Prévia do material em texto
APRESENTAÇÃO Fala futuros Policiais Penais do Estado do Ceará e futuros Servidores Públicos cearenses, é com muito orgulho que lanço o presente material, apostila destinada ao concurso da Polícia Militar do Estado do Ceará, mas que pela sua completude, objetividade e simplicidade serve também a outros concursos nos quais as matérias aqui contempladas porventura sejam cobradas. Importante citar que, o material é um parâmetro, um suporte para o concurseiro, que deve aliá-lo à leitura, apontamentos, questões e revisões, pois só assim é que o conteúdo será absorvido. Desde já, desejo uma excelente preparação a você, FUTURO POLICIAL , e que consigamos estar no dia da posse lá no CENTRO DE EVENTOS. RUMO à NPE (N omeação; P osse; E xercício) ESFORÇE-SE, CHORE, SOFRA, AGORA, HOJE, PARA NO FUTURO PRÓXIMO, BEM PRÓXIMO, SORRIR, CURTIR E SER FELIZ, SENDO POLICIAL PENAL DO ESTADO DO CEARÁ francisco ronaldo pinho coelho junior junior PROFESSOR RONALDO JÚNIOR PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 1 REDES SOCIAIS: INSTAGRAM: @ronaldo.prof YOUTUBE: Prof. Ronaldo. Júnior E-MAIL: franciscoronaldo59@yahoo.com.br PROFESSOR RONALDO JÚNIOR SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL GRADUADO EM DIREITO ESPECIALISTA EM DIREITO PÚBLICO PROFESSOR DE DIREITO CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO, DIREITOS HUMANOS PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 2 DIREITO CONSTITUCIONAL CONTEÚDO: DIREITOS FUNDAMENTAIS Art. 5º ao 11 e 14 ao 17 ORGANIZAÇÃO POLÍTICO- ADMINISTRATIVA – Art. 18 ao 33 PODER LEGISLATIVO – Art. 44 ao 56 PODER EXECUTIVO – Art. 76 ao 86 PODER JUDICIÁRIO – Art. 93 ao 100 FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA – Art. 127 ao 130-A; art. 133 ao 135 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 3 DIREITOS HUMANOS CONTEÚDO: CONCEITO DE DIREITOS HUMANOS CONCEPÇÕES/FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DIREITOS HUMANOS E RESPONSABILIDADE DO ESTADO DIREITOS HUMANOS NA CF/88 DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS CARTA DA ONU CONVENÇÃO SOBRE GENOCÍDIO PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 4 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO CONTEÚDO: SUMÁRIO REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO/PRINCÍPIOS ATOS ADMINISTRATIVOS/PODERES ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 5 DIREITO CONSTITUCIONAL...................................................07 DIREITOS HUMANOS...........................................................155 DIREITO ADMINISTRATIVO................................................213 DIREITO CONSTITUCIONAL PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 6 A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL A SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL Trata-se, no ordenamento jurídico brasileiro, do documento normativo dotado de maior hierarquia, de acordo com o ensinamento de Hans Kelsen, em sua famosa pirâmide normativa. Dessa forma, do quadro acima inserido, extrai-se a interpretação de que todas as outras normas do ordenamento jurídico, desde as leis ordinárias e as complementares até as portarias administrativas, devem respeitar os comandos constitucionais. Nesse sentido, a título de exemplo, um ato de remoção de um servidor público estadual realizado como forma de punição e perseguição política pode e deve ser considerado inconstitucional, haja vista ir de encontro aos princípios explícitos no CONSTITUIÇÃO EMENDAS CONSTITUCIONAIS TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS APROVADOS COM QUÓRUM DE EMENSA TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS APROVADOS POR PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO (SEM QUÓRUM DE EMENDA) STATUS SUPRALEGAL LEGISLAÇÃO INFRACONSTIUCIONAL NORMAS INFRALEGAIS - atos normativos, decretos de Poder Executivo CONVENÇÃO DE NOVA YORK E TRATADO DE MARRAQUECHE STATUS SUPRALEGAL – Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) Leis Ordinárias, Complementares, Resoluções do Congresso, Decretos Legislativos, Medidas Provisórias – Ex: Lei 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento) PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 7 art. 37, caput, da Constituição Federal, quais seja, da legalidade, impessoalidade e moralidade. Vale salientar, como se percebe da figura acima, que entre a legislação infraconstitucional e as normas com caráter constitucional, encontram-se as normas com caráter NORMA SUPRALEGAL, conforme entendimento jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal – STF, que entendeu pela ilicitude da prisão civil do depositário infiel, tema que será explicado mais a frente. A esse entendimento a doutrina constitucional dá o nome de princípio da supremacia constitucional, pelo qual as normas constitucionais são supremas na ordem jurídica, devendo ser respeitadas e interpretadas de maneira a garantir sua superioridade. Estrutura da Constituição Como já foi visto acima, a Constituição Federal é documento jurídico de maior hierarquia no ordenamento jurídico, pelo qual todas as outras normas devem se guiar. Assim, é preciso entender de que forma está estruturada essa norma tão importante no nosso ordenamento, motivo pelo qual se faz necessário estudar a estrutura da Constituição. A Constituição da República Federativa do Brasil é estruturada da seguinte forma: PREÂMBULO: SEM RELEVÂNCIA JURÍDICA NOVE TÍTULOS: CORPO DA CONSTITUIÇÃO ATOS DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS: REGRAS DA CONSTITUIÇÃO DESTINADAS A REALIZAR A TRANSIÇÃO ENTRE A ANTERIOR E A NOVA CONSTITUIÇÃO EMENDAS À CONSTITUIÇÃO: 109 Emendas Constitucionais ATENÇÃO: Diferentemente do que ocorre com o preâmbulo, que não tem força normativa e suas disposições não são parâmetro de constitucionalidade, as normas do ADCT são igualmente constitucionais, isto é, tem a mesma força normativa das normas constantes do corpo da Constituição Federal. ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO Segundo José Afonso da Silva, existem 5 elementos da Constituição: orgânicos, limitativos, socioideológicos, de estabilização constitucional e formais de aplicabilidade. ✓ Os ORGÂNICOS são aqueles relativos à estrutura do Estado e do Poder. PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 8 ✓ Os LIMITATIVOS são os que elencam os direitos e garantias individuais. (ART. 5º) ✓ Os SOCIOIDEOLÓGICOS são aqueles relacionados ao caráter de compromisso das Constituições modernas, como por exemplo o capítulo da CF/88 sobre ordem social e sobre direitos sociais. ✓ Os de ESTABILIZAÇÃO CONSTITUCIONAL são aqueles destinados a solucionar os conflitos de índole constitucional, como os artigos sobre intervenção federal, estado de sítio e estado de defesa. ✓ Por último, os elementos FORMAIS DE APLICABILIDADE são aqueles destinados a regulamentar a aplicação das normas constitucionais, como o preâmbulo e as normas do ADCT. Concepções ou Sentidos de Constituição Sentido sociológico - Ferdinand Lassale: Segundo Lassale, a Constituição seria a soma dos fatores reais de poder dentro de uma sociedade, como ela é na prática. Uma Constituição só seria legítima se representasse o efetivo poder social, reletindo as forças sociais que constituem o poder, caso não ocorresse, ela seria ilegítima, seria uma mera folha de papel. Ex: Países ditatoriais que possuem Constituições figurativas. Sentido político - Carl Schmitt: A Constituição é uma decisão política fundamental do titular do poder constituinte. Traz as normas de organização do estado (artigo 18 CF), limitação do estado, direitos individuais, normas de conteúdo materialmente constitucionais. Obra de referência: Teoria da Constituição.Faz uma distinção entre normas materialmente constitucionais e normas formalmente constitucionais. Ex: o artigo 242 § 2º CF, é exemplo de norma formalmente constitucional, porque não é decisão política fundamental. Sentido jurídico - Hans Kelsen: A constituição é fruto da vontade racional do homem, e não das leis naturais. É considerada norma jurídica pura, abstraindo-se de qualquer consideração de cunho político, social, filosófico. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10639350/artigo-18-da-constituição-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10642331/artigo-242-da-constituição-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10642268/parágrafo-2-artigo-242-da-constituição-federal-de-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 9 Para o sentido lógico-jurídico Constituição significa norma fundamental hipotética, cuja função é servir de fundamento lógico transcedental da validade da Constituição jurídico-positiva, que equivale à norma positiva suprema, conjunto de normas que regula a criação de outras normas, lei nacional no seu mais alto grau. • Sentido lógico-jurídico: norma pressuposta - hipotética fundamental • Sentido jurídico-positivo: norma posta - Constituição escrita que ocupa o todo do ordenamento jurídico. No direito há um verdadeiro escalonamento de normas, uma constituindo o fundamento de validade da outra, numa verticalidade hierárquica, até chegar na Constituição, que é o fundamento de validade de todo o sistema infraconstitucional. Obra de referência: Teoria Pura do direito. CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES: 01. QTO À ORIGEM: a)promulgada - Brasileiras de 1891, 1934, 1946, 1988 b)outorgada - Brasileiras de 1824, 1937, 1967 c)cesarista - submetida a plebiscito ou referendo d)pactuada - duas forças fazem um pacto 02. QTO À FORMA: a)escrita - Brasileira de 1988 b)não escrita (consuetudinária) - Inglesa 03. QTO AO MODO DE ELABORAÇÃO: a)dogmática - feita de uma só vez, de um só jato - Brasileira b)histórica - processo lento de instituição 04. QTO AO CONTEÚDO: https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 10 a)formal - o que importa é a forma de sua elaboração, pouco importando o conteúdo - Brasileira b)material - não importa a forma de elaboração, o que importa para ser constitucional é se ela trata de organização dos poderes, direitos individuais etc (NOÇÃO DE BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE, POIS HÁ NORMAS CONSTITUCIONAIS FORA DA CONSTITUIÇÃO) 05. QTO À ALTERABILIDADE: a)rígida - processo dificultoso de alteração das normas constitucionais b)semirígida ou semiflexível - uma parte da constituição o processo de alteração é dificultoso, outra parte é semelhante às normas ordinárias c)flexível - todas as normas são alteradas da mesmas forma que a legislação ordinária d)fixas - as normas constitucionais somente são alteradas pelo mesmo poder que insttuiu a Constituição e)imutáveis - São constituições que não podem ser modificadas f)superrígidas - De acordo com Alexandre de Moraes, a Constituição Brasileira de 1988 é assim classificada, pois contém uma parte cuja alteração é complexa, e outra que sequer pode ser modificada, como as cláusulas pétreas. 06. QTO À DOGMÁTICA: a)ortodóxica - a Constituição adota uma ideologia ou religião b)eclética - a Constituição não adota ideologia ou relegião e permite a coexistência de várias. 07. QTO À SISTEMÁTICA: a)preceitual - constituição formada em sua maioria por regras b)principiológica - constituição formada em sua maioria por princípios 08. QTO À ONTOLOGIA - KARL LOWESTEIN PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 11 a)normativa - a Constituição representa a força popular, sintetiza os fatos reais de poder b)nominalista - A Constituição prevê a dominação da política, mas isso não é colocado em prática c)semântica - a Constituição é instituída a serviço dos Governantes, das elites políticas CLASSIFICAÇÃO MAIS COBRADA EM CONCURSOS: →MNEMÔNICO: P romulgada E scrita D ogmática R ígida A nalítica (P.E.D.R.A) APLICABILIDADE DAS NORMAS DE DIREITOS FUNDAMENTAIS Regra geral, as normas constitucionais e, notadamente, os direitos fundamentais são de aplicação imediata, pois não carecem de qualquer medida do Poder Público ou até mesmo dos particulares em geral para que sejam efetivamente aplicados e usufruídos por todas as pessoas humanas, a saber pelo direito à vida, que como vimos, desde a concepção, ou seja, quando há a fertilização do óvulo pelo espermatozoide. O fundamento da aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais reside, no plano interno, no disposto no §2º do art. 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, pelo qual “as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais tem aplicação imediata”. PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 12 A despeito disso, a doutrina constitucionalista em geral ressalva que, não obstante a Constituição prevê que os direitos e garantias fundamentais tem APLICAÇÃO imediata, alguns dos direitos, embora sofrendo incidência dessa norma, não tem APLICABILIDADE, e carecem de lei regulamentadora, complementar ou ordinária, para terem aplicabilidade plena. são as denominadas normas programáticas, que dependem de um programa governamental, ou normas de eficácia limitada, que necessitam da regulamentação legal, complementar ou ordinária. APLICAÇÃO IMEDIATA APLICABILIDADE Todas as normas constitucionais tem alguma incidência de forma imediata, e algumas mesmo necessitando de lei pra regulamentar ou sofrendo restrição, MAS OBRIGAM O LEGISLADOR INFRACONSTITUCIONAL A NÃO CONTRARIAR SEUS DISPOSITIVOS. Assim, ter APLICAÇÃO IMEDIATA e ter o efeito de tornas inconstitucional legislação infraconstitucional que com a norma constitucional seja conflitante. Nessa classificação, que é a exposta por José Afonso da Silva, algumas normas terão aplicabilidade plena, outras limitada e algumas contida. Nesse sentido, utilizando-se do magistério de Alexandre de Moraes, em que cita José Afonso da Silva, diferenciamos as normas de eficácia plena, limitada, concentrada e de conteúdo programático: EFICÁCIA PLENA São normas constitucionais de eficácia plena “aquelas que, desde a entrada em vigor da Constituição, produzem, ou têm possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais, relativamente aos interesses, comportamentos e situações, que o legislador constituinte, direta e normativamente, quis regular” (por exemplo: os “remédios constitucionais) EFICÁCIA CONTIDA Normas constitucionais de eficácia contida são aquelas em “que o legislador constituinte regulou suficientemente os interesses relativos a determinada matéria,mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do poder público, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos de conceitos gerais nelas enunciados” (por exemplo: art. 5o, XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer) Por fim, normas constitucionais de eficácia limitada são aquelas que apresentam “aplicabilidade indireta, mediata PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 13 EFICÁCIA LIMITADA e reduzida, porque somente incidem totalmente sobre esses interesses, após uma normatividade ulterior que lhes desenvolva a aplicabilidade” (por exemplo: CF, art. 37, VII: o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. Essa previsão condiciona o exercício do direito de greve, no serviço público, à regulamentação legal. Ainda, podemos citar como exemplo o art. 7o, XI, da Constituição Federal, que prevê a participação dos empregados nos lucros, ou resultados da empresa, conforme definido em lei). NORMAS PROGRAMÁTICAS As normas programáticas, conforme salienta Jorge Miranda, “são de aplicação diferida, e não de aplicação ou execução imediata; mais do que comandos-regras, explicitam comandos-valores; conferem elasticidade ao ordenamento constitucional; têm como destinatário primacial – embora não único – o legislador, a cuja opção fica a ponderação do tempo e dos meios em que vêm a ser revestidas de plena eficácia (e nisso consiste a discricionariedade); não consentem que os cidadãos ou quaisquer cidadãos as invoquem já (ou imediatamente após a entrada em vigor da Constituição), pedindo aos tribunais o seu cumprimento só por si, pelo que pode haver quem afirme que os direitos que delas constam, máxime os direitos sociais, têm mais natureza de expectativas que de verdadeiros direitos subjectivos; aparecem, muitas vezes, acompanhadas de conceitos indeterminados ou parcialmente indeterminados. EXEMPLO DE EFICÁCIA PLENA: Art. 2º da Constituição Federal – São Poderes Independentes e harmônicos entre si o Legislativo, o Executivo e o Judiciário EXEMPLO DE EFICÁCIA CONTIDA: Inciso XIII do art. 5º - É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer – A LEI PODE RESTRINGIR O ALCANCE DO DIREITO PREVISTO NA NORMA, CONDICIONÁ-LO – Como a lei que regulamentou a PROFISSÃO DE MOTORISTA DE APLICATIVO – ATENÇÃO: A LEI NÃO PROIBIU, MAS REGULAMENTOU A PROFISSÃO. EXEMPLO DE EFICÁCIA LIMITADA: Art. 37, VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica FIQUE LIGADO: SE HOUVER ALGUMA NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA, QUE INVIABILIZE O EXERCÍCIO DOS DIREITOS E LIBERDADE FUNDAMENTAIS E DAS PRERROGATIVAS INERENTES À NACIONALIDADE, CIDADANIA, SOBERANIA será possível a IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE INJUNÇÃOL, tema a ser melhor explorado PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 14 a frente, que é um REMÉDIO CONSTITUCIONAL. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: COMENTÁRIOS: Os direitos e garantias fundamentais são oponíveis ao Estado, isto é, significa um status de defesa dos cidadãos contra as arbitrariedades daquele a quem o poder é delegado, bem como status de prestação, de exigir do poder público uma atuação estatal para garantir direitos de várias espécies. Nesse sentido, vale destacar que, em se tratando das dimensões de direitos fundamentais, inserem-se na denominada primeira dimensão os direitos individuais e coletivos, ou seja, as liberdades negativas, nas quais o Estado tem o dever de se abster de realizar um ato que atinja ou desrespeite as liberdades individuais. Assim, o cidadão tem um status negativo frente ao poder público, pois a exigência é que o Estado não intervenha nas liberdades do cidadão. GERAÇÕES OU DIMENSÕES Sobre o tema, vale mencionar que a doutrina resolveu estudar os direitos fundamentais em gerações, ou dimensões como alguns preferem, as quais destacam-se principalmente a primeira, segunda, terceira, quarta e quinta geração de direitos humanos, a seguir estudadas. 1ª DIMENSÃO: LIBERDADE ESTADO AUTORITÁRIO→ESTADO DE DIREITO FATOS HISTÓRICOS→MAGNA CARTA DE 1215 (DECLARAÇÕES AMERICANAS DE 1776 E FRANCESA DE 1789) }LIBERDADES NEGATIVAS PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 15 →São as liberdades públicas, isto é, os direitos de todas as pessoas de serem livres e de não sofrerem intervenções estatais em toda a dimensão de suas vidas. Assim, de acordo com Ricardo Castilho, “consideram-se, nessa primeira geração, as tentativas de limitação do poder do Estado (quase sempre representado pelo rei). Os direitos humanos de primeira geração constituem a defesa do indivíduo diante do poder do Estado, e definem as situações em que o Estado deve se abster de interferir em determinados aspectos da vida individual e social. São as chamadas liberdades públicas negativas ou direitos negativos, eis que implicam a não interferência do Estado”. Tais direitos estão consubstanciados nos Direitos Civis e Políticos (Art. 5º e 14 da CF/1988), tendo como marcos Históricos: Revolução Francesa de 1789 e Revolução Norte-Americana de 1776. →Exemplo: Art. 5º, XI – a casa é asilo inviolável 2ª DIMENSÃO: IGUALDADE ESTADO LIBERAL→ESTADO SOCIAL FATOS HISTÓRICOS→REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (SÉCULO XIX) LIBERDADES POSITIVAS Já os direitos de segunda dimensão, dizem respeito aos direitos sociais, culturais e econômicos da pessoa humana. Nesses direitos, o Estado sai da condição de mero expectador, para a condição de prestador, isto é, são as necessidades vitais básicas que a pessoa humana necessita e que devem ser prestadas pelo Estado, a saber pelo disposto no art. 6º e 7º da Constituição Federal. De acordo com Ricardo Castilho, “seu reconhecimento e sua proteção são fruto principalmente das reivindicações dos movimentos socialistas iniciadas na primeira metade do século XIX. Com efeito, as riquezas geradas pelo desenvolvimento do capitalismo a partir do século XVIII não se estenderam a todas as classes sociais; pelo contrário, o sistema capitalista encetou em seus diversos ciclos à produção de um número cada vez maior de excluídos da sociedade”, tendo como marcos Históricos: Revolução Industrial e Constituição Mexicana de 1917; →Exemplo: Art. 6º - Direito social à educação, saúde, trabalho 3ª DIMENSÃO: FRATERNIDADE }ESTADO DE FRATERNIDADE (SOLIDARIEDADE) Já os Direitos de 3ª dimensão se referem aos direitos difusos e coletivos, ou seja, os direitos humanos deixam de ser aplicados apenas sob a perspectiva individual, para serem aplicados sob um viés coletivo. Por fim, para sintetizar as três dimensões acima mencionadas, vale destacar o entendimento do Ministro Celso de Melo, do Supremo Tribunal Federal, no voto proferido no Mandado de Segurança 22.164/SP: PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 16 “Enquanto os direitos de primeira geração (direitos civis e políticos) – que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais – realçam o princípio da liberdade e os direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) – que se identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas – acentuam o princípio da igualdade, os direitos de terceira geração, que materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais, consagram o princípio da solidariedade e constituem ummomento importante no processo de desenvolvimento, expansão e reconhecimento dos direitos humanos, caracterizados enquanto valores fundamentais indisponíveis, pela nota de uma essencial inexauribilidade”. Exemplo: Direito à paz, direito ao meio ambiente, ao desenvolvimento, à informação Por último, não custa lembrar, sobre as dimensões ou gerações dos direitos humanos, que o constitucionalista Paulo Bonavides vem defendendo, ISTO É, a quarta e quinta gerações de direitos humanos. De acordo com Paulo Bonavides, a QUARTA GERAÇÃO se refere ao período de globalização e à formação de um mundo marcado por fronteiras nacionais mais permeáveis, maior limitação da soberania nacional e pelo fortalecimento de “uma sociedade civil internacional”. Segundo Paulo Henrique Gonçalves Portela, Paulo Bonavides vem defendendo a existência de uma QUINTA GERAÇÃO dos direitos humanos, cujo único direito é a paz, entendida como fundamento da “alforria espiritual, moral e social dos povos, das civilizações e das culturas” e da forma de governar a sociedade de modo a punir o terrorista, julgar o criminoso de guerra, encarcerar o torturador, manter invioláveis as bases do pacto social, estabelecer e conversar por intangíveis as regras, princípios e cláusulas da comunhão política. PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 17 X X X X X X X X PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 18 CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS IRRENUNCIABILIDADE A pessoa humana, livremente, não pode renunciar aos direitos fundamentais de que é titular. Pode, todavia, optar por não exercê-los em determinadas situações (renúncia ao exercício), o que não caracteriza a renúncia ao direito. Ex: Propriedade não habitada HISTORICIDADE Decorrem das condições materiais e culturais de uma época. Nesse sentido, equivocada a concepção do jusnaturalismo, segundo a qual são atemporais e fixos. Pelo contrário: são fruto da evolução histórica de cada povo – daí não serem os mesmos em todas as partes do mundo INALIENABILIDADE São direitos indisponíveis e, portanto, não podem ser objeto de quaisquer negociações. Ex: Não possibilidade da venda de partes do corpo humano, em vida. IMPRESCRITIBILIDADE os direitos fundamentais não se sujeitam à prescrição, isto é, veda-se ao legislador que estipule prazo para o exercício do direito de ação com vistas a preservá-lo. Ademais, não há prazo para se perder o direito à vida, à liberdade, à propriedade UNIVERSALIDADE Os direitos fundamentais são concedidos a todos os membros da espécie humana, sem distinção de qualquer espécie, sexo, raça, cor, origem ou qualquer outro critério. TRANSNACIONALIDADE Os direitos fundamentais, por não serem aplicados por questões de raça ou nacionalidade, aplicam a todos os humanos presentes no universo, sendo, por isso mesmo, transnacionais. Ex: Direito à vida no Brasil e na Síria INERÊNCIA Não há necessidade do preenchimento de qualquer condição para que a pessoa humana seja dotada de direitos relativos à sua condição humana, ou seja, desde o nascimento com vida, e até mesmo na concepção, os direitos já aderem ao indivíduo. Ex: Pacto de São José da Costa Rica – Art. 4º, 1: Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção A presente característica diz respeito à necessidade de que, uma vez adquiridos os direitos humanos, eles PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 19 PROIBIÇÃO DE RETROCESSO SOCIAL não desaparecem por obra do legislador ou dos governantes, sendo proibida a conduta de retirar direitos historicamente alcançados. Ex: Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista ABRANGÊNCIA DOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS - OS DIREITOS FUNDAMENTAIS APLICAM-SE A ESTRANGEIROS NÃO RESIDENTES NO BRASIL? - OS DIREITOS FUNDAMENTAIS SE APLICAM ÀS PESSOAS JURÍDICAS? ATENÇÃO: Vale dizer, de acordo com o caput do art. 5º, que os direitos e garantias fundamentais aplicam-se apenas aos BRASILEIROS e ESTRANGEIROS RESIDENTES NO BRASIL. →NO ENTANTO, de acordo com a doutrina de direitos fundamentais, bem como com a jurisprudência do STF, os direitos são extensíveis a estrangeiros não residentes e apátridas. Se a prova questionar de acordo com a Constituição, a alternativa correta diz respeito à impossibilidade de direitos fundamentais a estrangeiros não residentes, mas se mencionar o entendimento do STF, a resposta é pela extensão de direitos e deveres individuais e coletivos inclusive a estrangeiros e apátridas. Nesse sentido, observe o entendimento de Pedro Lenza: Nada impediria, portanto, que um estrangeiro, de passagem pelo território nacional, ilegalmente preso, impetrasse habeas corpus (art, 5º, LXVIII) para proteger o seu direito de ir e vir. Deve-se observar, é claro, se o direito garantido não possui alguma especificidade, como ação popular, que só pode ser proposta por cidadão. (Lenza, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 20ª ed. 2016) No mesmo sentido, isto é, pela aplicabilidade de alguns direitos fundamentais a estrangeiros, transcrevemos as palavras de Paulo Gustavo Gonet Branco: O caput do art. 5º reconhece os direitos fundamentais “aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País”. A norma suscita a questão de saber se os estrangeiros não residentes estariam alijados da titularidade de todos os direitos fundamentais. A resposta deve ser negativa. A declaração de direitos fundamentais da Constituição abrange diversos direitos que radicam diretamente no princípio da dignidade do homem – princípio que o art. 1º, III, da Constituição Federal toma como estruturante do Estado Democrático de Direito. O respeito à dignidade de todos os homens não se excepciona pelo fator meramente circunstancial da nacionalidade. (Branco, Paulo PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 20 Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 8ª ed. P. 173). Por fim, no que se refere à aplicação dos direitos fundamentais às pessoas jurídicas, demonstramos o entendimento do mesmo autor acima citado, segundo o qual: Não há, em princípio, impedimento insuperável a que pessoas jurídicas venham, também, a ser consideradas titulares de direitos fundamentais, não obstante estes, originalmente, terem por referência a pessoa física. Acha-se superada a doutrina de que os direitos fundamentais se dirigem apenas às pessoas humanas. (...) Assim, não haveria por que recusar às pessoas jurídicas as