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Programa Nacional de Sanidade Avícola PNSA Daniely Rabelo, Anna Victória Souza, Vanessa França, Isabella Oliveira, Ana Caroline Melo, Emily Oliveira, Bianca Oliveira, Gabriella Miranda, Maria Luiza Viera, Elisabeth Garrido, Arthur Teixeira Diretrizes do Programa Define estratégias de vigilância epidemiológica para as doenças avícolas de controle oficial; Instituir ações e normas para regulamentar a produção avícola; Manter o plantel (lote de animais de boa qualidade) avícola seguro; Por que foi criado ? A avicultura adquiriu imensa importância sócio econômica ao país; O mercado teve um grande crescimento, fazendo com que o país se tornasse o maior exportador e o segundo maior produtor mundial de carne de frango; O ministério da Agricultura. Pecuária e Abastecimento (MAPA) instituiu o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), por meio da Portarial Ministerial n° 193 de 19 de setembro de 1994. Biosseguridade Visa prevenir, controlar e limitar a exposição das aves a agentes causadores de doenças; Minimiza o risco de introdução e disseminação de doenças; O Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) define, por meio da Instrução Normativa nº 56, de 4 de dezembro de 2007, os procedimentos para o registro, a fiscalização e o controle sanitário dos Estabelecimentos Avícolas de Reprodução, Comerciais e de Ensino ou Pesquisa; Biosseguridade Os estabelecimentos avícolas de reprodução devem ser registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Os estabelecimentos avícolas comerciais e de ensino ou pesquisa devem ser registrados nos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Animal; Os estabelecimentos avícolas que ainda não apresentaram o requerimento para o registro no Serviço Veterinário Oficial devem fazê-lo para autorização de alojamento de novas aves; Doenças avícolas As principais doenças de controle oficial pelo PNSA são: Influenza aviária – Exótica no Brasil (nunca identificada) Doença de Newcastle – Últimas ocorrências em 2006 (aves de subsistência) Salmoneloses - Salmonella Gallinarum, Salmonella Pullorum, Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium Micoplasmoses – Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae e Mycoplasma melleagridis (perus) INFLUENZA AVIÁRIA (IA) Doença de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE); Doença viral altamente contagiosa que afeta várias espécies; Vírus de influenza tipo A (H5 ou H7), ou qualquer vírus de influenza do tipo A com um índice de patogenicidade intravenosa (IPIV); INFLUENZA AVIÁRIA (IA) Influenza aviária de baixa patogenicidade – IABP (Low Pathogenic Avian Influenza – LPAI), que geralmente causam poucos ou nenhum sinal clínico nas aves Influenza aviária de alta patogenicidade – IAAP (Highly Pathogenic Avian Influenza – HPAI), que podem causar graves sinais clínicos e altas taxas de mortalidade INFLUENZA AVIÁRIA (IA) A influenza aviária é uma doença de distribuição mundial; Os vírus de influenza tipo A apresentam alta capacidade de mutação; A adaptação dos vírus de influenza aviária ao homem já foi responsável por uma alta taxa de letalidade; INFLUENZA AVIÁRIA (IA) Não há tratamento para gripe aviária em aves Os sinais clínicos podem variar e passar despercebidos, no caso de vírus de baixa patogenicidade; No caso de IA de alta patogenicidade comumente se observa: depressão severa; edema facial, com crista e barbela inchada e com coloração arroxeada; dificuldade respiratória com descarga nasal; queda severa na postura; diminuição do consumo de água e ração, igual ou superior a 20%; morte súbita, que pode chegar até 100% do plantel, num período de 48 horas. INFLUENZA AVIÁRIA (IA) Atualmente os principais fatores que contribuem para a transmissão da influenza aviária são os seguintes: Aves migratórias/silvestres; Globalização