores. 
Em muitos casos, como o de fornecimento de energia elétrica para as residências, a 
atividade de comercialização é realizada juntamente com a de distribuição. Entre a 
produção da energia elétrica até o seu consumo final existe um longo caminho pelo 
qual a energia elétrica é transportada, o qual é composto pelas redes de transmissão e 
de distribuição. Entre as redes de transmissão e de distribuição existe, em muitas 
situações, uma outra rede com a função de repartir a energia. Esta rede intermediária é 
chamada de “rede de subtransmissão”. 
Ao conjunto das instalações e equipamentos que se prestam para a geração 
(conversão de uma dada forma de energia em energia elétrica) e transmissão de grandes 
blocos de energia dá-se o nome de sistema elétrico de potência. 
 
 PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 1.1.
 
A energia elétrica pode ser obtida de diversas formas. Normalmente as fontes 
de energia elétrica ditas convencionais são as usinas hidrelétricas de grande porte (com 
potência acima de 30 MW) e as usinas termelétricas movidas a carvão mineral, óleo 
combustível, gás natural ou nucleares, consumindo neste último caso o urânio 
enriquecido. Como fontes alternativas de energia elétrica existem uma gama de 
possibilidades, incluindo energia solar fotovoltaica, usinas eólicas, usinas utilizando-se 
da queima da biomassa (madeira e cana de açúcar, por exemplo), pequenas centrais 
hidrelétricas, e outras fontes menos usuais como as que utilizam a força das marés. 
A maior parte da energia elétrica gerada no Brasil é proveniente de usinas 
hidrelétricas. O Brasil apresenta um grande potencial hidráulico para a geração de 
energia elétrica. Uma parte deste potencial se encontra aproveitada. Há atualmente 
mais de 110 usinas hidrelétricas em funcionamento. Por outro lado, há muitos locais nos 
quais essa modalidade de energia primária ainda pode ser explorada, principalmente na 
Amazônia. 
Nas grandes usinas geradoras o nível de tensão na saída dos geradores está 
normalmente na faixa de 6 a 25 kV. 
No caso das hidrelétricas e termelétricas os geradores são do tipo síncrono 
operando na frequência nominal de 60 Hz, que é a frequência dos sistemas elétricos 
brasileiros. Observa-se que as máquinas da maior usina do Brasil, a Usina de Itaipu-
Binacional, do lado paraguaio funcionam em 50 Hz, mas são interligadas por um sistema 
de corrente contínua com a região Sudeste do Brasil. Conversores retificadores são 
utilizados para produzir a corrente contínua em Foz do Iguaçu - PR, enquanto que em 
Ibiúna-SP há inversores para produzir a corrente alternada. 
A tensão de saída dos geradores é ampliada a níveis mais altos por meio dos 
 
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Elétrico de Potência (SEP) 
 
 
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transformadores elevadores das usinas. Isto é feito para viabilizar as transmissões à 
média e longa distâncias, diminuindo-se desta forma, a corrente elétrica e, portanto 
possibilitando o uso de cabos condutores de bitolas razoáveis, com adequados níveis de 
perdas joule e de queda de tensão ao longo das linhas de transmissão. 
 
 TRANSPORTE DE ENERGIA ELÉTRICA 1.2.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Junto às usinas, subestações elevadoras transformam a energia para um nível de 
tensão adequado, o qual é função da potência a transportar e às distâncias envolvidas. O 
transporte de energia é realizado por diferentes segmentos da rede elétrica que são 
definidos com base na função que exercem: 
 
Transmissão: redes que interligam a geração aos centros de carga; 
Interconexão: interligação entre sistemasindependentes; 
Subtransmissão: rede para casos onde a distribuição não se conecta a transmissão, 
havendo estágio intermediário de repartição da energia entre várias regiões; 
Distribuição: rede que interliga a transmissão (ou subtransmissão) aos pontos de 
consumo sendo subdividida em distribuição primária (nível de média tensão - MT) ou 
distribuição secundária (nível de uso residencial). 
As tensões usuais de transmissão adotadas no Brasil, em corrente alternada, 
podem variar de 138 kV até 765 kV incluindo neste intervalo as tensões de 230 kV, 345 
kV, 440 kV e 500 kV. 
Os sistemas ditos de subtransmissão contam com níveis mais baixos de tensão, 
tais como 34,5 kV, 69 kV ou 88 kV e 138 kV e alimentam subestações de distribuição, 
cujos alimentadores primários de saída operam usualmente em níveis de 13,8 kV. Junto 
aos pequenos consumidores existe uma outra redução do nível de tensão para valores 
entre 110 V e 440 V, na qual operam os alimentadores secundários. 
As redes com tensões nominais iguais ou superiores a 230 kV são denominadas de 
TRANSPORTE DE ENERGIA ELÉTRICA 
 
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Elétrico de Potência (SEP) 
 
 
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Redes em EHV - Extra Alta Tensão e no Brasil formam a chamada rede “Básica” de 
transmissão. As redes com tensões nominais iguais e entre 69 kV e 138 kV são 
denominadas Redes em AT – Alta Tensão. 
As redes com tensão nominal entre 1 kV e 69 kV são denominadas Redes em MT 
– Média Tensão (ou em Tensão Primária) e os sistemas com tensões abaixo de 1 kV 
formam as Redes em Baixa Tensão (ou em Tensão Secundária). No Brasil existe um 
sistema que opera em corrente contínua, o Sistema de Itaipu, com nível de tensão de ± 
600 kVDC. 
Para se escolher transmissão entre sistemas de corrente alternada ou corrente 
contínua são feitos estudos técnicos e econômicos. Sistemas de corrente contínua 
começam a se mostrar viáveis para distâncias acima de 600 ~ 800 km. 
No caso de transmissão em corrente alternada, o sistema elétrico de potência é 
constituído basicamente pelos geradores, estações de elevação de tensão, linhas de 
transmissão, estações seccionadoras e estações transformadoras abaixadoras. 
Na transmissão em corrente contínua a estrutura é essencialmente a mesma, 
diferindo apenas pela presença das estações conversoras junto à subestação elevadora 
(para retificação da corrente) e junto à subestação abaixadora (para inversão da 
corrente) e ainda pela ausência de subestações intermediárias abaixadoras ou de 
seccionamento. 
As linhas de transmissão em corrente contínua apresentam custo inferior ao de 
linhas em corrente alternada enquanto que as estações conversoras ainda apresentam 
custo relativamente alto, portanto a transmissão em corrente contínua somente se 
mostra vantajosa em aplicações específicas como na interligação de sistemas com 
frequências diferentes ou para transmissão de energia a grandes distâncias. 
A necessidade de sistemas de transmissão em tensão superior à de geração e de 
distribuição se deve a impossibilidade de transmitir diretamente, mesmo em distâncias 
relativamente pequenas, a potência elétrica gerada nas usinas, pois as correntes seriam 
elevadas e as quedas de tensão e as perdas de potência na transmissão inviabilizariam 
técnica e economicamente as transmissões. Esse problema é tanto mais grave quanto 
maior for à distância de transmissão e quanto maior for a potência a ser transmitida. 
Com a elevação da tensão, a potência gerada nas usinas (que é função do produto da 
tensão pela corrente) pode ser transmitida com correntes inferiores às de geração, o que 
viabiliza a transmissão. 
Um fator importante na minimização dos custos de transmissão e de distribuição 
está ligado à escolha da seção dos cabos condutores das linhas, ou seja, de sua 
resistência ôhmica. Como o custo das linhas (e do sistema de transmissão) aumenta 
de forma linear com a seção condutora e as perdas ôhmicas (e, portanto o seu custo) 
variam com o inverso da seção dos condutores, existe um ponto de mínimo custo, que 
corresponde à seção condutora ótima. 
Os consumidores, individualmente, requerem potências inferiores às transmitidas. 
Portanto, são previstas estações abaixadoras nas quais as tensões de transmissão são 
transformadas para níveis compatíveis com as cargas que vão alimentar regionalmente. 
Observa-se que as pequenas potências de distribuição transportadas por circuitos aéreos 
ou subterrâneos nas ruas ou avenidas são adequadas às baixas tensões, também por 
questões de segurança. 
 
