Buscar

Mercado e Formação de Preços

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Mercado e formação de preços
Prof. Rodrigo Leite
Descrição
Você vai compreender a aplicação básica dos principais conceitos sobre
investimento, custo, preço, mercado e economia e seus usos para
tomada de decisões gerenciais. 
Propósito
Entender os fatores que influenciam a formação de preços é importante
para os profissionais que trabalham com gestão e comércio. 
Objetivos
Módulo 1
Custos
Identificar os custos diretos, indiretos, variáveis e fixos de um
produto.
Módulo 2
Lucro
Analisar lucro e margem de contribuição.
Módulo 3
Preci�cação
Calcular o preço de venda de um produto.
Módulo 4
Pensamento econômico
Identificar os ferramentais básicos da microeconomia e as principais
políticas macroeconômicas.
Introdução
No Brasil, cerca de 60% das empresas fecham suas portas em
até 5 anos após a sua criação. Além disso, em 2018, 96% das
empresas que faliram no Brasil eram pequenas. Isso demonstra
tanto a dificuldade do mercado brasileiro quanto a falta de
preparo do pequeno empreendedor nacional. 
Sem ter uma noção prática de como se calcula uma margem de
contribuição, sem saber quais são os custos fixos e variáveis de
um negócio e, principalmente, sem ter uma base para definir o
preço de venda de um produto, as chances do sucesso de um
negócio, que já são pequenas, tornam-se ínfimas. Por essa razão,
a temática mercado e formação de preços é tão relevante. 
Aqui, você vai explorar os conceitos contábeis básicos e as
nomenclaturas e como calcular os custos e usar esses
resultados tanto para verificar a viabilidade de um negócio quanto
para definir o preço de venda de um produto. Você vai entender
alguns conceitos microeconômicos fundamentais, os principais
agregados macroeconômicos e as políticas governamentais que
impactam diferentes mercados. 
Para começar, assista ao vídeo!
Material para download
Clique no botão abaixo para fazer o download do
conteúdo completo em formato PDF.
Download material

javascript:CriaPDF()
1 - Custos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os custos diretos, indiretos, variáveis e
�xos de um produto.
Custo, despesa e investimento
A teoria de formação de preços vem de uma parte da contabilidade
chamada de contabilidade de custos.
Você provavelmente já ouviu falar que a contabilidade é a língua dos
negócios e, como qualquer língua, se você não conhecer as principais
palavras, termos e estruturas, não conseguirá usá-la para se comunicar
eficientemente. O mesmo se aplica à contabilidade de custos: para
aplicá-la de forma eficaz e eficiente em suas tomadas de decisões, é
necessário conhecer seus principais termos.
Toda vez que realizamos uma compra, conhecida na contabilidade
como dispêndio de caixa, estamos incorrendo em um custos, efetuando
uma despesa ou realizando um investimento. Cada uma dessas três
palavras possui conceitos específicos e é importante para identificar o
tipo de gasto que estamos realizando, elucidando os dispêndios de
caixa efetuados.
Investimento
Pode ser entendido como a aquisição de bens ou serviços que irão gerar
mais riqueza para os sócios da empresa no futuro.
O investimento pode ser diferenciado dos outros tipos
de gastos pelo fato de sempre resultar na aquisição de
um ativo – bem ou direito – que a empresa pode
utilizar para realizar suas operações.
Levando em conta um contexto de oferta de produto e outro de oferta
de serviço, vamos conferir dois exemplos de investimentos.
Sr José, além de proprietário da padaria, também trabalha como
padeiro. Devido ao aumento da demanda, ele precisou comprar
um forno industrial para assar a quantidade de pães necessária
para atender a todos os seus fregueses. Esse tipo de gasto que o
Sr. José realizou foi um investimento.
Marcela, recém-formada em medicina, tem seu próprio
consultório com alguns colegas. O investimento para o
consultório seria a compra de material para atendimento, tais
como estetoscópios, cama médica, mesas e cadeiras, entre
outros. Como todo esse material seria usado na atividade-fim da
empresa ‒ prestar o serviço de atendimento médico ‒, o que, no
final, geraria mais riqueza.
Outro exemplo de investimento para uma empresa seria a compra de
um imóvel, um veículo ou um computador. Em todos esses casos, a
empresa está recebendo um bem como contrapartida de seu gasto.
Padaria do Sr. José 
Consultório da Dra. Marcela 
Imagine que uma empresa
compre uma patente de
outra empresa, a �m de
desenvolver um produto.
Esse é um tipo de
investimento? 
Resposta
Sim! Lembre-se de que o investimento é a
aquisição de um bem ou de um direito.
Assim sendo, tanto a compra de um ativo
físico quanto a de um ativo intangível ‒ como
o caso de uma marca, patente, direito de

Custo
São todas as saídas de dinheiro que são necessárias para que a
empresa possa produzir um bem ou prestar um serviço. Como o custo
pode ser classificado considerando a padaria do Sr. José e o consultório
da doutora Marcela? Vamos lá!
Para fabricar os pães, o Sr. José precisa comprar farinha para
servir de matéria-prima. Diferentemente do fogão, que pode
permanecer durante anos sendo usado pela padaria, esse ativo
será consumido rapidamente na produção do seu produto. Isto é,
a farinha será utilizada de forma bem mais rápida para se
fabricar os pães. Logo, esse tipo de gasto difere do investimento,
pois a farinha faz parte do pão (produto final). Portanto, tal gasto
é classificado como custo.
Como o consultório presta serviço de atendimento clínico
através de médicos, o salário dos médicos é um custo. Além
disso, como é necessário um imóvel para as consultas e
produtos para a higienização adequada dos pacientes, o aluguel
do imóvel e esses produtos também são considerados custos,
entre outros.
Agora, é fundamental entender a diferença entre investimento e custo,
veja!
Custo
Gasto alocado em um
produto, diretamente
relacionado a sua
produção.
Investimento
Gasto alocado em
outros tipos de ativos
como maquinário,
equipamentos, imóveis,
veículos etc.
exploração, concessão etc. ‒
são investimentos.
Padaria do Sr. José 
Consultório da Dra. Marcela 

Despesa
São todos os gastos que não estão diretamente ligados à atividade-fim
da empresa. Será que existe diferença no conceito de despesa quando
se oferece produto ou serviço? Vamos entender o que é considerado
despesa para a padaria e para o consultório.
O Sr. José deseja reformar a sua padaria e consegue um
empréstimo bancário para poder realizar essa reforma. O valor
que ele pagará pelo empréstimo é chamado de despesa
financeira, pois este é um valor que não se transformou em um
ativo (portanto, não é investimento) e nem pode ser alocado no
produto, porque o gasto não foi utilizado na produção do produto
(logo, não é custo). Se o Sr. José contratasse um caixa para
atender aos seus clientes, o valor do salário pago seria também
um tipo de despesa.
No consultório, a atividade-fim é prestar serviço médico. Sendo
assim, são classificados como despesas o salário da
recepcionista do seu consultório, a TV a cabo disponível na
recepção para que seus pacientes possam se entreter enquanto
aguardam, a água do filtro que é fornecida, entre outras.
Perceba que, por mais que esses gastos sejam, muitas vezes,
importantes, nenhum deles influenciam de forma direta a atividade-fim
da padaria, que é vender pães, ou do consultório, que é atender aos
pacientes. E é por esse simples detalhe que esses gastos são
classificados como despesa nos dois tipos de negócio, ou seja, um
gasto relativo ao consumo de bem ou serviço que tem relação direta ou
indireta com o processo de obtenção de receitas da entidade.
Resumindo
Investimento é um valor gasto para comprar um ativo. Custo é um valor
gasto para comprar matérias-primas ou outros tipos de insumos para
produção (ou, ainda, se você compra diretamente um produto acabado
para revenda). Despesa é um valor gasto em outras finalidades que não
compõem o custo do produto nem se encaixam como aquisiçãode
ativo.
Os custos são o foco da contabilidade de custos porque eles são
essenciais para uma boa tomada de decisão com relação à fabricação
de produtos e para determinar a rentabilidade desses produtos. Esses
custos estão diretamente relacionados à operação da empresa, pois
estão ligados aos produtos.
Padaria do Sr. José 
Consultório da Dra. Marcela 
Custo, despesa e investimento
Neste vídeo, falaremos sobre os conceitos de custo, despesa e
investimento, além de explorar as implicações financeiras que moldam o
sucesso empresarial. Não perca!
Atividade discursiva
(Adaptada - Concurso para técnico em contabilidade da Prefeitura de
Indaiatuba ‒ 2018) Segundo a terminologia aplicada à contabilidade de
custos, o que significa o termo custo?
Digite sua resposta aqui
Chave de resposta
O custo é o gasto para se produzir outro produto, bem ou
serviço.
(Adaptada - Concurso para auditor de controladoria da Prefeitura de
Jataí ‒ 2019) Segundo a terminologia aplicada à contabilidade de
custos, o que significa o termo despesa?
Digite sua resposta aqui
Chave de resposta


Bem ou serviço consumido, direta ou indiretamente, para a
obtenção de receitas. Isto é, despesa é todo o desembolso
de dinheiro para a obtenção dessa receita.
Custos diretos e indiretos
Os custos diretos são aqueles em que a atribuição do custo a um
produto é fácil.
Exemplo
A matéria-prima é um tipo de custo direto, tendo em vista que é possível
atribuí-la diretamente a um produto específico. Outro exemplo é a mão
de obra direta, visto que o trabalhador executou o seu serviço
diretamente no produto.
Já os custos indiretos são mais difíceis de serem diretamente atribuídos
a um produto.
Exemplo
A energia elétrica de uma fábrica ou a mão de obra indireta, ou seja,
pessoas que não trabalham diretamente na fabricação do produto.
Custo diretos e indiretos
Neste vídeo, falaremos sobre os conceitos de custo, despesa e
investimento, além de explorarmos as implicações financeiras que
moldam o sucesso empresarial. Não perca!
Agora vamos conferir exemplos de custos diretos nas situações
envolvendo a padaria do Sr. José e o consultório da Dra. Marcela.
Custos diretos da padaria
Incluem o valor da farinha utilizada nos pães e o valor que o Sr. José
paga a si mesmo por atuar como padeiro.
Custos diretos do consultório

