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Resumo Cardiologia

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Fisioterapia – Ciclo cardíaco 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigênio 
às células. O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com 
o exterior, constituído por tubos, que são chamados vasos, e por uma bomba 
(coração) percussora que tem como função impulsionar sangue por toda a rede 
vascular. 
O coração é um órgão muscular, ímpar e mediano que atua como uma bomba 
contrátil, auto-ajustável, localiza-se na parte inferior do mediastino médio, na 
cavidade torácica posteriormente ao osso esterno e superiormente ao músculo 
diafragmático. Os vasos sanguíneos apresentam-se como artérias, arteríolas, 
veias, vênulas e capilares. As paredes da maioria dos vasos sanguíneos que 
compõe o sistema cardiovascular possuem três camadas concêntricas de tecido 
denominadas túnicas íntima, túnica média e túnica adventícia. 
 
Figura 1. Vasos sanguíneos 
 
Fonte: Google Imagens 
 
 
 
 
 
 
2 
 Fisioterapia – Ciclo cardíaco 
 
 
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA 
 
O sangue, sob alta pressão, deixa o coração e é distribuído pelo corpo através 
das artérias. Os vasos de distribuição final, arteríolas, transportam o sangue 
oxigenado para os capilares, que consequentemente formam o leito capilar. Nos 
capilares, o sangue repassa oxigênio e nutrientes para as células, retendo resíduos 
do metabolismo celular e dióxido de carbono. O sangue proveniente do leito capilar 
drena para as vênulas de parede fina e altamente permeáveis. As vênulas drenam 
para as pequenas veias que se anastomosam em grandes veias até retornarem 
ao coração, onde serão bombeadas para o pulmão para re-oxigenação. 
 
 
CICLO CARDÍACO 
 
Durante o ciclo cardíaco o coração realiza sístole (contração) e diástole 
(relaxamento). Na sístole, o sangue é ejetado em direção as artérias. Na diástole 
recebe o sangue proveniente das veias. O ciclo cardíaco é a sequência de fatos 
que acontece a cada batimento cardíaco. 
 
O ciclo cardíaco compreende três fases: 
 
A sístole atrial, sístole ventricular e diástole ventricular. Na sístole atrial o sangue é 
impulsionado dos átrios para os ventrículos. Assim as valvas atrioventriculares se 
encontram abertas para a passagem de sangue. As valvas semilunares da artéria 
tronco pulmonar e da artéria aorta se encontram fechadas. Na sístole ventricular 
as valvas atrioventriculares estão fechadas e as semilunares abertas para a 
passagem de sangue. A diástole é o relaxamento do músculo cardíaco, é quando 
os ventrículos se enchem de sangue, neste momento as valvas atrioventriculares 
estão abertas e as valvas semilunares se encontram fechadas. 
Em adultos saudáveis, existem geralmente dois sons do coração normais que 
ocorrem em sequência com cada batida do coração. Eles são a primeira bulha 
cardíaca ou primeiro som cardíaco (B1 ou S1) produzidos pelo fechamento 
das valvas atrioventriculares e, a segunda bulha cardíaca ou segundo som 
cardíaco (B2 ou S2), produzidos pelo fechamento das valvas semilunares. Além 
destes, pode ocorrer a terceira bulha cardíaca (B3) rara, normal em crianças e 
adultos jovens. Este som ocorre quando o ventrículo esquerdo não está totalmente 
complacente, e até o início da diástole, o fluxo de sangue dentro do ventrículo 
esquerdo causa vibrações das valvas e das cordas tendíneas. 
 
 
 
3 
 Fisioterapia – Ciclo cardíaco 
 
 
Figura 2. Ciclo cardíaco 
 
Fonte: Google Imagens 
 
 
SÍSTOLE 
 
Durante a sístole cardíaca ocorre a contração isovolumétrica, onde após o início da 
contração ventricular, a pressão do ventrículo sobe de modo abrupto, fazendo com 
que as valvas AV se fechem. Entretanto, é necessário mais 0,02 a 0,03 segundos 
para o ventrículo gerar pressão suficiente capaz de empurrar e abrir as valvas 
semilunares (aórtica e pulmonar) contra a pressão das artérias aorta (80 mmHg) 
e pulmonar (8 mmHg). Portanto, durante esse período há contração ventricular 
sem que haja esvaziamento das câmaras. 
Podemos classificar a ejeção ventricular do sangue em duas modalidades: a 
rápida responsável por cerca de 70% da ejeção e, a lenta responsável pelos 30% 
da ejeção sanguínea restante. 
Durante a ejeção rápida (primeiro terço da ejeção) a pressão dos ventrículos supera 
as pressões das artérias aorta e pulmonar, o sangue ventricular força a abertura 
das valvas semilunares, esvaziandocercade70%do volume de ejeção ventricular. 
Na ejeção lenta (segundo e terceiro terço da ejeção) ocorre o esvaziamento dos 
30% de volume de ejeção ventricular restantes. 
 
 
 
 
4 
 Fisioterapia – Ciclo cardíaco 
 
 
Relaxamento Isovolumétrico 
 
Posteriormente a sístole ocorre o relaxamento repentino da musculatura ventricular 
e a pressão das artérias aorta e pulmonar, que acabaram de ser cheias,gera 
o fechamento das valvas semilunares. Assim, durante 0,03 a 0,06 segundos, o 
músculo ventricular continua a relaxar, mesmo que o volume dos ventrículos não 
se altere. 
 
 
DIÁSTOLE 
 
A diástole cardíaca é dividida em três etapas: enchimento rápido ventricular, 
enchimento lento e a sístole atrial. 
O enchimento rápido ventricular corresponde ao primeiro terço da diástole (70% 
do enchimento ventricular total), ocorre quando a sístole termina, a baixa pressão 
dos ventrículos da diástole permite que o sangue, moderadamente pressionado 
nos átrios, force as valvas atrioventriculares a se abrirem, aumentando o volume 
ventricular. 
O segundo terço da diástole, refere-se ao enchimento lento ventricular, e 
corresponde a 10% do enchimento ventricular total. Neste uma pequena 
quantidade de sangue nas condições normais flui para os ventrículos, vindo das 
veias e fluindo diretamente para os ventrículos. 
A sístole atrial corresponde ao terceiro terço da diástole, e representa 20% do 
enchimento ventricular total, nesta os átrios se contraem, dando impulso adicional 
ao fluxo sanguíneo para os ventrículos. 
O tempo médio de duração do ciclo cardíaco é em torno de 0,8 segundos, nos quais 
0,3 segundos são destinados à sístole atrioventricular e 0,5 segundos à diástole. 
 
