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ÁGUAS SUBTERRÂNEAS Profª. MSc. Ana Carolina Assmar BELÉM-PA 2022 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA FACULDADE DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL DISCIPLINA: HIDROLOGIA E CLIMATOLOGIA Aspectos introdutórios 2 • A água é fundamental para a vida, porém trata-se de um recurso limitado e que tem valor econômico; • Sua escassez pode ocorrer tanto por condições climáticas/hidrológicas e hidrogeológicas, como por demanda excessiva; • Sua importância envolve a sobrevivência humana, mas também o desenvolvimento de atividades produtivas, sendo necessária a garantia de seus usos múltiplos, incluindo a manutenção das condições ecológicas e ambientais. Distribuição da água 3 • Em torno de 96% de toda a água doce disponível para consumo no mundo é subterrânea, garantindo a sobrevivência de parte significativa da população mundial; • Países como Arábia Saudita, Dinamarca e Malta utilizam exclusivamente essas águas para todo o abastecimento humano; • Outros países como Alemanha, França, Itália e Bélgica, por exemplo, suprem em torno de 70% da demanda de água com manancial subterrâneo. Distribuição da água 4 Conceito 5 Hidrologia de Água Subterrânea, ou Hidrogeologia, é uma subdivisão da hidrologia que trata da ocorrência, do movimento e da qualidade da água sob a superfície da terra (HEART, 1982). Abrange não só aspectos de produção de água mas também problemas de poluição e descontaminação de aquíferos. Origem e ocorrência 6 CICLO HIDROLÓGICO A ocorrência de água subterrânea está bastante relacionada à porosidade dos materiais do subsolo. Isso ocorre no ciclo hidrológico, pois a água subterrânea tem origem da infiltração e percolação da água no solo. As características dos meios porosos influenciam e podem modificar as águas e ás águas por sua vez modificar o meio. Origem e ocorrência 7 • Corresponde à parcela mais lenta do ciclo hidrológico e constitui a principal parcela de água doce, ocorrendo em volumes muito superiores ao disponíveis na superfície; • Quando a água se infiltra no solo, avança verticalmente pela força da gravidade, através dos poros (espaços vazios) existentes entre os grãos até chegar ao reservatório subterrâneo; • Ocorre preenchendo espaços formados entre os grânulos minerais e nas fissuras das rochas conectados entre si (reservatório subterrâneo), armazenando-se no que se denominam aquíferos; • Representa a parcela da chuva que se infiltra no subsolo e migra continuamente em direção às nascentes, leitos de rios, lagos e oceanos. Os rios representam o sistema de drenagem da água doce para o mar, enquanto que os aquíferos representam os sistemas de armazenamento de água doce no continente. A infiltração é o processo mais importante de recarga de água no subsolo. O volume e a velocidade de infiltração dependem de vários fatores Origem e ocorrência 8 • A água no subsolo fica contida em formações geológicas consolidadas ou não, em que os poros estão saturados de água, denominados aquíferos. • A capacidade de conter água é definida pela sua porosidade, definida como a relação entre o volume de vazios e o volume total. Origem e ocorrência 9 Principais parâmetros hidrogeológicos 10 Porosidade • Capacidade que o solo ou rocha tem de armazenar água; • Medida pela razão entre o volume de vazios e o volume de solo/corpo rochoso: Permeabilidade e Condutividade Hidráulica • Capacidade que tem a rocha ou solo para armazenar e transmitir a água; • Descreve a capacidade do meio poroso de transmitir água subterrânea → depende das características do meio poroso e da intercomunicação entre eles e das propriedades do fluido. A quantidade de água armazenada na rocha depende da sua porosidade, e um dos parâmetros que influencia o fluxo da água subterrânea é a permeabilidade. Origem e ocorrência 11 • Os diferentes materiais que podem compor os solos possuem permeabilidades diferentes. Essas diferenças de permeabilidade também são importantes para determinar o fluxo. • Granito é uma rocha que vai impermeabilizar e confinar aquíferos, por exemplo. Conforme se vai diminuindo o tamanho dos grãos, a permeabilidade também vai diminuindo. COMPACTAÇÃO DOS GRÃOS Origem e