Prévia do material em texto
Teoria Geral Do Emprego, Do Juro E Da Moeda Capitulo 6 Definição de Renda, Poupança e Investimento (p.57-71) Ordenação A KEYNES. John Maynard. A Teoria Geral Do Emprego, Do Juro E Da Moeda – São Paulo: Atlas, 1982 I.Renda “determinado período (...) empresário (...) vendido produtos acabados a consumidores e a outros empresários (...) designaremos de A. (...) gasto certa soma que será designada A1, para a compra de artigos acabados de outros empresários. Terá ao final, (...) capital circulante (...) com o valor de G. (...) certa parte de A+G – A1 não deve ser atribuída as atividades do período em questão, e sim o equipamento de capital que o empresário possuía no início do período. (...) conceito de renda do período corrente (...) deduzir A+G – A1 (...) Há dois processos diferentes para este cálculo (...) um relaciona com a produção e o outro se relaciona com o consumo. (...) (i) o valor efetivo G (...) é o resultado líquido (...)o empresário fez para conservá-lo e melhorá-lo durante esse período, quer pelas compras a outros empresários, quer pelo trabalho por ele mesmo realizado, e, de outro lado, do desgaste ou da depreciação decorrente do uso a que o submeteu na produção de bens (...)Suponhamos que, neste caso, tivesse gasto a quantia B′ para essa conservação e melhoria e que, nessas circunstâncias, o valor do equipamento fosse G′ no final do período...” (p.57) “O excedente desse valor potencial do equipamento sobre G – A1 é a medida do que se sacrificou (...) para produzir A. Chamaremos a essa quantidade, a saber, (G′ – B′) – (G – A1), que mede o sacrifício do valor compreendido na produção de A, o custo de uso de A. O custo de uso será representado por U. À quantia paga pelo empresário aos demais fatores de produção em troca de seus serviços, que para os mesmos vem a ser a sua renda, chamarão custo de fatores de A. (...)custo primário da produção A à soma do custo de fatores F e do custo de uso U. (...) renda do empresário (...) diferença entre o valor da sua produção acabada, vendida durante o período, e o custo primário. (...) quantidade que ele busca maximizar, sujeita à escala de sua produção, (...) seu lucro bruto, na acepção corrente deste termo, o que está de acordo com o senso comum. Consequentemente, como a renda do resto da comunidade é igual ao custo de fatores do empresário, a renda agregada é igual a A – U.(...). podemos pensar que o custo de uso é normalmente positivo numa economia cujo equipamento de capital tenha sido, em sua maior parte, fabricado por empresas diferentes (...) Diferente de seu rendimento líquido, que definiremos mais adiante. que o utilizam.(...) é difícil conceber um caso em que o custo de uso marginal associado a um aumento de A, isto é, Du/dA, seja outra coisa que não positivo. Talvez seja conveniente mencionar aqui, em antecipação à última parte deste capítulo, que, para a comunidade em conjunto, o consumo agregado (C) do período é igual a Σ (A – A1), e o investimento agregado (I) igual a Σ (A1 – U)...” (p. 58) “Além disso, U é o desinvestimento do empresário individual (e – U, seu investimento) relativamente ao seu próprio equipamento, excluindo o que ele compra a outros empresários. (...) o consumo é igual a A e o investimento a – U, isto é, a G – (G′ – B′). (...)A função de demanda agregada relaciona várias quantidades hipotéticas de emprego com os rendimentos que se espera obter do volume de sua produção; e a procura efetiva é um ponto na função da demanda agregada que se torna realidade porque, levando em conta as condições da oferta, ela corresponde ao nível de emprego que maximiza as expectativas de lucro do empresário (...)podem, também, ser verificadas perdas (ou lucros) involuntárias no valor do seu equipamento de capital, por motivos que escapam ao seu controle e que são independentes de suas decisões correntes, como, por exemplo, uma mudança nos valores de mercado, desgaste por obsolescência ou mera ação do tempo ou, ainda, destruição resultante de catástrofes (p.59) Teoria