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Raquel Fontenele – 6º Período – Clínica Cirúrgica 
Infecções Bacterianas de Pele e Tecido Celular subcutâneo 
Linfangite 
Conceito: inflamação em vasos linfáticos por qualquer etiologia. Pega = o subcutâneo, porém pode causar hiperemia na pele, 
especialmente no imunodeprimido. 
Linfangite primária: congênita, precoce (puberdade) e tardio (>35 anos) 
Linfangite secundária: Agentes físicos (radioterapia); Agentes químicos (terras e solos contaminados); Agentes biológicos 
(vírus, bactéria, fungos e parasitas) 
→Bactérias: estreptococo, estafilococo, pseudomonas, almonella, micobactérias. 
→Fungos: paracoco, histoplasma, criptococo. 
A típica linfangite é a erisipela. 
Quadro Clínico: pele + pode acometer tecidos profundos. Pele: eritema, dermite, celulite e erisipela. A evolução é centrípeta: 
+ grave nas extremidades vai da periferia para o centro. Aparecimento de linfonodos regionais. 
ATENÇÃO para os pacientes: etilista crônico, obeso, diabético, imunossupressor, usuário de corticoide 
 
Erisipela 
TODA erisipela por definição é Streptococcia (pyogenes) – beta hemolítico grupo A. 
Importante: procurar a porta de entrada no paciente, principalmente entre os dedos, rachaduras...paciente vai chegar com 
micose interdigital, úlcera de perna (muito comum), “impinge”. 
85% é em membro inferiores. 
Incubação: 1 a 8 dias (média 3) 
Quadro Clínico: mal-estar, astenia, cefaleia, náuseas, febre alta (dura de 1 a 4 dias – vem 4 dias antes do aparecimento da 
erisipela). 
Físico: Manchas eritematosa (vermelhidão). Acometimento cutâneo por contiguidade e por via linfática – linfonodos regionais. 
Pode aparecer o efeito pele laranja (Peau d´orange), pele infiltrada com pontinhos é comum. É quente e dolorosa Aparecimento 
de bolhas e vesículas. 
Quando é imunodeficiente pode apresentar fascite necrosante. 
Raquel Fontenele – 6º Período – Clínica Cirúrgica 
Diagnóstico: clínico, hemograma (pode ter leucocitose), VHS e PCR (elevados), antiestreptolisina O. 
Diagnóstico Diferencial: TVP, IVC e linfedema, celulite. 
Tratamento: repouso (elevação do membro), AINH e analgesia (dipirona e paracetamol), corticoide (em pacientes + 
hígidos; não é aconselhável em pacientes com DM, HAS, Idoso). Antibiótico: penincilina procaína ou cristalina (ATENÇÃO 
benzatina não trata, apenas previne novo episódio), clidanmicina (alérgicos a beta lactâmico), quinolona (fácil e barata, mas 
tem risco arterial), cefalosporina (paciente deve ser internado para fazer, é EV ou intra). 
 
QUANDO FAÇO A PREVENÇÃO? Se paciente com 2 episódios em 6 meses apenas. 
Prevenção de recorrências: Penincilina Benzatina 1.200.000 UI a cada 21 intramuscular. Profilaxias antibioticoterápica: 
cefalexina 500mg ou ciprofloxacino 500mg. Tratar micose e compressão elásticas (meias) – linfedema. 
 
Celulite 
Conceito: infecção com envolvimento derme profunda e tecido subcutâneo e nem sempre é clara a distinção 
entre tecidos infectados e não infectado. 
Agentes: Estafilo e estrepto são mais comuns, porém pode ser BGN, Haemophilus ou até Cryptococcus. 
Quadro clínico: eritema, edema, calor e dor, porém ocorre mais toxemia. 
Diagnóstico: clínico; laboratorial / cultura (principalmente se o paciente estiver internado) 
→Paciente com fascite ou abscesso tem que ir para cirurgia para drenar. 
Tratamento 
Leve Moderada Grave 
Sem abscesso ou SIRS: 
cefalexina, 
amoxicilina/clavulonato 
1 critério de SIRS: obrigatório colher cultura. 
Cefalexina, oxacilina, vancomicina (MESA) 
- Vale a pena internar, principalmente 
imunodeprimido 
2 ou mais critérios SIRS: obrigatório 
colher cultura. Ceftriaxona, 
clindamicina, tigeciclina, vancomicina 
 
Relembrar os valores de SIRS: Hipotermia (<36 °C), Febre (>38°C), taquicardia (> 90bpm), taquipneia (> 20 
irpm), leucocitose (>12.000 ou <4.000 células/mm3). 
 
Raquel Fontenele – 6º Período – Clínica Cirúrgica 
Impetigo 
Conceito: infecção de pele causada por estafilococo coagulase + 
Quadro clínico: bolhas ou vesículo-crostas 
Diagnóstico é clinico e pode pedir cultura (não é obrigatório – mas se recorrente vale a pena) 
Tratamento: antibiótico gram positivo: cefalexina ou ciprofloxacino 
Foliculite 
Conceito: piodermite com PUS que se iniciam no folículo piloso 
Agente: Estafilococo 
Quadro clínico: muito associado ao uso de lâmina contaminada ou uso inadequado. 
Diagnóstico é clinico e só colhe cultura se repetição demais. 
Tratamento: antibiótico e/ou antisséptico tópicos, alguns casos antibióticos sistêmicos orientados por cultura. 
Usa-se muito tratamento tópico 
Hordéolo ou Terçol 
Conceito e agente: infecção estafilocócica profunda dos cílios e glândulas (acinotarsal) 
Quadro Clínico: edema intenso devido à frouxidão dos tecidos 
Tratamento: terapia local e antibiograma 
Conduta: habitualmente se esse paciente for no consultório encaminhar para o oftalmo 
 
Furúnculo: Início com foliculite, infecção associada a glândula sebáce anexa. De 2 a 4 dias torna-se flutuante 
(drena na flutuação). Aparecimento comum em axila ou áreas pilosas com atrito e sudorese 
 
Antraz: é a confluência de múltiplos furúnculos (galera junta). 
 
Carbúnculo: professor nunca nem viu. Acomete + indivíduos com higenização desfavorável e acabam tendo 
contato com animais mortos e ao se ferir infectam. É uma zoonose causada pelo Bacillus antharacis. 
Confunde com Antraz, porém o paciente tem poucos sinais clínicos, nem reclama de dor. Pode matar.

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