ocorrência 12 • Os aquíferos, ao reterem as águas das chuvas, desempenham papel fundamental no controle das cheias; • Nos aquíferos, as águas encontram proteção natural contra agentes poluidores ou perdas por evaporação; • A contaminação, quando ocorre, é muito mais lenta e os custos para recuperação podem ser proibitivos. • Os usos múltiplos das águas subterrâneas são crescentes: abastecimento, irrigação, engarrafamento de água mineral e potável de mesa, entre outros. • Tem grande alcance social, pois os poços, quando bem construídos e protegidos, garantem acesso à agua por parte da população e, por consequência, saúde e bem- estar. Origem e ocorrência 13 • O material pelo qual a água percola ou onde ela fica estocada altera as características da água que infiltra. Além disso, pela falta de contato com o ar, a água subterrânea costuma ter algumas características específicas. Essas características vão impactar diretamente no tratamento da água. As características dos meios porosos influenciam e podem modificar as águas e ás águas por sua vez modificar o meio. Origem e ocorrência 14 • O fenômeno da percolação é regido pela Lei de Darcy. Principais parâmetros hidrogeológicos 15 Coeficiente de Armazenamento • Volume de água liberado ou armazenado por um aquífero (∆V), por unidade de área superficial do aquífero (A), por unidade de variação na carga hidráulica (∆h) → descreve a capacidade do sistema aquífero armazenar água. S = ∆V/A ∆h Transmissividade • Taxa volumétrica de fluxo através de uma seção de largura unitária e altura igual a espessura do aqüífero, quando o gradiente hidráulico é 1. T = Kb ; sendo T = transmissividade (m²/s); K = condutividade hidráulica (m/s); b = espessura do aquífero (m). Principais parâmetros hidrogeológicos 16 • Ciência que Dinâmica de uso 17 Devido a diversos fatores que restringem a utilização das águas superficiais, bem como o crescente aumentos dos custos da sua captação, adução e tratamento, a água subterrânea está sendo mais amplamente reconhecida como alternativa viável aos usuário e tem apresentado crescente uso nos últimos anos, obtidas através de poços bem locados e construídos. Além dos problemas de facilidade de contaminação inerentes às águas superficiais, o maior interesse pelo uso da água subterrânea vem sendo despertado pela maior oferta deste recurso em decorrência do desenvolvimento tecnológico, que promoveu melhoria na produtividade dos poços e aumento de sua vida útil. Ponto de interesse: quando a água que infiltra se acumula, pois pode ser aproveitada para abastecimento humano, inclusive em larga escala. Uso para abastecimento 18 A importância das águas subterrâneas como fonte de abastecimento doméstico, industrial ou agrícola, em comparação com as águas de superfície provenientes de rios, lagos, lagoas e represas, tende a crescer e se explica por diversos fatores relevantes : • Localização: fontes ou nascentes e poços são pontuais, enquanto que as águas superficiais escoam segundo caminhos curvilíneos e a sua utilização, geralmente requer a construção de barragens; • Fluxo e disponibilidade: flutuações climáticas no fluxo de águas superficiais, inclusive com intermitência, podem ocorrer em períodos de estiagem e de mais alta demanda. Já nas águas subterrâneas, as flutuações de nível d´água produzidas por influências climáticas são geralmente muito pequenas em relação às espessuras dos aquíferos; • Variabilidade sazonal e anual: as flutuações sazonais e anuais são muito mais pronunciadas no fluxo superficial do que no fluxo subterrâneo; Uso para abastecimento 19 • Energia: a elevação da água subterrânea até a superfície do terreno implica em consumo de energia. Apesar dos custos de construção de poços são pequenos,os custos operacionais são relativamente altos. • Qualidade de água: em geral, a água subterrânea não apresenta maiores problemas de contaminação física ou biológica. • Impactos em problemas de drenagem: o rebaixamento do nível freático por bombeamentos pode solucionar problemas de drenagem em áreas alagadas por afloramento do nível de água. Isto inclusive pode reduzir a evapotranspiração e, portanto, produzir um aumento na qualidade de água disponível para utilização. Uso para abastecimento 