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Tiago Santos

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APRESENTAÇÃO 
 
 
Fala futuros Policiais Penais do Estado do Ceará e futuros Servidores Públicos 
cearenses, é com muito orgulho que lanço o presente material, apostila destinada ao 
concurso da Polícia Militar do Estado do Ceará, mas que pela sua completude, 
objetividade e simplicidade serve também a outros concursos nos quais as matérias 
aqui contempladas porventura sejam cobradas. 
Importante citar que, o material é um parâmetro, um suporte para o 
concurseiro, que deve aliá-lo à leitura, apontamentos, questões e revisões, pois só 
assim é que o conteúdo será absorvido. 
Desde já, desejo uma excelente preparação a você, FUTURO POLICIAL , e que 
consigamos estar no dia da posse lá no CENTRO DE EVENTOS. RUMO à NPE (N 
omeação; P osse; E xercício) 
 
 
 
 
 
ESFORÇE-SE, CHORE, SOFRA, AGORA, HOJE, PARA NO FUTURO PRÓXIMO, BEM 
PRÓXIMO, SORRIR, CURTIR E SER FELIZ, SENDO POLICIAL PENAL DO ESTADO DO 
CEARÁ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
francisco ronaldo pinho coelho junior junior 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
REDES SOCIAIS: 
 
INSTAGRAM: @ronaldo.prof 
YOUTUBE: Prof. Ronaldo. Júnior 
 
E-MAIL: franciscoronaldo59@yahoo.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL 
GRADUADO EM DIREITO 
ESPECIALISTA EM DIREITO PÚBLICO 
PROFESSOR DE DIREITO CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO, DIREITOS HUMANOS 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 2 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 CONTEÚDO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS 
FUNDAMENTAIS 
Art. 5º ao 11 e 14 ao 17 
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-
ADMINISTRATIVA – Art. 18 ao 33 
PODER LEGISLATIVO – Art. 44 ao 
56 
PODER EXECUTIVO – Art. 76 ao 86 
PODER JUDICIÁRIO – Art. 93 ao 
100 
FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA – 
Art. 127 ao 130-A; art. 133 ao 135 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 3 
 DIREITOS HUMANOS 
 CONTEÚDO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCEITO DE DIREITOS HUMANOS 
CONCEPÇÕES/FUNDAMENTAÇÃO DOS 
DIREITOS HUMANOS 
DIREITOS HUMANOS E RESPONSABILIDADE 
DO ESTADO 
DIREITOS HUMANOS NA CF/88 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS 
CARTA DA ONU 
CONVENÇÃO SOBRE GENOCÍDIO 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 4 
 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
CONTEÚDO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO/PRINCÍPIOS 
ATOS ADMINISTRATIVOS/PODERES 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 5 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL...................................................07 
DIREITOS HUMANOS...........................................................155 
DIREITO ADMINISTRATIVO................................................213 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 6 
A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
 
A SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trata-se, no ordenamento jurídico brasileiro, do documento normativo 
dotado de maior hierarquia, de acordo com o ensinamento de Hans Kelsen, em sua 
famosa pirâmide normativa. 
 
Dessa forma, do quadro acima inserido, extrai-se a interpretação de que 
todas as outras normas do ordenamento jurídico, desde as leis ordinárias e as 
complementares até as portarias administrativas, devem respeitar os comandos 
constitucionais. 
 
 
Nesse sentido, a título de exemplo, um ato de remoção de um servidor 
público estadual realizado como forma de punição e perseguição política pode e deve 
ser considerado inconstitucional, haja vista ir de encontro aos princípios explícitos no 
CONSTITUIÇÃO
EMENDAS CONSTITUCIONAIS
TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS APROVADOS COM 
QUÓRUM DE EMENSA
TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS APROVADOS POR PROCESSO 
LEGISLATIVO ORDINÁRIO (SEM QUÓRUM DE EMENDA) STATUS 
SUPRALEGAL
LEGISLAÇÃO INFRACONSTIUCIONAL
NORMAS INFRALEGAIS - atos normativos, decretos de Poder 
Executivo
CONVENÇÃO DE NOVA 
YORK E TRATADO DE 
MARRAQUECHE 
STATUS SUPRALEGAL – Convenção Americana de 
Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) 
Leis Ordinárias, Complementares, Resoluções do Congresso, 
Decretos Legislativos, Medidas Provisórias – Ex: Lei 10.826/03 
(Estatuto do Desarmamento) 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 7 
art. 37, caput, da Constituição Federal, quais seja, da legalidade, impessoalidade e 
moralidade. 
 
Vale salientar, como se percebe da figura acima, que entre a legislação 
infraconstitucional e as normas com caráter constitucional, encontram-se as normas 
com caráter NORMA SUPRALEGAL, conforme entendimento jurisprudencial do 
Supremo Tribunal Federal – STF, que entendeu pela ilicitude da prisão civil do 
depositário infiel, tema que será explicado mais a frente. 
 
A esse entendimento a doutrina constitucional dá o nome de princípio da 
supremacia constitucional, pelo qual as normas constitucionais são supremas na 
ordem jurídica, devendo ser respeitadas e interpretadas de maneira a garantir sua 
superioridade. 
 
Estrutura da Constituição 
 
Como já foi visto acima, a Constituição Federal é documento jurídico de 
maior hierarquia no ordenamento jurídico, pelo qual todas as outras normas devem 
se guiar. 
 
Assim, é preciso entender de que forma está estruturada essa norma tão 
importante no nosso ordenamento, motivo pelo qual se faz necessário estudar a 
estrutura da Constituição. 
 
A Constituição da República Federativa do Brasil é estruturada da seguinte forma: 
 
PREÂMBULO: SEM RELEVÂNCIA JURÍDICA 
 
NOVE TÍTULOS: CORPO DA CONSTITUIÇÃO 
 
ATOS DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS: REGRAS DA 
CONSTITUIÇÃO DESTINADAS A REALIZAR A TRANSIÇÃO ENTRE A ANTERIOR E A 
NOVA CONSTITUIÇÃO 
 
EMENDAS À CONSTITUIÇÃO: 109 Emendas Constitucionais 
 
ATENÇÃO: Diferentemente do que ocorre com o preâmbulo, que não tem força 
normativa e suas disposições não são parâmetro de constitucionalidade, as normas 
do ADCT são igualmente constitucionais, isto é, tem a mesma força normativa das 
normas constantes do corpo da Constituição Federal. 
 
ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO 
 
Segundo José Afonso da Silva, existem 5 elementos da Constituição: 
orgânicos, limitativos, socioideológicos, de estabilização constitucional 
e formais de aplicabilidade. 
✓ Os ORGÂNICOS são aqueles relativos à estrutura do Estado e 
do Poder. 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 8 
✓ Os LIMITATIVOS são os que elencam os direitos e garantias 
individuais. (ART. 5º) 
✓ Os SOCIOIDEOLÓGICOS são aqueles relacionados ao caráter 
de compromisso das Constituições modernas, como por exemplo 
o capítulo da CF/88 sobre ordem social e sobre direitos sociais. 
✓ Os de ESTABILIZAÇÃO CONSTITUCIONAL são aqueles 
destinados a solucionar os conflitos de índole constitucional, 
como os artigos sobre intervenção federal, estado de sítio e 
estado de defesa. 
✓ Por último, os elementos FORMAIS DE APLICABILIDADE são 
aqueles destinados a regulamentar a aplicação das normas 
constitucionais, como o preâmbulo e as normas do ADCT. 
Concepções ou Sentidos de Constituição 
 
Sentido sociológico - Ferdinand Lassale: 
Segundo Lassale, a Constituição seria a soma dos fatores reais de 
poder dentro de uma sociedade, como ela é na prática. Uma 
Constituição só seria legítima se representasse o efetivo poder social, 
reletindo as forças sociais que constituem o poder, caso não ocorresse, 
ela seria ilegítima, seria uma mera folha de papel. Ex: Países ditatoriais 
que possuem Constituições figurativas. 
Sentido político - Carl Schmitt: 
A Constituição é uma decisão política fundamental do titular do 
poder constituinte. Traz as normas de organização do estado (artigo 
18 CF), limitação do estado, direitos individuais, normas de conteúdo 
materialmente constitucionais. Obra de referência: Teoria da 
Constituição.Faz uma distinção entre normas materialmente constitucionais e 
normas formalmente constitucionais. Ex: o artigo 242 § 2º CF, é 
exemplo de norma formalmente constitucional, porque não é decisão 
política fundamental. 
Sentido jurídico - Hans Kelsen: 
A constituição é fruto da vontade racional do homem, e não das leis 
naturais. É considerada norma jurídica pura, abstraindo-se de 
qualquer consideração de cunho político, social, filosófico. 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10639350/artigo-18-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10642331/artigo-242-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10642268/parágrafo-2-artigo-242-da-constituição-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 9 
Para o sentido lógico-jurídico Constituição significa norma fundamental 
hipotética, cuja função é servir de fundamento lógico transcedental da 
validade da Constituição jurídico-positiva, que equivale à norma 
positiva suprema, conjunto de normas que regula a criação de outras 
normas, lei nacional no seu mais alto grau. 
• Sentido lógico-jurídico: norma pressuposta - hipotética 
fundamental 
• Sentido jurídico-positivo: norma posta - Constituição escrita 
que ocupa o todo do ordenamento jurídico. 
No direito há um verdadeiro escalonamento de normas, uma 
constituindo o fundamento de validade da outra, numa verticalidade 
hierárquica, até chegar na Constituição, que é o fundamento de 
validade de todo o sistema infraconstitucional. Obra de referência: 
Teoria Pura do direito. 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES: 
 
01. QTO À ORIGEM: 
a)promulgada - Brasileiras de 1891, 1934, 1946, 1988 
b)outorgada - Brasileiras de 1824, 1937, 1967 
c)cesarista - submetida a plebiscito ou referendo 
d)pactuada - duas forças fazem um pacto 
 
02. QTO À FORMA: 
a)escrita - Brasileira de 1988 
b)não escrita (consuetudinária) - Inglesa 
 
03. QTO AO MODO DE ELABORAÇÃO: 
a)dogmática - feita de uma só vez, de um só jato - Brasileira 
b)histórica - processo lento de instituição 
 
04. QTO AO CONTEÚDO: 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
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a)formal - o que importa é a forma de sua elaboração, pouco 
importando o conteúdo - Brasileira 
b)material - não importa a forma de elaboração, o que importa para 
ser constitucional é se ela trata de organização dos poderes, direitos 
individuais etc (NOÇÃO DE BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE, POIS 
HÁ NORMAS CONSTITUCIONAIS FORA DA CONSTITUIÇÃO) 
 
05. QTO À ALTERABILIDADE: 
a)rígida - processo dificultoso de alteração das normas constitucionais 
b)semirígida ou semiflexível - uma parte da constituição o processo de 
alteração é dificultoso, outra parte é semelhante às normas ordinárias 
c)flexível - todas as normas são alteradas da mesmas forma que a 
legislação ordinária 
d)fixas - as normas constitucionais somente são alteradas pelo mesmo 
poder que insttuiu a Constituição 
e)imutáveis - São constituições que não podem ser modificadas 
f)superrígidas - De acordo com Alexandre de Moraes, a Constituição 
Brasileira de 1988 é assim classificada, pois contém uma parte cuja 
alteração é complexa, e outra que sequer pode ser modificada, como 
as cláusulas pétreas. 
 
06. QTO À DOGMÁTICA: 
a)ortodóxica - a Constituição adota uma ideologia ou religião 
b)eclética - a Constituição não adota ideologia ou relegião e permite a 
coexistência de várias. 
 
07. QTO À SISTEMÁTICA: 
a)preceitual - constituição formada em sua maioria por regras 
b)principiológica - constituição formada em sua maioria por princípios 
 
08. QTO À ONTOLOGIA - KARL LOWESTEIN 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
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a)normativa - a Constituição representa a força popular, sintetiza os 
fatos reais de poder 
b)nominalista - A Constituição prevê a dominação da política, mas isso 
não é colocado em prática 
c)semântica - a Constituição é instituída a serviço dos Governantes, 
das elites políticas 
CLASSIFICAÇÃO MAIS COBRADA EM CONCURSOS: 
→MNEMÔNICO: 
P romulgada 
E scrita 
D ogmática 
R ígida 
A nalítica 
(P.E.D.R.A) 
 
 
APLICABILIDADE DAS NORMAS DE DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
Regra geral, as normas constitucionais e, notadamente, os direitos 
fundamentais são de aplicação imediata, pois não carecem de qualquer medida do 
Poder Público ou até mesmo dos particulares em geral para que sejam efetivamente 
aplicados e usufruídos por todas as pessoas humanas, a saber pelo direito à vida, 
que como vimos, desde a concepção, ou seja, quando há a fertilização do óvulo pelo 
espermatozoide. 
 
O fundamento da aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais 
reside, no plano interno, no disposto no §2º do art. 5º da Constituição da República 
Federativa do Brasil, pelo qual “as normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais tem aplicação imediata”. 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 12 
 
A despeito disso, a doutrina constitucionalista em geral ressalva que, não 
obstante a Constituição prevê que os direitos e garantias fundamentais tem 
APLICAÇÃO imediata, alguns dos direitos, embora sofrendo incidência dessa norma, 
não tem APLICABILIDADE, e carecem de lei regulamentadora, complementar ou 
ordinária, para terem aplicabilidade plena. são as denominadas normas 
programáticas, que dependem de um programa governamental, ou normas de 
eficácia limitada, que necessitam da regulamentação legal, complementar ou 
ordinária. 
 
APLICAÇÃO IMEDIATA APLICABILIDADE 
Todas as normas constitucionais tem 
alguma incidência de forma imediata, e 
algumas mesmo necessitando de lei pra 
regulamentar ou sofrendo restrição, 
MAS OBRIGAM O LEGISLADOR 
INFRACONSTITUCIONAL A NÃO 
CONTRARIAR SEUS DISPOSITIVOS. 
Assim, ter APLICAÇÃO IMEDIATA e ter o 
efeito de tornas inconstitucional 
legislação infraconstitucional que com a 
norma constitucional seja conflitante. 
Nessa classificação, que é a exposta por 
José Afonso da Silva, algumas normas 
terão aplicabilidade plena, outras 
limitada e algumas contida. 
 
 
Nesse sentido, utilizando-se do magistério de Alexandre de Moraes, em 
que cita José Afonso da Silva, diferenciamos as normas de eficácia plena, limitada, 
concentrada e de conteúdo programático: 
 
 
 
EFICÁCIA PLENA 
São normas constitucionais de eficácia plena “aquelas 
que, desde a entrada em vigor da Constituição, 
produzem, ou têm possibilidade de produzir, todos os 
efeitos essenciais, relativamente aos interesses, 
comportamentos e situações, que o legislador 
constituinte, direta e normativamente, quis regular” (por 
exemplo: os “remédios constitucionais) 
 
 
 
 
 
EFICÁCIA CONTIDA 
Normas constitucionais de eficácia contida são aquelas 
em “que o legislador constituinte regulou suficientemente 
os interesses relativos a determinada matéria,mas 
deixou margem à atuação restritiva por parte da 
competência discricionária do poder público, nos termos 
que a lei estabelecer ou nos termos de conceitos gerais 
nelas enunciados” (por exemplo: art. 5o, XIII – é livre o 
exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, 
atendidas as qualificações profissionais que a lei 
estabelecer) 
 
 
 
Por fim, normas constitucionais de eficácia limitada são 
aquelas que apresentam “aplicabilidade indireta, mediata 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 13 
 
 
 
EFICÁCIA LIMITADA 
e reduzida, porque somente incidem totalmente sobre 
esses interesses, após uma normatividade ulterior que 
lhes desenvolva a aplicabilidade” (por exemplo: CF, art. 
37, VII: o direito de greve será exercido nos termos e nos 
limites definidos em lei específica. Essa previsão 
condiciona o exercício do direito de greve, no serviço 
público, à regulamentação legal. Ainda, podemos citar 
como exemplo o art. 7o, XI, da Constituição Federal, que 
prevê a participação dos empregados nos lucros, ou 
resultados da empresa, conforme definido em lei). 
 
 
 
 
 
 
 
 
NORMAS 
PROGRAMÁTICAS 
As normas programáticas, conforme salienta Jorge 
Miranda, “são de aplicação diferida, e não de aplicação ou 
execução imediata; mais do que comandos-regras, 
explicitam comandos-valores; conferem elasticidade ao 
ordenamento constitucional; têm como destinatário 
primacial – embora não único – o legislador, a cuja opção 
fica a ponderação do tempo e dos meios em que vêm a 
ser revestidas de plena eficácia (e nisso consiste a 
discricionariedade); não consentem que os cidadãos ou 
quaisquer cidadãos as invoquem já (ou imediatamente 
após a entrada em vigor da Constituição), pedindo aos 
tribunais o seu cumprimento só por si, pelo que pode 
haver quem afirme que os direitos que delas constam, 
máxime os direitos sociais, têm mais natureza de 
expectativas que de verdadeiros direitos subjectivos; 
aparecem, muitas vezes, acompanhadas de conceitos 
indeterminados ou parcialmente indeterminados. 
EXEMPLO DE EFICÁCIA PLENA: Art. 2º da Constituição Federal – São Poderes 
Independentes e harmônicos entre si o Legislativo, o Executivo e o Judiciário 
EXEMPLO DE EFICÁCIA CONTIDA: Inciso XIII do art. 5º - É livre o exercício de 
qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a 
lei estabelecer – A LEI PODE RESTRINGIR O ALCANCE DO DIREITO PREVISTO NA 
NORMA, CONDICIONÁ-LO – Como a lei que regulamentou a PROFISSÃO DE 
MOTORISTA DE APLICATIVO – ATENÇÃO: A LEI NÃO PROIBIU, MAS REGULAMENTOU 
A PROFISSÃO. 
EXEMPLO DE EFICÁCIA LIMITADA: Art. 37, VII – o direito de greve será exercido 
nos termos e nos limites definidos em lei específica 
 
FIQUE LIGADO: SE HOUVER ALGUMA NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA, QUE 
INVIABILIZE O EXERCÍCIO DOS DIREITOS E LIBERDADE FUNDAMENTAIS E DAS 
PRERROGATIVAS INERENTES À NACIONALIDADE, CIDADANIA, SOBERANIA será 
possível a IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE INJUNÇÃOL, tema a ser melhor explorado 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 14 
a frente, que é um REMÉDIO CONSTITUCIONAL. DIREITOS E GARANTIAS 
FUNDAMENTAIS 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
 
COMENTÁRIOS: 
Os direitos e garantias fundamentais são oponíveis ao Estado, isto é, 
significa um status de defesa dos cidadãos contra as arbitrariedades daquele a quem 
o poder é delegado, bem como status de prestação, de exigir do poder público uma 
atuação estatal para garantir direitos de várias espécies. 
Nesse sentido, vale destacar que, em se tratando das dimensões de 
direitos fundamentais, inserem-se na denominada primeira dimensão os direitos 
individuais e coletivos, ou seja, as liberdades negativas, nas quais o Estado tem o 
dever de se abster de realizar um ato que atinja ou desrespeite as liberdades 
individuais. 
Assim, o cidadão tem um status negativo frente ao poder público, pois a 
exigência é que o Estado não intervenha nas liberdades do cidadão. 
 
 
GERAÇÕES OU DIMENSÕES 
Sobre o tema, vale mencionar que a doutrina resolveu estudar os 
direitos fundamentais em gerações, ou dimensões como alguns preferem, as quais 
destacam-se principalmente a primeira, segunda, terceira, quarta e quinta geração 
de direitos humanos, a seguir estudadas. 
1ª DIMENSÃO: LIBERDADE 
 
ESTADO AUTORITÁRIO→ESTADO DE DIREITO 
FATOS HISTÓRICOS→MAGNA CARTA DE 1215 (DECLARAÇÕES 
AMERICANAS DE 1776 E FRANCESA DE 1789) 
}LIBERDADES NEGATIVAS 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 15 
 →São as liberdades públicas, isto é, os direitos de todas as pessoas de serem 
livres e de não sofrerem intervenções estatais em toda a dimensão de suas vidas. 
 Assim, de acordo com Ricardo Castilho, “consideram-se, nessa primeira 
geração, as tentativas de limitação do poder do Estado (quase sempre representado 
pelo rei). Os direitos humanos de primeira geração constituem a defesa do indivíduo 
diante do poder do Estado, e definem as situações em que o Estado deve se abster 
de interferir em determinados aspectos da vida individual e social. São as chamadas 
liberdades públicas negativas ou direitos negativos, eis que implicam a não 
interferência do Estado”. 
Tais direitos estão consubstanciados nos Direitos Civis e Políticos (Art. 5º e 14 da 
CF/1988), tendo como marcos Históricos: Revolução Francesa de 1789 e Revolução 
Norte-Americana de 1776. 
→Exemplo: Art. 5º, XI – a casa é asilo inviolável 
 
2ª DIMENSÃO: IGUALDADE 
ESTADO LIBERAL→ESTADO SOCIAL 
FATOS HISTÓRICOS→REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (SÉCULO XIX) 
LIBERDADES POSITIVAS 
 Já os direitos de segunda dimensão, dizem respeito aos direitos sociais, 
culturais e econômicos da pessoa humana. Nesses direitos, o Estado sai da 
condição de mero expectador, para a condição de prestador, isto é, são as 
necessidades vitais básicas que a pessoa humana necessita e que devem ser 
prestadas pelo Estado, a saber pelo disposto no art. 6º e 7º da Constituição Federal. 
 De acordo com Ricardo Castilho, “seu reconhecimento e sua proteção são fruto 
principalmente das reivindicações dos movimentos socialistas iniciadas na primeira 
metade do século XIX. Com efeito, as riquezas geradas pelo desenvolvimento do 
capitalismo a partir do século XVIII não se estenderam a todas as classes sociais; 
pelo contrário, o sistema capitalista encetou em seus diversos ciclos à produção de 
um número cada vez maior de excluídos da sociedade”, tendo como marcos 
Históricos: Revolução Industrial e Constituição Mexicana de 1917; 
 →Exemplo: Art. 6º - Direito social à educação, saúde, trabalho 
3ª DIMENSÃO: FRATERNIDADE 
 
}ESTADO DE FRATERNIDADE (SOLIDARIEDADE) 
 Já os Direitos de 3ª dimensão se referem aos direitos difusos e coletivos, ou 
seja, os direitos humanos deixam de ser aplicados apenas sob a perspectiva 
individual, para serem aplicados sob um viés coletivo. 
 Por fim, para sintetizar as três dimensões acima mencionadas, vale destacar 
o entendimento do Ministro Celso de Melo, do Supremo Tribunal Federal, no voto 
proferido no Mandado de Segurança 22.164/SP: 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 16 
“Enquanto os direitos de primeira geração (direitos civis e 
políticos) – que compreendem as liberdades clássicas, 
negativas ou formais – realçam o princípio da liberdade e os 
direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e 
culturais) – que se identificam com as liberdades positivas, 
reais ou concretas – acentuam o princípio da igualdade, os 
direitos de terceira geração, que materializam poderes de 
titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as 
formações sociais, consagram o princípio da solidariedade e 
constituem ummomento importante no processo de 
desenvolvimento, expansão e reconhecimento dos direitos 
humanos, caracterizados enquanto valores fundamentais 
indisponíveis, pela nota de uma essencial inexauribilidade”. 
 Exemplo: Direito à paz, direito ao meio ambiente, ao desenvolvimento, 
à informação 
 
Por último, não custa lembrar, sobre as dimensões ou gerações dos direitos humanos, 
que o constitucionalista Paulo Bonavides vem defendendo, ISTO É, a quarta e quinta 
gerações de direitos humanos. De acordo com Paulo Bonavides, a QUARTA 
GERAÇÃO se refere ao período de globalização e à formação de um mundo marcado 
por fronteiras nacionais mais permeáveis, maior limitação da soberania nacional e 
pelo fortalecimento de “uma sociedade civil internacional”. 
Segundo Paulo Henrique Gonçalves Portela, Paulo Bonavides vem defendendo 
a existência de uma QUINTA GERAÇÃO dos direitos humanos, cujo único direito é 
a paz, entendida como fundamento da “alforria espiritual, moral e social dos povos, 
das civilizações e das culturas” e da forma de governar a sociedade de modo a punir 
o terrorista, julgar o criminoso de guerra, encarcerar o torturador, manter invioláveis 
as bases do pacto social, estabelecer e conversar por intangíveis as regras, princípios 
e cláusulas da comunhão política. 
 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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X X 
X X 
X X 
 
 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 18 
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS 
 
 
IRRENUNCIABILIDADE 
A pessoa humana, livremente, não pode 
renunciar aos direitos fundamentais de que é 
titular. Pode, todavia, optar por não exercê-los em 
determinadas situações (renúncia ao exercício), o que 
não caracteriza a renúncia ao direito. Ex: Propriedade 
não habitada 
 
 
HISTORICIDADE 
Decorrem das condições materiais e culturais de uma 
época. Nesse sentido, equivocada a concepção do 
jusnaturalismo, segundo a qual são atemporais e fixos. 
Pelo contrário: são fruto da evolução histórica de cada 
povo – daí não serem os mesmos em todas as partes 
do mundo 
 
INALIENABILIDADE 
São direitos indisponíveis e, portanto, não podem ser 
objeto de quaisquer negociações. Ex: Não 
possibilidade da venda de partes do corpo humano, em 
vida. 
 
IMPRESCRITIBILIDADE 
os direitos fundamentais não se sujeitam à prescrição, 
isto é, veda-se ao legislador que estipule prazo para o 
exercício do direito de ação com vistas a preservá-lo. 
Ademais, não há prazo para se perder o direito à vida, 
à liberdade, à propriedade 
 
UNIVERSALIDADE 
Os direitos fundamentais são concedidos a todos os 
membros da espécie humana, sem distinção de 
qualquer espécie, sexo, raça, cor, origem ou qualquer 
outro critério. 
 
TRANSNACIONALIDADE 
Os direitos fundamentais, por não serem aplicados 
por questões de raça ou nacionalidade, aplicam a 
todos os humanos presentes no universo, sendo, por 
isso mesmo, transnacionais. Ex: Direito à vida no 
Brasil e na Síria 
 
 
 
INERÊNCIA 
Não há necessidade do preenchimento de qualquer 
condição para que a pessoa humana seja dotada de 
direitos relativos à sua condição humana, ou seja, 
desde o nascimento com vida, e até mesmo na 
concepção, os direitos já aderem ao indivíduo. Ex: 
Pacto de São José da Costa Rica – Art. 4º, 1: Toda 
pessoa tem o direito de que se respeite sua 
vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em 
geral, desde o momento da concepção 
 A presente característica diz respeito à necessidade 
de que, uma vez adquiridos os direitos humanos, eles 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 19 
 
PROIBIÇÃO DE RETROCESSO 
SOCIAL 
não desaparecem por obra do legislador ou dos 
governantes, sendo proibida a conduta de retirar 
direitos historicamente alcançados. Ex: Reforma da 
Previdência e Reforma Trabalhista 
 
ABRANGÊNCIA DOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS - OS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS APLICAM-SE A ESTRANGEIROS NÃO RESIDENTES NO 
BRASIL? - 
OS DIREITOS FUNDAMENTAIS SE APLICAM ÀS PESSOAS JURÍDICAS? 
ATENÇÃO: Vale dizer, de acordo com o caput do art. 5º, que os direitos e 
garantias fundamentais aplicam-se apenas aos BRASILEIROS e ESTRANGEIROS 
RESIDENTES NO BRASIL. 
→NO ENTANTO, de acordo com a doutrina de direitos fundamentais, bem 
como com a jurisprudência do STF, os direitos são extensíveis a estrangeiros não 
residentes e apátridas. Se a prova questionar de acordo com a Constituição, a 
alternativa correta diz respeito à impossibilidade de direitos fundamentais a 
estrangeiros não residentes, mas se mencionar o entendimento do STF, a resposta é 
pela extensão de direitos e deveres individuais e coletivos inclusive a estrangeiros e 
apátridas. 
Nesse sentido, observe o entendimento de Pedro Lenza: 
Nada impediria, portanto, que um estrangeiro, de passagem 
pelo território nacional, ilegalmente preso, impetrasse habeas 
corpus (art, 5º, LXVIII) para proteger o seu direito de ir e vir. 
Deve-se observar, é claro, se o direito garantido não possui 
alguma especificidade, como ação popular, que só pode ser 
proposta por cidadão. (Lenza, Pedro. Direito Constitucional 
Esquematizado. 20ª ed. 2016) 
No mesmo sentido, isto é, pela aplicabilidade de alguns direitos 
fundamentais a estrangeiros, transcrevemos as palavras de Paulo Gustavo Gonet 
Branco: 
O caput do art. 5º reconhece os direitos fundamentais “aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País”. A norma 
suscita a questão de saber se os estrangeiros não residentes 
estariam alijados da titularidade de todos os direitos 
fundamentais. 
A resposta deve ser negativa. A declaração de direitos 
fundamentais da Constituição abrange diversos direitos que 
radicam diretamente no princípio da dignidade do homem – 
princípio que o art. 1º, III, da Constituição Federal toma como 
estruturante do Estado Democrático de Direito. O respeito à 
dignidade de todos os homens não se excepciona pelo fator 
meramente circunstancial da nacionalidade. (Branco, Paulo 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 20 
Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 8ª ed. P. 
173). 
Por fim, no que se refere à aplicação dos direitos fundamentais às pessoas 
jurídicas, demonstramos o entendimento do mesmo autor acima citado, segundo o 
qual: 
Não há, em princípio, impedimento insuperável a que pessoas 
jurídicas venham, também, a ser consideradas titulares de 
direitos fundamentais, não obstante estes, originalmente, 
terem por referência a pessoa física. Acha-se superada a 
doutrina de que os direitos fundamentais se dirigem apenas às 
pessoas humanas. (...) Assim, não haveria por que recusar às 
pessoas jurídicas as consequências do princípio da igualdade, 
nem o direito de resposta, o de propriedade, o sigilo de 
correspondência, a inviolabilidade de domicílio, as garantias 
do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada. 
(Branco, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito 
Constitucional. 8ª ed. P. 171/172) 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA DOS 4 STATUS DO INDIVÍDUO PERANTE O 
ESTADO - JELLINEK 
STATUS ATIVO: O indivíduo pode influenciar na vontade do Estado (Direitos 
Políticos); STATUS PASSIVO: O indivíduo tem deveres em relação ao Estado; 
STATUS POSITIVO: O indivíduo tem que exigir que o Estado atue para lhe garantir 
direitos (Direitos sociais – 2ª geração); STATUS NEGATIVO: O indivíduo tem um 
espaço que o Estado não pode penetrar, são as liberdades negativas (inviolabilidade 
domiciliar, inviolabilidade de dados) 
EFICÁCIA VERTICAL E HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS - E A 
EFICÁCIA DIAGONAL EXISTE? 
A doutrina clássica apregoa que os direitos humanos são direitos que as 
pessoas detém em face do Estado, num primeiro momento proibindo que este invada 
a liberdade individual dos cidadãos, e em seguida exigindo-se desse mesmo Estado 
uma prestação positiva individual e, por fim, prestações de natureza coletiva. Essa é 
a denominada EFICÁCIA VERTICAL DOS DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS.OS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS 
SÃO APLICÁVEIS 
DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO 
BRASILEIROS 
ESTRANGEIROS 
RESIDENTES NO 
PAÍS 
DE ACORDO COM O STF E A 
DOUTRINA 
ESTRANGEIROS NÃO 
RESIDENTES 
PESSOAS JURÍDICAS 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 21 
Por outro lado, tem-se a EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS 
FUNDAMENTAIS, segundo a qual, os direitos humanos fundamentais passariam a ser 
aplicados não apenas na relação ESTADO X PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA PRIVADA, 
mas também na relação entre PESSOA PRIVADA X PESSOA PRIVADA. 
Para corroborar o que se disse acima, colacionamos o entendimento do 
Supremo Tribunal Federal acerca da EFICÁCIA HORIZONTAL dos direitos humanos 
fundamentais: 
EMENTA: SOCIEDADE CIVIL SEM FINS LUCRATIVOS. UNIÃO 
BRASILEIRA DE COMPOSITORES. EXCLUSÃO DE SÓCIO SEM 
GARANTIA DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO. 
EFICÁCIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES 
PRIVADAS. RECURSO DESPROVIDO. I. EFICÁCIA DOS 
DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES PRIVADAS. As 
violações a direitos fundamentais não ocorrem somente no 
âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas 
igualmente nas relações travadas entre pessoas físicas e 
jurídicas de direito privado. Assim, os direitos fundamentais 
assegurados pela Constituição vinculam diretamente não 
apenas os poderes públicos, estando direcionados também à 
proteção dos particulares em face dos poderes privados. II. 
OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS COMO LIMITES À 
AUTONOMIA PRIVADA DAS ASSOCIAÇÕES. A ordem jurídico-
constitucional brasileira não conferiu a qualquer associação 
civil a possibilidade de agir à revelia dos princípios inscritos 
nas leis e, em especial, dos postulados que têm por 
fundamento direto o próprio texto da Constituição da 
República, notadamente em tema de proteção às liberdades e 
garantias fundamentais. O espaço de autonomia privada 
garantido pela Constituição às associações não está imune à 
incidência dos princípios constitucionais que asseguram o 
respeito aos direitos fundamentais de seus associados. A 
autonomia privada, que encontra claras limitações de ordem 
jurídica, não pode ser exercida em detrimento ou com 
desrespeito aos direitos e garantias de terceiros, 
especialmente aqueles positivados em sede constitucional, 
pois a autonomia da vontade não confere aos particulares, no 
domínio de sua incidência e atuação, o poder de transgredir 
ou de ignorar as restrições postas e definidas pela própria 
Constituição, cuja eficácia e força normativa também se 
impõem, aos particulares, no âmbito de suas relações 
privadas, em tema de liberdades fundamentais. III. 
SOCIEDADE CIVIL SEM FINS LUCRATIVOS. ENTIDADE QUE 
INTEGRA ESPAÇO PÚBLICO, AINDA QUE NÃO-ESTATAL. 
ATIVIDADE DE CARÁTER PÚBLICO. EXCLUSÃO DE SÓCIO SEM 
GARANTIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL.APLICAÇÃO DIRETA 
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS À AMPLA DEFESA E AO 
CONTRADITÓRIO. As associações privadas que exercem 
função predominante em determinado âmbito econômico e/ou 
social, mantendo seus associados em relações de dependência 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 22 
econômica e/ou social, integram o que se pode denominar de 
espaço público, ainda que não-estatal. A União Brasileira de 
Compositores - UBC, sociedade civil sem fins lucrativos, 
integra a estrutura do ECAD e, portanto, assume posição 
privilegiada para determinar a extensão do gozo e fruição dos 
direitos autorais de seus associados. A exclusão de sócio do 
quadro social da UBC, sem qualquer garantia de ampla defesa, 
do contraditório, ou do devido processo constitucional, onera 
consideravelmente o recorrido, o qual fica impossibilitado de 
perceber os direitos autorais relativos à execução de suas 
obras. A vedação das garantias constitucionais do devido 
processo legal acaba por restringir a própria liberdade de 
exercício profissional do sócio. O caráter público da atividade 
exercida pela sociedade e a dependência do vínculo 
associativo para o exercício profissional de seus sócios 
legitimam, no caso concreto, a aplicação direta dos direitos 
fundamentais concernentes ao devido processo legal, ao 
contraditório e à ampla defesa (art. 5º, LIV e LV, CF/88). IV. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO. 
 
