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Mercado e formação de preços Prof. Rodrigo Leite Descrição Você vai compreender a aplicação básica dos principais conceitos sobre investimento, custo, preço, mercado e economia e seus usos para tomada de decisões gerenciais. Propósito Entender os fatores que influenciam a formação de preços é importante para os profissionais que trabalham com gestão e comércio. Objetivos Módulo 1 Custos Identificar os custos diretos, indiretos, variáveis e fixos de um produto. Módulo 2 Lucro Analisar lucro e margem de contribuição. Módulo 3 Preci�cação Calcular o preço de venda de um produto. Módulo 4 Pensamento econômico Identificar os ferramentais básicos da microeconomia e as principais políticas macroeconômicas. Introdução No Brasil, cerca de 60% das empresas fecham suas portas em até 5 anos após a sua criação. Além disso, em 2018, 96% das empresas que faliram no Brasil eram pequenas. Isso demonstra tanto a dificuldade do mercado brasileiro quanto a falta de preparo do pequeno empreendedor nacional. Sem ter uma noção prática de como se calcula uma margem de contribuição, sem saber quais são os custos fixos e variáveis de um negócio e, principalmente, sem ter uma base para definir o preço de venda de um produto, as chances do sucesso de um negócio, que já são pequenas, tornam-se ínfimas. Por essa razão, a temática mercado e formação de preços é tão relevante. Aqui, você vai explorar os conceitos contábeis básicos e as nomenclaturas e como calcular os custos e usar esses resultados tanto para verificar a viabilidade de um negócio quanto para definir o preço de venda de um produto. Você vai entender alguns conceitos microeconômicos fundamentais, os principais agregados macroeconômicos e as políticas governamentais que impactam diferentes mercados. Para começar, assista ao vídeo! Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF. Download material javascript:CriaPDF() 1 - Custos Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os custos diretos, indiretos, variáveis e �xos de um produto. Custo, despesa e investimento A teoria de formação de preços vem de uma parte da contabilidade chamada de contabilidade de custos. Você provavelmente já ouviu falar que a contabilidade é a língua dos negócios e, como qualquer língua, se você não conhecer as principais palavras, termos e estruturas, não conseguirá usá-la para se comunicar eficientemente. O mesmo se aplica à contabilidade de custos: para aplicá-la de forma eficaz e eficiente em suas tomadas de decisões, é necessário conhecer seus principais termos. Toda vez que realizamos uma compra, conhecida na contabilidade como dispêndio de caixa, estamos incorrendo em um custos, efetuando uma despesa ou realizando um investimento. Cada uma dessas três palavras possui conceitos específicos e é importante para identificar o tipo de gasto que estamos realizando, elucidando os dispêndios de caixa efetuados. Investimento Pode ser entendido como a aquisição de bens ou serviços que irão gerar mais riqueza para os sócios da empresa no futuro. O investimento pode ser diferenciado dos outros tipos de gastos pelo fato de sempre resultar na aquisição de um ativo – bem ou direito – que a empresa pode utilizar para realizar suas operações. Levando em conta um contexto de oferta de produto e outro de oferta de serviço, vamos conferir dois exemplos de investimentos. Sr José, além de proprietário da padaria, também trabalha como padeiro. Devido ao aumento da demanda, ele precisou comprar um forno industrial para assar a quantidade de pães necessária para atender a todos os seus fregueses. Esse tipo de gasto que o Sr. José realizou foi um investimento. Marcela, recém-formada em medicina, tem seu próprio consultório com alguns colegas. O investimento para o consultório seria a compra de material para atendimento, tais como estetoscópios, cama médica, mesas e cadeiras, entre outros. Como todo esse material seria usado na atividade-fim da empresa ‒ prestar o serviço de atendimento médico ‒, o que, no final, geraria mais riqueza. Outro exemplo de investimento para uma empresa seria a compra de um imóvel, um veículo ou um computador. Em todos esses casos, a empresa está recebendo um bem como contrapartida de seu gasto. Padaria do Sr. José Consultório da Dra. Marcela Imagine que uma empresa compre uma patente de outra empresa, a �m de desenvolver um produto. Esse é um tipo de investimento? Resposta Sim! Lembre-se de que o investimento é a aquisição de um bem ou de um direito. Assim sendo, tanto a compra de um ativo físico quanto a de um ativo intangível ‒ como o caso de uma marca, patente, direito de Custo São todas as saídas de dinheiro que são necessárias para que a empresa possa produzir um bem ou prestar um serviço. Como o custo pode ser classificado considerando a padaria do Sr. José e o consultório da doutora Marcela? Vamos lá! Para fabricar os pães, o Sr. José precisa comprar farinha para servir de matéria-prima. Diferentemente do fogão, que pode permanecer durante anos sendo usado pela padaria, esse ativo será consumido rapidamente na produção do seu produto. Isto é, a farinha será utilizada de forma bem mais rápida para se fabricar os pães. Logo, esse tipo de gasto difere do investimento, pois a farinha faz parte do pão (produto final). Portanto, tal gasto é classificado como custo. Como o consultório presta serviço de atendimento clínico através de médicos, o salário dos médicos é um custo. Além disso, como é necessário um imóvel para as consultas e produtos para a higienização adequada dos pacientes, o aluguel do imóvel e esses produtos também são considerados custos, entre outros. Agora, é fundamental entender a diferença entre investimento e custo, veja! Custo Gasto alocado em um produto, diretamente relacionado a sua produção. Investimento Gasto alocado em outros tipos de ativos como maquinário, equipamentos, imóveis, veículos etc. exploração, concessão etc. ‒ são investimentos. Padaria do Sr. José Consultório da Dra. Marcela Despesa São todos os gastos que não estão diretamente ligados à atividade-fim da empresa. Será que existe diferença no conceito de despesa quando se oferece produto ou serviço? Vamos entender o que é considerado despesa para a padaria e para o consultório. O Sr. José deseja reformar a sua padaria e consegue um empréstimo bancário para poder realizar essa reforma. O valor que ele pagará pelo empréstimo é chamado de despesa financeira, pois este é um valor que não se transformou em um ativo (portanto, não é investimento) e nem pode ser alocado no produto, porque o gasto não foi utilizado na produção do produto (logo, não é custo). Se o Sr. José contratasse um caixa para atender aos seus clientes, o valor do salário pago seria também um tipo de despesa. No consultório, a atividade-fim é prestar serviço médico. Sendo assim, são classificados como despesas o salário da recepcionista do seu consultório, a TV a cabo disponível na recepção para que seus pacientes possam se entreter enquanto aguardam, a água do filtro que é fornecida, entre outras. Perceba que, por mais que esses gastos sejam, muitas vezes, importantes, nenhum deles influenciam de forma direta a atividade-fim da padaria, que é vender pães, ou do consultório, que é atender aos pacientes. E é por esse simples detalhe que esses gastos são classificados como despesa nos dois tipos de negócio, ou seja, um gasto relativo ao consumo de bem ou serviço que tem relação direta ou indireta com o processo de obtenção de receitas da entidade. Resumindo Investimento é um valor gasto para comprar um ativo. Custo é um valor gasto para comprar matérias-primas ou outros tipos de insumos para produção (ou, ainda, se você compra diretamente um produto acabado para revenda). Despesa é um valor gasto em outras finalidades que não compõem o custo do produto nem se encaixam como aquisiçãode ativo. Os custos são o foco da contabilidade de custos porque eles são essenciais para uma boa tomada de decisão com relação à fabricação de produtos e para determinar a rentabilidade desses produtos. Esses custos estão diretamente relacionados à operação da empresa, pois estão ligados aos produtos. Padaria do Sr. José Consultório da Dra. Marcela Custo, despesa e investimento Neste vídeo, falaremos sobre os conceitos de custo, despesa e investimento, além de explorar as implicações financeiras que moldam o sucesso empresarial. Não perca! Atividade discursiva (Adaptada - Concurso para técnico em contabilidade da Prefeitura de Indaiatuba ‒ 2018) Segundo a terminologia aplicada à contabilidade de custos, o que significa o termo custo? Digite sua resposta aqui Chave de resposta O custo é o gasto para se produzir outro produto, bem ou serviço. (Adaptada - Concurso para auditor de controladoria da Prefeitura de Jataí ‒ 2019) Segundo a terminologia aplicada à contabilidade de custos, o que significa o termo despesa? Digite sua resposta aqui Chave de resposta Bem ou serviço consumido, direta ou indiretamente, para a obtenção de receitas. Isto é, despesa é todo o desembolso de dinheiro para a obtenção dessa receita. Custos diretos e indiretos Os custos diretos são aqueles em que a atribuição do custo a um produto é fácil. Exemplo A matéria-prima é um tipo de custo direto, tendo em vista que é possível atribuí-la diretamente a um produto específico. Outro exemplo é a mão de obra direta, visto que o trabalhador executou o seu serviço diretamente no produto. Já os custos indiretos são mais difíceis de serem diretamente atribuídos a um produto. Exemplo A energia elétrica de uma fábrica ou a mão de obra indireta, ou seja, pessoas