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TEXTO 01 - Pessoas com deficiência física e sofrimento mental

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Este texto foi retirado do documento denominado Diretriz para Produção 
de Segurança Pública nº 8 da Polícia Militar de Minas Gerais. Nele você 
encontrará conceitos importantes e orientações para abordar pessoas 
com deficiências adequadamente. 
Pessoas com deficiência física e sofrimento mental 
Deficiência 
É toda a perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica 
ou anatômica. 
Modalidades: 
a) lingüística: mudo; 
b) sensorial: auditiva, visual; 
c) mental: síndrome de down, oligofrenias, síndrome de autismo, 
algumas psicoses; 
d) física: hemiplegia (paralisia de um dos lados do corpo), paraplegia, 
amputações de membros ou partes do corpo; 
e) neurológica: paralisia cerebral; 
f) alterações do sistema nervoso central; 
g) psicológicas: distúrbios comportamentais do aprendizado e da 
sociabilidade; 
h) múltipla: tetraplegia+cegueira+surdez. 
Doença 
É toda a perturbação da saúde, moléstia, mal, enfermidade, temporária ou 
definitiva. 
Incapacidade 
Toda a restrição ou falta (por uma deficiência) da capacidade de realizar uma 
atividade, na forma ou na medida que se considera normal a um ser humano. 
Impedimento 
Situação desvantajosa para determinado indivíduo, em conseqüência de 
deficiência ou de incapacidade que limita ou impede o desempenho de papel 
que é normal em seu caso ( em função de idade, sexo e fatores sociais e 
culturais). 
Cuidados no trato com pessoa deficiente 
“Existe atualmente um grande número, que aumenta dia a dia, de 
pessoas com deficiência. Está confirmada, pelos resultados de pesquisas com 
segmentos da população e por investigações de respeitados pesquisadores, a 
estimativa de 500 milhões”. 
As causas das deficiências variam em todo o mundo: o mesmo 
acontece com a predominância e as consequências das deficiências. Essas 
variações são consequências das diferentes circunstâncias socioeconômicas e 
das diferentes disposições que cada sociedade adota para alcançar o 
bem-estar de seus membros. 
Segundo estudo realizado por peritos, estima-se que pelo menos 350 
milhões de pessoas com deficiência vivem em regiões onde não há 
disponibilidade de serviços necessários para ajudá-las a superar suas 
limitações. Grande parte dessas pessoas está sujeita a barreiras físicas, 
culturais e sociais que dificultam sua vida, mesmo quando há ajuda para sua 
reabilitação. 
Para alcançar os objetivos de “igualdade” e “plena participação”, não 
bastam medidas de reabilitação voltadas para o indivíduo com deficiência. A 
experiência tem demonstrado que é o meio que determina, em grande parte, o 
efeito de uma deficiência ou incapacidade na vida diária da pessoa. Uma 
pessoa torna-se vítima do impedimento, quando lhe são necessários aos 
aspectos fundamentais da vida, inclusive, a vida familiar, a educação, o 
emprego, a moradia, a segurança econômica e pessoal, a participação em 
grupos sociais e políticos, nas atividades religiosas, nas relações afetivas e 
sexuais, no acesso a instalações públicas, na liberdade de movimentos e no 
sistema geral da vida diária. 
O policial atua como agente da cidadania e, como tal, deve saber 
comportar-se adequadamente em ocorrência que envolva pessoas deficientes 
físicas e com sofrimento mental, dando-lhes tratamento digno, 
encaminhando-as corretamente e solucionando seus problemas. Cuidados que 
o policial deve ter ao abordar ou auxiliar uma pessoa deficiente: 
Pessoa que usa cadeira de rodas 
a) não segure nem toque na cadeira de rodas. Ela é considerada como 
se fosse parte do corpo da pessoa. Apoiar-se ou encostar-se na cadeira é o 
mesmo que se apoiar-se ou encostar-se na pessoa; 
b) se desejar, ofereça ajuda, mas não insista. Se precisar de ajuda, 
ele(a) aceitará seu oferecimento e lhe dirá o que fazer. Se você forçar esta 
ajuda, isso pode, às vezes, até mesmo, causar insegurança; 
c) não tenha receio de usar palavras como "caminho" ou "correr". As 
pessoas com deficiência também as usam; 
d) se a conversa durar mais do que alguns minutos, sente-se, se 
possível, de modo que fique no mesmo nível do olhar do interlocutor. Para uma 
pessoa sentada, não é confortável ficar olhando para cima, durante um período 
relativamente longo; 
e) não estacione viatura em lugares reservados às pessoas com 
deficiência física. Tais lugares são reservados por necessidade, não por 
conveniência. O espaço reservado é mais largo do que o usual, a fim de 
permitir que a cadeira de rodas fique ao lado do automóvel e a pessoa com 
deficiência física possa sair e sentar-se na cadeira de rodas, e vice-versa. Além 
disso, o lugar reservado é próximo à entrada de prédios, para facilitar o acesso 
dessas pessoas; 
f) ao ajudar uma pessoa com deficiência física a descer uma rampa 
inclinada ou degraus altos, é preferível usar a marcha a ré para evitar que, pela 
excessiva inclinação, a pessoa perca o equilíbrio e caia para frente; 
g) quando se tratar de pessoa suspeita, deverão ser seguidos todos os 
procedimentos acima, e efetuada a busca pessoal e na cadeira de rodas. 