20 • Subsidências de terras: quando a água é bombeada de um aquífero confinado, a tensão intergranular na matriz sólida aumenta, mesmo que não haja aumento de carga na superfície do solo, o que pode levar a subsidência de terras. • Dados e informações: as principais fontes de informação sobre o movimento, a acumulação e a qualidade da água em um aqüífero, são as medições de níveis de água e de concentrações de solutos em poços de observação. • Desenvolvimento gradual: como a água subterrânea é utilizada através de poços e cada poço representa um incremento anual nas retiradas de água, geralmente na mesma área de consumo, o atendimento das demandas pode ser planejado. Uso para abastecimento 21 VANTAGENS • Geralmente dispensa tratamento (salvo em casos de contaminação natural e/ou superficial; • Geralmente dispensa adutoras; • O custo de construção de poços é geralmente menor que o custo das obras de captação de água superficial; • Menor risco sanitário; • Reserva confiável se não for super explorada. DESVANTAGEM • Quando a contaminação acontece, a remoção é muito difícil, algumas vezes sendo irreversível. Qualidade da água subterrânea 22 • Em geral, a água subterrânea não apresenta maiores problemas de contaminação física ou biológica; • À medida que a água infiltra entre as camadas de rocha, arrasta elementos químicos e altera sua composição. • Tende a aumentar as concentrações de substância dissolvidas. • Vários fatores interferem, como clima, composição da água de recarga, tempo de contato água/meio físico e contaminação antrópica. • A água subterrânea, embora menos vulnerável, também pode ser afetada por contaminantes provenientes de perdas em redes de esgotos, derramamentos de petróleo, intrusões de água de qualidade inferior, etc; Qualidade 23 Cada aquífero possui um conjunto de propriedade físicas e químicas que lhe conferem uma característica hidrogeoquímica. Tal característica pode variar regionalmente em um mesmo aquífero e também ao longo do tempo. LEMBRAR! O bombeamento além das capacidade naturais do aquífero pode favorecer a entrada de águas de qualidade indesejável no poço, como por exemplo de rios poluídos e plumas de contaminação de áreas vizinhas. Conceitos importantes 24 AQUÍFEROS • É uma formação geológica (ou grupo de formações) que contém água e permite que a mesma se movimente em condições naturais e em quantidades significativas (formações permeáveis como areias e arenitos) AQUITARDE • É uma formação geológica de natureza semipermeável. Transmite água a uma taxa muito baixa, comparada com a do aquífero. AQUICLUDE • É uma formação impermeável que pode conter água, mas que é incapaz de transmitir quantidades significativas da mesma (ex. camadas de argila) . AQUÍFUGO • É uma formação sem interstícios interconectados, incapaz de absorver ou transmitir água. Os aquíferos tem propriedades ligadas ao armazenamento de água no solo tais como a porosidade, condutividade hidráulica, umidade, etc. Tipos de aquíferos 25 Tipos de aquíferos 26 • Os aquíferos podem se diferenciar a partir do tipo de armazenamento da água do subsolo. Quanto a porosidade, os aquíferos podem ser: POROSO FISSURAL Poroso: aquele em que a água está acumulada nos poros de rochas sedimentares, sedimentos inconsolidados ou em solos arenosos. Em geral, possuem permeabilidade homogênea em todas as direções. Fissural: a água está presente nas fissuras de rochas (granitos, basaltos, etc) provenientes dos movimentos tectônicos. Por conta disso, possuem baixa disponibilidade de vazão de retirada. CÁRSTICO Cárstico: formado por rochas calcáreas ou carbonáticas (calcário, mármores, etc). Nessas rochas, a circulação da água ocasiona a erosão, formando grandes fraturas e descontinuidades (diaclases) pela dissolução do carbonato na água. Por isso, são bastante heterogêneos e suas águas são duras. Tipos de aquíferos 27 Granular ou poroso: água armazenada flui nos espaços entre os grãos em sedimentos e rochas sedimentares de estrutura granular. Fissural: a água está presente nas fraturas e fendas das rochas cristalinas: Ex: granitos. Cavernoso ou cárstico: a água está presente em cavidades produzidas pela dissolução causada pela água. Ex: mármores e calcários. Tipos de