(RE 201819, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ 
Acórdão: Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado em 
11/10/2005, DJ 27-10-2006 PP-00064 EMENT VOL-02253-04 
PP-00577 RTJ VOL-00209-02 PP-00821) 
A título de fixação do assunto, inserimos abaixo quadro com as duas 
teorias, da eficácia vertical e horizontal, extraída do livro Direito Constitucional de 
Pedro Lenza: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 23 
A doutrina ainda menciona a teoria da eficácia diagonal, pela qual a 
relação também é entre particulares, mas nesse caso numa relação de desigualdade, 
a exemplo da relação entre empregador e empregado ou fornecedor e consumidor. 
EFICÁCIA DIAGONAL 
 
 
 
 
 
 
 DIREITOS X GARANTIAS 
ATENÇÃO, na Constituição Federal, nota-se a existência de Direitos e Garantias, 
como por exemplo, a liberdade religiosa (DIREITO) e a proteção aos locais de culto 
(GARANTIA). 
2.8. DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS EM ESPÉCIE 
DIREITO À VIDA – Art. 5º, caput, da CF/88 
A vida aqui tratada compreende o direito de não ser morto, de não ser privado da 
vida, direito de continuar vivo e direito à vida digna, devendo o caput do art. 5º da 
Constituição ser interpretado de forma ampla. 
 
PARTICULAR • EMPREGADOR
PARTICULAR • EMPREGADO
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 24 
 
Assim, como exceção ao direito de não ser morto, tem-se a possibilidade da aplicação 
de pena de morte, em caso de guerra declarada, conforme permitida no art.5º, XLVII, 
“a” da CF/88. 
INÍCIO DA VIDA: 
De acordo com o art. 2º do Código Civil, a personalidade civil da pessoa começa do 
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do 
nascituro. 
Assim, cabe destacar o julgamento do STF pela possibilidade de pesquisas em 
células-tronco embrionárias, no julgamento da ADI 3.510, entendendo que a Lei de 
Biossegurança (11.105 de 2005) que permite a pesquisa não era inconstitucional, e 
que não feria o direito à vida na Constituição Federal, já que o embrião a ser 
pesquisado não estaria inserido no útero materno. 
Não há norma no direito brasileiro fixando o início da vida, tendo em vista a 
complexidade de demarcação desse momento delicado. 
 
Porém, a lei n. 9.434/1997 e a Resolução n. 1.480/1997 do Conselho Federal de 
Medicina consideram que um indivíduo está morto quando cessa completamente sua 
atividade cerebral, isto é, com a morte encefálica. 
Em face disso, o Supremo Tribunal Federal entendeu pela possibilidade de 
interrupção da gravidez quando restar comprovada a anencefalia do feto, 
conforme restou decidido pela ADPF 54, tendo em vista que, se não cérebro no feto 
anencéfalo, e o aborto é crime contra a vida, não haveria crime na interrupção da 
gravidez de feto anencéfalo, em face da inexistência de vida. 
Também não é possível a prática da EUTANÁSIA, que consiste no fato de apressar a 
morte do paciente que se encontra em situação irreversível e incurável, com intensos 
sofrimentos físicos ou mentais, com a intenção de acabar o sofrimento do paciente e 
da família. 
Vale salientar, que alguns tratados internacionais de direitos humanos, como por 
exemplo o Pacto de São José da Costa Rica (Convenção Americana de Direitos 
Humanos), protege o direito à vida DESDE A CONCEPÇÃO, isto é, desde o encontro 
do espermatozoide com o óvulo, conforme abaixo ilustrado: 
• DE NÃO SER 
MORTO
DIREITO À 
VIDA
• DE VIVER COM 
DIGNIDADE
DIREITO À 
VIDA
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 25 
 
 
 IGUALDADE: 
 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta 
Constituição 
COMENTÁRIOS: 
A igualdade presente no caput do art. 5º diz respeito À igualdade meramente formal 
(perante a lei), mas aConstituição exige não apenas esse tipo de igualdade, mas, 
por outro lado, a igualdade material, tendo em vista que, de acordo com o inciso I 
do art. 5º, homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. 
 
 
A República Federativa do Brasil não busca apenas a igualdade, conforme descrita no 
caput do art. 5º, mas, outrossim, a igualdade material ou isonomia material, esta 
consubstanciada no inciso acima citado. 
IGUALDADE FORMAL: EXPRESSÃO TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI (ART. 5º, 
CAPUT) 
IGUALDADE MATERIAL: HIPÓTESES NAIS QUAIS HAVERÁ UMA DISCRIMINAÇÃO 
POSITIVA, NO SENTIDO DE TORNAL DESIGUAL UMA SITUAÇÃO DESIGUAL, E 
TORNAR IGUAL UMA SITUAÇÃO IGUAL. (ART. 5º, I) 
EXEMPLOS: ART. 5º, L da Constituição Federal (PERÍODO DE AMAMENTAÇÃO DA 
PRESIDIÁRIA); TESTE FÍSICO MENOR PARA MULHERES EM CONCURSO PÚBLICO; 
COTAS PARA NEGROS EM UNIVERSIDADES PÚBLICAS. 
 
 
 
 
IGUALDADE 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobre a IGUALDADE MATERIAL, veja o que dispõe o STF: 
 
→O princípio da igualdade material é prestigiado por ações afirmativas. No 
entanto, utilizar, para qualquer outro fim, a diferença estabelecida com o objetivo de 
superar a discriminação ofende o mesmo princípio da igualdade, que veda tratamento 
discriminatório fundado em circunstâncias que estão fora do controle das pessoas, 
como a raça, o sexo, a cor da pele ou qualquer outra diferenciação arbitrariamente 
considerada. Precedente do CEDAW. 
[ADI 5.617, rel. min. Edson Fachin, j. 15-3-2018, P, DJE de 3-10-2018.] 
→(...) Lei Estadual 8.008/2018 do Rio de Janeiro, que impõe a obrigatoriedade de 
que as crianças e adolescentes do sexo feminino vítimas de estupro sejam 
examinadas por perito legista mulher (...). Lei impugnada em sintonia com o 
direito fundamental à igualdade material (art. 5º, I, da CRFB), que impõe 
especial proteção à mulher e o atendimento empático entre iguais, evitando-se a 
revitimização da criança ou adolescente, mulher, vítima de violência. [ADI 6.039 
MC, rel. min. Edson Fachin, j. 13-3-2019, P, DJE de 1º-8-2019 
JURISPRUDÊNCIA DO STF SOBRE O PRINCÍPIO DA IGUALDADE: 
LIMITE DE IDADE EM CONCURSO: 
A vedação constitucional de diferença de critério de admissão por motivo de idade 
(CF, art. 7º, XXX) é corolário, na esfera das relações de trabalho, do princípio 
fundamental de igualdade (...), que se estende, à falta de exclusão constitucional 
inequívoca (como ocorre em relação aos militares – CF, art. 42, § 11), a todo o 
sistema do pessoal civil. É ponderável, não obstante, a ressalva das hipóteses em 
que a limitação de idade se possa legitimar como imposição da natureza e das 
atribuições do cargo a preencher. [RMS 21.046, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 
14-12-1990, P, DJ de 14-11-1991.] 
LIMITE DE ALTURA EM CONCURSO: 
Concurso público. Fator altura. Caso a caso, há de perquirir-se a sintonia da 
exigência, no que implica fator de tratamento diferenciado com a função a ser 
FORMAL – todos são iguais 
perante a lei – art. 5º, 
caput 
MATERIAL – homens e 
mulher são iguais em 
direitos e obrigações, nos 
termos da Constituição – 
Art. 5º,I 
A IGUALDADE MATERIAL PERMITE A DENOMINADA 
DISCRIMINAÇÃO POSITIVA, ISTO É, TRATAR OS IGUAIS 
SE IGUAIS FOREM, E DESIGUAIS SE FOREM DESIGUAIS. 
EX: A MULHER TEM LICENÇA-MATERNIDADE DE 120 
DIAS, JÁ O HOMEM TEM LICENÇA-PATERNIDADE DE 5 
DIAS. 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=750311354
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=750311354
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
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exercida. No âmbito da polícia, ao contrário do que ocorre com o agente em si, não 
se tem como constitucional a exigência de altura mínima, considerados homens e 
mulheres, de um metro e sessenta para a habilitação ao cargo de escrivão, cuja 
natureza é estritamente escriturária, muito embora de nível elevado. [RE 150.455, 
rel. min. Marco Aurélio, j. 15-12-1998, 2ª T, DJ de 7-5-1999.] == AI 384.050 AgR, 
rel. min. Carlos Velloso, j. 9-9-2003, 2ª T, DJ de 10-10-2003 
CASAMENTO E UNIÃO ESTÁVEL DE PESSOAS DO MESMO SEXO 
O sexo das pessoas, salvo disposição constitucional expressa ou implícita em sentido 
contrário, não se presta como fator de desigualação jurídica. Proibição de 
preconceito, à luz do inciso IV do art. 3º da CF, por colidir frontalmente com o objetivo 
constitucional de “promover o bem de todos”. Silêncio normativo da Carta Magna a 
respeito do concreto uso do sexo dos indivíduos como saque da kelseniana “norma 
geral negativa”, segundo a qual “o que não estiver juridicamente proibido, ou 
obrigado, está juridicamente permitido”. (...) Ante a possibilidade de interpretação 
em sentido preconceituoso ou discriminatório do art. 1.723 do CC, não resolúvel à 
luz dele próprio, faz-se necessária a utilização da técnica de “interpretação conforme 
à Constituição”. Isso para excluir do dispositivo em causa qualquer significado que 
impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do 
mesmo sexo como família. Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas 
regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva. [ADI 4.277 
e ADPF 132, rel. min. Ayres Britto, j. 5-5-2011, P, DJE de 14-10-2011 
Omissão do Congresso Nacional sobre a CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA: 
Em conclusão de julgamento, o Plenário, por maioria, julgou procedentes os pedidos 
formulados em ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO) e em 
mandado de injunção (MI) para reconhecer a mora do Congresso Nacional em editar 
lei que criminalize os atos de homofobia e transfobia. Determinou, também, até que 
seja colmatada essa lacuna legislativa, a aplicação da Lei 7.716/1989 (que define os 
crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor) às condutas de discriminação 
por orientação sexual ou identidade de gênero, com efeitos prospectivos e mediante 
subsunção. Prevaleceram os votos dos ministros Celso de Mello e Edson Fachin, 
relatores da ADO e do MI, respectivamente (Informativo 931). A corrente majoritária 
reconheceu, em suma, que a omissão do Congresso Nacional atenta contra a 
Constituição Federal (CF), a qual impõe, nos termos do seu art. 5º, XLI e XLII (1), 
inquestionável mandado de incriminação. Entendeu que as práticas homotransfóbicas 
se qualificam como espécies do gênero racismo, na dimensão de racismo social 
consagrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do HC 82.424/RS 
(caso Ellwanger). Isso porque essas condutas importam em atos de segregação que 
inferiorizam os integrantes do grupo de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais 
(LGBT), em razão de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero. 
Considerou, ademais, que referidos comportamentos se ajustam ao conceito de atos 
de discriminação e de ofensa aos direitos e liberdades fundamentais dessas pessoas. 
Na ADO, o colegiado, por maioria, fixou a seguinte tese: “1. Até que sobrevenha lei 
emanada do Congresso Nacional destinada a implementar os mandados de 
criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º da Constituição da República, 
as condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, que envolvem aversão 
odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero de alguém, por traduzirem 
expressões de racismo, compreendido este em sua dimensão social, ajustam-se, por 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 28 
identidade de razão e mediante adequação típica, aos preceitos primários de 
incriminação definidos na Lei nº 7.716, de 08.01.1989, constituindo, também, na 
hipótese de homicídio doloso, circunstância que o qualifica, por configurar motivo 
torpe (Código Penal, art. 121, § 2º, I, “in fine”); 2. A repressão penal à prática da 
homotransfobia não alcança nem restringe ou limita o exercício da liberdade religiosa, 
qualquer que seja a denominação confessional professada, a cujos fiéis e ministros 
(sacerdotes, pastores, rabinos, mulás ou clérigosmuçulmanos e líderes ou 
celebrantes das religiões afro-brasileiras, entre outros) é assegurado o direito de 
pregar e de divulgar, livremente, pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro 
meio, o seu pensamento e de externar suas convicções de acordo com o que se 
contiver em seus livros e códigos sagrados, bem assim o de ensinar segundo sua 
orientação doutrinária e/ou teológica, podendo buscar e conquistar prosélitos e 
praticar os atos de culto e respectiva liturgia, independentemente do espaço, público 
ou privado, de sua atuação individual ou coletiva, desde que tais manifestações não 
configurem discurso de ódio, assim entendidas aquelas exteriorizações que incitem 
a discriminação, a hostilidade ou a violência contra pessoas em razão de sua 
orientação sexual ou de sua identidade de gênero; 3. O conceito de racismo, 
compreendido em sua dimensão social, projeta-se para além de aspectos 
estritamente biológicos ou fenotípicos, pois resulta, enquanto manifestação de poder, 
de uma construção de índole histórico-cultural motivada pelo objetivo de justificar a 
desigualdade e destinada ao controle ideológico, à dominação política, à subjugação 
social e à negação da alteridade, da dignidade e da humanidade daqueles que, por 
integrarem grupo vulnerável (LGBTI+) e por não pertencerem ao estamento que 
detém posição de hegemonia em uma dada estrutura social, são considerados 
estranhos e diferentes, degradados à condição de marginais do ordenamento jurídico, 
expostos, em consequência de odiosa inferiorização e de perversa estigmatização, a 
uma injusta e lesiva situação de exclusão do sistema geral de proteção do direito”. 
Ficaram vencidos, em ambas as ações, os ministros Ricardo Lewandowski, Dias 
Toffoli e Marco Aurélio. Os dois primeiros conheceram em parte das ações e as 
julgaram parcialmente procedentes apenas para reconhecer a mora legislativa e dar 
ciência ao Congresso Nacional para a adoção das providências necessárias. Para eles, 
não obstante a repugnância que provocam as condutas preconceituosas de qualquer 
tipo, somente o Poder Legislativo pode criminalizar condutas, sendo imprescindível 
lei em sentido formal. Portanto, a extensão do tipo penal para abarcar situações não 
especificamente tipificadas pela norma penal incriminadora atenta contra o princípio 
da reserva legal (2). O ministro Marco Aurélio inadmitiu o MI, diante dos limites 
impostos ao exercício, pelo STF, da jurisdição constitucional. Admitiu, em parte, a 
ADO, para julgar, nessa extensão, improcedente o pedido, por não assentar, 
peremptoriamente, que se tenha “criminalizar” no vocábulo “punirá”, contido no 
inciso XLI do art. 5º da CF. Em decorrência disso, não reconheceu 
a omissão legislativa quanto à criminalização específica da homofobia e da 
transfobia. Concluiu que, respeitada a liberdade legiferante franqueada ao legislador 
ordinário, espera-se que a sinalização do STF quanto à necessária proteção das 
minorias e dos grupos socialmente vulneráveis contribua para a formação de uma 
cultura livre de todo e qualquer preconceito e discriminação, preservados os limites 
da separação dos Poderes e da reserva legal em termos penais. (1) CF/1988: “Art. 
5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
(...) XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 29 
fundamentais; XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e 
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;” (2) CF/1988: “Art. 5º 
(...) XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia 
cominação legal;” ADO 26/DF, rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 13.6.2019. 
(ADO-26) 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE GERAL 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude 
de lei 
COMENTÁRIOS: 
O inciso supramencionado disciplina o princípio da legalidade geral ou ampla, isto é, 
dirigida a todos, ou a quase todos. Assim, ao particular, é possível realizar tudo o 
que não estiver previsto ou proibido em lei. 
SE LIGA 
EXEMPLO DE LEGALIDADE GERAL: Como não existe lei que obrigue o marido a 
lavar as louças depois do almoço, você, futuro Policial Militar, pode informar a sua 
esposa, quando esta determinar a você tal tarefa, que de acordo com o inciso II, do 
art. 5º, como ninguém obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude de 
lei, e como não há lei que obrigue o marido a lavar as louças, você educadamente 
pode recursar-se a cumprir tal tarefa. SIMPLES! 
No entanto, a legalidade dirigida à Administração Pública é diversa, tendo em vista o 
caput do art. 37 da Constituição, e no âmbito da Administração Pública apenas é 
possível a conduta ou ato administrativo se houver previsão em lei. 
PARTICULAR→TUDO QUE NÃO ESTIVER PROIBIDO É PERMITIDO. 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (LEGALIDADE ESTRITA)→APENAS PODE FAZER O 
QUE A LEI EXPRESSAMENTE PREVÊ. 
PROIBIÇÃO DE TORTURA, TRATAMENTO DESUMANO OU DEGRADANTE 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; 
COMENTÁRIOS: 
A Lei n. 9455, de 07 de abril de 1997, regulamentou o inciso acima citado definindo 
os crimes de tortura, sendo tal crime, de acordo com o inciso XLIII, equiparado a 
hediondo. Foi com base no inciso acima que o STF aprovou a súmula vinculante n. 
11, trazendo como exceção a utilização de algemas. 
Vale destacar que a vedação à tortura está presente em todos os documentos 
internacionais de proteção de direitos humanos no âmbito da Organização das Nações 
Unidas – ONU, bem como nos documentos regionais de proteção aos direitos 
humanos, como por exemplo na Organização dos Estados Americanos – OEA, da qual 
o Brasil faz parte. 
→VEDAÇÃO À TORTURA na Declaração Universal dos Direitos Humanos – DUDH: 
Art. 5º Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, 
desumanos ou degradantes 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 30 
→VEDAÇÃO À TORTURA no Pacto de São José da Costa Rica (Convenção Americana 
de Direitos Humanos): 
 Art. 5º 1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua integridade física, 
psíquica e moral. 2. Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos 
cruéis, desumanos ou degradantes. Toda pessoa privada da liberdade deve ser 
tratada com o respeito devido à dignidade inerente ao ser humano. 
VEDAÇÃO À TORTURA no Pacto dos Direitos Civis e Políticos: 
Art. 7º Ninguém poderá ser submetido à tortura, nem a penas ou tratamento cruéis, 
desumanos ou degradantes. Será proibido sobretudo, submeter uma pessoa, sem 
seu livre consentimento, a experiências médias ou cientificas. ATENÇÃO: A 
PROIBIÇÃO DE TORTURA É UM DOS POUCOS DIREITOS FUNDAMENTAIS QUE É 
ABSOLUTO 
DIREITO À PRIVACIDADE – Art. 5º, X e XI 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação; 
COMENTÁRIOS: 
A intimidade é algo relacionado ao íntimo das pessoas, às relações mais próximas de 
amizade e familiares, que não podem ser publicizadas. 
Já a vida privada ou privacidade, diz respeito a acontecimentos e relacionamentos 
pessoais em geral, às relações comerciais e profissionais que o indivíduo não deseja 
que se espalhem ao conhecimento público. 
Sigilo Bancário: No que se refere ao tema da intimidade e vida privada, o sigilo 
bancário entre em cena, pois, de acordo com o STF, o sigilo bancário, por regra, deve 
ser quebrado pela Autoridade Judicial. 
Dessa forma, de acordo com o STF, a quebra do sigilo bancário pode ser realizada: 
JUDICIÁRIO: SIM 
CPI (Federal, Estadual e Distrital): SIM 
CPI (Municipal): NÃO 
AUTORIDADE TRIBUTÁRIA FEDERAL: SIM 
MP: NÃO 
POLÍCIA JUDICIÁRIA: NÃO 
ATENÇÃO,CONFORME O STF, A PROTEÇÃO QUE SE DÁ À VIDA PRIVADA É 
MENOR EM RELAÇÃO À PESSOA PÚBLICA EM COMPARAÇÃO COM A VIDA 
PRIVADA DE PESSOA NÃO PÚBLICA, CONFORME JULGADO ABAIXO: 
A fixação do quantum indenizatório deve observar o grau de reprovabilidade da 
conduta. A conduta do réu, embora reprovável, destinou-se a pessoa pública, 
que está sujeita a críticas relacionadas com a sua função, o que atenua o 
grau de reprovabilidade da conduta. A extensão do dano é média; pois, apesar 
de haver publicações das acusações feitas pelo réu, foi igualmente publicada, e com 
destaque (capa do jornal), matéria que inocenta o autor, o que minimizou o impacto 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 31 
das ofensas perante a sociedade. 
[AO 1.390, rel. min. Dias Toffoli, j. 12-5-2011, P, DJE de 30-8-2011. 
 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial 
 
Por sua vez, a inviolabilidade do domicílio, como também espécie do direito à 
privacidade, está prevista no art. 5º, XI da CF/88, acima transcrito, garantindo o 
direito que o cidadão de não ter sua casa violada, seja pelo Estado, seja por pessoas 
privadas. 
Nesse sentido, cabe destacar o CONCEITO JURÍDICO de casa, importante elemento 
de concretização do direito à inviolabilidade domiciliar. Segundo a doutrina 
majoritária, o conceito de casa deve ser entendido de forma abrangente, 
para estender não apenas à moradia propriamente dita, mas qualquer 
espaço habitado, e em locais nos quais são exercidas atividades 
profissionais, com exclusão de terceiros, como escritórios, consultórios, 
estabelecimentos industriais e comerciais (nos locais restritos ao público). 
Para corroborar o que foi dito acima, colacionamos o entendimento do Supremo 
Tribunal Federal acerca do assunto: 
Para os fins da proteção jurídica a que se refere o art. 5º, XI, da CF, o conceito 
normativo de “casa” revela-se abrangente e, por estender-se a qualquer aposento 
de habitação coletiva, desde que ocupado (CP, art. 150, § 4º, II), compreende, 
observada essa específica limitação espacial, os quartos de hotel. Doutrina. 
Precedentes. Sem que ocorra qualquer das situações excepcionais taxativamente 
previstas no texto constitucional (art. 5º, XI), nenhum agente público poderá, contra 
a vontade de quem de direito (invito domino), ingressar, durante o dia, sem mandado 
judicial, em aposento ocupado de habitação coletiva, sob pena de a prova resultante 
dessa diligência de busca e apreensão reputar-se inadmissível, porque impregnada 
de ilicitude originária. [RHC 90.376, rel. min. Celso de Mello, j. 3-4-2007, 2ª T, DJ 
de 18-5-2007 
CONCEITO DE CASA: 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=626839
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 32 
 
No entanto, existem exceções a regra geral da inviolabilidade domiciliar, consistentes 
na possibilidade de violação para prestar socorro, desastre, flagrante delito, ou 
durante o dia por determinação judicial e ainda mediante o consentimento do 
morador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCEÇÕES À INVIOLABILIDADE DOMICILIAR 
•HOTEL E MOTEL•ESCRITÓRIO
•LOCAL DE 
EXERCÍCIO DE 
PROFISSÃO
•COMPARTIMENTO
DE HABITAÇÃO 
COLETIVA
NÃO ABERTO AO 
PÚBLICO
QUARTOS DE
DE ADVOCACIA E 
CONTABILIDADE
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 33 
 
CPFDD 
 
Quanto às situações de desastre e prestar socorro não existem maiores 
controvérsias, dada a clareza do texto constitucional sobre a sua ocorrência. 
No entanto, é preciso discorrer sobre a situação de flagrante delito e durante o dia 
por determinação judicial. No que se refere à situação de flagrância, vale destacar o 
que dispõe o Código de Processo Penal sobre sua ocorrência e as hipóteses de 
flagrante delito: 
Código de Processo Penal 
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão 
prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito. 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
I - está cometendo a infração penal; 
II - acaba de cometê-la; 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, 
em situação que faça presumir ser autor da infração; 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que 
façam presumir ser ele autor da infração. 
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito 
enquanto não cessar a permanência. 
 
Nas situações supramencionadas, a casa, que é asilo inviolável, poderá ser 
adentrada, de forma facultativa pelos cidadãos, e obrigatoriamente pela autoridade 
policial. 
Por fim, sobre a violação de domicílio no caso de flagrante delito, destaque-se o 
entendimento do STF, citado por Pedro Lenza, pelo qual: 
Cabe lembrar, ainda, que o STF, ao julgar o tema 280 da repercussão geral, firmou 
a tese: “a entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em 
período noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente justificadas a 
posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação de flagrante delito, sob 
pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou autoridade, e de 
nulidade dos atos praticados”. (RE 603.616 – 05.11.2015) 
C ONSENTIMENTO DO MORADOR -
DIA/NOITE
P RESTAR SOCORRO - DIA/NOITE
F LAGRANTE DELITO - DIA/NOITE
D ETERMINAÇÃO JUDICIAL - DIA
D ESASTRE - DIA/NOITE
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 34 
Já em relação ao cumprimento de mandado judicial durante o dia, por determinação 
judicial, cabe dizer que, no que se refere ao conceito do que é dia, a doutrina 
majoritária se manifesta a favor do critério físico-astronômico, isto é, considera-se 
dia o período compreendido entre a aurora e o crepúsculo. 
Por outro lado, a jurisprudência manifesta-se a favor do critério cronológico, ou seja, 
considerando como o dia o período compreendido entre as 06 e 18 horas. 
Vale destacar, que a nova Lei de Abuso de Autoridade n. 13.869/2019, dispõe que 
incorre nas penas do crime do art. 22 (adentrar clandestinamente em residência) 
QUEM CUMPRE MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR APÓS ÀS 21:00 ou 
ANTES DAS 05:00. Assim, já há entendimento de que a citada lei teria trazido o 
conceito de dia. No entanto, para fins de prova, é preciso saber como a questão vai 
cobrar, se de acordo com o entendimento do STF ou se de acordo expressamente 
com a nova lei de abuso de autoridade, supramencionada. 
Recentemente, decidiu o STF que: 
A entrada forçada em domicílio sem mandado judicial só é 
lícita, mesmo em período noturno, quando amparada em 
fundadas razões, devidamente justificadas “a posteriori”, 
que indiquem que dentro da casa ocorre situação de 
flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, 
civil e penal do agente ou da autoridade, e de nulidade dos 
atos praticados. 
STF. Plenário. RE 603616/RO, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado 
em 4 e 5/11/2015 (repercussão geral – Tema 280) (Info 806) 
 
Decidiu o STJ, também, que nos casos de hipótese de flagrante: 
A prova da legalidade e da voluntariedade do 
consentimento para o ingresso na residência do 
suspeito incumbe, em caso de dúvida, ao Estado, e deve 
ser feita com declaração assinada pela pessoa que 
autorizou o ingresso domiciliar, indicando-se, sempre 
que possível, testemunhas do ato. Em todo caso, a 
operação deve ser registrada em áudio-vídeo e 
preservada a prova enquanto durar o processo. 
STJ. 6ª Turma. HC 598.051/SP, Rel. Min. Rogério Schietti 
Cruz, julgado em 02/03/2021 (Info 687). 
Isto é, de acordo com o STJ, é preciso que haja a autorização escrita do 
morador, bem como que, sempre que possível, haja a gravação da diligência 
em áudio e vídeo. 
Dessa forma, para o STJ, a diligência de entrada em domicílio com o 
consentimento do MORADOR deve obedecer aos seguintes critérios: 
 
 
 
 
CONSENTIMENTO DO 
MORADOR 
DECLARAÇÃO ASSINADA PELOMORADOR 
ATO DE AUTORIZAÇÃO GRAVADO EM AÚDIO E 
VÍDEO 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 35 
 
ATENÇÃO: O STF, NO JULGAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 1.342077/SP, 
CUJO RELAOR FOI O MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES, DECIDIU ANULAR A 
DECISÃO ACIMA DO STJ PARA RETIRAR A OBRIGATORIEDADE DE COMPROVAÇÃO 
DO CONSENTIMENTO DO MORADOR, POR PARTE DA AUTORIDADE POLICIAL, EM 
DOCUMENTO E EM ÁUDIO E VÍDEO, CONFORME ACÓRDÃO ABAIXO COLACIONADO: 
Diante de todo o exposto, em face do decidido no Tema 280 de 
Repercussão Geral, CONHEÇO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARA 
CONCEDER PARCIAL PROVIMENTO E ANULAR O ACÓRDÃO RECORRIDO 
tão somente na parte em que entendeu pela necessidade de 
documentação e registro audiovisual das diligências policiais, 
 
 
DIREITOS DE LIBERDADE – Art. 5º, IV, V VI, VII, VIII, IX,XII, XIII, XIV, 
XV, XVI, XVII 
2.11.1. LIVRE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO – Art. 5º, IV e V 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização 
por dano material, moral ou à imagem 
COMENTÁRIOS: 
A constituição assegurou a liberdade de manifestação do pensamento, restando 
vedado o anonimato. Caso durante a manifestação do pensamento se cause dano 
material, moral ou à imagem, assegura-se o direito de resposta, proporcional ao 
agravo, além de indenização. Vale dizer, entretanto, que essa liberdade de expressão 
não é absoluta, encontrando limites em relação aos direitos alheios e, havendo 
violação a direitos de outrem, serão assegurados o direito de resposta (art. 5º, V), 
bem como indenização por dano moral e material (art. 5º, X) 
 
Foi com fundamento na liberdade de expressão que o STF decidiu pela legalidade da 
MARCHA DA MACONHA, isto é, os cidadãos podem sair em marcha pedindo que se 
libere determinada substância para o uso coletivo, como é o caso da maconha. ADPF 
187. 
 