 
FUNÇÃO DAS VALVAS CARDÍACAS 
 
As Valvas Atrioventriculares (tricúspide e mitral) evitam o refluxo de sangue dos 
ventrículos para os átrios durante a sístole. Já as valvas semilunares (aórtica e 
pulmonar) impedem o refluxo do sangue da aorta e das artérias pulmonares para 
os ventrículos durante a diástole. 
 
 
 
 
 
5 
 
Durante a contração dos 
átrios, o sangue é 
impulsionado deste até 
os ventrículos; 
 
Neste processo, as 
valvas atrioventriculares 
se abrem, permitindo a 
passagem do sangue; 
 
E as valvas semilunares 
da (artéria tronco 
pulmonar e da artéria 
aorta ) se fecham. 
 Fisioterapia – Ciclo cardíaco 
 
 
FATORES INTRÍNSECOS QUE CONTROLAM O VOLUME SISTÓLICO 
 
Pré Carga: Refere-se ao máximo de estresse da parede do ventrículo, quando está 
cheio de sangue, ou seja, é a pressão do sangue (pressão diastólica final) presente 
no ventrículo do coração, após seu enchimento passivo e contração do átrio. 
 
Pós Carga: Refere-se a dificuldade de ejeção do ventrículo. O fator que mais 
interfere na pós-carga é a resistência vascular periférica, porém, como esta não 
pode ser medida, utiliza-se a pressão arterial como parâmetro para avaliar a pós- 
carga. Quanto maior a pressão arterial, maior é a pós-carga, ou seja, mais difícil 
é a ejeção. 
 
Contratilidade Cardíaca: Refere-se a capacidade de contração da musculatura 
estriada cardíaca. O músculo presente nos átrios e ventrículos possuem uma 
duração de contração maior, porém as fibras musculares excitatórias e condutoras 
apenas se contraem de modo mais fraco, pois contêm poucas fibrilas contráteis, 
mas apresentam ritmicidade e velocidade de condução variáveis, formando um 
sistema excitatório para o coração. 
 
 
ESQUEMA 
 
Sístole Atrial 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Na contração dos 
ventrículos as valvas 
atrioventriculares se 
fecham; 
 
Este fechamento da 
valva evita que haja o 
refluxo do sanguepara 
os átrios; 
 
Em seguida as valvas 
semilunares se abrem 
permitindo passagem do 
sangue. 
Durante a diástole ocorre o relaxamento 
muscular e os ventrículos se enchem de 
sangue. 
 Fisioterapia – Ciclo cardíaco 
 
 
Sístole Ventricular 
 
 
 
 
 
 
 
Diástole Cardíaca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Neste momento as valvas 
atrioventriculares se abrem permitindo 
que o sangue passe; 
Ao mesmo tempo em que as valvas 
semilunares (da artéria tronco 
pulmonar e da artéria aorta ) se fecham. 
Fisioterapia – Testes Funcionais 
 Fisioterapia – Ciclo cardíaco 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Veronez D. Abordagem Morfofuncional do Sistema Cardiovascular. Disponível 
em: < http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/documentos/ 
Abordagem_morfofuncional_do_sistema_cardiovascular.pdf>. Acessado em 1 de 
setembro de 2019. 
Disponível em: <http://files.profmarcelolima.webnode.com.br/200000135- 
d3590d4524/APOSTILA_ANATOMIA_CARDIOVASCULAR%5B1%5D.pdf>. 
Acessado em 1 de setembro de 2019. 
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-carga>. Acessado em 1 
de setembro de 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/documentos/
http://files.profmarcelolima.webnode.com.br/200000135-
http://files.profmarcelolima.webnode.com.br/200000135-
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Os testes funcionais aplicados aos indivíduos com doenças cardiovasculares e 
ou respiratória, visam adequar a prescrição dos exercícios, como também, avaliar 
a eficácia da terapêutica utilizada. Além disso, apresenta como vantagens a 
possibilidade de realizar análise dos aspectos metabólicos do miocárdio e o grau 
de resposta isquêmica ao esforço, e o fato de serem práticos e não invasivos. 
 
Teste da Caminhada de Seis Minutos 
 
O teste de caminhada de seis minutos (TC6) é usado para avaliar a resposta de 
um indivíduo ao exercício e propicia uma análise global dos sistemas respiratório, 
cardíaco e metabólico. 
 
Figura 1. Demonstração do caminho para o TC6 
 
 
Google Imagens 
 
Vantagens 
 
As principais vantagens do TC6 são sua simplicidade e as exigências tecnológicas 
 
 
2 
 Fisioterapia – Testes Funcionais 
 
 
mínimas, bem como o fato de que sinais e sintomas vitais podem ser medidos 
durante o teste. Portanto, trata-se de um teste barato e de ampla aplicabilidade, 
já que caminhar é uma atividade de vida diária que quase todos os pacientes 
são capazes de realizar, exceto aqueles mais afetados por alguma doença. O 
TC6 reflete de maneira mais acurada as limitações às atividades de vida diária 
e mostrou-se mais sensível que testes em esteira, pois o TC6 testa, de maneira 
objetiva, a dessaturação de oxigênio durante o exercício em pacientes com DPOC. 
 
Equipamentos necessários: 
 
• cronômetro; 
• cones para delimitação do circuito; 
• efigmomanômetro; 
• estetoscópio; 
• oxímetro de pulso adequado para realização de atividade física. 
 
