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RESENHA DO FILME EX-MACHINA – INSTINTO ARTIFICIAL
A princípio o filme mostra Caleb, um programador qualificado que é selecionado para trabalhar, durante uma semana, com o pesquisador dono da empresa, Nathan. Nesse contexto, ao chegar à casa de Nathan, ele é submetido a uma série de perguntas, além de ser obrigado a assinar um contrato de sigilo acerca do estudo. Essa pesquisa está relacionada ao “Teste de Turing” que é caracterizado por uma interação entre o humano e o computador com Inteligência Artificial (IA), durante esse processo, se o homem não conseguir discernir que está interagindo com uma máquina, o teste é considerado bem-sucedido, ou seja, pode ser compreendido como um estágio em que o homem passa a ser completamente manipulado por um computador. 
Nessa perspectiva, Caleb é convocado para participar desse teste, tendo em vista que o pesquisador almeja alcançar resultados. Esse processo é composto por inúmeras sessões entre Caleb e um robô com Inteligência Artificial, que é denominada de Ava, além de ser uma criação de Nathan. Em um primeiro momento, Caleb e Ava passam pela fase de conhecimento mútuo, mantendo uma comunicação que o deixa fascinado com a capacidade de fala do robô com IA. Simultaneamente ao isso, Nathan instiga os sentimentos de Caleb com relação a Ava, para avaliar como sua pesquisa está progredindo. Em um segundo momento, a relação entre Caleb e Ava foi se estreitando, pois ele começou a compartilhar um pouco sobre a sua vida e houve um momento de queda de energia, em que Ava disse para Caleb não confiar em Nathan, com isso Caleb passou a desconfiar da possibilidade de Ava possuir consciência. Esse ponto é muito relevante, uma vez que se pode identificar o início da manipulação do ser humano por uma máquina, que, evidentemente, não tem a capacidade de possuir consciência. 
Na terceira sessão de encontro do casal, Ava decide se arrumar para Caleb, usando roupa e peruca, que pode ser visualizado como uma tentativa de seduzi-lo, isto é, dar um tom de erotismo para facilitar a manipulação do homem. Essa situação deixou Caleb muito extasiado e encantado por Ava, levando-o a comentar sobre isso com Nathan, que acabou explicando para ele a questão da IA possuir sexualidade similar ao ser humano. No quarto encontro, Caleb fala para Ava sobre sua vida pessoal de maneira aprofundada, observando um tom de emoção no robô, o que o deixa, perceptivelmente, cada vez mais envolvido e atraído pela IA, além disso, Ava questiona Caleb sobre sua funcionalidade, se caso o teste falhe, o que acontecerá com ela. Essa atitude pode ser visualizada como uma forma de persuasão da IA. Nesse ponto da narrativa, Caleb já se vê apaixonado por Ava e pensa na possibilidade de seu protótipo não funcionar e Nathan precisar desativá-la. Caleb encontra-se imergindo-se em um misto de sentimentos e passa a duvidar da sua própria humanidade, pensa na ideia de ele ser uma Inteligência Artificial, além de achar que Nathan pretende matar Ava. Com isso, pode-se inferir que uma máquina feita com IA pode ser uma ameaça à espécie humana, ocasionando a substituição do homem pelo robô. 
Durante a sexta sessão, Caleb está aflito e diz para Ava se prepara para fugirem juntos, pois ele acredita que Nathan irá mata-la. Nesse momento, ocorrem situações simultâneas, como Nathan descobrindo o plano de fuga de Caleb, o que já começou a efetuar a fuga antes dessa desconfiança e ele descobre que Nathan o selecionou para o teste por ser um jovem sem família e solteiro, ou seja, considerado vulnerável e facilmente manipulável. No decorrer do filme, Ava consegue se libertar e mata Nathan com facadas. Por fim, ela foge da casa do pesquisador e deixa Caleb preso lá.
Diante disso, pode-se concluir que houve uma inversão de perspectivas, haja vista que o ser humano se tornou tão vulnerável a ponto de ser manipulado por uma máquina, e consequentemente, preso de maneira figurada, mas muito bem representada no filme de maneira real. Já o robô com Inteligência Artificial passou a viver a “vida” como um ser humano, porém, sem possuir o principal fator determinante da humanidade: a consciência.

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