A respeito do assunto, verifiquemos as palavras de Marcelo Novelino: 
Em relação a esse tema, é necessário diferenciar a mera proposta de 
descriminalização de determinado ilícito penal do ato de incitação à prática de crime 
ou de apologia de fato criminoso. A defesa, em espaços públicos, da legalização de 
determinadas condutas (como a prática do aborto ou uso de drogas) ou de proposta 
abolicionista de um tipo penal, não deve ser caracterizada como ilícito penal, mas, 
ao contrário, como exercício legítimo do direito à livre manifestação do pensamento, 
propiciada pelo exercício do direito de reunião. Nesse sentido, o entendimento 
unânime adotado pelo STF no julgamento referente à denominada “marcha da 
maconha”. (Novelino, Marcelo. Manual de Direito Constitucional. 8ª ed. P. 503/504) 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 36 
 
Foi também com fundamento nesse inciso que o STF decidiu sobre a 
desnecessidade de autorização prévia do biografado, das demais pessoas 
retratadas na obra, nem de seus familiares, pois essa autorização prévia seria 
uma forma de censura, não sendo compatível com a liberdade de expressão 
consagrada pela CF/88. 
Outra questão acerca da liberdade de expressão, é a possibilidade de INÍCIO DE 
AÇÃO PENAL OU INQUÉRITO POLICIAL COM BASE EXCLUSIVAMENTE EM DENÚNCIA 
ANÔNIMA. A jurisprudência do STF admite, conforme acórdão extenso abaixo 
colacionado, que a DENÚNCIA ANÔNIMA, POR SI SÓ, NÃO PODE DAR INÍCIO À 
PERSECUÇÃO PENAL, FACE À VEDAÇÃO AO ANONIMATO PRESENTE NO INCISIO IV 
DO ART. 5 JÁ MENCIONADO: 
 
Persecução Penal e Delação Anônima (Transcrições) (v. Informativo 387) Inq 
1957/PR* RELATOR: MIN. CARLOS VELLOSO VOTO DO MIN. CELSO DE MELLO: 
Sabemos, Senhor Presidente, que o veto constitucional ao anonimato, nos 
termos em que enunciado (CF, art. 5º, IV, “in fine”), busca impedir a 
consumação de abusos no exercício da liberdade de manifestação do 
pensamento e na formulação de denúncias apócrifas, pois, ao exigir-se a 
identificação de seu autor, visa-se, em última análise, com tal medida, a 
possibilitar que eventuais excessos derivados de tal prática sejam tornados 
passíveis de responsabilização, “a posteriori”, tanto na esfera civil quanto 
no âmbito penal, em ordem a submeter aquele que os cometeu às 
conseqüências jurídicas de seu comportamento. Essa cláusula de vedação - 
que jamais deverá ser interpretada como forma de nulificação 
das liberdades do pensamento - surgiu, no sistema de direito constitucional 
positivo brasileiro, com a primeira Constituição republicana, promulgada em 
1891 (art. 72, § 12). Com tal proibição, o legislador constituinte, ao não 
permitir o anonimato, objetivava inibir os abusos cometidos no exercício 
concreto da liberdade de manifestação do pensamento, para, desse modo, 
viabilizar a adoção de medidas de responsabilização daqueles que, no 
contexto da publicação de livros, jornais, panfletos ou denúncias apócrifas, 
viessem a ofender o patrimônio moral das pessoas agravadas pelos 
excessos praticados, consoante assinalado por eminentes intérpretes 
daquele Estatuto Fundamental (b) nada impede, contudo, que o Poder 
Público, provocado por delação anônima (“disque-denúncia”, p. ex.), adote 
medidas informais destinadas a apurar, previamente, em averiguação 
sumária, “com prudência e discrição”, a possível ocorrência de eventual 
situação de ilicitude penal, desde que o faça com o objetivo de conferir a 
verossimilhança dos fatos nela denunciados, em ordem a promover, então, 
em caso positivo, a formal instauração da “persecutio criminis”, mantendo-
se, assim, completa desvinculação desse procedimento estatal em relação 
às peças apócrifas; e (c) o Ministério Público, de outro lado, independentemente 
da prévia instauração de inquérito policial, também pode formar a sua “opinio delicti” 
com apoio em outros elementos de convicção que evidenciem a materialidade do fato 
delituoso e a existência de indícios suficientes de sua autoria, desde que os dados 
informativos que dão suporte à acusação penal não tenham, como único fundamento 
causal, documentos ou escritos anônimos. Sendo assim, e consideradas as razões 
expostas, peço vênia, Senhor Presidente, para acompanhar o douto voto proferido 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 37 
pelo eminente Relator, rejeitando, em conseqüência, a questão de ordem ora sob 
exame desta Suprema Corte. É o meu voto. * acórdão pendente de publicação 
 
 
 
 
SITUAÇÕES RELACIONADAS À LIBERDADE DE EXPRESSÃO 
 
 
 
 
 
2.11.2 LIBERDADE RELIGIOSA – Art. 5º, VI, VII e VIII 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre 
exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de 
culto e a suas liturgias; 
 VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação coletiva; 
 VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal 
a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei 
COMENTÁRIOS: 
De acordo com o STF, “O Brasil é uma república laica, surgindo absolutamente neutro 
quanto às religiões. [ADPF 54, rel. min. Marco Aurélio, j. 12-4-2012, P, DJE de 30-4-
2013”. 
No inciso acima podemos encontrar um direito (inviolabilidade da liberdade de crença 
e de consciência) e uma garantia (livre exercício dos cultos e garantida, na forma da 
lei, os locais de culto e liturgia). Vale citar algumas situações que dizem respeito à 
liberdade de consciência e de crença: 
 
»casamento perante autoridades religiosas; 
»transfusão de sangue nas Testemunhas de Jeová; curandeirismo; 
»fixação de crucifixos em repartições públicas; 
»imunidade religiosa; 
»guarda sabática e a 
CONSTITUCIONALIDADE 
DAS MARCHAS PELA 
DESCRIMINALIZAÇÃO 
DE TIPOS PENAIS 
CONSTITUCIONALIDADE 
DO USO DE BIOGRAFIAS 
NÃO AUTORIZADAS 
INCONSTITUCIONALIDADE 
DO USO, POR SI SÓ, DE 
DENÚNCIA ANÔNIMA EM 
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL EPROCESSO PENAL 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 38 
»expressão “Deus seja louvado” nas cédulas de real. 
 
Alguns dos temas mencionados merecem maiores comentários, como é o caso da 
guarda sabática (shabat), período sagrado judaico, tendo em vista que alguns 
candidatos ao ENEM, seguidores da citada religião solicitaram à Administração 
Pública que fosse designada outra data para a realização da referida prova, haja vista 
coincidir com o dia de guarda da citada convicção religiosa. 
Nesse sentido, é importante dizer que um primeiro momento foi concedida a medida 
para que a prova fosse realizada noutro momento, mas a medida foi tornada sem 
efeito pelo STF, que entendeu que a fixação de data alternativa para apenas uma 
religião viola o princípio da isonomia, conforme acórdão abaixo transcrito: 
Pedido de restabelecimento dos efeitos da decisão do Tribunal a quo que possibilitaria 
a participação de estudantes judeus no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em 
data alternativa ao Shabat. Alegação de inobservância ao direito fundamental de 
liberdade religiosa e ao direito à educação. Medida acautelatória que configura grave 
lesão à ordem jurídico-administrativa. Em mero juízo de delibação, pode-se afirmar 
que a designação de data alternativa para a realização dos exames não se revela em 
sintonia com o princípio da isonomia, convolando-se em privilégio para um 
determinado grupo religioso. Decisão da Presidência, proferida em sede de 
contracautela, sob a ótica dos riscos que a tutela antecipada é capaz de acarretar à 
ordem pública. [STA 389 AgR, rel. min. Gilmar Mendes, j. 3-12-2009, P, DJE de 
14-5-2010) 
 
ATENÇÃO, O STF decidiu, no Recurso Extraordinário 611874,com repercussão geral 
(isto é, os recursos em processos que chegarem ao STF com esse assunto serão 
decididos da forma que decidiu o STF), que candidatos podem realizar etapas de 
concursos em dias diversos, CASO ALEGUEM A ESCUSA DE CONSCIÊNCIA, 
conforme se demonstra a seguir: 
Nos termos do artigo 5º, VIII, da Constituição Federal é possível a realização de 
etapas de concurso público em datas e horários distintos dos previstos em 
edital, por candidato que invoca escusa de consciência por motivo de crença 
religiosa, desde que presentes a razoabilidade da alteração, a preservação 
da igualdade entre todos os candidatos e que não acarrete ônus 
desproporcional à Administração Pública, que deverá decidir de maneira 
fundamentada", vencidos os Ministros Dias Toffoli, Marco Aurélio, Gilmar Mendes e 
Nunes Marques. Nesta assentada o Ministro Ricardo Lewandowski reajustou seu voto. 
Presidência do Ministro Luiz Fux. Plenário, 26.11.2020 (Sessão realizada inteiramente 
por videoconferência - Resolução 672/2020/STF 
 
 
 
SE LIGA NO EXEMPLO 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 39 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO NOVAMENTE, o STF decidiu que o ENSINO REGILIOSO NAS ESCOLAS 
PODE TER NATUREZA CONFESSIONAL, POIS é de MATRÍCULA FACULTATIVA, 
conforme decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade 4.439 contra o art. 33 da 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação -LDB, Lei 9.394/96. Abaixo observe a decisão 
do STF: 
O Estado, observado o binômio Laicidade do Estado (art. 19, I) / 
Consagração da Liberdade religiosa (art. 5º, VI) e o princípio da igualdade 
(art. 5º, caput), deverá atuar na regulamentação do cumprimento do 
preceito constitucional previsto no art. 210, §1º, autorizando na rede 
pública, em igualdade de condições, o oferecimento de ensino confessional 
das diversas crenças, mediante requisitos formais e objetivos previamente 
fixados pelo Ministério da Educação. Dessa maneira, será permitido aos 
alunos que voluntariamente se matricularem o pleno exercício de seu direito 
subjetivo ao ensino religioso como disciplina dos horários normais das 
escolas públicas de ensino fundamental, ministrada de acordo com os 
princípios de sua confissão religiosa, por integrantes da mesma, 
devidamente credenciados e, preferencialmente, sem qualquer ônus para o 
Poder Público. STF. Plenário. ADI 4439/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ 
o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 27/9/2017 (Info 879). 
 
No entanto, FIQUE ATENTO, PREZADO CANDIDATO, que no ano em curso, mais 
precisamente no dia 04 de janeiro de 2019, foi publicada a lei nacional nº 
13.796/2019, que alterou a lei de diretrizes e bases da educação (lei 9.394/1996) 
para permitir aos alunos de instituições públicas ou privadas o direito de não realizar 
provas regulares, caso o dia destas entre em conflito com o dia designado pela 
religião de cada aluno como de repouso em relação à quaisquer atividades, fixando, 
em face disso, prestação alternativa. 
Outro assunto julgado pelo STF foi a possibilidade de sacrifício de animais em rituais 
religiosos, com fundamento na liberdade de crença. Verifique-se, nesse sentido, a 
decisão do STF: “é constitucional a lei de proteção animal que, a fim de 
resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em 
cultos de religiões de matriz africana” (RE 494601 – 2019). 
Por fim, no que se refere à oposição a transfusão de sangue por testemunhas de 
jeová, o entendimento que tem prevalecido é o de que a vida deve ser privilegiada 
em detrimento da liberdade religiosa, ainda mais em casos de urgência, perigo 
iminente e se o paciente for menor de idade. 
Você vai prestar o concurso da Polícia Militar, e a prova foi marcada para um 
DOMINGO, no entanto, a religião que você pratica não permite nenhuma 
atividade no dia de DOMINGO. Nesse caso, de acordo com o entendimento 
do STF, a BANCA do concurso deverá designar DIA ALTERNATIVO para que 
você realize a prova, isto é, você poderá se escusar dessa obrigação geral a 
todos imposta (realizar a prova no domingo), mas cumprirá prestação 
alternativa (prova em dia alternativo 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 40 
Sobre o inciso VII, saliente-se que a previsão de prestação de assistência religiosa 
em entidades militares está prevista na Lei 6.923/1981. Já a previsão de assistência 
religiosa nas entidades hospitalares públicas e privadas, bem como nos 
estabelecimentos prisionais, está prevista na lei 9.982/2000. 
Por fim, cabe destacar que ninguém pode ser privado de direitos por motivo de crença 
religiosa ou convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para se eximir de 
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada 
em lei. 
Portanto, aquele que, em tempos de paz, recusa o serviço militar deve cumprir 
prestação social alternativa e, em havendo recusa a esta, ficará sujeito à suspensão 
dos direitos políticos, nos termos do art. 15, IV da Constituição. 
HAJA VISTA QUE O ESTADO BRASILEIRO NÃO SEGUE RELIGIÃO ALGUMA, SENDO 
UM ESTADO LAICO, A COLOCAÇÃO DE SÍMBOLOS RELIGIOSOS EM LOCAIS 
PÚBLICO.S FERE O DISPOSTO NO ART. 19 DA CF/88? 
Nesse ponto, o Conselho Nacional de Justiça, órgão que fiscaliza o Poder Judiciário 
decidiu acerca de pedido de retirada de crucifixos das dependências de órgãos do 
poder judiciário, fixando entendimento pela manutenção dos símbolos, tendo em 
vista que não determinam que o Estado siga alguma religião, e, por outro lado, 
expressam a cultura do Brasil em mantê-los em alguns locais. 
Vale citar, a título de ilustração, o magistério de Marcelo Novelino: 
Em que pese o entendimento adotado pelo CNJ, a colocação de símbolos religiosos 
em locais públicos não deve ser vista como uma intervenção restritiva legítima, mas 
sim como uma intervenção violadora da liberdade religiosa, por ser incompatível com 
o dever de neutralidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO: O STF DECIDIU QUE É COMPATÍVEL COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL A 
IMPOSIÇÃO DE RESTRIÇÕES À REALIZAÇÃO DE CULTO, MISSAS E DEMAIS 
ATIVIDADES RELIGIOSAS PRESENCIAIS DE CARÁTER COLETIVO COMO MEDIDA DE 
CONTENÇÃO DO AVANÇO DA PANDEMIA DO COVID-19 (STF. PLENÁRIO. ADPF 
811/SP, Rel Ministro Gilmar Mendes. 08/04/2021 
 
DECISÕES 
IMPORTANTES DO STFSOBRE LIBERDADE 
REGILIOSA 
 
Possibilidade de realização de prova de 
concurso em dia alternativo, em face de 
alegação de escusa de consciência 
Possibilidade de sacrifício de animais por 
parte de religiões de matriz africana 
Possibilidade do ENSINO RELIGIOSO ter 
natureza CONFESSIONAL (isto é, de 
determinada religião, mas desde que não seja 
obrigatória. 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 41 
 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença 
LIBERDADE DE COMUNICAÇÃO PESSOAL – Art. 5º, XII 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas 
hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal. 
 
 
É INVIOLÁVEL O SIGLO DAS: 
 
 
COMENTÁRIOS: 
Inicialmente, é preciso mencionar que o inciso supracitado protege a COMUNICAÇÃO 
E O SIGILO, sendo a comunicação o ato de transmitir e receber mensagens por meio 
de métodos e/ou processos convencionais. 
 
• rrespondênciaCO
• municaçõesCO
• lefônicasTE
• dosDA
• municações telegraficasCO
ENTENDA O BIZU: o CÔCO TE DA Cor (você ganha cor 
consumindo côco) 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 42 
A interceptação da comunicação telefônica, como regra é vedada, sendo admitida 
apenas para fins de investigação criminal e instrução processual penal, e, ademais, 
determinada judicialmente, isto é, sujeita à CLÁUSULA DE RESERVA DE 
JURISDIÇÃO, pois apenas o Juiz que pode decretá-la. 
Admite-se, inclusive, o uso da prova emprestada, obtida em interceptação telefônica, 
determinada judicialmente, do processo penal para o processo administrativo 
disciplinar de servidor público. 
A jurisprudência do STJ e STF são firmes no sentido de que é admitida a utilização 
no processo administrativo de “prova emprestada” do inquérito policial ou do 
processo penal, desde que autorizada pelo juízo criminal e respeitados o contraditório 
e ampla defesa. (STJ. 1ª Seção. MS 17.472/DF, Rel Min, Arnaldo Esteves Lima, 
julgado em 13/06/2012. 
Assim, é possível que as provas provenientes de interceptações telefônicas 
autorizadas judicialmente em processo criminal sejam emprestadas para o processo 
administrativo disciplinar. (STF. 1ª Turma. RMS 28774/DF, Rel Min Roberto Barroso, 
julgado em 09/08/2016 (informativo 834) 
Vale dizer, que de acordo com o STF, a proteção deve ser dada à comunicação, e não 
aos dados propriamente ditos, que podem ser acessados. Veja o entendimento 
jurisprudencial sobre o assunto: 
Suposta ilegalidade decorrente do fato de os policiais, após a prisão em flagrante do 
corréu, terem realizado a análise dos últimos registros telefônicos dos dois aparelhos 
celulares apreendidos. Não ocorrência. Não se confundem comunicação telefônica e 
registros telefônicos, que recebem, inclusive, proteção jurídica distinta. Não se pode 
interpretar a cláusula do art. 5º, XII, da CF, no sentido de proteção aos dados 
enquanto registro, depósito registral. A proteção constitucional é da comunicação de 
dados, e não dos dados. Art. 6º do CPP: dever da autoridade policial de proceder à 
coleta do material comprobatório da prática da infração penal. Ao proceder à pesquisa 
na agenda eletrônica dos aparelhos devidamente apreendidos, meio material indireto 
de prova, a autoridade policial, cumprindo o seu mister, buscou, unicamente, colher 
elementos de informação hábeis a esclarecer a autoria e a materialidade do delito 
(dessa análise logrou encontrar ligações entre o executor do homicídio e o ora 
paciente). Verificação que permitiu a orientação inicial da linha investigatória a ser 
adotada, bem como possibilitou concluir que os aparelhos seriam relevantes para a 
investigação. (...) Nos termos do art. 7º, II, da Lei 8.906/1994, o Estatuto da 
Advocacia garante ao advogado a inviolabilidade de seu escritório ou local de 
trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência 
escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da 
advocacia. Na hipótese, o magistrado de primeiro grau, por reputar necessária a 
realização da prova, determinou, de forma fundamentada, a interceptação telefônica 
direcionada às pessoas investigadas, não tendo, em momento algum, ordenado a 
devassa das linhas telefônicas dos advogados dos pacientes. Mitigação que pode, 
eventualmente, burlar a proteção jurídica. Sucede que, no curso da execução da 
medida, os diálogos travados entre o paciente e o advogado do corréu acabaram, de 
maneira automática, interceptados, aliás, como qualquer outra conversa direcionada 
ao ramal do paciente. Inexistência, no caso, de relação jurídica cliente-advogado Não 
cabe aos policiais executores da medida proceder a uma espécie de filtragem das 
escutas interceptadas. A impossibilidade dessefiltro atua, inclusive, como verdadeira 
garantia ao cidadão, porquanto retira da esfera de arbítrio da polícia escolher o que 
é ou não conveniente ser interceptado e gravado. Valoração, e eventual exclusão, 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 43 
que cabe ao magistrado a quem a prova é dirigida. [HC 91.867, rel. min. Gilmar 
Mendes, j. 24-4-2012, 2ª T, DJE de 20-9-2012]. 
É possível acessar conversas de whatsapp em celular apreendido com base 
em autorização judicial? 
Resposta: Sim, pois o acesso ao conteúdo armazenado em telefone celular ou 
smartphone, quando determinada judicialmente a busca e apreensão destes 
aparelhos, não ofende o art. 5º, XII da CF/88, considerando que o sigilo a que se 
refere este dispositivo constitucional é em relação à interceptação telefônica ou 
telemática propriamente dita, ou seja, é da comunicação de dados, e não dos dados 
em si mesmos. 
Assim, se o Juiz determinou a busca e apreensão de telefone ou smartphone do 
investigado, é lícito que as autoridades tenham acesso aos dados armazenados no 
aparelho apreendido, especialmente quando a referida decisão tenha expressamente 
autorizado o acesso a esse conteúdo. (STJ. 6ª Turma. RHC 75.800/PR, Rel. Min Felix 
Fischer, julgado em 15/09/2016 (info 590) 
 
É possível que a Administração Penitenciária intercepte correspondência 
remetida por presos? 
Resposta: Sim, de acordo com o entendimento do STF a seguir demonstrado: 
A administração penitenciária, com fundamento em razões de segurança pública, de 
disciplina prisional ou de preservação da ordem jurídica, pode, sempre 
excepcionalmente, e desde que respeitada a norma inscrita no art. 41, parágrafo 
único, da Lei 7.210/1984, proceder à interceptação da correspondência remetida 
pelos sentenciados, eis que a cláusula tutelar da inviolabilidade do sigilo epistolar não 
pode constituir instrumento de salvaguarda de práticas ilícitas. [HC 70.814, rel. min. 
Celso de Mello, j. 1º-3-1994, 1ª T, DJ de 24-6-1994 
 
Por fim, é importante diferenciar as situações de: INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA, 
ESCUTA TELEFÔNICA e GRAVAÇÃO TELEFÔNICA (GRAVAÇÃO CLANDESTINA): 
»INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA: Um terceiro capta o diálogo entre duas pessoas, 
sem que nenhum dos interlocutores saibam (NECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO 
JUDICIAL); 
»ESCUTA TELEFÔNICA: Ocorre quando um terceiro capta o diálogo entre duas 
pessoas, mas um dos interlocutores sabe que está sendo gravado (NECESSIDADE DE 
AUTORIZAÇÃO JUDICIAL); 
»GRAVAÇÃO TELEFÔNICA (AMBIENTAL): Ocorre quando um dos interlocutores 
grava a conversa que mantém com o outro, sem o seu consentimento 
(DESNECESSIDADE DE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, se um dos interlocutores for a 
vítima ou estiver em situação de legítima defesa) 
LIBERDADE DE EXERCÍCIO PROFISSIONAL – Art. 5º, XIII 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer 
NORMA DE EFICÁCIA CONTIDA 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 44 
 
LIBERDADE 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
A regraacima citada diz respeito à livre iniciativa profissional, no entanto, 
caracteriza-se como norma de eficácia contida, pois sua aplicabilidade pode vir a ser 
restringida por norma constitucional ou infraconstitucional, como ocorreu com o 
exercício da profissão de Advogado, cuja Lei 8.906/1994 (Estatuto da Ordem dos 
Advogados do Brasil) restringiu o exercício apenas aqueles que se submeterem e 
forem aprovados no exame de ordem. 
 
ENTENDA DE UMA VEZ POR TODAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entendimento Jurisprudencial sobre o tema: 
 
O art. 5º, XIII, da Constituição da República é norma de aplicação imediata e eficácia 
contida que pode ser restringida pela legislação infraconstitucional. Inexistindo lei 
regulamentando o exercício da atividade profissional dos substituídos, é livre o seu 
exercício. [MI 6.113 AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 22-5-2014, P, DJE de 13-6-
2014.] 
Atividade de Músico 
T rabalho 
O fício 
P rofissão 
T.O.P 
A REGRA É A LIBERDADE DE PROFISSÃO, E ENQUANTO 
NÃO HOUVER LEI REGULAMENTANDO, DETERMINADA 
PROFISSÃO É PERMITIDA 
EXEMPLO: No Brasil, portanto, a profissão de PROSTITUTA ou 
PROSTITUTO é permitida, pois ainda não foi REGULAMENTADA e, se 
você estiver passando por dificuldades financeiras, inclusive para 
pagar o material desse nobre Professor, a profissão acima é umas 
das opções, pois, REPITO, não é proibida 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 45 
Nem todos os ofícios ou profissões podem ser condicionados ao cumprimento de 
condições legais para o seu exercício. A regra é a liberdade. Apenas quando houver 
potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida inscrição em conselho de 
fiscalização profissional. A atividade de músico prescinde de controle. Constitui, 
ademais, manifestação artística protegida pela garantia da liberdade de expressão. 
[RE 414.426, rel. min. Ellen Gracie, j. 1º-8-2011, P, DJE de 10-10-2011.] 
Jornalista 
O jornalismo é uma profissão diferenciada por sua estreita vinculação ao pleno 
exercício das liberdades de expressão e de informação. O jornalismo é a própria 
manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, 
profissional e remunerada. Os jornalistas são aquelas pessoas que se dedicam 
profissionalmente ao exercício pleno da liberdade de expressão. O jornalismo e a 
liberdade de expressão, portanto, são atividades que estão imbricadas por sua 
própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada. Isso 
implica, logicamente, que a interpretação do art. 5º, XIII, da Constituição, na 
hipótese da profissão de jornalista, se faça, impreterivelmente, em conjunto com os 
preceitos do art. 5º, IV, IX, XIV, e do art. 220 da Constituição, que asseguram as 
liberdades de expressão, de informação e de comunicação em geral. (...) No campo 
da profissão de jornalista, não há espaço para a regulação estatal quanto às 
qualificações profissionais. O art. 5º, IV, IX, XIV, e o art. 220 não autorizam o 
controle, por parte do Estado, quanto ao acesso e exercício da profissão de jornalista 
Qualquer tipo de controle desse tipo, que interfira na liberdade profissional no 
momento do próprio acesso à atividade jornalística, configura, ao fim e ao cabo, 
controle prévio que, em verdade, caracteriza censura prévia das liberdades de 
expressão e de informação, expressamente vedada pelo art. 5º, IX, da Constituição. 
A impossibilidade do estabelecimento de controles estatais sobre a profissão 
jornalística leva à conclusão de que não pode o Estado criar uma ordem ou um 
conselho profissional (autarquia) para a fiscalização desse tipo de profissão. O 
exercício do poder de polícia do Estado é vedado nesse campo em que imperam as 
liberdades de expressão e de informação. Jurisprudência do STF: Rp 930, rel. p/ o 
ac. min. Rodrigues Alckmin, DJ de 2-9-1977.[RE 511.961, rel. min. Gilmar Mendes, 
j. 17-6-2009, P, DJE de 13-11-2009 
Motorista de aplicativo (UBER, POP) 
A profissão de motorista que utiliza-se de aplicativos de internet para obter clientes 
é recente em nosso país, mas já oi objeto de discussões, brigas e polêmicas, haja 
vista a tomada de espaço no mercado de trabalho dos taxistas. No entanto, não 
deveria ter sido assim, pois a regra, em nosso Estado, é a liberdade de TRABALHO, 
OFÍCIO OU PROFISSÃO. Assim, tem-se que a citada profissão desde o início não era 
proibida, apenas não era regulamentada. Dessa forma, como a norma do inciso XIII 
do art. 5 é norma de eficácia contida, que pode ser regulamentada, a PROFISSÃO DE 
MOTORISTA AGORA É REGULAMENTADA, CONFORME DISPÕE A LEI NACIONAL E 
MUNICIPAL ABAIXO MENCIONADAS: 
 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta 
e eu sanciono a seguinte Lei: 
 
Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012 , que institui as 
diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, para regulamentar o transporte 
remunerado privado individual de passageiros, nos termos do inciso XIII do art. 5º e 
do parágrafo único do art. 170 da Constituição Federal . 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5xiii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art170p
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 46 
 
Art. 2º O inciso X do art. 4º da Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012 , passa 
a vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 4º ........................................................................ 
............................................................................................. 
X - transporte remunerado privado individual de passageiros: serviço 
remunerado de transporte de passageiros, não aberto ao público, para a realização 
de viagens individualizadas ou compartilhadas solicitadas exclusivamente por 
usuários previamente cadastrados em aplicativos ou outras plataformas de 
comunicação em rede. 
...................................................................................” (NR) 
 
Art. 3º A Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012 , passa a vigorar acrescida dos 
seguintes arts. 11-A e 11-B: 
“ Art. 11-A. Compete exclusivamente aos Municípios e ao Distrito 
Federal regulamentar e fiscalizar o serviço de transporte remunerado 
privado individual de passageiros previsto no inciso X do art. 4º desta Lei no 
âmbito dos seus territórios. 
Parágrafo único. Na regulamentação e fiscalização do serviço de transporte 
privado individual de passageiros, os Municípios e o Distrito Federal deverão observar 
as seguintes diretrizes, tendo em vista a eficiência, a eficácia, a segurança e a 
efetividade na prestação do serviço: 
I - efetiva cobrança dos tributos municipais devidos pela prestação do serviço; 
II - exigência de contratação de seguro de Acidentes Pessoais a Passageiros 
(APP) e do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Automotores 
de Vias Terrestres (DPVAT); 
III - exigência de inscrição do motorista como contribuinte individual do 
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nos termos da alínea h do inciso V do art. 
11 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 .” 
“ Art. 11-B. O serviço de transporte remunerado privado individual de 
passageiros previsto no inciso X do art. 4º desta Lei, nos Municípios que optarem 
pela sua regulamentação, somente será autorizado ao motorista que cumprir as 
seguintes condições: 
I - possuir Carteira Nacional de Habilitação na categoria B ou superior que 
contenha a informação de que exerce atividade remunerada; 
II - conduzir veículo que atenda aos requisitos de idade máxima e às 
características exigidas pela autoridade de trânsito e pelo poder público municipal e 
do Distrito Federal; 
III - emitir e manter o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo 
(CRLV); 
IV - apresentar certidão negativa de antecedentes criminais. 
Parágrafo único. A exploração dos serviços remunerados de transporte privado 
individual de passageiros sem o cumprimento dos requisitos previstos nestaLei e na 
regulamentação do poder público municipal e do Distrito Federal caracterizará 
transporte ilegal de passageiros.” 
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 26 de março de 2018; 197º da Independência e 130º da República. 
LIBERDADE DE INFORMAÇÃO – Art. 5º, XIV 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício profissional 
COMENTÁRIOS: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm#art4x.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm#art11a
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art11vh
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art11vh
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm#art11b
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 47 
O direito à informação é a regra e, quando for necessário à garantia da informação, 
deverá ser resguardado o sigilo da fonte, como por exemplo o jornalista que revela 
o escândalo da Operação Lava Jato, deve ter assegurado que a fonte de sua 
informação deve ser preservada. 
Jurisprudência do STF sobre o inciso: 
IMPOSSIBILIDADE DE ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO DO JORNALISMO 
O jornalismo é uma profissão diferenciada por sua estreita vinculação ao pleno 
exercício das liberdades de expressão e de informação. O jornalismo é a própria 
manifestação e difusão do pensamento e da informação de forma contínua, 
profissional e remunerada. Os jornalistas são aquelas pessoas que se dedicam 
profissionalmente ao exercício pleno da liberdade de expressão. O jornalismo e a 
liberdade de expressão, portanto, são atividades que estão imbricadas por sua 
própria natureza e não podem ser pensadas e tratadas de forma separada. Isso 
implica, logicamente, que a interpretação do art. 5º, 
XIII, da Constituição, na hipótese da profissão de jornalista, se faça, 
impreterivelmente, em conjunto com os preceitos do art. 5º, IV, IX, XIV, e do art. 
220 da Constituição, que asseguram as liberdades de expressão, de informação e de 
comunicação em geral. (...) No campo da profissão de jornalista, não há espaço para 
a regulação estatal quanto às qualificações profissionais. O art. 5º, IV, IX, XIV, e o 
art. 220 não autorizam o controle, por parte do Estado, quanto ao acesso e exercício 
da profissão de jornalista. Qualquer tipo de controle desse tipo, que interfira na 
liberdade profissional no momento do próprio acesso à atividade jornalística, 
configura, ao fim e ao cabo, controle prévio que, em verdade, caracteriza censura 
prévia das liberdades de expressão e de informação, expressamente vedada pelo art. 
5º, IX, da Constituição. A impossibilidade do estabelecimento de controles estatais 
sobre a profissão jornalística leva à conclusão de que não pode o Estado criar uma 
ordem ou um conselho profissional (autarquia) para a fiscalização desse tipo de 
profissão. O exercício do poder de polícia do Estado é vedado nesse campo em que 
imperam as liberdades de expressão e de informação. Jurisprudência do STF: Rp 930, 
rel. p/ o ac. min. Rodrigues Alckmin, DJ de 2-9-1977. [RE 511.961, rel. min. Gilmar 
Mendes, j. 17-6-2009, P, DJE de 13-11-2009.] 
 