e comércio internacional; Mercados/feiras de vendas de aves vivas; This section presents the epidemic curve of HPAI outbreaks in domestic birds since 2005. Figure 3 shows the number of outbreaks in domestic birds since 2005 by month. Major peaks can be observed in 2006 (N=1,841), 2008 (N=1,954), 2015 (N=2,454) and 2017 (N=1,830). DOENÇA DE NEWCASTLE (DNC) Doença de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE); Doença viral contagiosa que afeta várias espécies de aves; É um paramixovírus aviário do sorotipo 1 (APMV-1); A principal forma de propagação do vírus da doença de Newcastle é por meio de aerossóis de aves infectadas ou de produtos contaminados; DOENÇA DE NEWCASTLE (DNC) DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: Isolamento e identificação do APMV-1; Detecção do ácido ribonucleico específico (RNA) do APMV-1; Determinação do índice de patogenicidade intracerebral (IPIC); Sequenciamento genético (caracterização de múltiplos aminoácidos básicos do sítio de clivagem); Inibição da hemaglutinação para caracterização viral; DOENÇA DE NEWCASTLE (DNC) Se a cepa do vírus for mais virulenta, causarão sintomas: Respiratórios, Depressão, Diarreia esverdeada e aquosa, Inchaço da cabeça e pescoço As demais cepas produzem sinais clínicos leves: Tosse, Espirros, Problemas respiratórios. Já em patos, se apresenta dessa forma: Sinais neurológicos, Anorexia, Morte súbita Tratamento: Não existe um tratamento, mas existe protocolo de vacinação para prevenir o aparecimento do vírus e são administrados por pulverização ou na água potável SALMONELAS Salmonella é uma bactéria que pode causar intoxicação alimentar em seres humanos; É eliminada nas fezes de indivíduos portadores, pois seu principal nicho é o intestino de animais e seres humanos; As aves podem apresentar as seguintes enfermidades: Pulorose, causada pela Salmonella Pullorum; Tifo aviário, causado pela Salmonella Gallinarum; Podem abrigar vários outros sorovares (paratíficos), entretanto sem apresentar sintomatologia clínica; SALMONELAS O diagnóstico da doença por meio de exame sorológico; Tratamento é feito com antibióticos apenas controla a doença, não tem cura. Entretanto, para evitar a contaminação de todo o plantel, as aves doentes devem ser sacrificadas. Há medidas preventivas: limpeza e desinfecção da granja, controle de insetos e parasita, vacinação; Os sinais da doença não são específicos, podemos citar diarreia, apatia, falta de apetite, penas eriçadas, ave dormindo durante o dia, problemas reprodutivos e emagrecimento progressivo, podendo até mesmo levar o animal ao óbito. SALMONELAS Micoplasmose aviária Causado por uma bactéria; Micoplasmoses causam, principalmente, problemas respiratórios, urogenitais e articulatórios nas aves; A disseminação pode ocorrer por meio de aerossóis, em acasalamentos e inseminações artificiais, ou de forma direta/indireta e, por meio da infecção do ovo; Existem três micoplasmas de importância econômica na produção avícola, o Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae, Mycoplasma meleagridis; Micoplasmose aviária As formas clássicas dessas infecções são as seguintes: Doença crônica respiratória das galinhas (DCR) Sinusite infecciosa dos perus Sinovite infecciosa Aerossaculite das aves Micoplasmose aviária As provas laboratoriais utilizadas no monitoramento e no diagnóstico laboratorial para as micoplasmoses aviárias são:aglutinação rápida em placa (SAR), com soro ou gema de ovos embrionados;aglutinação lenta em soro (SAL) ou gema de ovos embrionados;inibição da hemaglutinação (HI);e ensaio imunoenzimático ligado à enzima (ELISA); Micoplasmose aviária Os principais sintomas são: Tosse; Espirros; Corrimento nasal; Dificuldade em respirar; Tratamento: Além do manejo e desinfecções das granjas, são utilizados antibióticos e vacinações com cepas vacinais inativadas ou