Geral Do Emprego, Do Juro E Da Moeda Capitulo 6 Definição de Renda, Poupança e Investimento (p.57-71) Ordenação B KEYNES. John Maynard. A Teoria Geral Do Emprego, Do Juro E Da Moeda – São Paulo: Atlas, 1982 “(...) Algumas dessas perdas involuntárias, embora inevitáveis, não são (...) imprevisíveis, como é o caso das perdas devidas à ação do tempo independentemente do uso e, também, da obsolescência “normal” que, como acentua o professor Pigou, (...) é bastante regular para ser prevista, se não em detalhe, pelo menos grosso modo (...). Incluindo, poderíamos acrescentar as perdas da comunidade em conjunto, as quais são bastante regulares para ser habitualmente consideradas “riscos seguráveis (...) Portanto, quando se calculam a renda líquida e o lucro líquido do empresário, é comum deduzir da renda e do lucro bruto, tais como foram definidos antes, o montante computado do custo suplementar (...) na qualidade de consumidor, o montante do custo suplementar exerce em sua mente o mesmo efeito que se fizesse parte do custo primário. (...) ao definirmos a renda agregada líquida, deduzindo tanto o custo suplementar como o custo de uso, de maneira que a renda líquida agregada seja igual a A – U – V, não apenas nos aproximamos do costume generalizado, como também chegamos a um conceito relevante para o nível de consumo.(...) A importância causal da renda líquida reside na influência psicológica da magnitude de V sobre o montante do consumo corrente, pois a renda líquida é a quantia que o homem comum considera sua renda disponível quando decide quanto gastará em seu consumo corrente...” (p.60) “Mas o custo suplementar e uma perda imprevisível diferem no sentido de que as alterações no primeiro podem afetá-lo exatamente da mesma maneira que as variações de seu lucro bruto. (...) devemos agora recorrer à idéia de que a linha de separação entre os custos suplementares e as perdas imprevisíveis, isto é, entre as perdas inevitáveis que julgamos normal debitar à conta de renda e as que consideramos razoável computar como perda (ou lucro) imprevisível à conta de capital, é, em parte, convencional ou psicológica, dependendo de quais sejam os critérios comumente aceitos para a estimativa das primeiras. (...) se tornar a ser calculado em época ulterior, seu montante para o resto da vida do equipamento pode ter variado em conseqüência de uma alteração que se tenha produzido, no intervalo, em nossas expectativas, sendo as perdas imprevisíveis de capital o valor descontado da diferença entre as séries prováveis de U + V nas expectativas antiga e revisada. (...) Também é razoável, em certas circunstâncias, tornar a calcular o custo suplementar na base dos valores e das expectativas correntes a intervalos contábeis arbitrários, por exemplo, anualmente. De fato, os homens de negócio divergem sobre o método a ser adotado. Talvez seja conveniente chamar a expectativa inicial do custo suplementar, quando se adquire o equipamento, de custo suplementar básico, e de custo suplementar atual a mesma quantidade reajustada na base dos valores e das expectativas atuais.” (p.61) Teoria Geral Do Emprego, Do Juro E Da Moeda Capitulo 6 Definição de Renda, Poupança e Investimento (p.57-71) Ordenação C KEYNES. John Maynard. A Teoria Geral Do Emprego, Do Juro E Da Moeda – São Paulo: Atlas, 1982 “(...)definição de renda líquida se aproxima (...) definição de renda de Marshall, quando este decidiu refugiar-se nas práticas das autoridades do Imposto sobre a Renda e, em termos gerais, considerar renda tudo o que aquelas autoridades, de acordo com sua experiência, julgam dever ser tratado como tal. Isso porque a estrutura de suas decisões pode ser considerada o resultado da análise mais cuidadosa e extensa de que se dispõe para interpretar o que, na prática, habitualmente, se considera renda líquida. (...) os conceitos de poupança e de investimento são marcados por uma correspondente imprecisão, só tem razão à medida que se refere à poupança líquida e ao investimento líquido. As noçõesde poupança e de