que não trabalham diretamente na fabricação do produto. Custo diretos e indiretos Neste vídeo, falaremos sobre os conceitos de custo, despesa e investimento, além de explorarmos as implicações financeiras que moldam o sucesso empresarial. Não perca! Agora vamos conferir exemplos de custos diretos nas situações envolvendo a padaria do Sr. José e o consultório da Dra. Marcela. Custos diretos da padaria Incluem o valor da farinha utilizada nos pães e o valor que o Sr. José paga a si mesmo por atuar como padeiro. Custos diretos do consultório Incluem as fichas dos pacientes, atestados, receitas médicas, algodão, seringa e outros materiais utilizados no cuidado dos pacientes. Entretanto, o valor dos aluguéis do imóvel e a energia elétrica gasta na padaria e no consultório são exemplos de custos indiretos, tanto para a padaria quanto para o consultório. Vamos aos exemplos de custos indiretos nas situações envolvendo a padaria do Sr. José e o consultório da Dra. Marcela. Custos indiretos da padaria incluem o salário de um funcionário especificamente contratado para carregar e/ou descarregar, além de manter organizado o depósito de matérias-primas (farinha, fermento e outros itens necessários para a produção de pães e bolos). Custos indiretos do consultório incluem, por exemplo, o salário de um funcionário específico contratado para entregar todo o tipo de material coletado em exames nos laboratórios de análises clínicas e, posteriormente, buscar os laudos desses exames, caso o consultório realizasse procedimentos dessa natureza. Nesses dois casos, os funcionários atuam no produto/serviço, mas a atividade deles não é facilmente atribuída a cada produto/serviço que a padaria e o consultório realizam. Tais gastos com funcionários podem ser enquadrados como custos indiretos. Nesses exemplos, pode ser utilizado um critério de rateio para distribuir gastos para cada produto/serviço ofertado. Geralmente, quanto maior a complexidade de uma organização e maior o número de produtos produzidos/comercializados ou serviços prestados, mais exemplos de custos indiretos podem ocorrer. No entanto, definir custos diretos e indiretos pode ser mais complexo do que imaginamos: nos exemplos anteriores, citamos que a energia elétrica é um tipo de custo indireto. Entretanto, se uma fábrica instalar diferentes medidores de energia e conseguir alocar o valor da conta de eletricidade entre os variados processos de produção, então este poderá ser um exemplo de custo direto. Outro caso que mostra a dificuldade de se atribuir um custo como direto ou indireto é o da remuneração do Sr. José. Ele trabalha como padeiro e também é o responsável por supervisionar o trabalho dos demais funcionários da cozinha. Além disso, como também é o dono da padaria, tem que administrar o negócio. Em vista disso, na sua remuneração estão inclusos diversos tipos de gastos: Custos diretos ‒ A mão de obra direta do seu trabalho como padeiro. Custos indiretos ‒ A mão de obra indireta como supervisor geral da cozinha. Despesa ‒ O seu trabalho como administrador. É preciso segregar os valores, pois cada parcela se refere a um tipo de gasto. Uma dúvida que pode surgir na cabeça do administrador ou do dono do negócio é: Saber quais são seus custos diretos e indiretos auxilia na tomada de decisão de uma empresa. Os custos diretos não precisam de um rateio geral, porque podem ser diretamente alocados nos produtos. Porém, os custos indiretos precisam ser rateados entre todos os produtos. No caso da padaria do Sr. José, ele trabalha 6 horas por dia fazendo pães, e 2 horas por dia fazendo bolos, portanto é fácil alocar o custo do salário de padeiro dele nos dois tipos de produtos: 3/4 são alocados nos pães e 1/4 nos bolos. Todavia, o salário do funcionário, que cuida do depósito de matérias- primas, não tem como ser diretamente alocado nos pães e nos bolos, então o rateio pode ser feito de forma proporcional a quantidade total produzida. Se são produzidos 1.000 pães e 50 bolos por dia, uma forma de rateio seria dividir o valor do salário mensal pela proporção que cada produto contribui na fabricação total. Nesse caso, os pães terão a proporção de 1.000/1050 (que é aproximadamente 95%) e bolos de 50/1.050 (que é aproximadamente 5%). Sendo assim, se o funcionário do depósito tem um salário mensal de $ 2.000,00, esse custo indireto será alocado proporcionalmente para os pães em $ 1.900 e em bolos $100. Por que tenho que ter todo esse trabalho em segregar os meus custos entre diretos e indiretos? Resposta Porque a contabilidade não existe como um fim em si mesma, mas, sim, como um meio de ilustrar e auxiliar a tomada de decisão. Custos variáveis e �xos Conceito e aplicação Uma forma adicional de se medir os custos de um produto pode ser posta em prática quando a nossa análise é pautada no comportamento do custo, ao alterarmos a produção e distinguirmos entre os custos que variam de acordo com a produção e os que não variam. Por exemplo, caso você aumente ou diminua a sua produção, os custos das matérias- primas irão aumentar ou diminuir conforme a sua produção. Porém, surge a seguinte dúvida: Os tipos de custos que não variam são chamados de fixos, enquanto os outros custos são chamados de variáveis. Em relação aos exemplos anteriores, vamos analisar como se distribuem os custos variáveis e fixos na padaria do Sr. José. Custos variáveis Aumentam se a produção aumentar e diminuem caso ela diminua. Incluem a farinha utilizada para fazer os pães, a água usada para misturar na farinha, os demais ingredientes e o gás do fogão. Todos os custos no �m não variam de acordo com a produção? Resposta Sim. Por exemplo, se uma empresa decidir aumentar sua produção e precisar alugar um espaço maior para utilizá-lo como fábrica, o valor pago pelo aluguel do prédio também aumentará. No entanto, quando falamos do valor para o custo variar, estamos considerando alterações de curto prazo e não mudanças significativas na produção. Dessa forma, caso a empresa faça pequenas variações em sua produção, o custo do aluguel não mudará. Custos �xos Permanecem constantes, como o salário do assistente decozinha, que não é afetado pela quantidade de pães produzidos. Lembre-se sempre de que estamos falando de custos de curto prazo. Pode ser que, caso o Sr. José aumente a sua padaria e abra uma filial, ele precise contratar um novo assistente de cozinha. Agora vamos analisar como se distribuem os custos variáveis e fixos no consultório da Dra. Marcela. Custos variáveis Variam conforme se atende a cada paciente. Incluem o papel usado para forrar a cama médica, os palitos de madeira usados para analisar a garganta, entre outros custos. Custos �xos Mantêm-se constantes, como o aluguel do imóvel, que permanecerá o mesmo independentemente da carga horária de trabalho e da quantidade de pacientes, ou mesmo ao optar por uma escala alternada de 24 horas por dia. Relação entre os tipos de custo Notamos aí que existe uma relação entre os dois tipos de custos que vimos até agora: direto/indireto e fixo/variável. Normalmente, custos diretos, por serem diretamente e facilmente relacionados ao produto, tendem a variar com a produção, sendo, assim, variáveis. O mesmo vale para os custos indiretos: por eles não serem tão associados com a produção, tendem a ser considerados fixos. Porém, isso é uma tendência geral, e não uma regra! Exemplo A energia elétrica é um custo indireto, porém variável: quanto maior a produção, normalmente maior é a utilização de energia elétrica. Podemos citar também a mão de obra direta. Ela é um custo direto, porém fixo em curto prazo para pequenas variações na produção. Na padaria do Sr. José, caso sejam produzidos 500, 800 ou 1.000 pães por dia, apenas um padeiro irá trabalhar, o Sr. José. Portanto, para essa empresa, a mão de obra direta é um custo fixo. Já no consultório, onde cada médico possui uma especialidade, caso se queira aumentar a oferta de consultas, deverão ser contratados novos profissionais, tornando um custo variável. Os custos variáveis não precisam de um rateio geral, porque já se sabe o valor para cada unidade do produto. Porém, os custos fixos precisam ser rateados entre todos os produtos. Uma vantagem da análise através do custeio variável/fixo é que os valores dos custos fixos alocados na unidade do produto, como não tendem a mudar muito com a escalada da produção, tendem a diminuir conforme a produção aumenta. Assim, se uma empresa tem custos fixos de R$ 100.000,00 na produção de 200.000 produtos, a parcela do custo fixo em cada produto é de R$ 0,50, mas se ela produzir 250.000 produtos, o custo fixo cai para R$ 0,40 a unidade. Isso também pode ser uma armadilha, tão sutil e devastadora, que tem o nome em inglês de death spiral (espiral da morte). Custeio Forma de alocar o custo de produção de determinado produto ou serviço. Exemplo Uma empresa, que tem lucro, produz quatro tipos de produtos: produto A, produto B, produto C e produto D. Ao analisar a produção do produto D, o empresário percebeu que a receita de vendas desse produto é menor do que a soma do custo variável e do custo fixo alocados para o produto D. O gestor decide que não vale mais a pena continuar fabricando o produto D e encerra a linha de produção do produto D. Embora isso acabe com os custos variáveis associados ao produto D, os custos fixos associados a ele não desaparecem porque são fixos e, portanto, devem ser alocados em outros produtos. Devido ao aumento dos custos fixos alocados aos produtos A, B e C, o produto C passa a ter seus custos, tanto variáveis quanto fixos, superando a receita de vendas. Usando a mesma justificativa, o gestor decide eliminar os produtos A, B e C, pois os custos fixos alocados a eles, devido à descontinuação da linha de produção do produto D, estavam aumentando. Agora, a empresa, que antes era lucrativa, acaba indo à falência, mesmo tomando decisões que pareciam fazer sentido. Qual a moral da história? Os custos fixos são fixos! Quando fazemos um rateio dos custos fixos é para tomada de apenas algumas decisões gerenciais. Entretanto, existem decisões em que somente os custos variáveis devem ser considerados. Custos diretos e indiretos e custos �xos e variáveis Neste vídeo, falaremos sobre aspectos importantes para a contabilidade de custo, abordando custos fixos, variáveis, diretos e indiretos, e os riscos associados. Confira! Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 (Adaptada - Concurso para analista financeiro Jr. EMDEC ‒ 2019) Em determinado período, a empresa XX, que fabrica e comercializa dois tipos de produtos (produto A e produto B), incorreu nos seguintes gastos: Matéria-prima ‒ valor: R$ 200.000,00 Mão de obra direta ‒ valor: R$ 300.000,00 Comissões sobre as vendas ‒ valor: R$ 80.000,00 Aluguel da fábrica ‒ valor: R$ 150.000,00 Salários e encargos dos supervisores ‒ valor: R$ 120.000,00 Salários e encargos da secretária da diretoria ‒ valor: R$ 50.000,00 Total: R$ 900.000,00 Com relação aos gastos incorridos no período, assinale a alternativa que contenha informações corretas: A O total de custos diretos foi R$ 500.000,00 e o total dos custos indiretos R$ 350.000,00. B O total dos custos indiretos foi R$ 270.000,00 e o total das despesas operacionais R$ 130.000,00. C O total dos custos diretos foi R$ 650.000,00 e dos custos indiretos R$ 120.000,00. D O total das despesas operacionais foi R$ 400.000,00. E O total de custos diretos foi R$ 500.000,00 e o total dos custos indiretos R$ 130.000,00. Parabéns! A alternativa B está correta. Para chegar a esse resultado, utilizamos os seguintes cálculos: Custos diretos: matéria-prima + mão de obra = 200.000 + 300.000 = 500.000; Custos indiretos: aluguel da fábrica + salários/encargos dos supervisores = 150.000 + 120.000 = 270.000; Despesas operacionais (despesas restantes que não são custos): comissões sobre as vendas + secretária da diretoria = 80.000 + 50.000 = 130.000. Questão 2 José herdou a granja de galinhas da sua família após se formar na faculdade. Pensando em expandir os negócios para uma escala nacional, a primeira exigência de José foi a de analisar os custos do negócio. Ele obteve como custo fixo em torno de R$ 165.000,00 e como custo variável em torno de R$ 250.000,00. Além disso, foi explicado para José que, como a atividade-fim do negócio é a criação e venda de aviário, tudo o que as galinhas precisavam era de ração e água, o que variava conforme a quantidade de galinhas que ele tivesse. Dessa forma, após entender o negócio, José decidiu que expandir era a melhor estratégia e calculou os novos custos necessários para a expansão, que seriam adicionados aos custos anteriores, conforme a seguir: Ração ‒ valor: R$ 200.000,00 Aluguel ‒ valor: R$ 90.000,00 Seguro ‒ valor: R$ 2.000,00 Água ‒ valor: R$ 150.000,00 Eletricidade ‒ valor: R$ 20.000,00 Com esses novos custos, como ficariam divididos os custos da granja? A Custo fixo R$ 300.000,00 e custo variável R$ 350.000,00. B Custo fixo R$ 277.000,00 e custo variável R$ 450.000,00. C Custo fixo R$ 277.000,00 e custo variável R$ 600.000,00. D Custo fixo R$ 270.00,00 e custo variável R$ 300.000,00. Parabéns! A alternativa C está correta. Para se resolver a questão, primeiramente é necessário classificar os novos custos entre fixos e variáveis. Foi explicado que os únicos custos que variavam na criação e venda de galinhas eram a ração e a água, que somados dão R$ 350.000,00. Adicionalmente, como não foi especificado que a eletricidade seria um custo variável, devemos assumir que é um custo fixo (pois a granja precisa de iluminação constante, independentemente da quantidade de galinhas que ela possua), enquanto o aluguel e o seguro não se alteram conforme a quantidade de galinhas. Dessa forma, os custos fixos são R$ 112.000,00. Como a questão explicitou que os novos custos vão ser adicionados aos anteriores, então deve-se somar os novos custos fixos e variáveis aos anteriores, ficando um total de custo fixo de R$ 277.000,00 e custo variável de R$ 600.000,00.2 - Lucro Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar lucro e margem de contribuição. Análise de Custo X Volume X Lucro Também chamada de CVL, essa análise é fundamental para se verificar a sustentabilidade do negócio e o quanto ele é factível. Utilizando o exemplo da padaria do Sr. José, quantos pães ele precisa produzir e vender para o seu negócio ser sustentável? Essa quantidade é factível? A fim de realizar essa análise, nós faremos a divisão dos custos dessa padaria entre fixos e variáveis. A seguir, estão os custos que o Sr. José apurou. Acompanhe! Custos �xos (mensais) da padaria do Sr. José E Custo fixo R$ 300.000,00 e custo variável R$ 700.000,00. Aluguéis da padaria: R$ 4.000 Salário do assistente de cozinha: R$ 2.000 Remuneração do Sr. José: R$ 4.500 Depreciação do fogão: R$ 300 Custos variáveis (por pão) da padaria do Sr. José Matéria-prima (farinha, água, sal etc): R$ 0,06 Gás: R$ 0,04 Energia elétrica: R$ 0,02 Valor de venda do pão: R$ 0,15/un. Agora, para analisarmos esses números, nós temos que, em primeiro lugar, entender o conceito de lucro contábil. Na contabilidade, o lucro é a diferença entre as receitas e os gastos se essa diferença for positiva, e é prejuízo se essa diferença for negativa. Portanto, temos a seguinte relação: A receita é o valor de quanto a empresa conseguiu vender por mês, ou seja, é a quantidade vendida vezes o preço unitário. Já os gastos tem a parte que varia de acordo com as unidades vendidas (gastos variáveis) e a que não varia (gastos fixos). Assim, temos a seguinte relação que deriva da primeira: Note que a quantidade vendida está multiplicando tanto o preço quanto o custo variável e a despesa variável na equação anterior. Consequentemente, podemos colocar em evidência esse valor, assim como mostrado a seguir. Esse termo descrito como a diferença entre o preço e os custos e despesas variáveis é chamado de margem de contribuição unitária (MCU), que é calculada pela diferença entre a preço de venda e os custos e despesas variáveis: Análise de Custo X Volume X Lucro Lucro = Receitas − Gastos Lucro = ( Preço × Quant. Vendida ) − [( Custo Variável + Despesa Variável ) × Quant. Vendida ] Lucro = ( Preço − Custo Variável − Despesa Variável ) × Quant. Vendida - Gasto Fixo MCU = P − (CV +DV ) Neste vídeo, abordaremos a análise de Custo X Volume X Lucro e explicaremos como ela é fundamental para avaliar a sustentabilidade do negócio e sua viabilidade. Assista! Ponto de equilíbrio É a quantidade mínima que deve ser vendida para que um resultado seja alcançado. Iremos utilizar dois tipos de pontos de equilíbrio: o contábil e o financeiro. Ponto de equilíbrio Neste vídeo, falaremos sobre como identificar o ponto de equilíbrio e explicaremos de quais formas ele impacta a saúde financeira das empresas. Confira! Ponto de equilíbrio contábil (PEC) Acontece quando o lucro é igual a zero, ou seja, é a quantidade mínima para se vender sem ter prejuízo. Temos assim: Como queremos achar a quantidade vendida, temos que isolar esse termo. A fórmula fica então: Ponto de equilíbrio contábil para a padaria 0 = MCU × Quant. vendida − Gasto fixo Quant. vendida (PEC) = Gasto fixo /MCU No caso do exemplo da padaria do Sr. José, podemos calcular o valor do ponto de equilíbrio contábil da seguinte forma: Note que a quantidade de pães diária que o Sr. José tem que produzir e vender é altíssima, 12.000 pães! Ao verificar isso, o Sr. José percebeu que, para conseguir manter a sua padaria ativa, ele teria que diminuir a sua remuneração. Se ele não fizesse isso, não teria como atingir o PEC. Ele decidiu que, nesse início de operação, iria se pagar apenas R$ 2.000 (antes eram R$ 4.500, portanto, uma redução de R$ 2.500 na remuneração) por mês e que ele só aumentaria a sua remuneração quando o negócio já estivesse se expandindo o suficiente. Agora, os gastos fixos (GF) ficam com o 10.800 — 2.500 = 8.300, e o novo ponto de equilíbrio contábil (PEC) fica em 8.300/0,03 = 276.667 pães por mês, ou 9.222 pães por dia, o que é uma meta bem menor do que os anteriores 12.000 pães diários. Ponto de equilíbrio contábil para o consultório No caso do consultório da Dra. Marcela, o ponto de equilíbrio é a quantidade mínima de atendimentos que os médicos devem fazer por mês para que a empresa não dê prejuízo. Isto é, dados todos os gastos mensais do consultório e o preço da consulta, quantos atendimentos serão necessários para que o consultório saia no zero a zero? Vamos supor que a Dra. Marcela e seus sócios cobram R$ 108,00 por consulta e não tenham nenhuma despesa, considerando a tabela de custos a seguir: Aluguel do imóvel + luz + água Custo fixo — valor: 500 Custo por atendimento Custo variável — valor: 1 Custo médico Custo variável — valor: 100 Para se calcular o ponto de equilíbrio do consultório, basta usar a fórmula do lucro e substituir o lucro por zero, conforme a seguir. Depois de isolar o termo quant. de atendimentos, temos: MCU = 0, 15( preço ) − 0, 06( matéria-prima ) − 0, 04 (gás ) − 0, 02( energia ) = 0, 03 GF = 4.000 + 2.000 + 4.500 + 300 = 10.800 PEC = 10.800/0, 03 = 360.000 pães por mês (12.000 pães por dia) 0 = (MCU × Quant. de atendimento ) − Custos e despesas fixas Quant. de atendimento = Custos e despesas fixas MCU