Como o Teste deve ser realizado 
 
O teste deverá ser realizado pelo menos duas horas após as refeições. Os 
pacientes deverão ser instruídos a usar roupas e calçados confortáveis, além de 
manter medicação usual. Antes da realização do teste, os pacientes deverão fazer 
um período de repouso de no mínimo 10 minutos. Durante esse período, deverão 
ser avaliadas as contra-indicações, dados de pressão arterial, oximetria de pulso, 
nível de dispnéia (Escala de Borg), frequência cardíaca e respiratória. 
O teste deverá ser realizado em corredor com comprimento mínimo de 30 metros 
e que seja livre de circulação de pessoas. De acordo com o protocolo proposto 
pela ATS, o avaliador não deverá caminhar junto com o paciente. Entretanto, 
algumas vezes, esse procedimento torna-se necessário, como por exemplo, para 
carregar fonte de oxigênio ou dar maior segurança em caso de déficits de equilíbrio 
(principalmente idosos). Nesses casos, o avaliador deverá caminhar sempre atrás 
do sujeito. 
Durante a realização dos testes, frases de encorajamento podem ser utilizadas 
em períodos de tempos. O encorajamento deverá ser utilizado a cada minuto, 
por meio de frases padronizadas. Oxigenioterapia poderá ser instituída, caso a 
oximetria de pulso do paciente registre valores inferiores a 85%. Ao término do 
teste, os dados vitais coletados inicialmente deverão ser novamente avaliados. 
Além disso, será calculada a distância caminhada pelo paciente. 
 
 
3 
 Fisioterapia – Testes Funcionais 
 
 
Enright sugere que pessoas saudáveis possam caminhar, durante o Teste de 
Caminhada de Seis Minutos, distâncias variando entre 400 e 700. Existem, na 
literatura, algumas fórmulas que podem predizer, com base em sexo, peso, altura e 
idade, qual a distância caminhada esperada durante o teste. A tabela 1 apresenta 
as fórmulas propostas por Enright e Sherrill. 
 
Tabela 1. Equações de referência para predição da distância no Teste de 
Caminhada de 6 minutos segundo Enright e Sherrill, 1998. 
 
 
 
Google Imagens 
 
Indicações 
 
De acordo com a American Thoracic Society (ATS), a indicação mais precisa 
para a realização do TC6 é a presença de doença pulmonar ou cardíaca leve ou 
moderada, nas quais o teste é usado para medir a resposta ao tratamento, analisar 
a capacidade funcional e predizer a morbidade e mortalidade. 
 
Contra Indicações 
 
As principais contra indicações do TC6 são: angina Instável, <5 dias de infarto 
agudo do miocárdio (IAM) ou pós Angioplastia, insuficiência cardíaca congestiva 
(ICC) agudizada, estenose aórtica grave, arritmias não controladas, hipertensão 
(170x100 mmHg), hipotensão (80x50 mmHg) e taquicardia em repouso (FC > 
120bpm). 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 Fisioterapia – Testes Funcionais 
 
 
Teste Graduado de Caminhada - Shuttle Walking Test (SWT) 
 
O SWT foi criado como um instrumento de avaliação para indivíduos com doença 
pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); porém, tem sido utilizado também em outras 
condições de saúde. O SWT foi criado a partir do Shuttle run test. Inicialmente 
apresentava 10 estágios, sendo que após os primeiros resultados, foi desenvolvido 
um protocolo modificado com 12 estágios, que inicia com velocidade mais lenta 
permitindo aos indivíduos mais debilitados melhor adaptação. 
 
Indicações e Objetivos 
 
O SWT pode ser amplamente aplicado a indivíduos com diferentes condições 
de saúde e faixas etárias, com diferentes finalidades, sendo as mais frequentes: 
avaliação de resposta às intervenções; avaliação da capacidade funcional e a 
avaliação do prognóstico. 
 
Como o teste é realizado? 
 
O SWT apresenta 12 estágios com um minuto de duração cada, velocidade 
inicial de 0,5 metros/segundo (m/s), sendo a cada minuto acrescentado 0,17 m/s 
(equivalente a 10 metros/minuto). O avaliador pode fornecer comando verbal 
padronizado ao fim de cada estágio com intuito de informar ao indivíduo sobre o 
aumento da velocidade de caminhada. A velocidade de caminhada é determinada 
por meio de dois tipos diferentes de sinais sonoros: 1 sinal (bipe) único que indica 
mudança de direção e 2 sinais (bipe) triplo que indica mudança de direção e de 
estágio. 
O teste deverá ser realizado pelo menos duas horas após as refeições. Os sujeitos 
devem utilizar roupas e calçados confortáveis e manter a medicação usual. 
 
Precauções 
 
Antes da realização do teste devem ser aferidas a pressão arterial, frequência 
cardíaca, saturação periférica de oxigênio e frequência respiratória. Além disso, a 
existência de possíveis contraindicações deve ser avaliada. Durante a realização 
do SWT, o avaliador poderá caminhar ao lado do indivíduo no primeiro estágio 
com objetivo de melhor compreensão da dinâmica do teste ou nos casos em que 
a oxigenoterapia seja necessária. 
 
 
 
5 
 Fisioterapia – Testes Funcionais 
 
 
Variáveis do SWT 
 
Em relação às variáveis fornecidas pelo SWT, devem ser registrados distância 
máxima percorrida, velocidademáxima alcançada, pressão arterial, frequência 
cardíaca, percepção subjetiva de esforço, estágio e respectivo percurso no qual o 
teste foi interrompido. 
 
Teste Ergométrico 
 
O teste ergométrico serve para a avaliação ampla do funcionamento cardiovascular, 
quando submetido a esforço físico gradualmente crescente, em esteira rolante. São 
observados os sintomas, os comportamentos da frequência cardíaca, da pressão 
arterial e do eletrocardiograma antes, durante e após o esforço. 
Os principais objetivos do teste são diagnosticar e avaliar a doença arterial 
coronária, a capacidade funcional cardiorrespiratória; arritmias, anormalidades da 
pressão arterial e de isquemia miocárdica; avaliar surgimento de sopros, sinais de 
falência ventricular esquerda e dos eventuais sintomas que podem acompanhar 
essas disfunções; realizar avaliação funcional de doença cardíaca já conhecida; e 
realizar a prescrição de exercícios físicos. 
 