Incluem as fichas dos pacientes, atestados, receitas médicas, algodão,
seringa e outros materiais utilizados no cuidado dos pacientes.
Entretanto, o valor dos aluguéis do imóvel e a energia elétrica gasta na
padaria e no consultório são exemplos de custos indiretos, tanto para a
padaria quanto para o consultório.
Vamos aos exemplos de custos indiretos nas situações envolvendo a
padaria do Sr. José e o consultório da Dra. Marcela.
Custos indiretos da padaria
incluem o salário de um funcionário especificamente contratado para
carregar e/ou descarregar, além de manter organizado o depósito de
matérias-primas (farinha, fermento e outros itens necessários para a
produção de pães e bolos).
Custos indiretos do consultório
incluem, por exemplo, o salário de um funcionário específico contratado
para entregar todo o tipo de material coletado em exames nos
laboratórios de análises clínicas e, posteriormente, buscar os laudos
desses exames, caso o consultório realizasse procedimentos dessa
natureza.
Nesses dois casos, os funcionários atuam no produto/serviço, mas a
atividade deles não é facilmente atribuída a cada produto/serviço que a
padaria e o consultório realizam. Tais gastos com funcionários podem
ser enquadrados como custos indiretos. Nesses exemplos, pode ser
utilizado um critério de rateio para distribuir gastos para cada
produto/serviço ofertado.
Geralmente, quanto maior a complexidade de uma organização e maior
o número de produtos produzidos/comercializados ou serviços
prestados, mais exemplos de custos indiretos podem ocorrer.
No entanto, definir custos diretos e indiretos pode ser mais complexo do
que imaginamos: nos exemplos anteriores, citamos que a energia
elétrica é um tipo de custo indireto. Entretanto, se uma fábrica instalar
diferentes medidores de energia e conseguir alocar o valor da conta de
eletricidade entre os variados processos de produção, então este poderá
ser um exemplo de custo direto.
Outro caso que mostra a dificuldade de se atribuir um custo como direto
ou indireto é o da remuneração do Sr. José. Ele trabalha como padeiro e
também é o responsável por supervisionar o trabalho dos demais
funcionários da cozinha. Além disso, como também é o dono da
padaria, tem que administrar o negócio. Em vista disso, na sua
remuneração estão inclusos diversos tipos de gastos:
Custos diretos ‒ A mão de obra direta do seu trabalho como
padeiro.
Custos indiretos ‒ A mão de obra indireta como supervisor geral
da cozinha.
Despesa ‒ O seu trabalho como administrador.
É preciso segregar os valores, pois cada parcela se refere a um tipo de
gasto. Uma dúvida que pode surgir na cabeça do administrador ou do
dono do negócio é:
Saber quais são seus custos diretos e indiretos auxilia na tomada de
decisão de uma empresa.
Os custos diretos não precisam de um rateio geral,
porque podem ser diretamente alocados nos produtos.
Porém, os custos indiretos precisam ser rateados entre
todos os produtos.
No caso da padaria do Sr. José, ele trabalha 6 horas por dia fazendo
pães, e 2 horas por dia fazendo bolos, portanto é fácil alocar o custo do
salário de padeiro dele nos dois tipos de produtos: 3/4 são alocados nos
pães e 1/4 nos bolos.
Todavia, o salário do funcionário, que cuida do depósito de matérias-
primas, não tem como ser diretamente alocado nos pães e nos bolos,
então o rateio pode ser feito de forma proporcional a quantidade total
produzida. Se são produzidos 1.000 pães e 50 bolos por dia, uma forma
de rateio seria dividir o valor do salário mensal pela proporção que cada
produto contribui na fabricação total.
Nesse caso, os pães terão a proporção de 1.000/1050 (que é
aproximadamente 95%) e bolos de 50/1.050 (que é aproximadamente
5%). Sendo assim, se o funcionário do depósito tem um salário mensal
de $ 2.000,00, esse custo indireto será alocado proporcionalmente para
os pães em $ 1.900 e em bolos $100.
Por que tenho que ter todo
esse trabalho em segregar os
meus custos entre diretos e
indiretos?
Resposta
Porque a contabilidade não existe como um
fim em si mesma, mas, sim, como um meio
de ilustrar e auxiliar a tomada de decisão.

Custos variáveis e �xos
Conceito e aplicação
Uma forma adicional de se medir os custos de um produto pode ser
posta em prática quando a nossa análise é pautada no comportamento
do custo, ao alterarmos a produção e distinguirmos entre os custos que
variam de acordo com a produção e os que não variam. Por exemplo,
caso você aumente ou diminua a sua produção, os custos das matérias-
primas irão aumentar ou diminuir conforme a sua produção. Porém,
surge a seguinte dúvida:
Os tipos de custos que não variam são chamados de fixos, enquanto os
outros custos são chamados de variáveis.
Em relação aos exemplos anteriores, vamos analisar como se
distribuem os custos variáveis e fixos na padaria do Sr. José.
Custos variáveis
Aumentam se a produção aumentar e diminuem caso ela diminua.
Incluem a farinha utilizada para fazer os pães, a água usada para
misturar na farinha, os demais ingredientes e o gás do fogão.
Todos os custos no �m não
variam de acordo com a
produção?
Resposta
Sim. Por exemplo, se uma empresa decidir
aumentar sua produção e precisar alugar um
espaço maior para utilizá-lo como fábrica, o
valor pago pelo aluguel do prédio também
aumentará. No entanto, quando falamos do
valor para o custo variar, estamos
considerando alterações de curto prazo e
não mudanças significativas na produção.
Dessa forma, caso a empresa faça pequenas
variações em sua produção, o custo do
aluguel não mudará.

Custos �xos
Permanecem constantes, como o salário do assistente decozinha, que
não é afetado pela quantidade de pães produzidos.
Lembre-se sempre de que estamos falando de custos de curto prazo.
Pode ser que, caso o Sr. José aumente a sua padaria e abra uma filial,
ele precise contratar um novo assistente de cozinha.
Agora vamos analisar como se distribuem os custos variáveis e fixos
no consultório da Dra. Marcela.
Custos variáveis
Variam conforme se atende a cada paciente. Incluem o papel usado
para forrar a cama médica, os palitos de madeira usados para analisar a
garganta, entre outros custos.
Custos �xos
Mantêm-se constantes, como o aluguel do imóvel, que permanecerá o
mesmo independentemente da carga horária de trabalho e da
quantidade de pacientes, ou mesmo ao optar por uma escala alternada
de 24 horas por dia.
Relação entre os tipos de custo
Notamos aí que existe uma relação entre os dois tipos de custos que
vimos até agora: direto/indireto e fixo/variável. Normalmente, custos
diretos, por serem diretamente e facilmente relacionados ao produto,
tendem a variar com a produção, sendo, assim, variáveis. O mesmo vale
para os custos indiretos: por eles não serem tão associados com a
produção, tendem a ser considerados fixos.
Porém, isso é uma tendência geral, e não uma regra! 
Exemplo
A energia elétrica é um custo indireto, porém variável: quanto maior a
produção, normalmente maior é a utilização de energia elétrica.
Podemos citar também a mão de obra direta. Ela é um custo direto,
porém fixo em curto prazo para pequenas variações na produção.
Na padaria do Sr. José, caso sejam produzidos 500, 800 ou 1.000 pães
por dia, apenas um padeiro irá trabalhar, o Sr. José. Portanto, para essa
empresa, a mão de obra direta é um custo fixo.
Já no consultório, onde cada médico possui uma especialidade, caso se
queira aumentar a oferta de consultas, deverão ser contratados novos
profissionais, tornando um custo variável.
Os custos variáveis não precisam de um rateio geral,
porque já se sabe o valor para cada unidade do
produto. Porém, os custos fixos precisam ser rateados
entre todos os produtos.
Uma vantagem da análise através do custeio variável/fixo é que os
valores dos custos fixos alocados na unidade do produto, como não
tendem a mudar muito com a escalada da produção, tendem a diminuir
conforme a produção aumenta.
Assim, se uma empresa tem custos fixos de R$ 100.000,00 na produção
de 200.000 produtos, a parcela do custo fixo em cada produto é de R$
0,50, mas se ela produzir 250.000 produtos, o custo fixo cai para R$ 0,40
a unidade.
Isso também pode ser uma armadilha, tão sutil e devastadora, que tem
o nome em inglês de death spiral (espiral da morte).
Custeio
Forma de alocar o custo de produção de determinado produto ou serviço.
Exemplo
Uma empresa, que tem lucro, produz quatro tipos de produtos:
produto A, produto B, produto C e produto D.
Ao analisar a produção do produto D, o empresário percebeu que a
receita de vendas desse produto é menor do que a soma do custo
variável e do custo fixo alocados para o produto D.
O gestor decide que não vale mais a pena continuar fabricando o
produto D e encerra a linha de produção do produto D. Embora isso
acabe com os custos variáveis associados ao produto D, os custos
fixos associados a ele não desaparecem porque são fixos e,
portanto, devem ser alocados em outros produtos.
Devido ao aumento dos custos fixos alocados aos produtos A, B e
C, o produto C passa a ter seus custos, tanto variáveis quanto
fixos, superando a receita de vendas.
Usando a mesma justificativa, o gestor decide eliminar os
produtos A, B e C, pois os custos fixos alocados a eles, devido à
descontinuação da linha de produção do produto D, estavam
aumentando. Agora, a empresa, que antes era lucrativa, acaba indo
à falência, mesmo tomando decisões que pareciam fazer sentido.
Qual a moral da história? Os custos fixos são fixos! Quando fazemos um
rateio dos custos fixos é para tomada de apenas algumas decisões
gerenciais. Entretanto, existem decisões em que somente os custos
variáveis devem ser considerados.
Custos diretos e indiretos e custos
�xos e variáveis
Neste vídeo, falaremos sobre aspectos importantes para a contabilidade
de custo, abordando custos fixos, variáveis, diretos e indiretos, e os