consequências do princípio da igualdade, nem o direito de resposta, o de propriedade, o sigilo de correspondência, a inviolabilidade de domicílio, as garantias do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada. (Branco, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 8ª ed. P. 171/172) TEORIA DOS 4 STATUS DO INDIVÍDUO PERANTE O ESTADO - JELLINEK STATUS ATIVO: O indivíduo pode influenciar na vontade do Estado (Direitos Políticos); STATUS PASSIVO: O indivíduo tem deveres em relação ao Estado; STATUS POSITIVO: O indivíduo tem que exigir que o Estado atue para lhe garantir direitos (Direitos sociais – 2ª geração); STATUS NEGATIVO: O indivíduo tem um espaço que o Estado não pode penetrar, são as liberdades negativas (inviolabilidade domiciliar, inviolabilidade de dados) EFICÁCIA VERTICAL E HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - E A EFICÁCIA DIAGONAL EXISTE? A doutrina clássica apregoa que os direitos humanos são direitos que as pessoas detém em face do Estado, num primeiro momento proibindo que este invada a liberdade individual dos cidadãos, e em seguida exigindo-se desse mesmo Estado uma prestação positiva individual e, por fim, prestações de natureza coletiva. Essa é a denominada EFICÁCIA VERTICAL DOS DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS.OS DIREITOS FUNDAMENTAIS SÃO APLICÁVEIS DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO BRASILEIROS ESTRANGEIROS RESIDENTES NO PAÍS DE ACORDO COM O STF E A DOUTRINA ESTRANGEIROS NÃO RESIDENTES PESSOAS JURÍDICAS PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 21 Por outro lado, tem-se a EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS, segundo a qual, os direitos humanos fundamentais passariam a ser aplicados não apenas na relação ESTADO X PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA PRIVADA, mas também na relação entre PESSOA PRIVADA X PESSOA PRIVADA. Para corroborar o que se disse acima, colacionamos o entendimento do Supremo Tribunal Federal acerca da EFICÁCIA HORIZONTAL dos direitos humanos fundamentais: EMENTA: SOCIEDADE CIVIL SEM FINS LUCRATIVOS. UNIÃO BRASILEIRA DE COMPOSITORES. EXCLUSÃO DE SÓCIO SEM GARANTIA DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES PRIVADAS. RECURSO DESPROVIDO. I. EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES PRIVADAS. As violações a direitos fundamentais não ocorrem somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas igualmente nas relações travadas entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado. Assim, os direitos fundamentais assegurados pela Constituição vinculam diretamente não apenas os poderes públicos, estando direcionados também à proteção dos particulares em face dos poderes privados. II. OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS COMO LIMITES À AUTONOMIA PRIVADA DAS ASSOCIAÇÕES. A ordem jurídico- constitucional brasileira não conferiu a qualquer associação civil a possibilidade de agir à revelia dos princípios inscritos nas leis e, em especial, dos postulados que têm por fundamento direto o próprio texto da Constituição da República, notadamente em tema de proteção às liberdades e garantias fundamentais. O espaço de autonomia privada garantido pela Constituição às associações não está imune à incidência dos princípios constitucionais que asseguram o respeito aos direitos fundamentais de seus associados. A autonomia privada, que encontra claras limitações de ordem jurídica, não pode ser exercida em detrimento ou com desrespeito aos direitos e garantias de terceiros, especialmente aqueles positivados em sede constitucional, pois a autonomia da vontade não confere aos particulares, no domínio de sua incidência e atuação, o poder de transgredir ou de ignorar as restrições postas e definidas pela própria Constituição, cuja eficácia e força normativa também se impõem, aos particulares, no âmbito de suas relações privadas, em tema de liberdades fundamentais. III. SOCIEDADE CIVIL SEM FINS LUCRATIVOS. ENTIDADE QUE INTEGRA ESPAÇO PÚBLICO, AINDA QUE NÃO-ESTATAL. ATIVIDADE DE CARÁTER PÚBLICO. EXCLUSÃO DE SÓCIO SEM GARANTIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL.APLICAÇÃO DIRETA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS À AMPLA DEFESA E AO CONTRADITÓRIO. As associações privadas que exercem função predominante em determinado âmbito econômico e/ou social, mantendo seus associados em relações de dependência PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 22 econômica e/ou social, integram o que se pode denominar de espaço público, ainda que não-estatal. A União Brasileira de Compositores - UBC, sociedade civil sem fins lucrativos, integra a estrutura do ECAD e, portanto, assume posição privilegiada para determinar a extensão do gozo e fruição dos direitos autorais de seus associados. A exclusão de sócio do quadro social da UBC, sem qualquer garantia de ampla defesa, do contraditório, ou do devido processo constitucional, onera consideravelmente o recorrido, o qual fica impossibilitado de perceber os direitos autorais relativos à execução de suas obras. A vedação das garantias constitucionais do devido processo legal acaba por restringir a própria liberdade de exercício profissional do sócio. O caráter público da atividade exercida pela sociedade e a dependência do vínculo associativo para o exercício profissional de seus sócios legitimam, no caso concreto, a aplicação direta dos direitos fundamentais concernentes ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa (art. 5º, LIV e LV, CF/88). IV. RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO. (RE 201819, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 11/10/2005, DJ 27-10-2006 PP-00064 EMENT VOL-02253-04 PP-00577 RTJ VOL-00209-02 PP-00821) A título de fixação do assunto, inserimos abaixo quadro com as duas teorias, da eficácia vertical e horizontal, extraída do livro Direito Constitucional de Pedro Lenza: PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 23 A doutrina ainda menciona a teoria da eficácia diagonal, pela qual a relação também é entre particulares, mas nesse caso numa relação de desigualdade, a exemplo da relação entre empregador e empregado ou fornecedor e consumidor. EFICÁCIA DIAGONAL DIREITOS X GARANTIAS ATENÇÃO, na Constituição Federal, nota-se a existência de Direitos e Garantias, como por exemplo, a liberdade religiosa (DIREITO) e a proteção aos locais de culto (GARANTIA). 2.8. DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS EM ESPÉCIE DIREITO À VIDA – Art. 5º, caput, da CF/88 A vida aqui tratada compreende o direito de não ser morto, de não ser privado da vida, direito de continuar vivo e direito à vida digna, devendo o caput do art. 5º da Constituição ser interpretado de forma ampla. PARTICULAR • EMPREGADOR PARTICULAR • EMPREGADO PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 24 Assim, como exceção ao direito de não ser morto, tem-se a possibilidade da aplicação de pena de morte, em caso de guerra declarada, conforme permitida no art.5º, XLVII, “a” da CF/88. INÍCIO DA VIDA: De acordo com o art. 2º do Código Civil, a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Assim, cabe destacar o julgamento do STF pela possibilidade de pesquisas em células-tronco embrionárias, no julgamento da ADI 3.510, entendendo que a Lei de Biossegurança (11.105 de 2005) que permite a pesquisa não era inconstitucional, e que não feria o direito à vida na Constituição Federal, já que o embrião a ser pesquisado não estaria inserido no útero materno. Não há norma no direito brasileiro fixando o início da vida, tendo em vista a complexidade de demarcação desse momento delicado. Porém, a lei n. 9.434/1997 e a Resolução n. 1.480/1997 do Conselho Federal de Medicina consideram que um indivíduo está morto quando cessa completamente sua atividade cerebral, isto é, com a morte encefálica. Em face disso, o Supremo Tribunal Federal entendeu pela possibilidade de interrupção da gravidez quando restar comprovada a anencefalia do feto, conforme restou decidido pela ADPF 54, tendo em vista que, se não cérebro no feto anencéfalo, e o aborto é crime contra a vida, não haveria crime na interrupção da gravidez de feto anencéfalo, em face da inexistência de vida. Também não é possível a prática da EUTANÁSIA, que consiste no fato de apressar a morte do paciente que se encontra em situação irreversível e incurável, com intensos sofrimentos físicos ou mentais, com a intenção de acabar o sofrimento do paciente e da família. Vale salientar, que alguns tratados internacionais de direitos humanos, como por exemplo o Pacto de São José da Costa Rica (Convenção Americana de Direitos Humanos), protege o direito à vida DESDE A CONCEPÇÃO, isto é, desde o encontro do espermatozoide com o óvulo, conforme abaixo ilustrado: • DE NÃO SER MORTO DIREITO À VIDA • DE VIVER COM DIGNIDADE DIREITO À VIDA PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 25 IGUALDADE: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição COMENTÁRIOS: A igualdade presente no caput do art. 5º diz respeito À igualdade meramente formal (perante a lei), mas aConstituição exige não apenas esse tipo de igualdade, mas, por outro lado, a igualdade material, tendo em vista que, de acordo com o inciso I do art. 5º, homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. A República Federativa do Brasil não busca apenas a igualdade, conforme descrita no caput do art. 5º, mas, outrossim, a igualdade material ou isonomia material, esta consubstanciada no inciso acima citado. IGUALDADE FORMAL: EXPRESSÃO TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI (ART. 5º, CAPUT) IGUALDADE MATERIAL: HIPÓTESES NAIS QUAIS HAVERÁ UMA DISCRIMINAÇÃO POSITIVA, NO SENTIDO DE TORNAL DESIGUAL UMA SITUAÇÃO DESIGUAL, E TORNAR IGUAL UMA SITUAÇÃO IGUAL. (ART. 5º, I) EXEMPLOS: ART. 5º, L da Constituição Federal (PERÍODO DE AMAMENTAÇÃO DA PRESIDIÁRIA); TESTE FÍSICO MENOR PARA MULHERES EM CONCURSO PÚBLICO; COTAS PARA NEGROS EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS. IGUALDADE PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 26 Sobre a IGUALDADE MATERIAL, veja o que dispõe o STF: →O princípio da igualdade material é prestigiado por ações afirmativas. No entanto, utilizar, para qualquer outro fim, a diferença estabelecida com o objetivo de superar a discriminação ofende o mesmo princípio da igualdade, que veda tratamento discriminatório fundado em circunstâncias que estão fora do controle das pessoas, como a raça, o sexo, a cor da pele ou qualquer outra diferenciação arbitrariamente considerada. Precedente do CEDAW. [ADI 5.617, rel. min. Edson Fachin, j. 15-3-2018, P, DJE de 3-10-2018.] →(...) Lei Estadual 8.008/2018 do Rio de Janeiro, que impõe a obrigatoriedade de que as crianças e adolescentes do sexo feminino vítimas de estupro sejam examinadas por perito legista mulher (...). Lei impugnada em sintonia com o direito fundamental à igualdade material (art. 5º, I, da CRFB), que impõe especial proteção à mulher e o atendimento empático entre iguais, evitando-se a revitimização da criança ou adolescente, mulher, vítima de violência. [ADI 6.039 MC, rel. min. Edson Fachin, j. 13-3-2019, P, DJE de 1º-8-2019 JURISPRUDÊNCIA DO STF SOBRE O PRINCÍPIO DA IGUALDADE: LIMITE DE IDADE EM CONCURSO: A vedação constitucional de diferença de critério de admissão por motivo de idade (CF, art. 7º, XXX) é corolário, na esfera das relações de trabalho, do princípio fundamental de igualdade (...), que se estende, à falta de exclusão constitucional inequívoca (como ocorre em relação aos militares – CF, art. 42, § 11), a todo o sistema do pessoal civil. É ponderável, não obstante, a ressalva das hipóteses em que a limitação de idade se possa legitimar como imposição da natureza e das atribuições do cargo a preencher. [RMS 21.046, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 14-12-1990, P, DJ de 14-11-1991.] LIMITE DE ALTURA EM CONCURSO: Concurso público. Fator altura. Caso a caso, há de perquirir-se a sintonia da exigência, no que implica fator de tratamento diferenciado com a função a ser FORMAL – todos são iguais perante a lei – art. 5º, caput MATERIAL – homens e mulher são iguais em direitos e obrigações, nos termos da Constituição – Art. 5º,I A IGUALDADE MATERIAL PERMITE A DENOMINADA DISCRIMINAÇÃO POSITIVA, ISTO É, TRATAR OS IGUAIS SE IGUAIS FOREM, E DESIGUAIS SE FOREM DESIGUAIS. EX: A MULHER TEM LICENÇA-MATERNIDADE DE 120 DIAS, JÁ O HOMEM TEM LICENÇA-PATERNIDADE DE 5 DIAS. http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=750311354 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=750311354 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 27 exercida. No âmbito da polícia, ao contrário do que ocorre com o agente em si, não se tem como constitucional a exigência de altura mínima, considerados homens e mulheres, de um metro e sessenta para a habilitação ao cargo de escrivão, cuja natureza é estritamente escriturária, muito embora de nível elevado. [RE 150.455, rel. min. Marco Aurélio, j. 15-12-1998, 2ª T, DJ de 7-5-1999.] == AI 384.050 AgR, rel. min. Carlos Velloso, j. 9-9-2003, 2ª T, DJ de 10-10-2003 CASAMENTO E UNIÃO ESTÁVEL DE PESSOAS DO MESMO SEXO O sexo das pessoas, salvo disposição constitucional expressa ou implícita em sentido contrário, não se presta como fator de desigualação jurídica. Proibição de preconceito, à luz do inciso IV do art. 3º da CF, por colidir frontalmente com o objetivo constitucional de “promover o bem de todos”. Silêncio normativo da Carta Magna a respeito do concreto uso do sexo dos indivíduos como saque da kelseniana “norma geral negativa”, segundo a qual “o que não estiver juridicamente proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido”. (...) Ante a possibilidade de interpretação em sentido preconceituoso ou discriminatório do art. 1.723 do CC, não resolúvel à luz dele próprio, faz-se necessária a utilização da técnica de “interpretação conforme à Constituição”. Isso para excluir do dispositivo em causa qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família. Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva. [ADI 4.277 e ADPF 132, rel. min. Ayres Britto, j. 5-5-2011, P, DJE de 14-10-2011 Omissão do Congresso Nacional sobre a CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA: Em conclusão de julgamento, o Plenário, por maioria, julgou procedentes os pedidos formulados em ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) e em mandado de injunção (MI) para reconhecer a mora do Congresso Nacional em editar lei que criminalize os atos de homofobia e transfobia. Determinou, também, até que seja colmatada essa lacuna legislativa, a aplicação da Lei 7.716/1989 (que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor) às condutas de discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero, com efeitos prospectivos e mediante subsunção. Prevaleceram os votos dos ministros Celso de Mello e Edson Fachin, relatores da ADO e do MI, respectivamente (Informativo 931). A corrente majoritária reconheceu, em suma, que a omissão do Congresso Nacional atenta contra a Constituição Federal (CF), a qual impõe, nos termos do seu art. 5º, XLI e XLII (1), inquestionável mandado de incriminação. Entendeu que as práticas homotransfóbicas se qualificam como espécies do gênero racismo, na dimensão de racismo social consagrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do HC 82.424/RS (caso Ellwanger). Isso porque essas condutas importam em atos de segregação que inferiorizam os integrantes do grupo de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT), em razão de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero. Considerou, ademais, que referidos comportamentos se ajustam ao conceito de atos de discriminação e de ofensa aos direitos e liberdades fundamentais dessas pessoas. Na ADO, o colegiado, por maioria, fixou a seguinte tese: “1. Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a implementar os mandados de criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição da República, as condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, que envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero de alguém, por traduzirem expressões de racismo, compreendido este em sua dimensão social, ajustam-se, por PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 28 identidade de razão e mediante adequação típica, aos preceitos primários de incriminação definidos na Lei nº 7.716, de 08.01.1989, constituindo, também, na hipótese de homicídio doloso, circunstância que o qualifica, por configurar motivo torpe (Código Penal, art. 121, § 2º, I, “in fine”); 2. A repressão penal à prática da homotransfobia não alcança nem restringe ou limita o exercício da liberdade religiosa, qualquer que seja a denominação confessional professada, a cujos fiéis e ministros (sacerdotes, pastores, rabinos, mulás ou clérigosmuçulmanos e líderes ou celebrantes das religiões afro-brasileiras, entre outros) é assegurado o direito de pregar e de divulgar, livremente, pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, o seu pensamento e de externar suas convicções de acordo com o que se contiver em seus livros e códigos sagrados, bem assim o de ensinar segundo sua orientação doutrinária e/ou teológica, podendo buscar e conquistar prosélitos e praticar os atos de culto e respectiva liturgia, independentemente do espaço, público ou privado, de sua atuação individual ou coletiva, desde que tais manifestações não configurem discurso de ódio, assim entendidas aquelas exteriorizações que incitem a discriminação, a hostilidade ou a violência contra pessoas em razão de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero; 3. O conceito de racismo, compreendido em sua dimensão social, projeta-se para além de aspectos estritamente biológicos ou fenotípicos, pois resulta, enquanto manifestação de poder, de uma construção de índole histórico-cultural motivada pelo objetivo de justificar a desigualdade e destinada ao controle ideológico, à dominação política, à subjugação social e à negação da alteridade, da dignidade e da humanidade daqueles que, por integrarem grupo vulnerável (LGBTI+) e por não pertencerem ao estamento que detém posição de hegemonia em uma dada estrutura social, são considerados estranhos e diferentes, degradados à condição de marginais do ordenamento jurídico, expostos, em consequência de odiosa inferiorização e de perversa estigmatização, a uma injusta e lesiva situação de exclusão do sistema geral de proteção do direito”. Ficaram vencidos, em ambas as ações, os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Marco Aurélio. Os dois primeiros conheceram em parte das ações e as julgaram parcialmente procedentes apenas para reconhecer a mora legislativa e dar ciência ao Congresso Nacional para a adoção das providências necessárias. Para eles, não obstante a repugnância que provocam as condutas preconceituosas de qualquer tipo, somente o Poder Legislativo pode criminalizar condutas, sendo imprescindível lei em sentido formal. Portanto, a extensão do tipo penal para abarcar situações não especificamente tipificadas pela norma penal incriminadora atenta contra o princípio da reserva legal (2). O ministro Marco Aurélio inadmitiu o MI, diante dos limites impostos ao exercício, pelo STF, da jurisdição constitucional. Admitiu, em parte, a ADO, para julgar, nessa extensão, improcedente o pedido, por não assentar, peremptoriamente, que se tenha “criminalizar” no vocábulo “punirá”, contido no inciso XLI do art. 5º da CF. Em decorrência disso, não reconheceu a omissão legislativa quanto à criminalização específica da homofobia e da transfobia. Concluiu que, respeitada a liberdade legiferante franqueada ao legislador ordinário, espera-se que a sinalização do STF quanto à necessária proteção das minorias e dos grupos socialmente vulneráveis contribua para a formação de uma cultura livre de todo e qualquer preconceito e discriminação, preservados os limites da separação dos Poderes e da reserva legal em termos penais. (1) CF/1988: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo- se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 29 fundamentais; XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;” (2) CF/1988: “Art. 5º (...) XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;” ADO 26/DF, rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 13.6.2019. (ADO-26) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE GERAL II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei COMENTÁRIOS: O inciso supramencionado disciplina o princípio da legalidade geral ou ampla, isto é, dirigida a todos, ou a quase todos. Assim, ao particular, é possível realizar tudo o que não estiver previsto ou proibido em lei. SE LIGA EXEMPLO DE LEGALIDADE GERAL: Como não existe lei que obrigue o marido a lavar as louças depois do almoço, você, futuro Policial Militar, pode informar a sua esposa, quando esta determinar a você tal tarefa, que de acordo com o inciso II, do art. 5º, como ninguém obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude de lei, e como não há lei que obrigue o marido a lavar as louças, você educadamente pode recursar-se a cumprir tal tarefa. SIMPLES! No entanto, a legalidade dirigida à Administração Pública é diversa, tendo em vista o caput do art. 37 da Constituição, e no âmbito da Administração Pública apenas é possível a conduta ou ato administrativo se houver previsão em lei. PARTICULAR→TUDO QUE NÃO ESTIVER PROIBIDO É PERMITIDO. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (LEGALIDADE ESTRITA)→APENAS PODE FAZER O QUE A LEI EXPRESSAMENTE PREVÊ. PROIBIÇÃO DE TORTURA, TRATAMENTO DESUMANO OU DEGRADANTE III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; COMENTÁRIOS: A Lei n. 9455, de 07 de abril de 1997, regulamentou o inciso acima citado definindo os crimes de tortura, sendo tal crime, de acordo com o inciso XLIII, equiparado a hediondo. Foi com base no inciso acima que o STF aprovou a súmula vinculante n. 11, trazendo como exceção a utilização de algemas. Vale destacar que a vedação à tortura está presente em todos os documentos internacionais de proteção de direitos humanos no âmbito da Organização das Nações Unidas – ONU, bem como nos documentos regionais de proteção aos direitos humanos, como por exemplo na Organização dos Estados Americanos – OEA, da qual o Brasil faz parte. →VEDAÇÃO À TORTURA na Declaração Universal dos Direitos Humanos – DUDH: Art. 5º Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 30 →VEDAÇÃO À TORTURA no Pacto de São José da Costa Rica (Convenção Americana de Direitos Humanos): Art. 5º 1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral. 2. Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes. Toda pessoa privada da liberdade deve ser tratada com o respeito devido à dignidade inerente ao ser humano. VEDAÇÃO À TORTURA no Pacto dos Direitos Civis e Políticos: Art. 7º Ninguém poderá ser submetido à tortura, nem a penas ou tratamento cruéis, desumanos ou degradantes. Será proibido sobretudo, submeter uma pessoa, sem seu livre consentimento, a experiências médias ou cientificas. ATENÇÃO: A PROIBIÇÃO DE TORTURA É UM DOS POUCOS DIREITOS FUNDAMENTAIS QUE É ABSOLUTO DIREITO À PRIVACIDADE – Art. 5º, X e XI X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; COMENTÁRIOS: A intimidade é algo relacionado ao íntimo das pessoas, às relações mais próximas de amizade e familiares, que não podem ser publicizadas. Já a vida privada ou privacidade, diz respeito a acontecimentos e relacionamentos pessoais em geral, às relações comerciais e profissionais que o indivíduo não deseja que se espalhem ao conhecimento público. Sigilo Bancário: No que se refere ao tema da intimidade e vida privada, o sigilo bancário entre em cena, pois, de acordo com o STF, o sigilo bancário, por regra, deve ser quebrado pela Autoridade Judicial. Dessa forma, de acordo com o STF, a quebra do sigilo bancário pode ser realizada: JUDICIÁRIO: SIM CPI (Federal, Estadual e Distrital): SIM CPI (Municipal): NÃO AUTORIDADE TRIBUTÁRIA FEDERAL: SIM MP: NÃO POLÍCIA JUDICIÁRIA: NÃO ATENÇÃO,CONFORME O STF, A PROTEÇÃO QUE SE DÁ À VIDA PRIVADA É MENOR EM RELAÇÃO À PESSOA PÚBLICA EM COMPARAÇÃO COM A VIDA PRIVADA DE PESSOA NÃO PÚBLICA, CONFORME JULGADO ABAIXO: A fixação do quantum indenizatório deve observar o grau de reprovabilidade da conduta. A conduta do réu, embora reprovável, destinou-se a pessoa pública, que está sujeita a críticas relacionadas com a sua função, o que atenua o grau de reprovabilidade da conduta. A extensão do dano é média; pois, apesar de haver publicações das acusações feitas pelo réu, foi igualmente publicada, e com destaque (capa do jornal), matéria que inocenta o autor, o que minimizou o impacto PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 31 das ofensas perante a sociedade. [AO 1.390, rel. min. Dias Toffoli, j. 12-5-2011, P, DJE de 30-8-2011. XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial Por sua vez, a inviolabilidade do domicílio, como também espécie do direito à privacidade, está prevista no art. 5º, XI da CF/88, acima transcrito, garantindo o direito que o cidadão de não ter sua casa violada, seja pelo Estado, seja por pessoas privadas. Nesse sentido, cabe destacar o CONCEITO JURÍDICO de casa, importante elemento de concretização do direito à inviolabilidade domiciliar. Segundo a doutrina majoritária, o conceito de casa deve ser entendido de forma abrangente, para estender não apenas à moradia propriamente dita, mas qualquer espaço habitado, e em locais nos quais são exercidas atividades profissionais, com exclusão de terceiros, como escritórios, consultórios, estabelecimentos industriais e comerciais (nos locais restritos ao público). Para corroborar o que foi dito acima, colacionamos o entendimento do Supremo Tribunal Federal acerca do assunto: Para os fins da proteção jurídica a que se refere o art. 5º, XI, da CF, o conceito normativo de “casa” revela-se abrangente e, por estender-se a qualquer aposento de habitação coletiva, desde que ocupado (CP, art. 150, § 4º, II), compreende, observada essa específica limitação espacial, os quartos de hotel. Doutrina. Precedentes. Sem que ocorra qualquer das situações excepcionais taxativamente previstas no texto constitucional (art. 5º, XI), nenhum agente público poderá, contra a vontade de quem de direito (invito domino), ingressar, durante o dia, sem mandado judicial, em aposento ocupado de habitação coletiva, sob pena de a prova resultante dessa diligência de busca e apreensão reputar-se inadmissível, porque impregnada de ilicitude originária. [RHC 90.376, rel. min. Celso de Mello, j. 3-4-2007, 2ª T, DJ de 18-5-2007 CONCEITO DE CASA: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=626839 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 32 No entanto, existem exceções a regra geral da inviolabilidade domiciliar, consistentes na possibilidade de violação para prestar socorro, desastre, flagrante delito, ou durante o dia por determinação judicial e ainda mediante o consentimento do morador. EXCEÇÕES À INVIOLABILIDADE DOMICILIAR •HOTEL E MOTEL•ESCRITÓRIO •LOCAL DE EXERCÍCIO DE PROFISSÃO •COMPARTIMENTO DE HABITAÇÃO COLETIVA NÃO ABERTO AO PÚBLICO QUARTOS DE DE ADVOCACIA E CONTABILIDADE PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 33 CPFDD Quanto às situações de desastre e prestar socorro não existem maiores controvérsias, dada a clareza do texto constitucional sobre a sua ocorrência. No entanto, é preciso discorrer sobre a situação de flagrante delito e durante o dia por determinação judicial. No que se refere à situação de flagrância, vale destacar o que dispõe o Código de Processo Penal sobre sua ocorrência e as hipóteses de flagrante delito: Código de Processo Penal Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a permanência. Nas situações supramencionadas, a casa, que é asilo inviolável, poderá ser adentrada, de forma facultativa pelos cidadãos, e obrigatoriamente pela autoridade policial. Por fim, sobre a violação de domicílio no caso de flagrante delito, destaque-se o entendimento