NR-10 – SEP - Curso Complementar de Segurança no Sistema 
Elétrico de Potência (SEP) 
 
 
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 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO 2.
 
 PROGRAMAÇÃO E PLANEJAMENTO DOS SERVIÇOS 2.1.
 
O objetivo deste procedimento é estabelecer as diretrizes básicas de Segurança do 
Trabalho a serem seguidos nas tarefas de operação, conservação e manutenção de 
equipamentos em Redes de Distribuição Aérea Energizadas, (Linha Viva) de modo a 
prevenir e controlar as causas que possam provocar acidentes, sendo também muito útil 
como material didático para uso pelos Técnicos Supervisores como fonte de consulta. 
As Normas e Procedimento descritos a seguir possibilitam um melhor 
acompanhamento dos princípios de trabalho, através de um melhor planejamento e 
acompanhamento dos serviços. 
Esta normalização de métodos possibilita: 
• Uma melhor avaliação de desempenho de uma equipe. 
• Uma melhor inspeção de segurança relativamente à execução dos trabalhos 
• A sistematização do treinamento e reciclagem dos componentes das equipes. 
 
 DEFINIÇÕES 2.2.
 
Esclarecimentos de alguns conceitos ou termos utilizados neste material: 
 
MT - Média Tensão, redes de distribuição trifásica, bifásicas ou mesmo monofásicas, 
normalmente com tensões entre 750 volts e 34500 volts; 
BT - Baixa Tensão, redes trifásicas, bifásicas e monofásicas com tensões até 750 Volts; 
Liner - Protetor de polietileno colocado dentro das cestas aéreas de fibra de vidro para 
proporcionar uma segurança a mais aos eletricistas contra acidentes elétricos e 
mecânicos; 
À Distância - Os eletricistas trabalham em locais que são considerados no potencial de 
terra, ou seja, se posicionando em escadas executando todo o serviço usando 
ferramentas e equipamentos adequados; 
Ao Contato - Os eletricistas ficam em potencial intermediário, isolados dos potenciais 
de terra e da rede, executando as tarefas ao contato, através de cestas aéreas ou 
plataformas, usando ferramentas e equipamentos adequados; 
By-pass - É a interligação provisória entre pontos da mesma fase para dar continuidade 
ao circuito elétrico; 
Jumper – É a continuidade do condutor, que faz interligação entre pontos da mesma 
fase para dar continuidade ao circuito elétrico; 
Taco - É a interligação feita entre a fase de circuito elétrico e um equipamento (chaves 
fusíveis, interruptores de circuitos, para-raios, transformadores, derivações de circuitos 
etc.); 
Corrente Elétrica - Podemos dizer que é o movimento dos elétrons através de um 
material condutor. Símbolo => I ou i, Unidade => Ampère- A. ex: 10 A; 
Tensão ou Voltagem – Pode-se dizer que é a força responsável pelo deslocamento da 
corrente elétrica. Símbolo => V ou E, Unidade => Volts- V. ex: 127 V; 
 
NR-10 – SEP - Curso Complementar de Segurança no Sistema 
Elétrico de Potência (SEP) 
 
 
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Resistência - Pode-se dizer que é a oposição à passagem da corrente elétrica no 
condutor. Símbolo => R, Unidade Ohm. Ex: 2 Ohm; 
Potência - Pode-se dizer que é a quantidade de calor dissipada numa resistência 
quando da passagem de uma corrente elétrica. Símbolo => P, Unidade => Watts W ou 
hp. Ex: 1600 W ou 2 hp; 
Frequência - Pode-se dizer que é relacionada ao número de vezes que a corrente 
elétrica muda de sentido em um circuito elétrico. Símbolo => F, Unidade -> Hertz, Hz ou 
Ciclo. Ex: 60 Hz; 
Transformador- Pode-se dizer que é uma máquina estática que transfere energia 
elétrica de um circuito para outro, através da indução eletromagnética modificando os 
valores de tensão e corrente. 
 
O potencial elétrico e o campo elétrico 
 
 As expressões potencial elétrico e campo elétrico parecem sinônimas, soam muito 
parecidas. São, porém, conceitos diferentes, se referindo a diferentes grandezas 
elétricas. 
 A grandeza com a qual mais lidamos no dia a dia é o conhecido Volt, que é uma 
medida de potencial elétrico. 
 
O Volt 
Potencial elétrico_ V= J/ C 
 
Definição prática: 
Isto significa que um potencial elétrico de 220V consegue impor uma energia de 
220J a cada Coulomb de carga sob sua influência. 
 
Exemplos práticos: 
Por exemplo, sob 220V, 2 Coulombs receberão uma energia de 440J. 
 220V= 440J/ 2C 
 
Sob 220V, 0,5 Coulombs receberão uma energia de 110J. 
 220V= 110J/ 0,5C 
 
Sob 55V, 2 Coulombs receberão uma energia de 110J. 
 55V= 110J/ 2C 
 
Analogias mecânicas: 
Pode-se fazer uma analogia com uma ladeira. Imagine uma ladeira bem inclinada, 
com uma descida bem íngreme, digamos de 10 metros de altura (um prédio de 3 
andares) em apenas 2 quarteirões, ou seja, 5 metros por quarteirão. Se deixarmos uma 
camionete de 3 toneladas descer solta nesta ladeira, ela ao final se chocará com algum 
obstáculo e produzirá uma energia “x”. Se deixarmos um caminhão de 9 toneladas 
descer solto nesta ladeira, ele ao final se chocará com algum obstáculo e produzirá uma 
energia “3x”. 
 
NR-10 – SEP - Curso Complementar de Segurança no Sistema 
Elétrico de Potência (SEP) 
 
 
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Conclusões: 
Daí pode-se concluir que o potencial elétrico só realiza trabalho em presença de 
uma carga a ser acelerada. Sem carga a ser acelerada, a voltagem permaneceria 
inalterada pelos milênios, como uma ladeira bem inclinada, mas sem nenhum veículo 
para descer por ela. 
 
O Volt/ m 
Campo elétrico_ E= N/ C 
 
Transformações: 
 
 
TRANSFORMAÇÕES 
 
Definição prática: 
Isto significa que um campo elétrico de 220V/m consegue aplicar uma força de 
220N a cada Coulomb de carga sob sua influência a uma distância de 1m. 
 
 
Analogias mecânicas: 
Pode-se aqui também fazer uma analogia com uma ladeira. Imagine uma ladeira 
cuja inclinação varie com a posição. A 1m da origem ela tem uma inclinação “x”, a 2m 
sua inclinação cai à metade, a 4m cai à metade novamente e assim por diante. Se 
deixarmos um carro solto nesta ladeira, ele acelerará sempre, mas conforme se afasta 
da origem sua aceleração diminuirá (embora a velocidade sempre aumente). 
Conclusões: 
Daí pode-se concluir que o campo elétrico a princípio não chega a definir o total de 
energia ou de trabalho realizado, apenas determina qual força elétrica atuará sobre uma 
carga a cada distância da origem. 
Considerações gerais 
Condições perigosas nos circuitos elétricos 
 
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As seguintes condições podem ocorrer nos circuitos elétricos: 
 