O ponto de equilíbrio do consultório é composto pelos seguintes valores: Quant. de atendimentos $=\frac{500}{108-101} ;$ Quant. de atendimentos $=\frac{500}{7} ;$ Quant. de atendimentos $=71,42$. Isto é, os médicos precisam realizar, no mínimo, 71,42 atendimentos por mês para que o consultório pague todos os seus custos e despesas. Ponto de equilíbrio: o ponto de equilíbrio �nanceiro (PEF) Na contabilidade, existem certos tipos de custos e despesas fixas que são puramente contábeis: Depreciação Amortização Exaustão Esses custos e despesas fixas estão relacionadas com o uso do ativo, mas não geram saída de recursos financeiros da empresa, ou seja não geram um desembolso. Por isso são chamados de custos e despesas não desembolsáveis. Assim, para se verificar o ponto de equilíbrio financeiro, elas são desconsideradas, pois nessa análise não se deseja verificar se o lucro é zero, mas se a empresa está gerando receita suficiente para custear seus gastos (retirando da conta os custos e despesas não desembolsáveis). Observe o seguinte gráfico. Gráfico: Ponto de equilíbrio financeiro. Portanto, o ponto de equilíbrio financeiro (PEF) é um ajuste do ponto de equilíbrio contábil (PEC) e pode ser calculado como: No caso do Sr. José, o PEF para quando ele paga R$ 2.000 por mês ao invés dos R$ 4.500, fica em: PEF = ( Gastos fixos − Depreciação, amortização e exaustão )/MCU (8.300 − 300)/0, 03 = 266.667 pães por mês, ou 8.889 pães por dia Note que esse valor é menor do que os 9.222 pães anteriores que o Sr. José tinha que vender. Isso acontece porque no PEF o Sr. José não precisa cobrir os R$ 300 de depreciação do fogão que acontece todo mês, assim, a quantidade necessária para se alcançar o ponto de equilíbrio é menor. Custo de oportunidade É o valor sacrificado ao fazer uma escolha específica. “Nada na vida é de graça”, você já deve ter ouvido essa expressão. Ela reflete que cada escolha é uma perda. Ao fazermos uma escolha, renunciamos a todas as escolhas possíveis que poderíamos ter feito. Dessa forma, a contabilidade de custos também incorpora esse fato ao ajudar na tomada de decisão. Custo de oportunidade para Dra. Marcela Quando decidiram montar um consultório médico, Marcela e seus sócios renunciaram usar esse dinheiro para outras atividades, tais como investir na bolsa de valores, em um fundo de investimentos, aplicar o dinheiro na poupança etc. Essa renúncia, referente ao quanto se poderia ganhar aplicando o dinheiro em outro área, é chamada de custo de oportunidade e deveria ser levada em consideração pelos médicos, pois ela é importantíssima na tomada de decisão,já que é o custo de oportunidade que norteia os médicos para definir se eles devem ou não abrir o consultório, pois, caso eles recebam no final do mês de trabalho apenas R$ 10 cada, talvez optem por não abrir o consultório e trabalhar em um hospital. Para se calcular o PEE, utilizamos o custo de oportunidade como o nosso objetivo de lucro. Sendo assim, temos esta fórmula: Vamos supor que a Dra. Marcela e seus sócios, cobrando R$ 108,00 por consulta e sem nenhuma despesa, decidam que apenas compense trabalhar em um consultório caso eles lucrem R$ 1.000 no final do mês, e considerando os seguintes custos: Aluguel do imóvel + luz + água Custo fixo — valor: 500 Custo por atendimento Custo variável — valor: 1 Custo médico Custo variável — valor: 100 Levando esses dados em conta, o cálculo do custo de oportunidade pode ser realizado como: Quant. de atendimentos (PEE) = Gasto fixo + Custo de oportunidade/MCU Quant. de atendimentos ; Quant. de atendimentos ; Quant. de atendimentos . Dessa forma, é necessário que Marcela e seus sócios atendam no mínimo 214 pacientes por mês para que seja favorável a eles trabalharem em um consultório. Custo de oportunidade para o Sr. José O Sr. José calcula que, além dos R$ 4.500 que ele gostaria de receber de salário fixo no futuro, também gostaria que o negócio desse um lucro mensal de R$ 5.000, a fim de que ele pudesse usar esse dinheiro para expandir a sua padaria para outras localidades no bairro. Esses R$ 5.000 também são os valores mínimos que o Sr. José acredita que precisa ter de lucro para compensar o fato do risco que é ter a sua própria padaria, ao invés de trabalhar como padeiro em outro local. Porque, como empresário, ele não tem acesso a férias, décimo terceiro, FGTS e seguro-desemprego, além do risco que é ter seu próprio negócio. Portanto, esse valor é o custo de oportunidade do Sr. José. Conforme você já sabe, para o cálculo do ponto de equilíbrio econômico (PEE), utilizamos o custo de oportunidade como o nosso objetivo de lucro. Assim: Ou seja, podemos calcular a quantidade necessária para se chegar ao ponto de equilíbrio econômico (PEE) da seguinte maneira: Para o caso da padaria do Sr. José, temos que: Para compensar o custo de oportunidade do Sr. José, ele teria que vender 17.556 pães por dia. Assim, seu salário seria de R$ 4.500 e teria um lucro de R$ 5.000 para reinvestir no negócio. O Sr. José, ao analisar os números, verificou que eles estão muito altos e que não está sendo compensatória a venda dos pães a R$ 0,15 a unidade. Ele decidiu, então, verificar se a política de preços da sua padaria está adequada. Custo de oportunidade (PEE) = (500+1.000) 7,00 (PEE) = 1.500 7 (PEE) = 214 Custo de oportunidade = MCU × Quant. vendida − Gasto fixo Quant. vendida (PEE) = ( Gasto fixo + Custo de oportunidade )/MCU PEE = (10.800 + 5.000)/0, 03 PEE = 15.800/0, 03 = 526.667 pães por mês ou 17.556 pães por dia Neste vídeo, falaremos sobre o conceito de custo de oportunidade e como considerá-lo em decisões financeiras estratégicas. Assista! Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 (Adaptada - Concurso para técnico de nível superior da UEPA ‒ 2020) A margem de contribuição representa uma importante ferramenta da contabilidade de custos para o processo decisório. De acordo com os dados a seguir, da produção e comercialização dos produtos Rabeta e Canoa, as margens de contribuição de cada produto são, respectivamente: Preço unitário de venda Rabeta: R$ 12.000,00 Canoa: R$ 7.000,00 Despesas variáveis Rabeta: R$ 3.000,00 Canoa: R$ 1.800,00 Despesas fixas Rabeta: R$ 1.000,00 Canoa: R$ 600,00 Custos variáveis Rabeta: R$ 4.000,00 Canoa: R$ 1.200,00 Custos fixos Rabeta: R$ 1.500,00 Canoa: R$ 400,00 A Rabeta = 2.500,00; Canoa = 3.000,00 B Rabeta = 6.500,00; Canoa = 5.400,00 C Rabeta = 5.000,00; Canoa = 4.000,00 D Rabeta = 9.500,00; Canoa = 6.000,00 Parabéns! A alternativa C está correta. A margem de contribuição pode ser calculada usando a diferença do preço de venda e os custos e despesas variáveis. Rabeta = 12.000 ‒ 3.000 ‒ 4.000 = 5.000 Canoa = 7.000 ‒ 1.800 ‒ 1.200 = 4.000 Questão 2 (Adaptada - Concurso para contador da Câmara de Feira de Santana — 2018) Segundo Padoveze (2013), a margem de contribuição e o ponto de equilíbrio são informações importantes que auxiliam na tomada de decisão das empresas. A empresa Controle S/A, que produz um único produto, no último mês vendeu um total de R$ 600.000,00 e teve como custos variáveis o montante de R$ 120.000,00 e despesas variáveis de R$ 60.000,00. Os custos fixos do período totalizaram R$ 350.000,00. Sabendo-se que durante o período foram vendidas 6.000 unidades do produto, assinale a alternativa que apresenta respectivamente a margem de contribuição unitária em reais e o ponto de equilíbrio contábil da empresa em unidades: Parabéns! A alternativa C está correta. Se a empresa vendeu um total de 6.000 unidades a R$ 600.000,00, o valor unitário do produto é igual a 600.000/6.000 = 100 reais. Podemos calcular os custos e despesas variáveis unitárias da seguinte maneira: CV unit.= 120.000/6.000 = R$ 20,00 DV unit.= 60.000/6.000 = R$ 10,00 Assim, podemos calcular a MCU como 100 ‒ 20 ‒ 10 = 70 reais. O PEC é a relação entre gastos fixos (custos e despesas fixas), e a MCU. Como a questão não informa o valor referente às despesas E Rabeta = 5.000,00; Canoa = 5.200,00 A R$ 420.000,00 e 6.000 unidades B R$ 70,00 e 6.000 unidades C R$ 70,00 e 5.000 unidades D R$ 80,00 e 5.125 unidades E R$ 80,00 e 5.000 unidades fixas, consideramos que não há despesas fixas. Portanto podemos calcular como 350.000/70 = 5.000. 