Figura 2. Teste Ergométrico 
 
Google Imagens 
 
 
 
 
 
 
6 
 Fisioterapia – Testes Funcionais 
 
 
Preparo para Realização do Teste 
 
No dia do exame, após o banho, não deve-se utilizar cremes, pomadas ou gel; 
Deve levar roupa confortável (agasalho/tênis). 
Não fumar 2 horas antes e 1 hora após o exame; 
Realizar dieta normal 2 horas antes ou dieta leve 1 h antes do exame; o paciente 
não deve fazer o exame em jejum; 
A suspensão de medicação em uso fica a critério do seu médico e na dependência 
dos objetivos do exame. Quando o objetivo é diagnosticar doença arterial 
coronária, caso seja possível, recomenda-se suspender medicamentos que 
possam mascarar as manifestações da doença, como betabloqueadores (atenolol, 
propranolol, metoprolol etc), inibidores dos canais de cálcio (diltiazem, verapamil) 
e vasodilatadores coronarianos (dinitrato ou mononitrato de isossorbida, 
nitroglicerina etc). 
Recomenda-se ao paciente não expor o tórax desprotegido ao sol, até 72 horas 
após o exame, pois pode surgir irritação da pele, no local da colocação dos 
eletrodos. 
 
Obs.: Endoscopia digestiva ou Colonoscopia não devem ser realizadas no mesmo 
dia do teste ergométrico. 
 
Etapas 
 
O primeiro passo é coletar dados com o paciente e descritos no pedido médico 
para definirmos a indicação do exame, afastar contraindicações e estabelecer o 
protocolo ideal de esforço para cada paciente. A seguir são colocados 10 eletrodos 
no tórax do paciente para o registro do eletrocardiograma. O paciente é colocado 
então na esteira rolante iniciando-se o exercício com o protocolo escolhido. A 
interrupção do exame ocorrerá caso o paciente apresente grande cansaço ou 
exaustão, sintomas indicativos de anormalidades cardiovasculares, alterações 
compatíveis com isquemia ou alterações significativas do ritmo cardíaco. 
Traçados eletrocardiográficos e medida da pressão arterial serão registrados antes 
do esforço, ao final de cada etapa do exercício e regularmente na recuperação. A 
interpretação do exame envolve múltiplos fatores: presença de sintomas, os níveis 
de pressão arterial, o comportamento da frequência cardíaca, a capacidade física, 
os distúrbios do ritmo cardíaco e as alterações do observadas no eletrocardiograma 
registrado durante o esforço. 
 
 
 
7 
 Fisioterapia – Testes Funcionais 
 
 
Figura 3. Demonstração do Teste Ergométrico 
 
Google Imagens 
 
 
Indicações 
 
A Diretriz do Departamento de Ergometria e Reabilitação da Sociedade Brasileira 
de Cardiologia sobre teste de esforço mostra que sua indicação é bastante ampla, 
nos indivíduos que possuam: 
 
• Doença Arterial Coronária; 
• Hipertensão Arterial; 
• Arritmias; 
• População sadia ou aparentemente normal; 
• Indicações especiais. 
 
Contraindicações 
 
Aqueles indivíduos que possuam doença arterial coronária que estão instáveis 
(sintomas progressivos ou que ocorrem em repouso, angina instável, infarto em 
evolução) ou que apresentam obstrução no tronco da artéria coronária esquerda 
ou equivalente; 
 
 
 
 
8 
 Fisioterapia – Testes Funcionais 
 
 
• Arritmias não controladas; 
• Miocardites e pericardites agudas; 
• Estenose aórtica grave; 
• Hipertensão arterial grave; 
• Embolia pulmonar; 
• Qualquer enfermidade aguda; 
• Limitação física ou emocional; 
• Intoxicação medicamentosa; 
• Gestação. 
 
Complicações 
 
O risco de complicações graves como infarto, arritmias e parada cardíaca é muito 
baixo e menor do que 1 para cada 20.000 exames realizados. 
 
Teste Cardiopulmonar (TCP) 
 
O teste cardiopulmonar ou ergoespirométrico é a associação de um teste 
ergométrico convencional com a análise do ar expirado pelo paciente, que fornece 
medidas diretas de parâmetros respiratórios, como a capacidade de consumo de 
oxigênio pelos pulmões (VO2), produção de gás carbônico, frequência respiratória 
e ventilação pulmonar. 
Deste modo, o teste cardiopulmonar oferece todas as informações disponíveis no 
teste ergométrico convencional adicionado de dados extraídos da respiração que 
revelam o real grau de condicionamento físico. 
 
Para que serve 
 
É considerado indispensável para atletas de alta performance e muito indicado 
para avaliação inicial de indivíduos ativos em programas de condicionamento 
físico, esportistas que participam dos circuitos de corridas de rua ou para quem 
quer iniciar um programa de exercícios físicos de qualquer natureza, pois identifica 
a faixa ideal para o condicionamento aeróbico. 
Durante esse exame realiza-se avaliação contínua do sistema cardiovascular, 
 
 
9 
 Fisioterapia – Testes Funcionais 
 
 
respiratório e também muscular. Assim, é possível de modo dinâmico a obtenção 
de respostas desses três grandes sistemas do organismo quando submetido ao 
esforço físico. Outra grande vantagem dessa prova é auxiliar na investigação 
médica de doenças que ainda não foram diagnosticas de forma clara em 
repouso. Portanto quando uma pessoa apresenta falta de ar sem origem ou 
diagnóstico esclarecido o teste cardiopulmonar de exercício torna-se o método 
ideal para auxiliar o médico tanto na identificação (causa), quanto na orientação 
para o tratamento do distúrbio ou eventual doença identificada. 
 