• Curto-circuito – Contato ou ligação intencional e ou acidental entre dois pontos 
de diferentes tensões elétricas de um circuito, através de impedância relativamente 
insignificante; 
• Corrente de curto-circuito – Sobrecorrente que resulta de um contato através de 
impedância relativamente insignificante entre diferentes pontos energizados e que 
apresentam uma diferença de potencial quando em funcionamento normal. Ocorre 
quando o isolamento de um condutor energizado se estraga; na abertura lenta das 
chaves, provocando um arco longo que pode saltar para terra ou outra fase; provocada 
por manuseio descuidado de ferramentas metálicas ou pelo contato de um condutor 
energizado com a terra ou com uma outra fase. Nessas condições, a resistência natural 
do circuito é evitada pela corrente, que deste modo passará livremente e com tal 
intensidade que provoca aquecimentos elevados, abertura de arco, incêndios, explosões 
e destruição dos elementos por onde passa, a menos que os equipamentos de proteção 
entrem imediatamente em ação interrompendo a correspondente corrente de curto-
circuito; 
• Energização acidental de estruturas – Ocorre quando um condutor energizado nu 
ou com isolamento comprometido encosta numa árvore, num poste, numa cruzeta ou em 
qualquer estrutura condutora que não esteja adequadamente ligada à terra. Para evitar 
acidente por contato humano com essas estruturas energizadas acidentalmente deve-se 
onde for possível, ligar-se à terra firmemente e de modo intencional as carcaças e demais 
estruturas energizáveis com o propósito de proteger os operadores no caso de ocorrer 
comprometimento no isolamento ou queda da fixação de algum condutor que possa vir a 
encostar nessas estruturas. A mesma ligação deve ser feita nas carrocerias das cestas 
aéreas dos guindautos e outros equipamentos que estejam auxiliando no serviço, junto 
às redes energizadas; 
• Sobrecarga – Cada condutor pode ser percorrido por uma determinada corrente 
até certo valor em ampères sem se aquecer demasiadamente. Passando este limite, seu 
aquecimento aumenta rapidamente e pode se tornar perigoso. Conclui-se, portanto que 
a corrente de um circuito não pode ultrapassar certo valor; se for além, isto é, se houver 
o que se chama sobrecarga, o perigo deve ser afastado pelos fusíveis que se fundem 
ou pelos equipamentos de proteção que operam, interrompendo assim a corrente de 
sobrecarga; 
• Contato defeituoso ou mau contato – Ao ligar um condutor a outro ou a um 
equipamento e ao ligar uma chave de faca, se não houver um contato perfeito e firme 
nas conexões, ocorre aquecimento que pode causar acidentes ou danos materiais; 
 
Muitas condições anormais são detectadas por componentes de alarme ou de proteção e 
são codificadas por uma tabela ANSI, reproduzida a seguir. 
 
 
 
 
 
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1 Elemento principal – Dispositivo de inicialização como uma chave de 
controle etc., que serve, diretamente ou através de dispositivos 
permissivos como relés de proteção e temporizado, para colocar o 
dispositivo em ou fora de operação. 
2 Relé de partida ou fechamento temporizado – Dispositivo cuja função é 
oferecer uma quantidade desejada de tempo antes ou depois de 
qualquer ponto de operação em uma sequência de comutação ou 
sistema do relé de proteção, exceto quando fornecido especificamente 
pelas funções dos dispositivos 48, 62 e 79. 
3 Relé de verificação ou intertravamento – Relé que opera em resposta à 
posição de vários outros dispositivos (ou para um número de condições 
predeterminadas) no equipamento para permitir que uma sequência de 
operação avance, pare ou para fornecer uma verificação de uma 
posição destes dispositivos ou condições para qualquer fim. 
4 Contato principal – Dispositivo, geralmente controlado pela função do 
dispositivo 1 ou equivalente e dispositivos de proteção e permissivos 
requeridos, que serve para fechar e interromper os circuitos de 
controle necessários para colocar o dispositivo em operação sob 
condições desejadas e colocá-lo fora de operação sob condições 
anormais. 
5 Dispositivo de interrupção – Dispositivo de controle usado 
principalmente para desligar o equipamento e mantê-lo fora de 
operação. (Este dispositivo pode ser acionado de maneira manual ou 
elétrica, mas exclui a função de travamento elétrico [consulte da 
função do dispositivo 86] em condições anormais.) 
6 Disjuntor de partida – Dispositivo cuja principal função é conectar a 
máquina à sua fonte de tensão de partida. 
7 Relé de taxa de variação – Relé que funciona em caso de uma variação 
excessiva de corrente. 
8 Dispositivo de desconexão da energia de controle – Dispositivo de 
desconexão, como uma chave de faca, disjuntor ou bornes fusíveis 
removíveis, usado paraconectar e desconectar a fonte de tensão de 
comando para e do barramento de controle ou equipamento. OBS: 
Considera-se a tensão de comando para incluir alimentação auxiliar 
que abastece estes equipamentos, como motores pequenos e 
aquecedores. 
9 Dispositivo de reversão – Um dispositivo que é usado para reverter um 
campo da máquina ou para o desempenho de outras funções de 
 
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reversão. 
10 Chave de sequência das unidades – Chave que é usada para mudar a 
sequência na qual as unidades podem ser colocadas dentro e fora de 
serviço em equipamentos de unidades múltiplas. 
11 Dispositivo multifunção 
12 Dispositivo de sobrevelocidade – Frequentemente, uma chave de 
velocidade conectada diretamente que funciona na sobrevelocidade da 
máquina. 
13 Dispositivo de rotação síncrona – Dispositivo como uma chave de 
velocidade centrífuga, um relé de frequência de escorregamento, um 
relé de tensão, um relé de baixa corrente ou qualquer tipo de 
dispositivo que opera com aproximadamente a velocidade síncrona de 
uma máquina. 
14 Dispositivo de subvelocidade – Dispositivo que funciona quando a 
velocidade de uma máquina diminui abaixo de um valor 
predeterminado. 
15 Dispositivo de ajuste ou comparação de velocidade ou frequência – 
Dispositivo que funciona para ajustar e manter a velocidade ou a 
frequência de uma máquina ou de um sistema igual ou 
aproximadamente igual que outra máquina, fonte ou sistema. 
16 Dispositivo de comunicação de dados 
17 Chave de derivação ou descarga – Chave que serve para abrir ou 
fechar um circuito de derivação ao redor de qualquer peça ou 
equipamento (com exceção de um resistor), como um campo da 
máquina, uma armadura da máquina, um capacitor ou um reator. 
OBS: Isto inclui dispositivos que realizam estas operações de derivação 
já que podem ser necessários no processo de partida de uma máquina 
pelos dispositivos 6 ou 42 (ou seus equivalentes), e também exclui 
função do dispositivo 73 que serve para a comutação dos resistores. 
18 Dispositivo de aceleração ou desaceleração – Dispositivo que é usado 
para fechar ou para gerar o fechamento de circuitos que são usados 
para aumentar ou diminuir a velocidade de uma máquina. 
19 Contator de transição partida-marcha – Dispositivo que opera para 
iniciar ou gerar a transferência automática de uma máquina da partida 
à conexão de tensão de execução. 
 
 
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20 Válvula operada eletricamente – Válvula operada, controlada ou 
monitorada eletricamente em uma linha de vácuo, gás, ar ou fluido. 
OBS: A função da válvula pode ser indicada de maneira mais completa 
pelo uso de sufixos, como discutido no ponto 3.2. 
21 Relé de distância – Relé que funciona quando a admitância, a 
impedância ou a reatância do circuito aumenta ou diminui além de um 
valor predeterminado. 
22 Disjuntor equalizador – Interruptor que serve para controlar ou para 
fechar e interromper o equalizador ou as conexões de balanceamento 
de corrente para um campo da máquina ou para um equipamento de 
regulação em uma instalação de unidades múltiplas. 
23 Dispositivo de controle da temperatura – Dispositivo que funciona para 
aumentar ou abaixar a temperatura de uma máquina, de um 
equipamento ou de qualquer meio quando esta temperatura diminui 
abaixo ou aumenta acima de um valor predeterminado. OBS: Um 
exemplo é um termostato que liga um aquecedor em um conjunto de 
comutadores quando a temperatura cai abaixo do valor desejado. O 
mesmo deve ser diferenciado de um dispositivo que é usado para 
fornecer regulação automática da temperatura entre limites próximos e 
poderia ser designado como função do dispositivo 90T. 
24 Relé de sobreexcitação ou Relé de Volts por hertz – Relé que funciona 
quando o índice de tensão para frequência excede um valor 
predeterminado. O relé pode ter uma característica programada ou 
instantânea. 
25 Dispositivo de verificação de sincronismo ou sincronização – Dispositivo 
que funciona quando dois circuitos CA estão dentro dos limites 
desejados de frequência, ângulo de fase e tensão para permitir ou 
gerar o paralelismo destes dois circuitos. 
26 Dispositivo térmico do equipamento – Dispositivo que funciona quando 
a temperatura do equipamento protegido (exceto a enrolamentos de 
transporte de carga das máquinas e transformadores, como 
mencionado pela função do dispositivo número 49) ou de um líquido ou 
outro meio exceder um valor predeterminado; ou quando a 
temperatura de um equipamento protegido ou qualquer outro meio 
diminuir abaixo de um valor predeterminado. 
27 Relé de subtensão – Relé que funciona quando a tensão de entrada é 
menor do que um valor predeterminado. 
28 Detector de chamas – Dispositivo que monitora a presença da chama 
 