atenuadas para diminuir os efeitos da doença. NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS AO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL Médicos veterinários, técnicos, produtores, proprietários, etc; Notificar imediatamente os casos suspeitos de influenza aviária (IA) e doença de Newcastle (DNC) ao Serviço Veterinário Oficial(SVO); Unidade Veterinária Local (UVL); São considerados casos suspeitos de IA e DNC a identificação de um dos seguintes critérios a seguir: Mortalidade maior ou igual a 10% em até 72h, em quaisquer estabelecimentos de aves domésticas ou em um único galpão do núcleo de estabelecimentos avícolas comerciais ou de reprodução; ou Mortalidade súbita e elevada em populações de aves de subsistência, de exposição, de ornamentação, de companhia e silvestres ou de sítios de aves migratórias, ou Presença de sinais clínicos ou lesões (neurológicos, respiratórios ou digestórios) compatíveis com SRN, em quaisquer tipos de aves; ou São considerados casos suspeitos de IA e DNC a identificação de um dos seguintes critérios a seguir: Queda súbita ou maior a 10% na produção de ovos e aumento de ovos malformados, em aves de reprodução ou aves de postura; ou Resultado positivo de ensaio laboratorial em amostras colhidas durante quaisquer atividades de pesquisa não oficiais; ou Resultado positivo em testes sorológicos (exceto laudo sorológico positivo para DNC em aves vacinadas para DNC) de vigilância ativa ou certificação, em laboratórios credenciados. Lista de doenças de notificação obrigatória ao SVO (aves): 1-Doenças erradicadas ou nunca registradas no país, que requerem notificação imediata de caso suspeito ou diagnóstico laboratorial Influenza aviária Hepatite viral do pato Rinotraqueíte do peru Febre do Nilo Ocidental * independentemente da relação de doenças listadas acima, a notificação obrigatória e imediata inclui qualquer doença animal nunca registrada no país. 2 – Doenças que requerem notificação imediata de qualquer caso suspeito Doença de Newcastle Laringotraqueíte infecciosa aviária 3 – Doenças que requerem notificação imediata de qualquer caso confirmado Salmonelas (S. Enteritidis, S. Typhimurium, S. Gallinarum e S. Pullorum) Micoplasmas (M. gallisepticum, M. melleagridis e M. synoviae) Clamidiose aviária 4 – Doenças que requerem notificação mensal de qualquer caso confirmado Adenovirose Anemia infecciosa das galinhas Bronquite infeciosa aviária Coccidiose aviária Colibacilose Coriza aviária Doença de Marek Tuberculose aviária *exemplos Compartimento Livre de IA e DNC Em 2014, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou a normativa de Certificação Sanitária de Compartimentação da Cadeia Produtiva Avícola para a infecção pelos vírus de influenza aviária (IA) e doença de Newcastle (DNC) - IN SDA nº 21/2014 Estabelece procedimentos adicionais de biosseguridade, visando à certificação de subpopulações com status sanitário diferenciado como livres de influenza aviária e doença de Newcastle; Essa normativa tem caráter voluntário e, portanto, se aplica somente às empresas interessadas em adquirir tal certificação sanitária. São constituídos por unidades de produção e funcionais associadas, e são admitidos dois modelos de compartimento, sendo estes: Compartimento de reprodução: composto por granjas de reprodução e seus incubatórios, além de suas unidades funcionais associadas; Compartimento de produção de carne: composto, no mínimo, por granjas de reprodução do tipo matrizeiros, seus incubatórios, granjas de corte, além de suas unidades funcionais associadas; Atualmente existem 6 compartimentos certificados pelo MAPA: COBB-VANTRESS BRASIL (compartimento de reprodução) HY-LINE DO BRASIL LTDA. (compartimento de reprodução) SEARA ALIMENTOS UNIDADE DE ITAPIRANGA (compartimento de produção de carne) HENDRIX GENETICS (compartimento de reprodução) AVIAGEN