investimento, que são relevantes na teoria do emprego, estão isentas desse defeito e, conforme já demonstramos antes, (...) definição objetiva. É pois um erro pôr toda a ênfase na renda líquida, cuja relevância apenas se aplica às decisões relativas ao consumo, e que, além disto, está separada unicamente por uma tênue linha dos vários outros fatores que afetam o consumo; é também um erro negligenciar (...) o conceito de renda propriamente dito, que é o conceito relevante para as decisões concernentes à produção corrente e que está isento de qualquer ambigüidade” (p.62) II.Poupança e Investimento “O critério deve, evidentemente, corresponder ao ponto em que se há de traçar a linha que separa o consumidor do empresário. Assim, ao definirmos A1 como o valor do que um empresário compra a outro, resolvemos, implicitamente, a questão. Segue-se daqui que o gasto em consumo pode ser definido, inequivocamente, como Σ (A – A1), onde ΣA representa o total das vendas feitas durante o período, e ΣA1, o total das vendas em geral por um empresário a outro, no que segue convirá, em geral, omitir Σ e designar por A as vendas agregadas de todas as espécies, por A1 as vendas agregadas realizadas entre empresários, e por U a soma agregada do custo de uso dos empresários.” (p.63) “(...) à definição tanto de renda como de consumo, (...) poupança, que é o excedente da renda sobre o consumo, torna-se uma conseqüência natural. (...)a renda é igual a A – U e o consumo a A – A1, deduz-se que a poupança é igual a A1 – U.(...) a poupança líquida, (...) excedente da renda líquida sobre o consumo, é igual a A1 – U – V. (...) à definição de investimento corrente. (...) a adição corrente ao valor do equipamento de capital que resultou da atividade produtiva do período. (...) equivale ao (...) definido como poupança, pois representa a parte da renda do período não absorvida pelo consumo. (...) o resultado das operações produtivas de um período é que os empresários, deduzidas as compras A1 que fazem entre si, chegam ao fim do período tendo vendido os produtos acabados com valor A e conservando um equipamento de capital que sofreu, como resultado da venda A, uma deterioração medida por U (ou uma melhoria expressa por – U, onde U é negativo). Durante o mesmo período, terão sido absorvidos pelo consumo produtos acabados com valor de A – A1. O excedente de A – U sobre A – A1, ou seja, A1 – U, é a adição ao equipamento de capital que resultou das atividades produtivas do período, constituindo, (...) o investimento realizado nesse período.(...) A1 – U – V, que é a adição líquida ao equipamento de capital, um vez deduzida a depreciação normal do seu valor independente do uso e independente das mudanças imprevisíveis de valor do equipamento que podem ser lançáveis à conta de capital, é o investimento líquido do período.(...) Renda = valor da produção = consumo + investimento. Poupança = renda – consumo. (...), poupança = investimento (...)qualquer conjunto de definições que satisfaça as condições anteriores leva à mesma conclusão.” Teoria Geral Do Emprego, Do Juro E Da Moeda Capitulo 6 Definição de Renda, Poupança e Investimento (p.57-71) Ordenação D KEYNES. John Maynard. A Teoria Geral Do Emprego, Do Juro E Da Moeda – São Paulo: Atlas, 1982 “É apenas com a negação da validez de qualquer uma delas que se pode evitar esta conclusão” (p.64) “A equivalência entre a quantidade de poupança e a quantidade de investimento decorre do caráter bilateral das transações entre o produtor, de um lado, e o consumidor ou o comprador de equipamento de capital de outro lado. (...)Presumindo que as decisões de investir se tornem efetivas, é forçoso que elas restrinjam o consumo ou ampliem a renda. Assim sendo, nenhum ato de investimento, por si mesmo, pode deixar de determinar que o resíduo ou margem, a que chamamos poupança, aumente numa quantidade equivalente.(...) A existência de um valor de mercado para a produção é, ao mesmo tempo que condição necessária para que a renda nominal tenha um valor definido, uma condição suficiente para que o montante agregado que os que poupam decidem poupar seja igual ao montante agregado que os que investem decidem investir.