3 - Preci�cação Ao �nal deste módulo, você será capaz de calcular o preço de venda de um produto. Dilema Margem X Giro Existem diversas formas de se determinar o preço de um produto, mas o importante é ter em mente que o preço está intimamente relacionado com a demanda. Exemplo Ao oferecer um desconto no produto, a tendência é aumentar as vendas de unidades. Porém, se o valor do produto for aumentado, a tendência será vender menos. Na contabilidade, isso é chamado de dilema Margem X Giro. Caso você aumente seu preço de venda (e, em consequência, a sua margem), você vai diminuir a sua quantidade vendida (o seu giro). Agora, caso você diminua o seu preço, a margem cai, mas o seu giro aumenta. O importante é que você saiba em que tipo de setor você está localizado. Porque existem setores que normalmente ganham através da margem, enquanto outros ganham através do giro. Exemplo Um supermercado obtém lucro por meio do giro, ou seja, mantém uma margem pequena na revenda dos produtos, mas comercializa uma quantidade significativa deles. Por outro lado, uma joalheria obtém lucro por meio da margem, vendendo poucos produtos, mas com uma margem de lucro elevada. Sempre leve em consideração que não se pode aumentar o preço indiscriminadamente. Estratégias para a formação de preços Neste vídeo, falaremos sobre estratégias para a formação de preços e explicaremos como estabelecer valores competitivos no mercado. Não perca! Método survey (método da pesquisa) Método survey no contexto da padaria O Sr. José, dono da padaria, resolveu perguntar no seu bairro quantas pessoas comprariam pão com 5 valores unitários diferentes: R$ 0,15 (valor atual) R$ 0,18 Como saber qual o preço as pessoas estariam dispostas a pagar? Resposta Uma das formas é perguntar a elas! Esse tipo de método é conhecido como método survey e consiste em fazer uma pesquisa para saber se as pessoas comprariam determinado produto com diferentes níveis de preços. R$ 0,20 R$ 0,22 R$ 0,25 Ao entrevistar as pessoas, ele percebeu que: 85% delas comprariam a R$ 0,15 (valor atual) 80% comprariam a R$ 0,18 60% comprariam a R$ 0,20 45% comprariam a R$ 0,22 30% comprariam a R$ 0,25 Atualmente, ele vende 8.000 pães por dia cobrando R$ 0,15 porcada um. Mas, como ele pode utilizar esses dados para verificar que preço cobrar? Primeiro, ele já sabe que 85% da demanda global equivale a 8.000, já que 85% das pessoas responderam que comprariam o pão a R$ 0,15. Ou seja, a demanda global é de 8.000/0,85 = 9.412 pães. Essa é a quantidade máxima de pães que ele conseguiria vender (100%). Utilizando os percentuais acima, temos que as demandas são de 7.530 pães a R$ 0,18, 5.647 pães a R$ 0,20, 4.235 pães a R$ 0,22 e 2.824 pães a R$ 0,25. Conforme vimos no exemplo da padaria, o custo variável é R$ 0,12 por pão e o custo fixo é R$ 10.800. Agora, ele já pode calcular o seu lucro em cada um dos cenários usando a fórmula do lucro que nós já vimos: Para cada preço, temos os seguintes lucros mensais (30 dias): Lucro = (0,15 — 0,12) x 8.000 x 30 — 10.800 = (-)R$ 3.600 Lucro = (0,18 — 0,12) x 7.530 x 30 — 10.800 = R$ 2.754 Lucro = (0,20 ‒ 0,12) x 5.647 x 30 — 10.800 = R$ 2.753 Lucro = (0,22 ‒ 0,12) x 4.235 x 30 — 10.800 = R$ 1.905 Lucro = (0,25 ‒ 0,12) x 2.824 x 30 — 10.800 = R$ 213 Note que ele está cobrando muito barato pelo pão, pois está tendo um prejuízo agora. Porém, em todos os outros cenários testados, ele está tendo lucro: Caso o Sr. José venda a R$ 0,18 a unidade, o lucro esperado é de R$ 2.754. Caso o Sr. José venda a R$ 0,20 a unidade, o lucro esperado é de R$ 2.753. Caso o Sr. José venda a R$ 0,22 a unidade, o lucro esperado é de R$ 1.905. Caso o Sr. José venda a R$ 0,25 a unidade, o lucro esperado é de R$ 213. Portanto, o Sr. José poderia escolher qualquer valor entre R$ 0,18 e R$ 0,20 para vender seu pão, já que o lucro para R$ 0,18 e para R$ 0,20 é virtualmente idêntico. Lucro = ( Preço − Gasto variável ) × Quant. vendida − Gasto fixo Método survey no contexto do consultório Para calcular o preço ideal de suas consultas, a doutora Marcela e seus sócios fizeram uma pesquisa de mercado entrevistando diversas pessoas para saber quanto elas estariam dispostas a pagar por uma consulta médica. Após entrevistar diversas pessoas, descobriram que elas estariam dispostas a pagar até R$ 20 por consulta.. Sendo assim, em um cenário com 4 médicos em que cada um pode atender até 50 pacientes (200 pacientes no final do mês), a receita máxima seria de R$ 4.000 (200 pacientes x R$ 20 por consulta). Com isso, o lucro do consultório seria: Aluguel do imóvel + luz + água Custo fixo — R$ 500 Custo por atendimento Custo variável — R$ 1 Custo médico Custo variável — R$ 100 Quant. máxima de pacientes que cada médico atende por mês — 50 Quant. salas de atendimento — 4 Preço da consulta médica — R$ 20 Os cálculos da quantidade e os custos ficam da seguinte forma: Quant. de atendimentos 4 médicos x 50 pacientes = 200 Custo de atendimento 200 atendimentos x R$ 1 = R$ 200 Custo médico 4 médicos x R$ 50 atendimentos = R$ 200 Custo variável total Custo de atendimento + Custo médico = 200 + 200 = R$ 400 Veja na fórmula: Então, considerando que as despesas são iguais a zero, temos: Custo unitário de atendimento = Custo variável total Quant. de atendimentos Custo unitário de atendimento = 400 200 C Lucro = ( Preço − Custo variável ) × Quant. de atendimentos - Custos fixos Lucro = (20 − 2) × 2 O método survey é um dos mais utilizados atualmente para se definir preço, desde a introdução da internet e dos computadores, o que diminuiu muito o custo de se fazer uma pesquisa e de se analisar os dados. Porém, você deve estar se perguntando: gostaria de saber por qual preço eu devo vender meu produto, mas não tenho como utilizar o método survey nesse momento. Como faço para calcular o meu preço de venda ideal? Uma forma alternativa é verificar os preços cobrados pelos concorrentes e fazer uma estimativa do valor de venda. Método survey Neste vídeo, discutiremos o método de pesquisa chamado survey, explorando sua aplicação e destacando sua importância na coleta de dados e pesquisa em diversas áreas. Markup Markup no contexto da padaria Quando não se tem dados reais sobre demanda e como ela se comporta com determinados níveis de preços, devemos utilizar métodos alternativos para se calcular o valor do preço para venda de determinado produto. Todas essas fórmulas se baseiam em certo nível que queremos alcançar, seja ele um multiplicador do custo ou um percentual de margem de contribuição unitária. Todas essas técnicas são conhecidas como markup. Uma das formas de se calcular o markup é se utilizando do custo unitário para se calcular um multiplicador em cima do custo. Exemplo Se o Sr. José produzir apenas 30 bolos e 8.000 pães por dia, os custos e despesas fixas da padaria são R$ 10.300. Além disso, os custos e despesas variáveis de um pão somam R$ 0,12 por pão produzido. Para saber os gastos (custos e despesas) totais por pão produzido, é preciso fazer o rateio dos gastos fixos entre os produtos produzidos: R$ 10.300/(8.000 x 30) = 0,04. Então, os gastos totais de cada pão produzido são: 0,12 (gastos variáveis) + 0,04 (rateio dos gastos fixos) = 0,16. Se ele quiser um markup de 0,25 em cima desse valor, ele calcula o preço da seguinte maneira: R$ 0,16 x 1,25 = R$ 0,20 como preço de venda. Podemos generalizar o cálculo do markup da seguinte maneira: Outra forma de se calcular o preço de venda é com o cálculo da margem de contribuição unitária desejada. Exemplo Se o Sr. José deseja que cada pão tenha uma margem de contribuição unitária R$ 0,06, então o valor de venda deve ser de R$ 0,12 + R$ 0,06 = R$ 0,18. Nessa forma de calcular o preço, nós usamos a seguinte fórmula: Markup no contexto do consultório O método markup se baseia no quanto a doutora Marcela e seus sócios esperam obter de retorno por cada produto ou serviço vendido. Considerando que eles não possuem despesas e que esses são todos os demais gastos: Aluguel do imóvel + luz + água Custo fixo — R$ 500 Custo por atendimento Custo variável — R$ 1 Custo médico Custo variável — R$ 100 Quant. máxima de pacientes que cada médico atende por mês — 50 Quant. salas de atendimento — 4 Primeiro, era necessário que eles calculassem o rateio de custo fixo, isto é, que eles incorporassem o custo fixo à quantidade de atendimentos. Em um cenário em que os 4 médicos atendam 50 pacientes, o que resulta em 200 atendimentos por mês, basta fazer o seguinte cálculo: Feito isso, basta completar a seguinte fórmula: Dessa forma, conforme o método markup, no qual os médicos estipularam o retorno de 5% sobre os gastos totais do atendimento, o Preço de venda = ( Custo variável + Rateio de custo fixo ) × (1 + Markup ) Preço de venda = MCU + Gasto variável Rateio de custo fixo = Total custo fixo Quant. de atendimentos Rateio de custo fixo = 500 200 Rateio de custo fixo = Preço do atendimento ( = () Custo variável (+) Rateio de custo fixo 0 X (1 + 0, 05)) Preço do atendim preço da consulta deve ser R$ 108,68. A seguir, considere as vantagens e desvantagens desse tipo de método. Vamos lá! Vantagens do markup O método de formação de preços utilizando a MCU é mais simples, pois não necessita do rateio do custo fixo, eliminando a necessidade de saber quantas unidades vai vender. Desvantagens do markup Não é possível calcular se o valor de venda está cobrindo o rateio dos custos fixos, o que pode resultar em prejuízo caso não sejam vendidas unidades suficientes para cobrir esses custos. Como você pode notar, essas técnicas de formação de preço não são tão precisas quanto a técnica de survey, porém, elas exigem menos esforço e podem ser úteis para pequenos empreendedores que não conseguem ter acesso a recursos para fazer uma pesquisa de demanda e de preços. Além disso, ambas são melhores do que o empreendedor apenas chutar um valor sem conhecer direito seus custos fixos e variáveis, aumentando, assim, a sua chance de fracasso. Markup Neste vídeo, abordaremos as técnicas de markup e sua importância na definição de preços, bem como estratégias paraotimizar a margem de lucro nos negócios. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 (Adaptada - Concurso para contador do Inaz — 2019) Situação hipotética: A indústria Cabropó, que produz e comercializa bonés, apresentou seus custos de produção: MP (matéria-prima) R$ 5,50; MOD (mão de obra direta) R$ 3,30; Os CIF (custos indiretos de fabricação) são apropriados com base em 200% da MP. Despesas gerais como administração, publicidade e fretes equivalem a R$ 2,00. A indústria Cabropó pretende alcançar um lucro de R$ 2,50 por cada unidade vendida do boné. Diante dos dados apresentados, o preço que será praticado na venda do boné equivale a Parabéns! A alternativa D está correta. Se os CIFs são no valor de 200% da MP, então eles são calculados como 2 x 5,50 = R$ 11,00. Se eu quero um lucro de R$ 2,50, então o preço final deve ser de: Preço = 5,50 (MP) + 3,30 (MOD) + 11,00 (CIF) + 2,00 (DG) + 2,50 = 24,30. Questão 2 (Adaptada - Concurso para técnico em contabilidade da UFU — 2019) Uma fábrica de cadernos produz e vende, mensalmente, 2.500 cadernos ao preço de R$ 5,00 cada. As despesas variáveis representam 20% do preço de venda e os custos variáveis são de R$ 1,20 por unidade. A fábrica tem capacidade para produzir 5.000 cadernos por mês, sem alterações no custo fixo atual de R$ 5.000,00. Uma pesquisa de mercado revelou que, ao preço de R$ 4,00 a unidade, haveria demanda no mercado para 6.000 unidades por mês. Para atender à nova demanda, a despesa variável reduziria para 10% o preço de venda. Caso a empresa adote a redução de preço para aproveitar o aumento de demanda, mantendo a estrutura atual de custos fixos e a capacidade produtiva, o resultado final do período será de A R$ 21,80. B R$ 19,80. C R$ 20,80. D R$ 24,30. E R$ 22,30. A R$ 7.000,00. Parabéns! A alternativa A está correta. O cálculo do lucro pode ser efetuado da seguinte maneira: Vendas = 5.000 x 4,00 = 20.000,00 (-) Custos fixos............. -5.000,00 (-) Custos variáveis...... -6.000,00 (5.000 x 1,20) (-) Desp. variáveis........ -2.000,00 (Vendas x 10%) (=) Lucro........................ 7.000,00 4 - Pensamento econômico Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os ferramentais básicos da microeconomia e as principais políticas macroeconômicas. Introdução à teoria econômica Neste vídeo, falaremos sobre as principais características e as principais diferenças entre microeconomia e macroeconomia, exemplificando alguns temas abordados por cada uma dessa áreas. Assista! B R$ 9.400,00. C R$ 5.000,00. D R$ 2.400,00. E R$ 9.000,00. O estudo introdutório da economia tem o intuito de estimular a busca por respostas para os principais problemas econômicos e sua aplicabilidade em questões práticas na vida dos indivíduos e no funcionamento das organizações. A economia é dividida em duas principais áreas de estudo: microeconomia e macroeconomia. Embora interligadas, cada uma examina aspectos distintos do mundo econômico. Vamos conhecê-las! Microeconomia É o ramo da ciência econômica que se preocupa com a análise do comportamento das unidades econômicas na formação dos preços em mercados específicos, tais como: Consumidores Famílias Empresas Esse ramo observa a atuação das diversas unidades econômicas como se fossem individuais nesses mercados. A�nal, o que é mercado? Resposta Trata-se de um grupo de compradores (demandantes) e vendedores (ofertantes) com potencial para negociar uns com os outros. Essa definição reflete a relação entre a oferta, representada por pessoas ou empresas dispostas a vender determinados produtos, e a demanda (procura), que constitui um grupo de pessoas ou empresas interessadas em adquirir bens e serviços. É importante destacar que as empresas também podem ser demandantes, uma vez que necessitam adquirir materiais de Mercado, em um conceito mais amplo, pode ser entendido como um espaço de interação e troca, regido por normas e regras (formais ou informais), em que são emitidos diversos sinais, como os preços, que influenciam as decisões dos atores envolvidos. Ao estudar o funcionamento de um mercado, você deve compreender algumas questões: Qual é o objeto de troca, ou seja, os bens e serviços envolvidos? Qual é o grau de similaridade entre bens e serviços? Existe a possibilidade de substituição ou de complementaridade entre eles? Como compradores e vendedores se relacionam trocando informações (sobretudo de preços) e negociando? Como os consumidores tomam decisões sobre o que comprar com base em seus orçamentos e suas preferências? De que maneira as empresas decidem o preço de seus produtos e a quantidade a ser produzida? Como os mercados de diferentes bens e serviços funcionam e se ajustam? Quais são as diferentes formas de organização dos mercados? Macroeconomia É o ramo da ciência econômica que estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como: Renda e produtos nacionais Nível geral de preços Emprego e desemprego Estoque de moeda e taxas de juros Balança de pagamentos e taxa de câmbio Esses fatores mostram que a teoria macroeconômica se preocupa com questões conjunturais de curto prazo, como desemprego e inflação, e de longo prazo, como distribuição de renda e crescimento econômico. Isso parece distante da sua realidade? Claro que não! Ao longo dos últimos anos, você deve ter ouvido algumas das seguintes afirmações: O PIB brasileiro caiu X% no trimestre. A inflação subiu X%. A balança comercial apresentou déficit de 2%. Essas são algumas variáveis analisadas no estudo da macroeconomia: PIB, inflação e balança comercial. consumo, máquinas, equipamentos e mão de obra para o seu processo produtivo. Diferenças entre macroeconomia e microeconomia Entenda as distinções entre essas duas áreas da economia! Macroeconomia O tipo dessa análise é agregado. O foco está no desempenho da economia como um todo. Microeconomia O tipo dessa análise é específico. O foco está nas interações entre empresas/consumidores e produção/preço em setores específicos. Enquanto a macroeconomia oferece uma visão geral do sistema econômico, a microeconomia se concentra nos elementos individuais da economia. Ambas são vitais para entender os diversos aspectos do mundo econômico e são complementares em muitos aspectos. À medida que você prosseguir em seus estudos, descobrirá como essas duas áreas se entrelaçam e contribuem para uma compreensão mais profunda da economia e de suas implicações no mundo real. Demanda e oferta É um conceito-chave na microeconomia, que explica como o preço e a quantidade de bens e serviços são determinados no mercado. Para entendermos a formação de preços de bens específicos, dividiremos o mercado em lado da demanda e lado da oferta. Como o funcionamento do mercado e a formação de preços dependem da interação entre vendedores e consumidores, faremos a junção dessas duas teorias, chegando ao conceito de equilíbrio de mercado. Teoria da demanda Neste vídeo, falaremos sobre a relação entre a demanda e o preço de um bem ou serviço, além de explicar a influência que outros fatores tem sobre a determinação da demanda. Não perca! A demanda de determinado bem ou produto, também chamada de procura, pode ser definida da seguinte forma: Quantidade de um bem ou serviço que um consumidor deseja e está disposto a comprar por um preço específico e em determinado momento. Portanto, a demanda de um bem varia com o seu preço. Considere o mercado de pães franceses de um lugarejo. Quanto menor o preço do pão, mais atraente o produto será para o consumidor e mais pessoas desejarão adquiri-lo em quantidades maiores. Se o preço do pão é 50 centavos, a quantidade demandada é de 20 pães. Se o preço sobe para 1 real, a quantidade demandada desce para 16, e assim por diante: Demanda Preço (R$) 2 2,75 4 2,5 6 2,25 8 2 10 1,75 12 1,5 14 1,25 16 1 180,75 20 0,5 22 0,25 À medida que o preço sobe, a demanda por pães diminui, conforme o gráfico seguinte, que retrata a curva de demanda. Confira! Gráfico: Curva de demanda. A curva de demanda representa a relação entre preços alternativos e quantidades demandadas do produto, por unidade de tempo, ceteris paribus. Essa expressão do latim significa: tudo o mais permanecendo constante, ou seja, se as demais variáveis que influenciam a demanda permanecem constantes. Podemos afirmar que há uma relação inversamente proporcional entre o preço do produto e a sua quantidade demandada, e isso resume a Lei da Demanda. Preço Quando o preço de um bem se eleva e todas as demais variáveis se mantêm inalteradas (ceteris paribus). Demanda A quantidade demandada desse bem diminui. Da mesma forma: Preço Quando o preço de um produto diminui (ceteris paribus). Demanda A quantidade demandada desse bem aumenta. Cabe destacar que, efetivamente, a quantidade demandada do produto no mercado não é influenciada somente pelo preço. A curva de demanda é estática como no gráfico quando uma série de outras variáveis está constante. Segundo Vasconcellos (2010), devemos considerar outros fatores que também afetam a demanda dos consumidores independentemente do preço. Vamos entender melhor! Há alguns casos de produtos cuja quantidade demandada reduz quando há um aumento de renda, chamados bens inferiores. São produtos geralmente consumidos pela população de baixa renda. Quando o rendimento dessa população aumenta, passa-se a consumir outros produtos de melhor qualidade. Por exemplo, quando o salário aumenta, algumas pessoas podem deixar de consumir ovos para consumir mais carne ou deixar de andar de ônibus para comprar um carro. Preço dos produtos substitutos São aqueles que atendem às mesmas necessidades e funções. Por exemplo, a margarina é um produto substituto da manteiga. Sabe-se que o aumento de preços da manteiga reduziria sua quantidade demandada de manteiga e levaria o consumidor a buscar mais a margarina. Ou seja, há uma relação positiva entre a demanda de um produto A e preço de um outro bem substituto B. Preço de produtos complementares São aqueles bens que tendem a ser consumidos conjuntamente. Exemplo: pão e margarina. Se o preço do pão baixar, haverá um aumento da quantidade demandada e, consequentemente, de margarina, uma vez que os dois são frequentemente consumidos em conjunto. Em outros termos, se temos dois bens complementares A e B, um aumento no consumo de A resulta em uma procura maior de B e vice-versa. Renda dos consumidores Relacionada ao poder de compra dos consumidores. Quanto maior a renda do consumidor, maior é a sua quantidade demandada de bens normais. Por outro lado, consumidores com rendas mais baixas demandam uma menor quantidade de produtos, tendo em vista a sua