CUIDADO NA PEGADINHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NA LIBERDADE DE EXPRESSÃO: 
VEDA-SE O ANONIMATO - IV 
NA LIBERDADE DE INFORMAÇÃO: 
ASSEGURA-SE O SIGILO - XIV 
A BANCA VAI TROCAR AS EXPRESSÕES, DIZER QUE 
NA LIBERDADE DE EXPRESSÃO ASSEGURA-SE O 
SIGILO E NA LIBERDADE DE INFORMAÇÃO VEDA-SE 
O ANONIMATO 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 48 
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO – Art. 5º, XV 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens 
COMENTÁRIOS: 
Doutrina sobre o inciso acima: 
Vê-se que a liberdade inscrita no art. 5°, XV, CF/88 abarca: (i) o acesso e ingresso 
no território nacional; (ii) a saída do território nacional; (iii) a permanência no 
território nacional; e, ainda, (iv) o deslocamento no território nacional Há de se 
noticiar, contudo, que o direito de ir, vir ou permanecer no território nacional em 
tempo de paz não pode ser visto como absoluto, afinal trata-se de uma norma 
constitucional de eficácia contida - o que possibilita que a própria Constituição, ou a 
legislação complementar, restrinja sua amplitude, a partir de critérios proporcionais 
e justificáveis Descarte, caso o Estado vivencie uma situação de crise constitucional, 
por exemplo, a 
liberdade de locomoção poderá ser restringida. Para ilustrar, vale lembrar a previsão 
do art. 139, em seus incisos 1 e II, CF/88, que determinam que na vigência do estado 
de sítio é constitucional a determinação da obrigação de permanência em localidade 
determinada, bem como a detenção em edifício não destinado a acusados ou 
condenados por crimes comuns. Outra norma constitucional que bem explicita a 
restrição é o art. 136, § 3º, que autoriza a prisão preventiva sem mandato judicial 
durante o estado de defesa. (Masson, Natália. Manual de Direito Constitucional. 
2016) 
 
LIBERDADE DE REUNIÃO – Art. 5º, XVI 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente 
COMENTÁRIOS: 
Doutrina sobre o inciso acima 
A doutrina" destaca os elementos que compõem o direito de reunião, a saber: (i) 
elemento subjetivo: o direito de reunião pressupõe um conjunto de pessoas, não 
sendo factível falar em reuniões individuais; (ii) elemento formal: a reunião deve ser 
minimamente coordenada, exigindo-se a prévia convocação e a consciência da 
participação dos componentes. A reunião nunca é, pois, uma aglomeração 
espontânea de pessoas num determinado lugar: é um evento planejado, que foi 
convocado previamente, em que as pessoas que ali estão o fazem justamente para 
integrar o encontro; (iii) elemento teleológico: os integrantes da reunião devem 
comungar de uma mesma finalidade (fim comum), seja de cunho político, religioso, 
artístico ou filosófico; 
(iv) elemento temporal: o agrupamento não pode apresentar laços duradouros, caso 
contrário haveria a configuração de uma associação. A reunião deve ser, portanto, 
um evento momentâneo, passageiro; (v) elemento objetivo: para ser 
constitucionalmente legítima a reunião deverá ser pacífica e sem armas. Não pode 
haver conflagração física nem violência (a não ser que esta seja externa, sendo 
deflagrada por pessoas estranhas ao agrupamento); (vi) elemento espacial: há que 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 49 
haver um local delimitado, uma área específica para a reunião acontecer, mesmo 
naquelas situações mais dinâmicas que se caracterizam, por exemplo, pela situação 
de deslocamento em vias públicas (passeatas, por exemplo). A Constituição Federal 
impõe, ainda, duas condicionantes para que haja um exercício genuíno e lícito do 
direito, quais sejam, (i) o aviso prévio e (ii) a não frustração de outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local. Sobre eles, diga-se o seguinte Por fim, 
vejamos duas importantes manifestações do STF sobre o tema: 
(i) Na ADPF 1 87108 o STF consignou que passeata que defenda a legalização do uso 
de substâncias entorpecentes (informalmente conhecida como "Marcha da Maconha") 
é legítima manifestação de duas liberdades individuais revestidas de caráter 
fundamental: o direito de reunião (como liberdade-meio) e o direito à livre expressão 
do pensamento (como liberdade-fim). É, pois, um legítimo "debate que não se 
confunde com incitação à prática de delito nem se identifica com apologia de fato 
criminoso". (ii) Na ADI 1 969 a Corre declarou inconstitucional um decreto do Distrito 
Federal (Decreto 20.098/1 999) que, a pretextode proteger o funcionamento dos 
Poderes da República, vedou a realização de manifestações populares com a 
utilização de carros, aparelhos e objetos sonoros na Praça dos Três Poderes, na 
Esplanada dos Ministérios, na Praça do Buriti e vias adjacentes. Nos dizeres do 
Supremo A liberdade de reunião e de associação para fins lícitos constitui uma das 
mais importantes conquistas da civilização, enquanto fundamento das modernas 
democracias políticas. A restrição ao direito de reunião estabelecida pelo Decreto 
distrital 20.098/ 1999, a roda evidência, mostra-se inadequada, desnecessária e 
desproporcional quando confrontada com a vontade da Constituição 
 
Jurisprudência sobre o assunto: 
Possibilidade de marcha pela descriminalização de crime, como a exemplo 
pela descriminalização do porte de drogas para uso pessoal .Cabível o 
pedido de “interpretação conforme à Constituição” de preceito legal 
portador de mais de um sentido, dando-se que ao menos um deles é 
contrário à CF. A utilização do § 3º do art. 33 da Lei 11.343/2006 como fundamento 
para a proibição judicial de eventos públicos de defesa da legalização ou da 
descriminalização do uso de entorpecentes ofende o direito fundamental de reunião, 
expressamente outorgado pelo inciso XVI do art. 5º da Carta Magna. Regular 
exercício das liberdades constitucionais de manifestação de pensamento e expressão, 
em sentido lato, além do direito de acesso à informação (...). Nenhuma lei, seja ela 
civil ou penal, pode blindar-se contra a discussão do seu próprio conteúdo. Nem 
mesmo a Constituição está a salvo da ampla, livre e aberta discussão dos seus 
defeitos e das suas virtudes, desde que sejam obedecidas as condicionantes ao 
direito constitucional de reunião, tal como a prévia comunicação às autoridades 
competentes. Impossibilidade de restrição ao direito fundamental de reunião que não 
se contenha nas duas situações excepcionais que a própria Constituição prevê: o 
estado de defesa e o estado de sítio (...). Ação direta julgada procedente para dar 
ao § 2º do art. 33 da Lei 11.343/2006 “interpretação conforme à Constituição” e dele 
excluir qualquer significado que enseje a proibição de manifestações e debates 
públicos acerca da descriminalização ou legalização do uso de drogas ou de qualquer 
substância que leve o ser humano ao entorpecimento episódico, ou então viciado, 
das suas faculdades psicofísicas. [ADI 4.274, rel. min. Ayres Britto, j. 23-11-2011, 
P, DJE de 2-5-2012.] Vide ADPF 187, rel. min. Celso de Mello, j. 15-6-2011, P, DJE 
de 29-5-2014 
SE LIGA NA NOVIDADE DA JURISPRUDÊNCIA DO STF: 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO – Art. 5º, XVII a XXI 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem 
de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito 
em julgado; 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente 
COMENTÁRIOS: 
A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao 
direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação 
que permita ao poder público zelar para que seu exercício se 
dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no 
mesmo local. 
[RE 806.339, rel. p/ o ac. min. Edson Fachin, j. 15-12-2020, 
P, DJE de 19-3-2021, Tema 855.] 
TRADUZINDO PARA O ALUNO: O que o STF ENTENDEU 
FOI QUE, EM CASOS NOS QUAIS HAJA INFORMAÇÃO 
CONCRETA SOBRE REUNIÃO A SER REALIZADA, E ESTA 
INFORMAÇÃO CHEGUE, DE ALGUMA FORMA, AO 
CONHECIMENTO DA AUTORIDADE PÚBLICA, SERIA 
DESNECESSÁRIO O AVISO PRÉVIO 
EXEMPLO: Associação de estudantes concurseiros, com mais de 
1 milhão de seguidores no Instagram marca uma reunião em 
determinada praça da Capital do Ceará, mas não envia AVISO 
PRÉVIO À AUTORIDADE COMPETENTE. NO ENTANTO, A CITADA 
REUNIÃO FOI AMPLAMENTE DIVULGADA EM SUAS REDES 
SOCIAIS, ESPECIALMENTE INSTAGRAM, INCLUSIVE O PERFIL 
OFICIAL DA PREFEITURA DA CAPITAL CURTIU A PUBLICAÇÃO DA 
REUNIÃO NA PÁGINA DO INSTAGRAM DA ASSOCIAÇÃO E, 
NESSE CASO, SEGUNDO O STF ESTARIAM SATISFEITOS OS 
REQUISITOS DO DIREITO DE REUNIÃO, POIS A AUTORIDADE 
TOMOU CONHECIMENTO DA REUNIÃO 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=755376303
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 51 
Doutrina sobre o inciso acima: 
Constitui-se em direito individual de expressão coletiva o que significa que muito 
embora seja atribuído a cada pessoa individualmente considerada, somente poderá 
ser exercido de forma coletiva. Assim, é requisito para a configuração da associação 
a coligação de uma pluralidade de indivíduos. (Masson, Nathália. Manual de Direito 
Constitucional . 2016). 
 SE LIGA, SE LIGA: 
Em regra, as associações precisam de autorização do associado para representá-los, 
judicial ou extrajudicialmente, isto é, demandam assinatura dos associados em cada 
ação da associação em benefício dos associados. No entanto, quando se tratar de 
mandado de segurança coletivo, será desnecessária a citada autorização, dada a 
urgência que geralmente o mandado de segurança carrega, conforme dispõe a 
súmula 629 do Supremo Tribunal Federal: “A impetração de mandado de 
segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados 
independe da autorização destes” 
 
 
 
 
EXIGÊNCIA DE DECISÃO JUDICIAL 
 
 
 
 
PLENA PARA FINS 
LÍCITOS
VEDADA A DE 
CARÁTER 
PARAMILITAR
CRIAÇÃO 
INDEPENDE DE 
AUTORIZAÇÃO
VEDADA A 
INTERFERÊNCIA 
ESTATAL NO SEU 
FUNCIONAMENTO
NINGUÉM PODE 
SER OBRIGADOR A 
PARTICIPAR OU 
PERMANCER
SUSPENDER AS 
ATIVIDADES DA 
ASSOCIAÇÃO 
DISSOLVER 
COMPULSORIAMENTE 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 52 
 
 
 
 
 
DIREITO DE PROPRIEDADE - Art. 5º, XXII A XXVI 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou 
utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em 
dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de 
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver 
dano; 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela 
família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da 
imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou 
de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações 
sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para 
sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, 
aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse 
social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei 
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes sejamais favorável a lei pessoal do "de cujus" 
 
Doutrina sobre o assunto: 
Vê-se que nossa Constituição protege a propriedade de forma vasta, englobando 
qualquer direito de conteúdo patrimonial, sejam eles materiais ou mesmo imateriais, 
como os direitos autorais, a propriedade industrial (marcas) e o direito à herança. 
Segundo Gilmar Mendes, essa amplitude é produto das mutações sofridas pelo direito 
no passar dos anos, em que releituras interpretativas passaram a admitir que a 
garantia do direito de propriedade abrangesse não só a propriedade sobre bens 
móveis ou imóveis, mas também os demais valores patrimoniais, incluídas aqui as 
diversas situações de índole patrimonial, decorrentes de relações de direito privado 
ou não. l:..ssa mudança da função da propriedade foi fundamental para o abandono 
da ideia da necessária identificação entre o conceito civilístico e o conceito 
constitucional de propriedade 
Como esse direito não se revela, por óbvio, absoluto, as relativizações trazidas pela 
Constituição Federal serão apresentadas nos itens a seguir, por intermédio de 
ESTA COM TRÂNSITO EM JULGADO, OU SEJA, 
PARA DISSOLUÇÃO DE UMA ASSOCIAÇÃO É 
NECESSÁRIO QUE DA DECISÃO NÃO CAIBA 
MAIS RECURSO. 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 53 
comentários referentes à função social da propriedade (are. 5º, XXl), à 
desapropriação (art. 5°, XXlV; 1 82, §3°; 1 84; 243), à requisição (are. 5°, XXV, da 
CF/88), à expropriação (are. 243, CF/88), e também à usucapião (ares. 1 83 e 1 9 1 
, CF/88). (Masson, Nathália. Manual de Direito Constitucional) 
 
É imprescindível que a propriedade cumpra a sua função social, determinada 
constitucionalmente, conforme o art. 182, §2º (propriedade urbana) e 184 
(propriedade rural) da Constituição Federal 
ATENÇÃO: O direito de PROPRIEDADE é um direito de PRIMEIRA 
DIMENSÃO, isto é, significa que o particular tem o direito a que o Estado e 
os outros particulares respeitem sua propriedade. É UMA LIBERDADE 
NEGATIVA. Já o direito à MORADIA é um direito de SEGUNDA DIMENSÃO, 
pois relaciona-se à necessidade do ESTADO GARANTIR à aqueles que não tem 
condições de ter, por suas próprias forças, um local para residir e, nesse caso, 
o ESTADO DEVE PRESTAR, DEVE AGIR para garantir esse DIREITO SOCIAL. 
TRATA-SE DE UMA LIBERDADE POSITIVA. 
 
LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE 
»Função Social (Art. 5º, XXIII) – PROPRIEDADE NÃO É ABSOLUTA 
»Desapropriação (Art. 5º, XXIV da CF/88) – PROPRIEDADE NÃO É PERPÉTUA 
»Requisição (Art. 5º, XXV da CF/88) – PROPRIEDADE NÃO É EXCLUSIVA 
»Expropriação (Art. 243 da CF/88) – PROPRIEDADE NÃO É PERPÉTUA 
»Usucapião (Art. 183 e 191 da CF/88) – PROPRIEDADE NÃO É PERPÉTUA 
 
 
 
É DE PRIMEIRA 
DIMENSÃO
DIREITO DE 
PROPRIEDADE
NÃO É ABSOLUTO
DEVE ATENDER A 
FUNÇÃO SOCIAL 
XXIII
NÃO É PERPÉTUO
DESAPROPRIAÇÃO -
XXIV
USUCAPIÃO - Art. 
183
EXPROPRIAÇÃO -
ART. 243
NÃO É EXCLUSIVO
REQUISIÇÃO 
ADMINISTRATIVA -
XXV
É RELATIVO
Trabalhada pela família 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 54 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
Aprovação do Código de Defesa do Consumidor – Lei 8.078/1990 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob 
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
 
 
 
 
 
 
IMPENHORABILIDADE DA 
PEQUENA PROPRIEDADE RURAL 
Por débitos decorrentes de sua 
atividade produtiva 
EXEMPLO: Agricultor do interior do Ceará compra máquina para 
plantio de grãos, através de empréstimo concedido pelo Banco do 
Nordeste. Porém, em razão da “seca” que assola o local, não tem uma 
boa colheita e não consegue pagar o empréstimo. O Banco do 
Nordeste entra com uma ação na Justiça cobrando os valores do 
empréstimo e o Juiz profere sentença condenando o agricultor a 
pagar os valores. Na fase de execução da sentença, CASO NÃO 
HOUVESSE A REGRA CONSTITUCIONAL DA IMPENHORABILIDADE, O 
JUIZ PODERIA PENHORAR O IMÓVEL DO AGRICULTOR. NO ENTANTO, 
EM FACE DO INCISO ACIMA, O AGRICULTOR DEVERÁ PAGAR OS 
VALORES DO EMPRÉSTIMO, MAS SUA PEQUENA PROPRIEDADE 
RURAL NÃO SERÁ PENHORADA PARA PAGAMENTO DA CITADA 
DÍVIDA, VEZ QUE FOI CONTRAÍDA PARA SUA ATIVIDADE PRODUTIVA 
DIREITO DE 
INFORMAÇÃO 
REGRA: receber informações de 
interesse particular, coletivo ou 
geral 
EXCEÇÃO: informações que 
causam risco à segurança da 
SOCIEDADE e do ESTADO 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 55 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
A regra atual na Administração Pública é que vigore o princípio da publicidade, isto 
é, que as ações e atos da administração pública sejam tornados públicos, de ofício 
ou a requerimento do cidadão. Saliente-se que, caso as informações acima prestadas, 
sejam elas de caráter particular, coletivo ou geral, não sejam prestadas a quem 
requerer, caberá a impetração de mandado de segurança para fazer valer o direito 
líquido e certo a essa informação. 
 
CUIDADO: SE A INFORMAÇÃO FOR DE INTERESSE PARTICULAR, RELATIVA À 
PESSOA DO IMPETRANTE, CABERÁ HABEAS DATA. CASO CONTRÁRIO, ISTO É, 
SENDO PARTICULAR, MAS NÃO SENDO RELATIVA À PESSOA DO IMPETRANTE, O 
REMÉDIO CONSTITUCIONAL ADEQUADO SERÁ O MANDADO DE SEGURANÇA. 
Foi pensando nisso que foi publicada a Lei nº 12.527/2011 (Lei de acesso à 
informação). 
Nesse sentido, já decidiu o STF que é constitucional a publicação em sítio de 
internet da remuneração dos servidores públicos, conforme acórdão abaixo 
mencionado: 
 
Ementa: CONSTITUCIONAL. PUBLICAÇÃO, EM SÍTIO ELETRÔNICO MANTIDO PELO 
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, DO NOME DE SEUS SERVIDORES E DO VALOR DOS 
CORRESPONDENTES VENCIMENTOS. LEGITIMIDADE. 1. É legítima a publicação, 
inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos nomes dos seus 
servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias. 2. 
Recurso extraordinário conhecido e provido. (ARE 652777, Relator(a): Min. TEORI 
ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 23/04/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO 
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-128 DIVULG 30-06-2015 PUBLIC 01-07-2015) 
 
 
ATENÇÃO: O HABEAS DATA É REMÉDIO CONSTITUCIONAL DESTINADO A GARANTIR 
ACESSO À INFORMAÇÕES RELATIVAS À PESSOA DO IMPETRANTE, E NÃO À 
INFORMAÇÕES DE INTERESSE COLETIVO OU GERAL, COMO É O CASO DA QUESTÃO 
ACIMA. 
EXEMPLO: Imagine que você, futuro Servidor Público, 
solicite ao Exército Brasileiro informação sobre a 
quantidade e localização das munições pertencentes ao 
EB, para realizar um trabalho da faculdade. Nesse caso, 
percebe-se que essa informação NÃO SERÁ CONCEDIDA 
AO PARTICULAR, pois poderia colocar em risco a 
SEGURANÇA DO ESTADO E DA SOCIEDADE. Em outra 
situação, você solicita ao Estado em que mora 
informação sobre os valores gastos com a pandemia do 
\COVID\, nesse caso, como referida informação é de 
interesse coletivo ou geral, o ÓRGÃO deverá conceder a 
informação. 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 56 
ATENÇÃO – COMENTÁRIOS SOBRE O INCISO XXXV: Esse inciso é pouco cobrado 
em provas de concurso. Em resumo, nele está inscrita a norma segunda a qual o 
cidadão não deve ter nenhuma condição imposta pela lei, como regra, para postular 
a defesa de qualquer direito junto ao Poder Judiciário. Isto é, se alguém se sentir 
lesado ou ameaçado em algum direito, pode bater as portas do Judiciário e procurar 
proteção, através da via processual adequada. No entanto, como já se disse, tal 
princípio é a regra,encontrando algumas exceções, umas na Constituição Federal e 
outras na Legislação Infraconstitucional. Por exemplo, NAS AÇÕES RELACIONADAS 
AO ESPORTE, SÓ SERÁ ADMITIDA AÇÃO NO PODER JUDICIÁRIO APÓS ESGOTADAS 
AS INSTÂNCIAS DA JUSTIÇA DESPORTIVA (ART. 217, §1º da CF/88). Outro caso 
é do HABEAS DATAS, pois em regra, só será admitida a ação de habeas data se o 
impetrante demonstrar a negativa de fornecimento das informações relativas à 
pessoa do impetrante. (Art. 8. Parágrafo único, inciso I, da Lei n. 9.507/1997) 
 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada; 
COMENTÁRIOS: 
A definição de direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada está no Decreto-
lei 4.657/1942 (Normas de Introdução ao Direito Brasileiro) 
ATO JURÍDICO PERFEITO: Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado 
segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou (Art. 6º, §1º) 
DIREITO ADQUIRIDO: Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu 
titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício 
tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem 
(Art. 6º, §2º) 
COISA JULGADA: Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que 
já não caiba recurso (Art. 6º, §3º) 
 
 
 
 
 
SE LIGA NO EXEMPLO DE ATO JURÍDICO PERFEITO: Você assina um contrato 
de locação de um imóvel, e no momento da assinatura do contrato a taxa de 
juros é de 6% ao ano, de acordo com a lei vigente. Ocorre que após o contrato 
ser assinado, é publicada e entra em vigor uma lei que aumenta a taxa de juros 
para 12% ao ano, e o locador determina a aplicação dessa nova taxa ao seu 
contrato. Ora, isso é inconstitucional, tendo em vista que o CONTRATO (JÁ 
FIRMADO E ASSINADO) É UM ATO JURÍDICO PERFEITO, E A NOVA LEI NÃO 
PODE SER APLICADA SOBRE ELE. 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se a lei alcançar os efeitos futuros de contratos celebrados anteriormente a 
ela, será essa lei retroativa (retroatividade mínima) porque vai interferir na 
causa, que é um ato ou fato ocorrido no passado. O disposto no art. 5º, 
XXXVI, da CF se aplica a toda e qualquer lei infraconstitucional, sem 
qualquer distinção entre lei de direito público e lei de direito privado, 
ou entre lei de ordem pública e lei dispositiva. Precedente do STF. 
Ocorrência, no caso, de violação de direito adquirido. A Taxa 
Referencial (TR) não é índice de correção monetária, pois, refletindo as 
variações do custo primário da captação dos depósitos a prazo fixo, não 
constitui índice que reflita a variação do poder aquisitivo da moeda. Por isso, 
não há necessidade de se examinar a questão de saber se as normas que 
alteram índice de correção monetária se aplicam imediatamente, alcançando, 
pois, as prestações futuras de contratos celebrados no passado, sem violarem 
o disposto no art. 5º, XXXVI, da Carta Magna. Também ofendem o ato jurídico 
SE LIGA NO EXEMPLO DE DIREITO ADQUIRIDO: Você é Servidor Público e após 
completar 60 anos de idade e 35 anos de contribuição ADQUIRE O DIREITO A 
SE APOSENTAR, MAS OPTA POR PERMANCER EM ATIVIDADE. Ocorre que, 6 
meses após, entra em vigor uma LEI NOVA que aumenta o tempo de idade para 
65 anos e o de contribuição para 40, e a Administração determina, com base 
em artigo daquela, que essa regra deve ser aplicada a todos os Servidores, sem 
exceção. Ora, nesse verifica-se que tal lei é inconstitucional, haja vista que o 
Servidor tem DIREITO ADQUIRIDO a se aposentar com base na lei anterior. 
SE LIGA NO EXEMPLO DE COISA JULGADA: Você entrou com uma ação na 
Justiça e obteve uma sentença favorável, mas a outra parte recorreu e a ação 
chegou até o Supremo Tribunal Federal, através de recurso extraordinário, 
porém o STF julgou o recurso e manteve a sentença do Juiz de primeiro grau, 
favorável a você e houve o TRÂNSITO EM JULGADO. Ocorre que, após 4 meses 
entra em vigor uma lei sobre o caso discutido nessa ação, e o art. 10 da lei 
determina sua aplicação a todos os casos semelhantes, e a parte perdedora 
solicita ao Juiz a aplicação da nova lei ao caso concreto em exame. Ora, nesse 
caso não é possível atender ao pleito da parte perdedora, pois isso ofenderia 
a COISA JULGADA 
JURISPRUDÊNCIA DO STF SOBRE O ASSUNTO 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 58 
perfeito os dispositivos impugnados que alteram o critério de reajuste das 
prestações nos contratos já celebrados pelo sistema do Plano de Equivalência 
Salarial por Categoria Profissional (PES/CP). [ADI 493, rel. min. Moreira 
Alves, j. 25-6-1992, P, DJ de 4-9-1992.] = RE 552.272 AgR, rel. min 
Cármen Lúcia, j. 15-2-2011, 1ª T, DJE de 18-3-2011= RE 567.673 AgR-ED, 
rel. min. Ellen Gracie, j. 14-12-2010, 2ª T, DJE de 7-2-2011 
CUIDADO, MUITO CUIDADO, pois apesar do inciso acima garantir o direito 
adquirido, o STF já decidiu que não há DIREITO ADQUIRUDO A REGIME JURÍDICO 
DE SERVIDOR, isto é, as regras que regulamentam a relação entre o ente estatal e 
o servidor podem ser modificadas, contanto que não haja redução da remuneração 
do servidor, conforme se verifica abaixo: 
 
Transposição do regime celetista para o estatutário. Inexistência de direito 
adquirido a regime jurídico. Possibilidade de diminuição ou supressão de 
vantagens sem redução do valor da remuneração. [RE 599.618 ED, rel. min. 
Cármen Lúcia, j. 1º-2-2011, 1ª T, DJE de 14-3-2011.] = RE 562.757 ED, 
rel. min. Gilmar Mendes, j. 21-8-2012, 2ª T, DJE de 5-9-2012 Vide RE 
212.131, rel. min. Ilmar Galvão, j. 3-8-1999, 1ª T, DJ de 29-10-1999 
 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
ATENÇÃO: O inciso acima também é pouco cobrado em provas de concurso, mas o 
candidato deve se atentar para a possibilidade da banca cobrar na questão apenas 
“juízo” ou “tribunal”. EXEMPLO: se a assertiva for “não haverá juízo de exceção” ela 
estará correta, bem como se a assertiva for “não haverá tribunal de exceção” também 
estará correta, pois no inciso consta “ou” e não “e”. FIQUE ATENTO. 
A norma inscrita acima exige a necessidade que, para cada caso concreto submetido 
à apreciação do Poder Judiciário, já exista um JUIZ OU TRIBUNAL previamente 
designado pelas leis de organização judiciária, e ele pode também ser conjugado com 
o inciso LIII do art. 5º, pelo qual exige Juiz Competente – JUIZ IMPARCIAL. 
 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, 
assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
COMENTÁRIOS: 
 
ATENÇÃO: Não confunda PLENITUDE DE DEFESA com AMPLA DEFESA. A 
plenitude defesa tem uma maior amplitude do que a ampla defesa, tendo em vista 
que no Tribunal de Júri o réu pode até mesmo pedir absolvição por clemência ou 
qualquer outra tese. 
http://www.stf.jus.br/jurisprudencia/IT/frame.asp?PROCESSO=493&CLASSE=ADI&cod_classe=504&ORIGEM=IT&RECURSO=0&TIP_JULGAMENTO=M
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=620688
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=618702
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1018817
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2662846
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=243954
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=243954
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 59 
ADEMAIS, o Tribunal do Júri é competente apenas para julgar crimes dolosos contra 
a vida, quais sejam, os capitulados no capítulo I do título I do Código Penal (homicídio 
em todas suas formas/instigação, induzimento e auxílio ao suicídio/infanticídio e 
aborto). E, ATENÇÃO ATENÇÃO, O CRIME DE LATROCÍNIO (QUE É UM CRIME 
CONTRA O PATRIMÔNIO) NÃO É PROCESSADO E JULGADO PELO TRIBUNAL DO JÚRI, 
POIS ESTE SÓ JULGA CRIMES CONTRA A VIDA – Súmula 603 do STF: “A competênciapara o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do tribunal do 
júri.” 
 
ALÉM DISSO, algumas pessoas, por terem prerrogativas funcionais, serão julgadas 
por outros tribunais, como por exemplo Prefeitos (art. 29, X da Constituição Federal), 
Juízes (art. 96,III). 
NO ENTANTO, se o foro por prerrogativa de função for previsto apenas na 
Constituição Estadual, a competência nesta prevista não prevalece sobre a 
competência do Júri, assegurada pela Constituição Federal, como exemplo a 
prerrogativa de algumas vereadores prevista em Constituição Estadual, conforme 
previsto na súmula 721 do STF, convertida na Súmula Vinculante n. 45, nos seguintes 
termos: “a competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por 
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual. 
 
 
SE LIGA NA PEGADINHA: A sua prova pode dizer que uma das regras do 
Tribunal do Júri é o SIGILO DO JULGAMENTO, MAS, CUIDADO, EM VERDADE O 
JULGAMENTO É PÚBLICO, TODOS PODEM PARTICIPAR, MAS NA HORA DA VOTAÇÃO 
OCORRE O SIGILO DESTA. 
 