(...) Uma decisão de consumir ou não consumir está, certamente, ao alcance do indivíduo, o mesmo sucedendo com uma decisão de investir ou não investir. Os montantes da renda agregada e da poupança agregada são resultados da livre escolha dos indivíduos sobre se consumirão ou deixarão de consumir, sobre se farão ou não investimentos; porém, nenhum desses montantes logrará alcançar um valor independente que resulte de um grupo separado de decisões estranhas às que concernem ao consumo e ao investimento. De acordo com este princípio, o conceito da propensão a consumir tomará na continuação desta obra o lugar da propensão ou disposição a poupar.” (p.65) APÊNDICE SOBRE O CUSTO DE USO “O custo de uso de um empresário é, por definição, igual a A1 + (G′ – B′) – G, onde A1 representa o montante das compras que o empresário faz a outros empresários, G o valor real do seu equipamento de capital no fim do período, e G′ o valor que esse equipamento teria no fim do período se ele se houvesse abstido de utilizá-lo e tivesse gasto a soma ótima B′ para sua manutenção e melhoramento. Ora, G – (G′ – B′), a saber, o excedente do valor, do equipamento do empresário sobre o valor líquido proveniente do período anterior, representa o investimento corrente do empresário feito no seu equipamento, que pode ser expresso por I. Assim, U, o custo de uso de seu giro de vendas A, é igual a A1 – I, onde A1 representa o que ele comprou a outros empresários e I o que ele investiu correntemente no seu próprio equipamento. Uma ligeira reflexão mostrará que isso não passa de simples senso comum. Uma parte de seus desembolsos que vão para outros empresários é compensada pelo valor do investimento corrente realizado em seu próprio equipamento, e o resto representa o sacrifício que lhe custou a produção vendida além da soma que ele pagou aos fatores da produção” (p.66) Teoria Geral Do Emprego, Do Juro E Da Moeda Capitulo 6 Definição de Renda, Poupança e Investimento (p.57-71) Ordenação E KEYNES. John Maynard. A Teoria Geral Do Emprego, Do Juro E Da Moeda – São Paulo: Atlas, 1982 “O conceito de custo de uso nos permite, além disso, dar uma definição mais clara que a usual do preço da oferta de curto prazo de uma unidade da produção vendável de uma empresa, pois o preço da oferta a curto prazo é, com efeito, a soma do custo marginal de fatores e do custo marginal de uso.(...) , embora possa ser às vezes conveniente deduzir o custo de uso, quando se estuda a produção como um todo, este método tira à nossa análise todo realismo, se de modo habitual (e tácito) se aplica à produção de uma única indústria ou empresa, pois cria uma diferença entre o “preço de oferta” de um artigo e o seu “preço” no sentido habitual da palavra; e esta prática pode ter originado certa confusão. Parece que se supôs ter o “preço de oferta” um significado evidente quando se aplica a uma unidade da produção, destinada à venda, proveniente de uma firma individual, sem julgar necessário entrar em maiores discussões sobre o assunto(...)Os conceitos de custo de uso e de custo suplementar também nos permitem estabelecer uma relação mais clara entre o preço de oferta para longo prazo e o preço de oferta para curto prazo. O custo de longo prazo deve, naturalmente, incluir uma soma destinada a cobrir o custo suplementar básico, assim como uma média do custo primário previsto, devidamente calculado para a duração do equipamento.” (p.67) “O nível da produção, no qual o custo primário marginal é exatamente igual à soma dos custos primários e suplementares médios, tem uma importância especial, por ser aquele no qual os custos e as receitas do empresário se equilibram. Isto é, corresponde ao ponto em que o lucro líquido é zero; ao passo que com uma produção menor estará ele operando com perda líquida.” ... “Talvez valha a pena assinalarque um empresário não utiliza em primeiro lugar o seu equipamento pior