aquíferos 28 • Os aquíferos podem ainda ser classificados de acordo com a pressão das águas nas suas superfícies limítrofes; • Aquífero confinado: também chamado sob pressão, é aquele no qual a pressão da água no topo é maior do que a pressão atmosférica. Pode ser de dois tipos: • Confinado drenante: é aquele no qual pelo menos uma das camadas limítrofes é semi-permeável, permitindo a entrada ou saída de fluxos pelo topo e/ou pela base, por drenança ascendente ou descendente. • Confinado não-drenante: é aquele cujas camadas limítrofes, superior e inferior, são impermeáveis. • Aquífero livre: (também chamado de freático ou não confinado, é aquele cujo limite superior é a superfície freática, na qual todos os pontos se encontra a pressão atmosférica.. Tipos de aquíferos 29 • As áreas de recarga dos aquíferos confinados são aquiferos livres através dos quais os excessos de água da chuva conseguem penetrar por infiltração. • A magnitude e a direção das filtrações verticais ou drenanças são determinadas pelas elevações das superfícies potenciométricas de cada um desses aquíferos. • Aquífero suspenso – caso especial do aquifero livre formado sobre uma camada impermeável ou semipermeável de extensão limitada e situada entre a superfície freática regional e o nível do terreno. Tipos de aquíferos 30 Freáticos ou livres: possuem uma superfície freática (lençol freático), que é a superfície superior da camada saturada, sujeita à pressão atmosférica . Artesianos ou confinados: são camadas geológicas saturadas sujeitas a pressão maior que a atmosférica, devido à existência de uma camada confinante pouco permeável (aquitarde). Principais aquíferos do mundo 31 • Guarani • Alter do Chão • Arenito Núbia – Líbia, Egito (2 milhões de km²) • Kalaharij Karoo – Naníbia, Bostwana, Áfria do Sul (135 mil km²) • Digital Water Way – Alemanha, Holanda (7,5 mil km²) • Praded – República Checa e Polônia (3,3 mil km²) • Grande Bacia Artesiana – Austrália (1,7milhões de km²) • Bacia Murray – Austrália (297 mil km²) Aquíferos 32 Distribuição vertical 33 • O movimento descendente da água que infiltra continua devido à ação da gravidade, preenchendo os vazios do subsolo (poros e fraturas), acumulando-se ao encontrar barreiras menos permeáveis, que se denomina zona saturada; • A água acumulada na zona saturada não fica estagnada. O movimento pode continuar descente contribuindo para a recarga de aquíferos subjacentes; • Nas áreas em que o aquífero está confinado por outra camada geológica, a recarga é dita indireta, já que a água deve vencer a barreira imposta pela camada confinante até atingir o aquífero; • Como na maioria das vezes o aquífero confinado encontra-se sob pressão, a água tem tendência de fluxo ascendente, dificultando mais ainda o movimento descendente; • Isso demonstra que as águas armazenadas em aquíferos confinados quando utilizadas terão sua reposição lenta ou quase nula. Distribuição vertical 34 • A água contida no solo e nas formações geológicas é dividida ao logo da vertical basicamente em duas zonas, de acordo com a proporção relativa do espaço poroso que é ocupado pela água. Superfície freática• Definida como o lugar geométrico dos pontos em que a água se encontra submetida à pressão atmosférica. Zona saturada ou zona de saturação • Fica abaixo da superfície freática e nela todos os vazios existentes no terreno estão preenchidos com água. Zona não saturada, zona de aeração ou zona vadosa (≅rasa) • situa-se entre a superfície freática e a superfície do terreno e nela os poros estão parcialmente preenchidos por gases (principalmente vapor de água) e por água. Distribuição vertical 35 • De baixo para cima essa zona divide-se em três partes: • Zona capilar; • Zona intermediária; • Zona de água no solo ou zona de evapotranspiração. Distribuição vertical 36 ZONA CAPILAR • Se estende da superfície até o limite de ascensão capilar da água. A sua espessura depende, principalmente, da distribuição de tamanho dos poros e da homogeneidade do terreno. • Próximo da superfície freática os poros encontram-se, praticamente, saturados. Por outro lado, nas partes superiores, apenas os poros menores estão preenchidos com água, criando uma forma irregular de na distribuição de