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RHYAN REDON DE SANT’ ANNA
(2022301431)
1
“Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar, e cantar, e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz”
(O que é, o que é - Gonzaguinha)
2
RESOLUÇÃO DE CASO (N1)
POR
RHYAN REDON DE SANT’ ANNA
(2022301431)
3
Avaliação realizada com finalidade de
obtenção de 60 % da nota para
aprovação na matéria Gestão
condominial do curso de pós-
graduação em Direito imobiliário.
4
O Caso.
Maria adquiriu uma unidade autônoma no condomínio Lar Doce Lar e encontra-se residindo
lá há dois meses. Maria possui um animal de estimação, isto é, um cachorro que atualmente conta
com dez anos de idade.
Há duas semanas, Maria foi notificada pelo síndico do condomínio de que é proibido ter
animais domésticos no apartamento ou em qualquer dependência comum do edifício, sob pena de
aplicação de multa no importe de um salário mínimo.
Em razão da notificação encaminhada, Maria acabou por contranotificar o condomínio,
informando que é um cachorro sem raça definida, de porte pequeno, com dez anos de idade e com
bom atestado de saúde. A inquilina juntou à contranotificação o atestado do veterinário, informando
que não havia sinais de doenças infectocontagiosas e que o comportamento do animal é dócil,
estando apto à convivência em comunidade.
Maria, ainda em sua defesa, informou que quando leva seu animal para passear e ao passar
pelas áreas comuns, ele sempre está de coleira ou em seu colo.
Ocorre que, mesmo com a contranotificação realizada pela Maria, o Condomínio Lar Doce
Lar acabou por aplicar a multa de um salário mínimo, por conta de a Convenção de Condomínio
proibir a permanência de animais de qualquer espécie. Além disso, o condomínio informou que pelo
fato de Maria, até o momento, não ter realizado qualquer tipo de pagamento da taxa condominial,
não poderia sequer utilizar as áreas comuns do prédio, em razão de estar inadimplente.
Maria, sentindo-se lesada, procura assistência jurídica para resolver o imbróglio.
Diante do caso hipotético apresentado, será que poderia o condomínio proibir animais
domésticos nas unidades autônomas, bem como impedir a utilização das áreas comuns em razão do
não pagamento das taxas condominiais?
5
1 – Introdução:
No caso em que um condomínio edilício adverte e sanciona financeiramente o condômino
maior de 60 anos por infringir a Convenção Condominial, devido a posse de animal de estimação
em sua fração ideal e o trafego junto do mesmo em área comum para acesso ao passeio,
acentuando-se que a taxa condominial (Lei 1.336 do Código Civil de 2002) esta em atraso, e proíbe
o proprietário em atraso de utilizar as dependências comuns do condomínio, com base na
REsp.17.830.076 e REsp 1.699.022 do STJ, o condômino terá legitimidade para sanar a execução
da cobrança indevida, e acionar com as perdas e danos o condomínio.
2 – Desenvolvimento:
Depõe do art 1.228 “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o
direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha” e do art 1.335 §
1 “ usar, fruir e livremente dispor de sua unidades” do Código Civil de 2002 e o art. 19 da Lei
4.591 de 1964 “ Cada condômino tem o direito de usar e fruir, com exclusividade, de sua unidade
autônoma, segundo suas conveniências e interesses, condicionados, umas e outros às normas de
boa vizinhança, e poderá usar as partes e coisas comuns de maneira a não causar dano ou
incômodo aos demais condôminos ou moradores, nem obstáculo ou embaraço ao bom uso das
mesmas partes por todos ”. Ou seja, o normativo legal ao regular o direito do proprietário ampara-
se especificamente no critério de propriedade por seu titular independentemente se o mesmo estiver
em um Condomínio. Por essa razão tão somente a Convenção Condominial, devido as suas
limitações deve ser amparada pelo Poder Judiciário afim de que não ter ilegalidades que atentem
contra a Constituição Nacional.
Sendo assim a Legislação Interna não é capaz de normatizar sobre a utilização, forma de
habitação e quem ou o que está dentro da unidade autônoma. Somente em casos que a fira conforme
Art. 10, III da Lei 4.591 “destinar a unidade a utilização diversa de finalidade do prédio, ou usá-la
de forma nociva ou perigosa ao sossego, à salubridade e à segurança dos demais condôminos”
Com base no disposto e nos padrões da boa-fé, a queixante a Sra. Maria detêm todo direito
assegurado por lei de ter em sua residencia um animal de estimação (pet), e transitar por toda área
comum sem ser proibida, mesmo que esteja com a contribuição condominial em atraso. 
Fato atenuante de que a queixante é uma Sra. de 70 anos, fazendo assim ser observado o
estatuto do idoso Art.1º da Lei 10.741 “É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os
direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos”.
6
3 – Conclusão:
A proprietária da unidade autônoma, Sra. Maria, não pode ser impedida de transitar pelas
áreas comuns de seu condomínio e de ter em sua posse dentro de sua residência um pet, mesmo que
sua quota condominial esteja em atraso. Por mais a insistência em penalizar a proprietária, infringe
o estatuto do idoso nos Art. 2º, 3º, 4º §1º, Art. 9º, 10º §1º – I, IV e V, §2º, Art. 20º e 37º, podendo o
condomínio na personificação do síndico ser penalizado conforme o Art. 5º, 94º e 96º do mesmo
estatuto.