do STF, citado por Pedro Lenza, pelo qual: Cabe lembrar, ainda, que o STF, ao julgar o tema 280 da repercussão geral, firmou a tese: “a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou autoridade, e de nulidade dos atos praticados”. (RE 603.616 – 05.11.2015) C ONSENTIMENTO DO MORADOR - DIA/NOITE P RESTAR SOCORRO - DIA/NOITE F LAGRANTE DELITO - DIA/NOITE D ETERMINAÇÃO JUDICIAL - DIA D ESASTRE - DIA/NOITE PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 34 Já em relação ao cumprimento de mandado judicial durante o dia, por determinação judicial, cabe dizer que, no que se refere ao conceito do que é dia, a doutrina majoritária se manifesta a favor do critério físico-astronômico, isto é, considera-se dia o período compreendido entre a aurora e o crepúsculo. Por outro lado, a jurisprudência manifesta-se a favor do critério cronológico, ou seja, considerando como o dia o período compreendido entre as 06 e 18 horas. Vale destacar, que a nova Lei de Abuso de Autoridade n. 13.869/2019, dispõe que incorre nas penas do crime do art. 22 (adentrar clandestinamente em residência) QUEM CUMPRE MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR APÓS ÀS 21:00 ou ANTES DAS 05:00. Assim, já há entendimento de que a citada lei teria trazido o conceito de dia. No entanto, para fins de prova, é preciso saber como a questão vai cobrar, se de acordo com o entendimento do STF ou se de acordo expressamente com a nova lei de abuso de autoridade, supramencionada. Recentemente, decidiu o STF que: A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas “a posteriori”, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e de nulidade dos atos praticados. STF. Plenário. RE 603616/RO, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 4 e 5/11/2015 (repercussão geral – Tema 280) (Info 806) Decidiu o STJ, também, que nos casos de hipótese de flagrante: A prova da legalidade e da voluntariedade do consentimento para o ingresso na residência do suspeito incumbe, em caso de dúvida, ao Estado, e deve ser feita com declaração assinada pela pessoa que autorizou o ingresso domiciliar, indicando-se, sempre que possível, testemunhas do ato. Em todo caso, a operação deve ser registrada em áudio-vídeo e preservada a prova enquanto durar o processo. STJ. 6ª Turma. HC 598.051/SP, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, julgado em 02/03/2021 (Info 687). Isto é, de acordo com o STJ, é preciso que haja a autorização escrita do morador, bem como que, sempre que possível, haja a gravação da diligência em áudio e vídeo. Dessa forma, para o STJ, a diligência de entrada em domicílio com o consentimento do MORADOR deve obedecer aos seguintes critérios: CONSENTIMENTO DO MORADOR DECLARAÇÃO ASSINADA PELOMORADOR ATO DE AUTORIZAÇÃO GRAVADO EM AÚDIO E VÍDEO PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 35 ATENÇÃO: O STF, NO JULGAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.342077/SP, CUJO RELAOR FOI O MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES, DECIDIU ANULAR A DECISÃO ACIMA DO STJ PARA RETIRAR A OBRIGATORIEDADE DE COMPROVAÇÃO DO CONSENTIMENTO DO MORADOR, POR PARTE DA AUTORIDADE POLICIAL, EM DOCUMENTO E EM ÁUDIO E VÍDEO, CONFORME ACÓRDÃO ABAIXO COLACIONADO: Diante de todo o exposto, em face do decidido no Tema 280 de Repercussão Geral, CONHEÇO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARA CONCEDER PARCIAL PROVIMENTO E ANULAR O ACÓRDÃO RECORRIDO tão somente na parte em que entendeu pela necessidade de documentação e registro audiovisual das diligências policiais, DIREITOS DE LIBERDADE – Art. 5º, IV, V VI, VII, VIII, IX,XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII 2.11.1. LIVRE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO – Art. 5º, IV e V IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem COMENTÁRIOS: A constituição assegurou a liberdade de manifestação do pensamento, restando vedado o anonimato. Caso durante a manifestação do pensamento se cause dano material, moral ou à imagem, assegura-se o direito de resposta, proporcional ao agravo, além de indenização. Vale dizer, entretanto, que essa liberdade de expressão não é absoluta, encontrando limites em relação aos direitos alheios e, havendo violação a direitos de outrem, serão assegurados o direito de resposta (art. 5º, V), bem como indenização por dano moral e material (art. 5º, X) Foi com fundamento na liberdade de expressão que o STF decidiu pela legalidade da MARCHA DA MACONHA, isto é, os cidadãos podem sair em marcha pedindo que se libere determinada substância para o uso coletivo, como é o caso da maconha. ADPF 187. A respeito do assunto, verifiquemos as palavras de Marcelo Novelino: Em relação a esse tema, é necessário diferenciar a mera proposta de descriminalização de determinado ilícito penal do ato de incitação à prática de crime ou de apologia de fato criminoso. A defesa, em espaços públicos, da legalização de determinadas condutas (como a prática do aborto ou uso de drogas) ou de proposta abolicionista de um tipo penal, não deve ser caracterizada como ilícito penal, mas, ao contrário, como exercício legítimo do direito à livre manifestação do pensamento, propiciada pelo exercício do direito de reunião. Nesse sentido, o entendimento unânime adotado pelo STF no julgamento referente à denominada “marcha da maconha”. (Novelino, Marcelo. Manual de Direito Constitucional. 8ª ed. P. 503/504) PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 36 Foi também com fundamento nesse inciso que o STF decidiu sobre a desnecessidade de autorização prévia do biografado, das demais pessoas retratadas na obra, nem de seus familiares, pois essa autorização prévia seria uma forma de censura, não sendo compatível com a liberdade de expressão consagrada pela CF/88. Outra questão acerca da liberdade de expressão, é a possibilidade de INÍCIO DE AÇÃO PENAL OU INQUÉRITO POLICIAL COM BASE EXCLUSIVAMENTE EM DENÚNCIA ANÔNIMA. A jurisprudência do STF admite, conforme acórdão extenso abaixo colacionado, que a DENÚNCIA ANÔNIMA, POR SI SÓ, NÃO PODE DAR INÍCIO À PERSECUÇÃO PENAL, FACE À VEDAÇÃO AO ANONIMATO PRESENTE NO INCISIO IV DO ART. 5 JÁ MENCIONADO: Persecução Penal e Delação Anônima (Transcrições) (v. Informativo 387) Inq 1957/PR* RELATOR: MIN. CARLOS VELLOSO VOTO DO MIN. CELSO DE MELLO: Sabemos, Senhor Presidente, que o veto constitucional ao anonimato, nos termos em que enunciado (CF, art. 5º, IV, “in fine”), busca impedir a consumação de abusos no exercício da liberdade de manifestação do pensamento e na formulação de denúncias apócrifas, pois, ao exigir-se a identificação de seu autor, visa-se, em última análise, com tal medida, a possibilitar que eventuais excessos derivados de tal prática sejam tornados passíveis de responsabilização, “a posteriori”, tanto na esfera civil quanto no âmbito penal, em ordem a submeter aquele que os cometeu às conseqüências jurídicas de seu comportamento. Essa cláusula de vedação - que jamais deverá ser interpretada como forma de nulificação das liberdades do pensamento - surgiu, no sistema de direito constitucional positivo brasileiro, com a primeira Constituição republicana, promulgada em 1891 (art. 72, § 12). Com tal proibição, o legislador constituinte, ao não permitir o anonimato, objetivava inibir os abusos cometidos no exercício concreto da liberdade de manifestação do pensamento, para, desse modo, viabilizar a adoção de medidas de responsabilização daqueles que, no contexto da publicação de livros, jornais, panfletos ou denúncias apócrifas, viessem a ofender o patrimônio moral das pessoas agravadas pelos excessos praticados, consoante assinalado por eminentes intérpretes daquele Estatuto Fundamental (b) nada impede, contudo, que o Poder Público, provocado por delação anônima (“disque-denúncia”, p. ex.), adote medidas informais destinadas a apurar, previamente, em averiguação sumária, “com prudência e discrição”, a possível ocorrência de eventual situação de ilicitude penal, desde que o faça com o objetivo de conferir a verossimilhança dos fatos nela denunciados, em ordem a promover, então, em caso positivo, a formal instauração da “persecutio criminis”, mantendo- se, assim, completa desvinculação desse procedimento estatal em relação às peças apócrifas; e (c) o Ministério Público, de outro lado, independentemente da prévia instauração de inquérito policial, também pode formar a sua “opinio delicti” com apoio em outros elementos de convicção que evidenciem a materialidade do fato delituoso e a existência de indícios suficientes de sua autoria, desde que os dados informativos que dão suporte à acusação penal não tenham, como único fundamento causal, documentos ou escritos anônimos. Sendo assim, e consideradas as razões expostas, peço vênia, Senhor Presidente, para acompanhar o douto voto proferido PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 37 pelo eminente Relator, rejeitando, em conseqüência, a questão de ordem ora sob exame desta Suprema Corte. É o meu voto. * acórdão pendente de publicação SITUAÇÕES RELACIONADAS À LIBERDADE DE EXPRESSÃO 2.11.2 LIBERDADE RELIGIOSA – Art. 5º, VI, VII e VIII VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei COMENTÁRIOS: De acordo com o STF, “O Brasil é uma república laica, surgindo absolutamente neutro quanto às religiões. [ADPF 54, rel. min. Marco Aurélio, j. 12-4-2012, P, DJE de 30-4- 2013”. No inciso acima podemos encontrar um direito (inviolabilidade da liberdade de crença e de consciência) e uma garantia (livre exercício dos cultos e garantida, na forma da lei, os locais de culto e liturgia). Vale citar algumas situações que dizem respeito à liberdade de consciência e de crença: »casamento perante autoridades religiosas; »transfusão de sangue nas Testemunhas de Jeová; curandeirismo; »fixação de crucifixos em repartições públicas; »imunidade religiosa; »guarda sabática e a CONSTITUCIONALIDADE DAS MARCHAS PELA DESCRIMINALIZAÇÃO DE TIPOS PENAIS CONSTITUCIONALIDADE DO USO DE BIOGRAFIAS NÃO AUTORIZADAS INCONSTITUCIONALIDADE DO USO, POR SI SÓ, DE DENÚNCIA ANÔNIMA EM INVESTIGAÇÃO CRIMINAL EPROCESSO PENAL PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 38 »expressão “Deus seja louvado” nas cédulas de real. Alguns dos temas mencionados merecem maiores comentários, como é o caso da guarda sabática (shabat), período sagrado judaico, tendo em vista que alguns candidatos ao ENEM, seguidores da citada religião solicitaram à Administração Pública que fosse designada outra data para a realização da referida prova, haja vista coincidir com o dia de guarda da citada convicção religiosa. Nesse sentido, é importante dizer que um primeiro momento foi concedida a medida para que a prova fosse realizada noutro momento, mas a medida foi tornada sem efeito pelo STF, que entendeu que a fixação de data alternativa para apenas uma religião viola o princípio da isonomia, conforme acórdão abaixo transcrito: Pedido de restabelecimento dos efeitos da decisão do Tribunal a quo que possibilitaria a participação de estudantes judeus no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em data alternativa ao Shabat. Alegação de inobservância ao direito fundamental de liberdade religiosa e ao direito à educação. Medida acautelatória que configura grave lesão à ordem jurídico-administrativa. Em mero juízo de delibação, pode-se afirmar que a designação de data alternativa para a realização dos exames não se revela em sintonia com o princípio da isonomia, convolando-se em privilégio para um determinado grupo religioso. Decisão da Presidência, proferida em sede de contracautela, sob a ótica dos riscos que a tutela antecipada é capaz de acarretar à ordem pública. [STA 389 AgR, rel. min. Gilmar Mendes, j. 3-12-2009, P, DJE de 14-5-2010) ATENÇÃO, O STF decidiu, no Recurso Extraordinário 611874,com repercussão geral (isto é, os recursos em processos que chegarem ao STF com esse assunto serão decididos da forma que decidiu o STF), que candidatos podem realizar etapas de concursos em dias diversos, CASO ALEGUEM A ESCUSA DE CONSCIÊNCIA, conforme se demonstra a seguir: Nos termos do artigo 5º, VIII, da Constituição Federal é possível a realização de etapas de concurso público em datas e horários distintos dos previstos em edital, por candidato que invoca escusa de consciência por motivo de crença religiosa, desde que presentes a razoabilidade da alteração, a preservação da igualdade entre todos os candidatos e que não acarrete ônus desproporcional à Administração Pública, que deverá decidir de maneira fundamentada", vencidos os Ministros Dias Toffoli, Marco Aurélio, Gilmar Mendes e Nunes Marques. Nesta assentada o Ministro Ricardo Lewandowski reajustou seu voto. Presidência do Ministro Luiz Fux. Plenário, 26.11.2020 (Sessão realizada inteiramente por videoconferência - Resolução 672/2020/STF SE LIGA NO EXEMPLO PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 39 ATENÇÃO NOVAMENTE, o STF decidiu que o ENSINO REGILIOSO NAS ESCOLAS PODE TER NATUREZA CONFESSIONAL, POIS é de MATRÍCULA FACULTATIVA, conforme decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.439 contra o art. 33 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação -LDB, Lei 9.394/96. Abaixo observe a decisão do STF: O Estado, observado o binômio Laicidade do Estado (art. 19, I) / Consagração da Liberdade religiosa (art. 5º, VI) e o princípio da igualdade (art. 5º, caput), deverá atuar na regulamentação do cumprimento do preceito constitucional previsto no art. 210, §1º, autorizando na rede pública, em igualdade de condições, o oferecimento de ensino confessional das diversas crenças, mediante requisitos formais e objetivos previamente fixados pelo Ministério da Educação. Dessa maneira, será permitido aos alunos que voluntariamente se matricularem o pleno exercício de seu direito subjetivo ao ensino religioso como disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, ministrada de acordo com os princípios de sua confissão religiosa, por integrantes da mesma, devidamente credenciados e, preferencialmente, sem qualquer ônus para o Poder Público. STF. Plenário. ADI 4439/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 27/9/2017 (Info 879). No entanto, FIQUE ATENTO, PREZADO CANDIDATO, que no ano em curso, mais precisamente no dia 04 de janeiro de 2019, foi publicada a lei nacional nº 13.796/2019, que alterou a lei de diretrizes e bases da educação (lei 9.394/1996) para permitir aos alunos de instituições públicas ou privadas o direito de não realizar provas regulares, caso o dia destas entre em conflito com o dia designado pela religião de cada aluno como de repouso em relação à quaisquer atividades, fixando, em face disso, prestação alternativa. Outro assunto julgado pelo STF foi a possibilidade de sacrifício de animais em rituais religiosos, com fundamento na liberdade de crença. Verifique-se, nesse sentido, a decisão do STF: “é constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana” (RE 494601 – 2019). Por fim, no que se refere à oposição a transfusão de sangue por testemunhas de jeová, o entendimento que tem prevalecido é o de que a vida deve ser privilegiada em detrimento da liberdade religiosa, ainda mais em casos de urgência, perigo iminente e se o paciente for menor de idade. Você vai prestar o concurso da Polícia Militar, e a prova foi marcada para um DOMINGO, no entanto, a religião que você pratica não permite nenhuma atividade no dia de DOMINGO. Nesse caso, de acordo com o entendimento do STF, a BANCA do concurso deverá designar DIA ALTERNATIVO para que você realize a prova, isto é, você poderá se escusar dessa obrigação geral a todos imposta (realizar a prova no domingo), mas cumprirá prestação alternativa (prova em dia alternativo PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 40 Sobre o inciso VII, saliente-se que a previsão de prestação de assistência religiosa em entidades militares está prevista na Lei 6.923/1981. Já a previsão de assistência religiosa nas entidades hospitalares públicas e privadas, bem como nos estabelecimentos prisionais, está prevista na lei 9.982/2000. Por fim, cabe destacar que ninguém pode ser privado de direitos por motivo de crença religiosa ou convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para se eximir de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. Portanto, aquele que, em tempos de paz, recusa o serviço militar deve cumprir prestação social alternativa e, em havendo recusa a esta, ficará sujeito à suspensão dos direitos políticos, nos termos do art. 15, IV da Constituição. HAJA VISTA QUE O ESTADO BRASILEIRO NÃO SEGUE RELIGIÃO ALGUMA, SENDO UM ESTADO LAICO, A COLOCAÇÃO DE SÍMBOLOS RELIGIOSOS EM LOCAIS PÚBLICO.S FERE O DISPOSTO NO ART. 19 DA CF/88? Nesse ponto, o Conselho Nacional de Justiça, órgão que fiscaliza o Poder Judiciário decidiu acerca de pedido de retirada de crucifixos das dependências de órgãos do poder judiciário, fixando entendimento pela manutenção dos símbolos, tendo em vista que não determinam que o Estado siga alguma religião, e, por outro lado, expressam a cultura do Brasil em mantê-los em alguns locais. Vale citar, a título de ilustração, o magistério de Marcelo Novelino: Em que pese o entendimento adotado pelo CNJ, a colocação de símbolos religiosos em locais públicos não deve ser vista como uma intervenção restritiva legítima, mas sim como uma intervenção violadora da liberdade religiosa, por ser incompatível com o dever de neutralidade. ATENÇÃO: O STF DECIDIU QUE É COMPATÍVEL COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL A IMPOSIÇÃO DE RESTRIÇÕES À REALIZAÇÃO DE CULTO, MISSAS E DEMAIS ATIVIDADES RELIGIOSAS PRESENCIAIS DE CARÁTER COLETIVO COMO MEDIDA DE CONTENÇÃO DO AVANÇO DA PANDEMIA DO COVID-19 (STF. PLENÁRIO. ADPF 811/SP, Rel Ministro Gilmar Mendes. 08/04/2021 DECISÕES IMPORTANTES DO STFSOBRE LIBERDADE REGILIOSA Possibilidade de realização de prova de concurso em dia alternativo, em face de alegação de escusa de consciência Possibilidade de sacrifício de animais por parte de religiões de matriz africana Possibilidade do ENSINO RELIGIOSO ter natureza CONFESSIONAL (isto é, de determinada religião, mas desde que não seja obrigatória. PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 41 IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença LIBERDADE DE COMUNICAÇÃO PESSOAL – Art. 5º, XII XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. É INVIOLÁVEL O SIGLO DAS: COMENTÁRIOS: Inicialmente, é preciso mencionar que o inciso supracitado protege a COMUNICAÇÃO E O SIGILO, sendo a comunicação o ato de transmitir e receber mensagens por meio de métodos e/ou processos convencionais. • rrespondênciaCO • municaçõesCO • lefônicasTE • dosDA • municações telegraficasCO ENTENDA O BIZU: o CÔCO TE DA Cor (você ganha cor consumindo côco) PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 42 A interceptação da comunicação telefônica, como regra é vedada, sendo admitida apenas para fins de investigação criminal e instrução processual penal, e, ademais, determinada judicialmente, isto é, sujeita à CLÁUSULA DE RESERVA DE JURISDIÇÃO, pois apenas o Juiz que pode decretá-la. Admite-se, inclusive, o uso da prova emprestada, obtida em interceptação telefônica, determinada judicialmente, do processo penal para o processo administrativo disciplinar de servidor público. A jurisprudência do STJ e STF são firmes no sentido de que é admitida a utilização no processo administrativo de “prova emprestada” do inquérito policial ou do processo penal, desde que autorizada pelo juízo criminal e respeitados o contraditório e ampla defesa. (STJ. 1ª Seção. MS 17.472/DF, Rel Min, Arnaldo Esteves Lima, julgado em 13/06/2012. Assim, é possível que as provas provenientes de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente em processo criminal sejam emprestadas para o processo administrativo disciplinar. (STF. 1ª Turma. RMS 28774/DF, Rel Min Roberto Barroso, julgado em 09/08/2016 (informativo 834) Vale dizer, que de acordo com o STF, a proteção deve ser dada à comunicação, e não aos dados propriamente ditos, que podem ser acessados. Veja o entendimento jurisprudencial sobre o assunto: Suposta ilegalidade decorrente do fato de os policiais, após a prisão em flagrante do corréu, terem realizado a análise dos últimos registros telefônicos dos dois aparelhos celulares apreendidos. Não ocorrência. Não se confundem comunicação telefônica e registros telefônicos, que recebem, inclusive, proteção jurídica distinta. Não se pode interpretar a cláusula do art. 5º, XII, da CF, no sentido de proteção aos dados enquanto registro, depósito registral. A proteção constitucional é da comunicação de dados, e não dos dados. Art. 6º do CPP: dever da autoridade policial de proceder à coleta do material comprobatório da prática da infração penal. Ao proceder à pesquisa na agenda eletrônica dos aparelhos devidamente apreendidos, meio material indireto de prova, a autoridade policial, cumprindo o seu mister, buscou, unicamente, colher elementos de informação hábeis a esclarecer a autoria e a materialidade do delito (dessa análise logrou encontrar ligações entre o executor do homicídio e o ora paciente). Verificação que permitiu a orientação inicial da linha investigatória a ser adotada, bem como possibilitou concluir que os aparelhos seriam relevantes para a investigação. (...) Nos termos do art. 7º, II, da Lei 8.906/1994, o Estatuto da Advocacia garante ao advogado a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia. Na hipótese, o magistrado de primeiro grau, por reputar necessária a realização da prova, determinou, de forma fundamentada, a interceptação telefônica direcionada às pessoas investigadas, não tendo, em momento algum, ordenado a devassa das linhas telefônicas dos advogados dos pacientes. Mitigação que pode, eventualmente, burlar a proteção jurídica. Sucede que, no curso da execução da medida, os diálogos travados entre o paciente e o advogado do corréu acabaram, de maneira automática, interceptados, aliás, como qualquer outra conversa direcionada ao ramal do paciente. Inexistência, no caso, de relação jurídica cliente-advogado Não cabe aos policiais executores da medida proceder a uma espécie de filtragem das escutas interceptadas. A impossibilidade dessefiltro atua, inclusive, como verdadeira garantia ao cidadão, porquanto retira da esfera de arbítrio da polícia escolher o que é ou não conveniente ser interceptado e gravado. Valoração, e eventual exclusão, PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 43 que cabe ao magistrado a quem a prova é dirigida. [HC 91.867, rel. min. Gilmar Mendes, j. 24-4-2012, 2ª T, DJE de 20-9-2012]. É possível acessar conversas de whatsapp em celular apreendido com base em autorização judicial? Resposta: Sim, pois o acesso ao conteúdo armazenado em telefone celular ou smartphone, quando determinada judicialmente a busca e apreensão destes aparelhos, não ofende o art. 5º, XII da CF/88, considerando que o sigilo a que se refere este dispositivo constitucional é em relação à interceptação telefônica ou telemática propriamente dita, ou seja, é da comunicação de dados, e não dos dados em si mesmos. Assim, se o Juiz determinou a busca e apreensão de telefone ou smartphone do investigado, é lícito que as autoridades tenham acesso aos dados armazenados no aparelho apreendido, especialmente quando a referida decisão tenha expressamente autorizado o acesso a esse conteúdo. (STJ. 6ª Turma. RHC 75.800/PR, Rel. Min Felix Fischer, julgado em 15/09/2016 (info 590) É possível que a Administração Penitenciária intercepte correspondência remetida por presos? Resposta: Sim, de acordo com o entendimento do STF a seguir demonstrado: A administração penitenciária, com fundamento em razões de segurança pública, de disciplina prisional ou de preservação da ordem jurídica, pode, sempre excepcionalmente, e desde que respeitada a norma inscrita no art. 41, parágrafo único, da Lei 7.210/1984, proceder à interceptação da correspondência remetida pelos sentenciados, eis que a cláusula tutelar da inviolabilidade do sigilo epistolar não pode constituir instrumento de salvaguarda de práticas ilícitas. [HC 70.814, rel. min. Celso de Mello, j. 1º-3-1994, 1ª T, DJ de 24-6-1994 Por fim, é importante diferenciar as situações de: INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA, ESCUTA TELEFÔNICA e GRAVAÇÃO TELEFÔNICA (GRAVAÇÃO CLANDESTINA): »INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA: Um terceiro capta o diálogo entre duas pessoas, sem que nenhum dos interlocutores saibam (NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL); »ESCUTA TELEFÔNICA: Ocorre quando um terceiro capta o diálogo entre duas pessoas, mas um dos interlocutores sabe que está sendo gravado (NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL); »GRAVAÇÃO TELEFÔNICA (AMBIENTAL): Ocorre quando um dos interlocutores grava a conversa que mantém com o outro, sem o seu consentimento (DESNECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, se um dos interlocutores for a vítima ou estiver em situação de legítima defesa) LIBERDADE DE EXERCÍCIO PROFISSIONAL – Art. 5º, XIII XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer NORMA DE EFICÁCIA CONTIDA PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 44 LIBERDADE COMENTÁRIOS: A regraacima citada diz respeito à livre iniciativa profissional, no entanto, caracteriza-se como norma de eficácia contida, pois sua aplicabilidade pode vir a ser restringida por norma constitucional ou infraconstitucional, como ocorreu com o exercício da profissão de Advogado, cuja Lei 8.906/1994 (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil) restringiu o exercício apenas aqueles que se submeterem e forem aprovados no exame de ordem. ENTENDA DE UMA VEZ POR TODAS Entendimento Jurisprudencial sobre o tema: O art. 5º, XIII, da Constituição da República é norma de aplicação imediata e eficácia contida que pode ser restringida pela legislação infraconstitucional. Inexistindo lei regulamentando o exercício da atividade profissional dos substituídos, é livre o seu exercício. [MI 6.113 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 22-5-2014, P, DJE de 13-6- 2014.] Atividade de Músico T rabalho O fício P rofissão T.O.P A REGRA É A LIBERDADE DE PROFISSÃO, E ENQUANTO NÃO HOUVER LEI REGULAMENTANDO, DETERMINADA PROFISSÃO É PERMITIDA EXEMPLO: No Brasil, portanto, a profissão de PROSTITUTA ou PROSTITUTO é permitida, pois ainda não foi REGULAMENTADA e, se você estiver passando por dificuldades financeiras, inclusive para pagar o material desse nobre Professor, a profissão acima é umas das opções, pois, REPITO, não é proibida PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 45 Nem todos os ofícios ou profissões podem ser condicionados ao cumprimento de condições legais para o seu exercício. A regra é a liberdade. Apenas quando houver potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida inscrição em conselho de fiscalização profissional. A atividade de músico prescinde de controle. Constitui, ademais, manifestação artística protegida pela garantia da liberdade de expressão. [RE 414.426, rel. min. Ellen Gracie, j. 1º-8-2011, P, DJE de 10-10-2011.] Jornalista O jornalismo é uma profissão diferenciada por sua estreita vinculação ao pleno exercício das liberdades de expressão e de informação. O jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, profissional e remunerada. Os jornalistas são aquelas pessoas que se dedicam profissionalmente ao exercício pleno da liberdade de expressão. O jornalismo e a liberdade de expressão, portanto, são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada. Isso implica, logicamente, que a interpretação do art. 5º, XIII, da Constituição, na hipótese da profissão de jornalista, se faça, impreterivelmente, em conjunto com os preceitos do art. 5º, IV, IX, XIV, e do art. 220 da Constituição, que asseguram as liberdades de expressão, de informação e de comunicação em geral. (...) No campo da profissão de jornalista, não há espaço para a regulação estatal quanto às qualificações profissionais. O art. 5º, IV, IX, XIV, e o art. 220 não autorizam o controle, por parte do Estado, quanto ao acesso e exercício da profissão de jornalista Qualquer tipo de controle desse tipo, que interfira na liberdade profissional no momento do próprio acesso à atividade jornalística, configura, ao fim e ao cabo, controle prévio que, em verdade, caracteriza censura prévia das liberdades de expressão e de informação, expressamente vedada pelo art. 5º, IX, da Constituição. A impossibilidade do estabelecimento de controles estatais sobre a profissão jornalística leva à conclusão de que não pode o Estado criar uma ordem ou um conselho profissional (autarquia) para a fiscalização desse tipo de profissão. O exercício do poder de polícia do Estado é vedado nesse campo em que imperam as liberdades de expressão e de informação. Jurisprudência do STF: Rp 930, rel. p/ o ac. min. Rodrigues Alckmin, DJ de 2-9-1977.