Figura 4. Demonstração do Teste Cardiopulmonar 
 
 
Google Imagens 
 
Indicações 
 
• Avaliação funcional de doenças cardíacas e pulmonares; 
• Avaliação seriada no pré e no pós-transplante cardíaco; 
• Quantificação do risco de pacientes com miocardiopatias (doença do músculo 
cardíaco); 
• Para programar a reabilitação em pacientes com doença cardíaca ou com 
insuficiência cardíaca; 
• Para programar treinamento de atletas; 
• Para diagnóstico diferencial da dispneia (falta de ar). 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Teste da Caminhada de Seis Minutos (TC6M) 
 
O TC6M é um teste de esforço submáximo que se assemelha às 
atividades diárias do paciente, é usado para avaliar a resposta de um 
indivíduo ao exerc ício e propicia um a análise global dos sistemas 
respiratório, cardíaco e metabólico. 
 
Shutlle Walk Test 
 
O SWT foi criado como um instrumento de avaliação para indivíduos com 
doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC); porém, tem sido utilizado 
também em outras condições de saúde. Apresenta como principais 
objetivos: avaliação de resposta às intervenções; avaliação da capacidade 
funcional e a avaliação do prognóstico. 
 Fisioterapia – Testes Funcionais 
 
 
Preparo e Contraindicações 
 
O exame tem duração aproximada de 1 hora, contando o tempo de preparo do 
paciente e o tempo na esteira, e é indicado para pacientes maiores de 18 anos, 
mas também pode ser realizado em menores, desde que acompanhados por um 
adulto responsável. Para sua realização é preciso apenas uma requisição médica. 
É natural que durante o teste o paciente tenha a sensação de cansaço e que ocorra 
aceleração da respiração e dos batimentos cardíacos. Contudo, pessoas com 
doença cardíaca poderão manifestar ou evidenciar sintomas como dor no peito, 
palpitações, falta de ar, cansaço desproporcionalao nível de esforço aplicado e 
outros, de acordo com o seu problema. 
Não é recomendado realizar este exame na presença de infecções (ex: gripe, 
febre), bem como em jejum, pois podem interferir na avaliação da capacidade 
física. Embora a realização de exercício seja recomendada durante a gravidez, o 
teste ergométrico só deve ser realizado em situações especiais. 
 
ESQUEMA 
 
Testes Funcionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Teste Cardiopulmonar 
 
O teste cardiopulmonar ou ergoespiromét rico é a associação de um teste 
ergométrico convencional com a análise do ar expirado pelo paciente, que 
fornece m edidas diretas de parâmetros respiratórios, como a capacidade de 
consumo de oxigênio pelos pulm ões (VO2), produção de gás carbônico, 
frequência respiratória e ventilação pulmonar. 
 
Teste Ergométrico 
 
O teste ergométrico serve para a avaliação am pla do funcionamento 
cardiovascular, quando subm etido a esforço físico gradualmente 
crescente, em esteira rolante. 
 Fisioterapia – Testes Funcionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Blanhir J, Vidal C, Romero M, et al. Teste de caminhada de seis minutos: uma 
ferramenta valiosa na avaliação do comprometimento pulmonar. J. bras. 
pneumol. vol.37 n.1 São Paulo, 2011. 
Monteiro D, Britto R, Carvalho M, et al. Shuttle walking test como instrumento 
de avaliação da capacidade funcional: uma revisão da literatura. Rev Ciência e 
Saúde, Porto Alegre, v. 7, n. 2, p. 92-97, 2014. 
ALBERT EINSTEIN. Cardiologia. Disponível em: <https://www.einstein.br/ 
especialidades/cardiologia/exames-tratamento/teste-ergometrico-teste- 
esforco>.Acessado em 03 de setembro de 2019. 
HCOR. Teste Cardiopulmonar de Exercício. Disponível em: <https://www.hcor. 
com.br/exames-e-consultas/exames-diagnosticos/teste-cardiopulmonar-de- 
exercicio/>. Acessado em 03 de setembro de 2019. 
Britto R., Sousa L. Teste De Caminhada de Seis Minutos uma Normatização 
Brasileira Six Minute Walk Test – a Brazilian Standardization. Fisioterapia em 
Movimento, Curitiba, v.19, n.4, p. 49-54, out, 2006. 
 
 
 
 
12 
http://www.einstein.br/
Fisioterapia – Eletrocardiograma 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O eletrocardiograma (ECG) é um exame não-invasivo, de baixo custo, que 
consiste na reprodução gráfica da atividade elétrica do coração durante o seu 
funcionamento, captada na superfície do corpo. 
 
Figura: ECG normal. 
 
Fonte: https://pt.my-ekg.com/truques-conselhos-ecg/ritmo-sinusal-diagnostico. 
html (acesso em 07/08/19). 
 
Dentre os objetivos principais do ECG, podemos mencionar: 
 
• Mensurar a frequência cardíaca (FC) e o ritmo dos batimentos cardíacos; 
• Detectar possíveis danos ao miocárdio; 
• Verificar alterações no sistema de condução; 
• Verificar os efeitos induzidos pelos medicamentos; 
• Avaliar o funcionamento do marcapasso; 
 
Esse exame, portanto, pode ser realizado em caráter eletivo, de urgência ou 
emergência. 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 Fisioterapia – Eletrocardiograma 
 
 
PRINCÍPIOS FISIOLÓGICOS 
 
O ECG detecta e registra as alterações de potencial elétrico das células cardíacas, 
os quais são gerados pela despolarização e repolarização destas. Em indivíduos 
saudáveis, este potencial se inicia no nodo sinusal (células auto-rítmicas), sendo 
conduzido por meio do sistema de condução. 
 
Figura: Sistema de condução cardíaca. 
 
Fonte: http://www.inf.ufsc.br/~j.barreto/Projetos/Luciana/aplicativo/ 
sistemaConducao.html (acesso em 07/08/19). 
 
 
DERIVAÇÕES DO ELETROCARDIOGRAMA 
 
No eletrocardiograma (ECG), as derivações são o registro da diferença de potencial 
elétrico entre dois pontos. Nas derivações bipolares são a diferença entre dois 
eletrodos, e nas derivações monpoloares a diferença entre um ponto virtual e um 
eletrodo. 
É importante saber que as derivações não devem ser analisadas separadamente, 
se não em todo o conjunto do eletrocardiograma, pois cada derivação é uma visão 
diferente da mesma estimulação elétrica. 
Para o registro das derivações, são colocados 4 eletrodos nos membros (um em 
cada membro) e 6 eletrodos no tórax do paciente. 
 