Para pacificação deste tema tem-se como base as resolutivas referente as REsp 17.830.076,
que estipula que a Convenção de Condomínio não pode proibir genericamente a presença de
animais; REsp 1.669.022 que em decisão unanime, determinou ilícita a prática de proibição de
utilização de área comum por atraso em quitar as quotas condominiais e a Resp 1.389.418, que “...
referente à legalidade da posse do animal teve amparo no princípio da razoabilidade,
considerando-se as peculiaridades do caso concreto”, afim de manter o pet o STJ negou recurso do
IBAMA.
7
4 – Bibliografia - Referencias e Citações
BRASIL. Código Civil (2002) Art. 1.336. Código Civil da República Federativa do Brasil. Brasília,
DF: Presidência da República, 10 de Janeiro de 2002.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso especial. Direito Civil. DIREITO CIVIL Coisas,
Propriedade, Condomínio em Edifício, Direitos / Deveres do Condômino.. Resp 17.830.076 de 19
de setembro de 2019. Relator: Ministro Marco Buzzi. Diário da justiça eletrônico: República
Federativa do Brasil. Brasília, df.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso especial. Direito Civil. DIREITO CIVIL. Recurso
especial . Regulamento Interno. Proibição de Uso de Área Comum, Destinada Ao Lazer, Por
Condômino Inadimplente E Seus Familiares Impossibilidade. Sanções Pecuniárias Taxativamente
Previstas No Código Civil. Resp 1.699.022 de 19 de setembro de 2019. Relator: Ministro Luiz
Felipe Salomão. Diário da justiça eletrônico: República Federativa do Brasil. Brasília, df. 1, de
junho de 2017
BRASIL. Código Civil (2002) Art. 1.228. Código Civil da República Federativa do Brasil. Brasília,
DF: Presidência da República, 10 de Janeiro de 2002.
BRASIL. Código Civil (2002) Art. 1.335. Código Civil da República Federativa do Brasil. Brasília,
DF: Presidência da República, 10 de Janeiro de 2002.
BRASIL. Lei 4.591, art. 19, de 16 de dezembro de 1964 . Dispõe sabre o condomínio em
edificações e as incorporações imobiliárias.. Brasília, DF: Presidência da República.
BRASIL. Lei 4.591, art. 10, III de 16 de dezembro de 1964 . Dispõe sabre o condomínio em
edificações e as incorporações imobiliárias.. Brasília, DF: Presidência da República.
BRASIL. Lei 10.741, art. 1º, de 1 de outubro de 2003 . Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras
providências.. Brasília, DF: Presidência da República.
BRASIL. Lei 10.741, art. 2º, de 1 de outubro de 2003 . Dispõe sobre o Estatuto do Idosoe dá outras
providências.. Brasília, DF: Presidência da República.
BRASIL. Lei 10.741, art. 3º, de 1 de outubro de 2003 . Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras
providências.. Brasília, DF: Presidência da República.
BRASIL. Lei 10.741, art. 4º - §1, de 1 de outubro de 2003 . Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá
outras providências.. Brasília, DF: Presidência da República.
BRASIL. Lei 10.741, art. 9º, de 1 de outubro de 2003 . Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras
providências.. Brasília, DF: Presidência da República.
BRASIL. Lei 10.741, art. 10º - § 1º, I,II e III, de 1 de outubro de 2003 . Dispõe sobre o Estatuto do
Idoso e dá outras providências.. Brasília, DF: Presidência da República.
8
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1336307&num_registro=201102672798&data=20141001&formato=PDF
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1336307&num_registro=201102672798&data=20141001&formato=PDF
BRASIL. Lei 10.741, art. 10º - §2º, de 1 de outubro de 2003 . Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá
outras providências.. Brasília, DF: Presidência da República.
BRASIL. Lei 10.741, art. 20º, de 1 de outubro de 2003 . Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá
outras providências.. Brasília, DF: Presidência da República.
BRASIL. Lei 10.741, art. 37º, de 1 de outubro de 2003 . Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá
outras providências.. Brasília, DF: Presidência da República.
BRASIL. Lei 10.741, art. 5º, de 1 de outubro de 2003 . Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras
providências.. Brasília, DF: Presidência da República.
BRASIL. Lei 10.741, art. 94º, de 1 de outubro de 2003 . Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá
outras providências.. Brasília, DF: Presidência da República.
BRASIL. Lei 10.741, art. 96 de 1 de outubro de 2003 . Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras
providências.. Brasília, DF: Presidência da República.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso especial. Pocessual Civil. Processual civil. Agravo
interno no recurso especial. Apreensão de animal. Longo convívio em ambiente doméstico. Súmula
7/stj. Princípio da razoabilidade. Aplicabilidade.. Resp 1.389.418 de 21 de setembro de 2019.
Relator: Ministro OG Fernandes Diário da justiça eletrônico: República Federativa do Brasil.
Brasília, df. 27 de setembro de 2017
9
https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1336307&num_registro=201102672798&data=20141001&formato=PDF

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