[RE 511.961, rel. min. Gilmar Mendes, j. 17-6-2009, P, DJE de 13-11-2009 Motorista de aplicativo (UBER, POP) A profissão de motorista que utiliza-se de aplicativos de internet para obter clientes é recente em nosso país, mas já oi objeto de discussões, brigas e polêmicas, haja vista a tomada de espaço no mercado de trabalho dos taxistas. No entanto, não deveria ter sido assim, pois a regra, em nosso Estado, é a liberdade de TRABALHO, OFÍCIO OU PROFISSÃO. Assim, tem-se que a citada profissão desde o início não era proibida, apenas não era regulamentada. Dessa forma, como a norma do inciso XIII do art. 5 é norma de eficácia contida, que pode ser regulamentada, a PROFISSÃO DE MOTORISTA AGORA É REGULAMENTADA, CONFORME DISPÕE A LEI NACIONAL E MUNICIPAL ABAIXO MENCIONADAS: O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012 , que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, para regulamentar o transporte remunerado privado individual de passageiros, nos termos do inciso XIII do art. 5º e do parágrafo único do art. 170 da Constituição Federal . http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5xiii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art170p PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 46 Art. 2º O inciso X do art. 4º da Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012 , passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 4º ........................................................................ ............................................................................................. X - transporte remunerado privado individual de passageiros: serviço remunerado de transporte de passageiros, não aberto ao público, para a realização de viagens individualizadas ou compartilhadas solicitadas exclusivamente por usuários previamente cadastrados em aplicativos ou outras plataformas de comunicação em rede. ...................................................................................” (NR) Art. 3º A Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012 , passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 11-A e 11-B: “ Art. 11-A. Compete exclusivamente aos Municípios e ao Distrito Federal regulamentar e fiscalizar o serviço de transporte remunerado privado individual de passageiros previsto no inciso X do art. 4º desta Lei no âmbito dos seus territórios. Parágrafo único. Na regulamentação e fiscalização do serviço de transporte privado individual de passageiros, os Municípios e o Distrito Federal deverão observar as seguintes diretrizes, tendo em vista a eficiência, a eficácia, a segurança e a efetividade na prestação do serviço: I - efetiva cobrança dos tributos municipais devidos pela prestação do serviço; II - exigência de contratação de seguro de Acidentes Pessoais a Passageiros (APP) e do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT); III - exigência de inscrição do motorista como contribuinte individual do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nos termos da alínea h do inciso V do art. 11 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 .” “ Art. 11-B. O serviço de transporte remunerado privado individual de passageiros previsto no inciso X do art. 4º desta Lei, nos Municípios que optarem pela sua regulamentação, somente será autorizado ao motorista que cumprir as seguintes condições: I - possuir Carteira Nacional de Habilitação na categoria B ou superior que contenha a informação de que exerce atividade remunerada; II - conduzir veículo que atenda aos requisitos de idade máxima e às características exigidas pela autoridade de trânsito e pelo poder público municipal e do Distrito Federal; III - emitir e manter o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV); IV - apresentar certidão negativa de antecedentes criminais. Parágrafo único. A exploração dos serviços remunerados de transporte privado individual de passageiros sem o cumprimento dos requisitos previstos nestaLei e na regulamentação do poder público municipal e do Distrito Federal caracterizará transporte ilegal de passageiros.” Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 26 de março de 2018; 197º da Independência e 130º da República. LIBERDADE DE INFORMAÇÃO – Art. 5º, XIV XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional COMENTÁRIOS: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm#art4x. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm#art11a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art11vh http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art11vh http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm#art11b PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 47 O direito à informação é a regra e, quando for necessário à garantia da informação, deverá ser resguardado o sigilo da fonte, como por exemplo o jornalista que revela o escândalo da Operação Lava Jato, deve ter assegurado que a fonte de sua informação deve ser preservada. Jurisprudência do STF sobre o inciso: IMPOSSIBILIDADE DE ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO DO JORNALISMO O jornalismo é uma profissão diferenciada por sua estreita vinculação ao pleno exercício das liberdades de expressão e de informação. O jornalismo é a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, profissional e remunerada. Os jornalistas são aquelas pessoas que se dedicam profissionalmente ao exercício pleno da liberdade de expressão. O jornalismo e a liberdade de expressão, portanto, são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada. Isso implica, logicamente, que a interpretação do art. 5º, XIII, da Constituição, na hipótese da profissão de jornalista, se faça, impreterivelmente, em conjunto com os preceitos do art. 5º, IV, IX, XIV, e do art. 220 da Constituição, que asseguram as liberdades de expressão, de informação e de comunicação em geral. (...) No campo da profissão de jornalista, não há espaço para a regulação estatal quanto às qualificações profissionais. O art. 5º, IV, IX, XIV, e o art. 220 não autorizam o controle, por parte do Estado, quanto ao acesso e exercício da profissão de jornalista. Qualquer tipo de controle desse tipo, que interfira na liberdade profissional no momento do próprio acesso à atividade jornalística, configura, ao fim e ao cabo, controle prévio que, em verdade, caracteriza censura prévia das liberdades de expressão e de informação, expressamente vedada pelo art. 5º, IX, da Constituição. A impossibilidade do estabelecimento de controles estatais sobre a profissão jornalística leva à conclusão de que não pode o Estado criar uma ordem ou um conselho profissional (autarquia) para a fiscalização desse tipo de profissão. O exercício do poder de polícia do Estado é vedado nesse campo em que imperam as liberdades de expressão e de informação. Jurisprudência do STF: Rp 930, rel. p/ o ac. min. Rodrigues Alckmin, DJ de 2-9-1977. [RE 511.961, rel. min. Gilmar Mendes, j. 17-6-2009, P, DJE de 13-11-2009.] CUIDADO NA PEGADINHA NA LIBERDADE DE EXPRESSÃO: VEDA-SE O ANONIMATO - IV NA LIBERDADE DE INFORMAÇÃO: ASSEGURA-SE O SIGILO - XIV A BANCA VAI TROCAR AS EXPRESSÕES, DIZER QUE NA LIBERDADE DE EXPRESSÃO ASSEGURA-SE O SIGILO E NA LIBERDADE DE INFORMAÇÃO VEDA-SE O ANONIMATO PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 48 LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO – Art. 5º, XV XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens COMENTÁRIOS: Doutrina sobre o inciso acima: Vê-se que a liberdade inscrita no art. 5°, XV, CF/88 abarca: (i) o acesso e ingresso no território nacional; (ii) a saída do território nacional; (iii) a permanência no território nacional; e, ainda, (iv) o deslocamento no território nacional Há de se noticiar, contudo, que o direito de ir, vir ou permanecer no território nacional em tempo de paz não pode ser visto como absoluto, afinal trata-se de uma norma constitucional de eficácia contida - o que possibilita que a própria Constituição, ou a legislação complementar, restrinja sua amplitude, a partir de critérios proporcionais e justificáveis Descarte, caso o Estado vivencie uma situação de crise constitucional, por exemplo, a liberdade de locomoção poderá ser restringida. Para ilustrar, vale lembrar a previsão do art. 139, em seus incisos 1 e II, CF/88, que determinam que na vigência do estado de sítio é constitucional a determinação da obrigação de permanência em localidade determinada, bem como a detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns. Outra norma constitucional que bem explicita a restrição é o art. 136, § 3º, que autoriza a prisão preventiva sem mandato judicial durante o estado de defesa. (Masson, Natália. Manual de Direito Constitucional. 2016) LIBERDADE DE REUNIÃO – Art. 5º, XVI XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente COMENTÁRIOS: Doutrina sobre o inciso acima A doutrina" destaca os elementos que compõem o direito de reunião, a saber: (i) elemento subjetivo: o direito de reunião pressupõe um conjunto de pessoas, não sendo factível falar em reuniões individuais; (ii) elemento formal: a reunião deve ser minimamente coordenada, exigindo-se a prévia convocação e a consciência da participação dos componentes. A reunião nunca é, pois, uma aglomeração espontânea de pessoas num determinado lugar: é um evento planejado, que foi convocado previamente, em que as pessoas que ali estão o fazem justamente para integrar o encontro; (iii) elemento teleológico: os integrantes da reunião devem comungar de uma mesma finalidade (fim comum), seja de cunho político, religioso, artístico ou filosófico; (iv) elemento temporal: o agrupamento não pode apresentar laços duradouros, caso contrário haveria a configuração de uma associação. A reunião deve ser, portanto, um evento momentâneo, passageiro; (v) elemento objetivo: para ser constitucionalmente legítima a reunião deverá ser pacífica e sem armas. Não pode haver conflagração física nem violência (a não ser que esta seja externa, sendo deflagrada por pessoas estranhas ao agrupamento); (vi) elemento espacial: há que PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 49 haver um local delimitado, uma área específica para a reunião acontecer, mesmo naquelas situações mais dinâmicas que se caracterizam, por exemplo, pela situação de deslocamento em vias públicas (passeatas, por exemplo). A Constituição Federal impõe, ainda, duas condicionantes para que haja um exercício genuíno e lícito do direito, quais sejam, (i) o aviso prévio e (ii) a não frustração de outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local. Sobre eles, diga-se o seguinte Por fim, vejamos duas importantes manifestações do STF sobre o tema: (i) Na ADPF 1 87108 o STF consignou que passeata que defenda a legalização do uso de substâncias entorpecentes (informalmente conhecida como "Marcha da Maconha") é legítima manifestação de duas liberdades individuais revestidas de caráter fundamental: o direito de reunião (como liberdade-meio) e o direito à livre expressão do pensamento (como liberdade-fim). É, pois, um legítimo "debate que não se confunde com incitação à prática de delito nem se identifica com apologia de fato criminoso". (ii) Na ADI 1 969 a Corre declarou inconstitucional um decreto do Distrito Federal (Decreto 20.098/1 999) que, a pretextode proteger o funcionamento dos Poderes da República, vedou a realização de manifestações populares com a utilização de carros, aparelhos e objetos sonoros na Praça dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios, na Praça do Buriti e vias adjacentes. Nos dizeres do Supremo A liberdade de reunião e de associação para fins lícitos constitui uma das mais importantes conquistas da civilização, enquanto fundamento das modernas democracias políticas. A restrição ao direito de reunião estabelecida pelo Decreto distrital 20.098/ 1999, a roda evidência, mostra-se inadequada, desnecessária e desproporcional quando confrontada com a vontade da Constituição Jurisprudência sobre o assunto: Possibilidade de marcha pela descriminalização de crime, como a exemplo pela descriminalização do porte de drogas para uso pessoal .Cabível o pedido de “interpretação conforme à Constituição” de preceito legal portador de mais de um sentido, dando-se que ao menos um deles é contrário à CF. A utilização do § 3º do art. 33 da Lei 11.343/2006 como fundamento para a proibição judicial de eventos públicos de defesa da legalização ou da descriminalização do uso de entorpecentes ofende o direito fundamental de reunião, expressamente outorgado pelo inciso XVI do art. 5º da Carta Magna. Regular exercício das liberdades constitucionais de manifestação de pensamento e expressão, em sentido lato, além do direito de acesso à informação (...). Nenhuma lei, seja ela civil ou penal, pode blindar-se contra a discussão do seu próprio conteúdo. Nem mesmo a Constituição está a salvo da ampla, livre e aberta discussão dos seus defeitos e das suas virtudes, desde que sejam obedecidas as condicionantes ao direito constitucional de reunião, tal como a prévia comunicação às autoridades competentes. Impossibilidade de restrição ao direito fundamental de reunião que não se contenha nas duas situações excepcionais que a própria Constituição prevê: o estado de defesa e o estado de sítio (...). Ação direta julgada procedente para dar ao § 2º do art. 33 da Lei 11.343/2006 “interpretação conforme à Constituição” e dele excluir qualquer significado que enseje a proibição de manifestações e debates públicos acerca da descriminalização ou legalização do uso de drogas ou de qualquer substância que leve o ser humano ao entorpecimento episódico, ou então viciado, das suas faculdades psicofísicas. [ADI 4.274, rel. min. Ayres Britto, j. 23-11-2011, P, DJE de 2-5-2012.] Vide ADPF 187, rel. min. Celso de Mello, j. 15-6-2011, P, DJE de 29-5-2014 SE LIGA NA NOVIDADE DA JURISPRUDÊNCIA DO STF: PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 50 LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO – Art. 5º, XVII a XXI XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente COMENTÁRIOS: A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local. [RE 806.339, rel. p/ o ac. min. Edson Fachin, j. 15-12-2020, P, DJE de 19-3-2021, Tema 855.] TRADUZINDO PARA O ALUNO: O que o STF ENTENDEU FOI QUE, EM CASOS NOS QUAIS HAJA INFORMAÇÃO CONCRETA SOBRE REUNIÃO A SER REALIZADA, E ESTA INFORMAÇÃO CHEGUE, DE ALGUMA FORMA, AO CONHECIMENTO DA AUTORIDADE PÚBLICA, SERIA DESNECESSÁRIO O AVISO PRÉVIO EXEMPLO: Associação de estudantes concurseiros, com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram marca uma reunião em determinada praça da Capital do Ceará, mas não envia AVISO PRÉVIO À AUTORIDADE COMPETENTE. NO ENTANTO, A CITADA REUNIÃO FOI AMPLAMENTE DIVULGADA EM SUAS REDES SOCIAIS, ESPECIALMENTE INSTAGRAM, INCLUSIVE O PERFIL OFICIAL DA PREFEITURA DA CAPITAL CURTIU A PUBLICAÇÃO DA REUNIÃO NA PÁGINA DO INSTAGRAM DA ASSOCIAÇÃO E, NESSE CASO, SEGUNDO O STF ESTARIAM SATISFEITOS OS REQUISITOS DO DIREITO DE REUNIÃO, POIS A AUTORIDADE TOMOU CONHECIMENTO DA REUNIÃO http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=755376303 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 51 Doutrina sobre o inciso acima: Constitui-se em direito individual de expressão coletiva o que significa que muito embora seja atribuído a cada pessoa individualmente considerada, somente poderá ser exercido de forma coletiva. Assim, é requisito para a configuração da associação a coligação de uma pluralidade de indivíduos. (Masson, Nathália. Manual de Direito Constitucional . 2016). SE LIGA, SE LIGA: Em regra, as associações precisam de autorização do associado para representá-los, judicial ou extrajudicialmente, isto é, demandam assinatura dos associados em cada ação da associação em benefício dos associados. No entanto, quando se tratar de mandado de segurança coletivo, será desnecessária a citada autorização, dada a urgência que geralmente o mandado de segurança carrega, conforme dispõe a súmula 629 do Supremo Tribunal Federal: “A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes” EXIGÊNCIA DE DECISÃO JUDICIAL PLENA PARA FINS LÍCITOS VEDADA A DE CARÁTER PARAMILITAR CRIAÇÃO INDEPENDE DE AUTORIZAÇÃO VEDADA A INTERFERÊNCIA ESTATAL NO SEU FUNCIONAMENTO NINGUÉM PODE SER OBRIGADOR A PARTICIPAR OU PERMANCER SUSPENDER AS ATIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO DISSOLVER COMPULSORIAMENTE PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 52 DIREITO DE PROPRIEDADE - Art. 5º, XXII A XXVI XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; XXX - é garantido o direito de herança; XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes sejamais favorável a lei pessoal do "de cujus" Doutrina sobre o assunto: Vê-se que nossa Constituição protege a propriedade de forma vasta, englobando qualquer direito de conteúdo patrimonial, sejam eles materiais ou mesmo imateriais, como os direitos autorais, a propriedade industrial (marcas) e o direito à herança. Segundo Gilmar Mendes, essa amplitude é produto das mutações sofridas pelo direito no passar dos anos, em que releituras interpretativas passaram a admitir que a garantia do direito de propriedade abrangesse não só a propriedade sobre bens móveis ou imóveis, mas também os demais valores patrimoniais, incluídas aqui as diversas situações de índole patrimonial, decorrentes de relações de direito privado ou não. l:..ssa mudança da função da propriedade foi fundamental para o abandono da ideia da necessária identificação entre o conceito civilístico e o conceito constitucional de propriedade Como esse direito não se revela, por óbvio, absoluto, as relativizações trazidas pela Constituição Federal serão apresentadas nos itens a seguir, por intermédio de ESTA COM TRÂNSITO EM JULGADO, OU SEJA, PARA DISSOLUÇÃO DE UMA ASSOCIAÇÃO É NECESSÁRIO QUE DA DECISÃO NÃO CAIBA MAIS RECURSO. PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 53 comentários referentes à função social da propriedade (are. 5º, XXl), à desapropriação (art. 5°, XXlV; 1 82, §3°; 1 84; 243), à requisição (are. 5°, XXV, da CF/88), à expropriação (are. 243, CF/88), e também à usucapião (ares. 1 83 e 1 9 1 , CF/88). (Masson, Nathália. Manual de Direito Constitucional) É imprescindível que a propriedade cumpra a sua função social, determinada constitucionalmente, conforme o art. 182, §2º (propriedade urbana) e 184 (propriedade rural) da Constituição Federal ATENÇÃO: O direito de PROPRIEDADE é um direito de PRIMEIRA DIMENSÃO, isto é, significa que o particular tem o direito a que o Estado e os outros particulares respeitem sua propriedade. É UMA LIBERDADE NEGATIVA. Já o direito à MORADIA é um direito de SEGUNDA DIMENSÃO, pois relaciona-se à necessidade do ESTADO GARANTIR à aqueles que não tem condições de ter, por suas próprias forças, um local para residir e, nesse caso, o ESTADO DEVE PRESTAR, DEVE AGIR para garantir esse DIREITO SOCIAL. TRATA-SE DE UMA LIBERDADE POSITIVA. LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE »Função Social (Art. 5º, XXIII) – PROPRIEDADE NÃO É ABSOLUTA »Desapropriação (Art. 5º, XXIV da CF/88) – PROPRIEDADE NÃO É PERPÉTUA »Requisição (Art. 5º, XXV da CF/88) – PROPRIEDADE NÃO É EXCLUSIVA »Expropriação (Art. 243 da CF/88) – PROPRIEDADE NÃO É PERPÉTUA »Usucapião (Art. 183 e 191 da CF/88) – PROPRIEDADE NÃO É PERPÉTUA É DE PRIMEIRA DIMENSÃO DIREITO DE PROPRIEDADE NÃO É ABSOLUTO DEVE ATENDER A FUNÇÃO SOCIAL XXIII NÃO É PERPÉTUO DESAPROPRIAÇÃO - XXIV USUCAPIÃO - Art. 183 EXPROPRIAÇÃO - ART. 243 NÃO É EXCLUSIVO REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA - XXV É RELATIVO Trabalhada pela família PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 54 XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; Aprovação do Código de Defesa do Consumidor – Lei 8.078/1990 XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; IMPENHORABILIDADE DA PEQUENA PROPRIEDADE RURAL Por débitos decorrentes de sua atividade produtiva EXEMPLO: Agricultor do interior do Ceará compra máquina para plantio de grãos, através de empréstimo concedido pelo Banco do Nordeste. Porém, em razão da “seca” que assola o local, não tem uma boa colheita e não consegue pagar o empréstimo. O Banco do Nordeste entra com uma ação na Justiça cobrando os valores do empréstimo e o Juiz profere sentença condenando o agricultor a pagar os valores. Na fase de execução da sentença, CASO NÃO HOUVESSE A REGRA CONSTITUCIONAL DA IMPENHORABILIDADE, O JUIZ PODERIA PENHORAR O IMÓVEL DO AGRICULTOR. NO ENTANTO, EM FACE DO INCISO ACIMA, O AGRICULTOR DEVERÁ PAGAR OS VALORES DO EMPRÉSTIMO, MAS SUA PEQUENA PROPRIEDADE RURAL NÃO SERÁ PENHORADA PARA PAGAMENTO DA CITADA DÍVIDA, VEZ QUE FOI CONTRAÍDA PARA SUA ATIVIDADE PRODUTIVA DIREITO DE INFORMAÇÃO REGRA: receber informações de interesse particular, coletivo ou geral EXCEÇÃO: informações que causam risco à segurança da SOCIEDADE e do ESTADO PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 55 COMENTÁRIOS: A regra atual na Administração Pública é que vigore o princípio da publicidade, isto é, que as ações e atos da administração pública sejam tornados públicos, de ofício ou a requerimento do cidadão. Saliente-se que, caso as informações acima prestadas, sejam elas de caráter particular, coletivo ou geral, não sejam prestadas a quem requerer, caberá a impetração de mandado de segurança para fazer valer o direito líquido e certo a essa informação. CUIDADO: SE A INFORMAÇÃO FOR DE INTERESSE PARTICULAR, RELATIVA À PESSOA DO IMPETRANTE, CABERÁ HABEAS DATA. CASO CONTRÁRIO, ISTO É, SENDO PARTICULAR, MAS NÃO SENDO RELATIVA À PESSOA DO IMPETRANTE, O REMÉDIO CONSTITUCIONAL ADEQUADO SERÁ O MANDADO DE SEGURANÇA. Foi pensando nisso que foi publicada a Lei nº 12.527/2011 (Lei de acesso à informação). Nesse sentido, já decidiu o STF que é constitucional a publicação em sítio de internet da remuneração dos servidores públicos, conforme acórdão abaixo mencionado: Ementa: CONSTITUCIONAL. PUBLICAÇÃO, EM SÍTIO ELETRÔNICO MANTIDO PELO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, DO NOME DE SEUS SERVIDORES E DO VALOR DOS CORRESPONDENTES VENCIMENTOS. LEGITIMIDADE. 1. É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos nomes dos seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias. 2. Recurso extraordinário conhecido e provido. (ARE 652777, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 23/04/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-128 DIVULG 30-06-2015 PUBLIC 01-07-2015) ATENÇÃO: O HABEAS DATA É REMÉDIO CONSTITUCIONAL DESTINADO A GARANTIR ACESSO À INFORMAÇÕES RELATIVAS À PESSOA DO IMPETRANTE, E NÃO À INFORMAÇÕES DE INTERESSE COLETIVO OU GERAL, COMO É O CASO DA QUESTÃO ACIMA. EXEMPLO: Imagine que você, futuro Servidor Público, solicite ao Exército Brasileiro informação sobre a quantidade e localização das munições pertencentes ao EB, para realizar um trabalho da faculdade. Nesse caso, percebe-se que essa informação NÃO SERÁ CONCEDIDA AO PARTICULAR, pois poderia colocar em risco a SEGURANÇA DO ESTADO E DA SOCIEDADE. Em outra situação, você solicita ao Estado em que mora informação sobre os valores gastos com a pandemia do \COVID\, nesse caso, como referida informação é de interesse coletivo ou geral, o ÓRGÃO deverá conceder a informação. PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 56 ATENÇÃO – COMENTÁRIOS SOBRE O INCISO XXXV: Esse inciso é pouco cobrado em provas de concurso. Em resumo, nele está inscrita a norma segunda a qual o cidadão não deve ter nenhuma condição imposta pela lei, como regra, para postular a defesa de qualquer direito junto ao Poder Judiciário. Isto é, se alguém se sentir lesado ou ameaçado em algum direito, pode bater as portas do Judiciário e procurar proteção, através da via processual adequada. No entanto, como já se disse, tal princípio é a regra,encontrando algumas exceções, umas na Constituição Federal e outras na Legislação Infraconstitucional. Por exemplo, NAS AÇÕES RELACIONADAS AO ESPORTE, SÓ SERÁ ADMITIDA AÇÃO NO PODER JUDICIÁRIO APÓS ESGOTADAS AS INSTÂNCIAS DA JUSTIÇA DESPORTIVA (ART. 217, §1º da CF/88). Outro caso é do HABEAS DATAS, pois em regra, só será admitida a ação de habeas data se o impetrante demonstrar a negativa de fornecimento das informações relativas à pessoa do impetrante. (Art. 8. Parágrafo único, inciso I, da Lei n. 9.507/1997) XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; COMENTÁRIOS: A definição de direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada está no Decreto- lei 4.657/1942 (Normas de Introdução ao Direito Brasileiro) ATO JURÍDICO PERFEITO: Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou (Art. 6º, §1º) DIREITO ADQUIRIDO: Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem (Art. 6º, §2º) COISA JULGADA: Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso (Art. 6º, §3º) SE LIGA NO EXEMPLO DE ATO JURÍDICO PERFEITO: Você assina um contrato de locação de um imóvel, e no momento da assinatura do contrato a taxa de juros é de 6% ao ano, de acordo com a lei vigente. Ocorre que após o contrato ser assinado, é publicada e entra em vigor uma lei que aumenta a taxa de juros para 12% ao ano, e o locador determina a aplicação dessa nova taxa ao seu contrato. Ora, isso é inconstitucional, tendo em vista que o CONTRATO (JÁ FIRMADO E ASSINADO) É UM ATO JURÍDICO PERFEITO, E A NOVA LEI NÃO PODE SER APLICADA SOBRE ELE. PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 57 Se a lei alcançar os efeitos futuros de contratos celebrados anteriormente a ela, será essa lei retroativa (retroatividade mínima) porque vai interferir na causa, que é um ato ou fato ocorrido no passado. O disposto no art. 5º, XXXVI, da CF se aplica a toda e qualquer lei infraconstitucional, sem qualquer distinção entre lei de direito público e lei de direito privado, ou entre lei de ordem pública e lei dispositiva. Precedente do STF. Ocorrência, no caso, de violação de direito adquirido. A Taxa Referencial (TR) não é índice de correção monetária, pois, refletindo as variações do custo primário da captação dos depósitos a prazo fixo, não constitui índice que reflita a variação do poder aquisitivo da moeda. Por isso, não há necessidade de se examinar a questão de saber se as normas que alteram índice de correção monetária se aplicam imediatamente, alcançando, pois, as prestações futuras de contratos celebrados no passado, sem violarem o disposto no art. 5º, XXXVI, da Carta Magna. Também ofendem o ato jurídico SE LIGA NO EXEMPLO DE DIREITO ADQUIRIDO: Você é Servidor Público e após completar 60 anos de idade e 35 anos de contribuição ADQUIRE O DIREITO A SE APOSENTAR, MAS OPTA POR PERMANCER EM ATIVIDADE. Ocorre que, 6 meses após, entra em vigor uma LEI NOVA que aumenta o tempo de idade para 65 anos e o de contribuição para 40, e a Administração determina, com base em artigo daquela, que essa regra deve ser aplicada a todos os Servidores, sem exceção. Ora, nesse verifica-se que tal lei é inconstitucional, haja vista que o Servidor tem DIREITO ADQUIRIDO a se aposentar com base na lei anterior. SE LIGA NO EXEMPLO DE COISA JULGADA: Você entrou com uma ação na Justiça e obteve uma sentença favorável, mas a outra parte recorreu e a ação chegou até o Supremo Tribunal Federal, através de recurso extraordinário, porém o STF julgou o recurso e manteve a sentença do Juiz de primeiro grau, favorável a você e houve o TRÂNSITO EM JULGADO. Ocorre que, após 4 meses entra em vigor uma lei sobre o caso discutido nessa ação, e o art. 10 da lei determina sua aplicação a todos os casos semelhantes, e a parte perdedora solicita ao Juiz a aplicação da nova lei ao caso concreto em exame. Ora, nesse caso não é possível atender ao pleito da parte perdedora, pois isso ofenderia a COISA JULGADA JURISPRUDÊNCIA DO STF SOBRE O ASSUNTO PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 58 perfeito os dispositivos impugnados que alteram o critério de reajuste das prestações nos contratos já celebrados pelo sistema do Plano de Equivalência Salarial por Categoria Profissional (PES/CP). [ADI 493, rel. min. Moreira Alves, j. 25-6-1992, P, DJ de 4-9-1992.] = RE 552.272 AgR, rel. min Cármen Lúcia, j. 15-2-2011, 1ª T, DJE de 18-3-2011= RE 567.673 AgR-ED, rel. min. Ellen Gracie, j. 14-12-2010, 2ª T, DJE de 7-2-2011 CUIDADO, MUITO CUIDADO, pois apesar do inciso acima garantir o direito adquirido, o STF já decidiu que não há DIREITO ADQUIRUDO A REGIME JURÍDICO DE SERVIDOR, isto é, as regras que regulamentam a relação entre o ente estatal e o servidor podem ser modificadas, contanto que não haja redução da remuneração do servidor, conforme se verifica abaixo: Transposição do regime celetista para o estatutário. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico. Possibilidade de diminuição ou supressão de vantagens sem redução do valor da remuneração. [RE 599.618 ED, rel. min. Cármen Lúcia, j. 1º-2-2011, 1ª T, DJE de 14-3-2011.] = RE 562.757 ED, rel. min. Gilmar Mendes, j. 21-8-2012, 2ª T, DJE de 5-9-2012 Vide RE 212.131, rel. min. Ilmar Galvão, j. 3-8-1999, 1ª T, DJ de 29-10-1999 XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; ATENÇÃO: O inciso acima também é pouco cobrado em provas de concurso, mas o candidato deve se atentar para a possibilidade da banca cobrar na questão apenas “juízo” ou “tribunal”. EXEMPLO: se a assertiva for “não haverá juízo de exceção” ela estará correta, bem como se a assertiva for “não haverá tribunal de exceção” também estará correta, pois no inciso consta “ou” e não “e”. FIQUE ATENTO. A norma inscrita acima exige a necessidade que, para cada caso concreto submetido à apreciação do Poder Judiciário, já exista um JUIZ OU TRIBUNAL previamente designado pelas leis de organização judiciária, e ele pode também ser conjugado com o inciso LIII do art. 5º, pelo qual exige Juiz Competente – JUIZ IMPARCIAL. XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; COMENTÁRIOS: ATENÇÃO: Não confunda PLENITUDE DE DEFESA com AMPLA DEFESA. A plenitude defesa tem uma maior amplitude do que a ampla defesa, tendo em vista que no Tribunal de Júri o réu pode até mesmo pedir absolvição por clemência ou qualquer outra tese. http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=493&CLASSE=ADI&cod_classe=504&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=620688 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=618702 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1018817 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2662846 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=243954 http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=243954 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 59 ADEMAIS, o Tribunal do Júri é competente apenas para julgar crimes dolosos contra a vida, quais sejam, os capitulados no capítulo I do título I do Código Penal (homicídio em todas suas formas/instigação, induzimento e auxílio ao suicídio/infanticídio e aborto). E, ATENÇÃO ATENÇÃO, O CRIME DE LATROCÍNIO (QUE É UM CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO) NÃO É PROCESSADO E JULGADO PELO TRIBUNAL DO JÚRI, POIS ESTE SÓ JULGA CRIMES CONTRA A VIDA – Súmula 603 do STF: “A competênciapara o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do tribunal do júri.” ALÉM DISSO, algumas pessoas, por terem prerrogativas funcionais, serão julgadas por outros tribunais, como por exemplo Prefeitos (art. 29, X da Constituição Federal), Juízes (art. 96,III). NO ENTANTO, se o foro por prerrogativa de função for previsto apenas na Constituição Estadual, a competência nesta prevista não prevalece sobre a competência do Júri, assegurada pela Constituição Federal, como exemplo a prerrogativa de algumas vereadores prevista em Constituição Estadual, conforme previsto na súmula 721 do STF, convertida na Súmula Vinculante n. 45, nos seguintes termos: “a competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual. SE LIGA NA PEGADINHA: A sua prova pode dizer que uma das regras do Tribunal do Júri é o SIGILO DO JULGAMENTO, MAS, CUIDADO, EM VERDADE O JULGAMENTO É PÚBLICO, TODOS PODEM PARTICIPAR, MAS NA HORA DA VOTAÇÃO OCORRE O SIGILO DESTA. • lenitude de defesaP • oberania dos veredictosS • igilo das votaçõesS. • petência para julgar crimes dolosos contra a vidaCOM O art. 485, §1º do Código de Processo Penal preceitua que “Não havendo dúvida a ser esclarecida, o juiz presidente, os jurados, o Ministério Público, o assistente, o querelante, o defensor do acusado, o escrivão e o oficial de justiça dirigir-se-ão à sala especial a fim de ser procedida a votação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) “na falta de sala especial, o juiz presidente determinará que o público se retire, permanecendo somente as pessoas mencionadas no caput deste artigo http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 60 XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; DO INCISO ACIMA CITADOS DECORREM ALGUNS PRINCÍPIOS PENAIS ABAIXO ESQUEMATIZADOS COMENTÁRIOS: O inciso citado diz respeito ao princípio do direito penal da anterioridade penal, que encontra redação similar no art. 1º do Código Penal, necessitando que a tipificação penal e sua pena sejam anteriores ao fato criminoso. Sobre esse inciso, vale fazer o comentário sobre a decisão do STF de entender que o crime de homofobia e transfobia está tipificado na Lei n. 7716, que é a Lei de Racismo. Entendeu a Corte que, enquanto não houver a legislação que criminaliza os crimes por homofobia e transfobia, deveriam ser aplicadas as regras sobre a Lei 7716, que criminaliza os crimes de racismo. Dessa forma, alguns doutrinadores já discorrem que o STF não poderia, na função judicial, criar os citados crimes, já que de acordo com o INCISO acima tal tarefa é do LEGISLADOR, através de lei, e não da atividade judicial. XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; COMENTÁRIOS: O inciso citado diz respeito ao princípio do direito penal da irretroatividade penal em prejuízo do réu (in malam partem) e da retroatividade penal em benefício do réu (in bonam partem), que encontra redação similar no art. 1º do Código Penal, necessitando que a tipificação penal e sua pena sejam anteriores ao fato criminoso. • "LEI" LEGALIDADE • PARA CRIAR CRIMES E PENAS É PRECISO LEI EM SENTIDO ESTRITO (ORDINÁRIA) RESERVA LEGAL • "LEI ANTERIOR" ANTERIORIDADE PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 61 EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE E RETROATIVIDADE CRIME DE FURTO PRATICADO EM 2009 - PENA DE 01 a 04 LEI NOVA - 2011 AUMENTA A PENA PARA O CRIME DE FURTO - 02 A 08 SENTENÇA DO JUIZ - 2012 - DEVE CONDENAR POR FURTO COM PENA DE 01 a 04 A LEI NOVA NÃO RETROAGE, POIS MALÉFICA AO RÉU PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 62 XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; COMENTÁRIOS: O inciso acima mencionado constitui o chamado MANDADO DE CRIMINALIZAÇÃO, isto é, são normas que não deixam margem de atuação ao legislador infraconstitucional, devendo atuar em conformidade com a norma constitucional, como foi o caso da aprovação da lei 9.455 (Lei de Tortura). Ademais, com base nesse inciso, é O STF JULGOU uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão, ajuizada pelo Partido PPS QUE PEDIA que o STF criminalizasse a prática da homofobia, conforme abaixo demonstrado, oportunidade em que o Tribunal declarou a MORA DO CONGRESSO e TIPIFICOU OS CASOS DE HOMOFOBIA E TRANSFOBIA, DE FORMA ANALÓGICA, NA LEI DE RACISMO. Omissão do Congresso Nacional sobre a CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA: Em conclusão de julgamento, o Plenário, por maioria, julgou procedentes os pedidos formulados em ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) e em mandado de injunção (MI) para reconhecer a mora do Congresso Nacional em editar lei que criminalize os atos de homofobia e transfobia. Determinou, também, até que seja colmatada essa lacuna legislativa, a aplicação da Lei 7.716/1989 (que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor) às condutas de discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero, com efeitos prospectivos e mediante subsunção. Prevaleceram os votos dos ministros Celso de Mello e Edson Fachin, relatores da ADO e do MI, respectivamente (Informativo 931). A corrente majoritária reconheceu, em suma, que a omissão do Congresso CRIME DE FURTO PRATICADO EM 2009 - PENA DE 01 A 04 LEI NOVA - 2011 - DIMINUI A PENA PARA O FURTO DE 06 MESES A 01 ANO SENTENÇA DO JUIZ - 2012 - DEVE CONDENAR COM BASE NA LEI NOVA A LEI NOVA RETROAGE, POIS BENÉFICA AO RÉU PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 63 Nacional atenta contra a Constituição Federal (CF), a qual impõe, nos termos do seu art. 5º, XLI e XLII (1), inquestionável mandado de incriminação. SE LIGA: Apesar de apenas a LEI, de acordo com a Constituição, é que pode criar crimes e cominar penas, o STF, conforme mencionado acima, entendeu que enquanto não houver lei, AS CONDUTAS DE HOMOFOBIA E TRANSFOBIA são crimes tipificados na Lei de Racismo XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento) XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; COMENTÁRIOS: A doutrina em geral enuncia que os incisos XLI a XLIV apresentam os chamados mandados de criminalização, isto é, são verdadeiros mandamentos ao legislador para legisle no sentido de prevê como crime condutas atentatórias aos direitos e liberdades fundamentais. cismo http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13260.htm PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 64 XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido COMENTÁRIOS: O inciso acima citado prevê o princípio da pessoalidade das penas, tendo em vista que o direito penal, regra geral, é subjetivo, ou seja, apenas em razão de culpa em sentido amplo é que alguém pode ser criminalizado. No entanto, as sanções de reparação do dano e perdimento de bens podem ser executadas em desfavor dos herdeiros do condenado, até o limite do patrimônio transferido.XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; CRIMES INAFIANÇÁVEIS a de grupos armados... errorismo; ortura; ráfico ediondos CRIMES IMPRESCRITÍVEIS cismo a de grupos armados... CRIMES INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA errorismo; ortura; ráfico ediondos EXEMPLO Suponha que um famoso criminoso de nome “Ronaldinho beira-mar”, que cumpre pena de 350 anos de prisão e 100.000.000 (cem milhões) de reais em multa, por vários crimes, faleça na prisão, quando ainda faltavam 345 anos a cumprir. Nesse caso, de acordo com o inciso acima, sua família e seus sucessores não serão chamados a cumprir a pena de prisão restante. Porém, eles serão convocados a pagar, no limite do patrimônio transferido, a multa acima citada. Assim, considerando que o patrimônio Ronaldinho beira-mar era de 10.000.000 (dez milhões) e quando este morreu foi dividido em duas partes iguais entre os seus dois filhos, cada fi lho pagará ao Estado a quantia de 5.000.000 (cinco milhões), isto é, o limite do patrimônio transferido. O restante da multa – 90.000.000 (noventa milhões) não será cobrado. PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 65 b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; COMENTÁRIOS: ATENÇÃO: Inicialmente, sobre o inciso XLVI, que as penas acima mencionadas são as que o constituinte achou por bem inserí-las no texto constitucional, mas não em ROL TAXATIVO, a saber pela expressão “entre outras” contida na parte final do inciso. Sendo assim, vale destacar que cabe ao legislador infraconstitucional a definição, por exemplo, das penas privativas de liberdade e, cumprindo essa missão, o Código Penal, que é considerado uma lei ordinária, prevê que as penas privativas de liberdade serão de reclusão e detenção. As de reclusão serão cumpridas em regime fechado, semiaberto e aberto, a depender do “quantum” da pena. Se superior a 8 anos, em regime fechado, se acima de 4 e até 8 anos, em regime semiaberto, e se de até 4 anos em regime aberto. As penas a serem cumpridas em regime fechado serão executadas em estabelecimento de segurança máxima ou média, as de regime semiaberto serão cumpridas em colônia penal agrícola, industrial ou estabelecimento similar e, por fim, as penas em regime aberto serão cumpridas em casa de albergado ou estabelecimento adequado, conforme dispõe o art. 33 do Código Penal. Foi nesse sentido que o Supremo • rivação ou restrição de liberdadeP • ultaM • erda de bensP • restação social alternativaP • uspensão ou interdição de direitosS PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 66 Tribunal Federal decidiu, através da Súmula Vinculante n. 56 que: “A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS. Assim, em regra, se faltar estabelecimento para o cumprimento de pena em regime aberto (casa de albergado), o condenado não poderá ser incluído em estabelecimento destinado ao regime semiaberto ou fechado. XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; COMENTÁRIOS: O STF decidiu acerca do ESTADO INCONSTITUCIONAL DE COISAS, isto é, GRAVE VIOLAÇÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS DE PRESOS, E determinou várias medidas Aos Estados, dentre elas a instituição da AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA: O Estado de Coisas Inconstitucional ocorre quando verifica-se a existência de um quadro de violação generalizada e sistêmica de direitos fundamentais, causado pela inércia ou incapacidade reiterada e persistente das autoridades públicas em modificar a conjuntura, de modo que apenas transformações estruturais da atuação do Poder Público e a atuação de uma pluralidade de autoridades podem modificar a situação inconstitucional. O STF reconheceu que o sistema penitenciário brasileiro vive um • erpétuoP • morte, salvo em caso de guerraM • nimentoBA • rçadosFO • éisCRU CRITÉRIOS DE INDIVIDUALILZAÇÃO DA PENA exo dade atureza do delito PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 67 "Estado de Coisas Inconstitucional", com uma violação generalizada de direitos fundamentais dos presos. As penas privativas de liberdade aplicadas nos presídios acabam sendo penas cruéis e desumanas. Vale ressaltar que a responsabilidade por essa situação deve ser atribuída aos três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), tanto da União como dos Estados-Membros e do Distrito Federal. A ausência de medidas legislativas, administrativas e orçamentárias eficazes representa uma verdadeira "falha estrutural" que gera ofensa aos direitos dos presos, além da perpetuação e do agravamento da situação. Assim, cabe ao STF o papel de retirar os demais poderes da inércia, coordenar ações visando a resolver o problema e monitorar os resultados alcançados. Diante disso, o STF, em ADPF, concedeu parcialmente medida cautelar determinando que: • juízes e Tribunais de todo o país implementem, no prazo máximo de 90 dias, a audiência de custódia; • a União libere, sem qualquer tipo de limitação, o saldo acumulado do Fundo Penitenciário Nacional para utilização na finalidade para a qual foi criado, proibindo a realização de novos contingenciamentos. Na ADPF havia outros pedidos, mas estes foram indeferidos, pelo menos na análise da medida cautelar. STF. Plenário. ADPF 347 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/9/2015 (Info 798) L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; COMENTÁRIOS: Cuidado, a Constituição Federal não prevê período de amamentação da presidiária, o que só é previsto na Lei de Execuções Penais, no art. 83, §2º (período de 6 meses) ATENÇÃO, recentemente decidiu o STF sobre PRISÃO DOMICILIAR a GESTANTES E MÃES DE CRIANÇAS: O STF reconheceu a existência de inúmeras mulheres grávidas e mães de crianças que estavam cumprindo prisão preventiva em situação degradante, privadas de cuidados médicos pré-natais e pós-parto. Além disso, não havia berçários e creches para seus filhos. Também se reconheceu a existência, no Poder Judiciário, de uma “cultura do encarceramento”, que significa a imposição exagerada e irrazoável de prisões provisórias a mulheres pobres e vulneráveis, em decorrência de excessos na interpretação e aplicação da lei penal e processual penal, mesmo diante da existência de outras soluções, de caráter humanitário, abrigadas no ordenamento jurídico vigente. A Corte admitiu que o Estado brasileiro não tem condições de garantir cuidados mínimos relativos à maternidade, até mesmo às mulheres que não estão em situação prisional. Diversos documentos internacionais preveem que devem ser adotadas alternativas penais ao encarceramento, principalmente para as hipóteses em que ainda não haja decisão condenatória transitada em julgado. É o caso, por exemplo, das Regras de Bangkok. Os cuidados com a mulher presa não se direcionam apenas a ela, mas igualmente aos seus filhos, os quais sofrem injustamente as consequências da prisão, em flagrante contrariedade ao art. 227 da Constituição, cujo teor determina que se dê prioridade absoluta à concretização dos direitos das crianças e adolescentes. PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 68 Diante da existência desse quadro, deve-se dar estrito cumprimento do Estatuto da Primeira Infância (Lei 13.257/2016), em especial da nova redação por ele conferida ao art. 318, IV e V, do CPP, que prevê: Art. 318. Poderá o juiz substituira prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: IV - gestante; V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; Os critérios para a substituição de que tratam esses incisos devem ser os seguintes: REGRA. Em regra, deve ser concedida prisão domiciliar para todas as mulheres presas que sejam - gestantes - puérperas (que deu à luz há pouco tempo) - mães de crianças (isto é, mães de menores até 12 anos incompletos) ou - mães de pessoas com deficiência. EXCEÇÕES: Não deve ser autorizada a prisão domiciliar se: 1) a mulher tiver praticado crime mediante violência ou grave ameaça; 2) a mulher tiver praticado crime contra seus descendentes (filhos e/ou netos); 3) em outras situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente fundamentadas pelos juízes que denegarem o benefício. Obs1: o raciocínio acima explicado vale também para adolescentes que tenham praticado atos infracionais. Obs2: a regra e as exceções acima explicadas também valem para a reincidente. O simples fato de que a mulher ser reincidente não faz com que ela perca o direito à prisão domiciliar. STF. 2ª Turma. HC 143641/SP. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 20/2/2018 (Info 891). LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; COMENTÁRIOS: O BRASILEIRO NATO NUNCA SERÁ EXTRADITADO, APENAS O NATURALIZADO NAS SITUAÇÕES SUPRAMENCIONADAS. MAS ATENÇÃO, recentemente decidiu o STF que, um brasileiro nato, que morava nos EUA e que possuía o GREEN CARD (Cartão de Residência Permanente nos EUA) e que, voluntariamente, adquiriu outra nacionalidade, perdeu a nacionalidade brasileira, nos termos do art. 12, §4º, II da CF/88. Assim, em tese, essa pessoa que já não ostenta mais a condição de brasileiro nato, poderia ser extraditado. (STF. 1ª Turma. MS 33864/DF. Min Roberto Barroso, julgado em 19/04/2016–Inf822) Vale destacar a diferença entra EXTRADIÇÃO ATIVA E PASSIVA: »EXTRADIÇÃO ATIVA: O Brasil solicita a Estado Estrangeiro a extradição de indivíduo condenado pelo Brasil; PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 69 »EXTRADIÇÃO PASSIVA: Ocorre quando Estado estrangeiro solicita a EXTRADIÇÃO de BRASILEIRO, lembrando, nesse caso, as limitações do inciso acima descrito. INFORMAÇÕES DA EXTRADIÇÃO PASSIVA: »Brasileiro não pode ser extraditado para aplicação de pena de morte »Deve haver a detração da pena, se o brasileiro ficou preso no Brasil »Não pode haver extradição quando o fato não for crime no Brasil »Não pode haver extradição se o crime cometido, no Brasil a pena for inferior a 2 anos »Não pode haver extradição se o extraditando responder a processo ou já houver sido condenado ou absolvido pelo mesmo fato em que se fundar o pedido »Não pode haver extradição se tiver extinta a punibilidade »Não poder haver extradição se o fato constituir crime político FONTE: Art. 82 da Lei 13.445/2017 (Lei da Migração) LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; COMENTÁRIOS: A imparcialidade do Judiciário e a segurança do povo contra o arbítrio estatal encontram no princípio do juiz natural uma de suas garantias indispensáveis. Boddo Dennewitz afirma que a instituição de um tribunal de exceção implica em uma ferida mortal ao Estado de Direito, visto que sua proibição revela o status conferido ao Poder Judiciário na democracia. O juiz natural é somente aquele integrado no Poder Judiciário, com todas as garantias institucionais e pessoais previstas na Constituição Federal. Assim, afirma Celso de Mello que somente os juízes, tribunais e órgãos jurisdicionais previstos na Constituição se identificam ao juiz natural, princípio que REGRAS SOBRE EXTRADIÇÃO BRASILEIRO NATO - NUNCA SERÁ NATURALIZADO SERÁ POR CRIME COMUM , PRATICADO ANTES DA NATURALIZAÇÃO SERÁ POR TRÁFICO, ANTES OU DEPOIS DA NATURALIZAÇÃOESTRANGEIRO NÃO SERÁ EXTRADITADO POR CRIME POLÍTICO OU DE OPINIÃO PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 70 se estende ao poder de julgar também previsto em outros órgãos, como o Senado nos casos de impedimento de agentes do Poder Executivo. O Princípio do Juiz Natural é vetor constitucional consagrador da independência e imparcialidade do órgão julgador, pois como destacado pelo Tribunal Constitucional Alemão. PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento). LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; ATENÇÃO: O inciso LIII já foi antes mencionado, quando comentado o inciso XXXVII, pois são incisos que tratam do princípio do Juiz Natural, da Imparcialidade. – O inciso LIV diz respeito ao princípio do DEVIDO PROCESSO LEGAL e determina a necessidade de respeito a um procedimento previsto em lei para que alguém perca seus bens ou sua liberdade e, decorre, essencialmente, do Estado Democrático de Direito, isto é, se todos nós submetemos às regras democráticas e estas estão dispostas na lei, é nesta que devem estar inscritas as normas do processo acima mencionado. Algumas súmulas vinculantes foram editadas com base no princípio acima, a saber as SÚMULA VINCULANTE N. 21 “é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo” e a SÚMULA VINCULANTE N. 28 “é inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário”. Todas as súmulas dizem respeito à situações nas quais as exigências supramencionadas ferem o devido processo legal. - Outra situação acerca do devido processo legal é a transferência de presos em estabelecimentos penais federais de segurança máxima, conforme está disposto na Lei n. 11.671/2008, QUE DETERMINA QUE NO PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA DE PRESO PARA ESTABELECIMENTOS FEDERAIS DEVERÁ SER OUVIDA A DEFESA, isto é, a lei exige o contraditório e a ampla defesa. No entanto, o Superior Tribunal de justiça – STJ editou súmula 639 sobre a não ofensa ao devido processo legal “Não fere o contraditório e o devido processo decisão que, sem ouvida prévia da defesa, determine transferência ou permanência de custodiado em estabelecimento penitenciário federal”. – Outra SÚMULA VINCULANTE IMPORTANTE É N. 05 “A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição” Já o inciso LV que prevê o direito ao contraditório e a ampla defesa decorre do devido processo legal, sendo o primeiro a necessidade de dar oportunidade da outra parte contradizer o que foi dito sobre a mesma, já a ampla defesa, como o nome http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12037.htm PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 71 indica, demonstra a necessidade de garantir todos os meios para uma defesa ampla (recursos, custas gratuitas, defensoria pública, etc.). – Sobre o inciso LVI, vale destacar a proibição de prova ilícita no processo. Por prova ilícita, entende-se como aquela que ofende a lei material (como aConstituição Federal, o Código Penal), bem como aquela que ofende a lei processual (código de processo penal, código de processo civil), por exemplo, quando não se respeita o prazo da resposta à acusação no processo penal e, mesmo assim, o Juiz condena o réu. De acordo com o STF, a regra é a inadmissibilidade de prova ilícita no processo, só sendo admitida em casos excepcionais, como por exemplo quando a prova ilícita é a única capaz e absolver o réu. STF: “Filmagem realizada pela vítima, em sua própria vaga de garagem, situada no edifício em que reside. Gravação de imagens feita com o objetivo de identificar o autor de danos praticados contra o patrimônio da vítima. Legitimidade jurídica desse comportamento do ofendido. Desnecessidade, em tal hipótese, de prévia autorização judicial. Alegada ilicitude da prova penal. Inocorrência. Validade dos elementos de informação produzidos, em seu próprio espaço privado, pela vítima de atos delituosos. [HC 84.203, rel. min. Celso de Mello, j. 19-10-2004, 2ª T, DJE de 25-9-2009.]” – Outro entendimento do STF: “A gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, quando ausente causa legal de sigilo ou de reserva da conversação não é considerada prova ilícita. [AI 578.858 AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 4-8-2009, 2ª T, DJE de 28-8-2009.] = RE 630.944 AgR, rel. min. Ayres Britto, j. 25-10-2011, 2ª T, DJE de 19-12-2011 Vide RE 453.562 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 23-9-2008, 2ª T, DJE de 28-11-2008 - “Ação penal. Prova. Gravação ambiental. Realização por um dos interlocutores sem conhecimento do outro. Validade. Jurisprudência reafirmada. Repercussão geral reconhecida. Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC. É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro” – OUTRO IMPORTANTE JULGADO DO STF: “Encontro fortuito de prova da prática de crime punido com detenção. (...) O STF, como intérprete maior da CR, considerou compatível com o art. 5º, XII e LVI, o uso de prova obtida fortuitamente através de interceptação telefônica licitamente conduzida, ainda que o crime descoberto, conexo ao que foi objeto da interceptação, seja punido com detenção. [AI 626.214 AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 21-9-2010, 2ª T, DJE de 8-10-2010.] = HC 83.515, rel. min. Nelson Jobim, j. 16-9-2004, P, DJ de 4-3-2005 Vide HC 102.304, rel. min. Cármen Lúcia, j. 25-5-2010, 1ª T, DJE de 25-5-2011” . Por sua vez, o inciso LVII apregoa-nos o princípio da presunção de inocência, pelo qual ninguém é considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. A Constituição federal não conceitua o que seja trânsito em julgado, mas a Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro – Art. 6º, §3º “Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso”. No entanto, existe intensa divergência no Judiciário Nacional, principalmente no STF, sobre o momento em que ocorre o trânsito em julgado. Já o art. 283 do Código de Processo Penal determina que “Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 72 julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva.”