 
 
 
3 
http://www.inf.ufsc.br/~j.barreto/Projetos/Luciana/aplicativo/
 Fisioterapia – Eletrocardiograma 
 
 
Figura: Posicionamento dos eletrodos no ECG. 
 
Fonte: https://www.imgrum.pw/tag/profhemeritoncarvalho (acesso em 07/08/19). 
 
Dependendo do plano elétrico do coração que registrem, temos as derivações 
periféricas (plano frontal) e as derivações precordiais (horizontal). 
 
 
DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS 
 
Se denominam derivações periféricas as derivações do ECG obtidas a partir dos 
eletrodos colocados nos membros. 
 
A. Derivações bipolares 
 
DI = Localização dos eletrodos no MSE e MSD. É positivo o eletrodo do MSE e 
negativo o do MSD. Explora a superfície lateral e do coração. É uma deflexão 
positiva. 
DII = Localização dos eletrodos no MSD e MIE. É positivo o eletrodo do MIE e 
negativo o do MSD. Explora a superfície lateral esquerda. É uma deflexão positiva. 
DIII = Localização dos eletrodos no MSE e MIE, sendo positivo o do MIE e negativo 
o do MSE. Explora a mesma superfície das anteriores. É bipolar e positiva. 
 
 
 
http://www.imgrum.pw/tag/profhemeritoncarvalho
 
B. Derivações unipolares 
 
aVR = Localização do eletrodo no MSD, sendo este positivo. Explora 
o átrio direito. A captação da atividade produz ondas negativas. 
 
 
 
 
4 
 Fisioterapia – Eletrocardiograma 
 
 
aVF = Localização do eletrodo no MIE, sendo o eletrodo positivo. Explora a superfície 
lateral esquerda, mas também a parede inferior. Produz deflexões (ndas) positivas. 
aVL = Localização do eletrodo no MSE. O eletrodo deste membro é positivo. Explora 
a superfície lateral esquerda e produz deflexões positivas. 
 
C. Derivações pré-cordiais 
 
V1 = Por ser uma derivação pré-cordial, o eletrodo é posicionado no 4º espaço 
intercostal à direita, próxima ao rebordo esternal (paraesternal). O eletrodo é 
positivo e explora o ventrículo direito, ou melhor, lado direito do coração. Há ondas 
positivas juntamente com negativas. A predominância das ondas é negativa. 
V2 = O eletrodo é posicionado no 4º espaço intercostal à esquerda, próxima ao 
rebordo esternal. O eletrodo é positivo e explora o ventrículo direito, ou melhor, lado 
direito do coração. Há ondas positivas juntamente com negativas. A predominância 
das ondas é negativa. 
V3 = Localizada entre V2 e V4. O eletrodo é positivo. Explora: septo interventricular 
e parede anterior do ventrículo esquerdo Bifásica, V3 é mais negativo do que o V4 
(que é mais positivo). 
V4 = Localizada no 5° espaço intercostal no hemitórax esquerdo e na 
linha hemiclavicular, ou na linha do mamilo esquerdo. O eletrodo é positivo. Explora: 
septo interventricular e parede anterior do ventrículo esquerdo Bifásica, V3 é mais 
negativo do que o V4 (que é mais positivo). 
 
V5 = Localiza no 5º espaço intercostal na linha axilar esquerda anterior. O eletrodo 
é positivo e explora o ventrículo esquerdo nas paredes anteriores e laterais. Ondas 
positivas. 
V6 = Localizado na linha axilar média, no 5º espaço intercostal esquerda. O eletrodo 
é positivo e explora o ventrículo esquerdo nas paredes anteriores e laterais. Ondas 
positivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fisioterapia – Eletrocardiograma 
 
 
Figura: Derivações ECG. 
 
Fonte: https://pt.my-ekg.com/generalidades-ecg/correlacao-paredes-derivacoes. 
html (acessado em 07/08/19). 
 
 
ELETROCARDIOGRAMA NORMAL 
 
Onda P: Corresponde à despolarização atrial, sendo a sua primeira componente 
relativa à aurícula direita e a segunda relativa à aurícula esquerda, a sobreposição 
das suas componentes gera a morfologia tipicamente arredondada (exceção de 
V1), e sua amplitude máxima é de 0,25 mV. 
Tamanho normal: Altura: 2,5 mm, comprimento: 3,0 mm, sendo avaliada em DII. 
A Hipertrofia atrial causa um aumento na altura e/ou duração da Onda P. 
Complexo QRS: Corresponde a despolarização ventricular.É maior que a onda P 
pois a massa muscular dos ventrículos é maior que a dos átrios, os sinais gerados 
pela despolarização ventricular são mais fortes do que os sinais gerados pela 
repolarização atrial. Anormalidades no sistema de condução geram complexos 
QRS alargados. 
Onda T: Corresponde a repolarização ventricular. Normalmente é perpendicular e 
arredondada. A inversão da onda T indica processo isquêmico. 
Onda U: A onda U, nem sempre registrada no ECG, corresponde a repolarização 
dos Músculos Papilares. 
Onda T atrial: A onda T atrial geralmente não aparece no ECG, pois é “camuflada” 
pela Repolarização Ventricular. Ela corresponde à Repolarização Atrial, e quando 
aparece possui polaridade inversa à onda T - Repolarização Ventricular. 
 
 
 
6 
 Fisioterapia – Eletrocardiograma 
 
 
Intervalo PR: É o intervalo entre o início da onda P e início do complexo QRS. É um 
indicativo da velocidade de condução entre os átrios e os ventrículos e corresponde 
ao tempo de condução do impulso elétrico desde o nodo atrioventricular até aos 
ventrículos. 
O espaço entre a onda P e o complexo QRS é provocado pelo retardo do impulso 
elétrico no tecido fibroso que está localizado entre átrios e ventrículos, a passagem 
por esse tecido impede que o impulso seja captado devidamente, pois o tecido 
fibroso não é um bom condutor de eletricidade. 
Período PP: O Intervalo PP, ou Ciclo PP. É o intervalo entre o início de duas ondas 
P. Corresponde a frequência de despolarização atrial, ou simplesmente frequência 
atrial. 
Período RR: O Intervalo RR ou Ciclo RR. É o intervalo entre duas ondas R. 
Corresponde a frequência de despolarização ventricular, ou simplesmente 
frequência ventricular. 
 