riscos associados. Confira!
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(Adaptada - Concurso para analista financeiro Jr. EMDEC ‒ 2019)
Em determinado período, a empresa XX, que fabrica e comercializa
dois tipos de produtos (produto A e produto B), incorreu nos
seguintes gastos:
Matéria-prima ‒ valor: R$ 200.000,00
Mão de obra direta ‒ valor: R$ 300.000,00
Comissões sobre as vendas ‒ valor: R$ 80.000,00
Aluguel da fábrica ‒ valor: R$ 150.000,00
Salários e encargos dos supervisores ‒ valor: R$ 120.000,00
Salários e encargos da secretária da diretoria ‒ valor: R$
50.000,00
Total: R$ 900.000,00
Com relação aos gastos incorridos no período, assinale a
alternativa que contenha informações corretas:
A
O total de custos diretos foi R$ 500.000,00 e o total
dos custos indiretos R$ 350.000,00.
B
O total dos custos indiretos foi R$ 270.000,00 e o
total das despesas operacionais R$ 130.000,00.
C
O total dos custos diretos foi R$ 650.000,00 e dos
custos indiretos R$ 120.000,00.
D
O total das despesas operacionais foi R$
400.000,00.
E
O total de custos diretos foi R$ 500.000,00 e o total
dos custos indiretos R$ 130.000,00.
Parabéns! A alternativa B está correta.
Para chegar a esse resultado, utilizamos os seguintes cálculos:
Custos diretos: matéria-prima + mão de obra = 200.000 +
300.000 = 500.000;
Custos indiretos: aluguel da fábrica + salários/encargos dos
supervisores = 150.000 + 120.000 = 270.000;
Despesas operacionais (despesas restantes que não são
custos): comissões sobre as vendas + secretária da diretoria =
80.000 + 50.000 = 130.000.
Questão 2
José herdou a granja de galinhas da sua família após se formar na
faculdade. Pensando em expandir os negócios para uma escala
nacional, a primeira exigência de José foi a de analisar os custos do
negócio. Ele obteve como custo fixo em torno de R$ 165.000,00 e
como custo variável em torno de R$ 250.000,00.
Além disso, foi explicado para José que, como a atividade-fim do
negócio é a criação e venda de aviário, tudo o que as galinhas
precisavam era de ração e água, o que variava conforme a
quantidade de galinhas que ele tivesse. Dessa forma, após entender
o negócio, José decidiu que expandir era a melhor estratégia e
calculou os novos custos necessários para a expansão, que seriam
adicionados aos custos anteriores, conforme a seguir:
Ração ‒ valor: R$ 200.000,00
Aluguel ‒ valor: R$ 90.000,00
Seguro ‒ valor: R$ 2.000,00
Água ‒ valor: R$ 150.000,00
Eletricidade ‒ valor: R$ 20.000,00
Com esses novos custos, como ficariam divididos os custos da
granja?
A
Custo fixo R$ 300.000,00 e custo variável R$
350.000,00.
B
Custo fixo R$ 277.000,00 e custo variável R$
450.000,00.
C
Custo fixo R$ 277.000,00 e custo variável R$
600.000,00.
D
Custo fixo R$ 270.00,00 e custo variável R$
300.000,00.
Parabéns! A alternativa C está correta.
Para se resolver a questão, primeiramente é necessário classificar
os novos custos entre fixos e variáveis. Foi explicado que os únicos
custos que variavam na criação e venda de galinhas eram a ração e
a água, que somados dão R$ 350.000,00. Adicionalmente, como
não foi especificado que a eletricidade seria um custo variável,
devemos assumir que é um custo fixo (pois a granja precisa de
iluminação constante, independentemente da quantidade de
galinhas que ela possua), enquanto o aluguel e o seguro não se
alteram conforme a quantidade de galinhas. Dessa forma, os
custos fixos são R$ 112.000,00. Como a questão explicitou que os
novos custos vão ser adicionados aos anteriores, então deve-se
somar os novos custos fixos e variáveis aos anteriores, ficando um
total de custo fixo de R$ 277.000,00 e custo variável de R$
600.000,00.2 - Lucro
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar lucro e margem de contribuição.
Análise de Custo X Volume X Lucro
Também chamada de CVL, essa análise é fundamental para se verificar
a sustentabilidade do negócio e o quanto ele é factível.
Utilizando o exemplo da padaria do Sr. José, quantos pães ele precisa
produzir e vender para o seu negócio ser sustentável? Essa quantidade é
factível? A fim de realizar essa análise, nós faremos a divisão dos
custos dessa padaria entre fixos e variáveis. A seguir, estão os custos
que o Sr. José apurou. Acompanhe!
Custos �xos (mensais) da padaria do Sr. José
E Custo fixo R$ 300.000,00 e custo variável R$
700.000,00.
Aluguéis da padaria: R$ 4.000
Salário do assistente de cozinha: R$ 2.000
Remuneração do Sr. José: R$ 4.500
Depreciação do fogão: R$ 300
Custos variáveis (por pão) da padaria do Sr.
José
Matéria-prima (farinha, água, sal etc): R$ 0,06
Gás: R$ 0,04
Energia elétrica: R$ 0,02
Valor de venda do pão: R$ 0,15/un.
Agora, para analisarmos esses números, nós temos que, em primeiro
lugar, entender o conceito de lucro contábil. Na contabilidade, o lucro é a
diferença entre as receitas e os gastos se essa diferença for positiva, e é
prejuízo se essa diferença for negativa. Portanto, temos a seguinte
relação:
A receita é o valor de quanto a empresa conseguiu vender por mês, ou
seja, é a quantidade vendida vezes o preço unitário. Já os gastos tem a
parte que varia de acordo com as unidades vendidas (gastos variáveis)
e a que não varia (gastos fixos). Assim, temos a seguinte relação que
deriva da primeira:
Note que a quantidade vendida está multiplicando tanto o preço quanto
o custo variável e a despesa variável na equação anterior.
Consequentemente, podemos colocar em evidência esse valor, assim
como mostrado a seguir.
Esse termo descrito como a diferença entre o preço e os custos e
despesas variáveis é chamado de margem de contribuição unitária
(MCU), que é calculada pela diferença entre a preço de venda e os
custos e despesas variáveis:
Análise de Custo X Volume X Lucro
 Lucro  =  Receitas  −  Gastos 
 Lucro  = ( Preço  ×  Quant. Vendida ) − [( Custo Variável  +  Despesa Variável ) ×  Quant. Vendida ]
 Lucro  = ( Preço  −  Custo Variável  −  Despesa Variável ) ×  Quant. Vendida - Gasto Fixo 
MCU = P − (CV +DV )

Neste vídeo, abordaremos a análise de Custo X Volume X Lucro e
explicaremos como ela é fundamental para avaliar a sustentabilidade do
negócio e sua viabilidade. Assista!
Ponto de equilíbrio
É a quantidade mínima que deve ser vendida para que um resultado seja
alcançado. Iremos utilizar dois tipos de pontos de equilíbrio: o contábil e
o financeiro.
Ponto de equilíbrio
Neste vídeo, falaremos sobre como identificar o ponto de equilíbrio e
explicaremos de quais formas ele impacta a saúde financeira das
empresas. Confira!
Ponto de equilíbrio contábil (PEC)
Acontece quando o lucro é igual a zero, ou seja, é a quantidade mínima
para se vender sem ter prejuízo. Temos assim:
Como queremos achar a quantidade vendida, temos que isolar esse
termo. A fórmula fica então:
Ponto de equilíbrio contábil para a padaria