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piloto ou principal como em equipamentos com turbina a gás ou 
caldeira. 
29 Contator de isolamento – Dispositivo que é usado principalmente para 
desconectar um circuito do outro em operações de emergência, 
manutenção ou teste. 
30 Relé anunciador – Dispositivo de reset não automático que fornece 
diversas indicações visuais separadas sobre o funcionamento dos 
dispositivos de proteção e que poderiam ser organizadas para realizar 
uma função de travamento. 
31 Dispositivo de excitação em separado – Dispositivo que conecta um 
circuito, como um campo de derivação de um conversor síncrono, a 
uma fonte de excitação separada durante a sequência de partida. 
32 Relé direcional de potência – Relé que funciona em um valor 
predeterminado do fluxo de tensão em uma determinada direção ou 
em um fluxo de tensão reverso, como o resultante do ciclo de motor de 
um gerador após a perda do seu motor principal. 
33 Chave de posicionamento – Chave que fecha ou interrompe o contato 
quando o dispositivo principal ou parte do equipamento que não possui 
número de função do dispositivo atinge uma determinada posição. 
34 Dispositivo master de sequência ou Dispositivo de inversão – 
Dispositivo como uma chave de contatos múltiplos operada por motor 
ou equivalente, ou um dispositivo de programação como um 
computador, que estabelece ou determina a sequência de operação do 
dispositivo principal no equipamento durante a partida e a parada ou 
durante outras operações de comutação sequencial. 
35 Dispositivo para operação das escovas ou para curto-circuitar os anéis 
coletores – Dispositivo para elevar, abaixar ou desviar as escovas de 
uma máquina, curtocircuitando seus anéis do coletor, ou conectando e 
desconectando os contatos de um retificador mecânico. 
36 Dispositivo de polaridade ou de tensão de polarização – Dispositivo que 
funciona ou permite a operação de outro dispositivo apenas em uma 
polaridade predeterminada ou verifica a presença de uma tensão de 
polarização no equipamento. 
37 Relé de subcorrente ou subpotência – Relé que funciona quando a 
corrente ou fluxo de tensão diminui abaixo de um valor 
predeterminado. 
38 Dispositivo de proteção do mancal – Dispositivo que funciona na 
 
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temperatura excessiva do mancal ou em condições mecânicas 
anormais associadas ao rolamento como o desgaste indevido, que 
poderia eventualmente resultar na falha ou na temperatura excessiva 
do rolamento. 
39 Monitor da condição mecânica – Dispositivo que funciona após a 
ocorrência de uma condição mecânica anormal (exceto aquela 
associada aos mancais como relatado na função do dispositivo 38), 
como vibração excessiva, excentricidade, expansão, choque, balanço 
ou falha do selo. 
40 Relé de perda de excitação ou Relé de perdade campo – Relé que 
funciona em um determinado valor ou anormalmente abaixo do 
mesmo, ou na falha da corrente de campo da máquina, ou em um 
valor excessivo do componente reativo da corrente da armadura em 
uma máquina CA, indicando excitação de campo anormalmente baixo. 
41 Disjuntor de campo – Dispositivo que funciona para aplicar ou remover 
a excitação de campo de uma máquina 
42 Disjuntor de operação normal – Dispositivo cuja principal função é 
conectar a máquina à sua fonte de execução ou tensão de operação. 
Esta função pode ser usada também para um dispositivo, como um 
contator, que é usado em série com um disjuntor ou outro meio de 
proteção contra falhas, principalmente para abertura e fechamento 
frequente do circuito. 
43 Dispositivo seletor ou transferência manual – Dispositivo operado 
manualmente que transfere os circuitos de controle para modificar o 
plano de operação do equipamento de comutação ou de algum dos 
dispositivos. 
44 Relé de sequência de partida das unidades – Relé que funciona para 
iniciar a próxima unidade disponível no equipamento de unidades 
múltiplas após a falha ou não disponibilidade da unidade normalmente 
anterior. 
45 Monitor da condição atmosférica – Dispositivo que funciona após a 
ocorrência de uma condição atmosférica normal, como vapores 
nocivos, misturas explosivas, fumaça ou fogo. 
46 Relé de reversão ou balanceamento de corrente da fase – Relé que 
funciona quando as correntes polifásicas são de sequência de fase 
reversa, ou quando as correntes polifásicas estão desequilibradas ou 
contêm componentes de sequência de fase negativos acima de um 
determinado volume. 
 
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47 Relé de reversão ou desbalanceamento de tensão ou Relé de sequência 
da fase de tensão – Relé que funciona após um determinado valor 
predeterminado de tensão polifásica na sequência de fase desejada, 
quando as tensões polifásicas estão desequilibradas ou quando a 
tensão da sequência de fase negativa excede um determinado volume. 
48 Relé de sequência incompleta – Relé que normalmente retorna o 
equipamento à posição normal ou off, e bloqueia caso a partida 
normal, operação ou sequência de parada não foi concluída 
corretamente dentro de um tempo predeterminado. 
49 Relé térmico para máquina ou transformador – Relé que funciona 
quando a temperatura de um enrolamento da armadura da máquina 
ou outro enrolamento ou elemento de transporte de carga de uma 
máquina ou transformador de tensão excede um valor predeterminado. 
50 Relé de sobrecorrente instantâneo – Relé que funciona 
instantaneamente em um valor excessivo de corrente. 
51 Relé de sobrecorrente temporizado CA – Relé que funciona quando a 
corrente de entrada CA excede um valor predeterminado, e em que a 
corrente de entrada e o tempo de operação estão inversamente 
relacionados através de uma porção substancial de uma faixa de 
desempenho. 
52 Disjuntor de corrente alternada – Dispositivo que é usado para fechar e 
interromper um circuito de alimentação CA sob condições normais ou 
para interromper este circuito sob falha ou condições de emergência. 
53 Relé para excitador ou gerador CC – Relé que força a excitação do 
campo da máquina CC para acumular durante a partida ou que 
funciona quando a tensão da máquina acumulou em um determinado 
valor. 
54 Dispositivo de acoplamento ou Dispositivo de engate da engrenagem 
rotativa – Dispositivo operado, controlado ou monitorado eletricamente 
que funciona para que a engrenagem rotativa se engate (ou 
desengate) ao eixo da máquina. 
55 Relé de fator de potência – Relé que funciona quando o fator de 
potência em um circuito CA aumenta acima ou cai abaixo de um valor 
predeterminado. 
56 Relé de aplicação de campo – Relé que controla automaticamente a 
aplicação da excitação do campo em um motor CA em algum ponto 
predeterminado no ciclo de escorregamento. 
 