 
 
 
 
 
• lenitude de defesaP
• oberania dos veredictosS
• igilo das votaçõesS.
• petência para julgar crimes dolosos 
contra a vidaCOM
O art. 485, §1º do Código de Processo Penal preceitua que “Não havendo dúvida a 
ser esclarecida, o juiz presidente, os jurados, o Ministério Público, o 
assistente, o querelante, o defensor do acusado, o escrivão e o oficial 
de justiça dirigir-se-ão à sala especial a fim de ser procedida a 
votação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) “na falta de 
sala especial, o juiz presidente determinará que o público se retire, permanecendo 
somente as pessoas mencionadas no caput deste artigo 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11689.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 60 
 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação 
legal; 
DO INCISO ACIMA CITADOS DECORREM ALGUNS PRINCÍPIOS PENAIS ABAIXO 
ESQUEMATIZADOS 
 
 
COMENTÁRIOS: 
O inciso citado diz respeito ao princípio do direito penal da anterioridade penal, que 
encontra redação similar no art. 1º do Código Penal, necessitando que a tipificação 
penal e sua pena sejam anteriores ao fato criminoso. Sobre esse inciso, vale fazer o 
comentário sobre a decisão do STF de entender que o crime de homofobia e 
transfobia está tipificado na Lei n. 7716, que é a Lei de Racismo. Entendeu a Corte 
que, enquanto não houver a legislação que criminaliza os crimes por homofobia e 
transfobia, deveriam ser aplicadas as regras sobre a Lei 7716, que criminaliza os 
crimes de racismo. Dessa forma, alguns doutrinadores já discorrem que o STF não 
poderia, na função judicial, criar os citados crimes, já que de acordo com o INCISO 
acima tal tarefa é do LEGISLADOR, através de lei, e não da atividade judicial. 
 
 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
COMENTÁRIOS: 
O inciso citado diz respeito ao princípio do direito penal da irretroatividade penal em 
prejuízo do réu (in malam partem) e da retroatividade penal em benefício do réu (in 
bonam partem), que encontra redação similar no art. 1º do Código Penal, 
necessitando que a tipificação penal e sua pena sejam anteriores ao fato criminoso. 
 
 
 
• "LEI"
LEGALIDADE
• PARA CRIAR CRIMES E PENAS É 
PRECISO LEI EM SENTIDO ESTRITO 
(ORDINÁRIA)
RESERVA LEGAL
• "LEI ANTERIOR"
ANTERIORIDADE
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 61 
 
 
 
 
 
EXEMPLO DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE E 
RETROATIVIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIME DE FURTO 
PRATICADO EM 
2009 - PENA DE 01 
a 04
LEI NOVA - 2011
AUMENTA A PENA 
PARA O CRIME DE 
FURTO - 02 A 08
SENTENÇA DO 
JUIZ - 2012 - DEVE 
CONDENAR POR 
FURTO COM PENA 
DE 01 a 04
A LEI NOVA NÃO RETROAGE, POIS 
MALÉFICA AO RÉU 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 62 
 
 
 
 
 
 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades 
fundamentais; 
COMENTÁRIOS: 
O inciso acima mencionado constitui o chamado MANDADO DE CRIMINALIZAÇÃO, 
isto é, são normas que não deixam margem de atuação ao legislador 
infraconstitucional, devendo atuar em conformidade com a norma constitucional, 
como foi o caso da aprovação da lei 9.455 (Lei de Tortura). Ademais, com base nesse 
inciso, é O STF JULGOU uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por omissão, 
ajuizada pelo Partido PPS QUE PEDIA que o STF criminalizasse a prática da 
homofobia, conforme abaixo demonstrado, oportunidade em que o Tribunal declarou 
a MORA DO CONGRESSO e TIPIFICOU OS CASOS DE HOMOFOBIA E TRANSFOBIA, 
DE FORMA ANALÓGICA, NA LEI DE RACISMO. Omissão do Congresso Nacional 
sobre a CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA: 
 
Em conclusão de julgamento, o Plenário, por maioria, julgou procedentes os 
pedidos formulados em ação direta de inconstitucionalidade 
por omissão (ADO) e em mandado de injunção (MI) para reconhecer a mora 
do Congresso Nacional em editar lei que criminalize os atos de homofobia e 
transfobia. Determinou, também, até que seja colmatada essa lacuna 
legislativa, a aplicação da Lei 7.716/1989 (que define os crimes resultantes 
de preconceito de raça ou de cor) às condutas de discriminação por 
orientação sexual ou identidade de gênero, com efeitos prospectivos e 
mediante subsunção. Prevaleceram os votos dos ministros Celso de Mello e 
Edson Fachin, relatores da ADO e do MI, respectivamente (Informativo 931). 
A corrente majoritária reconheceu, em suma, que a omissão do Congresso 
CRIME DE FURTO 
PRATICADO EM 2009
- PENA DE 01 A 04
LEI NOVA - 2011 -
DIMINUI A PENA 
PARA O FURTO DE 06 
MESES A 01 ANO
SENTENÇA DO JUIZ -
2012 - DEVE 
CONDENAR COM 
BASE NA LEI NOVA
A LEI NOVA RETROAGE, POIS 
BENÉFICA AO RÉU 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 63 
Nacional atenta contra a Constituição Federal (CF), a qual impõe, nos termos 
do seu art. 5º, XLI e XLII (1), inquestionável mandado de incriminação. 
 
SE LIGA: Apesar de apenas a LEI, de acordo com a Constituição, é que pode 
criar crimes e cominar penas, o STF, conforme mencionado acima, entendeu que 
enquanto não houver lei, AS CONDUTAS DE HOMOFOBIA E TRANSFOBIA são crimes 
tipificados na Lei de Racismo 
 
 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena 
de reclusão, nos termos da lei; 
 XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a 
prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os 
definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores 
e os que, podendo evitá-los, se omitirem; (Regulamento) 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis 
ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; 
COMENTÁRIOS: 
A doutrina em geral enuncia que os incisos XLI a XLIV apresentam os chamados 
mandados de criminalização, isto é, são verdadeiros mandamentos ao legislador para 
legisle no sentido de prevê como crime condutas atentatórias aos direitos e 
liberdades fundamentais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 cismo 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13260.htm
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 64 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de 
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, 
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido 
COMENTÁRIOS: 
O inciso acima citado prevê o princípio da pessoalidade das penas, tendo em vista 
que o direito penal, regra geral, é subjetivo, ou seja, apenas em razão de culpa em 
sentido amplo é que alguém pode ser criminalizado. No entanto, as sanções de 
reparação do dano e perdimento de bens podem ser executadas em desfavor dos 
herdeiros do condenado, até o limite do patrimônio transferido.XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade; 
CRIMES INAFIANÇÁVEIS 
a de grupos armados... 
 errorismo; ortura; ráfico 
 ediondos 
CRIMES IMPRESCRITÍVEIS 
 cismo 
a de grupos armados... 
CRIMES INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA 
OU ANISTIA 
 errorismo; ortura; ráfico 
 ediondos 
EXEMPLO 
Suponha que um famoso criminoso de nome “Ronaldinho beira-mar”, que cumpre pena de 350 anos de prisão e 
100.000.000 (cem milhões) de reais em multa, por vários crimes, faleça na prisão, quando ainda faltavam 345 anos 
a cumprir. Nesse caso, de acordo com o inciso acima, sua família e seus sucessores não serão chamados a cumprir 
a pena de prisão restante. Porém, eles serão convocados a pagar, no limite do patrimônio transferido, a multa 
acima citada. Assim, considerando que o patrimônio Ronaldinho beira-mar era de 10.000.000 (dez milhões) e 
quando este morreu foi dividido em duas partes iguais entre os seus dois filhos, cada fi lho pagará ao Estado a 
quantia de 5.000.000 (cinco milhões), isto é, o limite do patrimônio transferido. O restante da multa – 90.000.000 
(noventa milhões) não será cobrado. 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 65 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
 
 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
COMENTÁRIOS: 
ATENÇÃO: Inicialmente, sobre o inciso XLVI, que as penas acima mencionadas são 
as que o constituinte achou por bem inserí-las no texto constitucional, mas não em 
ROL TAXATIVO, a saber pela expressão “entre outras” contida na parte final do inciso. 
Sendo assim, vale destacar que cabe ao legislador infraconstitucional a definição, por 
exemplo, das penas privativas de liberdade e, cumprindo essa missão, o Código 
Penal, que é considerado uma lei ordinária, prevê que as penas privativas de 
liberdade serão de reclusão e detenção. 
As de reclusão serão cumpridas em regime fechado, semiaberto e aberto, a depender 
do “quantum” da pena. Se superior a 8 anos, em regime fechado, se acima de 4 e 
até 8 anos, em regime semiaberto, e se de até 4 anos em regime aberto. As penas 
a serem cumpridas em regime fechado serão executadas em estabelecimento de 
segurança máxima ou média, as de regime semiaberto serão cumpridas em colônia 
penal agrícola, industrial ou estabelecimento similar e, por fim, as penas em regime 
aberto serão cumpridas em casa de albergado ou estabelecimento adequado, 
conforme dispõe o art. 33 do Código Penal. Foi nesse sentido que o Supremo 
• rivação ou restrição de liberdadeP
• ultaM
• erda de bensP
• restação social alternativaP
• uspensão ou interdição de direitosS
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 66 
Tribunal Federal decidiu, através da Súmula Vinculante n. 56 que: “A falta de 
estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em 
regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros 
fixados no RE 641.320/RS. Assim, em regra, se faltar estabelecimento para o 
cumprimento de pena em regime aberto (casa de albergado), o condenado não 
poderá ser incluído em estabelecimento destinado ao regime semiaberto ou fechado. 
 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a 
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; 
 
 
 
 
 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
COMENTÁRIOS: 
O STF decidiu acerca do ESTADO INCONSTITUCIONAL DE COISAS, isto é, GRAVE 
VIOLAÇÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS DE PRESOS, E determinou várias medidas 
Aos Estados, dentre elas a instituição da AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA: 
O Estado de Coisas Inconstitucional ocorre quando verifica-se a existência de um 
quadro de violação generalizada e sistêmica de direitos fundamentais, causado pela 
inércia ou incapacidade reiterada e persistente das autoridades públicas em modificar 
a conjuntura, de modo que apenas transformações estruturais da atuação do Poder 
Público e a atuação de uma pluralidade de autoridades podem modificar a situação 
inconstitucional. O STF reconheceu que o sistema penitenciário brasileiro vive um 
• erpétuoP
• morte, salvo em caso de guerraM
• nimentoBA
• rçadosFO
• éisCRU
CRITÉRIOS DE 
INDIVIDUALILZAÇÃO 
DA PENA 
 
 exo 
 dade 
 atureza do delito 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 67 
"Estado de Coisas Inconstitucional", com uma violação generalizada de direitos 
fundamentais dos presos. As penas privativas de liberdade aplicadas nos presídios 
acabam sendo penas cruéis e desumanas. Vale ressaltar que a responsabilidade por 
essa situação deve ser atribuída aos três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), 
tanto da União como dos Estados-Membros e do Distrito Federal. A ausência de 
medidas legislativas, administrativas e orçamentárias eficazes representa uma 
verdadeira "falha estrutural" que gera ofensa aos direitos dos presos, além da 
perpetuação e do agravamento da situação. 
Assim, cabe ao STF o papel de retirar os demais poderes da inércia, coordenar ações 
visando a resolver o problema e monitorar os resultados alcançados. Diante disso, o 
STF, em ADPF, concedeu parcialmente medida cautelar determinando que: • juízes 
e Tribunais de todo o país implementem, no prazo máximo de 90 dias, a audiência 
de custódia; • a União libere, sem qualquer tipo de limitação, o saldo acumulado do 
Fundo Penitenciário Nacional para utilização na finalidade para a qual foi criado, 
proibindo a realização de novos contingenciamentos. Na ADPF havia outros pedidos, 
mas estes foram indeferidos, pelo menos na análise da medida cautelar. STF. 
Plenário. ADPF 347 MC/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 9/9/2015 (Info 798) 
 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com 
seus filhos durante o período de amamentação; 
COMENTÁRIOS: 
Cuidado, a Constituição Federal não prevê período de amamentação da 
presidiária, o que só é previsto na Lei de Execuções Penais, no art. 83, §2º 
(período de 6 meses) 
ATENÇÃO, recentemente decidiu o STF sobre PRISÃO DOMICILIAR a GESTANTES E 
MÃES DE CRIANÇAS: 
O STF reconheceu a existência de inúmeras mulheres grávidas e mães de crianças 
que estavam cumprindo prisão preventiva em situação degradante, privadas de 
cuidados médicos pré-natais e pós-parto. Além disso, não havia berçários e creches 
para seus filhos. 
Também se reconheceu a existência, no Poder Judiciário, de uma “cultura do 
encarceramento”, que significa a imposição exagerada e irrazoável de prisões 
provisórias a mulheres pobres e vulneráveis, em decorrência de excessos na 
interpretação e aplicação da lei penal e processual penal, mesmo diante da existência 
de outras soluções, de caráter humanitário, abrigadas no ordenamento jurídico 
vigente. 
A Corte admitiu que o Estado brasileiro não tem condições de garantir cuidados 
mínimos relativos à maternidade, até mesmo às mulheres que não estão em situação 
prisional. 
Diversos documentos internacionais preveem que devem ser adotadas alternativas 
penais ao encarceramento, principalmente para as hipóteses em que ainda não haja 
decisão condenatória transitada em julgado. É o caso, por exemplo, das Regras de 
Bangkok. 
Os cuidados com a mulher presa não se direcionam apenas a ela, mas igualmente 
aos seus filhos, os quais sofrem injustamente as consequências da prisão, em 
flagrante contrariedade ao art. 227 da Constituição, cujo teor determina que se dê 
prioridade absoluta à concretização dos direitos das crianças e adolescentes. 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 68 
Diante da existência desse quadro, deve-se dar estrito cumprimento do Estatuto da 
Primeira Infância (Lei 13.257/2016), em especial da nova redação por ele conferida 
ao art. 318, IV e V, do CPP, que prevê: 
Art. 318. Poderá o juiz substituira prisão preventiva pela domiciliar quando o agente 
for: 
IV - gestante; 
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; 
 
Os critérios para a substituição de que tratam esses incisos devem ser os seguintes: 
REGRA. Em regra, deve ser concedida prisão domiciliar para todas as mulheres 
presas que sejam 
- gestantes 
- puérperas (que deu à luz há pouco tempo) 
- mães de crianças (isto é, mães de menores até 12 anos incompletos) ou 
- mães de pessoas com deficiência. 
 
EXCEÇÕES: 
Não deve ser autorizada a prisão domiciliar se: 
1) a mulher tiver praticado crime mediante violência ou grave ameaça; 
2) a mulher tiver praticado crime contra seus descendentes (filhos e/ou netos); 
3) em outras situações excepcionalíssimas, as quais deverão ser devidamente 
fundamentadas pelos juízes que denegarem o benefício. 
 
Obs1: o raciocínio acima explicado vale também para adolescentes que tenham 
praticado atos infracionais. 
Obs2: a regra e as exceções acima explicadas também valem para a reincidente. O 
simples fato de que a mulher ser reincidente não faz com que ela perca o direito à 
prisão domiciliar. 
STF. 2ª Turma. HC 143641/SP. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 
20/2/2018 (Info 891). 
 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime 
comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em 
tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; 
 
COMENTÁRIOS: 
O BRASILEIRO NATO NUNCA SERÁ EXTRADITADO, APENAS O NATURALIZADO NAS 
SITUAÇÕES SUPRAMENCIONADAS. MAS ATENÇÃO, recentemente decidiu o STF que, 
um brasileiro nato, que morava nos EUA e que possuía o GREEN CARD (Cartão de 
Residência Permanente nos EUA) e que, voluntariamente, adquiriu outra 
nacionalidade, perdeu a nacionalidade brasileira, nos termos do art. 12, §4º, II da 
CF/88. Assim, em tese, essa pessoa que já não ostenta mais a condição de brasileiro 
nato, poderia ser extraditado. (STF. 1ª Turma. MS 33864/DF. Min Roberto Barroso, 
julgado em 19/04/2016–Inf822) 
Vale destacar a diferença entra EXTRADIÇÃO ATIVA E PASSIVA: 
»EXTRADIÇÃO ATIVA: O Brasil solicita a Estado Estrangeiro a extradição de indivíduo 
condenado pelo Brasil; 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 69 
»EXTRADIÇÃO PASSIVA: Ocorre quando Estado estrangeiro solicita a EXTRADIÇÃO 
de BRASILEIRO, lembrando, nesse caso, as limitações do inciso acima descrito. 
 
INFORMAÇÕES DA EXTRADIÇÃO PASSIVA: 
»Brasileiro não pode ser extraditado para aplicação de pena de morte 
»Deve haver a detração da pena, se o brasileiro ficou preso no Brasil 
»Não pode haver extradição quando o fato não for crime no Brasil 
»Não pode haver extradição se o crime cometido, no Brasil a pena for inferior a 2 
anos 
»Não pode haver extradição se o extraditando responder a processo ou já houver 
sido condenado ou absolvido pelo mesmo fato em que se fundar o pedido 
»Não pode haver extradição se tiver extinta a punibilidade 
»Não poder haver extradição se o fato constituir crime político 
 
FONTE: Art. 82 da Lei 13.445/2017 (Lei da Migração) 
 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; 
 
 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 
COMENTÁRIOS: 
A imparcialidade do Judiciário e a segurança do povo contra o arbítrio estatal 
encontram no princípio do juiz natural uma de suas garantias indispensáveis. Boddo 
Dennewitz afirma que a instituição de um tribunal de exceção implica em uma ferida 
mortal ao Estado de Direito, visto que sua proibição revela o status conferido ao 
Poder Judiciário na democracia. O juiz natural é somente aquele integrado no Poder 
Judiciário, com todas as garantias institucionais e pessoais previstas na Constituição 
Federal. Assim, afirma Celso de Mello que somente os juízes, tribunais e órgãos 
jurisdicionais previstos na Constituição se identificam ao juiz natural, princípio que 
REGRAS SOBRE 
EXTRADIÇÃO
BRASILEIRO
NATO - NUNCA 
SERÁ
NATURALIZADO
SERÁ POR CRIME 
COMUM , 
PRATICADO ANTES 
DA 
NATURALIZAÇÃO
SERÁ POR 
TRÁFICO, ANTES 
OU DEPOIS DA 
NATURALIZAÇÃOESTRANGEIRO
NÃO SERÁ 
EXTRADITADO POR 
CRIME POLÍTICO OU 
DE OPINIÃO
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 70 
se estende ao poder de julgar também previsto em outros órgãos, como o Senado 
nos casos de impedimento de agentes do Poder Executivo. O Princípio do Juiz Natural 
é vetor constitucional consagrador da independência e imparcialidade do órgão 
julgador, pois como destacado pelo Tribunal Constitucional Alemão. 
 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo 
legal; 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral 
são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória; 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo 
nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento). 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada 
no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da 
intimidade ou o interesse social o exigirem; 
 
ATENÇÃO: O inciso LIII já foi antes mencionado, quando comentado o inciso XXXVII, 
pois são incisos que tratam do princípio do Juiz Natural, da Imparcialidade. – 
O inciso LIV diz respeito ao princípio do DEVIDO PROCESSO LEGAL e determina 
a necessidade de respeito a um procedimento previsto em lei para que alguém perca 
seus bens ou sua liberdade e, decorre, essencialmente, do Estado Democrático de 
Direito, isto é, se todos nós submetemos às regras democráticas e estas estão 
dispostas na lei, é nesta que devem estar inscritas as normas do processo acima 
mencionado. 
Algumas súmulas vinculantes foram editadas com base no princípio acima, a saber 
as SÚMULA VINCULANTE N. 21 “é inconstitucional a exigência de depósito ou 
arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso 
administrativo” e a SÚMULA VINCULANTE N. 28 “é inconstitucional a exigência de 
depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se 
pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário”. 
Todas as súmulas dizem respeito à situações nas quais as exigências 
supramencionadas ferem o devido processo legal. - Outra situação acerca do 
devido processo legal é a transferência de presos em estabelecimentos penais 
federais de segurança máxima, conforme está disposto na Lei n. 11.671/2008, QUE 
DETERMINA QUE NO PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA DE PRESO PARA 
ESTABELECIMENTOS FEDERAIS DEVERÁ SER OUVIDA A DEFESA, isto é, a lei exige o 
contraditório e a ampla defesa. 
No entanto, o Superior Tribunal de justiça – STJ editou súmula 639 sobre a não 
ofensa ao devido processo legal “Não fere o contraditório e o devido processo decisão 
que, sem ouvida prévia da defesa, determine transferência ou permanência de 
custodiado em estabelecimento penitenciário federal”. – Outra SÚMULA VINCULANTE 
IMPORTANTE É N. 05 “A falta de defesa técnica por advogado no processo 
administrativo disciplinar não ofende a Constituição” 
Já o inciso LV que prevê o direito ao contraditório e a ampla defesa decorre do 
devido processo legal, sendo o primeiro a necessidade de dar oportunidade da outra 
parte contradizer o que foi dito sobre a mesma, já a ampla defesa, como o nome 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12037.htm
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 71 
indica, demonstra a necessidade de garantir todos os meios para uma defesa ampla 
(recursos, custas gratuitas, defensoria pública, etc.). – 
Sobre o inciso LVI, vale destacar a proibição de prova ilícita no processo. Por prova 
ilícita, entende-se como aquela que ofende a lei material (como aConstituição 
Federal, o Código Penal), bem como aquela que ofende a lei processual (código de 
processo penal, código de processo civil), por exemplo, quando não se respeita o 
prazo da resposta à acusação no processo penal e, mesmo assim, o Juiz condena o 
réu. De acordo com o STF, a regra é a inadmissibilidade de prova ilícita no processo, 
só sendo admitida em casos excepcionais, como por exemplo quando a prova ilícita 
é a única capaz e absolver o réu. STF: “Filmagem realizada pela vítima, em sua 
própria vaga de garagem, situada no edifício em que reside. Gravação de imagens 
feita com o objetivo de identificar o autor de danos praticados contra o patrimônio 
da vítima. Legitimidade jurídica desse comportamento do ofendido. Desnecessidade, 
em tal hipótese, de prévia autorização judicial. Alegada ilicitude da prova penal. 
Inocorrência. Validade dos elementos de informação produzidos, em seu próprio 
espaço privado, pela vítima de atos delituosos. [HC 84.203, rel. min. Celso de Mello, 
j. 19-10-2004, 2ª T, DJE de 25-9-2009.]” – 
 
 Outro entendimento do STF: “A gravação de conversa telefônica feita por um dos 
interlocutores, sem conhecimento do outro, quando ausente causa legal de sigilo ou 
de reserva da conversação não é considerada prova ilícita. [AI 578.858 AgR, rel. 
min. Ellen Gracie, j. 4-8-2009, 2ª T, DJE de 28-8-2009.] = RE 630.944 AgR, rel. 
min. Ayres Britto, j. 25-10-2011, 2ª T, DJE de 19-12-2011 Vide RE 453.562 AgR, 
rel. min. Joaquim Barbosa, j. 23-9-2008, 2ª T, DJE de 28-11-2008 - 
“Ação penal. Prova. Gravação ambiental. Realização por um dos interlocutores sem 
conhecimento do outro. Validade. Jurisprudência reafirmada. Repercussão geral 
reconhecida. Aplicação do art. 543-B, § 3º, do CPC. É lícita a prova consistente em 
gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem o conhecimento do 
outro” – 
 
OUTRO IMPORTANTE JULGADO DO STF: “Encontro fortuito de prova da prática 
de crime punido com detenção. (...) O STF, como intérprete maior da CR, considerou 
compatível com o art. 5º, XII e LVI, o uso de prova obtida fortuitamente através de 
interceptação telefônica licitamente conduzida, ainda que o crime descoberto, conexo 
ao que foi objeto da interceptação, seja punido com detenção. [AI 626.214 AgR, 
rel. min. Joaquim Barbosa, j. 21-9-2010, 2ª T, DJE de 8-10-2010.] = HC 83.515, 
rel. min. Nelson Jobim, j. 16-9-2004, P, DJ de 4-3-2005 Vide HC 102.304, rel. 
min. Cármen Lúcia, j. 25-5-2010, 1ª T, DJE de 25-5-2011” 
. 
 
Por sua vez, o inciso LVII apregoa-nos o princípio da presunção de inocência, pelo 
qual ninguém é considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória. 
A Constituição federal não conceitua o que seja trânsito em julgado, mas a Lei de 
Introdução às normas do Direito Brasileiro – Art. 6º, §3º “Chama-se coisa julgada ou 
caso julgado a decisão judicial de que já não caiba recurso”. No entanto, existe 
intensa divergência no Judiciário Nacional, principalmente no STF, sobre o momento 
em que ocorre o trânsito em julgado. 
 
Já o art. 283 do Código de Processo Penal determina que “Ninguém poderá ser preso 
senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade 
judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 72 
julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária 
ou prisão preventiva.”. 
O atual entendimento do STF, conforme expressado no julgamento das Ação 
Declaratórias de Constitucionalidade – ADC 43 e 44, é de que o artigo do código 
penal, quando exige o trânsito em julgado é CONSTITUCIONAL, e NÃO É POSSÍVEL 
A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA. 
Sobre o inciso LXVII, destaque-se que, não obstante haja dispositivo permitindo a 
prisão civil do depositário infiel, tal prisão não mais subsiste no ordenamento jurídico, 
vez que sua regulamentação está no Decreto 911/1969, que tem caráter legal, e o 
STF passou a definir que o Pacto de São José da Costa, muito embora sem o status 
de emenda constitucional, possui caráter SUPRALEGAL, isto é, torna inaplicável a 
legislação infralegal com eles conflitante. Nesse sentido, dispõe o STF que “desde a 
adesão do Brasil, sem qualquer reserva, ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e 
Políticos (art. 11) e à Convenção Americana sobre Direitos Humanos – Pacto de São 
José da Costa Rica (art. 7º, 7), ambos no ano de 1992, não há mais base legal para 
prisão civil do depositário infiel, pois o caráter especial desses diplomas internacionais 
sobre direitos humanos lhes reserva lugar específico no ordenamento jurídico, 
estando abaixo da Constituição, porém acima da legislação interna. O status 
normativo supralegal dos tratados internacionais de direitos humanos subscritos pelo 
Brasil, dessa forma, torna inaplicável a legislação infraconstitucional com ele 
conflitante, seja ela anterior ou posterior ao ato de adesão. Assim ocorreu com o 
art. 1.287 do Código Civil de 1916 e com o DL 911/1969, assim como em relação ao 
art. 652 do novo Código Civil (Lei 10.406/2002). [RE 466.343, rel. min. Cezar Peluso, 
voto do min. Gilmar Mendes, j. 3-12-2008, P, DJE de 5-6-2009, Tema 60.] vide 
HC 84.484, rel. min. Ayres Britto, j. 30-11-2004, 1ª T, DJ de 7-10-2005” 
ASSIM, EM UM PROCESSO JUDICIAL, SEJA ELE PENAL, CIVIL, TRABALHISTAS AS 
REGRAS ABAIXO DEVEM SER OBSERVADAS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEVIDO PROCESSO LEGAL – processo devido é 
processo de acordo com a lei 
CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA – contraditório é dizer 
o contrário sobre você/ ampla defesa é aplicada ao réu 
de um processo 
PROIBIÇÃO DE ALGUÉM SER CONDENADO 
COM UMA PROVA ILÍCITA 
ILEGÍTIMA – OFENDE O PROCESSO 
ILEGAL – OFENDE O DIREITO MATERIAL 
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA – somente sendo 
considerado culpado com o trânsito em julgado 
DE ACORDO COM O STF o trânsito em 
julgado ocorre apenas com o 
julgamento do último recurso no 
próprio STF 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 73 
 
DIREITOS DOS PRESOS 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão 
militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados 
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer 
calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade 
provisória, com ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo 
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário 
infiel; 
 
SÚMULA VINCULANTE 25 DO STF QUE VEDA A PRISÃO CIVIL DO DEPOSITÁRIO 
INFIEL 
SÚMULA DO STJ QUE VEDA A PRISÃO CIVIL DO DEPOSITÁRIO INFIEL 
PACTO DE SÃO JOSÉ DA COSTA RICA – ART. 7º 
PACTO DOS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS – ART. 11º 
 
 
 
 
SE LIGA, QUANDO ALGUÉM FOR PRESOS, OS DIREITOS ABAIXO DEVEM SER 
GARANTIDOS 
 
 
 
 
 
PERMANECER CALADO 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 74 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMUNICAÇÃO - IMEDIATA 
JUIZ – Audiência de 
Custódia 
FÁMILIA ou PESSOA 
INDICADA 
INFORMADOS DOS 
RESPONSÁVEIS PELA PRISÃO E 
PELO INTERROGATÓRIO POLICIAL 
ASSISTÊNCIA DA FAMÍLIA DE 
ADVOGADO 
QUANDO A LEI ADMITIR LIBERDADE 
PROVISÓRIA, COM OU SEM FIANÇA, 
NINGUÉM PODERÁ FICAR PRESO 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 75 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRISÃO 
FLAGRANTE ORDEM JUDICIAL – ESCRITA 
E FUNDAMENTADA 
PRISÃO ILEGAL – 
IMEDIATAMENTE RELAXADA 
PROFESSOR E APRISÃO CIVIL DO 
DEPOSITÁRIO INFIEL, É POSSÍVEL? 
STATUS SUPRALEGAL – Convenção Americana de 
Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) 
PROÍBE PRISÃO CIVIL 
DO DEPOSITÁRIO 
INFIEL 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 76 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO
EMENDAS CONSTITUCIONAIS
TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS APROVADOS COM 
QUÓRUM DE EMENSA
TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS APROVADOS POR PROCESSO 
LEGISLATIVO ORDINÁRIO (SEM QUÓRUM DE EMENDA) STATUS 
SUPRALEGAL
LEGISLAÇÃO INFRACONSTIUCIONAL
NORMAS INFRALEGAIS - atos normativos, decretos de Poder 
Executivo
Código Civil (Lei Ordinária – 10406/02) prevê no seu 
artigo 652 a prisão civil do depositário infiel 
Como na pirâmide acima, o Pacto de São José(que 
proíbe a prisão civil) está hierarquicamente 
superior ao Código Civil (que prevê a prisão), logo 
conclui-se que a prisão é ILÍCITA 
Foi por essa razão que o STF editou 
a SÚMULA VINCULANTE 25, 
dizendo que a prisão civil do 
depositário infiel é ilícita 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 77 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS 
 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder; 
COMENTÁRIOS: 
Doutrina sobre o HABEAS CORPUS: 
O habeas corpus é um instrumento que surgiu como fruto das conquistas liberais do 
passado. Foi primeiramente concedido por João Sem Terra, na Inglaterra, por meio 
da Magna Carta de 12152, sendo, após, formalizado pelo habeas corpus Act no ano 
de 1679. 
Inicialmente, o habeas corpus não era vinculado à ideia de liberdade de locomoção, 
mas sim ao conceito de devido processo legal. Apenas a partir de 1679, com o habeas 
corpus Amendment Act, é que ficou configurado mais precisamente como um 
remédio destinado a assegurar a liberdade dos súditos e prevenir os encarceramentos 
ultramar 
O habeas corpus pode ser interposto com o objetivo de trancar ação penal, inquérito 
policial e, até mesmo, em face de particular. Assim, o writ é sempre ação 
constitucional penal, embora, em muitos casos, seja impetrado contra ato de 
autoridade civil. 
Professor, mas o STF pode dizer algo diferente do que 
está na Constituição Federal. RESPOSTA: Meus amigos, 
de acordo com a própria Constituição, o STF é quem é o 
INTÉRPRETE FINAL DA CONSTITUIÇÃO (ART. 102, I), 
assim, o STF interpretou as regras sobre prisão civil do 
depositário infiel, com base nos tratados de direitos 
humanos e entendeu que ela não era mais possível. 
DE ACORDO LITERALMENTE 
COM A CF, é possível prisão 
do depositário 
DE ACORDO COM O 
ENTENDIMENTO DO STF, 
NÃO É MAIS POSSÍVEL - 
ILÍCITA 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 78 
Em que pese o Código de Processo Penal incluir o habeas corpus no título dos recursos 
(Livro lll, Título II, Capítulo X, CPP), é induvidosa a sua natureza jurídica de ação 
penal popular com status constitucional 
 
LEGITIMIDADE 
A legitimidade ativa no habeas corpus é universal, sendo que qualquer do povo, 
nacional ou estrangeiro, independentemente de capacidade civil, política ou 
profissional, de idade, de sexo, profissão, estado mental, tem legitimidade para 
ingressar com habeas corpus, em benefício próprio ou alheio 
 
Por outro lado, será sujeito passivo do habeas corpus aquele que pratica a coação ou 
ilegalidade ao direito de locomoção do paciente. Normalmente, será uma autoridade, 
como magistrados, delegados, membros de Tribunal ou até mesmo integrantes do 
Ministério Público. Entretanto, em alguns raros casos, o habeas corpus poderá ser 
impetrado também contra aros de particulares, em face de patente ilegalidade. É o 
que ocorre, 11.g., nas relações médico-hospitalares, onde se condiciona a liberação 
do paciente ao implementa da fatura do hospital. 
 