0 = MCU ×  Quant. vendida  −  Gasto fixo 
 Quant. vendida (PEC) =  Gasto fixo /MCU
No caso do exemplo da padaria do Sr. José, podemos calcular o valor do
ponto de equilíbrio contábil da seguinte forma:
Note que a quantidade de pães diária que o Sr. José tem que produzir e
vender é altíssima, 12.000 pães! Ao verificar isso, o Sr. José percebeu
que, para conseguir manter a sua padaria ativa, ele teria que diminuir a
sua remuneração. Se ele não fizesse isso, não teria como atingir o PEC.
Ele decidiu que, nesse início de operação, iria se pagar apenas R$ 2.000
(antes eram R$ 4.500, portanto, uma redução de R$ 2.500 na
remuneração) por mês e que ele só aumentaria a sua remuneração
quando o negócio já estivesse se expandindo o suficiente.
Agora, os gastos fixos (GF) ficam com o 10.800 — 2.500 = 8.300, e o
novo ponto de equilíbrio contábil (PEC) fica em 8.300/0,03 = 276.667
pães por mês, ou 9.222 pães por dia, o que é uma meta bem menor do
que os anteriores 12.000 pães diários.
Ponto de equilíbrio contábil para o consultório
No caso do consultório da Dra. Marcela, o ponto de equilíbrio é a
quantidade mínima de atendimentos que os médicos devem fazer por
mês para que a empresa não dê prejuízo. Isto é, dados todos os gastos
mensais do consultório e o preço da consulta, quantos atendimentos
serão necessários para que o consultório saia no zero a zero?
Vamos supor que a Dra. Marcela e seus sócios cobram R$ 108,00 por
consulta e não tenham nenhuma despesa, considerando a tabela de
custos a seguir:
Aluguel do imóvel + luz + água
Custo fixo — valor: 500
Custo por atendimento
Custo variável — valor: 1
Custo médico
Custo variável — valor: 100
Para se calcular o ponto de equilíbrio do consultório, basta usar a
fórmula do lucro e substituir o lucro por zero, conforme a seguir.
Depois de isolar o termo quant. de atendimentos, temos:
MCU = 0, 15( preço ) − 0, 06( matéria-prima ) − 0, 04 (gás ) − 0, 02( energia ) = 0, 03
GF = 4.000 + 2.000 + 4.500 + 300 = 10.800
PEC = 10.800/0, 03 = 360.000 pães por mês (12.000 pães por dia) 
0 = (MCU ×  Quant. de atendimento ) −  Custos e despesas fixas 
 Quant. de atendimento  =
 Custos e despesas fixas 
 MCU 
O ponto de equilíbrio do consultório é composto pelos seguintes
valores:
Quant. de atendimentos $=\frac{500}{108-101} ;$
Quant. de atendimentos $=\frac{500}{7} ;$
Quant. de atendimentos $=71,42$.
Isto é, os médicos precisam realizar, no mínimo, 71,42 atendimentos por
mês para que o consultório pague todos os seus custos e despesas.
Ponto de equilíbrio: o ponto de equilíbrio �nanceiro (PEF)
Na contabilidade, existem certos tipos de custos e despesas fixas que
são puramente contábeis:
Depreciação
Amortização
Exaustão
Esses custos e despesas fixas estão relacionadas com o uso do ativo,
mas não geram saída de recursos financeiros da empresa, ou seja não
geram um desembolso. Por isso são chamados de custos e despesas
não desembolsáveis.
Assim, para se verificar o ponto de equilíbrio financeiro, elas são
desconsideradas, pois nessa análise não se deseja verificar se o lucro é
zero, mas se a empresa está gerando receita suficiente para custear
seus gastos (retirando da conta os custos e despesas não
desembolsáveis). Observe o seguinte gráfico.
Gráfico: Ponto de equilíbrio financeiro.
Portanto, o ponto de equilíbrio financeiro (PEF) é um ajuste do ponto de
equilíbrio contábil (PEC) e pode ser calculado como:
No caso do Sr. José, o PEF para quando ele paga R$ 2.000 por mês ao
invés dos R$ 4.500, fica em:
 PEF  = ( Gastos fixos  −  Depreciação, amortização e exaustão )/MCU
(8.300 − 300)/0, 03 = 266.667 pães por mês, ou 8.889 pães por dia 
Note que esse valor é menor do que os 9.222 pães anteriores que o Sr.
José tinha que vender. Isso acontece porque no PEF o Sr. José não
precisa cobrir os R$ 300 de depreciação do fogão que acontece todo
mês, assim, a quantidade necessária para se alcançar o ponto de
equilíbrio é menor.
Custo de oportunidade
É o valor sacrificado ao fazer uma escolha específica. “Nada na vida é
de graça”, você já deve ter ouvido essa expressão. Ela reflete que cada
escolha é uma perda. Ao fazermos uma escolha, renunciamos a todas
as escolhas possíveis que poderíamos ter feito. Dessa forma, a
contabilidade de custos também incorpora esse fato ao ajudar na
tomada de decisão.
Custo de oportunidade para Dra. Marcela
Quando decidiram montar um consultório médico, Marcela e seus
sócios renunciaram usar esse dinheiro para outras atividades, tais como
investir na bolsa de valores, em um fundo de investimentos, aplicar o
dinheiro na poupança etc.
Essa renúncia, referente ao quanto se poderia ganhar aplicando o
dinheiro em outro área, é chamada de custo de oportunidade e deveria
ser levada em consideração pelos médicos, pois ela é importantíssima
na tomada de decisão,já que é o custo de oportunidade que norteia os
médicos para definir se eles devem ou não abrir o consultório, pois, caso
eles recebam no final do mês de trabalho apenas R$ 10 cada, talvez
optem por não abrir o consultório e trabalhar em um hospital.
Para se calcular o PEE, utilizamos o custo de oportunidade como o
nosso objetivo de lucro. Sendo assim, temos esta fórmula:
Vamos supor que a Dra. Marcela e seus sócios, cobrando R$ 108,00 por
consulta e sem nenhuma despesa, decidam que apenas compense
trabalhar em um consultório caso eles lucrem R$ 1.000 no final do mês,
e considerando os seguintes custos:
Aluguel do imóvel + luz + água
Custo fixo — valor: 500
Custo por atendimento
Custo variável — valor: 1
Custo médico
Custo variável — valor: 100
Levando esses dados em conta, o cálculo do custo de oportunidade
pode ser realizado como:
 Quant. de atendimentos (PEE) = Gasto fixo + Custo de oportunidade/MCU 
Quant. de atendimentos ;
Quant. de atendimentos ;
Quant. de atendimentos .
Dessa forma, é necessário que Marcela e seus sócios atendam no
mínimo 214 pacientes por mês para que seja favorável a eles
trabalharem em um consultório.
Custo de oportunidade para o Sr. José
O Sr. José calcula que, além dos R$ 4.500 que ele gostaria de receber de
salário fixo no futuro, também gostaria que o negócio desse um lucro
mensal de R$ 5.000, a fim de que ele pudesse usar esse dinheiro para
expandir a sua padaria para outras localidades no bairro.
Esses R$ 5.000 também são os valores mínimos que o Sr. José acredita
que precisa ter de lucro para compensar o fato do risco que é ter a sua
própria padaria, ao invés de trabalhar como padeiro em outro local.
Porque, como empresário, ele não tem acesso a férias, décimo terceiro,
FGTS e seguro-desemprego, além do risco que é ter seu próprio negócio.
Portanto, esse valor é o custo de oportunidade do Sr. José. Conforme
você já sabe, para o cálculo do ponto de equilíbrio econômico (PEE),
utilizamos o custo de oportunidade como o nosso objetivo de lucro.
Assim:
Ou seja, podemos calcular a quantidade necessária para se chegar ao
ponto de equilíbrio econômico (PEE) da seguinte maneira:
Para o caso da padaria do Sr. José, temos que:
Para compensar o custo de oportunidade do Sr. José, ele teria que
vender 17.556 pães por dia. Assim, seu salário seria de R$ 4.500 e teria
um lucro de R$ 5.000 para reinvestir no negócio.
O Sr. José, ao analisar os números, verificou que eles estão muito altos
e que não está sendo compensatória a venda dos pães a R$ 0,15 a
unidade. Ele decidiu, então, verificar se a política de preços da sua
padaria está adequada.
Custo de oportunidade
(PEE) =
(500+1.000)
7,00
(PEE) = 1.500
7
(PEE) = 214
 Custo de oportunidade  =  MCU  ×  Quant. vendida  −  Gasto fixo 
 Quant. vendida (PEE) = ( Gasto fixo  +  Custo de oportunidade )/MCU
PEE = (10.800 + 5.000)/0, 03 PEE  = 15.800/0, 03 = 526.667 pães por mês ou 17.556 pães por dia 

Neste vídeo, falaremos sobre o conceito de custo de oportunidade e
como considerá-lo em decisões financeiras estratégicas. Assista!
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(Adaptada - Concurso para técnico de nível superior da UEPA ‒
2020) A margem de contribuição representa uma importante
ferramenta da contabilidade de custos para o processo decisório.
De acordo com os dados a seguir, da produção e comercialização
dos produtos Rabeta e Canoa, as margens de contribuição de cada
produto são, respectivamente:
Preço unitário de venda
Rabeta: R$ 12.000,00
Canoa: R$ 7.000,00
Despesas variáveis
Rabeta: R$ 3.000,00
Canoa: R$ 1.800,00
Despesas fixas
Rabeta: R$ 1.000,00
Canoa: R$ 600,00
Custos variáveis
Rabeta: R$ 4.000,00
Canoa: R$ 1.200,00
Custos fixos
Rabeta: R$ 1.500,00
Canoa: R$ 400,00
A Rabeta = 2.500,00; Canoa = 3.000,00
B Rabeta = 6.500,00; Canoa = 5.400,00
C Rabeta = 5.000,00; Canoa = 4.000,00
D Rabeta = 9.500,00; Canoa = 6.000,00
Parabéns! A alternativa C está correta.
A margem de contribuição pode ser calculada usando a diferença
do preço de venda e os custos e despesas variáveis.
Rabeta = 12.000 ‒ 3.000 ‒ 4.000 = 5.000
Canoa = 7.000 ‒ 1.800 ‒ 1.200 = 4.000
Questão 2
(Adaptada - Concurso para contador da Câmara de Feira de Santana
— 2018) Segundo Padoveze (2013), a margem de contribuição e o
ponto de equilíbrio são informações importantes que auxiliam na
tomada de decisão das empresas. A empresa Controle S/A, que
produz um único produto, no último mês vendeu um total de R$
600.000,00 e teve como custos variáveis o montante de R$
120.000,00 e despesas variáveis de R$ 60.000,00. Os custos fixos
do período totalizaram R$ 350.000,00. Sabendo-se que durante o
período foram vendidas 6.000 unidades do produto, assinale a
alternativa que apresenta respectivamente a margem de
contribuição unitária em reais e o ponto de equilíbrio contábil da
empresa em unidades:
Parabéns! A alternativa C está correta.
Se a empresa vendeu um total de 6.000 unidades a R$ 600.000,00,
o valor unitário do produto é igual a 600.000/6.000 = 100 reais.
Podemos calcular os custos e despesas variáveis unitárias da
seguinte maneira:
CV unit.= 120.000/6.000 = R$ 20,00
DV unit.= 60.000/6.000 = R$ 10,00
Assim, podemos calcular a MCU como 100 ‒ 20 ‒ 10 = 70 reais.
O PEC é a relação entre gastos fixos (custos e despesas fixas), e a
MCU. Como a questão não informa o valor referente às despesas
E Rabeta = 5.000,00; Canoa = 5.200,00
A R$ 420.000,00 e 6.000 unidades
B R$ 70,00 e 6.000 unidades
C R$ 70,00 e 5.000 unidades
D R$ 80,00 e 5.125 unidades
E R$ 80,00 e 5.000 unidades
fixas, consideramos que não há despesas fixas. Portanto podemos
calcular como 350.000/70 = 5.000.
3 - Preci�cação
Ao �nal deste módulo, você será capaz de calcular o preço de venda de um produto.
Dilema Margem X Giro
Existem diversas formas de se determinar o preço de um produto, mas o
importante é ter em mente que o preço está intimamente relacionado
com a demanda.
Exemplo
Ao oferecer um desconto no produto, a tendência é aumentar as vendas
de unidades. Porém, se o valor do produto for aumentado, a tendência
será vender menos.
Na contabilidade, isso é chamado de dilema Margem X Giro. Caso você
aumente seu preço de venda (e, em consequência, a sua margem), você
vai diminuir a sua quantidade vendida (o seu giro). Agora, caso você
diminua o seu preço, a margem cai, mas o seu giro aumenta.
O importante é que você saiba em que tipo de setor você está
localizado. Porque existem setores que normalmente ganham através
da margem, enquanto outros ganham através do giro.
Exemplo
Um supermercado obtém lucro por meio do giro, ou seja, mantém uma
margem pequena na revenda dos produtos, mas comercializa uma
quantidade significativa deles. Por outro lado, uma joalheria obtém lucro
por meio da margem, vendendo poucos produtos, mas com uma
margem de lucro elevada.
Sempre leve em consideração que não se pode aumentar o preço
indiscriminadamente.
Estratégias para a formação de
preços
Neste vídeo, falaremos sobre estratégias para a formação de preços e
explicaremos como estabelecer valores competitivos no mercado. Não
perca!
Método survey (método da pesquisa)
Método survey no contexto da padaria
O Sr. José, dono da padaria, resolveu perguntar no seu bairro quantas
pessoas comprariam pão com 5 valores unitários diferentes:
R$ 0,15 (valor atual)
R$ 0,18
Como saber qual o preço as
pessoas estariam dispostas
a pagar?
Resposta
Uma das formas é perguntar a elas! Esse
tipo de método é conhecido como
método survey e consiste em fazer uma
pesquisa para saber se as pessoas
comprariam determinado produto com
diferentes níveis de preços.