. O atual entendimento do STF, conforme expressado no julgamento das Ação Declaratórias de Constitucionalidade – ADC 43 e 44, é de que o artigo do código penal, quando exige o trânsito em julgado é CONSTITUCIONAL, e NÃO É POSSÍVEL A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA. Sobre o inciso LXVII, destaque-se que, não obstante haja dispositivo permitindo a prisão civil do depositário infiel, tal prisão não mais subsiste no ordenamento jurídico, vez que sua regulamentação está no Decreto 911/1969, que tem caráter legal, e o STF passou a definir que o Pacto de São José da Costa, muito embora sem o status de emenda constitucional, possui caráter SUPRALEGAL, isto é, torna inaplicável a legislação infralegal com eles conflitante. Nesse sentido, dispõe o STF que “desde a adesão do Brasil, sem qualquer reserva, ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (art. 11) e à Convenção Americana sobre Direitos Humanos – Pacto de São José da Costa Rica (art. 7º, 7), ambos no ano de 1992, não há mais base legal para prisão civil do depositário infiel, pois o caráter especial desses diplomas internacionais sobre direitos humanos lhes reserva lugar específico no ordenamento jurídico, estando abaixo da Constituição, porém acima da legislação interna. O status normativo supralegal dos tratados internacionais de direitos humanos subscritos pelo Brasil, dessa forma, torna inaplicável a legislação infraconstitucional com ele conflitante, seja ela anterior ou posterior ao ato de adesão. Assim ocorreu com o art. 1.287 do Código Civil de 1916 e com o DL 911/1969, assim como em relação ao art. 652 do novo Código Civil (Lei 10.406/2002). [RE 466.343, rel. min. Cezar Peluso, voto do min. Gilmar Mendes, j. 3-12-2008, P, DJE de 5-6-2009, Tema 60.] vide HC 84.484, rel. min. Ayres Britto, j. 30-11-2004, 1ª T, DJ de 7-10-2005” ASSIM, EM UM PROCESSO JUDICIAL, SEJA ELE PENAL, CIVIL, TRABALHISTAS AS REGRAS ABAIXO DEVEM SER OBSERVADAS: DEVIDO PROCESSO LEGAL – processo devido é processo de acordo com a lei CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA – contraditório é dizer o contrário sobre você/ ampla defesa é aplicada ao réu de um processo PROIBIÇÃO DE ALGUÉM SER CONDENADO COM UMA PROVA ILÍCITA ILEGÍTIMA – OFENDE O PROCESSO ILEGAL – OFENDE O DIREITO MATERIAL PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA – somente sendo considerado culpado com o trânsito em julgado DE ACORDO COM O STF o trânsito em julgado ocorre apenas com o julgamento do último recurso no próprio STF PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 73 DIREITOS DOS PRESOS LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; SÚMULA VINCULANTE 25 DO STF QUE VEDA A PRISÃO CIVIL DO DEPOSITÁRIO INFIEL SÚMULA DO STJ QUE VEDA A PRISÃO CIVIL DO DEPOSITÁRIO INFIEL PACTO DE SÃO JOSÉ DA COSTA RICA – ART. 7º PACTO DOS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS – ART. 11º SE LIGA, QUANDO ALGUÉM FOR PRESOS, OS DIREITOS ABAIXO DEVEM SER GARANTIDOS PERMANECER CALADO PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 74 COMUNICAÇÃO - IMEDIATA JUIZ – Audiência de Custódia FÁMILIA ou PESSOA INDICADA INFORMADOS DOS RESPONSÁVEIS PELA PRISÃO E PELO INTERROGATÓRIO POLICIAL ASSISTÊNCIA DA FAMÍLIA DE ADVOGADO QUANDO A LEI ADMITIR LIBERDADE PROVISÓRIA, COM OU SEM FIANÇA, NINGUÉM PODERÁ FICAR PRESO PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 75 PRISÃO FLAGRANTE ORDEM JUDICIAL – ESCRITA E FUNDAMENTADA PRISÃO ILEGAL – IMEDIATAMENTE RELAXADA PROFESSOR E APRISÃO CIVIL DO DEPOSITÁRIO INFIEL, É POSSÍVEL? STATUS SUPRALEGAL – Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) PROÍBE PRISÃO CIVIL DO DEPOSITÁRIO INFIEL PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 76 CONSTITUIÇÃO EMENDAS CONSTITUCIONAIS TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS APROVADOS COM QUÓRUM DE EMENSA TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS APROVADOS POR PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO (SEM QUÓRUM DE EMENDA) STATUS SUPRALEGAL LEGISLAÇÃO INFRACONSTIUCIONAL NORMAS INFRALEGAIS - atos normativos, decretos de Poder Executivo Código Civil (Lei Ordinária – 10406/02) prevê no seu artigo 652 a prisão civil do depositário infiel Como na pirâmide acima, o Pacto de São José(que proíbe a prisão civil) está hierarquicamente superior ao Código Civil (que prevê a prisão), logo conclui-se que a prisão é ILÍCITA Foi por essa razão que o STF editou a SÚMULA VINCULANTE 25, dizendo que a prisão civil do depositário infiel é ilícita PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 77 REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; COMENTÁRIOS: Doutrina sobre o HABEAS CORPUS: O habeas corpus é um instrumento que surgiu como fruto das conquistas liberais do passado. Foi primeiramente concedido por João Sem Terra, na Inglaterra, por meio da Magna Carta de 12152, sendo, após, formalizado pelo habeas corpus Act no ano de 1679. Inicialmente, o habeas corpus não era vinculado à ideia de liberdade de locomoção, mas sim ao conceito de devido processo legal. Apenas a partir de 1679, com o habeas corpus Amendment Act, é que ficou configurado mais precisamente como um remédio destinado a assegurar a liberdade dos súditos e prevenir os encarceramentos ultramar O habeas corpus pode ser interposto com o objetivo de trancar ação penal, inquérito policial e, até mesmo, em face de particular. Assim, o writ é sempre ação constitucional penal, embora, em muitos casos, seja impetrado contra ato de autoridade civil. Professor, mas o STF pode dizer algo diferente do que está na Constituição Federal. RESPOSTA: Meus amigos, de acordo com a própria Constituição, o STF é quem é o INTÉRPRETE FINAL DA CONSTITUIÇÃO (ART. 102, I), assim, o STF interpretou as regras sobre prisão civil do depositário infiel, com base nos tratados de direitos humanos e entendeu que ela não era mais possível. DE ACORDO LITERALMENTE COM A CF, é possível prisão do depositário DE ACORDO COM O ENTENDIMENTO DO STF, NÃO É MAIS POSSÍVEL - ILÍCITA PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 78 Em que pese o Código de Processo Penal incluir o habeas corpus no título dos recursos (Livro lll, Título II, Capítulo X, CPP), é induvidosa a sua natureza jurídica de ação penal popular com status constitucional LEGITIMIDADE A legitimidade ativa no habeas corpus é universal, sendo que qualquer do povo, nacional ou estrangeiro, independentemente de capacidade civil, política ou profissional, de idade, de sexo, profissão, estado mental, tem legitimidade para ingressar com habeas corpus, em benefício próprio ou alheio Por outro lado, será sujeito passivo do habeas corpus aquele que pratica a coação ou ilegalidade ao direito de locomoção do paciente. Normalmente, será uma autoridade, como magistrados, delegados, membros de Tribunal ou até mesmo integrantes do Ministério Público. Entretanto, em alguns raros casos, o habeas corpus poderá ser impetrado também contra aros de particulares, em face de patente ilegalidade. É o que ocorre, 11.g., nas relações médico-hospitalares, onde se condiciona a liberação do paciente ao implementa da fatura do hospital. Já o paciente é a pessoa física beneficiada pela ordem. Intuitivamente, não caberá HC em favor da pessoa jurídica, cujos interesses poderão ser tutelados na esfera criminal pelo mandado de segurança. Do mesmo modo, não há de se falar em habeas corpus para tutela de animais irracionais. NÃO CABIMENTO DE HABEAS CORPUS: SÚMULA 693 DO STF: Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada SÚMULA 694 DO STF: Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública SÚMULA 695 DO STF: Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade. LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 79 moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; HC HD MS MI AP OBJETO LIBERDA DE DE IR E VIR INFORMAÇ ÕES PESSOAIS DIREIT O LÍQUI DO E CERTO AUSÊNCIA DE NORMA REGULAMENTAD ORA P M P M IMPETRAN TE PF ou PJ PF ou PJ PF ou PJ PF ou PJ CIDAD ÃO PACIENTE PF PF ou PJ PF ou PJ PF ou PJ X CUSTAS GRATUIT O GRATUITO SIM SIM SIM ASDVOGA DO NÃO SIM SIM SIM SIM ATENÇÃO PARA AS SIGLAS PF = pessoa física PJ = pessoa jurídica P atrimônio público M oralidade P atrimônio histórico e cultural M eio ambiente HC = habeas corpus HD = habeas data MS = mandado de segurança MI = mandado de injunção AP = ação popular ATENÇÃO, POIS O MANDADO DE INJUNÇÃO APENAS É REMÉDIO CABÍVEL PARA NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA, ISTO É, AQUELAS QUE DEPENDEM DE REGULAMENTAÇÃO PARA SER APLICADAS. PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 80 ATENÇÃO, POIS EM REGRA A AÇÃO POPULAR NÃO TEM CUSTAS, SALVO SE O IMPETRANTE AJUIZOU A AÇÃO DE MÁ-FÉ, OU SEJA, SABENDO QUE NÃO HAVIA NENHUMA RAZÃO, MAS MESMO ASSIM IMPETROU O CITADO REMÉDIO CONSTITUCIONAL. ATENÇÃO, CIDADÃO PARA FINS DE IMPETRAR AÇÃO POPULAR É O BRASILEIRO, NATO OU NATURALIZADO, QUE ESTEJA EM PLENO GOZO DOS SEUS DIREITOS POLÍTICOS. PROFESSOR, O MENOR DE 18 E MAIOR DE 16, QUE JÁ PODE VOTAR, PODE IMPETRAR AÇAO POPULAR? SIM, DESDE QUE SEJA ASSISTIDO POR PESSOA MAIOR DE IDADE LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Lei nº 7.844, de 1989) a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessáriosao exercício da cidadania. LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022) § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo) ATENÇÃO: O BRASIL ATUALMENTE POSSUI QUATRO TRATADOS INTERCIONAIS DE DIREITOS HUMANOS QUE SÃO EQUIVALENTES À EMENDAS CONSTITUCIONAIS (TRATADO DE MARRAQUECHE E CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E SEU PROTOCOLO http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7844.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7844.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc115.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/quadro_DEC.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/quadro_DEC.htm PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 81 FACULTATIVO, QUE TAMBÉM É UM TRATADO E A CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA O RACISCO) § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) art. 6 CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015) Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda, cujas normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária (Incluído pela Emenda Constitucional nº 114, de 2021) TRATADOS EQUIVALENTES À EC MARRAQUECHE CONVENÇÃO DE NOVA YORK PROTOLOCO FACULTATIVO DA CONVENÇÃO DE NOA YORK CONVENÇÃO INTERAMECICANA CONTRA O RACISMO http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 82 →EDU MORA LA →SAU TRABALH ALI →ASSIS PRO SEG TRANSPORT PRE JURISPRUDÊNCIA DO STF: Programa Universidade para Todos (PROUNI). Ações afirmativas do Estado. Cumprimento do principio constitucional da isonomia. (...) A educação, notadamente a escolar ou formal, e direito social que a todos deve alcançar. Por isso mesmo, dever do Estado e uma de suas políticas publicas de primeiríssima prioridade. A Lei 11.096/2005 não laborou no campo material reservado a lei complementar. Tratou, tão somente, de erigir um critério objetivo de contabilidade compensatória da aplicação financeira em gratuidade por parte das instituicoes educacionais. Critério que, se atendido, possibilita o gozo integral da isenção quanto aos impostos e contribuições mencionados no art. 8o do texto impugnado. (...) Toda a axiologia constitucional e tutelar de segmentos sociais brasileiros historicamente desfavorecidos, culturalmente sacrificados e ate perseguidos, como, verbi gratia, o segmento dos negros e dos índios. Não por coincidência os que mais se alocam nos patamares patrimonialmente inferiores da pirâmide social. A desigualacao em favor dos estudantes que cursaram o ensino médio em escolas publicas e os egressos de escolas privadas que hajam sido contemplados com bolsa integral não ofende a Constituição pátria, porquanto se trata de um discrimen que acompanha a toada da compensação de uma anterior e factual inferioridade (“ciclos cumulativos de desvantagens competitivas”). Com o que se homenageia a insuperável máxima aristotélica de que a verdadeira igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, máxima que Ruy Barbosa interpretou como o ideal de tratar igualmente os iguais, porem na medida em que se igualem; e tratar desigualmente os desiguais, também na medida em que se desigualem. [ADI 3.330, rel. min. Ayres Britto, j. 3-5-2012, P, DJE de 22-3-2013.] EDU cação MORA dia LA zer SAU de TRABALH o ALI mentação ASSIS tência aos desampara dos PRO teção à maternidad e e à infância SEG urança TRANSPOR T e PRE vidência PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 83 DIREITOS DOS TRABALHADORES Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; (CUIDADO POIS A BANCA PODE TROCAR POR LEI ESPECÍFICA OU ORDINÁRIA) II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço; IV - salário mínimo , fixado em lei, (CUIDADO, POIS A BANCA PODE TROCAR POR LEI COMPLEMENTAR OU ESPECÍFICA) nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; (CUIDADO, POIS A CONSTITUIÇÃO NA FIXA O PERCENTUAL, QUE É FIXADO NA CLT, SENDO DE 20% NO MÍNIMO) X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943) XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI - aviso prévio proporcional ao tempode serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV - aposentadoria; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 84 XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) MENOR DE 18 ATÉ 16 – SALVO COMO APRENDIZ NÃO PODE NOTURNO, PERIGOSO INSALUBRE MENOR DE 16 NÃO PODE, SALVO COMO APRENDIZ, ACIMA DE 14 MENOR DE 14 NENHUM TRABALHO XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013) REGRAS SOBRE: PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 85 INCISOS: IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII REGRAS SOBRE: INCISOS XIII, XIV, XV, XVI, XVII DIREITOS SINDICAIS E DE ASSOCIAÇÃO SA LÁ R IO SALÁRIO MÍNIMO FIXADO EM LEI PISO SALARIAL IRREDUTIBILIDADE DE SALÁRIO SALVO CONVENÇÃO OU ACORDO COLETIVO SALÁRIO NUNCA INFERIOR AO MÍNIMO, PARA QUEM PERCEBE REMUNERAÇÃO VARIÁVEL 13º SALÁRIO COM BASE NA REMUNERAÇÃO INTEGRAL OU VALOR DA APOSENTADORIA REMUNERAÇÃO DO TRABALHO NOTURNO SUPERIOR AO DIURNO PROTEÇÃO DO SALÁRIO, NA FORMA DA LEI CRIME SUA RETENÇÃO DOLOSA PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS DA EMPRESA DESVINCULADA DA REMUNERAÇÃO SALÁRIO FAMÍLIA AO DEPENDENTE DE TRABALHADOR DE BAIXA RENDA JO R N A D A DIÁRIA DE 8 HORAS E E 44 SEMANAIS FACULTADA A COMPENSAÇÃO E REDUÇÃO DA JORNADA, POR ACORDO OU CONVENÇÃO COLETIVA SEIS HORAS PARA TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO SALVO NEGOCIAÇÃO COLETIVA REPOUSO SEMANAL REMUNERADO PREFERENCIALMENTE AOS DOMINGOS REMUNERAÇÃO SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO NO MÍNIMO EM 50% DO NORMAL FÉRIAS ANUAIS REMUNERADAS COM PELO MENOS UM TERÇO A MAIS DO SALÁRIO PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 86 Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical; II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. JURISPRUDÊNCIA DO STF: Súmula 316: A simples adesão à greve não constitui falta grave § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. CAPÍTULO III DA NACIONALIDADE Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 87 SÃO BRASILEIROS NATOS OS NASCIDOS NO: II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) § 2ºA lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) M inistro do STF P3 (PRESIDENTES) residente da República, do Senado e da Câmara . C arreira diplomática O ficial das forças armadas MP3 . COM M inistro de Estado da Defesa § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: Ainda que de pais estrangeiros, desdes que não estejam a servico de seu país de pai ou mãe brasileira, desde que QUALQUER UM DELES esteja a serviço da RFB de pai ou mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição BR OU venham a residir na RFB e optem, APÓS A MAIORIDADE PELA NACIONALIDADE BR PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 88 I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. § 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; Regulamento VI - a idade mínima de: TELEFONE ELEITORAL (35 30 21 18) P lebiscito R eferendo I niciativa popular PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 89 a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. REQUISITOS DE ELEGIBILIDADE (F.I.N.AL.DO.EX) JURISPRUDÊNCIA DO STF: Inaplicabilidade da regra de perda do mandato por infidelidade partidária ao sistema eleitoral majoritário. (...) As decisões no MS 26.602, no MS 26.603 e no MS 26.604 tiveram como pano de fundo o sistema proporcional, que e adotado para a eleição de deputados federais, estaduais e vereadores. As características do sistema proporcional, com sua ênfase nos votos obtidos pelos partidos, tornam a fidelidade partidária importante para garantir que as opções políticas feitas pelo eleitor no momento da eleição sejam minimamente preservadas. Dai a legitimidade de se decretar a perda do mandato do candidato que abandona a legenda pela qual se elegeu. O sistema majoritário, adotado para a eleição de presidente, governador, prefeito e senador, tem lógica e dinâmica diversas da do sistema proporcional. As características do sistema majoritário, com sua ênfase na figura do candidato, fazem com que a perda do mandato, no caso de mudança de partido, frustre a vontade do eleitor e vulnere a soberania popular (CF, art. 1o, parágrafo único; e art. 14, caput). [ADI 5.081, rel. min. Roberto Barroso, j. 27-5-2015, P, DJE de 19-8-2015.] § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. F I N AL DO EX iliação dade acionalidade de istamento eleioral micílio eleitoral Ercício dos direitos políticos PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 90 § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. JURISPRUDÊNCIA DO STF: SÚMULA VINCULANTE N. 18: A dissolucao da sociedade ou do vinculo conjugal, no curso do mandato, nao afasta a inelegibilidade prevista no § 7o do art. 14 da CF A dissolução da sociedade conjugal no curso do mandato não afasta a inelegibilidade prevista no art. 14, § 7o, da CF. Se a separação judicial ocorrer em meio a gestão do titular do cargo que gera a vedação, o vinculo de parentesco, para os fins de inelegibilidade, persiste ate o termino do mandato, inviabilizando a candidatura do ex-conjuge ao pleito subsequente, na mesma circunscrição, a não ser que aquele se desincompatibilize seis meses antes das eleições. [RE 568.596, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 1o-10- 2008, P, DJE de 21-11-2008 § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; JURISPRUDÊNCIA DO STF: Diversamente do que sucede ao militar com mais de dez anos de servico, deve afastar-se definitivamente da atividade o servidor militar que, contando menos de dez anos de servico, pretenda candidatar-se a cargo eletivo. [RE 279.469, rel. p/ o ac. min. Cezar Peluso, j. 16-3-2011, P, DJE de 20-6-2011.] II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. § 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. PROFESSOR RONALDO JÚNIOR91 § 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias antes da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) § 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas populares nos termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita no rádio e na televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993) CAPÍTULO V DOS PARTIDOS POLÍTICOS Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos: Regulamento I - caráter nacional; II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento, devendo seus estatutos estabelecer normas de fidelidade e disciplina partidárias. § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006) § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9096.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc52.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc52.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 92 vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) § 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. § 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) § 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. § 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) § 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anuência do partido ou de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em qualquer caso, a migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou de outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) § 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por cento) dos recursos do fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, de 2022) § 8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela do fundo partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas, deverão ser de no mínimo 30% (trinta por cento), proporcional ao número de candidatas, e a distribuição deverá ser realizada conforme critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção e pelas normas estatutárias, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc117.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 93 considerados a autonomia e o interesse partidário. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, de 2022) ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA – art. 18 ao 33 TÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. § 1º Brasília é a Capital Federal. § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (SOBERANIA) -PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO INTERNA EXTERNA UNIÃO (AUTONOMIA) ESTADOS/DF (AUTONOMIA) MUNICÍPIOS (AUTONOMIA) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc117.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc117.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 94 CRIAÇÃO/SUBDIVISÃO/DESMEMBRAMENTO DE ESTADOS § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios preservarão a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente urbano, far- se-ão por lei estadual, obedecidos os requisitos previstos em Lei Complementar estadual, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações diretamente interessadas. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far- se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) Vide art. 96 - ADCT CRIAÇÃO/INCORPORAÇÃO/FUSÃO/DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS • COMPLEMENTARLEI • PLEBISCITO APROVAÇÃO DA POPULAÇÃO DIRETAMENTE INTERESSADA http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc15.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc15.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art96adct PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 95 Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. CAPÍTULO II DA UNIÃO Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as áreas referidas no art. 26, II; •ESTUDOS DE VIABILIDADE MUNICIPAL •APROVAÇÃO DA POPULAÇÃO INTERESSADA •PERÍODO DETERMINADO POR: •LEI ESTADUAL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA LEI COMPLEMENTAR FEDERAL PUBLICADOS NA FORMA DA LEI PLEBISCITO PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 96 IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 46, de 2005) V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. § 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. § 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 102, de 2019) (Produção de efeito) § 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA - EXCLUSIVA Art. 21. Compete à União: I - MANTER relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; (PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA COMO CHEFE DE ESTADO – ART. 84, VI) II - DECLARAR a guerra e celebrar a paz; (PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA COMO CHEFE DE ESTADO – ART. 84, XIX e XX) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc46.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc46.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc102.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc102.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc102.htm#art4 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 97 III - ASSEGURAR a defesa nacional; IV - PERMITIR, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; (PELO PRESIDENTE COMO CHEFE DE ESTADO , ART. 84, XXII) V - DECRETAR o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; (PELO PRESIDENTE COMO CHEFE DE GOVERNO , ART. 84, IX e X) VI - AUTORIZAR e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; VII - EMITIR moeda; VIII - ADMINISTRAR as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; IX - ELABORAR E EXECUTAR planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social; X - MANTER o serviço postal e o correio aéreo nacional; XI - explorar, diretamente ou mediante concessão a empresas sob controle acionário estatal, os serviços telefônicos, telegráficos, de transmissão de dados e demais serviços públicos de telecomunicações, assegurada a prestação de serviços de informações por entidades de direito privado através da rede pública de telecomunicações explorada pela União. XI - EXPLORAR, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) XII - EXPLORAR, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens e demais serviços de telecomunicações; a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos; c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art21xi http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art21xihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art21xiia http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art21xiia PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 98 d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios; XIII - ORGANIZAR E MANTER o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) XIV - organizar e manter a polícia federal, a polícia rodoviária e a ferroviária federais, bem como a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal e dos Territórios; XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XIV - ORGANIZAR E MANTER a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019) XV - ORGANIZAR E MANTER os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional; XVI - EXERCER a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão; XVII - CONCEDER anistia; XVIII - PLANEJAR E PROMOVER a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações; XIX - INSTITUIR sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; ( Regulamento ) XX - INSTITUIR diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos; XXI - ESTABELECER princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; XXII - executar os serviços de polícia marítima, aérea e de fronteira; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc104.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc104.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9433.htm PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 99 XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XXIII - EXPLORAR os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; b) sob regime de concessão ou permissão, é autorizada a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos medicinais, agrícolas, industriais e atividades análogas; b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para pesquisa e uso agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 118, de 2022) c) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, a comercialização e a utilização de radioisótopos para pesquisa e uso médicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 118, de 2022) d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) XXIV - ORGANIZAR, MANTER E EXECUTAR a inspeção do trabalho; XXV - ESTABELECER as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa. ATENÇÃO: AS COMPETÊNCIAS ACIMA MENCIONADAS, PARA QUE VOCÊ CONSIGA ENTENDER E MEMORIZAR, SÃO TODAS EM AÇÕES VERBAIS, POIS SÃO COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVAS, NÃO SE TRATA DE COMPETÊNCIA PARA CRIAR LEIS, MAS SIM DE EXECUÇÃO: MANTER MANTER DECLARAR http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc49.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc49.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc49.