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57 Dispositivo para aterramento ou curtocircuito – Dispositivo de 
comutação do circuito primário que funciona para curtocircuitar ou 
aterrar um circuito em resposta a um meio manual ou automático. 
58 Relé de falha de retificação – Relé que funciona se um retificador de 
alimentação falhar em conduzir ou bloquear adequadamente. 
59 Relé de sobretensão – Um relé que funciona quando a tensão de 
entrada é maior do que um valor predeterminado. 
60 Relé de balanço de tensão ou corrente – Relé que funciona em uma 
determinada diferença de tensão ou na entrada ou saída de corrente 
de dois circuitos. 
61 Sensor ou chave de densidade – Dispositivo que funciona em um valor 
determinado, ou em uma faixa de mudança determinada de densidade 
de gás. 
62 Relé de interrupção ou abertura temporizada – Um relé temporizado 
que funciona em conjunto com o dispositivo que inicia a operação de 
desligamento, parada ou abertura em uma sequência automática ou 
sistema do relé protetor. 
63 Relé de pressão de gás (Buchholz) ou Pressostato – Chave que 
funciona em um determinado valor, ou em uma determinada faixa de 
mudança de pressão. 
64 Relé de proteção de terra – Relé que funciona em caso de falha da 
máquina ou outro equipamento de isolamento a terra. OBS: Esta 
função não é aplicada a um dispositivo conectado em um circuito 
secundário de transformadores de corrente em um sistema de 
alimentação aterrado normalmente, onde outros números de 
dispositivo com o sufixo G ou N devem ser usados; ou seja, 51N para 
um relé de sobrecorrente temporizado CA conectado em um neutro se 
65 Regulador – Conjunto de equipamento de controle elétrico, mecânico e 
de fluido usado para regular o fluxo de água, vapor e outro meio para 
o motor principal para propósitos como partida, velocidade de espera 
ou carga, ou parada. 
66 Relé de supervisão do número de partidas ou Dispositivo de 
intercalação ou escapamento de operação – Dispositivo que funciona 
para permitir apenas um número específico de operações de um 
determinado dispositivo ou equipamento ou um número específico de 
operações sucessivas dentro de um determinado tempo de cada um. É 
também um dispositivo que funciona para energizar um circuito 
periodicamente ou por frações de intervalos de tempo, ou que é usado 
 
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para permitir uma aceleração intermitente ou jogging de uma máquina 
em velocidades baixas para o posicionamento mecânico. 
67 Relé direcional de sobrecorrente CA – Relé que funciona em um valor 
desejado de sobrecorrente CA fluindo em uma direção predeterminada. 
68 Relé de bloqueio por oscilação de potência – Relé que inicia um sinal 
piloto para bloquear o desarme em falhas externas em uma linha de 
transmissão ou em outro equipamento sob condições predeterminadas, 
ou que coopera com outros dispositivos para bloquear o desarme ou 
para bloquear o fechamento em uma condição de fora de sincronismo 
ou de oscilação da alimentação. 
69 Dispositivo de controle permissivo – Normalmente, um dispositivo de 
duas posições que em uma posição permite o fechamento de um 
disjuntor ou a colocação de um equipamento em operação, e em outra 
posição evita que o disjuntor ou o equipamento seja operado. 
70 Reostato – Dispositivo de resistência variável usado em um circuito 
elétrico quando o dispositivo é operado eletricamente ou possui outros 
acessórios elétricos como chaves de fim de curso, posição ou auxiliar. 
71 Dispositivo de detecção de nível ou Chave de nível – Chave que 
funciona em um determinado valor, ou em uma determinada faixa de 
mudança de nível. 
72 Disjuntor de corrente contínua – Disjuntor usado para fechar e 
interromper um circuito de alimentação CC sob condições normais ou 
para interromper estecircuito sob falha ou condições de emergência. 
73 Contator de resistência de carga – Contator usado para derivar ou 
inserir um passo de carga limitando, desviando ou indicando 
resistência em um circuito de alimentação; para comutar um 
aquecedor no circuito; ou para comutar uma luz ou resistor de carga 
regenerativa de um retificador de tensão. 
74 Relé de alarme – Um relé diferente do anunciador, como relatado na 
função do dispositivo 30, que é usado para operar ou que opera uma 
conexão com um alarme sonoro ou visual. 
75 Mecanismo de mudança de posição – Mecanismo usado para 
movimentar um dispositivo principal de uma posição a outra no 
equipamento; por exemplo, desviando a unidade do disjuntor 
removível para e das posições conectada, desconectadas e de teste. 
76 Relé de sobrecorrente CC – Relé que funciona quando a corrente em 
um circuito CC excede um determinado valor. 
 
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77 Dispositivo de telemetria – Transmissor usado para gerar e transmitir 
para um local remoto um sinal elétrico que representa uma quantidade 
medida ou um receptor usado para receber um sinal elétrico de um 
transmissor remoto e converte o sinal para representar a quantidade 
medida original. 
78 Relé de medição de ângulo de fase ou proteção contra falta de 
sincronismo – Relé que funciona em um ângulo de fase 
predeterminado entre duas tensões ou entre duas correntes, ou entre 
tensão e corrente. 
79 Relé de religamento CA – Relé que controla o fechamento automático e 
o travamento de um interruptor de circuito CA. 
80 Chave de fluxo – Chave que funciona em um determinado valor, ou em 
uma determinada faixa de mudança de fluxo. 
81 Relé de frequência (sub ou sobre) – Relé que responde à frequência de 
uma quantidade elétrica, funcionando quando a frequência ou faixa de 
mudança de frequência excede ou é menor do que um valor 
predeterminado. 
82 Relé de religamento de medição de carga CC – Relé que controla o 
fechamento e o religamento de um interruptor de circuito CC, 
normalmente como resposta às condições de circuito da carga. 
83 Relé de seleção de controle ou de transferência automática – Relé que 
funciona para selecionar automaticamente entre certas fontes ou 
condições em equipamentos ou que realiza automaticamente uma 
operação de transferência. 
84 Mecanismo de operação – Mecanismo elétrico equipado com 
servomecanismo, incluindo o motor de operação, solenóides, chaves 
de posição, etc., para um comutador de derivação, regulador de 
indução ou qualquer peça similar do equipamento que não possua 
número de funcionamento de dispositivo. 
85 Relé de receiver ou fio piloto portador – Relé que é operado ou 
restringido por um sinal usado em conexão com corrente portadora ou 
retransmissão de falha do fio piloto CC. 
86 Relé de bloqueio – Relé auxiliar de reset operado elétrica ou 
manualmente que é operado após a ocorrência de condições anormais 
para manter os dispositivos ou o equipamento associado inoperante 
até o seu reset. 
87 Relé de proteção diferencial – Relé de proteção que funciona em uma 
 
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porcentagem, ângulo de fase ou outra diferença de quantidade entre 
duas correntes ou outras quantidades elétricas. 
88 Motor auxiliar ou motor gerador – Dispositivo usado para operar 
equipamento auxiliar como bombas, sopradores, excitadores, 
amplificadores magnéticos rotatórios, etc. 
89 Chave separadora – Chave usada como uma chave seccionada, de 
interrupção de carga ou desconexão em um circuito de alimentação CA 
ou CC. (Este número de função do dispositivo normalmente não é 
necessário a menos que a chave seja operada eletricamente ou possua 
acessórios elétricos, como uma chave auxiliar, uma trava magnética, 
etc.) 
90 Dispositivo de regulação – Dispositivo que regula quantidades, como 
tensão, corrente, alimentação, velocidade, frequência, temperatura e 
carga em um determinado valor ou entre certos limites (geralmente 
próximos) para máquinas, linhas de contato ou outros equipamentos. 
91 Relé direcional de tensão – Relé que funciona quando a tensão através 
de um disjuntor aberto ou contator excede um determinado valor em 
uma determinada direção. 
92 Relé direcional de tensão e potência – Relé que permite ou gera a 
conexão de dois circuitos quando a diferença de tensão entre eles 
excede um valor determinado em uma direção predeterminada e faz 
com que estes dois circuitos sejam desconectados entre si quando o 
fluxo de alimentação entre eles excede um valor determinado em uma 
direção oposta. 
93 Contator de variação de campo – Contator que funciona para aumentar 
ou diminuir, em um passo, o valor de excitação de campo em uma 
máquina. 
94 Relé de desligamento ou disparo livre – Relé que funciona para 
desarmar um disjuntor, contator ou equipamento para permitir o 
desarme imediato através de outros dispositivos ou evitar o 
religamento imediato de um interruptor de circuito se tiver que ser 
aberto automaticamente, mesmo se o seu circuito de fechamento 
permanecer fechado. 
95 Usado para aplicações específicas 
96 Relé auxiliar de bloqueio de barra 
97 a 
99 
Usado para aplicações específicas 
 