Já o paciente é a pessoa física beneficiada pela ordem. Intuitivamente, não caberá 
HC em favor da pessoa jurídica, cujos interesses poderão ser tutelados na esfera 
criminal pelo mandado de segurança. Do mesmo modo, não há de se falar em habeas 
corpus para tutela de animais irracionais. 
NÃO CABIMENTO DE HABEAS CORPUS: 
SÚMULA 693 DO STF: Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena 
de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária 
seja a única cominada 
 
SÚMULA 694 DO STF: Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de 
exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública 
 
SÚMULA 695 DO STF: Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa 
de liberdade. 
 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, 
não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela 
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público; 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e 
em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus 
membros ou associados; 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e 
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; 
LXXII - conceder-se-á habeas data: 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, 
judicial ou administrativo; 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular 
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 79 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, 
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência; 
 
 HC HD MS MI AP 
OBJETO LIBERDA
DE DE IR 
E VIR 
INFORMAÇ
ÕES 
PESSOAIS 
DIREIT
O 
LÍQUI
DO E 
CERTO 
AUSÊNCIA DE 
NORMA 
REGULAMENTAD
ORA 
P 
M 
P 
M 
IMPETRAN
TE 
PF ou PJ PF ou PJ PF ou 
PJ 
PF ou PJ CIDAD
ÃO 
PACIENTE PF PF ou PJ PF ou 
PJ 
PF ou PJ X 
CUSTAS GRATUIT
O 
GRATUITO SIM SIM SIM 
ASDVOGA
DO 
NÃO SIM SIM SIM SIM 
ATENÇÃO PARA AS SIGLAS 
PF = pessoa física 
PJ = pessoa jurídica 
P atrimônio público 
M oralidade 
P atrimônio histórico e cultural 
M eio ambiente 
HC = habeas corpus 
HD = habeas data 
MS = mandado de segurança 
MI = mandado de injunção 
AP = ação popular 
ATENÇÃO, POIS O MANDADO DE INJUNÇÃO APENAS É REMÉDIO 
CABÍVEL PARA NORMAS DE EFICÁCIA LIMITADA, ISTO É, AQUELAS QUE 
DEPENDEM DE REGULAMENTAÇÃO PARA SER APLICADAS. 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 80 
ATENÇÃO, POIS EM REGRA A AÇÃO POPULAR NÃO TEM CUSTAS, 
SALVO SE O IMPETRANTE AJUIZOU A AÇÃO DE MÁ-FÉ, OU SEJA, SABENDO 
QUE NÃO HAVIA NENHUMA RAZÃO, MAS MESMO ASSIM IMPETROU O 
CITADO REMÉDIO CONSTITUCIONAL. 
ATENÇÃO, CIDADÃO PARA FINS DE IMPETRAR AÇÃO POPULAR É 
O BRASILEIRO, NATO OU NATURALIZADO, QUE ESTEJA EM PLENO GOZO DOS 
SEUS DIREITOS POLÍTICOS. 
PROFESSOR, O MENOR DE 18 E MAIOR DE 16, QUE JÁ PODE VOTAR, PODE 
IMPETRAR AÇAO POPULAR? SIM, DESDE QUE SEJA ASSISTIDO POR PESSOA 
MAIOR DE IDADE 
 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar 
preso além do tempo fixado na sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Lei 
nº 7.844, de 1989) 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, 
os atos necessáriosao exercício da cidadania. 
LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável 
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos 
meios digitais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022) 
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação 
imediata. 
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem 
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos 
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas 
constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos 
aprovados na forma deste parágrafo) 
 
ATENÇÃO: O BRASIL ATUALMENTE POSSUI QUATRO TRATADOS 
INTERCIONAIS DE DIREITOS HUMANOS QUE SÃO EQUIVALENTES À 
EMENDAS CONSTITUCIONAIS (TRATADO DE MARRAQUECHE E CONVENÇÃO 
SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E SEU PROTOCOLO 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7844.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7844.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc115.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/quadro_DEC.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/quadro_DEC.htm
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 81 
FACULTATIVO, QUE TAMBÉM É UM TRATADO E A CONVENÇÃO 
INTERAMERICANA CONTRA O RACISCO) 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação 
tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
 
art. 6 CAPÍTULO II 
DOS DIREITOS SOCIAIS 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, 
o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e 
à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015) 
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito 
a uma renda básica familiar, garantida pelo poder público em programa permanente 
de transferência de renda, cujas normas e requisitos de acesso serão determinados 
em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 114, de 2021) 
TRATADOS 
EQUIVALENTES 
À EC
MARRAQUECHE
CONVENÇÃO DE NOVA 
YORK
PROTOLOCO 
FACULTATIVO DA 
CONVENÇÃO DE 
NOA YORK
CONVENÇÃO 
INTERAMECICANA 
CONTRA O RACISMO
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 82 
 
→EDU MORA LA 
→SAU TRABALH ALI 
→ASSIS PRO SEG TRANSPORT PRE 
JURISPRUDÊNCIA DO STF: 
Programa Universidade para Todos (PROUNI). Ações afirmativas do Estado. 
Cumprimento do principio constitucional da isonomia. (...) A educação, notadamente 
a escolar ou formal, e direito social que a todos deve alcançar. Por isso mesmo, dever 
do Estado e uma de suas políticas publicas de primeiríssima prioridade. A Lei 
11.096/2005 não laborou no campo material reservado a lei complementar. Tratou, 
tão somente, de erigir um critério objetivo de contabilidade compensatória da 
aplicação financeira em gratuidade por parte das instituicoes educacionais. Critério 
que, se atendido, possibilita o gozo integral da isenção quanto aos impostos e 
contribuições mencionados no art. 8o do texto impugnado. (...) Toda a axiologia 
constitucional e tutelar de segmentos sociais brasileiros historicamente 
desfavorecidos, culturalmente sacrificados e ate perseguidos, como, verbi gratia, o 
segmento dos negros e dos índios. Não por coincidência os que mais se alocam nos 
patamares patrimonialmente inferiores da pirâmide social. A desigualacao em favor 
dos estudantes que cursaram o ensino médio em escolas publicas e os egressos de 
escolas privadas que hajam sido contemplados com bolsa integral não ofende a 
Constituição pátria, porquanto se trata de um discrimen que acompanha a toada da 
compensação de uma anterior e factual inferioridade (“ciclos cumulativos de 
desvantagens competitivas”). Com o que se homenageia a insuperável máxima 
aristotélica de que a verdadeira igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e 
desigualmente os desiguais, máxima que Ruy Barbosa interpretou como o ideal de 
tratar igualmente os iguais, porem na medida em que 
se igualem; e tratar desigualmente os desiguais, também na medida em que se 
desigualem. [ADI 3.330, rel. min. Ayres Britto, j. 3-5-2012, P, DJE de 22-3-2013.] 
EDU cação
MORA dia
LA zer
SAU de
TRABALH o
ALI
mentação
ASSIS
tência aos 
desampara
dos
PRO teção 
à 
maternidad
e e à 
infância
SEG urança
TRANSPOR
T e
PRE
vidência
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 83 
 
DIREITOS DOS TRABALHADORES 
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria 
de sua condição social: 
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos 
de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; 
(CUIDADO POIS A BANCA PODE TROCAR POR LEI ESPECÍFICA OU ORDINÁRIA) 
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; 
III - fundo de garantia do tempo de serviço; 
IV - salário mínimo , fixado em lei, (CUIDADO, POIS A BANCA PODE TROCAR POR LEI 
COMPLEMENTAR OU ESPECÍFICA) nacionalmente unificado, capaz de atender a suas 
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, 
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe 
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; 
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração 
variável; 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; (CUIDADO, POIS A 
CONSTITUIÇÃO NA FIXA O PERCENTUAL, QUE É FIXADO NA CLT, SENDO DE 20% NO 
MÍNIMO) 
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; 
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, 
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; 
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos 
da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro 
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou 
convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943) 
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, 
salvo negociação coletiva; 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento 
à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário 
normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e 
vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos 
da lei; 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempode serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos 
termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança; 
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na 
forma da lei; 
XXIV - aposentadoria; 
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos 
de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 
2006) 
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; 
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a 
indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 84 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional 
de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção 
do contrato de trabalho;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) 
a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) 
b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por 
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do 
trabalhador portador de deficiência; 
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os 
profissionais respectivos; 
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de 
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 
quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
 
 
 
MENOR DE 18 
ATÉ 16 – SALVO COMO 
APRENDIZ 
NÃO PODE NOTURNO, 
PERIGOSO INSALUBRE 
 
MENOR DE 16 
NÃO PODE, SALVO COMO 
APRENDIZ, ACIMA DE 14 
 
MENOR DE 14 NENHUM TRABALHO 
 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o 
trabalhador avulso. 
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos 
previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, 
XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação 
do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de 
trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem 
como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
72, de 2013) 
 
REGRAS SOBRE: 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 85 
 
INCISOS: IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII 
REGRAS SOBRE: 
 
INCISOS XIII, XIV, XV, XVI, XVII 
 
 
DIREITOS SINDICAIS E DE ASSOCIAÇÃO 
SA
LÁ
R
IO
SALÁRIO MÍNIMO FIXADO EM LEI
PISO SALARIAL
IRREDUTIBILIDADE DE SALÁRIO
SALVO CONVENÇÃO OU ACORDO 
COLETIVO
SALÁRIO NUNCA INFERIOR AO 
MÍNIMO, PARA QUEM PERCEBE 
REMUNERAÇÃO VARIÁVEL
13º SALÁRIO
COM BASE NA REMUNERAÇÃO 
INTEGRAL OU VALOR DA 
APOSENTADORIA
REMUNERAÇÃO DO TRABALHO 
NOTURNO SUPERIOR AO DIURNO
PROTEÇÃO DO SALÁRIO, NA 
FORMA DA LEI
CRIME SUA RETENÇÃO DOLOSA
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS DA 
EMPRESA
DESVINCULADA DA 
REMUNERAÇÃO
SALÁRIO FAMÍLIA AO 
DEPENDENTE DE TRABALHADOR 
DE BAIXA RENDA
JO
R
N
A
D
A
DIÁRIA DE 8 HORAS E E 44 SEMANAIS
FACULTADA A COMPENSAÇÃO E 
REDUÇÃO DA JORNADA, POR ACORDO 
OU CONVENÇÃO COLETIVA
SEIS HORAS PARA TURNOS 
ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO
SALVO NEGOCIAÇÃO COLETIVA
REPOUSO SEMANAL REMUNERADO PREFERENCIALMENTE AOS DOMINGOS
REMUNERAÇÃO SERVIÇO 
EXTRAORDINÁRIO
NO MÍNIMO EM 50% DO NORMAL
FÉRIAS ANUAIS REMUNERADAS
COM PELO MENOS UM TERÇO A MAIS 
DO SALÁRIO
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 86 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: 
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o 
registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na 
organização sindical; 
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa 
de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos 
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um 
Município; 
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, 
inclusive em questões judiciais ou administrativas; 
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, 
será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical 
respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; 
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a 
cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após 
o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. 
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e 
de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. 
Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a 
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das 
necessidades inadiáveis da comunidade. 
 
JURISPRUDÊNCIA DO STF: Súmula 316: A simples adesão à greve não constitui falta 
grave 
 
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. 
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos 
colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou 
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. 
 Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição 
de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o 
entendimento direto com os empregadores. 
 
 
 
CAPÍTULO III 
DA NACIONALIDADE 
 
 
Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, 
desde que estes não estejam a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer 
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, 
pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 
2007) 
 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 87 
SÃO BRASILEIROS NATOS OS NASCIDOS NO: 
 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos 
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto 
e idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do 
Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que 
requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de 
Revisão nº 3, de 1994) 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade 
em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os 
casos previstos nesta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional de 
Revisão nº 3, de 1994) 
§ 2ºA lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, 
salvo nos casos previstos nesta Constituição. 
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 
1999) 
M inistro do STF 
P3 (PRESIDENTES) residente da República, do Senado e da Câmara 
. 
C arreira diplomática 
O ficial das forças armadas MP3 . COM 
M inistro de Estado da Defesa 
 
 
 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: 
Ainda que de pais 
estrangeiros, 
desdes que não 
estejam a servico 
de seu país
de pai ou mãe 
brasileira, desde que 
QUALQUER UM DELES 
esteja a serviço da RFB
de pai ou mãe 
brasileira, desde que 
sejam registrados em 
repartição BR OU 
venham a residir na 
RFB e optem, APÓS A 
MAIORIDADE PELA 
NACIONALIDADE BR
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 88 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade 
nociva ao interesse nacional; 
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela 
Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em 
estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o 
exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 
1994) 
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. 
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e 
o selo nacionais. 
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. 
 
 
CAPÍTULO IV 
DOS DIREITOS POLÍTICOS 
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto 
e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
 
 
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do 
serviço militar obrigatório, os conscritos. 
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; Regulamento 
VI - a idade mínima de: TELEFONE ELEITORAL (35 30 21 18) 
P lebiscito
R eferendo
I niciativa popular
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 89 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, 
Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. REQUISITOS DE ELEGIBILIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(F.I.N.AL.DO.EX) 
JURISPRUDÊNCIA DO STF: 
Inaplicabilidade da regra de perda do mandato por infidelidade partidária ao sistema 
eleitoral majoritário. (...) As decisões no MS 26.602, no MS 26.603 e no MS 26.604 
tiveram como pano de fundo o sistema proporcional, que e adotado para a eleição 
de deputados federais, estaduais e vereadores. As características do sistema 
proporcional, com sua ênfase nos votos obtidos pelos partidos, tornam a fidelidade 
partidária importante para garantir que as opções políticas feitas pelo eleitor no 
momento da eleição sejam minimamente preservadas. Dai a legitimidade de se 
decretar a perda do mandato do candidato que abandona a legenda pela qual se 
elegeu. O sistema majoritário, adotado para a eleição de presidente, governador, 
prefeito e senador, tem lógica e dinâmica diversas da do sistema proporcional. As 
características do sistema majoritário, com sua ênfase na figura do candidato, fazem 
com que a perda do mandato, no caso de mudança de partido, frustre a vontade do 
eleitor e vulnere a soberania popular (CF, art. 1o, parágrafo único; e art. 14, caput). 
[ADI 5.081, rel. min. Roberto Barroso, j. 27-5-2015, P, DJE de 19-8-2015.] 
 
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
F 
I 
N 
AL 
DO 
EX 
iliação 
dade 
acionalidade
de 
istamento eleioral 
micílio eleitoral 
Ercício dos direitos políticos 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 90 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os 
Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão 
ser reeleitos para um único período subseqüente.(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 16, de 1997) 
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores 
de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos 
mandatos até seis meses antes do pleito. 
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes 
consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da 
República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou 
de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já 
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 
 
JURISPRUDÊNCIA DO STF: 
 
 
SÚMULA VINCULANTE N. 18: A dissolucao da sociedade ou do vinculo conjugal, no 
curso do mandato, nao afasta a inelegibilidade prevista no § 7o do art. 14 da CF 
 
A dissolução da sociedade conjugal no curso do mandato não afasta a inelegibilidade 
prevista no art. 14, § 7o, da CF. Se a separação judicial ocorrer em meio a gestão 
do titular do cargo que gera a vedação, o vinculo de parentesco, para os fins de 
inelegibilidade, persiste ate o termino do mandato, inviabilizando a candidatura do 
ex-conjuge ao pleito subsequente, na mesma circunscrição, a não ser que aquele se 
desincompatibilize seis 
meses antes das eleições. [RE 568.596, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 1o-10-
2008, P, DJE de 21-11-2008 
 
 
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
 
JURISPRUDÊNCIA DO STF: 
 
Diversamente do que sucede ao militar com mais de dez anos de servico, deve 
afastar-se definitivamente da atividade o servidor militar que, contando menos de 
dez anos de servico, pretenda candidatar-se a cargo eletivo. [RE 279.469, rel. p/ o 
ac. min. Cezar Peluso, j. 16-3-2011, P, DJE de 20-6-2011.] 
 
 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior 
e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de 
sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para 
exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e 
legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do 
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) 
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 
quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder 
econômico, corrupção ou fraude. 
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, 
respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR91 
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas 
populares sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e 
encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias antes da data das eleições, 
observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021) 
§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas 
populares nos termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a 
utilização de propaganda gratuita no rádio e na televisão. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 111, de 2021) 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se 
dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos 
termos do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua 
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993) 
 
CAPÍTULO V 
DOS PARTIDOS POLÍTICOS 
 Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, 
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os 
direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes 
preceitos: Regulamento 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo 
estrangeiros ou de subordinação a estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura 
interna, organização e funcionamento, devendo seus estatutos estabelecer normas 
de fidelidade e disciplina partidárias. 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura 
interna, organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime 
de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as 
candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus 
estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 52, de 2006) 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura 
interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos 
permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar 
os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, 
vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9096.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc52.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc52.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 92 
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, 
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade 
partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) 
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da 
lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 3º Os partidos políticos têm direito a recursos do fundo partidário e acesso 
gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei. 
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao 
rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que 
alternativamente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) 
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três 
por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da 
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma 
delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) 
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo 
menos um terço das unidades da Federação. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 97, de 2017) 
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. 
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º 
deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, 
a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins 
de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de 
rádio e de televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) 
§ 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais 
e os Vereadores que se desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão 
o mandato, salvo nos casos de anuência do partido ou de outras hipóteses de justa 
causa estabelecidas em lei, não computada, em qualquer caso, a migração de partido 
para fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou de outros fundos públicos 
e de acesso gratuito ao rádio e à televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
111, de 2021) 
§ 7º Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% (cinco por cento) dos 
recursos do fundo partidário na criação e na manutenção de programas de promoção 
e difusão da participação política das mulheres, de acordo com os interesses 
intrapartidários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 117, de 2022) 
§ 8º O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da 
parcela do fundo partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de 
propaganda gratuita no rádio e na televisão a ser distribuído pelos partidos às 
respectivas candidatas, deverão ser de no mínimo 30% (trinta por cento), 
proporcional ao número de candidatas, e a distribuição deverá ser realizada conforme 
critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção e pelas normas estatutárias, 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc97.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc117.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 93 
considerados a autonomia e o interesse partidário. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 117, de 2022) 
 
 
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA – art. 18 ao 33 
 
TÍTULO III 
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 
CAPÍTULO I 
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA 
 Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, 
nos termos desta Constituição. 
 
§ 1º Brasília é a Capital Federal. 
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em 
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se 
para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, 
mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e 
do Congresso Nacional, por lei complementar. 
 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL (SOBERANIA) -PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO INTERNA 
EXTERNA
UNIÃO 
(AUTONOMIA)
ESTADOS/DF 
(AUTONOMIA)
MUNICÍPIOS 
(AUTONOMIA)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc117.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc117.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 94 
 
 
CRIAÇÃO/SUBDIVISÃO/DESMEMBRAMENTO DE ESTADOS 
 
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios 
preservarão a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente urbano, far-
se-ão por lei estadual, obedecidos os requisitos previstos em Lei Complementar 
estadual, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações 
diretamente interessadas. 
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-
se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, 
e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios 
envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e 
publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 15, de 1996) Vide art. 96 - ADCT 
CRIAÇÃO/INCORPORAÇÃO/FUSÃO/DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS 
• COMPLEMENTARLEI
• PLEBISCITO
APROVAÇÃO DA 
POPULAÇÃO 
DIRETAMENTE 
INTERESSADA
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc15.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc15.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art96adct
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 95 
 
 Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência 
ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; 
II - recusar fé aos documentos públicos; 
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
 
CAPÍTULO II 
DA UNIÃO 
 Art. 20. São bens da União: 
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; 
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações 
e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação 
ambiental, definidas em lei; 
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou 
que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se 
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos 
marginais e as praias fluviais; 
IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias 
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as áreas referidas no 
art. 26, II; 
•ESTUDOS DE 
VIABILIDADE 
MUNICIPAL
•APROVAÇÃO DA 
POPULAÇÃO 
INTERESSADA
•PERÍODO 
DETERMINADO 
POR:
•LEI ESTADUAL
ASSEMBLEIA 
LEGISLATIVA
LEI 
COMPLEMENTAR 
FEDERAL
PUBLICADOS NA 
FORMA DA LEI
PLEBISCITO
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 96 
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias 
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a 
sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade 
ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 46, de 2005) 
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; 
VI - o mar territorial; 
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; 
VIII - os potenciais de energia hidráulica; 
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; 
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; 
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no 
resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de 
geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, 
plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação 
financeira por essa exploração. 
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios a participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, 
de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos 
minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona 
econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa 
exploração. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 102, de 
2019) (Produção de efeito) 
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das 
fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental 
para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em 
lei. 
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA - EXCLUSIVA 
 Art. 21. Compete à União: 
I - MANTER relações com Estados estrangeiros e participar de organizações 
internacionais; (PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA COMO CHEFE DE ESTADO 
– ART. 84, VI) 
II - DECLARAR a guerra e celebrar a paz; (PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
COMO CHEFE DE ESTADO – ART. 84, XIX e XX) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc46.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc46.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc102.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc102.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc102.htm#art4
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 97 
III - ASSEGURAR a defesa nacional; 
IV - PERMITIR, nos casos previstos em lei complementar, que forças 
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam 
temporariamente; (PELO PRESIDENTE COMO CHEFE DE ESTADO , ART. 84, 
XXII) 
V - DECRETAR o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal; 
(PELO PRESIDENTE COMO CHEFE DE GOVERNO , ART. 84, IX e X) 
VI - AUTORIZAR e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico; 
VII - EMITIR moeda; 
VIII - ADMINISTRAR as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de 
natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como 
as de seguros e de previdência privada; 
IX - ELABORAR E EXECUTAR planos nacionais e regionais de ordenação do 
território e de desenvolvimento econômico e social; 
X - MANTER o serviço postal e o correio aéreo nacional; 
XI - explorar, diretamente ou mediante concessão a empresas sob controle 
acionário estatal, os serviços telefônicos, telegráficos, de transmissão de dados e 
demais serviços públicos de telecomunicações, assegurada a prestação de serviços 
de informações por entidades de direito privado através da rede pública de 
telecomunicações explorada pela União. 
XI - EXPLORAR, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, 
os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização 
dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos 
institucionais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 
15/08/95:) 
XII - EXPLORAR, diretamente ou mediante autorização, concessão ou 
permissão: 
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens e demais serviços de 
telecomunicações; 
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) 
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos 
cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais 
hidroenergéticos; 
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art21xi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art21xihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art21xiia
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm#art21xiia
 
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 98 
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e 
fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; 
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de 
passageiros; 
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; 
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria 
Pública do Distrito Federal e dos Territórios; 
XIII - ORGANIZAR E MANTER o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito 
Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de 
efeito) 
 XIV - organizar e manter a polícia federal, a polícia rodoviária e a ferroviária 
federais, bem como a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do 
Distrito Federal e dos Territórios; 
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros 
militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal 
para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XIV - ORGANIZAR E MANTER a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar 
e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência 
financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo 
próprio; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 
2019) 
XV - ORGANIZAR E MANTER os serviços oficiais de estatística, geografia, 
geologia e cartografia de âmbito nacional; 
XVI - EXERCER a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de 
programas de rádio e televisão; 
XVII - CONCEDER anistia; 
XVIII - PLANEJAR E PROMOVER a defesa permanente contra as calamidades 
públicas, especialmente as secas e as inundações; 
XIX - INSTITUIR sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e 
definir critérios de outorga de direitos de seu uso; ( Regulamento ) 
XX - INSTITUIR diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, 
saneamento básico e transportes urbanos; 
XXI - ESTABELECER princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação; 
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aérea e de fronteira; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc104.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc104.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9433.htm
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 99 
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de 
fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
XXIII - EXPLORAR os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e 
exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e 
reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus 
derivados, atendidos os seguintes princípios e condições: 
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins 
pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; 
b) sob regime de concessão ou permissão, é autorizada a utilização de 
radioisótopos para a pesquisa e usos medicinais, agrícolas, industriais e atividades 
análogas; 
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de 
radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e 
industriais; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 
2006) 
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de 
radioisótopos para pesquisa e uso agrícolas e industriais; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 118, de 2022) 
c) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e 
utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas 
horas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, a comercialização e a utilização 
de radioisótopos para pesquisa e uso médicos; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 118, de 2022) 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de 
culpa; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006) 
XXIV - ORGANIZAR, MANTER E EXECUTAR a inspeção do trabalho; 
XXV - ESTABELECER as áreas e as condições para o exercício da atividade de 
garimpagem, em forma associativa. 
ATENÇÃO: AS COMPETÊNCIAS ACIMA MENCIONADAS, PARA QUE VOCÊ 
CONSIGA ENTENDER E MEMORIZAR, SÃO TODAS EM AÇÕES VERBAIS, POIS SÃO 
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVAS, NÃO SE TRATA DE COMPETÊNCIA PARA CRIAR 
LEIS, MAS SIM DE EXECUÇÃO: 
MANTER 
MANTER 
DECLARAR 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc49.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc49.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc49.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc118.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc49.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 100 
ASSEGURAR 
PERMITIR 
DECRETAR 
AUTORIZAR 
EMITIR 
ADMINISTRAR 
ELABORAR 
EXPLORAR 
EXPLORAR 
EXPLORAR 
ORGANIZAR E MANTER 
ORGANIZAR E MANTER 
ORGANIZAR E MANTER 
ORGANIZAR 
EXERCER 
CONCEDER 
PLANEJAR 
INSTITUIR 
INSTITUIR 
ESTABELECER 
ESTABELECER 
 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA - PRIVATIVA 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho; 
II - desapropriação; 
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de 
guerra; 
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
V - serviço postal; 
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; 
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; 
VIII - comércio exterior e interestadual; 
IX - diretrizes da política nacional de transportes; 
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e 
aeroespacial; 
XI - trânsito e transporte; 
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 101 
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; 
XIV - populações indígenas; 
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; 
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício 
de profissões; 
XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do 
Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes; 
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos 
Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios,bem como organização 
administrativa destes; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 69, de 2012) (Produção de efeito) 
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; 
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; 
XX - sistemas de consórcios e sorteios; 
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, 
convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros militares; 
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, 
convocação, mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos 
de bombeiros militares; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária 
federais; 
XXIII - seguridade social; 
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; 
XXV - registros públicos; 
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; 
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para 
a administração pública, direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público, nas diversas esferas de governo, e empresas sob seu 
controle; 
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para 
as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
 
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 102 
empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, 
III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e 
mobilização nacional; 
XXIX - propaganda comercial. 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre 
questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
COMENTÁRIOS: AS COMPETÊNCIA ACIMA MENCIONADAS SÃO PARA LEGISLAR, 
CRIAR LEIS E, COMO REGRA, SÃO DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO, PODENDO SER 
DELEGADAS AOS ESTADOS E DF, ATRAVÉS DE LEI COMPLEMENTAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MNEMÔNICO: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art1
 
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 103 
 
DE sapropriação 
 
 
C ivil
A gua
P enal
A grário
C omercial - C onsórcios
E spacial
T rabalho
E leitoral
P rocessual
I nformática
M aritmo
E nergia
N acionalidade
T ransito e T ransporte
A eronáutico
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 104 
 
 
COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS – COMUMS- TODOS OS ENTES 
 Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios: 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e 
conservar o patrimônio público; 
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas 
portadoras de deficiência; (Vide ADPF 672) 
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico 
e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de 
outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; 
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; 
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, 
à pesquisa e à inovação; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 85, de 2015) 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas 
formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; 
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições 
habitacionais e de saneamento básico; (Vide ADPF 672) 
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo 
a integração social dos setores desfavorecidos; 
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672
 
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 105 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e 
exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; 
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. 
Parágrafo único. Lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União 
e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do 
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. 
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a 
União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do 
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
 
PARA MEMORIZAR O ART. 23, SAIBA QUE NESTE SÃO 
MENCIONADOS 4 ASSUNTOS: 
→SAÚDE E ASSISTÊNCIA, EDUCAÇÃO, EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO 
(INCISOS II, V, XII) 
→PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO, CULTURAL (INCISOS III e 
IV) 
→MEIO AMBIENTE (INCISOS VI, VII E XI) 
→AGROPECUÁRIA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA, SANEAMENTO 
BÁSICO, POBREZA (V, VIII, IX, X) 
 
ATENÇÃO, AS COMPETÊNCIA SUPRACITADAS SÃO TODAS 
ADMINISTRATIVAS, ISTO É, NÃO SÃO PARA CRIAR LEIS, MAS, POR OUTRO 
LADO, DIZEM RESPEITO A FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS QUE DEVEM SER 
EXECUTADAS POR TODOS OS ENTES DA FEDERAÇÃO. 
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS - CONCORRENTES 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e 
urbanístico; (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
II - orçamento; 
III - juntas comerciais; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1
 
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 106 
IV - custas dos serviços forenses; 
V - produção e consumo; 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos 
recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; 
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e 
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 
IX - educação, cultura, ensino e desporto; 
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, 
desenvolvimento e inovação; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 85, de 2015) 
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; 
XI - procedimentos em matéria processual; 
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; (Vide ADPF 672) 
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública; 
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; 
XV - proteção à infância e à juventude; 
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis. 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a 
estabelecer normas gerais. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
§ 2º A competênciada União para legislar sobre normas gerais não exclui a 
competência suplementar dos Estados. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a 
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. (Vide Lei 
nº 13.874, de 2019) 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da 
lei estadual, no que lhe for contrário. (Vide Lei nº 13.874, de 2019) 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art1
 
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 107 
 
 
 
OLHA O GAGO: 
 
O temer foi PPPPP – preso na 
PENITENCIÁRIO 
 
F inanceiro
O rçamentário
R esponsabilidade por dano ao meio ambi...
A ssistência jurídica e DP
T ributário
E conômico
M atéria processual (procedimentos)
E ducação (cultura, ensino, desporto, ciência)
 
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 108 
 
 
 
PRESO: 
 