Pessoa que usa muletas 
a) acompanhe o ritmo de sua marcha; 
b) tome cuidados necessários para que ele(a) não tropece; 
c) deixe as muletas sempre ao alcance das suas mãos; 
d) quando se tratar de pessoa suspeita, deverão ser seguidos todos os 
procedimentos acima, e efetuada a busca pessoal, tomando-se cuidado com 
possíveis golpes de muleta do suspeito e com pontas ou lâminas que possam 
estar escondidas no interior da muleta. 
Pessoa com deficiência visual 
a) ofereça sua ajuda, sempre que um(a) cego(a) parecer necessitar; 
b) mas não ajude, sem que ele(a) concorde. Sempre pergunte, antes 
de agir. Se você não souber em que e como ajudar, peça explicações de como 
fazê-lo; 
c) para guiar uma pessoa cega, segure-a pelo braço, de preferência no 
cotovelo ou no ombro. Não a pegue pelo braço. Além de perigoso, isso pode 
assustá-la. À medida que encontrar degraus, meios-fios e outros obstáculos, vá 
orientando-a. Em lugares muito estreitos para duas pessoas caminharem lado 
a lado, ponha seu braço para trás, de modo que a pessoa cega possa segui-lo. 
Ao sair de uma sala, informe-o ao cego(a), pois é desagradável para qualquer 
pessoa falar para o vazio. Não se preocupe ao usar palavras como "cego", 
"olhar" ou "ver": os(as) cegos(as) também as usam; 
d) ao explicitar direções a uma pessoa cega, seja o mais claro e 
específico possível. Não se esqueça de indicar os obstáculos que existem no 
caminho que ela vai seguir. Como algumas pessoas cegas não têm memória 
visual, não se esqueça de indicar as distâncias em metros (p.ex.: "uns vinte 
metros para frente"). Mas, se você não sabe corretamente como direcionar 
uma pessoa cega, diga algo como "eu gostaria de ajudá-lo. Mas como é que 
devo descrever as coisas?" Ele (ela) lhe dirá; 
e) ao guiar um(a) cego(a) para uma cadeira, guie sua mão para o 
encosto da cadeira e verifique se a cadeira tem braços ou não. Num 
restaurante, é de boa educação que você leia o cardápio e os preços; 
f) uma pessoa cega é como outra qualquer, só que não enxerga. 
Trate-a com o mesmo respeito com que trata uma pessoa que enxerga; 
g) quando estiver em contato social ou trabalhando com pessoas com 
deficiência visual, não pense que a cegueira possa vir a ser problema. Por isso, 
nunca as exclua de participar plenamente nem procure minimizar tal 
participação. Deixe que decidam como participar. Proporcione à pessoa cega a 
chance de ter sucesso e de falhar, tal como qualquer outra pessoa; 
h) quando são pessoas com visão subnormal (alguém com sérias 
dificuldades visuais), proceda com o mesmo respeito, perguntando-lhes se 
precisam de ajuda, quando notar que elas estão em dificuldade; 
i) quando se tratar de pessoa suspeita, deverão ser seguidos todos os 
procedimentos acima, e efetuada a busca pessoal, tomando-se cuidado de 
avisar ao suspeito que será procedida uma busca por outro policial, e que ele 
fiquecalmo. 
Pessoa com deficiência auditiva 
a) fale claramente, distinguindo palavra por palavra, mas não exagere. 