restrição orçamentária. Teoria da oferta Neste vídeo, falaremos sobre a relação entre a oferta e o preço de um bem ou serviço, além de explicar a influência que outros fatores tem sobre a determinação da oferta. Confira! A demanda por determinado bem ou produto, conhecida como procura, pode ser definida da seguinte maneira (Sandroni, 2016): é a quantidade de bens ou serviços produzidos e oferecidos no mercado por determinado preço e em determinado período. Portanto, a oferta varia também em resposta ao preço, porém, no sentido oposto! Vamos considerar o mercado de pães franceses em um mesmo lugarejo. O padeiro encontra incentivos para aumentar a produção à medida que o preço se eleva. O retorno obtido pela venda a um preço mais elevado pode cobrir diversos custos adicionais, como aquisição de um novo forno, possibilitando ao padeiro expandir sua produção. Porém, caso o preço do pão francês alcance um valor consideravelmente alto, é possível que outra padaria surja no mesmo lugarejo, visando aproveitar as oportunidades de receita neste mercado. Como podemos observar a seguir. Demanda Preço (R$) 2 0,25 4 0,5 6 0,75 8 1 10 1,25 12 1,5 14 1,75 16 2 18 2,25 20 2,5 Demanda Preço (R$) 22 2,75 Portanto, à medida que o preço sobe, a oferta de pães aumenta, conforme este gráfico: Gráfico: Curva de oferta. A curva acima reflete a variação da oferta quando alteramos o preço e deixamos todo o resto constante (ceteris paribus). Além do preço do próprio produto, existem outras variáveis que influenciam a oferta de um bem e, consequentemente, podem alterar a curva de oferta. Veja! Custo de produção O aumento dos preços dos insumos e fatores de produção, como mão de obra, matérias-primas, terra, entre outros, pode reduzir a oferta. Nível tecnológico A melhoria na forma de combinar os fatores de produção pode reduzir custos, aumentar a produtividade e, consequentemente, elevar a oferta. Condições climáticas Variações no clima podem aumentar ou reduzir a oferta de alguns bens, como ocorre com as safras de diversos alimentos agrícolas. Equilíbrio de mercado Após o conhecimento das curvas de oferta e de demanda, é possível entender como ocorre a formação de preços dos bens. Em microeconomia, o equilíbrio de mercado expressa o resultado da interação entre as forças de oferta e de demanda, que são determinadas pelo processo de negociação entre produtores (vendedores) e consumidores (compradores). O preço de equilíbrio de mercado é aquele em que a quantidade demandada é igual à quantidade ofertada. Vamos retomar o nosso mercado de pães franceses em um pequeno lugarejo. Vamos sobrepor agora as curvas de oferta e demanda no mesmo gráfico. Gráfico: Equilíbrio de mercado. Observe que as curvas de demanda e oferta se cruzam em um único ponto. Nesse ponto, a quantidade demandada e a quantidade ofertada no mercado de pães é 12 para ambas as curvas. Essa é a quantidade comercializada nesse mercado, sem haver falta (escassez) ou sobra (excesso) de pães. Isso acontece quando o mercado se encontra no preço de equilíbrio, aquele que iguala oferta e demanda. Em nosso exemplo, quando o preço dos pães franceses é um real e cinquenta centavos (R$ 1,50), a quantidade comprada e a vendida de pães são iguais (12). Estruturas de mercado Neste vídeo, falaremos sobre as características básicas necessárias para classificar um mercado e os principais tipos de estruturas de mercado que podem surgir em uma economia. Assista! A forma de atuação da empresa no ambiente econômico, seu planejamento estratégico e suas possibilidades de sucesso dependem muito da sua forma de organização no ambiente econômico. Aqui estão os três os elementos básicos que determinam as estruturas mercadológicas nas quais acontecem a atuação das firmas. Observe! Número de empresas Quantidade de empresas que compõem o mercado. Tipo de produto Se as empresas fabricam produtos idênticos ou diferenciados. Barreiras ao acesso Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado. E quais são as estruturas de mercado? Vamos conhecê-las! Concorrência perfeita (pura) É uma estrutura de mercado que visa descrever o funcionamento ideal de uma economia, servindo de parâmetro para o estudo das outras estruturas de mercado. Trata-se de uma construção teórica em que todos os participantes têm informação perfeita sobre todas as condições do mercado. Nesse contexto, os produtores visam sempre maximizar os lucros e os consumidores maximizam a satisfação, ou utilidade, derivada do consumo de bens. Apesar disso, algumas aproximações dessa situação de mercado poderão ser encontradas no mundo real, como é o caso dos mercados de vários produtos agrícolas. Confira as principais características dessa forma de organização econômica. Número muito grande de empresas e de consumidores (mercado atomizado) Neste tipo de estrutura, cada participante representa uma parcela muito pequena do mercado, um “átomo”, de tal forma que nenhum agente econômico, agindo individualmente, consegue alterar o preço de mercado. Produtos homogêneos A f d t lh t Monopólio Quando falamos de concorrência perfeita, estamos abordando um tipo de estrutura de mercado situada no extremo da concorrência. Em um ponto diametralmente oposto, temos o monopólio, uma situação de mercado em que existe um só produtor de um bem ou serviço que não tenha substituto próximo. Com isso, o monopolista exerce grande influência na determinação do preço a ser cobrado pelo seu produto: ou os consumidores se submetem às condições impostas pelo vendedor, ou simplesmente deixam de consumir o produto. Aqui estão as principais características do monopólio, veja! As empresas oferecem produtos semelhantes, homogêneos. O produto oferecido por uma empresa A é o mesmo produto oferecido pela empresa B. Um exemplo são os produtos agrícolas. Livre entrada e saída de �rmas Não existem barreiras legais e econômicas para a entrada e para a saída de firmas no mercado (facilidade de entrada e saída de empresas). Determinado produto é ofertado por uma única �rma Uma única firma oferece o produto em um mercado. Não há substitutos próximos para esse produto O monopolista não enfrenta concorrência. No Brasil, temos o exemplo da Petrobrás, que exerce monopólio no setor de petróleo por meio de um controle estatal. Oligopólio É uma estrutura de mercado que se situa entre a concorrência perfeita e o monopólio. O setor produtivo brasileiro é altamente oligopolizado, sendo possível encontrar inúmeros exemplos, como serviços de telefonia móvel, serviços bancários, montadoras de veículos, setor de cosméticos, indústria de papel, indústria química, indústria farmacêutica, indústria de bebidas, dentre outras. As principais características do oligopólio você pode ver a seguir. Impossibilidade de entrada de novas �rmas Para que o monopólio exista, é preciso manter concorrentes em potencial afastados do segmento. Reduzido conjunto de empresas de grande porte domina a oferta de um bem ou serviço. O mercado pode ter muitas empresas, mas poucas dominam a oferta do produto. Produtos homogêneos ou diferenciados Existem exemplos de oligopólios em que os bens são homogêneos, como o caso da indústria de alumínio e cimento; e de oligopólios em que os produtos são diferenciados, como o setor de cosméticos no Brasil. Di�culdade de entrada de novas empresas O difícil acesso de novos concorrentes pode ser explicado por uma série de barreiras como: proteção de patentes, controle de insumo produtivo chave e tradição. No Brasil, de acordo com o Banco Central (2019), temos o oligopólio de cinco bancos que detinham, em 2018, 84,8% do mercado de crédito e 83,8% dos depósitos totais. São eles: 1. Itaú 2. Bradesco 3. Banco do Brasil 4. Caixa Econômica Federal 5. Santander Como resultado desse oligopólio, temos: Consequência negativa Altas taxas de juros repassadas ao consumidor final. Consequência positiva Poucos bancos vão à falência e o sistema financeiro é mais estável. Concorrência monopolística Estrutura de mercado que contém elementos da concorrência perfeita e do monopólio, ficando em situação intermediária entre as duas formas de organização de mercado. Veja as características dessa estrutura de mercado. Existência de grande número de compradores e de vendedores Da mesma forma que na concorrência perfeita, apresenta grande número de firmas, cada qual respondendo por uma fração da produção total de mercado. Cada �rma produz e vende um produto diferenciado, embora seja substituto próximo A diferenciação caracteriza a maioria dos mercados existentes. Cada produtor procura diferenciar seu produto a fim de torná-lo único. Existência de livre entrada e saída de �rmas D f d d ê i Grande parte dos empreendimentos dos setores de serviços e varejistas podem ser enquadrados como concorrência monopolística, destacando- se: bares, restaurantes, escritórios de advocacia, clínicas médicas, escritórios de contabilidade e de consultorias. Instrumentos de política macroeconômica Confira neste vídeo as características e objetivos dos instrumentos das políticas macroeconômicas: política fiscal, monetária, de rendas, cambial e comercial. O governo possui instrumentos de política macroeconômica para alterar o comportamento da economia e melhorar a qualidade de vida da população. Esses instrumentos variam de acordo com a política macroeconômica adotada. Acompanhe! Da mesma forma que no mercado de concorrência perfeita não existem barreiras legais ou de qualquer outro tipo que impeçam a livre entrada e saída de firmas no mercado. Política �scal Diz respeito aos instrumentos disponíveis pelo governo para a arrecadação de impostos e contribuições (política tributária) e o controle de suas despesas (gastos públicos). Ela também é utilizada para estimular ou inibir os gastos do setor privado. Um exemplo foi a política do governo federal de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre automóveis e produtos da linha branca, como eletrodomésticos, que impulsionou o consumo das famílias em 2012. Política monetária R f à t ã d b tid d Uma política macroeconômica bem-sucedida tem impacto direto no ritmo da atividade econômica, podendo melhorar a geração de emprego e renda e até mesmo a distribuição dos recursos entre os habitantes do país. Quando o governo emprega as suas políticas econômicas, ele tem o intuito de alcançar os seguintes objetivos. Observe! Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos, sendo os recursos disponíveis para sua emissão, compra e venda de títulos, regulamentação sobre crédito e taxas de juros, entre outros. Política cambial e comercial Trata da atuação governamental no setor externo da economia. A política cambial diz respeito à ação do governo sobre a taxa de câmbio. O governo fixa ou permite que a taxa de câmbio seja flexível por meio do Banco Central. A política comercial refere- se aos instrumentos que estimulam as exportações – estímulos fiscais e taxas de juros subsidiadas – e ao controle das importações – tarifas e barreiras maiores. Política de rendas Refere-se à interferência do governo na formação de renda, mediante o controle e congelamento dos preços. Esse controle sobre os preços e salários é obtido pelo combate ao aumento persistente e generalizado nos preços, que é a inflação. As políticas anti-inflacionárias brasileiras são o salário mínimo e o congelamento de preços e salários, por exemplo. Alto nível de emprego Considera-se emprego a utilização dos recursos produtivos (trabalho, capital e recursos naturais). Quanto maior a utilização de recursos produtivos, maior o ritmo da atividade econômica. Na situação de desemprego, temos ociosidade na utilização de recursos produtivos, dentre os quais a mão de obra. Estabilidade de preços Garantir o controle do processo inflacionário. Entende-se por inflação o aumento contínuo do nível geral de preços. O Brasil experimentou, ao longo das últimas décadas do século XX, períodos com inflação superior a 1.000% ao ano. Com uma inflação tão alta assim, a renda das famílias é corroída, pois os preços sobem muito e não é possível fazer planejamento financeiro. Por isso, a preocupação contínua do governo com o controle da inflação. Distribuição de renda Diminuir a disparidade de renda entre os indivíduos e entre as regiões do país, a partir de políticas macroeconômicas. Entretanto, a equidade, que é a distribuição dos benefícios advindos dos recursos escassos de maneira justa entre os membros da sociedade, pode entrar em conflito com a eficiência, ou seja, a maximização dos benefícios econômicos a partir dos recursos escassos da economia (Mankiw, 2013). Crescimento econômico Estimular a atividade produtiva nacional. Quando falamos em crescimento econômico, estamos pensando no aumento da renda nacional per capita, isto é, que seja colocada à disposição da coletividade uma quantidade demercadorias e serviços que supere o crescimento populacional. Economia e mercados Entender as estruturas de mercado da microeconomia é crucial para compreender a formação e dinâmica dos preços. Essas estruturas – concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e concorrência monopolística – oferecem uma base fundamental para compreender como os mercados operam e como os preços são formados. Entenda melhor! Concorrência perfeita Número de ofertantes (empresas): Muito grande (mercado atomizado). Tipo de produto: Homogêneo (não possui diferenciação). Barreiras à entrada de concorrentes: Não existem barreiras (livre entrada e saída de empresas). Monopólio Número de ofertantes (empresas): Somente uma empresa. Tipo de produto: Único (sem substitutos próximos). Barreiras à entrada de concorrentes: Impossibilidade de entrada de concorrentes. Oligopólio Número de ofertantes (empresas): Pequeno. Tipo de produto: Homogêneo ou diferenciado. Barreiras à entrada de concorrentes: Dificuldade de entrada de concorrentes. Concorrência monopolística Número de ofertantes (empresas): Grande. Tipo de produto: Diferenciado. Barreiras à entrada de concorrentes: Facilidade de entrada de novos concorrentes. Quando estiver analisando um mercado específico, tente observar qual estrutura descreve melhor o seu funcionamento. Essa análise ajuda a mapear as variáveis que serão mais importantes na formação de preços e na definição da quantidade comercializada. Lembre-se também que há outros fatores, como renda, preços de outros produtos, tecnologia e clima, que também afetam as curvas de demanda e oferta e, consequentemente, o equilíbrio de mercado. Ademais, não podemos esquecer que as políticas econômicas impactam as decisões de mercado, alterando de formas distintas a renda da população, os preços dos bens e serviços, demanda e oferta dos mercados. Podemos dividir essas políticas nos quatro grandes grupos a seguir. Confira! Política �scal Refere-se às decisões do governo relacionadas à arrecadação de impostos e aos gastos públicos para influenciar a economia. Política monetária Envolve a regulação da oferta de dinheiro e controle das taxas de juros pelo banco central para alcançar objetivos econômicos. Política cambial e comercial Relaciona-se com as ações do governo para influenciar a taxa de câmbio e promover políticas comerciais, afetando as transações internacionais. Política de rendas Engloba medidas para influenciar a distribuição de renda, seja por meio de políticas salariais ou de transferência de renda, buscando equilíbrio econômico. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Considerando as estruturas de mercado da microeconomia, quais as características dos bens na concorrência monopolística? A Homogêneos e substitutos perfeitos Parabéns! A alternativa D está correta. Na concorrência monopolística, cada firma produz e vende um produto diferenciado (heterogêneo), embora substituto próximo. A diferenciação caracteriza a maioria dos mercados existentes. Observe que não existe um tipo homogêneo de perfumes, de aparelhos de televisão, de restaurantes, de automóveis ou DVDs. Na realidade, cada produtor procura diferenciar seu produto a fim de torná-lo único. Questão 2 (Adaptada - Biblioteconomia – BNDES, 2013) A macroeconomia é o estudo da estrutura de economias nacionais e das políticas econômicas exercidas pelos seus governos com o objetivo de melhorar o desempenho econômico doméstico. Entre as questões pertencentes ao ramo da macroeconomia, estão: I. Causa do desemprego. II. Causa da inflação. III. Causa do desequilíbrio entre demanda e oferta em determinado mercado. IV. Determinantes do crescimento econômico no longo prazo. V. Causa do aumento da taxa de câmbio. Estão corretos os itens B Homogêneos e substitutos próximos C Únicos e sem substitutos próximos D Heterogêneos e substitutos próximos E Homogêneos e sem substitutos próximos A I e II. B I, II e III. C I, II, IV e V. D III, IV e V. Parabéns! A alternativa C está correta. A microeconomia estuda a formação de preços em mercados específicos, analisando situações de equilíbrio e desequilíbrio de demanda e oferta de produtos. A macroeconomia dedica-se à análise abrangente da economia, examinando como ocorre a determinação e o comportamento de fenômenos, como desemprego, expansão econômica, índices inflacionários e taxa de câmbio. Considerações �nais Ao longo deste conteúdo, analisamos o conceito de despesas, custos e investimentos, assim como quais as peculiaridades de cada um, como classificar os diferentes gastos e como eles são usados nas tomadas de decisões estratégicas nas empresas. Adicionalmente, transmitimos a forma correta de se precificar um produto ou serviço e as diferentes estratégias usadas por gestores para se encontrar o preço ideal. Por último, apresentamos algumas estruturas de mercado, agregados macroeconômicos e políticas governamentais que afetam os preços na economia. Dessa forma, você compreendeu os principais pontos referentes à análise de custos, sendo capaz de tomar melhores decisões gerenciais, a fim de alcançar maior eficiência e eficácia empresarial. Podcast Ouça o conteúdo sobre mercado, formação de preços e as diversas características dos custos. Confira como esses aspectos são fundamentais para a rentabilidade das empresas. E II, III e IV. Explore + Para aprender mais sobre os assuntos tratados, acesse os veículos de comunicação financeira: Canal Finanças 101 Como Investir | ANBIMA Dinheirama Infomoney Portal do Investidor Portal Sebrae Referências COELHO, F. S. Formação estratégica de precificação: como maximizar o resultado das empresas. Rio de Janeiro: Atlas, 2009. FERREIRA, R. Contabilidade de custos: teoria e questões comentadas. 11. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2018. MANKIW, N. G. Introdução à economia. Tradução da 6ª Edição Norte- Americana. Cengage Learning, 2013. MARTINS, E. Contabilidade de custos. 11. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2018. MARTINS, E.; ROCHA, W. Contabilidade de custos: livro de exercícios. 11. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2015. PINTO, A. A. G. et al. Gestão de custos. 3. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2017. SANDRONI, P. Dicionário de economia do século XII. Record, 2016. VASCONCELLOS, M. A. S. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas, 2010. 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