Figura: Ondas e períodos do ECG. 
 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Eletrocardiograma (acesso em 07/08/19). 
 
 
ALTERAÇÕES DO ECG 
 
• Bradicardia sinusal 
 
Ocorre quando a FC < 50 bpm. 
No ECG, é evidente pelo intervalo PR constante e entre 0,12 e 0,20s. 
Essa alteração não necessariamente é maléfica, uma vez que pode ser comumente 
encontrada em atletas de alto rendimento. 
 
 
 
 
7 
 Fisioterapia – Eletrocardiograma 
 
 
Figura: Bradicardia sinusal. 
 
Fonte: https://pt.my-ekg.com/como-ler-ecg/ritmo-cardiaco.html (acesso em 
08/08/19). 
 
• Taquicardia sinusal 
 
A taquicardia sinusal refere-se ao aumento da FC para valores maiores que 100 
bpm no ECG. Apesar de acelerado, o ritmo é regular, podendo ser detectado pelo 
intervalo QT encurtado. 
 
Figura: Taquicardia sinusal 
 
Fonte: https://pt.my-ekg.com/como-ler-ecg/ritmo-cardiaco.html (acesso em 
08/08/19). 
 
• Fibrilação atrial 
 
Trata-se de uma arritmia supraventricular, que cursa de forma sustentada e é 
mais frequente. A FC gira em torno de 140 a 160 bpm. 
Nessa condição, ocorre despolarizações atriais desorganizadas e com consequente 
ausência de contração atrial efetiva. No ECG, verifica-se QRS irregulares e ausência 
de ondas P, bem como presença de ondas F (pequenas ondas irregulares que 
substituem a onda P). 
 
 
 
 
8 
 Fisioterapia – Eletrocardiograma 
 
 
Figura: Fibrilação atrial. 
 
Fonte: https://pt.my-ekg.com/como-ler-ecg/ritmo-cardiaco.html (acesso em 
08/08/19). 
 
• Flutter atrial 
 
É um acometimento mais raro. Ao contrário da fibrilação atrial, a atividade elétrica 
atrial é coordenada, de modo que os átrios se contraem, mas em uma frequência 
muito rápida (podendo chegar a 250 – 350 vezes por minuto). Dessa forma, 
ocorre um impedimento de que cada impulso seja conduzido através do nódulo 
atrioventricular para os ventrículos. 
 
• Taquicardia ventricular 
 
Configura-se como um excesso de sístoles ventriculares. Quando a duração desse 
evento for > 30s, é classificada como taquicardia ventricular sustentada. 
 
• Extrassístole ventricular 
 
As extrassístoles ventriculares (ESV), também conhecidas como batimentos 
ventriculares prematuros, são estímulos ectópicos que se originam distalmente ao 
sistema de His-Purkinje. 
As extrassístoles ventriculares são a arritmia cardíaca mais frequente nos pacientes 
sem cardiopatia estrutural, e se caracterizam pela aparição de um complexo QRS 
largo com morfologia aberrante. 
O complexo QRS largo é acompanhado por alterações secundárias no segmento 
ST e na onda T, e de uma pausa pós extrassistólica. 
 
 
 
9 
 Fisioterapia – Eletrocardiograma 
 
 
Figura: Extrassístole ventricular 
 
 
Fonte: https://pt.my-ekg.com/como-ler-ecg/ritmo-cardiaco.html (acesso em 
08/08/19). 
 
• Bloqueios intraventriculares 
 
Consistem em alterações na condução cardíaca. Os bloqueios podem ser causados 
por alterações estruturais do sistema de condução His-Purkinje ou do miocárdio 
ventricular (necrose, fibrose, calcificação, lesões infiltrativas ou pela insuficiência 
vascular), ou funcionais, devido ao período refratário relativo de parte do sistema 
de condução, gerando a aberrância da condução intraventricular. 
 
• Síndrome de Wolf-Parkinson-White 
 
É uma síndrome congênita que resulta da presença de vias elétricas adicionais no 
sistema de condução elétrica do coração. 
O tipo de arritmia cardíaca mais comum causado pela SWPW é a taquicardia 
paroxística supraventricular. 
No ECG, haverá um intervalo PR curto, um QRS alargado com um espaçamento 
em sua porção inicial (onda delta). 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. Wang K, Hodges M. The premature ventricular complex as a diagnostic aid. Ann 
Intern Med. 1992;117(9):766-70. 
2. Surawicz B, Knilans TK. Chou’s electrocardiography in clinical practice, 6th ed. 
Philadelphia: Elservier; 2008. 
 