R$ 0,20
R$ 0,22
R$ 0,25
Ao entrevistar as pessoas, ele percebeu que:
85% delas comprariam a R$ 0,15 (valor atual)
80% comprariam a R$ 0,18
60% comprariam a R$ 0,20
45% comprariam a R$ 0,22
30% comprariam a R$ 0,25
Atualmente, ele vende 8.000 pães por dia cobrando R$ 0,15 porcada
um. Mas, como ele pode utilizar esses dados para verificar que preço
cobrar?
Primeiro, ele já sabe que 85% da demanda global equivale a 8.000, já
que 85% das pessoas responderam que comprariam o pão a R$ 0,15. Ou
seja, a demanda global é de 8.000/0,85 = 9.412 pães. Essa é a
quantidade máxima de pães que ele conseguiria vender (100%).
Utilizando os percentuais acima, temos que as demandas são de 7.530
pães a R$ 0,18, 5.647 pães a R$ 0,20, 4.235 pães a R$ 0,22 e 2.824 pães
a R$ 0,25. Conforme vimos no exemplo da padaria, o custo variável é R$
0,12 por pão e o custo fixo é R$ 10.800.
Agora, ele já pode calcular o seu lucro em cada um dos cenários usando
a fórmula do lucro que nós já vimos:
Para cada preço, temos os seguintes lucros mensais (30 dias):
Lucro = (0,15 — 0,12) x 8.000 x 30 — 10.800 = (-)R$ 3.600
Lucro = (0,18 — 0,12) x 7.530 x 30 — 10.800 = R$ 2.754
Lucro = (0,20 ‒ 0,12) x 5.647 x 30 — 10.800 = R$ 2.753
Lucro = (0,22 ‒ 0,12) x 4.235 x 30 — 10.800 = R$ 1.905
Lucro = (0,25 ‒ 0,12) x 2.824 x 30 — 10.800 = R$ 213
Note que ele está cobrando muito barato pelo pão, pois está tendo um
prejuízo agora. Porém, em todos os outros cenários testados, ele está
tendo lucro:
Caso o Sr. José venda a R$ 0,18 a unidade, o lucro esperado é de
R$ 2.754.
Caso o Sr. José venda a R$ 0,20 a unidade, o lucro esperado é de
R$ 2.753.
Caso o Sr. José venda a R$ 0,22 a unidade, o lucro esperado é de
R$ 1.905.
Caso o Sr. José venda a R$ 0,25 a unidade, o lucro esperado é de
R$ 213.
Portanto, o Sr. José poderia escolher qualquer valor entre R$ 0,18 e R$
0,20 para vender seu pão, já que o lucro para R$ 0,18 e para R$ 0,20 é
virtualmente idêntico.
 Lucro  = ( Preço  −  Gasto variável ) ×  Quant. vendida  −  Gasto fixo 
Método survey no contexto do consultório
Para calcular o preço ideal de suas consultas, a doutora Marcela e seus
sócios fizeram uma pesquisa de mercado entrevistando diversas
pessoas para saber quanto elas estariam dispostas a pagar por uma
consulta médica. Após entrevistar diversas pessoas, descobriram que
elas estariam dispostas a pagar até R$ 20 por consulta..
Sendo assim, em um cenário com 4 médicos em que cada um pode
atender até 50 pacientes (200 pacientes no final do mês), a receita
máxima seria de R$ 4.000 (200 pacientes x R$ 20 por consulta).
Com isso, o lucro do consultório seria:
Aluguel do imóvel + luz + água
Custo fixo — R$ 500
Custo por atendimento
Custo variável — R$ 1
Custo médico
Custo variável — R$ 100
Quant. máxima de pacientes que cada médico atende por mês —
50
Quant. salas de atendimento — 4
Preço da consulta médica — R$ 20
Os cálculos da quantidade e os custos ficam da seguinte forma:
Quant. de atendimentos
4 médicos x 50 pacientes = 200
Custo de atendimento
200 atendimentos x R$ 1 = R$ 200
Custo médico
4 médicos x R$ 50 atendimentos = R$ 200
Custo variável total
Custo de atendimento + Custo médico = 200 + 200 = R$ 400
Veja na fórmula:
Então, considerando que as despesas são iguais a zero, temos:
 Custo unitário de atendimento  =
 Custo variável total 
 Quant. de atendimentos 
 Custo unitário de atendimento  =
400
200
 C
 Lucro  = ( Preço  −  Custo variável ) ×  Quant. de atendimentos - Custos fixos  Lucro  = (20 − 2) × 2
O método survey é um dos mais utilizados atualmente para se definir
preço, desde a introdução da internet e dos computadores, o que
diminuiu muito o custo de se fazer uma pesquisa e de se analisar os
dados.
Porém, você deve estar se perguntando: gostaria de saber por qual
preço eu devo vender meu produto, mas não tenho como utilizar o
método survey nesse momento. Como faço para calcular o meu preço
de venda ideal? Uma forma alternativa é verificar os preços cobrados
pelos concorrentes e fazer uma estimativa do valor de venda.
Método survey
Neste vídeo, discutiremos o método de pesquisa chamado survey,
explorando sua aplicação e destacando sua importância na coleta de
dados e pesquisa em diversas áreas.
Markup
Markup no contexto da padaria
Quando não se tem dados reais sobre demanda e como ela se comporta
com determinados níveis de preços, devemos utilizar métodos
alternativos para se calcular o valor do preço para venda de determinado
produto. Todas essas fórmulas se baseiam em certo nível que
queremos alcançar, seja ele um multiplicador do custo ou um percentual
de margem de contribuição unitária. Todas essas técnicas são
conhecidas como markup.
Uma das formas de se calcular o markup é se utilizando do custo
unitário para se calcular um multiplicador em cima do custo.
Exemplo
Se o Sr. José produzir apenas 30 bolos e 8.000 pães por dia, os custos e
despesas fixas da padaria são R$ 10.300. Além disso, os custos e
despesas variáveis de um pão somam R$ 0,12 por pão produzido. Para
saber os gastos (custos e despesas) totais por pão produzido, é preciso
fazer o rateio dos gastos fixos entre os produtos produzidos: R$
10.300/(8.000 x 30) = 0,04. Então, os gastos totais de cada pão
produzido são: 0,12 (gastos variáveis) + 0,04 (rateio dos gastos fixos) =
0,16. Se ele quiser um markup de 0,25 em cima desse valor, ele calcula o

preço da seguinte maneira: R$ 0,16 x 1,25 = R$ 0,20 como preço de
venda. 
Podemos generalizar o cálculo do markup da seguinte maneira:
Outra forma de se calcular o preço de venda é com o cálculo da margem
de contribuição unitária desejada.
Exemplo
Se o Sr. José deseja que cada pão tenha uma margem de contribuição
unitária R$ 0,06, então o valor de venda deve ser de R$ 0,12 + R$ 0,06 =
R$ 0,18. 
Nessa forma de calcular o preço, nós usamos a seguinte fórmula:
Markup no contexto do consultório
O método markup se baseia no quanto a doutora Marcela e seus sócios
esperam obter de retorno por cada produto ou serviço vendido.
Considerando que eles não possuem despesas e que esses são todos
os demais gastos:
Aluguel do imóvel + luz + água
Custo fixo — R$ 500
Custo por atendimento
Custo variável — R$ 1
Custo médico
Custo variável — R$ 100
Quant. máxima de pacientes que cada médico atende por mês —
50
Quant. salas de atendimento — 4
Primeiro, era necessário que eles calculassem o rateio de custo fixo, isto
é, que eles incorporassem o custo fixo à quantidade de atendimentos.
Em um cenário em que os 4 médicos atendam 50 pacientes, o que
resulta em 200 atendimentos por mês, basta fazer o seguinte cálculo:
Feito isso, basta completar a seguinte fórmula:
Dessa forma, conforme o método markup, no qual os médicos
estipularam o retorno de 5% sobre os gastos totais do atendimento, o
 Preço de venda  = ( Custo variável  +  Rateio de custo fixo ) × (1 +  Markup )
 Preço de venda  =  MCU  +  Gasto variável 
 Rateio de custo fixo  =
 Total custo fixo 
 Quant. de atendimentos 
 Rateio de custo fixo  =
500
200
 Rateio de custo fixo  =
 Preço do atendimento (  = () Custo variável (+) Rateio de custo fixo 0 X (1 + 0, 05)) Preço do atendim
preço da consulta deve ser R$ 108,68. A seguir, considere as vantagens
e desvantagens desse tipo de método. Vamos lá!

Vantagens do markup
O método de formação de preços utilizando a MCU é mais simples, pois
não necessita do rateio do custo fixo, eliminando a necessidade de
saber quantas unidades vai vender.