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150 Indicador de falta à terra 
AFD Detector de arco voltaico 
CLK Clock 
DDR Sistema dinâmico de armazenamento de perturbações 
DFR Sistema de armazenamento de faltas digital 
ENV Dados do ambiente 
HIZ Detector de faltas com alta impedância 
HMI Interface Homem-Máquina 
HST Histórico 
LGC Esquema lógico 
MET Medição de Subestação 
PDC Concentrador de dados de fasores 
PMU Unidade de medição de fasores 
PQM Esquema de monitoramento de potência 
RIO Dispositivo Remoto de Inputs/Outputs 
RTU Unidade de terminal remoto / Concentrador de Dados 
SER Sistema de armazenamento de eventos 
TCM Esquema de monitoramento de Trip 
SOTF Fechamento sob falta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Religamento automático (Bloqueio de Circuito) 
A rede aérea é normalmente afetada por defeitos transitórios cuja causa 
desaparece rapidamente permitindo que seja reenergizada, logo após, com sucesso. 
Essa reenergização é comandada por atuação do relé religador (função 79 ANSI) no 
caso dos disjuntores, ou pelos dispositivos de religamento automático no caso dos 
religadores (de subestação ou de linha), com redução expressiva do tempo de 
interrupções aos clientes, razão porque esses dispositivos e relés devem permanecer 
fora de operação durante apenas o tempo necessário à segurança do serviço em linha 
energizada. 
 
Planejamento de serviço 
Planejamento do serviço é um dos fatores essenciais para a Prevenção de 
Acidentes de Trabalho. É durante esta fase que podemos detectar as condições 
inseguras e os riscos de acidentes que poderão ocorrer durante a realização de uma 
determinada tarefa a ser executada. Conhecendo-se as condições inseguras e os riscos, 
podem-se determinar as medidas de controle. Compete ao Supervisor de uma equipe a 
responsabilidade direta pela realização das tarefas livres de acidentes do trabalho, 
portanto deve planejar cuidadosamente os serviços, de forma a garantir que todos os 
Métodos e Procedimentos de Segurança sejam adotados, para o controle efetivo dos 
riscos de acidentes. Considera-se Supervisor qualquer empregado designado pelo 
superior hierárquico, como responsável pela execução de um serviço. Logicamente, 
espera-se que somente sejam indicados como supervisores, empregados que tenham 
perfil para atender às exigências da função. 
A seguir abordaremos os principais elementos que devem ser observadospelo 
Supervisor para o planejamento de um serviço. 
“Os serviços somente devem ser atribuídos a empregados que estiverem 
habilitados e autorizados a executá-los e distribuir as tarefas de acordo com a 
capacidade técnica de cada um.” 
Os empregados que forem designados para executar trabalhos em instalações 
elétricas devem possuir capacitação através de treinamento para as tarefas específicas, 
para prestar os primeiros socorros em caso de acidentes e utilização de agentes 
extintores para combater princípios de incêndios. 
Não permitir que empregados, mesmo que tecnicamente capacitados, façam 
serviços de ajustes em equipamentos, dirijam veículos, subam em escadas ou estruturas, 
durante o período que estiverem fazendo uso de medicamentos que alterem o seu 
comportamento. 
O supervisor deve ter uma visão global do que é de sua incumbência realizar; ele 
não poderá se deter em minúcias, perdendo a noção do todo. Deve ser capaz de prever 
os resultados sem subestimar possíveis falhas e fazer a distribuição de tarefas. 
Determinar o número de empregados suficiente para que a tarefa seja realizada com 
segurança, explicar aos empregados o serviço a ser executado e os resultados desejados. 
Identificar os riscos do serviço sob sua orientação, alertar devidamente seus 
subordinados sobre os controles desses riscos, transmitir-lhes claramente as Normas e 
Procedimentos aplicáveis, dedicando especial atenção à execução das tarefas fora da 
rotina. 
 
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Cabe também à supervisão corrigir as irregularidades e as situações que possam 
comprometer a Segurança no Trabalho. Podemos citar alguns exemplos, como: 
 
• Antes de sair para o local de trabalho assegurar-se que os membros da equipe 
sob sua responsabilidade possuam todos os materiais, ferramentas, equipamentos de 
proteção individual e coletiva necessários ao serviço e se estão em perfeitas condições 
de utilização; 
• Lembrar aos integrantes da equipe que as condições de execução de um serviço 
nem sempre são as mesmas; 
• Procurar iniciar o serviço quando existir a total certeza de que todos os 
integrantes da equipe estão conscientes do que devem fazer, de como fazer e quando 
fazer; 
• Todo condutor ou equipamento elétrico, somente poderá ser considerado 
desenergizado, depois de testado para verificação de ausência de tensão e devidamente 
aterrado; 
• Qualquer trabalho a ser efetuado em instalações elétricas energizadas ou que 
possam ficar acidentalmente sob tensão, somente poderá ser realizado com a utilização 
de luvas de borracha para eletricista, da classe de tensão compatível com a das 
instalações, cobertas pelas luvas de proteção mecânica; 
• O planejamento deve prever os riscos de contato do empregado com os 
componentes energizados das instalações, para os quais deverão ser adotados protetores 
isolantes e sinalização delimitando a área de risco; 
• Especial cautela deve ser destacada na sinalização da área de trabalho, de forma 
a evitar que pessoas estranhas entrem na área de risco. Nos logradouros públicos, caso 
seja inevitável a obstrução total do passeio, deve-se providenciar a devida sinalização de 
proteção e orientação para os pedestres; 
• Iniciar o serviço somente depois de constatado que todos os dispositivos de 
segurança estão colocados em seus lugares e oferecem segurança efetiva; 
• Após a realização da tarefa, o supervisor deve reunir a equipe para discutir as 
dificuldades encontradas durante a realização do serviço, objetivando utilizá-las como 
experiência, com a finalidade de introduzir melhorias em planejamentos futuros. 
 
Cuidados durante e após a execução dos serviços: 
 
Alguns cuidados devem ser tomados, durante e após execução de um serviço em 
redes aéreas de distribuições. 
 
a) Religação do circuito caso haja algum desarme: 
Após o início dos serviços o Órgão de Operação da Distribuição somente religará o 
circuito, caso haja algum desarme da proteção, após contato direto com o Órgão 
Executor responsável pelos serviços, no caso o encarregado que está no campo 
executando serviço. 
b) Falta de energia no circuito com turma de linha viva trabalhando: 
Sempre que algum componente da turma de linha viva notar falta de energia no 
circuito em que esteja trabalhando, o responsável pela turma deve ligar imediatamente 
 
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para o Órgão de Operação da Distribuição informando se houver algum problema, para 
que este órgão decida pela religação manual do equipamento e o restabelecimento do 
trecho trabalhado. 
c) Treinamento e uso de EPI’s e EPC’s 
 Todos os eletricistas que forem incumbidos de trabalho com linha energizada 
deverão estar treinados e equipados com materiais de segurança individual EPI’s e 
coletivo EPC’s conforme a necessidade do serviço. 
d) Integrantes da turma somente com treinamento de linha energizada: 
Somente poderão integrar turmas de linha energizada os empregados que possuam 
treinamento especializado para os serviços pelos métodos de serviço à distância, 
contato direto e de segurança do trabalho. 
 
Executando as tarefas com linhas energizadas 
 
É expressamente proibido durante a execução de qualquer tarefa que o eletricista 
venha a tocar em qualquer parte do sistema energizado ou que possa a vir a ser 
energizado, com as mãos ou qualquer parte do corpo desprotegido, mesmo que esteja 
trabalhando dentro de caçambas isoladas e ou plataformas, seja esta, parte do primário, 
secundário, condutor neutro, estais, cruzetas, mão francesa, aterramento, poste etc. 
NOTA: Da mesma forma é expressamente proibido dois eletricistas trabalharem ao 
mesmo tempo em 2 (duas) fases ou potenciais diferentes. 
 