água. • Adota-se o conceito de franja capilar como um limite abaixo do qual o solo é considerado praticamente saturado (próximo de 75%). ZONA INTERMEDIÁRIA • Compreendida entre o limite de ascensão capilar da água e o limite de alcance das raízes das plantas. • A umidade existente nesta zona origina-se de água capilar isolada, fora do alcance das raízes e a água de retenção por forças não capilares. Distribuição vertical 37 ZONA DE ÁGUA DO SOLO OU ZONA DE EVAPOTRANSPIRAÇÃO • Situa-se entre os extremos radiculares da vegetação e a superfície do terreno. Sua espessura, portanto, pode variar de acordo com a cobertura vegetal. • Nesse domínio as plantas utilizam, para a suas funções de transpiração e nutrição, água capilar isolada ou suspensa. Nas regiões áridas e semi-áridas, os processos de evaporação e transpiração prevalecem, dificultando a infiltração da água até a zona saturada. O limite entre as zonas não saturada e saturada é comumente chamado de lençol freático. Quando perfuramos um poço raso, o nível da água observado representa a profundidade do lençol freático naquele ponto, o qual e chamado de nível freático, nível d’água. A profundidade do nível d’água pode variar ao longo do ano, pois sofre ação da variação do clima. Assim, em período chuvosos, há maior infiltração de água e o nível do lençol freático se eleva. No período de estiagem, com pouca infiltração e maior processo de evapotranspiração, o nível da água pode ficar mais profundo. Geologia da água subterrânea 38 • A natureza e a distribuição dos aquiferos e aquitards são controladas pela litologia, estratigrafia e estrutura das formações geológicas. • Litologia: trata da composição mineral, da distribuição de tramanho dos grãos e do grau de compactação dos sedimentos ou rochas constituintes do arcabouço geológico. • Estratigrafia: descreve as relações geométricas e cronológicas entre os vários elementos constituintes do sistema geológico. • Estrutura: diz respeito às características geométricas produzidas no sistema geológico por deformação após deposição ou cristalização, como é o caso das juntas, fraturas, falhas e dobras. → O conhecimento da geologia de uma região, isto é, da sua litoestratigrafia e estrutura, é o ponto de partida para a compreensão da distribuição espacial dos aquiferos e equitards. Fatores de risco 39 Fatores de risco 40 • Em função da crescente demanda, as águas subterrâneas estão sob forte pressão; • A superexplotação, ou seja, a extração de água em volume maior do que o reposto pela natureza, pode provocar a redução da quantidade de água que abastece os rios, a seca de nascentes, o esgotamento dos reservatórios, e vários outros impactos negativos; • Somam-se a esses os problemas relacionados com a contaminação das águas pelas atividades humanas, sendo as principais fontes de poluição: • Esgotos domésticos e industriais • Fossas sépticas • Vazamentos, por exemplo, de postos de gasolina • Lixões • Agrotóxicos • Poços mal instalados ou abandonados, etc. Ações necessárias 41 • Para que se possa atribuir às águas subterrâneas seu devido valor como recurso estratégico e importante fonte de abastecimento, são necessárias ações no sentido de: • Ampliar os conhecimentos técnicos, • Implantar uma rede de monitoramento efetiva • Implementar a gestão integrada das águas subterrâneas e superficiais • Capacitação de técnicos, gestores e da sociedade em geral. Informações pertinentes 42 • No Brasil, mesmo sem um controle rigoroso sobre o uso das águas subterrâneas, 61% da população é abastecida com água subterrânea, sendo que 43% através de poções tubulares, 12% por fontes ou nascentes e 6% por poços escavados (tipo amazonas); • No Nordeste, parcelas significativas do abastecimento público de várias cidades importantes (por exemplo, Maceió, Recife e Olinda, Natal e Mossoró) são fornecidas por poços. • Enquanto as águas superficiais se renovam em períodos muito curtos, as águas subterrâneas são águas armazenadas que se acumularam ao longo de milhares de anos, em condições naturais, numa situação de quase equilíbrio, o seu movimento é muito lento, implicando em tempo de trânsito muito longo. Informações pertinentes 43
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