Desvantagens do markup
Não é possível calcular se o valor de venda está cobrindo o rateio dos
custos fixos, o que pode resultar em prejuízo caso não sejam vendidas
unidades suficientes para cobrir esses custos.
Como você pode notar, essas técnicas de formação de preço não são
tão precisas quanto a técnica de survey, porém, elas exigem menos
esforço e podem ser úteis para pequenos empreendedores que não
conseguem ter acesso a recursos para fazer uma pesquisa de demanda
e de preços. Além disso, ambas são melhores do que o empreendedor
apenas chutar um valor sem conhecer direito seus custos fixos e
variáveis, aumentando, assim, a sua chance de fracasso.
Markup
Neste vídeo, abordaremos as técnicas de markup e sua importância na
definição de preços, bem como estratégias paraotimizar a margem de
lucro nos negócios.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
(Adaptada - Concurso para contador do Inaz — 2019) Situação
hipotética: A indústria Cabropó, que produz e comercializa bonés,

apresentou seus custos de produção: MP (matéria-prima) R$ 5,50;
MOD (mão de obra direta) R$ 3,30; Os CIF (custos indiretos de
fabricação) são apropriados com base em 200% da MP. Despesas
gerais como administração, publicidade e fretes equivalem a R$
2,00. A indústria Cabropó pretende alcançar um lucro de R$ 2,50 por
cada unidade vendida do boné. Diante dos dados apresentados, o
preço que será praticado na venda do boné equivale a
Parabéns! A alternativa D está correta.
Se os CIFs são no valor de 200% da MP, então eles são calculados
como 2 x 5,50 = R$ 11,00. Se eu quero um lucro de R$ 2,50, então o
preço final deve ser de: Preço = 5,50 (MP) + 3,30 (MOD) + 11,00
(CIF) + 2,00 (DG) + 2,50 = 24,30.
Questão 2
(Adaptada - Concurso para técnico em contabilidade da UFU —
2019) Uma fábrica de cadernos produz e vende, mensalmente,
2.500 cadernos ao preço de R$ 5,00 cada. As despesas variáveis
representam 20% do preço de venda e os custos variáveis são de
R$ 1,20 por unidade.
A fábrica tem capacidade para produzir 5.000 cadernos por mês,
sem alterações no custo fixo atual de R$ 5.000,00. Uma pesquisa
de mercado revelou que, ao preço de R$ 4,00 a unidade, haveria
demanda no mercado para 6.000 unidades por mês. Para atender à
nova demanda, a despesa variável reduziria para 10% o preço de
venda.
Caso a empresa adote a redução de preço para aproveitar o
aumento de demanda, mantendo a estrutura atual de custos fixos e
a capacidade produtiva, o resultado final do período será de
A R$ 21,80.
B R$ 19,80.
C R$ 20,80.
D R$ 24,30.
E R$ 22,30.
A R$ 7.000,00.
Parabéns! A alternativa A está correta.
O cálculo do lucro pode ser efetuado da seguinte maneira:
Vendas = 5.000 x 4,00 = 20.000,00
(-) Custos fixos............. -5.000,00
(-) Custos variáveis...... -6.000,00 (5.000 x 1,20)
(-) Desp. variáveis........ -2.000,00 (Vendas x 10%)
(=) Lucro........................ 7.000,00
4 - Pensamento econômico
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os ferramentais básicos da
microeconomia e as principais políticas macroeconômicas.
Introdução à teoria econômica
Neste vídeo, falaremos sobre as principais características e as
principais diferenças entre microeconomia e macroeconomia,
exemplificando alguns temas abordados por cada uma dessa áreas.
Assista!
B R$ 9.400,00.
C R$ 5.000,00.
D R$ 2.400,00.
E R$ 9.000,00.
O estudo introdutório da economia tem o intuito de estimular a busca
por respostas para os principais problemas econômicos e sua
aplicabilidade em questões práticas na vida dos indivíduos e no
funcionamento das organizações.
A economia é dividida em duas principais áreas de estudo:
microeconomia e macroeconomia. Embora interligadas, cada uma
examina aspectos distintos do mundo econômico. Vamos conhecê-las!
Microeconomia
É o ramo da ciência econômica que se preocupa com a análise do
comportamento das unidades econômicas na formação dos preços em
mercados específicos, tais como:
Consumidores
Famílias
Empresas
Esse ramo observa a atuação das diversas unidades econômicas como
se fossem individuais nesses mercados.
A�nal, o que é mercado?
Resposta
Trata-se de um grupo de compradores
(demandantes) e vendedores (ofertantes)
com potencial para negociar uns com os
outros. Essa definição reflete a relação entre
a oferta, representada por pessoas ou
empresas dispostas a vender determinados
produtos, e a demanda (procura), que
constitui um grupo de pessoas ou empresas
interessadas em adquirir bens e serviços. É
importante destacar que as empresas
também podem ser demandantes, uma vez
que necessitam adquirir materiais de

Mercado, em um conceito mais amplo, pode ser entendido como um
espaço de interação e troca, regido por normas e regras (formais ou
informais), em que são emitidos diversos sinais, como os preços, que
influenciam as decisões dos atores envolvidos. Ao estudar o
funcionamento de um mercado, você deve compreender algumas
questões:
Qual é o objeto de troca, ou seja, os bens e serviços envolvidos?
Qual é o grau de similaridade entre bens e serviços? Existe a
possibilidade de substituição ou de complementaridade entre
eles?
Como compradores e vendedores se relacionam trocando
informações (sobretudo de preços) e negociando?
Como os consumidores tomam decisões sobre o que comprar
com base em seus orçamentos e suas preferências?
De que maneira as empresas decidem o preço de seus produtos e
a quantidade a ser produzida?
Como os mercados de diferentes bens e serviços funcionam e se
ajustam?
Quais são as diferentes formas de organização dos mercados?
Macroeconomia
É o ramo da ciência econômica que estuda a economia como um todo,
analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados,
tais como:
Renda e produtos nacionais
Nível geral de preços
Emprego e desemprego
Estoque de moeda e taxas de juros
Balança de pagamentos e taxa de câmbio
Esses fatores mostram que a teoria macroeconômica se preocupa com
questões conjunturais de curto prazo, como desemprego e inflação, e de
longo prazo, como distribuição de renda e crescimento econômico.
Isso parece distante da sua realidade? Claro que não! Ao longo dos
últimos anos, você deve ter ouvido algumas das seguintes afirmações:
O PIB brasileiro caiu X% no trimestre.
A inflação subiu X%.
A balança comercial apresentou déficit de 2%.
Essas são algumas variáveis analisadas no estudo da macroeconomia:
PIB, inflação e balança comercial.
consumo, máquinas, equipamentos e mão
de obra para o seu processo produtivo.
Diferenças entre macroeconomia e microeconomia
Entenda as distinções entre essas duas áreas da economia!
Macroeconomia
O tipo dessa análise é
agregado. O foco está
no desempenho da
economia como um
todo.
Microeconomia
O tipo dessa análise é
específico. O foco está
nas interações entre
empresas/consumidores
e produção/preço em
setores específicos.
Enquanto a macroeconomia oferece uma visão geral do sistema
econômico, a microeconomia se concentra nos elementos individuais
da economia. Ambas são vitais para entender os diversos aspectos do
mundo econômico e são complementares em muitos aspectos. À
medida que você prosseguir em seus estudos, descobrirá como essas
duas áreas se entrelaçam e contribuem para uma compreensão mais
profunda da economia e de suas implicações no mundo real.
Demanda e oferta
É um conceito-chave na microeconomia, que explica como o preço e a
quantidade de bens e serviços são determinados no mercado. Para
entendermos a formação de preços de bens específicos, dividiremos o
mercado em lado da demanda e lado da oferta.
Como o funcionamento do mercado e a formação de preços dependem
da interação entre vendedores e consumidores, faremos a junção
dessas duas teorias, chegando ao conceito de equilíbrio de mercado.
Teoria da demanda
Neste vídeo, falaremos sobre a relação entre a demanda e o preço de
um bem ou serviço, além de explicar a influência que outros fatores tem
sobre a determinação da demanda. Não perca!


A demanda de determinado bem ou produto, também chamada de
procura, pode ser definida da seguinte forma:
Quantidade de um bem ou serviço que um consumidor deseja e está
disposto a comprar por um preço específico e em determinado
momento. Portanto, a demanda de um bem varia com o seu preço.
Considere o mercado de pães franceses de um lugarejo. Quanto menor
o preço do pão, mais atraente o produto será para o consumidor e mais
pessoas desejarão adquiri-lo em quantidades maiores. Se o preço do
pão é 50 centavos, a quantidade demandada é de 20 pães. Se o preço
sobe para 1 real, a quantidade demandada desce para 16, e assim por
diante:
Demanda
Preço
(R$)
2 2,75
4 2,5
6 2,25
8 2
10 1,75
12 1,5
14 1,25
16 1
180,75
20 0,5
22 0,25
À medida que o preço sobe, a demanda por pães diminui, conforme o
gráfico seguinte, que retrata a curva de demanda. Confira!
Gráfico: Curva de demanda.
A curva de demanda representa a relação entre preços alternativos e
quantidades demandadas do produto, por unidade de tempo, ceteris
paribus. Essa expressão do latim significa: tudo o mais permanecendo
constante, ou seja, se as demais variáveis que influenciam a demanda
permanecem constantes.
Podemos afirmar que há uma relação inversamente proporcional entre o
preço do produto e a sua quantidade demandada, e isso resume a Lei da
Demanda.

Preço
Quando o preço de um
bem se eleva e todas as
demais variáveis se
mantêm inalteradas
(ceteris paribus).

Demanda
A quantidade
demandada desse bem
diminui.
Da mesma forma:

Preço
Quando o preço de um
produto diminui (ceteris
paribus).

Demanda
A quantidade
demandada desse bem
aumenta.
Cabe destacar que, efetivamente, a quantidade demandada do produto
no mercado não é influenciada somente pelo preço. A curva de
demanda é estática como no gráfico quando uma série de outras
variáveis está constante. Segundo Vasconcellos (2010), devemos
considerar outros fatores que também afetam a demanda dos
consumidores independentemente do preço. Vamos entender melhor!