Atenção da equipe durante a execução das tarefas com linhas 
energizadas: 
O Encarregado e todos os componentes da equipe deverão manter-se atentos, 
especialmente o encarregado que terá de se posicionar de forma a ter o melhor ângulo de 
visão possível para ter controle total da situação, durante as diversas fases de execução 
das tarefas, sobre tudo diante dos fatores adversos ou imprevisíveis que venham 
acarretar riscos ao pessoal, como por exemplo, chuvas sobrevindas após o início dos 
trabalhos ou mudança na operação do sistema elétrico. 
Quanto à liberação do circuito para normalização do religamento automático, 
imediatamente após a conclusão do serviço, o órgão executor responsável pelo mesmo 
deverá cientificar o responsável pelas manobras do término do serviço, dando a linha 
(circuito) como liberada, para que o Órgão de Operação da Distribuição providencie a 
normalização do religamento automático do circuito e retirada da etiqueta de segurança e 
ou placa de impedimento identificando Turma de Linha Viva trabalhando. 
 
Cuidados com equipamentos e ferramentas 
Certos cuidados deverão ser tomados pelos componentes da turma na conservação 
e proteção dos equipamentos e ferramentas de linha energizadas para tê-los sempre 
pronto para o uso. O cuidado adequado resultará não somente na prevenção dos 
equipamentos, bem como também inspirará maior confiança no pessoal que os utiliza. 
 
 
 
 
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São os seguintes cuidados a serem observados: 
 
Limpeza: 
Além dos itens contidos nas normas e documentos complementares e específicos 
de cada equipamento, recomenda-se que sejam adotados alguns critérios para limpeza e 
conservação das ferramentas e equipamentos. 
Os equipamentos de linha viva energizada, com exceção das luvas, mangas e 
bastões, deverão ser limpos e conservados pelo menos uma vez por mês pelos próprios 
componentes da turma. 
Os bastões deverão ser limpos diariamente, antes e depois do serviço, com um 
pano de limpezatratado com silicone apropriado para tal fim. As coberturas de borracha 
(lençóis, cobertura para condutor, etc.) deverão ser lavadas com água e sabão neutro e 
colocadas em seguida para secar a sombra. Não deverão ser usados derivados de 
petróleo nem detergentes para limpeza destes equipamentos. 
As luvas e mangas isolantes deverão ser lavadas, após o serviço com água e 
sabão neutro (sabão de coco). Depois de secas à sombra, deverão receber aplicação de 
talco industrial. As coberturas termoplásticas poderão ser lavadas com água e sabão 
comum e, havendo necessidade, pode-se esfregar com bastante fricção. Na limpeza 
deste equipamento deverá ser evitada a utilização de compostos químicos do tipo da 
acetona, thinner e tricloroetileno; 
As plataformas isolantes não deverão ser lavadas com água e sabão comuns, 
devido a sua superfície antiderrapante. Sua Limpeza deverá ser feita com acetona 
industrial. Os estropos de nylon e cordas de poly dracon deverão ser lavados com sabão 
neutro, deixando-os de molho por 1 hora e colocando-os em seguida para secar ao sol; 
Para limpeza de sujeiras em geral, deverão ser utilizados água e sabão neutro. Na 
existência de manchas ou contaminação da superfície dos bastões com (óleo, graxa), 
estes deverão ser limpos com acetona industrial, aplicada com tecido de algodão cru e 
posteriormente restaurador de brilho o serviço deve ser realizado em local ventilado e 
seco. 
Após a limpeza os bastões deverão ser colocados para secagem em local 
apropriado (isento de poeira e protegido dos raios ultravioleta). Esta secagem poderá ser 
obtida com um pernoite em tempo seco ou então por um período mais curto, em uma 
estufa apropriada; Quando os bastões tiverem partes metálicas, estas deverão ser 
lubrificadas, moderadamente com lubrificantes anticorrosivos e não tóxicos. (Usar óleo 
fluido dispersante para lubrificação das peças). 
 
Cuidados nos serviços: 
 
Antes de iniciado o serviço, os equipamentos e ferramentas da turma deverão ser 
conservadas nos locais apropriados, existentes no veículo especial ou mantidos no carro 
de apoio, até o momento de uso. 
Antes da execução do serviço poderá ser estendido no chão um encerado de lona 
de dimensões apropriadas, limpo e seco evitando assim, que as peças se sujem, raspem 
no chão e fiquem úmidas. Deverá ser evitado pisar sobre o encerado de lona. 
 
 
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Quando em serviço, os equipamentos de linha energizada não deverão ser 
colocados diretamente sobre o solo e sim sobre o encerado de lona ou cavalete para 
bastão. Recomendam-se os seguintes cuidados para utilização dos equipamentos e 
ferramentas de linha energizada, a serem seguidos pelos componentes da turma. 
 
a) Proteção para luva de borracha 
Sobre a luva de borracha para eletricista seja usada uma luva de vaqueta que lhe 
dará a proteção mecânica necessária (existem vários tipos, de acordo com o tamanho, 
classe de tensão de isolamento e fabricante). 
Em caso de necessidade, o eletricista poderá usar uma luva fina de malha em 
algodão ou suedine, para absorver os suores das mãos. No caso de recomendações 
médicas, o eletricista poderá usar também uma camiseta de manga comprida em malha 
de algodão para absorver o suor, quando da utilização das mangas protetoras de 
borracha. 
 
b) Conduta para execução de serviço 
Ao utilizar esses equipamentos de proteção, o eletricista deverá estar com as 
unhas aparadas não devendo usar anéis, relógios ou objetos metálicos de adorno, a fim 
de evitar a danificação das luvas e mangas de borracha. Quando estiver usando estes 
equipamentos o eletricista não poderá fumar. 
 
c) Manuseio dos equipamentos ao executar os serviços 
As coberturas de borracha e protetores isolantes não devem ser deixadas ao 
tempo , durante longos períodos, pois poderão danificar-se devido a ação dos raios ultra 
violeta. O mesmo cuidado deve ser tomado para os bastões e demais protetores. É 
proibido o uso dessas ferramentas e equipamentos isolantes para atender solicitações de 
proteções e afastamentos para reformas de prédios e atender pedidos de terceiros com 
outras finalidades diferentes da execução dos serviços em rede aérea energizadas. 
 
d) Bastões_ Utilização e Conservação 
Os bastões a serem utilizados sejam conservados sempre limpos e secos. Deverão 
ser mantidos no veículo ou quarto de materiais, livres de atritos com partes metálicas 
ou apoiados sobre o encerado de lona ou cavaletes. Quando os bastões forem passados 
de baixo para cima da estrutura ou vice-versa, deverá sempre ser usada a corda com 
carretilha e evitando-se choques com estruturas ou outras partes metálicas. Cada 
bastão deverá ser utilizado de acordo com sua carga de trabalho e somente executar o 
serviço para qual foi projetado. 
O uso apropriado dos bastões envolve o conhecimento das cargas de 
trabalho das ferramentas, o método correto de operação e, ainda, o conhecimento do 
peso aproximado do condutor no vão e das tensões mecânicas da linha ou rede na qual 
se trabalha. Cabe ao Centro de Treinamento estabelecer o uso apropriado desses 
bastões e estabelecer melhor o serviço para os quais foram especialmente projetados. 
 
 
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 TRABALHO EM EQUIPE 2.3.
 
Cada vez mais o trabalho em equipe é 
valorizado. Porque ativa a criatividade e quase 
sempre produz melhores resultados do que o 
trabalho individual. Por tudo esses motivos, ficam 
aqui dez dicas para trabalhar bem em equipe. E 
trabalhar em equipe é uma questão de 
sobrevivência do nosso mercado atual. Você poderá 
até encontrar empresas em que uma pessoa faz 
tudo, mas com certeza esta empresa está fadada, 
em caso de crescimento, a falência. E de acordo 
com o dicionário, temos: 
“Trabalho em equipe ou trabalho de equipe é 
quando um grupo ou uma sociedade resolve criar um esforço coletivo para resolver um 
problema”. 
O trabalho em equipe pode também ser descrito como um conjunto ou grupo de 
pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou determinado trabalho. 
O trabalho em equipe possibilita a troca de conhecimento e agilidade no 
cumprimento de metas e objetivos compartilhados. “Exemplo de uma atuação de um 
trabalho em equipe são os esportes em que times ou seleções jogam uns contra os 
outros.” 
 