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc49.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 100 ASSEGURAR PERMITIR DECRETAR AUTORIZAR EMITIR ADMINISTRAR ELABORAR EXPLORAR EXPLORAR EXPLORAR ORGANIZAR E MANTER ORGANIZAR E MANTER ORGANIZAR E MANTER ORGANIZAR EXERCER CONCEDER PLANEJAR INSTITUIR INSTITUIR ESTABELECER ESTABELECER COMPETÊNCIA LEGISLATIVA - PRIVATIVA Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; V - serviço postal; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; VIII - comércio exterior e interestadual; IX - diretrizes da política nacional de transportes; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial; XI - trânsito e transporte; XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 101 XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; XIV - populações indígenas; XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões; XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes; XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios,bem como organização administrativa destes; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; XX - sistemas de consórcios e sorteios; XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares; XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; XXIII - seguridade social; XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; XXV - registros públicos; XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para a administração pública, direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, nas diversas esferas de governo, e empresas sob seu controle; XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 102 empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional; XXIX - propaganda comercial. Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. COMENTÁRIOS: AS COMPETÊNCIA ACIMA MENCIONADAS SÃO PARA LEGISLAR, CRIAR LEIS E, COMO REGRA, SÃO DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO, PODENDO SER DELEGADAS AOS ESTADOS E DF, ATRAVÉS DE LEI COMPLEMENTAR MNEMÔNICO: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 103 DE sapropriação C ivil A gua P enal A grário C omercial - C onsórcios E spacial T rabalho E leitoral P rocessual I nformática M aritmo E nergia N acionalidade T ransito e T ransporte A eronáutico PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 104 COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS – COMUMS- TODOS OS ENTES Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; (Vide ADPF 672) III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; (Vide ADPF 672) X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 105 XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. Parágrafo único. Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) PARA MEMORIZAR O ART. 23, SAIBA QUE NESTE SÃO MENCIONADOS 4 ASSUNTOS: →SAÚDE E ASSISTÊNCIA, EDUCAÇÃO, EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO (INCISOS II, V, XII) →PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO, CULTURAL (INCISOS III e IV) →MEIO AMBIENTE (INCISOS VI, VII E XI) →AGROPECUÁRIA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, SANEAMENTO BÁSICO, POBREZA (V, VIII, IX, X) ATENÇÃO, AS COMPETÊNCIA SUPRACITADAS SÃO TODAS ADMINISTRATIVAS, ISTO É, NÃO SÃO PARA CRIAR LEIS, MAS, POR OUTRO LADO, DIZEM RESPEITO A FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS QUE DEVEM SER EXECUTADAS POR TODOS OS ENTES DA FEDERAÇÃO. COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - CONCORRENTES Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (Vide Lei nº 13.874, de 2019) II - orçamento; III - juntas comerciais; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 106 IV - custas dos serviços forenses; V - produção e consumo; VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; IX - educação, cultura, ensino e desporto; IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; XI - procedimentos em matéria processual; XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; (Vide ADPF 672) XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; XV - proteção à infância e à juventude; XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) § 2º A competênciada União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 107 OLHA O GAGO: O temer foi PPPPP – preso na PENITENCIÁRIO F inanceiro O rçamentário R esponsabilidade por dano ao meio ambi... A ssistência jurídica e DP T ributário E conômico M atéria processual (procedimentos) E ducação (cultura, ensino, desporto, ciência) PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 108 PRESO: PENITENCIÁRIO CAPÍTULO III DOS ESTADOS FEDERADOS Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, a empresa estatal, com exclusividade de distribuição, os serviços locais de gás canalizado. § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995) § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por P rodução e consumo P revidência, proteção e defesa da saúde P roteção ao patrimônio HC ATP P roteção e integração social de PCD P roteção à infância e juventude http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc05.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc05.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 109 agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze. § 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. § 2º A remuneração dos Deputados Estaduais será fixada em cada legislatura, para a subseqüente, pela Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. arts. 150, II, 153, III e 153, § 2.º, I. § 2.º A remuneração dos Deputados Estaduais será fixada em cada legislatura, para a subseqüente, pela Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. arts. 150, II, 153, III e 153, § 2.º, I , na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquela estabelecida, em espécie, para os Deputados Federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 1, 1992) § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos. § 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á noventa dias antes do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá no dia 1º de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 110 Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997) Parágrafo único. Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. § 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) CAPÍTULO IV Dos Municípios Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito até noventa dias antes do término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de municípios com mais de duzentos mil eleitores; II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997) III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüenteao da eleição; IV - número de Vereadores proporcional à população do Município, observados os seguintes limites: a) mínimo de nove e máximo de vinte e um nos Municípios de até um milhão de habitantes; b) mínimo de trinta e três e máximo de quarenta e um nos Municípios de mais de um milhão e menos de cinco milhões de habitantes; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art28 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art29ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art29ii PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 111 c) mínimo de quarenta e dois e máximo de cinqüenta e cinco nos Municípios de mais de cinco milhões de habitantes; IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito) (Vide ADIN 4307) a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art3 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4307&processo=4307 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 112 habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 113 t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) V - remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores fixada pela Câmara Municipal em cada legislatura, para a subseqüente, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 150, II, 153, III, e 153, § 2.º, I; V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998) VI - a remuneração dos Vereadores corresponderá a, no máximo, setenta e cinco por cento daquela estabelecida, em espécie, para os Deputados Estaduais, ressalvado o que dispõe o art. 37, XI; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) VI - subsídio dos Vereadores fixado por lei de iniciativa da Câmara Municipal, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Estaduais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998) VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máximos: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art29v http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art29v http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 114 a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município; (Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembléia Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; (Renumerado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal; (Renumerado do inciso IX, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 115 XII - cooperação das associações representativas no planejamento municipal; (Renumerado do inciso X, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado; (Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único . (Renumerado do inciso XII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das transferências previstas no § 5 o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercício anterior: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) (Vide Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (Vigência) I - oito por cento para Municípios com população de até cem mil habitantes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) (Produção de efeito) II - sete por cento para Municípios com população entre cem mil e um e trezentos mil habitantes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) III - seis por cento para Municípios com população entre trezentos mil e um e quinhentos mil habitantes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) IV - cinco por cento para Municípios com população acima de quinhentos mil habitantes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art28%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art28%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art3 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 116 habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes. (Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) § 1 o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) § 2 o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) § 3 o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1 o deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local; II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (Vide ADPF 672) III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 117 VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental; VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver. § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal. § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. CAPÍTULO V DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS SEÇÃO I DO DISTRITO FEDERAL Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. § 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 118 § 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. § 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar. § 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia civil, da polícia penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019) SEÇÃO II DOS TERRITÓRIOS Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios. § 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título. § 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União. § 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) JURISPRUDÊNCIA DO STF: PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, ate o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na administração publica direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a CF. [Súmula Vinculante 13.] (IMPESSOALIDADE, MORALIDADE EFICIÊNCIA) A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. [Súmula 473.] A administração publica pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. [Súmula 346.] (AUTOTUTELA) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc104.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc104.htm#art2 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 119 E legitima a publicação, inclusive em sitio eletrônico mantido pela administração publica, dos nomes dos seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias. [ARE 652.777, rel. min. Teori Zavascki, j. 23-4-2015, P, DJE de 1o-7-2015, Tema 483.] (PUBLICIDADE) Embora restrita ao âmbito do Judiciário, a Resolução 7/2005 do CNJ, a pratica do nepotismo nos demais Poderes e ilícita. A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a pratica. Proibição que decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da CF. (...) Recurso extraordinário conhecido e parcialmente provido para anular a nomeação do servidor, aparentado com agente político, ocupante de cargo em comissão. [RE 579.951, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 20-8-2008, P, DJE de 24-10-2008, Tema 66.] == ADI 3.745, rel. min. Dias Toffoli, j. 15-5-2013, P, DJE de 1o-8-2013 (IMPESSOALIDADE, MORALIDADE EFICIÊNCIA) Nomeação de irmão de governador de Estado. Cargo de secretario de Estado. Nepotismo. Sumula Vinculante 13. Inaplicabilidade ao caso. Cargo de natureza política. Agente político. (...) Impossibilidade de submissão do reclamante, secretario estadual de transporte, agente político, as hipóteses expressamente elencadas na Sumula Vinculante 13, por se tratar de cargo de natureza política. Existência de precedente do Plenário do Tribunal: RE 579.951/RN, rel. min. Ricardo Lewandowski, DJE de 12-9-2008. Ocorrência da fumaça do bom direito. [Rcl 6.650 MC-AgR, rel. min. Ellen Gracie, j. 16-10-2008, P, DJE de 21-11-2008.] == RE 825.682 AgR, rel. min. Teori Zavascki, j. 10-2-2015, 2a T, DJE de 2-3-2015 (IMPESSOALIDADE, MORALIDADE EFICIÊNCIA) MNEMÔNICO SOBRE PRINCÍPIOS EXPRESSOS: MNEMÔNICO SOBRE PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS NA CF L egalidade I impessoalidade M oralidade P ublicidade E ficiência PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 120 I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) JURISPRUDÊNCIA DO STF: So por lei sepode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo publico. [Súmula Vinculante 44.] M egalidade A impessoalidade S oralidade CO ublicidade RA ficiência SE LIGA, pois esse inciso, quando preleciona que “os cargos empregos e funções são acessíveis a brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei”, denota uma norma de eficácia contida, pois a lei pode estabelecer condições e requisitos para determinados cargos, como por exemplo a idade máxima de 30 anos para Órgãos Militares SE LIGA, pois a última parte do inciso, quando preleciona que “os cargos empregos e funções são acessíveis aos estrangeiros, na forma da lei”, denota uma norma de eficácia limitada, e nesse caso apenas quando alguma lei permitir que estrangeiro ocupe cargo, emprego ou função é que tal norma terá eficácia CUIDADO, pois a lei 8.112/90 prevê a hipótese que estrangeiro ocupe cargo de pesquisa em Universidades Federais. PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 121 O limite de idade para a inscrição em concurso publico só se legitima em face do art. 7o, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. [Súmula 683.] Não e admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo publico. [Súmula 14.] A nomeação tardia de candidatos aprovados em concurso público, por meio de ato judicial, à qual atribuída eficácia retroativa, não gera direito às promoções ou progressões funcionais que alcançariam houvesse ocorrido, a tempo e modo, a nomeação. Com base nessa orientação, o Plenário, apreciando o Tema 454 da repercussão geral, por unanimidade, negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia o direito à promoção funcional retroativa de candidatos nomeados por ato judicial. (...) A Corte pontuou, ainda, que a promoção ou a progressão funcional – a depender do caráter da movimentação, se vertical ou horizontal – não se resolve apenas mediante o cumprimento do requisito temporal. Pressupõe a aprovação em estágio probatório e a confirmação no cargo, bem como o preenchimento de outras condições indicadas na legislação ordinária. Diante disso, asseverou que, uma vez empossado no cargo, cumpre ao servidor atentar para todas as regras atinentes ao respectivo regime jurídico, incluídas as concernentes ao estágio probatório e as específicas de cada carreira. Assim, somente considerado o desempenho do agente, por meio de atuação concreta a partir da entrada em exercício, é possível alcançar a confirmação no cargo, bem como a movimentação funcional, do que decorreriam a subida de classes e padrões, eventual alteração na designação do cargo ou quaisquer outras consequências funcionais. [RE 629.392, rel. min. Marco Aurélio, j. 8-6-2017, P, Informativo 868, Tema 454.] II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) JURISPRUDÊNCIA DO STF: E inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir- -se, sem previa aprovação em concurso publico destinado ao seu provimento, em cargo que nao integra a carreira na qual anteriormente investido. [Súmula Vinculante 43.] III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; CUIDADO: POIS É ATÉ DOIS ANOS, PODENDO SER EM PRAZO MENOR, E SE HOUVER PRORROGAÇÃO, ESTA SEMPRE SERÁ POR PRAZO IGUAL AO INICIAL. JÁ FOI COBRADO EM PROVA QUE O PRAZO DE VALIDADE ERA DE DOIS ANOS, E NESSE CASO ERRADA A ASSERTIVA QUE ASSIM DISCORRER, HAJA VISTA QUE O PRAZO DE DOIS ANOS É FECHADO. IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 122 CUIDADO: NÃO É PROIBIDO REALIZAR NOVO CONCURSO PARA O MESMO ÓRGÃO E CARGO ESTANDO EM ANDAMENTO UM CONCURSO ANTERIOR, MAS O QUE A REGRA ACIMA VEDA É A NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS APROVADOS EM CONCURSOS POSTERIOR, EXISITINDO CANDIDATOS APROVADOS DE CONCURSO ANTERIOR, OCORRENDO DESSA FORMA A PRETERIÇÃO NA NOMEAÇÃO. V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) FUNÇÃO DE CONFIANÇA • SÓ PODE SER OCUPADA POR SERVIDORES EFETIVOS CARGOS EM COMISSÃO • PODE SER OCUPADO POR QUEM NÃO É SERVIDOR EFETIVO CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇOES DE CONFIANÇAS APENAS PARA ATRIBUIÇOES D C A ireção hefia ssessoramento Trata-se de norma constitucional de eficácia limitada, pois apenas quando houver a lei regulamentando o direito de greve do servidor é que este poderá realizar o movimento PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 123 JURISPRUDÊNCIA DO STF: O exercício de um direito constitucional é garantia fundamental a ser protegida por esta Corte, desde que não exercido de forma abusiva. (...) ao considerar o exercício do direito de greve como falta grave ou fato desabonador da conduta, em termos de avaliação de estágio probatório, que enseja imediata exoneração do servidor público não estável, o dispositivo impugnado viola o direito de greve conferido aos servidores públicos no art. 37, VII, CF/1988, na medida em que inclui, entre os fatores de avaliação do estágio probatório, de forma inconstitucional, o exercício não abusivo do direito de greve. [ADI 3.235, voto do rel. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, j. 4-2- 2010, P, DJE de 12-3-2010.] vide RE 226.966, rel. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, j. 11- 11-2008, 1ª T, DJE de 21-8-2009 O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. É obrigatória a participação do poder público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria. Com base nessas orientações, o Plenário, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário com agravo interposto contra acórdão que concluiu pela impossibilidade de extensão aos policiais civis da vedação do direito à greve dos policiais militares. [ARE 654.432, rel. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 5-4-2017, P, Informativo 860, Tema 541.] A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre, permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do poder público. [RE 693.456, rel. min. Dias Toffoli, j. 27-10-2016, P, DJE de 19-10-2017, Tema 531.] VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; JURISPRUDÊNCIA DO STF: Não se mostra justo, ou, no mínimo, razoável, que o candidato portador de deficiência física, na maioria das vezes limitado pela sua deficiência, estejaem aparente desvantagem em relação aos demais candidatos, devendo a ele ser garantida a observância do princípio da isonomia /igualdade. O STF, buscando garantir razoabilidade à aplicação do disposto no Decreto 3.298/1999, entendeu que o referido diploma legal deve ser interpretado em conjunto com a Lei 8.112/1990. Assim, as frações mencionadas no art. 37, § 2º, do Decreto 3.298/1999 deverão ser arredondadas para o primeiro número subsequente, desde que respeitado o limite máximo de 20% das vagas oferecidas no certame. [RMS 27.710 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 28-5-2015, P, DJE de 1º-7-2015.] ATENÇÃO: apesar de ainda não existir a lei que regulamenta o citado inciso, O STF, no julgamento de MANDADO DE INJUNÇÃO (remédio constitucional para a ausência de norma regulamentadora) julgou que face a omissão legislativa, seria aplicada analogicamente a lei de greve da iniciativa privada, a saber a lei 7.783 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 124 IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Regulamento) XI – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) JURISPRUDÊNCIA DO STF: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. Súmula 339/STF e Súmula Vinculante 37. Reconhecimento da repercussão geral da questão constitucional, com reafirmação da jurisprudência da Corte, para assentar a seguinte tese: “Não é devida a extensão, por via judicial, do reajuste concedido pela Lei 1.206/1987 aos servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, dispensando-se a devolução das verbas recebidas até 1º-9-2016 (data da conclusão deste julgamento)”. [ARE 909.437 RG, rel. min. Roberto Barroso, j. 1º-9-2016, P, DJE de 11-10-2016, Tema 915.] Neste juízo prévio e sumário, estou em que, conquanto essa ostensiva distinção de tratamento, constante do art. 37, XI, da Constituição da República, entre as situações dos membros das magistraturas federal (a) e estadual (b), parece vulnerar a regra primária da isonomia (CF, art. 5º, caput e I). Pelas mesmas razões, a interpretação do art. 37, § 12, acrescido pela EC 47/2005, ao permitir aos Estados e ao Distrito Federalfixar, como limite único de remuneração, nos termos do inciso XI do caput, o subsídio mensal dos desembargadores do respectivo tribunal de justiça, limitado a 90 inteiros e 25 centésimos por cento do valor do subsídio dos ministros desta Corte, também não pode alcançar-lhes os membros da magistratura. [ADI 3.854 MC, voto do rel. min. Cezar Peluso, j. 28-2-2007, P, DJ de 29-6-2007.] Nas situações jurídicas em que a CF autoriza a acumulação de cargos, o teto remuneratório é considerado em relação à remuneração de cada um deles, e não ao somatório do que recebido. [RE 612.975 e RE 602.043, rel. min. Marco Aurélio, j. 27-4-2017, P, DJE de 8-9-2017, Tema 377 e Tema 384.] PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 125 CUIDADO: POIS O TETO DO PODER JUDICIÁRIO NOS ESTADOS DE 90,25% É PARA OS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO, POIS OS PRÓPRIOS DESEMBARGADORES SE SUBMETEM AO TETO DO MINISTRO DO STF. XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001) XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas STF - TETO GERAL ESTADOS SUB-TETOS EXECUTIVO GOVERNADOR JUDICIÁRIO DESEMBARGADOR TJ - PARA OS SERVIDORES ADMINISTRATIVOS LEGISLATIVO DEPUTADOS MUNICÍPIOS PREFEITO PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 126 subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) CUIDADO: RECENTEMENTE FOI INCLUÍDO NO ART. 42, §3º, ATRAVÉS DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 101/2019 A POSSIBILIDADE DO MILITAR DOS ESTADOS, DF E TERRITÓRIOS A POSSIBILIDADE DE ACUMULAR O CARGO DE MILITAR COM OUTRO CARGO, NOS TERMOS DO ART, 37, XVI. POSSIBILIDADES DE ACUMULAÇÃO DE CARGO ou ❶PROFESSOR + PROFESSOR ❷PROFESSOR + TÉCNICO ou CIENTÍFICO ❸SAÚDE + SAÚDE ❹MILITAR + SAÚDE ou MILITAR + PROFESSOR PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 127 OU XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) CRIAÇÃO DE XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processode licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento) XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não AUTARQUIAS – DIRETAMENTE POR LEI ESPECÍFICA EMPRESA PÚBLICA; SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA; FUNDAÇÃO PÚBLICA – AUTORIZADA EM LEI Quando a lei autoriza, o ente estatal inscreve os atos constitutivos dessas entidades em cartório, e nesse momento é que elas adquirem personalidade juridica PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 128 podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. CUIDADO: O PARÁGRAFO ACIMA MENCIONADO NÃO TRATA DO PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE, MAS SIM DA IMPESSOALIDADE, VEZ QUE PROÍBE QUE O AGENTE PÚBLICO SE BENEFICE DE AÇÕES GOVERNAMENTAIS PARA A SUA PROMOÇÃO PESSOAL. § 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. COMENTÁRIOS: O parágrafo acima citado diz respeito à RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL OBJETIVA da Administração Pública e SUBJETIVA dos SERVIDORES que, na qualidade de agentes públicos, causem danos a terceiros. PROFESSOR, SE UMA VIATURA DA POLÍCIA MILITAR CAUSAR UM DANO A UM PARTICULAR, COMO É O PROCESSO DE INDENIZAÇÃO? SE LIGA COMO É: PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 129 § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - o prazo de duração do contrato; II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; III - a remuneração do pessoal." § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e ❷ O AGENTE CAUSADOR DO DANO SOMENTE RESPONDERÁ PERANTE O ESTADO SE TIVER CAUSADO O DANO COM DOLO OU CULPA PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 130 vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) § 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição decorrente de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 15. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e de pensões por morte a seus dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei que extinga regime próprio de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, devem realizar avaliação das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos resultados alcançados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; II - investido no mandatode Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a esse regime, no ente federativo de origem. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019). ATENÇÃO, pois o único cargo decorrente de mandato eletivo que é possível acumular com o cargo efeito é o de VEREADOR, desde que haja compatibilidade de horários. TODOS OUTROS O SERVIDOR PÚBLICO TERÁ QUE SE AFASTAR DO SEU CARGO EFETIVO http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 131 Seção II DOS SERVIDORES PÚBLICOS (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4) (ESSE É A REDAÇÃO QUE ATUALMENTE VIGORA, ISTO É, SÓ DEVE EXISTIR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS APENAS UM REGIME JURÍDICO, E DE ACORDO COM A DOUTRINA, DEVE SER O ESTATUTÁRIO, DEFINIDO POR LEI COM DIREITOS, OBRIGAÇÕES, DEVERES E RESPONSABILIDADES. Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (REDAÇÃO SUSPENSA) (Vide ADIN nº 2.135-4) § 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) EXEMPLO: Jair Messias Lula da Silva é Policial Civil e foi eleito para o cargo eletivo de vereador, e aparentemente a carga horária dois cargos é compatível, e nesse caso ele poderá acumular os dois cargos e as duas remunerações PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 132 § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS EFETIVOS Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma do § 3º: § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionaisao tempo de contribuição; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015) (Vide Lei Complementar nº 152, de 2015) III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc88.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc88.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp152.htm PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 133 aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 3º Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão calculados com base na remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e, na forma da lei, corresponderão à totalidade da remuneração. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em lei do respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) I portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) II que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) § 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art3%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art3%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 134 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciadospara aposentadoria de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 (cinco) anos em relação às idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar do respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 6.º As aposentadorias e pensões dos servidores públicos federais serão custeadas com recursos provenientes da União e das contribuições dos servidores, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) § 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 7º - Lei disporá sobre a concessão do benefício da pensão por morte, que será igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos a que teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o disposto no § 3º (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) (Vide ADIN 3133) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3133&processo=3133 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 135 II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) (Vide ADIN 3133) § 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da única fonte de renda formal auferida pelo dependente, o benefício de pensão por morte será concedido nos termos de lei do respectivo ente federativo, a qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos servidores de que trata o § 4º-B decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão da função. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 8º Observado o disposto no art. 37, XI, os proventos de aposentadoria e as pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da pensão, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço correspondente será contado para fins de disponibilidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeaçãoe exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime próprio de previdência social, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3133&processo=3133 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 136 temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social para o valor das aposentadorias e das pensões em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto no § 16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 15 - Observado o disposto no art. 202, lei complementar disporá sobre as normas gerais para a instituição de regime de previdência complementar pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, para atender aos seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de previdência complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos § § 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) (Vide ADIN 3133) (Vide ADIN 3143) (Vide ADIN 3184) § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, ao valor da sua http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3133&processo=3133 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3133&processo=3133 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3143&processo=3143http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3184&processo=3184 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 137 contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria compulsória. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) § 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social e de mais de um órgão ou entidade gestora desse regime em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes, órgãos e entidades autárquicas e fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento, observados os critérios, os parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei complementar de que trata o § 22. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)(Revogado pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) (Vigência) (Vide Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 21. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei complementar federal estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de organização, de funcionamento e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de Previdência Social; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos recursos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) III - fiscalização pela União e controle externo e social; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e para vinculação a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer natureza; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os princípios relacionados com governança, controle interno e transparência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem atribuições relacionadas, direta ou indiretamente, com a gestão do regime; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) IX - condições para adesão a consórcio público; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de contribuições ordinárias e extraordinárias. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art35ia http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art35ia http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art36ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art36ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 138 § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) DO PODER LEGISLATIVO SEÇÃO IDO CONGRESSO NACIONAL Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos. Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. § 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo- se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. (Vide Lei Complementar nº 78, de 1993) § 2º Cada Território elegerá quatro Deputados. Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. § 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. § 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. § 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp78.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp78.htm PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 139 Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros. SEÇÃO II DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento; V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União; VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas; VII - transferência temporária da sede do Governo Federal; VIII - concessão de anistia; IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal; IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas; X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b ; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) XI - criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração pública; XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) XII - telecomunicações e radiodifusão; XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art4 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 140 XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, por lei de iniciativa conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar; III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias; IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; VI - mudar temporariamente sua sede; VII - fixar idêntica remuneração para os Deputados Federais e os Senadores, em cada legislatura, para a subseqüente, observado o que dispõem os arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) VIII - fixar para cada exercício financeiro a remuneração do Presidente e do Vice- Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes; XII- apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art7 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art8 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art8 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 141 XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares; XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares. XVIII - decretar o estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) VERBOS EXCLUSIVOS: RESOLVER; AUTORIZAR (4 VEZES); APROVAR; SUSTRAR; MUDAR; FIXAR (DUAS VEZES); JULGAR (UMA VEZ); FISCALIZAR E CONTROLAR; ZELAR; ESCOLHER; DECRETAR Art. 50. A Câmara dos Deputados ou o Senado Federal, bem como qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 2, de 1994) § 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério. § 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros de Estado, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas. § 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 2, de 1994) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr2.htm#art50 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr2.htm#art50 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr2.htm#art50%C2%A72 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr2.htm#art50%C2%A72 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 142 SEÇÃO III DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; III - elaborar seu regimento interno; IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. SEÇÃO IV DO SENADO FEDERAL Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade e os Ministros de Estado nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de: a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República; c) Governador de Território; d) Presidente e diretores do banco central; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 143 e) Procurador-Geral da República; f) titulares de outros cargos que a lei determinar; P residente e diretores do banco central M agistrados, nos casos estabelecidos na Constituição (POLÍCIA MILITAR) M inistros do TCU, indicados pelo PR G overnador de Território (MINAS GERAIS) P rocurador Geral da República T itulares de outros cargos que a lei determinar (PARTIDO DOS TRABALHADORES) IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente; V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal; VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno; IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto,a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato; XII - elaborar seu regimento interno; PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 144 XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. SEÇÃO V DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art10 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 145 § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) § 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: I - desde a expedição do diploma: a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior; II - desde a posse: IMUNIDADE MATERIAL • P alavras • O pniões • VO tos IMUNIDADE FORMAL - PROCESSO • ART. 53, §3º • POSSIBILIDADE DE SUSTAÇÃO DO PROCESSO, APÓS RECEBIMENTO DA DENÚNCIA PELO STF IMUNIDADE FORMAL - PRISÃO • ART. 53, §2º • PRISÃO EM FLAGRANTE APENAS POR CRIME INAFIANÇÁVEL http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 146 a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a"; c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a"; d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada; IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. § 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas. § 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. § 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no CongressoNacional, assegurada ampla defesa. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013) § 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. § 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 6, de 1994) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc76.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc76.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr6.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr6.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 147 Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de missão diplomática temporária; II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. § 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias. § 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. § 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato. DO PODER EXECUTIVO SEÇÃO I DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA • PRESIDENTE DA REPÚBLICA • AUXILIADO PELOS MINISTROS PODER EXECUTIVO FEDERAL • GOVERNADOR • AUXILIADO PELOS SECRETÁRIOS PODER EXECUTIVO ESTADUAL • PREFEITO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 148 Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, noventa dias antes do término do mandato presidencial vigente. REGRAS SOBRE ELEIÇÕES Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) § 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado. § 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. § 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. § 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. § 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. 1º TURNO (primeiro domingo de outubro) 2º TURNO (último domingo de outubro) ELEIÇÃO EM PRIMEIRO TURNO - MAIORIA ABSOLUTA DOS VOTOS - EX: 100.000.000 de votos (cem milhoes) vence que obter 50.000.001 (cinquenta milhoes e um) ELEIÇÕES EM SEGUNDO TURNO - VENCE QUEM OBTER A MAIORIA DOS VOTOS DEPOIS DO 1º TURNO E ANTES DO 2º, SE FALECER, DESISTIR OU IMPEDIMENTO, SERÁ CONVOCADO O DE MAIOR VOTAÇÃO - SE FOREM MAIS DE UM, SERÁ CONVOCADO O MAIS IDOSO ELEIÇÕES http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art77 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 149 Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil. Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice- Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. SUBSTITUTO PERMANENTE DO PRESIDENTE VICE - PRESIDENTE Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente. Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais. IMPEDIMENTO PERMANENTE DO PRESIDENTE E DO VICE – OCUPARÃO PROVISORIAMENTE OS CARGOS ATÉ QUE SEJA REALIZADA ELEIÇÃO 02. PRESIDENTE DO SENADO 03. PRESIDENTE DO STF 01 - PRESIDENTE DA CÂMARA PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 150 Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. VACÂNCIA DOS CARGOS DE PRESIDENTE E VICE – NOVA ELEIÇÃO Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga. § 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. • ELEIÇÃO DIRETA • PELO POVO - SUFRÁGIO UNIVERSAL NOS DOIS PRIMEIROS ANOS DE MANDATO - 90 DIAS APÓS A ÚLTIMA VAGA • ELEIÇÃO INDIRETA • PELO CONGRESSO NOS DOIS ÚLTIMOS ANOS DE MANDATO - 30 DIAS APÓS ABERTA A ÚLTIMA VAGA PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 151 § 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. Art. 82. O mandato do Presidente da República é de cinco anos, vedada a reeleição para o período subseqüente, e terá início em 1º de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. (Vide Emenda Constitucional de Revisão nº 5, de 1994) Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) Art. 82. O mandato do Presidente da República é de 4 (quatro) anos e terá início em 5 de janeiro do ano seguinte ao de sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. ATENÇÃO, POIS EXISTEM ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE QUE SÃO EXERCIDAS NA CONDIÇÃO DE CHEFE DE ESTADO E CHEFE DE GOVERNO, JÁ QUE O SISTEMA DE GOVERNO NO BRASIL É O PRESIDENCIALISTA, NO QUAL AQUELE ACUMULA AS FUNÇÕES DE CHEFE DE ESTADO E CHEFE DE GOVERNO ❶CHEFE DE ESTADO – ATUAÇÃO EXTERNA, NA DEFESA DO ESTADI PERANTE OUTROS ESTADOS SOBERANOS E ATUAÇÃO PERANTE ORGANISMOS INTERNACIONAIS, A EXEMPLO DA ONU ❷CHEFE DE GOVERNO – ATUAÇÃO INTERNA, EXERCENDO AUTORIDADE NO TERRITÓRIO NACIONAL SEÇÃO II DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superiorda administração federal; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração federal, na forma da lei; VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr5.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art82 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art82 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 152 b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) EXPLICAÇÃO: Em regra, o Decreto serve para regulamentar uma lei, sendo ato administrativo normativo, que é, geralmente, utilizado para especificar e aclarar o conteúdo da lei. No entanto, a própria Constituição Federal, conforme se percebe acima, admitiu a figura do “DECRETO AUTÔNOMO”, isto é, situação na qual não se regulamenta lei alguma, mas, por outro lado, inova-se no ordenamento jurídico através da citada figura normativa. VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; X - decretar e executar a intervenção federal; XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União; XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 153 XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. XXVIII - propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE CHEFE DE GOVERNO CHEFE DE ESTADO I - nomear e exonerar os Ministros de Estado VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 154 V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; X - decretar e executar a intervenção federal; XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal,os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador- Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado- Geral da União; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 155 XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. XXVIII - propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) PODEM PRATICAR ATTRIBUIÇÕES PREVISTAS NO ART. 84, POR DELEGAÇÃO DO PRESIDENTE P A http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 156 M SEÇÃO III DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: I - a existência da União; II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; IV - a segurança interna do País; V - a probidade na administração; VI - a lei orçamentária; VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento. P rocurador-Geral da República A dvogado-Geral da União M inistros de Estado PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 157 Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA AFASTAMENTO/SUSPENSÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA § 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal; II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. § 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. CRIMES COMUNS • STF CRIMES DE RESPONSABILIDADE • SENADO FEDERAL CRIMES COMUNS • RECEBIDA DENÚNCIA PELO STF CRIMES DE RESPONSABILIDADE • INSTAURADO PROCESSO PELO SENADO FEDERAL PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 158 § 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. (IMUNIDADE FORMAL – PRISÃO) § 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. (IMUNIDADE FORMAL) EXPLICAÇÃO 01: ASSIM, SE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PRATICAR UM CRIME DE HOMICÍDIO CONTRA SUA ESPOSA, POR MOTIVOS PESSOAIS, NÃO HAVERÁ PERSECUÇÃO PENAL ENQUANTO DURAR O MANDATO; EXPLICAÇÃO 02: PORÉM, SE O CHEFE DO EXECUTIVO FEDERAL PRATICAR UM CRIME DE HOMICÍDIO EM RAZÃO DE SUAS FUNÇÕES, SERÁ RESPONSABILIZADO, TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE INFRAÇÃO PENAL FUNCIONAL, A SER PROCESSADA CAPÍTULO III DO PODER JUDICIÁRIO SEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) II - o Superior Tribunal de Justiça; II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016) III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional. § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc92.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc92.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 159 ORGANOGRAMA DO PODER JUDICIÁRIO JURISDIÇÃO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL: STF; STJ; TST; TSE; TSM NÚMERO DE MEMBROS: ❶STF: ( omos um ime de utebol – 11 (jogadores de um time - 11 ministros) - Idade entre 35 e 65 anos ❷STJ: ( omos odos esus – idade de Jesus 33 ministros) – idade entre 35 e 65 anos ❸TST: ( rinta em rês – (30 – 03 =27 ministros) – idade entre 35 e 65 anos ❹TSE: ( odos te – 07 ministros) lembrando que o número de 07 é o mínimo, mas é possível que ele seja composto por mais membros – Lembrem- se, também, que o Presidente do TSE será escolhidos entre os Ministros do STF, dessa forma o Presidente do TSE será necessariamente BRASILEIRO NATO, já que de acordo com o art. 12, §3º da Constituição o Cargo de Ministro do STF somente pode ser ocupado por Brasileiro Nato. ❺STM ( omos rinta pela etade – 15 ministros) STF STJ TJ JUÍZES ESTADUAIS TJM JUÍZES DA JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL OU CONSELHO DE JUSTIÇA TRF JUÍZES FEDERAIS TST TRT JUÍZES DO TRABALHO TSE TRE JUÍZES E JUNTAS ELEITORAIS STM JUÍZES FEDERAIS DA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 160 Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: I - ingresso nacarreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, através de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) INGRESSO NA CARREIRA DE JUIZ DE PRIMEIRO GRAU II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 161 c) aferição do merecimento pelos critérios da presteza e segurança no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos reconhecidos de aperfeiçoamento; c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) d) na apuração da antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar- se a indicação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na última entrância ou, onde houver, no Tribunal de Alçada, quando se tratar de promoção para o Tribunal de Justiça, de acordo com o inciso II e a classe de origem; IV - previsão de cursos oficiais de preparação e aperfeiçoamento de magistrados como requisitos para ingresso e promoção na carreira; III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V - os vencimentos dos magistrados serão fixados com diferença não superior a dez por cento de uma para outra das categorias da carreira, não podendo, a título nenhum, exceder os dos Ministros do Supremo Tribunal Federal; V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 162 a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) VI - a aposentadoria com proventos integrais é compulsória por invalidez ou aos setenta anos de idade, e facultativa aos trinta anos de serviço, após cinco anos de exercício efetivo na judicatura; VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca; VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto de dois terços do respectivo tribunal, assegurada ampla defesa; IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes; X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais da competência do tribunal pleno. VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VIII o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) VIIIA a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso II; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art13 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 163 no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. MINISTÉRIO PÚBLICO – MAIS DE 10 ANOS DE CARREIRA ADVOGADOS – DE NOTÓRIO SABER JURÍDICO E REPUTAÇÃO ILIBADA MAIS DE 10 ANOS DE EFETIVA ATIVIDADE PROFISSIONAL http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 164 PROCESSO DE ESCOLHA DO QUINTO CONSTITUCIONAL TRIBUNAIS NOS QUAIS É OBSERVADO O QUINTO CONSTITUCIONAL PARA SUA COMPOSIÇÃO: TJ/ TRF/ TST/ TRT Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII; III - irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração, o que dispõem os arts. 37, XI, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Parágrafo único. Aos juízes é vedado: LISTA SÊXTUPLA • MINISTÉRIO PÚBLICO • OAB TRIBUNAL ESCOLHE • 3 (três) PRESIDENTE DA REPÚBLICA ESOLHE • 01 (um) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art13 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art13 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 165 I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; III - dedicar-se à atividade político-partidária. IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 96. Compete privativamente: I - aos tribunais: a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; d) propor a criação de novas varas judiciárias; e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei; f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169: a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a fixação de vencimentos de seus membros, dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver, dos serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juizes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver, ressalvado o http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 166 disposto no art. 48, XV; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo , permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. Parágrafo único. Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999) § 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal. (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art13 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art13 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1035%C2%A73iii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1035%C2%A73iii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1045 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc22.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc22.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 167 § 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. § 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete: I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. § 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Art. 100. à exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far- se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. § 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos constantes de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, data em que terão atualizados seus valores, fazendo- se o pagamento até o final do exercício seguinte. § 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000) § 1º-A Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em julgado. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 30, de 2000) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc30.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc30.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc30.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc30.htm#art1 PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 168 § 2º - As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados ao Poder Judiciário, recolhendo-se as importâncias respectivas à repartição competente, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exeqüenda determinar o pagamento, segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de precedência, o seqüestro da quantia necessária à satisfação do