PENITENCIÁRIO 
 
 
 
 
CAPÍTULO III 
DOS ESTADOS FEDERADOS 
 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que 
adotarem, observados os princípios desta Constituição. 
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas 
por esta Constituição. 
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, a empresa 
estatal, com exclusividade de distribuição, os serviços locais de gás canalizado. 
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços 
locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para 
a sua regulamentação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
5, de 1995) 
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por 
P rodução e consumo
P revidência, proteção e defesa da saúde
P roteção ao patrimônio HC ATP
P roteção e integração social de PCD
P roteção à infância e juventude
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc05.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc05.htm#art1
 
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 109 
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento 
e a execução de funções públicas de interesse comum. 
 Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: 
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, 
ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; 
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, 
excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; 
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; 
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
 Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponderá ao 
triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número 
de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima 
de doze. 
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes 
as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, 
remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças 
Armadas. 
§ 2º A remuneração dos Deputados Estaduais será fixada em cada legislatura, 
para a subseqüente, pela Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 
arts. 150, II, 153, III e 153, § 2.º, I. 
§ 2.º A remuneração dos Deputados Estaduais será fixada em cada legislatura, 
para a subseqüente, pela Assembléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 
arts. 150, II, 153, III e 153, § 2.º, I , na razão de, no máximo, setenta e cinco por 
cento daquela estabelecida, em espécie, para os Deputados 
Federais. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 1, 1992) 
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de iniciativa da 
Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele 
estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os 
arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regimento interno, 
polícia e serviços administrativos de sua secretaria, e prover os respectivos cargos. 
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual. 
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato 
de quatro anos, realizar-se-á noventa dias antes do término do mandato de seus 
antecessores, e a posse ocorrerá no dia 1º de janeiro do ano subseqüente, 
observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2
 
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 Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato 
de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e 
no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do 
término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro 
do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 
77. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997) 
Parágrafo único. Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou 
função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de 
concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. 
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo ou função na 
administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso 
público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. (Renumerado do 
parágrafo único, pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos Secretários de Estado 
serão fixados por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, observado o que dispõem 
os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
CAPÍTULO IV 
Dos Municípios 
 Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o 
interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara 
Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta 
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro 
anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; 
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito até noventa dias antes do término do 
mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de 
municípios com mais de duzentos mil eleitores; 
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de 
outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas 
as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil 
eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, 
de1997) 
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subseqüenteao da eleição; 
IV - número de Vereadores proporcional à população do Município, observados os 
seguintes limites: 
a) mínimo de nove e máximo de vinte e um nos Municípios de até um milhão de 
habitantes; 
b) mínimo de trinta e três e máximo de quarenta e um nos Municípios de mais de 
um milhão e menos de cinco milhões de habitantes; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art28
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art29ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art29ii
 
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c) mínimo de quarenta e dois e máximo de cinqüenta e cinco nos Municípios de 
mais de cinco milhões de habitantes; 
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo 
de: (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, 
de 2009) (Produção de efeito) (Vide ADIN 4307) 
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) 
habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional 
nº 58, de 2009) 
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) 
habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes; (Redação dada pela 
Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) 
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) 
habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; (Redação dada pela 
Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) 
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) 
habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda 
Constituição Constitucional nº 58, de 2009) 
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) 
habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Incluída pela 
Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) 
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte 
mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes; (Incluída 
pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) 
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e 
sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 
58, de 2009) 
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos 
mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 
58, de 2009) 
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 
(quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 
58, de 2009) 
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos 
mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art3
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=4307&processo=4307
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
 
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habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 
58, de 2009) 
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos 
e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 
58, de 2009) 
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos 
mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 
58, de 2009) 
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um 
milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 
58, de 2009) 
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um 
milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e 
cinquenta mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição 
Constitucional nº 58, de 2009) 
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e 
trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos 
mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional 
nº 58, de 2009) 
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um 
milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 
58, de 2009) 
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um 
milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos 
mil) habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional 
nº 58, de 2009) 
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois 
milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 
58, de 2009) 
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três 
milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 
58, de 2009) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
 
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t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro 
milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 
58, de 2009) 
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco 
milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 
58, de 2009) 
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis 
milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de 
habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 
58, de 2009) 
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete 
milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; 
e (Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 
2009) 
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito 
milhões) de habitantes; (Incluída pela Emenda Constituição 
Constitucional nº 58, de 2009) 
V - remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores fixada pela 
Câmara Municipal em cada legislatura, para a subseqüente, observado o que dispõem 
os arts. 37, XI, 150, II, 153, III, e 153, § 2.º, I; 
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por 
lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, 
§ 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda 
constitucional nº 19, de 1998) 
VI - a remuneração dos Vereadores corresponderá a, no máximo, setenta e cinco 
por cento daquela estabelecida, em espécie, para os Deputados Estaduais, ressalvado 
o que dispõe o art. 37, XI; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, 
de 1992) 
VI - subsídio dos Vereadores fixado por lei de iniciativa da Câmara Municipal, na 
razão de, no máximo, setenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, 
para os Deputados Estaduais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 57, § 7º, 
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda 
constitucional nº 19, de 1998) 
VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais 
em cada legislatura para a subseqüente, observado o que dispõe esta Constituição, 
observados os critérios estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes 
limites máximos: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, 
de 2000) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art29v
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art29v
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1
 
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a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores 
corresponderá a vinte por cento do subsídio dos Deputados 
Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o subsídio máximo 
dos Vereadores corresponderá a trinta por cento do subsídio dos Deputados 
Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes, o subsídio máximo 
dos Vereadores corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos Deputados 
Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes, o subsídio máximo 
dos Vereadores corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos Deputados 
Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil habitantes, o subsídio 
máximo dos Vereadores corresponderá a sessenta por cento do subsídio dos 
Deputados Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 
2000) 
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos 
Vereadores corresponderá a setenta e cinco por cento do subsídio dos Deputados 
Estaduais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores não poderá 
ultrapassar o montante de cinco por cento da receita do Município; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) 
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no 
exercício do mandato e na circunscrição do Município; (Renumerado do 
inciso VI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) 
IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares, no que 
couber, ao disposto nesta Constituição para os membros do Congresso Nacional e na 
Constituição do respectivo Estado para os membros da Assembléia 
Legislativa; (Renumerado do inciso VII, pela Emenda Constitucional 
nº 1, de 1992) 
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; (Renumerado 
do inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992) 
XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara 
Municipal; (Renumerado do inciso IX, pela Emenda Constitucional 
nº 1, de 1992) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
 
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XII - cooperação das associações representativas no planejamento 
municipal; (Renumerado do inciso X, pela Emenda Constitucional nº 
1, de 1992) 
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da 
cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do 
eleitorado; (Renumerado do inciso XI, pela Emenda Constitucional 
nº 1, de 1992) 
XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo 
único . (Renumerado do inciso XII, pela Emenda Constitucional nº 
1, de 1992) 
 Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os 
subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar 
os seguintes percentuais, relativos ao somatório da receita tributária e das 
transferências previstas no § 5 o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente 
realizado no exercício anterior: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
25, de 2000) (Vide Emenda Constitucional nº 109, de 
2021) (Vigência) 
I - oito por cento para Municípios com população de até cem mil 
habitantes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) 
habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional 
nº 58, de 2009) (Produção de efeito) 
II - sete por cento para Municípios com população entre cem mil e um e trezentos 
mil habitantes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) 
e 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Redação dada pela Emenda 
Constituição Constitucional nº 58, de 2009) 
III - seis por cento para Municípios com população entre trezentos mil e um e 
quinhentos mil habitantes; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
25, de 2000) 
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 
(trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes; (Redação dada 
pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) 
IV - cinco por cento para Municípios com população acima de quinhentos mil 
habitantes. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com 
população entre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art28%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art28%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc01.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
 
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 116 
habitantes; (Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional 
nº 58, de 2009) 
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três 
milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; (Incluído pela 
Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) 
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população 
acima de 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes. (Incluído pela Emenda 
Constituição Constitucional nº 58, de 2009) 
§ 1 o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita 
com folha de pagamento, incluído o gasto com o subsídio de seus 
Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
§ 2 o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Municipal: (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste artigo; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei 
Orçamentária. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) 
§ 3 o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da Câmara Municipal o 
desrespeito ao § 1 o deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 25, de 2000) 
 Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; (Vide ADPF 
672) 
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas 
rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos 
prazos fixados em lei; 
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; 
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, 
os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem 
caráter essencial; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc58.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc25.htm#art2
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADPF&documento=&s1=672&numProcesso=672
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 117 
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, 
programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental; 
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, 
programas de educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, 
serviços de atendimento à saúde da população; 
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante 
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; 
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a 
legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. 
 Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo 
Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder 
Executivo Municipal, na forma da lei. 
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos 
Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tribunais de 
Contas dos Municípios, onde houver. 
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o 
Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços 
dos membros da Câmara Municipal. 
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à 
disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá 
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. 
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. 
CAPÍTULO V 
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS 
SEÇÃO I 
DO DISTRITO FEDERAL 
 Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por 
lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada 
por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios 
estabelecidos nesta Constituição. 
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas 
aos Estados e Municípios. 
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 
77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados 
Estaduais, para mandato de igual duração. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 118 
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 
27. 
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das 
polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar. 
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da 
polícia civil, da polícia penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros 
militar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 
2019) 
SEÇÃO II 
DOS TERRITÓRIOS 
 Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos 
Territórios. 
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no 
que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título. 
§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, 
com parecer prévio do Tribunal de Contas da União. 
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do 
Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de 
primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos 
federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência 
deliberativa. 
 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
JURISPRUDÊNCIA DO STF: 
 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
A nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por 
afinidade, ate o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da 
mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, 
para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função 
gratificada na administração publica direta e indireta, em qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste 
mediante designações recíprocas, viola a CF. [Súmula Vinculante 13.] 
(IMPESSOALIDADE, MORALIDADE EFICIÊNCIA) 
 
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os 
tornem ilegais, porque deles não se originam direitos, ou revogá-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em 
todos os casos, a apreciação judicial. [Súmula 473.] A administração publica pode 
declarar a nulidade dos seus próprios atos. [Súmula 346.] (AUTOTUTELA) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc104.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc104.htm#art2
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 119 
 
E legitima a publicação, inclusive em sitio eletrônico mantido pela administração 
publica, dos nomes dos seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos 
e vantagens pecuniárias. [ARE 652.777, rel. min. Teori Zavascki, j. 23-4-2015, P, 
DJE de 1o-7-2015, Tema 483.] (PUBLICIDADE) 
 
Embora restrita ao âmbito do Judiciário, a Resolução 7/2005 do CNJ, a pratica do 
nepotismo nos demais Poderes e ilícita. A vedação do nepotismo não exige a edição 
de lei formal para coibir a pratica. Proibição que decorre diretamente dos princípios 
contidos no art. 37, caput, da CF. (...) Recurso extraordinário conhecido e 
parcialmente provido para anular a nomeação do servidor, aparentado com agente 
político, ocupante de cargo em comissão. [RE 579.951, rel. min. Ricardo 
Lewandowski, j. 20-8-2008, P, DJE de 24-10-2008, Tema 66.] == ADI 3.745, rel. 
min. Dias Toffoli, j. 15-5-2013, P, DJE de 1o-8-2013 (IMPESSOALIDADE, 
MORALIDADE EFICIÊNCIA) 
 
 
Nomeação de irmão de governador de Estado. Cargo de secretario de Estado. 
Nepotismo. Sumula Vinculante 13. Inaplicabilidade ao caso. Cargo de natureza 
política. Agente político. (...) Impossibilidade de submissão do reclamante, secretario 
estadual de transporte, agente político, as hipóteses expressamente elencadas na 
Sumula Vinculante 13, por se tratar de cargo de natureza política. Existência de 
precedente do Plenário do Tribunal: RE 579.951/RN, rel. min. Ricardo Lewandowski, 
DJE de 12-9-2008. Ocorrência da fumaça do bom direito. [Rcl 6.650 MC-AgR, rel. 
min. Ellen Gracie, j. 16-10-2008, P, DJE de 21-11-2008.] == RE 825.682 AgR, rel. 
min. Teori Zavascki, j. 10-2-2015, 2a T, DJE de 2-3-2015 (IMPESSOALIDADE, 
MORALIDADE EFICIÊNCIA) 
 
MNEMÔNICO SOBRE PRINCÍPIOS EXPRESSOS: 
 
 
MNEMÔNICO SOBRE PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS NA CF 
L egalidade
I impessoalidade
M oralidade
P ublicidade
E ficiência
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 120 
 
 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma 
da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA DO STF: 
 
So por lei sepode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo 
publico. [Súmula Vinculante 44.] 
M egalidade
A impessoalidade
S oralidade
CO ublicidade
RA ficiência
SE LIGA, pois esse inciso, quando preleciona que “os cargos 
empregos e funções são acessíveis a brasileiros que preencham 
os requisitos estabelecidos em lei”, denota uma norma de 
eficácia contida, pois a lei pode estabelecer condições e 
requisitos para determinados cargos, como por exemplo a 
idade máxima de 30 anos para Órgãos Militares 
SE LIGA, pois a última parte do inciso, quando preleciona que 
“os cargos empregos e funções são acessíveis aos estrangeiros, 
na forma da lei”, denota uma norma de eficácia limitada, e 
nesse caso apenas quando alguma lei permitir que estrangeiro 
ocupe cargo, emprego ou função é que tal norma terá eficácia 
CUIDADO, pois a lei 8.112/90 
prevê a hipótese que estrangeiro 
ocupe cargo de pesquisa em 
Universidades Federais. 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 121 
 
O limite de idade para a inscrição em concurso publico só se legitima em face do art. 
7o, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições 
do cargo a ser preenchido. [Súmula 683.] 
 
Não e admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em 
concurso para cargo publico. [Súmula 14.] 
 
A nomeação tardia de candidatos aprovados em concurso público, por meio de ato 
judicial, à qual atribuída eficácia retroativa, não gera direito às promoções ou 
progressões funcionais que alcançariam houvesse ocorrido, a tempo e modo, a 
nomeação. Com base nessa orientação, o Plenário, apreciando o Tema 454 da 
repercussão geral, por unanimidade, negou provimento a recurso extraordinário em 
que se discutia o direito à promoção funcional retroativa de candidatos nomeados 
por ato judicial. (...) 
A Corte pontuou, ainda, que a promoção ou a progressão funcional – a depender do 
caráter da movimentação, se vertical ou horizontal – não se resolve apenas mediante 
o cumprimento do requisito temporal. Pressupõe a aprovação em estágio probatório 
e a confirmação no cargo, bem como o preenchimento de outras condições indicadas 
na legislação ordinária. Diante disso, asseverou que, uma vez empossado no cargo, 
cumpre ao servidor atentar para todas as regras atinentes ao respectivo regime 
jurídico, incluídas as concernentes ao estágio probatório e as específicas de cada 
carreira. Assim, somente considerado o desempenho do agente, por meio de atuação 
concreta a partir da entrada em exercício, é possível alcançar a confirmação no cargo, 
bem como a movimentação funcional, do que decorreriam a subida de classes e 
padrões, eventual alteração na designação do cargo ou quaisquer outras 
consequências funcionais. [RE 629.392, rel. min. Marco Aurélio, j. 8-6-2017, P, 
Informativo 868, Tema 454.] 
 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
JURISPRUDÊNCIA DO STF: 
 
E inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir- 
-se, sem previa aprovação em concurso publico destinado ao seu provimento, em 
cargo que nao integra a carreira na qual anteriormente investido. [Súmula 
Vinculante 43.] 
 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma 
vez, por igual período; 
CUIDADO: POIS É ATÉ DOIS ANOS, PODENDO SER EM PRAZO MENOR, E SE 
HOUVER PRORROGAÇÃO, ESTA SEMPRE SERÁ POR PRAZO IGUAL AO INICIAL. JÁ FOI 
COBRADO EM PROVA QUE O PRAZO DE VALIDADE ERA DE DOIS ANOS, E NESSE 
CASO ERRADA A ASSERTIVA QUE ASSIM DISCORRER, HAJA VISTA QUE O PRAZO DE 
DOIS ANOS É FECHADO. 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado 
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade 
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 122 
CUIDADO: NÃO É PROIBIDO REALIZAR NOVO CONCURSO PARA O MESMO ÓRGÃO 
E CARGO ESTANDO EM ANDAMENTO UM CONCURSO ANTERIOR, MAS O QUE A 
REGRA ACIMA VEDA É A NOMEAÇÃO DE CANDIDATOS APROVADOS EM CONCURSOS 
POSTERIOR, EXISITINDO CANDIDATOS APROVADOS DE CONCURSO ANTERIOR, 
OCORRENDO DESSA FORMA A PRETERIÇÃO NA NOMEAÇÃO. 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de 
cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de 
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se 
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
 
 
 
 
 
VI – é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; 
VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei 
específica; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
 
 
 
 
FUNÇÃO DE CONFIANÇA
• SÓ PODE SER OCUPADA POR 
SERVIDORES EFETIVOS
CARGOS EM COMISSÃO
• PODE SER OCUPADO POR QUEM 
NÃO É SERVIDOR EFETIVO
CARGOS EM COMISSÃO E 
FUNÇOES DE CONFIANÇAS 
APENAS PARA ATRIBUIÇOES 
D 
C 
A 
ireção 
hefia 
ssessoramento 
Trata-se de norma constitucional de eficácia 
limitada, pois apenas quando houver a lei 
regulamentando o direito de greve do servidor é 
que este poderá realizar o movimento 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 123 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA DO STF: 
O exercício de um direito constitucional é garantia fundamental a ser protegida por 
esta Corte, desde que não exercido de forma abusiva. (...) ao considerar o exercício 
do direito de greve como falta grave ou fato desabonador da conduta, em termos de 
avaliação de estágio probatório, que enseja imediata exoneração do servidor público 
não estável, o dispositivo impugnado viola o direito de greve conferido aos servidores 
públicos no art. 37, VII, CF/1988, na medida em que inclui, entre os fatores de 
avaliação do estágio probatório, de forma inconstitucional, o exercício não abusivo 
do direito de greve. [ADI 3.235, voto do rel. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, j. 4-2-
2010, P, DJE de 12-3-2010.] vide RE 226.966, rel. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, j. 11-
11-2008, 1ª T, DJE de 21-8-2009 
O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos 
policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na 
área de segurança pública. É obrigatória a participação do poder público em 
mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras de segurança pública, nos 
termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria. Com base 
nessas orientações, o Plenário, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário 
com agravo interposto contra acórdão que concluiu pela impossibilidade de extensão 
aos policiais civis da vedação do direito à greve dos policiais militares. [ARE 654.432, 
rel. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, j. 5-4-2017, P, Informativo 860, Tema 
541.] 
A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação 
decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da 
suspensão do vínculo funcional que dela decorre, permitida a compensação em caso 
de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi 
provocada por conduta ilícita do poder público. [RE 693.456, rel. min. Dias Toffoli, j. 
27-10-2016, P, DJE de 19-10-2017, Tema 531.] 
 
VIII – a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas 
portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; 
 
JURISPRUDÊNCIA DO STF: 
Não se mostra justo, ou, no mínimo, razoável, que o candidato portador de 
deficiência física, na maioria das vezes limitado pela sua deficiência, estejaem 
aparente desvantagem em relação aos demais candidatos, devendo a ele ser 
garantida a observância do princípio da isonomia /igualdade. O STF, buscando 
garantir razoabilidade à aplicação do disposto no Decreto 3.298/1999, entendeu que 
o referido diploma legal deve ser interpretado em conjunto com a Lei 8.112/1990. 
Assim, as frações mencionadas no art. 37, § 2º, do Decreto 3.298/1999 deverão ser 
arredondadas para o primeiro número subsequente, desde que respeitado o limite 
máximo de 20% das vagas oferecidas no certame. [RMS 27.710 AgR, rel. min. Dias 
Toffoli, j. 28-5-2015, P, DJE de 1º-7-2015.] 
 
ATENÇÃO: apesar de ainda não existir a lei que 
regulamenta o citado inciso, O STF, no julgamento de 
MANDADO DE INJUNÇÃO (remédio constitucional para a 
ausência de norma regulamentadora) julgou que face a 
omissão legislativa, seria aplicada analogicamente a lei de 
greve da iniciativa privada, a saber a lei 7.783 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 124 
IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender 
a necessidade temporária de excepcional interesse público; 
X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 
39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa 
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e 
sem distinção de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) (Regulamento) 
XI – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos 
públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos 
detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, 
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder 
o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no 
Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o 
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o 
subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e 
vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos 
membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
JURISPRUDÊNCIA DO STF: 
Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos 
de servidores públicos sob fundamento de isonomia. Súmula 339/STF e Súmula 
Vinculante 37. Reconhecimento da repercussão geral da questão constitucional, com 
reafirmação da jurisprudência da Corte, para assentar a seguinte tese: “Não é devida 
a extensão, por via judicial, do reajuste concedido pela Lei 1.206/1987 aos servidores 
do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro, dispensando-se a devolução das 
verbas recebidas até 1º-9-2016 (data da conclusão deste julgamento)”. [ARE 
909.437 RG, rel. min. Roberto Barroso, j. 1º-9-2016, P, DJE de 11-10-2016, Tema 
915.] 
Neste juízo prévio e sumário, estou em que, conquanto essa ostensiva distinção de 
tratamento, constante do art. 37, XI, da Constituição da República, entre as situações 
dos membros das magistraturas federal (a) e estadual (b), parece vulnerar a regra 
primária da isonomia (CF, art. 5º, caput e I). Pelas mesmas razões, a interpretação 
do art. 37, § 12, acrescido pela EC 47/2005, ao permitir aos Estados e ao Distrito 
Federalfixar, como limite único de remuneração, nos termos do inciso XI do caput, o 
subsídio mensal dos desembargadores do respectivo tribunal de justiça, limitado a 
90 inteiros e 25 centésimos por cento do valor do subsídio dos ministros desta Corte, 
também não pode alcançar-lhes os membros da magistratura. [ADI 3.854 MC, voto 
do rel. min. Cezar Peluso, j. 28-2-2007, P, DJ de 29-6-2007.] 
Nas situações jurídicas em que a CF autoriza a acumulação de cargos, o teto 
remuneratório é considerado em relação à remuneração de cada um deles, 
e não ao somatório do que recebido. [RE 612.975 e RE 602.043, rel. min. 
Marco Aurélio, j. 27-4-2017, P, DJE de 8-9-2017, Tema 377 e Tema 384.] 
 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 125 
 
 
CUIDADO: POIS O TETO DO PODER JUDICIÁRIO NOS ESTADOS DE 90,25% É PARA 
OS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO, POIS OS PRÓPRIOS DESEMBARGADORES 
SE SUBMETEM AO TETO DO MINISTRO DO STF. 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não 
poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias 
para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão 
computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são 
irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 
4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998) 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver 
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998) 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com 
profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 
2001) 
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange 
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas 
STF - TETO GERAL
ESTADOS SUB-TETOS
EXECUTIVO
GOVERNADOR
JUDICIÁRIO
DESEMBARGADOR 
TJ - PARA OS 
SERVIDORES 
ADMINISTRATIVOS
LEGISLATIVO
DEPUTADOS
MUNICÍPIOS
PREFEITO
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 126 
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
CUIDADO: RECENTEMENTE FOI INCLUÍDO NO ART. 42, §3º, ATRAVÉS DA EMENDA 
CONSTITUCIONAL N. 101/2019 A POSSIBILIDADE DO MILITAR DOS ESTADOS, DF E 
TERRITÓRIOS A POSSIBILIDADE DE ACUMULAR O CARGO DE MILITAR COM OUTRO 
CARGO, NOS TERMOS DO ART, 37, XVI. 
 
POSSIBILIDADES DE ACUMULAÇÃO DE CARGO 
 
 
 
 
 
 
 ou 
 
 
 
 
 
 
 
 
❶PROFESSOR + PROFESSOR 
❷PROFESSOR + TÉCNICO ou CIENTÍFICO 
❸SAÚDE + SAÚDE 
❹MILITAR + SAÚDE ou MILITAR + PROFESSOR 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 127 
 OU 
 
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas 
áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores 
administrativos, na forma da lei; 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição 
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
 
CRIAÇÃO DE 
 
 
 
 
 
 
 
 
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das 
entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer 
delas em empresa privada; 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras 
e alienações serão contratados mediante processode licitação pública que assegure 
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam 
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos 
da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. (Regulamento) 
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por 
servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de 
suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de 
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não 
AUTARQUIAS – DIRETAMENTE POR LEI ESPECÍFICA 
EMPRESA PÚBLICA; SOCIEDADE DE ECONOMIA 
MISTA; FUNDAÇÃO PÚBLICA – AUTORIZADA EM LEI 
Quando a lei autoriza, o ente estatal inscreve os atos 
constitutivos dessas entidades em cartório, e nesse 
momento é que elas adquirem personalidade juridica 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 128 
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal 
de autoridades ou servidores públicos. 
CUIDADO: O PARÁGRAFO ACIMA MENCIONADO NÃO TRATA DO PRINCÍPIO DA 
PUBLICIDADE, MAS SIM DA IMPESSOALIDADE, VEZ QUE PROÍBE QUE O AGENTE 
PÚBLICO SE BENEFICE DE AÇÕES GOVERNAMENTAIS PARA A SUA PROMOÇÃO 
PESSOAL. 
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e 
a punição da autoridade responsável, nos termos da lei. 
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública 
direta e indireta, regulando especialmente: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas 
a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa 
e interna, da qualidade dos serviços;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de 
governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, 
emprego ou função na administração pública. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) 
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos 
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento 
ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer 
agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas 
ações de ressarcimento. 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos 
casos de dolo ou culpa. 
 
COMENTÁRIOS: 
O parágrafo acima citado diz respeito à RESPONSABILIDADE CIVIL 
EXTRACONTRATUAL OBJETIVA da Administração Pública e SUBJETIVA dos 
SERVIDORES que, na qualidade de agentes públicos, causem danos a terceiros. 
PROFESSOR, SE UMA VIATURA DA POLÍCIA MILITAR CAUSAR UM DANO A UM 
PARTICULAR, COMO É O PROCESSO DE INDENIZAÇÃO? 
SE LIGA COMO É: 
 
 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 129 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego 
da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações 
privilegiadas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da 
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado 
entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de 
metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:(Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e 
responsabilidade dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal." 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de 
economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, 
do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de 
custeio em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes 
do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função 
pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos 
eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o 
inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) 
 § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos 
Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas 
Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos 
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e 
❷ 
O AGENTE CAUSADOR DO DANO SOMENTE 
RESPONDERÁ PERANTE O ESTADO SE TIVER 
CAUSADO O DANO COM DOLO OU CULPA 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 130 
vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos 
Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 47, de 2005) 
§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para exercício 
de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a limitação 
que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta 
condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o 
cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição 
decorrente de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de 
Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo 
de contribuição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 15. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores públicos e de 
pensões por morte a seus dependentes que não seja decorrente do disposto nos §§ 
14 a 16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei que extinga regime próprio de 
previdência social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, 
devem realizar avaliação das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a 
ser avaliado e dos resultados alcançados, na forma da lei. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 109, de 2021) 
 
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no 
exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de 
seu cargo, emprego ou função; 
II - investido no mandatode Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, 
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; 
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, 
perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da 
remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a 
norma do inciso anterior; 
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, 
seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção 
por merecimento; 
V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá 
filiado a esse regime, no ente federativo de origem. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019). 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO, pois o único cargo decorrente de mandato eletivo 
que é possível acumular com o cargo efeito é o de VEREADOR, 
desde que haja compatibilidade de horários. TODOS OUTROS O 
SERVIDOR PÚBLICO TERÁ QUE SE AFASTAR DO SEU CARGO 
EFETIVO 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
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PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 131 
 
 
 
 
 
 
Seção II 
DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito 
de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da 
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN 
nº 2.135-4) (ESSE É A REDAÇÃO QUE ATUALMENTE VIGORA, ISTO É, SÓ DEVE 
EXISTIR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA, AUTARQUIAS E 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS APENAS UM REGIME JURÍDICO, E DE ACORDO COM 
A DOUTRINA, DEVE SER O ESTATUTÁRIO, DEFINIDO POR LEI COM 
DIREITOS, OBRIGAÇÕES, DEVERES E RESPONSABILIDADES. 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho 
de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores 
designados pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) (REDAÇÃO SUSPENSA) (Vide ADIN nº 2.135-4) 
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema 
remuneratório observará:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes 
de cada carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 
1998) 
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a 
formação e o aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação 
nos cursos um dos requisitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a 
celebração de convênios ou contratos entre os entes federados.(Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, 
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei 
estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o 
exigir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os 
Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio 
fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, 
abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, 
em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) 
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá 
estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, 
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI.(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
EXEMPLO: Jair Messias Lula da Silva é Policial Civil e 
foi eleito para o cargo eletivo de vereador, e 
aparentemente a carga horária dois cargos é 
compatível, e nesse caso ele poderá acumular os dois 
cargos e as duas remunerações 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 132 
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores 
do subsídio e da remuneração dos cargos e empregos públicos. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a 
aplicação de recursos orçamentários provenientes da economia com despesas 
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento 
de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, 
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a 
forma de adicional ou prêmio de produtividade. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) 
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser 
fixada nos termos do § 4º.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter temporário ou vinculadas ao 
exercício de função de confiança ou de cargo em comissão à remuneração do cargo 
efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
 
 
PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS EFETIVOS 
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos 
efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo 
ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados 
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo 
serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na 
forma do § 3º: 
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo 
serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na 
forma dos §§ 3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 
19.12.2003) 
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será 
aposentado: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou 
doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou 
doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver 
investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a 
realização de avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições 
que ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente 
federativo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionaisao tempo de contribuição; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, 
de 1998) 
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, 
aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma 
de lei complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 
2015) (Vide Lei Complementar nº 152, de 2015) 
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo 
exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc88.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc88.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp152.htm
 
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 133 
aposentadoria, observadas as seguintes condições: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta 
e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 
1998) 
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se 
mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e 
aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às 
respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os 
demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente 
federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, 
não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que 
se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da 
pensão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo 
a que se refere o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para 
o Regime Geral de Previdência Social, observado o disposto nos §§ 14 a 
16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 3º Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão 
calculados com base na remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a 
aposentadoria e, na forma da lei, corresponderão à totalidade da 
remuneração. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua 
concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as 
contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o 
art. 201, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 
19.12.2003) 
§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas em 
lei do respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 103, de 2019) 
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão 
de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados 
os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais que 
prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei 
complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão 
de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, 
nos termos definidos em leis complementares, os casos de 
servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) 
I portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 
2005) 
II que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 47, de 2005) 
III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a 
saúde ou a integridade física. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 
2005) 
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão 
de benefícios em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art3%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art3%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1
 
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 134 
4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019) 
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente 
federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de 
servidores com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial 
realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente 
federativo idade e tempo de contribuição diferenciadospara aposentadoria de 
ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial 
dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do 
art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente 
federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de 
servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes 
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, 
vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco 
anos, em relação ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que comprove 
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação 
infantil e no ensino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
§ 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima reduzida em 5 
(cinco) anos em relação às idades decorrentes da aplicação do disposto no inciso III 
do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo exercício das funções de magistério 
na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar 
do respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019) 
§ 6.º As aposentadorias e pensões dos servidores públicos federais serão 
custeadas com recursos provenientes da União e das contribuições dos servidores, 
na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na 
forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à 
conta do regime de previdência previsto neste artigo. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na 
forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à 
conta de regime próprio de previdência social, aplicando-se outras vedações, regras 
e condições para a acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no Regime 
Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019) 
§ 7º - Lei disporá sobre a concessão do benefício da pensão por morte, que será 
igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos a que 
teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o disposto 
no § 3º (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será 
igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo 
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o 
art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso 
aposentado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 
19.12.2003) (Vide ADIN 3133) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3133&processo=3133
 