Seja paciente 
Nem sempre é fácil conciliar opiniões diversas, afinal “cada cabeça uma sentença”. 
Por isso é importante que seja paciente. Procure expor os seus pontos de vista com 
moderação e procure ouvir o que os outros têm a dizer. Respeite sempre os outros, 
mesmo que não esteja de acordo com as suas opiniões. 
 
Aceite as ideias dos outros 
Às vezes é difícil aceitar ideias novas ou admitir que não temos razão; mas é 
importante saber reconhecer que a ideia de um colega pode ser melhor do que a nossa. 
Afinal de contas, mais importante do que o nosso orgulho, é o objetivo comum que o 
grupo pretende alcançar. 
 
Não critique os colegas 
Às vezes podem surgir conflitos entre os colegas de grupo; é muito importante não 
deixar que isso interfira no trabalho em equipe. Avalie as ideias do colega, 
independentemente daquilo que achar dele. Critique as ideias, nunca a pessoa. 
 
 
TRABALHO EM EQUIPE 
 
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Saiba dividir 
Ao trabalhar em equipe, é importante dividir tarefas. Não parta do princípio que é 
o único que pode e sabe realizar uma determinada tarefa. Compartilhar 
responsabilidades e informação é fundamental. 
 
Trabalhe 
Não é por trabalhar em equipe que deve esquecer suas obrigações. Dividir tarefas é 
uma coisa, deixar de trabalhar é outra completamente diferente. 
6. Seja participativo e solidário 
Procure dar o seu melhor e procureajudar os seus colegas, sempre que seja 
necessário. Da mesma forma, não deverá sentir-se constrangido quando necessitar pedir 
ajuda. 
Dialogue 
Ao sentir-se desconfortável com alguma situação ou função que lhe tenha sido 
atribuída, é importante que explique o problema, para que seja possível alcançar uma 
solução de compromisso que agrade a todos. 
 
Planeje 
Quando várias pessoas trabalham em conjunto, é natural que surja uma tendência 
para se dispersarem; o planejamento e a organização são ferramentas importantes para 
que o trabalho em equipe seja eficiente e eficaz. É importante fazer o balanço entre as 
metas a que o grupo se propôs e o que conseguiu alcançar no tempo previsto. 
 
Evite cair no “pensamento de grupo” 
Quando todas as barreiras já foram ultrapassadas, e um grupo é muito coeso e 
homogêneo, existe a possibilidade de se tornar resistente a mudanças e a opiniões 
discordantes. É importante que o grupo ouça opiniões externas e que aceite a ideia de 
que pode errar. 
 
Aproveite o trabalho em equipe 
Afinal o trabalho de equipe, acaba por ser uma oportunidade de conviver mais 
perto de seus colegas, e também de aprender com eles. 
 
 PRONTUÁRIO E CADASTRO DAS INSTALAÇÕES 2.4.
 
É um documento na forma de um manual que estabelece o sistema de segurança 
elétrica da empresa. O PIE sintetiza o conjunto de procedimentos, ações, 
documentações e programas que a empresa mantém ou planeja executar para proteger 
o trabalhador dos riscos elétricos. Todas as empresas com potência instalada superior a 
75 kW devem manter o PIE atualizado. 
O Prontuário, segundo a NR10, deverá conter, no mínimo: 
10.2.3: As empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados 
das instalações elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de 
aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção. 
10.2.4: 
 
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a) conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de 
segurança e saúde, implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de 
controle existentes; 
b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra 
descargas atmosféricas e aterramentos elétricos; 
c) especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental 
aplicáveis conforme determina esta NR; 
d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, 
autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; 
e) resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de 
proteção individual e coletiva; 
f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; 
g) relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações, cronogramas 
de adequações, contemplando as alíneas de “a” a “f”. 
 
 COMUNICAÇÃO 2.5.
 
Todo trabalhador em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles 
envolvidos em atividades no SEP devem dispor de equipamento que permita a 
comunicação permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de 
operação durante a realização do serviço. 
O equipamento que permita a comunicação é aquele que promove a transmissão 
de todos os sinais convencionais (fala, códigos, sinais luminosos ou sonoros, por meio 
de fios, guias ou radiação). No caso em comento, destina-se ao trânsito de 
informações entre equipes de trabalho e ou o centro de operações responsável pelo 
controle da instalação elétrica energizada em AT, ou do SEP, objeto do serviço. O 
equipamento de comunicação pode ser q u alquer tipo, porém deve permitir a 
comunicação permanente entre seus usuários em qualquer local ou distância e ser 
utilizado estritamente para os serviços em execução. Devem, também, receber 
manutenção rotineira a fim de assegurar-lhe boa qualidade e confiabilidade durante o 
uso. O desempenho do equipamento de comunicação está diretamente relacionado 
com a segurança, qualidade e rapidez nos serviços, principalmente aqueles 
relacionados com a localização e repara de defeitos e atendimentos a consumidores. 
Deve ter procedimento de uso e funcionamento, sendo os usuários treinados 
quanto aos procedimentos, à legislação e conduta ética operacional no sistema de 
comunicação. O registro das comunicações é uma medida recomendável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ASPECTOS COMPORTAMENTAIS 3.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TEORIA DE MASLOW – A HIERARQUIA DAS 3.1.
NECESSIDADES 
 
Maslow cita o comportamento motivacional, que é explicado pelas necessidades 
humanas. Entende-se que a motivação é o resultado dos estímulos que agem com força 
sobre os indivíduos, levando-os a ação. Para que haja ação ou reação é preciso que um 
estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio 
organismo. Esta teoria nos dá ideia de um ciclo, o Ciclo Motivacional. 
Quando o ciclo motivacional não se realiza, sobrevém a frustração do indivíduo 
que poderá assumir várias atitudes: 
• Comportamento ilógico ou sem normalidade; 
• Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida; 
• Nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios e digestivos; 
• Falta de interesse pelas tarefas ou objetivos; 
• Passividade, moral baixo, má vontade, pessimismo, resistência às modificações, 
insegurança, não colaboração, etc. 
Quando a necessidade não é satisfeita e não sobrevindo as situações 
anteriormente mencionadas, não significa que o indivíduo permanecerá eternamente 
frustrado. De alguma maneira a necessidade será transferida ou compensada. Daí 
percebe-se que a motivação é um estado cíclico e constante na vida pessoal. 
PIRÂMIDE DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES 
 
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A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias de 
motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou 
seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa que no momento em que 
o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu lugar, exigindo sempre que as 
pessoas busquem meios para satisfazê-la. Por exemplo, poucas pessoas ou nenhuma 
pessoa procurará reconhecimento pessoal e status se suas necessidades básicas 
estiverem insatisfeitas. 
O comportamento humano, neste contexto, foi objeto de análise pelo próprio 
Taylor, quando enunciava os princípios da Administração Científica. A diferença entre 
Taylor e Maslow é que o primeiro somente enxergou as necessidades básicas como 
elemento motivacional, enquanto o segundo percebeu que o indivíduo não sente única e 
exclusivamente necessidade financeira. 
Maslow apresentou uma teoria da motivação, segundo a qual as necessidades 
humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e de 
influência, numa pirâmide, em cuja base estão as necessidades mais baixas 
(necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades 
de auto realização). 
De acordo com Maslow, as necessidades fisiológicas constituem a sobrevivência do 
indivíduo e a preservação da espécie: alimentação, sono, repouso, abrigo, etc. Em um 
segundo nível, as necessidades de segurança constituem a busca de proteção contra a 
ameaça ou privação e o perigo. Num terceiro nível, as necessidades sociais 
incluem a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos 
companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor. 
A necessidade de estima envolvem a auto apreciação, a autoconfiança, a 
necessidade de aprovação social e de respeito, de status, prestígio e consideração, além 
de desejo de força e de adequação, de confiança perante o mundo, independência e

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