Há alguns casos de produtos cuja quantidade demandada reduz quando
há um aumento de renda, chamados bens inferiores. São produtos
geralmente consumidos pela população de baixa renda. Quando o
rendimento dessa população aumenta, passa-se a consumir outros
produtos de melhor qualidade. Por exemplo, quando o salário aumenta,
algumas pessoas podem deixar de consumir ovos para consumir mais
carne ou deixar de andar de ônibus para comprar um carro.
 Preço dos produtos substitutos
São aqueles que atendem às mesmas
necessidades e funções. Por exemplo, a margarina
é um produto substituto da manteiga. Sabe-se que
o aumento de preços da manteiga reduziria sua
quantidade demandada de manteiga e levaria o
consumidor a buscar mais a margarina. Ou seja, há
uma relação positiva entre a demanda de um
produto A e preço de um outro bem substituto B.
 Preço de produtos complementares
São aqueles bens que tendem a ser consumidos
conjuntamente. Exemplo: pão e margarina. Se o
preço do pão baixar, haverá um aumento da
quantidade demandada e, consequentemente, de
margarina, uma vez que os dois são
frequentemente consumidos em conjunto. Em
outros termos, se temos dois bens complementares
A e B, um aumento no consumo de A resulta em
uma procura maior de B e vice-versa.
 Renda dos consumidores
Relacionada ao poder de compra dos
consumidores. Quanto maior a renda do
consumidor, maior é a sua quantidade demandada
de bens normais. Por outro lado, consumidores
com rendas mais baixas demandam uma menor
quantidade de produtos, tendo em vista a sua
restrição orçamentária.

Teoria da oferta
Neste vídeo, falaremos sobre a relação entre a oferta e o preço de um
bem ou serviço, além de explicar a influência que outros fatores tem
sobre a determinação da oferta. Confira!
A demanda por determinado bem ou produto, conhecida como procura,
pode ser definida da seguinte maneira (Sandroni, 2016): é a quantidade
de bens ou serviços produzidos e oferecidos no mercado por
determinado preço e em determinado período.
Portanto, a oferta varia também em resposta ao preço, porém, no
sentido oposto! Vamos considerar o mercado de pães franceses em um
mesmo lugarejo. O padeiro encontra incentivos para aumentar a
produção à medida que o preço se eleva. O retorno obtido pela venda a
um preço mais elevado pode cobrir diversos custos adicionais, como
aquisição de um novo forno, possibilitando ao padeiro expandir sua
produção.
Porém, caso o preço do pão francês alcance um valor
consideravelmente alto, é possível que outra padaria surja no mesmo
lugarejo, visando aproveitar as oportunidades de receita neste mercado.
Como podemos observar a seguir.
Demanda
Preço
(R$)
2 0,25
4 0,5
6 0,75
8 1
10 1,25
12 1,5
14 1,75
16 2
18 2,25
20 2,5
Demanda
Preço
(R$)
22 2,75
Portanto, à medida que o preço sobe, a oferta de pães aumenta,
conforme este gráfico:
Gráfico: Curva de oferta.
A curva acima reflete a variação da oferta quando alteramos o preço e
deixamos todo o resto constante (ceteris paribus). Além do preço do
próprio produto, existem outras variáveis que influenciam a oferta de um
bem e, consequentemente, podem alterar a curva de oferta. Veja!
 Custo de produção
O aumento dos preços dos insumos e fatores de
produção, como mão de obra, matérias-primas,
terra, entre outros, pode reduzir a oferta.
 Nível tecnológico
A melhoria na forma de combinar os fatores de
produção pode reduzir custos, aumentar a
produtividade e, consequentemente, elevar a oferta.
 Condições climáticas 
Variações no clima podem aumentar ou reduzir a
oferta de alguns bens, como ocorre com as safras
de diversos alimentos agrícolas.
Equilíbrio de mercado
Após o conhecimento das curvas de oferta e de demanda, é possível
entender como ocorre a formação de preços dos bens. Em
microeconomia, o equilíbrio de mercado expressa o resultado da
interação entre as forças de oferta e de demanda, que são determinadas
pelo processo de negociação entre produtores (vendedores) e
consumidores (compradores).
O preço de equilíbrio de mercado é aquele em que a
quantidade demandada é igual à quantidade ofertada.
Vamos retomar o nosso mercado de pães franceses em um pequeno
lugarejo. Vamos sobrepor agora as curvas de oferta e demanda no
mesmo gráfico.
Gráfico: Equilíbrio de mercado.
Observe que as curvas de demanda e oferta se cruzam em um único
ponto. Nesse ponto, a quantidade demandada e a quantidade ofertada
no mercado de pães é 12 para ambas as curvas. Essa é a quantidade
comercializada nesse mercado, sem haver falta (escassez) ou sobra
(excesso) de pães.
Isso acontece quando o mercado se encontra no preço de equilíbrio,
aquele que iguala oferta e demanda. Em nosso exemplo, quando o
preço dos pães franceses é um real e cinquenta centavos (R$ 1,50), a
quantidade comprada e a vendida de pães são iguais (12).
Estruturas de mercado
Neste vídeo, falaremos sobre as características básicas necessárias
para classificar um mercado e os principais tipos de estruturas de
mercado que podem surgir em uma economia. Assista!
A forma de atuação da empresa no ambiente econômico, seu
planejamento estratégico e suas possibilidades de sucesso dependem
muito da sua forma de organização no ambiente econômico.
Aqui estão os três os elementos básicos que determinam as estruturas
mercadológicas nas quais acontecem a atuação das firmas. Observe!
Número de empresas
Quantidade de empresas que compõem o mercado.
Tipo de produto
Se as empresas fabricam produtos idênticos ou diferenciados.
Barreiras ao acesso
Se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse
mercado.
E quais são as estruturas de mercado? Vamos conhecê-las!
Concorrência perfeita (pura)
É uma estrutura de mercado que visa descrever o funcionamento ideal
de uma economia, servindo de parâmetro para o estudo das outras
estruturas de mercado. Trata-se de uma construção teórica em que
todos os participantes têm informação perfeita sobre todas as
condições do mercado.
Nesse contexto, os produtores visam sempre maximizar os lucros e os
consumidores maximizam a satisfação, ou utilidade, derivada do
consumo de bens. Apesar disso, algumas aproximações dessa situação
de mercado poderão ser encontradas no mundo real, como é o caso dos
mercados de vários produtos agrícolas. Confira as principais
características dessa forma de organização econômica.
 Número muito grande de empresas e de
consumidores (mercado atomizado)
Neste tipo de estrutura, cada participante
representa uma parcela muito pequena do
mercado, um “átomo”, de tal forma que nenhum
agente econômico, agindo individualmente,
consegue alterar o preço de mercado. Produtos homogêneos
A f d t lh t
Monopólio
Quando falamos de concorrência perfeita, estamos abordando um tipo
de estrutura de mercado situada no extremo da concorrência. Em um
ponto diametralmente oposto, temos o monopólio, uma situação de
mercado em que existe um só produtor de um bem ou serviço que não
tenha substituto próximo.
Com isso, o monopolista exerce grande influência na determinação do
preço a ser cobrado pelo seu produto: ou os consumidores se
submetem às condições impostas pelo vendedor, ou simplesmente
deixam de consumir o produto. Aqui estão as principais características
do monopólio, veja!
As empresas oferecem produtos semelhantes,
homogêneos. O produto oferecido por uma
empresa A é o mesmo produto oferecido pela
empresa B. Um exemplo são os produtos agrícolas.
 Livre entrada e saída de �rmas
Não existem barreiras legais e econômicas para a
entrada e para a saída de firmas no mercado
(facilidade de entrada e saída de empresas).
 Determinado produto é ofertado por uma
única �rma
Uma única firma oferece o produto em um
mercado.
 Não há substitutos próximos para esse
produto
O monopolista não enfrenta concorrência.
No Brasil, temos o exemplo da Petrobrás, que exerce monopólio no setor
de petróleo por meio de um controle estatal.
Oligopólio
É uma estrutura de mercado que se situa entre a concorrência perfeita e
o monopólio. O setor produtivo brasileiro é altamente oligopolizado,
sendo possível encontrar inúmeros exemplos, como serviços de
telefonia móvel, serviços bancários, montadoras de veículos, setor de
cosméticos, indústria de papel, indústria química, indústria
farmacêutica, indústria de bebidas, dentre outras.
As principais características do oligopólio você pode ver a seguir.
 Impossibilidade de entrada de novas �rmas
Para que o monopólio exista, é preciso manter
concorrentes em potencial afastados do segmento.
 Reduzido conjunto de empresas de grande
porte domina a oferta de um bem ou
serviço.
O mercado pode ter muitas empresas, mas poucas
dominam a oferta do produto.
 Produtos homogêneos ou diferenciados
Existem exemplos de oligopólios em que os bens
são homogêneos, como o caso da indústria de
alumínio e cimento; e de oligopólios em que os
produtos são diferenciados, como o setor de
cosméticos no Brasil.
 Di�culdade de entrada de novas empresas
O difícil acesso de novos concorrentes pode ser
explicado por uma série de barreiras como:
proteção de patentes, controle de insumo produtivo
chave e tradição.
No Brasil, de acordo com o Banco Central (2019), temos o oligopólio de
cinco bancos que detinham, em 2018, 84,8% do mercado de crédito e
83,8% dos depósitos totais. São eles:
1. Itaú
2. Bradesco
3. Banco do Brasil
4. Caixa Econômica Federal
5. Santander
Como resultado desse oligopólio, temos:
Consequência negativa
Altas taxas de juros repassadas ao consumidor final.
Consequência positiva
Poucos bancos vão à falência e o sistema financeiro é mais estável.
Concorrência monopolística
Estrutura de mercado que contém elementos da concorrência perfeita e
do monopólio, ficando em situação intermediária entre as duas formas
de organização de mercado. Veja as características dessa estrutura de
mercado.
 Existência de grande número de
compradores e de vendedores
Da mesma forma que na concorrência perfeita,
apresenta grande número de firmas, cada qual
respondendo por uma fração da produção total de
mercado.
 Cada �rma produz e vende um produto
diferenciado, embora seja substituto
próximo
A diferenciação caracteriza a maioria dos mercados
existentes. Cada produtor procura diferenciar seu
produto a fim de torná-lo único.
 Existência de livre entrada e saída de
�rmas
D f d d ê i
Grande parte dos empreendimentos dos setores de serviços e varejistas
podem ser enquadrados como concorrência monopolística, destacando-
se: bares, restaurantes, escritórios de advocacia, clínicas médicas,
escritórios de contabilidade e de consultorias.
Instrumentos de política
macroeconômica
Confira neste vídeo as características e objetivos dos instrumentos das
políticas macroeconômicas: política fiscal, monetária, de rendas,
cambial e comercial.
O governo possui instrumentos de política macroeconômica para alterar
o comportamento da economia e melhorar a qualidade de vida da
população. Esses instrumentos variam de acordo com a política
macroeconômica adotada. Acompanhe!
Da mesma forma que no mercado de concorrência
perfeita não existem barreiras legais ou de qualquer
outro tipo que impeçam a livre entrada e saída de
firmas no mercado.
 Política �scal
Diz respeito aos instrumentos disponíveis pelo
governo para a arrecadação de impostos e
contribuições (política tributária) e o controle de
suas despesas (gastos públicos). Ela também é
utilizada para estimular ou inibir os gastos do setor
privado. Um exemplo foi a política do governo
federal de redução do IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados) sobre automóveis e produtos da
linha branca, como eletrodomésticos, que
impulsionou o consumo das famílias em 2012.
 Política monetária
R f à t ã d b tid d
Uma política macroeconômica bem-sucedida tem impacto direto no
ritmo da atividade econômica, podendo melhorar a geração de emprego
e renda e até mesmo a distribuição dos recursos entre os habitantes do
país.
Quando o governo emprega as suas políticas econômicas, ele tem o
intuito de alcançar os seguintes objetivos. Observe!
Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade
de moeda e títulos públicos, sendo os recursos
disponíveis para sua emissão, compra e venda de
títulos, regulamentação sobre crédito e taxas de
juros, entre outros.
 Política cambial e comercial
Trata da atuação governamental no setor externo
da economia. A política cambial diz respeito à ação
do governo sobre a taxa de câmbio. O governo fixa
ou permite que a taxa de câmbio seja flexível por
meio do Banco Central. A política comercial refere-
se aos instrumentos que estimulam as exportações
– estímulos fiscais e taxas de juros subsidiadas – e
ao controle das importações – tarifas e barreiras
maiores.
 Política de rendas
Refere-se à interferência do governo na formação
de renda, mediante o controle e congelamento dos
preços. Esse controle sobre os preços e salários é
obtido pelo combate ao aumento persistente e
generalizado nos preços, que é a inflação. As
políticas anti-inflacionárias brasileiras são o salário
mínimo e o congelamento de preços e salários, por
exemplo.
 Alto nível de emprego
Considera-se emprego a utilização dos recursos
produtivos (trabalho, capital e recursos naturais).
Quanto maior a utilização de recursos produtivos,
maior o ritmo da atividade econômica. Na situação
de desemprego, temos ociosidade na utilização de
recursos produtivos, dentre os quais a mão de obra.
 Estabilidade de preços
Garantir o controle do processo inflacionário.
Entende-se por inflação o aumento contínuo do
nível geral de preços. O Brasil experimentou, ao
longo das últimas décadas do século XX, períodos
com inflação superior a 1.000% ao ano. Com uma
inflação tão alta assim, a renda das famílias é
corroída, pois os preços sobem muito e não é
possível fazer planejamento financeiro. Por isso, a
preocupação contínua do governo com o controle
da inflação.
 Distribuição de renda
Diminuir a disparidade de renda entre os indivíduos
e entre as regiões do país, a partir de políticas
macroeconômicas. Entretanto, a equidade, que é a
distribuição dos benefícios advindos dos recursos
escassos de maneira justa entre os membros da
sociedade, pode entrar em conflito com a eficiência,
ou seja, a maximização dos benefícios econômicos
a partir dos recursos escassos da economia
(Mankiw, 2013).
 Crescimento econômico
Estimular a atividade produtiva nacional. Quando
falamos em crescimento econômico, estamos
pensando no aumento da renda nacional per capita,
isto é, que seja colocada à disposição da
coletividade uma quantidade demercadorias e
serviços que supere o crescimento populacional.
Economia e mercados
Entender as estruturas de mercado da microeconomia é crucial para
compreender a formação e dinâmica dos preços. Essas estruturas –
concorrência perfeita, monopólio, oligopólio e concorrência
monopolística – oferecem uma base fundamental para compreender
como os mercados operam e como os preços são formados. Entenda
melhor!
 Concorrência perfeita
Número de ofertantes (empresas): Muito grande
(mercado atomizado).
Tipo de produto: Homogêneo (não possui
diferenciação).
Barreiras à entrada de concorrentes: Não existem
barreiras (livre entrada e saída de empresas).
 Monopólio
Número de ofertantes (empresas): Somente uma
empresa.
Tipo de produto: Único (sem substitutos próximos).
Barreiras à entrada de concorrentes:
Impossibilidade de entrada de concorrentes.
 Oligopólio
Número de ofertantes (empresas): Pequeno.
Tipo de produto: Homogêneo ou diferenciado.
Barreiras à entrada de concorrentes: Dificuldade de
entrada de concorrentes.
 Concorrência monopolística
Número de ofertantes (empresas): Grande.
Tipo de produto: Diferenciado.
Barreiras à entrada de concorrentes: Facilidade de
entrada de novos concorrentes.
Quando estiver analisando um mercado específico, tente observar qual
estrutura descreve melhor o seu funcionamento. Essa análise ajuda a
mapear as variáveis que serão mais importantes na formação de preços
e na definição da quantidade comercializada. Lembre-se também que há
outros fatores, como renda, preços de outros produtos, tecnologia e
clima, que também afetam as curvas de demanda e oferta e,
consequentemente, o equilíbrio de mercado.
Ademais, não podemos esquecer que as políticas econômicas
impactam as decisões de mercado, alterando de formas distintas a
renda da população, os preços dos bens e serviços, demanda e oferta
dos mercados. Podemos dividir essas políticas nos quatro grandes
grupos a seguir. Confira!
Política �scal
Refere-se às decisões do governo relacionadas à arrecadação de
impostos e aos gastos públicos para influenciar a economia.
Política monetária
Envolve a regulação da oferta de dinheiro e controle das taxas de juros
pelo banco central para alcançar objetivos econômicos.
Política cambial e comercial
Relaciona-se com as ações do governo para influenciar a taxa de
câmbio e promover políticas comerciais, afetando as transações
internacionais.
Política de rendas
Engloba medidas para influenciar a distribuição de renda, seja por meio
de políticas salariais ou de transferência de renda, buscando equilíbrio
econômico.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Considerando as estruturas de mercado da microeconomia, quais
as características dos bens na concorrência monopolística?
A Homogêneos e substitutos perfeitos
Parabéns! A alternativa D está correta.
Na concorrência monopolística, cada firma produz e vende um
produto diferenciado (heterogêneo), embora substituto próximo. A
diferenciação caracteriza a maioria dos mercados existentes.
Observe que não existe um tipo homogêneo de perfumes, de
aparelhos de televisão, de restaurantes, de automóveis ou DVDs. Na
realidade, cada produtor procura diferenciar seu produto a fim de
torná-lo único.
Questão 2
(Adaptada - Biblioteconomia – BNDES, 2013) A macroeconomia é o
estudo da estrutura de economias nacionais e das políticas
econômicas exercidas pelos seus governos com o objetivo de
melhorar o desempenho econômico doméstico. Entre as questões
pertencentes ao ramo da macroeconomia, estão:
I. Causa do desemprego.
II. Causa da inflação.
III. Causa do desequilíbrio entre demanda e oferta em
determinado mercado.
IV. Determinantes do crescimento econômico no longo prazo.
V. Causa do aumento da taxa de câmbio.
Estão corretos os itens
B Homogêneos e substitutos próximos
C Únicos e sem substitutos próximos
D Heterogêneos e substitutos próximos
E Homogêneos e sem substitutos próximos
A I e II.
B I, II e III.
C I, II, IV e V.
D III, IV e V.
Parabéns! A alternativa C está correta.
A microeconomia estuda a formação de preços em mercados
específicos, analisando situações de equilíbrio e desequilíbrio de
demanda e oferta de produtos. A macroeconomia dedica-se à
análise abrangente da economia, examinando como ocorre a
determinação e o comportamento de fenômenos, como
desemprego, expansão econômica, índices inflacionários e taxa de
câmbio.
Considerações �nais
Ao longo deste conteúdo, analisamos o conceito de despesas, custos e
investimentos, assim como quais as peculiaridades de cada um, como
classificar os diferentes gastos e como eles são usados nas tomadas de
decisões estratégicas nas empresas. Adicionalmente, transmitimos a
forma correta de se precificar um produto ou serviço e as diferentes
estratégias usadas por gestores para se encontrar o preço ideal. Por
último, apresentamos algumas estruturas de mercado, agregados
macroeconômicos e políticas governamentais que afetam os preços na
economia.
Dessa forma, você compreendeu os principais pontos referentes à
análise de custos, sendo capaz de tomar melhores decisões gerenciais,
a fim de alcançar maior eficiência e eficácia empresarial.
Podcast
Ouça o conteúdo sobre mercado, formação de preços e as diversas
características dos custos. Confira como esses aspectos são
fundamentais para a rentabilidade das empresas.
E II, III e IV.