Fale com velocidade normal, salvo quando lhe for pedido para falar mais 
devagar; 
b) cuide para que o (a) surdo(a) enxergue sua boca. A leitura dos 
lábios fica impossível, se você gesticula, segura alguma coisa na frente de 
seus próprios lábios, ou fica contra a luz; 
c) fale com tom normal de voz, a não ser que lhe peçam para levantar 
a voz; 
d) gritar nunca adianta; 
e) seja expressivo. Como os surdos não podem ouvir as mudanças 
sutis do tom de sua voz, indicando sarcasmo ou seriedade, a maioria deles(as) 
lerá suas expressões faciais, seus gestos ou os movimentos de corpo, para 
entender o que você quer comunicar; 
f) se você quer falar com uma pessoa surda, chame a atenção dela, 
sinalizando com a mão ou tocando em seu braço. Enquanto estiverem 
conversando, mantenha contato visual. Se você olhar para outro lado, 
enquanto está conversando, o(a) surdo(a) pode pensar que a conversa 
terminou; 
g) se você tiver dificuldades para entender o que uma pessoa surda 
está falando, sinta-se à vontade para pedir que ela repita o que falou. Se você 
ainda não entender, peça-lhe para escrever. O que interessa é comunicar-se 
com a pessoa surda. O método não é o que importa; 
h) se o(a) surdo(a) está acompanhado(a) por um intérprete, fale 
diretamente à pessoa surda, não ao intérprete; 
i) ao planejar um encontro, lembre-se de que os avisos visuais são 
úteis aos participantes surdos. Se estiver previsto um filme, providencie uma 
narração por escrito, ou um resumo do conteúdo do filme, se não houver 
legenda; 
j) quando se tratar de pessoa suspeita, deverão ser seguidos todos os 
procedimentos acima, e efetuada a busca pessoal. 
Pessoa com paralisia cerebral 
a) a pessoa com paralisia cerebral anda com dificuldade ou não anda, 
podendo ter problemas de fala. Seus movimentos podem ser estranhos ou 
descontrolados. Ela pode, involuntariamente, apresentar gestos faciais 
incomuns, sob a forma de caretas. Geralmente, porém, trata-se de pessoa 
inteligente e sempre muito sensível – ela sabe e compreende que não é como 
os outros; 
b) para ajudá-la, não a trate bruscamente. Adapte-se a seu ritmo. Se 
não compreende o que ela diz, peça-lhe que repita: ELA O COMPREENDERÁ. 
Não se deixe impressionar por seu aspecto. Aja de forma natural... sorria...é 
uma pessoa igual a você. 
Pessoa com deficiência mental 
a) cumprimente a pessoa com deficiência mental de maneira normal e 
respeitosa, não se esquecendo de fazer a mesma coisa, ao despedir-se. A 
pessoa com deficiência mental é, no geral, bem disposta, carinhosa e gosta de 
comunicar-se; 
b) dê-lhe atenção, dirigindo-lhe palavras como: "que bom que você 
veio", "gostamos quando você vem nos visitar", tentando manter a conversa até 
quando for possível; 
c) seja natural. Evite a superproteção. A pessoa com deficiência mental 
deve fazer sozinha tudo o que puder. Ajude-a, quando realmente for 
necessário; 
d) deficiência mental pode ser consequência de uma doença, mas não 
é uma doença. É uma "condição de ser". Nunca use a expressão 
"doentinho(a)" ou "bobinho(a)" quando se dirigir ou referir a uma pessoa com 
deficiência mental; 
e) deficiência mental não é doença mental; 
f) pessoa portadora de deficiência mental é, em primeiro lugar, uma 
pessoa; 
g) enquanto for criança, trate-a como criança. Quando for adolescente 
ou adulto, trate-a como tal. 
Deficiência mental severa 
Existem deficiências mais graves; como o Autismo e outras, em que o 
indivíduo não interage com o mundo de forma adequada, apresenta sinais de 
agitação, não consegue comunicar-se, não tem noção de perigo e, apesar de 
ser dócil, é arredio e reage com agressividade em situações adversas. 
a) o policial não poderá subestimar tais indivíduos e deverá ter total 
atenção na condução deles, para evitar que se machuquem ou causem 
acidente; 
b) ao conduzir essas pessoas a pé, o policial deve ter cuidados, ao 
atravessar ruas, pois elas poderão lançar-se na frente de veículos em 
movimento; 
c) essas pessoas deverão ser conduzidas a um centro 
neuropsiquiátrico, até que seus parentes sejam encontrados.

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