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 135 
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em que 
se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime 
geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da 
parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) (Vide ADIN 3133) 
§ 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da única fonte 
de renda formal auferida pelo dependente, o benefício de pensão por morte será 
concedido nos termos de lei do respectivo ente federativo, a qual tratará de forma 
diferenciada a hipótese de morte dos servidores de que trata o § 4º-B decorrente de 
agressão sofrida no exercício ou em razão da função. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 8º Observado o disposto no art. 37, XI, os proventos de aposentadoria e as 
pensões serão revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que se 
modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos 
aposentados e aos pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente 
concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da 
transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria 
ou que serviu de referência para a concessão da pensão, na forma da 
lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em 
caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em 
lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para 
efeito de aposentadoria e o tempo de serviço correspondente para efeito de 
disponibilidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado 
para fins de aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o 
tempo de serviço correspondente será contado para fins de 
disponibilidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) 
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de 
contribuição fictício. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 
15/12/98) (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de 
inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos 
públicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral 
de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de inatividade 
com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeaçãoe exoneração, e de cargo 
eletivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores 
públicos titulares de cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios 
fixados para o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
§ 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em regime próprio de 
previdência social, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o Regime 
Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019) 
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado 
em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de 
emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de outro cargo 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3133&processo=3133
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
 
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temporário, inclusive mandato eletivo, ou de emprego público, o Regime Geral de 
Previdência Social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) 
§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam 
regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de 
cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem 
concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para 
os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 
201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de 
iniciativa do respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para 
servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos 
benefícios do Regime Geral de Previdência Social para o valor das aposentadorias e 
das pensões em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto no § 
16. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 15 - Observado o disposto no art. 202, lei complementar disporá sobre as 
normas gerais para a instituição de regime de previdência complementar pela União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, para atender aos seus respectivos servidores 
titulares de cargo efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 
15/12/98) 
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído 
por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 
e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de 
previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos 
participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição 
definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 oferecerá plano 
de benefícios somente na modalidade contribuição definida, observará o disposto no 
art. 202 e será efetivado por intermédio de entidade fechada de previdência 
complementar ou de entidade aberta de previdência complementar. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos § § 14 e 
15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data 
da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência 
complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício 
previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões 
concedidas pelo regime de que trata este artigo que superem o limite máximo 
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o 
art. 201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos 
efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) (Vide 
ADIN 3133) (Vide ADIN 3143) (Vide ADIN 3184) 
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências 
para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por 
permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor 
da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria 
compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 
19.12.2003) 
§ 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do respectivo ente 
federativo, o servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências 
para a aposentadoria voluntária e que opte por permanecer em atividade poderá 
fazer jus a um abono de permanência equivalente, no máximo, ao valor da sua 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3133&processo=3133
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3133&processo=3133
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3143&processo=3143http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3184&processo=3184
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
 
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 137 
contribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria 
compulsória. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social 
para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do 
respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, 
X. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
§ 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social 
e de mais de um órgão ou entidade gestora desse regime em cada ente federativo, 
abrangidos todos os poderes, órgãos e entidades autárquicas e fundacionais, que 
serão responsáveis pelo seu financiamento, observados os critérios, os parâmetros e 
a natureza jurídica definidos na lei complementar de que trata o § 
22. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as 
parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite 
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que 
trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for 
portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, 
de 2005)(Revogado pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) (Vigência) (Vide Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 21. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) 
§ 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei 
complementar federal estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de 
organização, de funcionamento e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre 
outros aspectos, sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) 
I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o Regime Geral de 
Previdência Social; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos 
recursos; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
III - fiscalização pela União e controle externo e social; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
V - condições para instituição do fundo com finalidade previdenciária de que trata 
o art. 249 e para vinculação a ele dos recursos provenientes de contribuições e dos 
bens, direitos e ativos de qualquer natureza; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, observados os 
princípios relacionados com governança, controle interno e 
transparência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem 
atribuições relacionadas, direta ou indiretamente, com a gestão do 
regime; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
IX - condições para adesão a consórcio público; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de alíquota de 
contribuições ordinárias e extraordinárias. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados 
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art35ia
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art35ia
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art36ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art36ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
 
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 138 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla 
defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998) 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele 
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de 
origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em 
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em 
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu 
adequado aproveitamento em outro cargo. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação 
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
 
DO PODER LEGISLATIVO 
SEÇÃO IDO CONGRESSO NACIONAL 
 Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos. 
 Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo 
sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. 
§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito 
Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-
se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades 
da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. (Vide Lei 
Complementar nº 78, de 1993) 
§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados. 
 Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e do Distrito 
Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. 
§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos. 
§ 2º A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em 
quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. 
§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp78.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp78.htm
 
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 139 
 Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de 
suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus 
membros. 
SEÇÃO II 
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL 
 Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não 
exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de 
competência da União, especialmente sobre: 
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; 
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, 
dívida pública e emissões de curso forçado; 
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; 
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento; 
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União; 
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, 
ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas; 
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal; 
VIII - concessão de anistia; 
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública 
da União e dos Territórios e organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública 
do Distrito Federal; 
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública 
da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito 
Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de 
efeito) 
X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas; 
X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado 
o que estabelece o art. 84, VI, b ; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 
2001) 
XI - criação, estruturação e atribuições dos Ministérios e órgãos da administração pública; 
XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
XII - telecomunicações e radiodifusão; 
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; 
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc69.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
 
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 140 
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, por lei de iniciativa 
conjunta dos Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do 
Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, 
§ 2º, I. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que 
dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem 
encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; 
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir 
que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam 
temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar; 
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, 
quando a ausência exceder a quinze dias; 
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou 
suspender qualquer uma dessas medidas; 
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar 
ou dos limites de delegação legislativa; 
VI - mudar temporariamente sua sede; 
VII - fixar idêntica remuneração para os Deputados Federais e os Senadores, em cada 
legislatura, para a subseqüente, observado o que dispõem os arts. 150, II, 153, III, e 153, § 
2º, I. 
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que 
dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
VIII - fixar para cada exercício financeiro a remuneração do Presidente e do Vice-
Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 150, II, 
153, III, e 153, § 2º, I; 
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros 
de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, 
I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os 
relatórios sobre a execução dos planos de governo; 
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder 
Executivo, incluídos os da administração indireta; 
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa 
dos outros Poderes; 
XII- apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e 
televisão; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art8
 
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 141 
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; 
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares; 
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; 
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos 
hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; 
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área 
superior a dois mil e quinhentos hectares. 
XVIII - decretar o estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos arts. 
167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 109, de 2021) 
VERBOS EXCLUSIVOS: 
 
RESOLVER; 
AUTORIZAR (4 VEZES); 
APROVAR; 
SUSTRAR; 
MUDAR; 
FIXAR (DUAS VEZES); 
JULGAR (UMA VEZ); 
FISCALIZAR E CONTROLAR; 
ZELAR; 
ESCOLHER; 
DECRETAR 
Art. 50. A Câmara dos Deputados ou o Senado Federal, bem como qualquer de suas 
Comissões, poderão convocar Ministro de Estado para prestar, pessoalmente, informações 
sobre assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência 
sem justificação adequada. 
 Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, 
poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente 
subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre 
assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem 
justificação adequada. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 2, de 
1994) 
§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos 
Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos 
com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério. 
§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos 
escritos de informações a Ministros de Estado, importando em crime de responsabilidade a 
recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações 
falsas. 
§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos 
escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput 
deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no 
prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional de Revisão nº 2, de 1994) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr2.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr2.htm#art50
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr2.htm#art50%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr2.htm#art50%C2%A72
 
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 142 
SEÇÃO III 
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 
 Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: 
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o 
Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; 
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas 
ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; 
III - elaborar seu regimento interno; 
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou 
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respectiva 
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou 
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da 
respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. 
SEÇÃO IV 
DO SENADO FEDERAL 
 Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de 
responsabilidade e os Ministros de Estado nos crimes da mesma natureza conexos com 
aqueles; 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de 
responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do 
Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com 
aqueles; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) 
II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da 
República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; 
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do 
Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o 
Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de 
responsabilidade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de: 
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; 
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República; 
c) Governador de Território; 
d) Presidente e diretores do banco central; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
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 143 
e) Procurador-Geral da República; 
f) titulares de outros cargos que a lei determinar; 
P residente e diretores do banco central 
M agistrados, nos casos estabelecidos na Constituição 
(POLÍCIA MILITAR) 
M inistros do TCU, indicados pelo PR 
G overnador de Território 
(MINAS GERAIS) 
P rocurador Geral da República 
T itulares de outros cargos que a lei determinar 
(PARTIDO DOS TRABALHADORES) 
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha 
dos chefes de missão diplomática de caráter permanente; 
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da 
dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e 
interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias 
e demais entidades controladas pelo Poder Público federal; 
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações 
de crédito externo e interno; 
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por 
decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; 
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto,a exoneração, de ofício, do 
Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato; 
XII - elaborar seu regimento interno; 
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 144 
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou 
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respectiva 
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou 
extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da 
respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes 
orçamentárias; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. 
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua 
estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos 
Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
42, de 19.12.2003) 
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do 
Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois 
terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito anos, para o 
exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. 
SEÇÃO V 
DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES 
 Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de 
suas opiniões, palavras e votos. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 
2001) 
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a 
julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 35, de 2001) 
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser 
presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro 
de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, 
resolva sobre a prisão. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) 
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a 
diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de 
partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a 
decisão final, sustar o andamento da ação. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 35, de 2001) 
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de 
quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 35, de 2001) 
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o 
mandato. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art10
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 145 
 
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre 
informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre 
as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 2001) 
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora 
militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa 
respectiva. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 35, de 
2001) 
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de 
sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa 
respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que 
sejam incompatíveis com a execução da medida. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 35, de 2001) 
 Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: 
I - desde a expedição do diploma: 
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, 
empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço 
público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; 
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que 
sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior; 
II - desde a posse: 
IMUNIDADE 
MATERIAL
• P alavras
• O pniões
• VO tos
IMUNIDADE 
FORMAL -
PROCESSO
• ART. 53, §3º
• POSSIBILIDADE DE SUSTAÇÃO DO PROCESSO, APÓS 
RECEBIMENTO DA DENÚNCIA PELO STF
IMUNIDADE 
FORMAL - PRISÃO
• ART. 53, §2º
• PRISÃO EM FLAGRANTE APENAS POR CRIME INAFIANÇÁVEL
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc35.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 146 
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor 
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função 
remunerada; 
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades 
referidas no inciso I, "a"; 
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se 
refere o inciso I, "a"; 
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
 Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: 
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; 
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar; 
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das 
sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta 
autorizada; 
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição; 
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado. 
§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no 
regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso 
Nacional ou a percepção de vantagens indevidas. 
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela 
Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, 
mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no 
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela 
Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante 
provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no CongressoNacional, assegurada ampla defesa. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 76, de 2013) 
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da 
Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou 
de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à 
perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as 
deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º. (Incluído pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 6, de 1994) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc76.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc76.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr6.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr6.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 147 
 Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: 
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário 
de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou chefe de 
missão diplomática temporária; 
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem 
remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não 
ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. 
§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções 
previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias. 
§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la 
se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato. 
§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela 
remuneração do mandato. 
 
 
 
 
 
DO PODER EXECUTIVO 
SEÇÃO I 
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
 
 
• PRESIDENTE DA REPÚBLICA
• AUXILIADO PELOS MINISTROS
PODER 
EXECUTIVO 
FEDERAL
• GOVERNADOR
• AUXILIADO PELOS SECRETÁRIOS
PODER 
EXECUTIVO 
ESTADUAL
• PREFEITO
PODER 
EXECUTIVO 
MUNICIPAL
 
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 148 
 Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros 
de Estado. 
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, 
simultaneamente, noventa dias antes do término do mandato presidencial vigente. 
REGRAS SOBRE ELEIÇÕES 
 
 
 Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, 
simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo 
de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato 
presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 
§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado. 
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver 
a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. 
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova 
eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos 
mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos. 
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal 
de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação. 
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um 
candidato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. 
1º TURNO (primeiro domingo de 
outubro)
2º TURNO (último domingo de outubro)
ELEIÇÃO EM PRIMEIRO TURNO -
MAIORIA ABSOLUTA DOS VOTOS - EX: 
100.000.000 de votos (cem milhoes) 
vence que obter 50.000.001 (cinquenta 
milhoes e um)
ELEIÇÕES EM SEGUNDO TURNO - VENCE 
QUEM OBTER A MAIORIA DOS VOTOS
DEPOIS DO 1º TURNO E ANTES DO 2º, SE 
FALECER, DESISTIR OU IMPEDIMENTO, 
SERÁ CONVOCADO O DE MAIOR 
VOTAÇÃO - SE FOREM MAIS DE UM, 
SERÁ CONVOCADO O MAIS IDOSO
ELEIÇÕES
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art77
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 149 
 Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do 
Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, 
observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e 
a independência do Brasil. 
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-
Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado 
vago. 
SUBSTITUTO PERMANENTE DO PRESIDENTE 
 
VICE - PRESIDENTE 
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o 
Vice-Presidente. 
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem 
conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para 
missões especiais. 
IMPEDIMENTO PERMANENTE DO PRESIDENTE E DO VICE – 
OCUPARÃO PROVISORIAMENTE OS CARGOS ATÉ QUE SEJA 
REALIZADA ELEIÇÃO 
 
 
02. 
PRESIDENTE 
DO SENADO
03. PRESIDENTE DO 
STF
01 -
PRESIDENTE 
DA CÂMARA
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 150 
 
 Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos 
respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente 
da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. 
VACÂNCIA DOS CARGOS DE PRESIDENTE E VICE – NOVA 
ELEIÇÃO 
 
 
 
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição 
noventa dias depois de aberta a última vaga. 
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos 
os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da 
lei. 
• ELEIÇÃO DIRETA
• PELO POVO -
SUFRÁGIO UNIVERSAL
NOS DOIS 
PRIMEIROS ANOS 
DE MANDATO - 90
DIAS APÓS A 
ÚLTIMA VAGA
• ELEIÇÃO INDIRETA
• PELO CONGRESSO
NOS DOIS ÚLTIMOS 
ANOS DE MANDATO 
- 30 DIAS APÓS 
ABERTA A ÚLTIMA 
VAGA
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 151 
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. 
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de cinco anos, vedada a reeleição para o 
período subseqüente, e terá início em 1º de janeiro do ano seguinte ao da sua 
eleição. (Vide Emenda Constitucional de Revisão nº 5, de 1994) 
 Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de 
janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
16, de 1997) 
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de 4 (quatro) anos e terá início em 5 de janeiro 
do ano seguinte ao de sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 
2021) 
 Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do 
Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de 
perda do cargo. 
ATENÇÃO, POIS EXISTEM ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE QUE SÃO EXERCIDAS NA 
CONDIÇÃO DE CHEFE DE ESTADO E CHEFE DE GOVERNO, JÁ QUE O SISTEMA DE 
GOVERNO NO BRASIL É O PRESIDENCIALISTA, NO QUAL AQUELE ACUMULA AS 
FUNÇÕES DE CHEFE DE ESTADO E CHEFE DE GOVERNO 
❶CHEFE DE ESTADO – ATUAÇÃO EXTERNA, NA DEFESA DO ESTADI PERANTE OUTROS 
ESTADOS SOBERANOS E ATUAÇÃO PERANTE ORGANISMOS INTERNACIONAIS, A 
EXEMPLO DA ONU 
❷CHEFE DE GOVERNO – ATUAÇÃO INTERNA, EXERCENDO AUTORIDADE NO 
TERRITÓRIO NACIONAL 
 
 
SEÇÃO II 
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
 Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; 
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superiorda administração federal; 
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos 
para sua fiel execução; 
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; 
VI - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração federal, na forma da lei; 
VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, 
de 2001) 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de 
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr5.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art82
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art82
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc111.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 152 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
 
 
EXPLICAÇÃO: 
Em regra, o Decreto serve para regulamentar uma lei, sendo ato administrativo normativo, 
que é, geralmente, utilizado para especificar e aclarar o conteúdo da lei. No entanto, a própria 
Constituição Federal, conforme se percebe acima, admitiu a figura do “DECRETO AUTÔNOMO”, 
isto é, situação na qual não se regulamenta lei alguma, mas, por outro lado, inova-se no 
ordenamento jurídico através da citada figura normativa. 
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso 
Nacional; 
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; 
X - decretar e executar a intervenção federal; 
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura 
da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar 
necessárias; 
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos 
em lei; 
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, promover seus oficiais-generais e 
nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; 
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, 
do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que 
lhes são privativos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) 
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal 
e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, 
o presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; 
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; 
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da 
União; 
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; 
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; 
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional 
ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas 
condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 153 
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; 
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; 
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem 
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente; 
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; 
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura 
da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; 
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; 
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; 
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. 
XXVIII - propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de 
âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta 
Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) 
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos 
incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da 
República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas 
delegações. 
ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE 
CHEFE DE GOVERNO CHEFE DE ESTADO 
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado VII - manter relações com Estados 
estrangeiros e acreditar seus representantes 
diplomáticos; 
 
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de 
Estado, a direção superior da administração 
federal 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos 
internacionais, sujeitos a referendo do 
Congresso Nacional; 
 
III - iniciar o processo legislativo, na forma 
e nos casos previstos nesta Constituição; 
 
XIX - declarar guerra, no caso de agressão 
estrangeira, autorizado pelo Congresso 
Nacional ou referendado por ele, quando 
ocorrida no intervalo das sessões 
legislativas, e, nas mesmas condições, 
decretar, total ou parcialmente, a 
mobilização nacional; 
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o 
referendo do Congresso Nacional 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as 
leis, bem como expedir decretos e 
regulamentos para sua fiel execução; 
 
XXII - permitir, nos casos previstos em lei 
complementar, que forças estrangeiras 
transitem pelo território nacional ou nele 
permaneçam temporariamente 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 154 
V - vetar projetos de lei, total ou 
parcialmente 
 
VI - dispor, mediante decreto, 
sobre: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
a) organização e funcionamento da 
administração federal, quando não implicar 
aumento de despesa nem criação ou 
extinção de órgãos públicos; (Incluída 
pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) 
b) extinção de funções ou cargos públicos, 
quando vagos; (Incluída pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
 
 
IX - decretar o estado de defesa e o estado 
de sítio; 
X - decretar e executar a intervenção 
federal; 
XI - remeter mensagem e plano de governo 
ao Congresso Nacional por ocasião da 
abertura da sessão legislativa, expondo a 
situação do País e solicitando as providências 
que julgar necessárias; 
XII - conceder indulto e comutar penas, com 
audiência, se necessário, dos órgãos 
instituídos em lei; 
XIII - exercer o comando supremo das 
Forças Armadas, nomear os Comandantes 
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, 
promover seus oficiais-generais e nomeá-los 
para os cargos que lhes são 
privativos; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) 
XIV - nomear, após aprovação pelo Senado 
Federal,os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal e dos Tribunais Superiores, os 
Governadores de Territórios, o Procurador-
Geral da República, o presidente e os 
diretores do banco central e outros 
servidores, quando determinado em lei; 
XV - nomear, observado o disposto no art. 
73, os Ministros do Tribunal de Contas da 
União; 
XVI - nomear os magistrados, nos casos 
previstos nesta Constituição, e o Advogado-
Geral da União; 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc32.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 155 
XXI - conferir condecorações e distinções 
honoríficas 
XVII - nomear membros do Conselho da 
República, nos termos do art. 89, VII; 
XVIII - convocar e presidir o Conselho da 
República e o Conselho de Defesa Nacional; 
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano 
plurianual, o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias e as propostas de orçamento 
previstos nesta Constituição; 
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso 
Nacional, dentro de sessenta dias após a 
abertura da sessão legislativa, as contas 
referentes ao exercício anterior; 
XXV - prover e extinguir os cargos públicos 
federais, na forma da lei; 
XXVI - editar medidas provisórias com força 
de lei, nos termos do art. 62; 
XXVII - exercer outras atribuições previstas 
nesta Constituição. 
XXVIII - propor ao Congresso Nacional a 
decretação do estado de calamidade pública 
de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 
167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta 
Constituição. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 109, de 2021) 
 
 
 
 
PODEM PRATICAR ATTRIBUIÇÕES PREVISTAS NO ART. 84, 
POR DELEGAÇÃO DO PRESIDENTE 
P 
A 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc109.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 156 
M 
 
 
 
 
 
 
SEÇÃO III 
DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
 Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem 
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: 
I - a existência da União; 
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos 
Poderes constitucionais das unidades da Federação; 
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
IV - a segurança interna do País; 
V - a probidade na administração; 
VI - a lei orçamentária; 
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de 
processo e julgamento. 
P rocurador-Geral da 
República
A dvogado-Geral da 
União
M inistros de Estado
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 157 
 Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara 
dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas 
infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. 
COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DO PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA 
 
AFASTAMENTO/SUSPENSÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
 
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: 
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo 
Tribunal Federal; 
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. 
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará 
o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. 
CRIMES COMUNS
• STF
CRIMES DE RESPONSABILIDADE
• SENADO FEDERAL
CRIMES COMUNS
• RECEBIDA DENÚNCIA PELO STF
CRIMES DE RESPONSABILIDADE
• INSTAURADO PROCESSO PELO SENADO FEDERAL
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 158 
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o 
Presidente da República não estará sujeito a prisão. (IMUNIDADE FORMAL – PRISÃO) 
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado 
por atos estranhos ao exercício de suas funções. (IMUNIDADE FORMAL) 
EXPLICAÇÃO 01: ASSIM, SE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PRATICAR UM CRIME DE 
HOMICÍDIO CONTRA SUA ESPOSA, POR MOTIVOS PESSOAIS, NÃO HAVERÁ PERSECUÇÃO 
PENAL ENQUANTO DURAR O MANDATO; 
EXPLICAÇÃO 02: PORÉM, SE O CHEFE DO EXECUTIVO FEDERAL PRATICAR UM CRIME DE 
HOMICÍDIO EM RAZÃO DE SUAS FUNÇÕES, SERÁ RESPONSABILIZADO, TENDO EM VISTA 
TRATAR-SE DE INFRAÇÃO PENAL FUNCIONAL, A SER PROCESSADA 
 
 
 
CAPÍTULO III 
DO PODER JUDICIÁRIO 
SEÇÃO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: 
I - o Supremo Tribunal Federal; 
I-A o Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
II - o Superior Tribunal de Justiça; 
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, 
de 2016) 
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
VI - os Tribunais e Juízes Militares; 
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 
Parágrafo único. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm sede na Capital 
Federal e jurisdição em todo o território nacional. 
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores 
têm sede na Capital Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o 
território nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc92.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc92.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 159 
 
ORGANOGRAMA DO PODER JUDICIÁRIO 
 
JURISDIÇÃO EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL: STF; STJ; TST; TSE; TSM 
 NÚMERO DE MEMBROS: 
❶STF: ( omos um ime de utebol – 11 (jogadores de um time - 11 
ministros) - Idade entre 35 e 65 anos 
❷STJ: ( omos odos esus – idade de Jesus 33 ministros) – idade entre 
35 e 65 anos 
❸TST: ( rinta em rês – (30 – 03 =27 ministros) – idade entre 35 e 
65 anos 
❹TSE: ( odos te – 07 ministros) lembrando que o número de 07 é o 
mínimo, mas é possível que ele seja composto por mais membros – Lembrem-
se, também, que o Presidente do TSE será escolhidos entre os Ministros do 
STF, dessa forma o Presidente do TSE será necessariamente BRASILEIRO 
NATO, já que de acordo com o art. 12, §3º da Constituição o Cargo de Ministro 
do STF somente pode ser ocupado por Brasileiro Nato. 
❺STM ( omos rinta pela etade – 15 ministros) 
STF
STJ
TJ
JUÍZES ESTADUAIS
TJM
JUÍZES DA JUSTIÇA 
MILITAR ESTADUAL 
OU CONSELHO DE 
JUSTIÇA
TRF
JUÍZES FEDERAIS
TST
TRT
JUÍZES DO 
TRABALHO
TSE
TRE
JUÍZES E JUNTAS 
ELEITORAIS
STM
JUÍZES FEDERAIS DA 
JUSTIÇA MILITAR 
DA UNIÃO
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 160 
 
 
 Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, 
disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: 
I - ingresso nacarreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, através de 
concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados 
do Brasil em todas as suas fases, obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de 
classificação; 
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante 
concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados 
do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três 
anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de 
classificação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
INGRESSO NA CARREIRA DE JUIZ DE PRIMEIRO GRAU 
 
 
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e 
merecimento, atendidas as seguintes normas: 
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou 
cinco alternadas em lista de merecimento; 
b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva 
entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo 
se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 161 
c) aferição do merecimento pelos critérios da presteza e segurança no exercício 
da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos reconhecidos de 
aperfeiçoamento; 
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos 
de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e 
aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de 
aperfeiçoamento; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004) 
d) na apuração da antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais 
antigo pelo voto de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, 
repetindo-se a votação até fixar-se a indicação; 
d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais 
antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme 
procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-
se a indicação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder 
além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou 
decisão; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e 
merecimento, alternadamente, apurados na última entrância ou, onde houver, no 
Tribunal de Alçada, quando se tratar de promoção para o Tribunal de Justiça, de 
acordo com o inciso II e a classe de origem; 
IV - previsão de cursos oficiais de preparação e aperfeiçoamento de magistrados 
como requisitos para ingresso e promoção na carreira; 
III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e 
merecimento, alternadamente, apurados na última ou única 
entrância; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) (Vide ADIN 3392) 
IV previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de 
magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a 
participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e 
aperfeiçoamento de magistrados; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
V - os vencimentos dos magistrados serão fixados com diferença não superior a 
dez por cento de uma para outra das categorias da carreira, não podendo, a título 
nenhum, exceder os dos Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e 
cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo 
Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e 
escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da 
estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 162 
a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por 
cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em 
qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
VI - a aposentadoria com proventos integrais é compulsória por invalidez ou aos 
setenta anos de idade, e facultativa aos trinta anos de serviço, após cinco anos de 
exercício efetivo na judicatura; 
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão 
o disposto no art. 40; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
20, de 1998) 
VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca; 
VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por 
interesse público, fundar-se-á em decisão por voto de dois terços do respectivo 
tribunal, assegurada ampla defesa; 
IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse 
público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a 
seus advogados, ou somente a estes; 
X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas, sendo as 
disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; 
XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores poderá ser 
constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco 
membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais da 
competência do tribunal pleno. 
VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do 
tribunal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
VIII o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por 
interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo 
tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla 
defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
VIII - o ato de remoção ou de disponibilidade do magistrado, por interesse 
público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo 
tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla 
defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) 
VIIIA a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual 
entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do inciso 
II; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a 
presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente 
a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 163 
no sigilo não prejudique o interesse público à informação; (Redação 
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
X as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, 
sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus 
membros; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser 
constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco 
membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas 
da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e 
a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas 
nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver 
expediente forense normal, juízes em plantão permanente; (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva 
demanda judicial e à respectiva população; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e 
atos de mero expediente sem caráter decisório; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de 
jurisdição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
 Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos 
Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de 
membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados 
de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva 
atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das 
respectivas classes. 
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, 
enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de 
seus integrantes para nomeação. 
MINISTÉRIO PÚBLICO – MAIS DE 10 ANOS DE CARREIRA 
ADVOGADOS – DE NOTÓRIO SABER JURÍDICO E REPUTAÇÃO ILIBADA 
MAIS DE 10 ANOS DE EFETIVA ATIVIDADE PROFISSIONAL 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 164 
 
PROCESSO DE ESCOLHA DO QUINTO CONSTITUCIONAL 
 
 
 
TRIBUNAIS NOS QUAIS É OBSERVADO O QUINTO CONSTITUCIONAL PARA SUA 
COMPOSIÇÃO: TJ/ TRF/ TST/ TRT 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de 
exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a 
que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em 
julgado; 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 
93, VIII; 
III - irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração, o que 
dispõem os arts. 37, XI, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 
4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
Parágrafo único. Aos juízes é vedado: 
LISTA SÊXTUPLA
• MINISTÉRIO PÚBLICO
• OAB
TRIBUNAL ESCOLHE
• 3 (três)
PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA ESOLHE
• 01 (um)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art13
 
PROFESSOR RONALDO JÚNIOR 
 
 
 165 
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de 
magistério; 
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; 
III - dedicar-se à atividade político-partidária. 
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas 
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em 
lei; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou 
exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
 Art. 96. Compete privativamente: 
I - aos tribunais: 
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com 
observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, 
dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos 
jurisdicionais e administrativos; 
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem 
vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; 
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da 
respectiva jurisdição; 
d) propor a criação de novas varas judiciárias; 
e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o 
disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da 
Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei; 
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes 
e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; 
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de 
Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169: 
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; 
b) a criação e a extinção de cargos e a fixação de vencimentos de seus membros, 
dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver, dos serviços auxiliares e 
os dos juízos que lhes forem vinculados; 
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares 
e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus 
membros e dos juizes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver, ressalvado o 
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disposto no art. 48, XV; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
19, de 1998) 
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares 
e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus 
membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde 
houver; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 
19.12.2003) 
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; 
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; 
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e 
Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de 
responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. 
 Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos 
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. (Vide Lei nº 
13.105, de 2015) (Vigência) 
 Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: 
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, 
competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de 
menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os 
procedimentos oral e sumaríssimo , permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a 
transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; 
II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, 
universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da 
lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, 
o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter 
jurisdicional, além de outras previstas na legislação. 
Parágrafo único. Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no 
âmbito da Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 22, 
de 1999) 
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça 
Federal. (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos 
serviços afetos às atividades específicas da Justiça. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
 Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art1035%C2%A73iii
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§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites 
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. 
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, 
compete: 
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos 
Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais; 
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes 
dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. 
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas 
orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o 
Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária 
anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com 
os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas 
em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo 
procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta 
orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a 
realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, 
mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
Art. 100. à exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos 
pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-
se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à 
conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas 
dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. 
§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de 
verba necessária ao pagamento de seus débitos constantes de precatórios judiciários, 
apresentados até 1º de julho, data em que terão atualizados seus valores, fazendo-
se o pagamento até o final do exercício seguinte. 
§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de 
verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas 
em julgado, constantes de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, 
fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores 
atualizados monetariamente. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 30, de 2000) 
§ 1º-A Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de 
salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios 
previdenciários e indenizações por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade 
civil, em virtude de sentença transitada em julgado. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 30, de 2000) 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc30.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc30.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc30.htm#art1
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§ 2º - As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados ao 
Poder Judiciário, recolhendo-se as importâncias respectivas à repartição competente, 
cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exeqüenda determinar o 
pagamento, segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento do 
credor e exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de precedência, 
o seqüestro da quantia necessária à satisfação do

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