Explore +
Para aprender mais sobre os assuntos tratados, acesse os veículos de
comunicação financeira:
Canal Finanças 101
Como Investir | ANBIMA
Dinheirama
Infomoney
Portal do Investidor
Portal Sebrae
Referências
COELHO, F. S. Formação estratégica de precificação: como maximizar o
resultado das empresas. Rio de Janeiro: Atlas, 2009.
FERREIRA, R. Contabilidade de custos: teoria e questões comentadas.
11. ed. Rio de Janeiro: Ferreira, 2018.
MANKIW, N. G. Introdução à economia. Tradução da 6ª Edição Norte-
Americana. Cengage Learning, 2013.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. 11. ed. Rio de Janeiro: Atlas,
2018.
MARTINS, E.; ROCHA, W. Contabilidade de custos: livro de exercícios.
11. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2015.
PINTO, A. A. G. et al. Gestão de custos. 3. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2017.
SANDRONI, P. Dicionário de economia do século XII. Record, 2016.
VASCONCELLOS, M. A. S. Economia: micro e macro. São Paulo: Atlas,
2010.
Material para download
Clique no botão abaixo para fazer o download do
conteúdo completo em formato PDF.
Download material
O que você achou do conteúdo?
javascript:CriaPDF()
Relatar problema

Continue navegando