AMÉRICA LATINA LTDA. (compartimento de reprodução) AGROGEN DESENVOLVIMENTO GENÉTICO S.A. (compartimento de reprodução) VACINAS Cada estabelecimento avícola deve ter seu próprio cronograma de vacinação, desde que essas sejam permitidas e registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Doença de Marek De acordo com a Instrução Normativa MAPA nº 56/07, nos estabelecimentos incubatórios de reprodução, a vacinação é obrigatória contra a doença de Marek, antes da expedição das aves de um dia; Micoplasmoses De acordo com a Instrução Normativa SDA nº 44/01, não é permitido utilizar vacina de qualquer natureza contra a micoplasmose aviária em estabelecimentos de reprodução; Influenza aviária (IA) É proibida a vacinação para influenza aviária em território nacional, assim como para demais doenças exóticas. Doença de Newcastle (DNC) De acordo com a Instrução Normativa MAPA nº 56/07, as aves reprodutoras e de postura comercial devem realizar vacinação sistemática. Estabelecimentos avícolas, como feiras, exposições, leilões, e estabelecimentos avícolas que enviam aves e ovos férteis para estabelecimentos de venda de aves vivas são obrigados, de acordo com a Instrução Normativa SDA nº 10/13. Nos demais estabelecimentos avícolas o uso da vacina não tem caráter compulsório, podendo ser comercializada livremente. Salmoneloses De acordo com Instrução Normativa SDA nº 78/03, granjas de reprodução do tipo linhas puras, bisavós, avós e SPF não são autorizadas a utilizar vacinação de qualquer natureza contra salmonelas. Já para matrizes, é permitido o uso de vacinas inativadas e vivas contra salmonelas paratíficas. O uso de vacinas vivas também é autorizado para aves de postura comercial ou de corte. Laringotraqueíte (LTI) De acordo com Memorando-Circular nº 72/2018/DSA/SDA/MAPA, encontra-se autorizada a utilização de vacina recombinante para LTI no plantel avícola nacional; A utilização de vacinas vivas para LTI, é proibida no Brasil; Pode ser autorizado, excepcionalmente, somente o uso da vacina viva de cultivo celular (TCO) pelo Departamento de Saúde Animal (DSA) dependendo da situação epidemiológica do caso em questão e do atendimento a requisitos e procedimentos para autorização e controle do uso destas vacinas, conforme estabelecido no Memorando-Circular nº 72/2018/DSA/SDA/MAPA. LEGISLAÇÃO Os principais atos normativos do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) subdividem-se em: Registro e medidas de biosseguridade e de gestão de risco; Prevenção, controle e vigilância para influenza aviária e doença de Newcastle; Prevenção, controle e vigilância para salmonelas; Prevenção, controle e vigilância para micoplasmas; Importação de material genético avícola e aves ornamentais; Referências PROGRAMAS DE SAÚDE ANIMAL , 2022 https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/pnsa/programa-nacional-de-sanidade-avicola-pnsa ADEAL,Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas,2022 http://www.defesaagropecuaria.al.gov.br/sanidade-animal/new-castle#:~:text=SINTOMAS%3A%20sinais%20respirat%C3%B3rios%2C%20nervosos%20e,completa%3B%20diarr%C3%A9ia%20aquosa%20e%20esverdeada. DOENÇA DE NEWCASTLE, 2022https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/pnsa/doenca-de-newcastle-dnc INFLUENZA AVIÁRIA,2022https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/pnsa/influenza-aviaria-ia Referências VACINAS,2022 https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/pnsa/vacinas LEGISLAÇÕES,2022 https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/pnsa/legislacoes \OIE Situation Report for Highly Pathogenic Avian Influenza,2022 https://www.oie.int/fileadmin/Home/eng/Animal_Health_in_the_World/docs/pdf/OIE_AI_situation_report/OIE_SituationReport_AI_August2018.pdf https://www.youtube.com/watch?v=RnIMyYEl-N4
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