e mais velho pelo fato de seu custo de uso ser baixo, pois este pode ser mais que anulado pela sua ineficiência relativa, ou seja, pela elevação do custo de fatores. Por este motivo, um empresário utiliza de preferência a parte do seu equipamento em que o custo de uso mais o custo dos fatores é mínimo por unidade produzida.” (p.68) “Definimos o custo de uso como sendo a redução de valor sofrida pelo equipamento em virtude de sua utilização, comparada com a que teria sofrido se não tivesse havido tal utilização, levando em conta o custo de manutenção e das melhorias que conviesse realizar, além das compras a outros empresários. Para determinar esse custo de uso, portanto, deve ser calculado o valor descontado do rendimento adicional provável que se obteria em data posterior se o equipamento não fosse utilizado imediatamente.(...) Se não houver estoques excessivos ou redundantes, de maneira que novas unidades de equipamento similar sejam produzidas todos os anos para serem adicionadas às antigas ou substituí-las, é evidente que o custo marginal de uso se calculará tendo em conta a redução da vida pelo uso ou a eficácia do equipamento e tendo em conta também o custo corrente de reposição. Se, pelo contrário, o equipamento for redundante, o custo de uso também dependerá da taxa de juros e do custo suplementar corrente (quer dizer, calculado de novo) no período anterior àquele em que se prevê que a redundância será absorvida pelo desgaste etc. Desta maneira, o custo de juros e o custo suplementar corrente entram diretamente nos cálculos do custo de uso.” (p.69) Teoria Geral Do Emprego, Do Juro E Da Moeda Capitulo 6 Definição de Renda, Poupança e Investimento (p.57-71) Ordenação F KEYNES. John Maynard. A Teoria Geral Do Emprego, Do Juro E Da Moeda – São Paulo: Atlas, 1982 “Supusemos que o equipamento será oportunamente substituído por outro artigo idêntico. Se o equipamento em questão não for substituído por outro idêntico quando estiver gasto, seu custo de uso deverá ser calculado aplicando-se ao custo de uso do equipamento novo que será instalado no lugar do antigo, na época em que este for posto fora de uso, um coeficiente determinada pela sua respectiva eficiência relativa.”...” ...o custo marginal de uso dependerá da duração provável que os empresários atribuírem à crise. Deste modo, a alta do preço de oferta quando os negócios começarem a melhorar pode dever-se, em parte, a um rápido aumento do custo marginal de uso, resultante de uma revisão das expectativas.” ... “Se o custo suplementar for elevado, deduz-se que o custo de uso será baixo quando houver equipamento excedente. Além disso, quando houver equipamento excedente, não é provável que os custos marginais de fatores e de uso ultrapassem em muito seus valores médios.” (p.70) “ ... a idéia de que o desinvestimento no equipamento é zero na margem de produção encontra-se em boa parte da teoria econômica recente. Mas o problema adquire importância evidente logo que se apresenta a necessidade de explicar com exatidão o que significa o preço de oferta de uma firma individual .”...” um custo de uso baixo na margem não é a característica do período curto como tal, mas antes de certas situações e espécies de equipamento cujo custo de manutenção se revela elevado quando inativo, bem como dos desequilíbrios que se caracterizam por uma rápida obsolescência ou grande redundância, especialmente se unidos a uma grande proporção de equipamento comparativamente novo.” ... “Uma vantagem dos conceitos relativos ao custo de uso e ao custo suplementar consiste em serem aplicáveis tanto ao capital circulante e ao capital líquido como ao capital fixo. A diferença essencial entre as matérias-primas e o capital fixo não reside na sua sujeição aos custos de uso e suplementar, mas no fato de que o retorno do capital líquido se faz num único período; ao passo que no caso do capital fixo, que é durável e se gasta gradualmente, esse retorno compreende uma série de custos de uso e de lucros obtidos em sucessivos períodos.” (p.71)