 
10 
 Fisioterapia – Eletrocardiograma 
 
 
3. Noheria A, Deshmukh A, Asirvatham SJ. Ablating Premature Ventricular 
Complexes: Justification, Techniques, and Outcomes. Methodist DeBakey 
Cardiovascular Journal: 2015; 11(2): 109-120. 
4. Cantillon DJ. Evaluation and management of premature ventricular complexes. 
CCJM 2013 6;80(6):377-387. 
5. Oksuz F, Sensoy B. The classical “R-on-T” phenomenon. Indian Heart Journal. 
2015; 67 (4): 289-412. 
6. Al-Khatib SM, Stevenson WG, Ackerman MJ, et al. 2017 AHA/ACC/HRS Guideline 
for Management of Patients With Ventricular Arrhythmias and the Prevention of 
Sudden Cardiac Death. Heart Rhythm. 2017. 
7. Priori SG, Blomström-Lundqvist C, Mazzanti A. 2015 ESC Guidelines for the 
management of patients with ventricular arrhythmias and the prevention of 
sudden cardiac. deathhttp://dx.doi.org/10.1093/eurheartj/ehv316. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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http://dx.doi.org/10.1093/eurheartj/ehv316
http://dx.doi.org/10.1093/eurheartj/ehv316
Fisioterapia – Fases da Reabilitação Cardiovascular 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Deacordocoma Organização Mundialda Saúde(OMS), areabilitaçãocardiovascular 
é: “o conjunto de atividades necessárias para assegurar às pessoas com doenças 
cardiovasculares condição física, mental e social ótima, que lhes permita ocupar 
pelos seus próprios meios um lugar tão normal quanto seja possível na sociedade”. 
A evidência tem demonstrado que tanto o exercício formal quanto o incremento 
informal nos níveis de atividade física se associam a uma acentuada redução da 
mortalidade em indivíduos com e sem doença coronária. 
Os pacientes elegíveis para reabilitação cardiovascular em um contexto de 
prevenção secundária são aqueles que apresentaram pelo menos um dos 
seguintes quadros cardiovasculares no último ano: Infarto agudo do miocárdio 
(IAM), Síndrome coronariana aguda (SCA), cirurgia de revascularização miocárdica, 
angioplastia coronária, angina estável, reparação ou troca valvular, transplante 
cardíaco ou cardiopulmonar, insuficiência cardíaca crônica, doença vascular 
periférica, doença coronária assintomática, e pacientes com alto risco de doença 
cardiovascular. 
 
Figura 1. 
 
 
Google Imagens 
 
 
2 
 Fisioterapia – Fases da Reabilitação Cardiovascular 
 
 
OBJETIVOS DA REABILITAÇÃOCARDIOVASCULAR 
 
Os pilares da reabilitação cardiovascular são: Promover mudanças no estilo de 
vida com ênfase na atividade física programada, adoção de hábitos alimentares 
saudáveis, remoção do tabagismo e do uso de drogas em geral, além de 
estratégias para modular o estresse. Desse modo, um programa de reabilitação 
cardiopulmonar deve ter como principais objetivos: Auxiliar àqueles pacientes 
com doenças cardiovasculares conhecidas ou em alto risco de as desenvolverem; 
Reabilitar o paciente de forma integral, oferecendo suporte nos aspectos físico, 
psíquico, social, vocacional e espiritual; Educar os pacientes para que possam 
criar e aderir permanentemente à manutenção de hábitos saudáveis, com 
mudanças de estilo de vida associadas ou não ao tratamento farmacológico e/ 
ou cirúrgico;Reduzir a incapacidade e promover uma mudança no estilo de vida 
por meio de atitudes pró-ativas do paciente na sua saúde; Melhorar a qualidade 
de vida; Prevenir eventos cardiovasculares desfavoráveis; Adequado controle dos 
fatores de risco em geral. É essencial para o sucesso do programa de reabilitação 
cardiovascular que as intervenções sejam realizadas de comum acordo com o 
provedor de saúde, fisioterapeuta, cardiologista a fim de otimizar e supervisionar 
as intervenções a longo prazo. 
 
 
FASES DA REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR 
 
Numerosas investigações têm demonstrado a importância da atividade física 
precoce e progressiva dentro de um programa de reabilitação cardiovascular, 
depois de um infarto agudo do miocárdio ou procedimento de revascularização 
miocárdica. 
 
 
AVALIAÇÃO INICIAL DO PACIENTE 
 
A avaliação inicial do paciente, ao ingressar em um programa de reabilitação, deve 
incluir uma coleta de dados mediante uma exaustiva e minuciosa história clínica, 
que deve conter antecedentes do paciente que incluam cirurgias e comorbidades, 
tais como: doenças cardiovasculares, renais, pulmonares, musculoesqueléticas, 
depressão e outras. Caráter primordial na valoração inicial é a identificação de 
fatores de risco cardiovasculares: tabagismo, hábitos alimentares, pressão arterial, 
dislipidemia, obesidade, sedentarismo e estresse. Além das informações sobre uso 
de medicamentos, é importante conhecer a situação econômica, educativa e social 
 
 
3 
 Fisioterapia – Fases da Reabilitação Cardiovascular 
 
 
do paciente. O exame físico incluirá uma avaliação do sistema cardiovascular 
completo: pressão arterial (PA), frequência cardíaca, ruídos e sopros cardíacos, 
palpação de pulsos periféricos, mudanças da coloração da pele, além de descartar 
alterações musculoesqueléticas que impeçam seu ingresso ao programa ou gerem 
restrições à execução de alguns exercícios. Exame do sistema respiratório avaliará 
frequência respiratória, presença ou não de ruídos anormais, característicos de 
patologias pulmonares. 
 
 
PRESCRIÇÃO DE EXERCÍCIO 
 
A prescrição do exercício sempre deve ser considerada individualmente de acordo 
com cada etapa e levando em conta as limitações individuais ou comorbidades 
(ortopédicas, neurológicas, respiratórias, nefrológicas, entre outras). 
 
Fase 1 
 
Durante a Fase 1, ou seja, nos hospitais, temos a oportunidade de ver o paciente 
em um momento muito receptivo. Na maioria dos casos, as pessoas estão muito 
vulneráveis e contemplativas a novas propostas para a mudança do estilo de 
vida. Além dos exercícios, que se realizam sempre em baixa intensidade com o 
objetivo da movimentação precoce, também temos a oportunidade de trabalhar 
na educação, repassar informação sobre a doença e sobre a importância de 
controlar os fatores de risco. Os exercícios podem ser iniciados imediatamente 
depois da estabilização da doença: Nos casos de síndromes coronarianas agudas, 
depois das primeiras 24 a 48 horas, com ausência de sintomas; Nos casos de 
insuficiência cardíaca, depois da melhoria da dispneia, exercícios suaves de 
movimentação e alongamentos também podem ser iniciados tão logo o paciente 
possa deambular; Nos casos de cirurgias cardíacas, especialmente nos dias 
anteriores à intervenção, um programa de exercícios de respiração, alongamentos 
e movimentação progressiva, seguido da terapia física depois da cirurgia, 
proporciona uma redução significativa das complicações respiratórias, arritmias e 
a duração da permanência hospitalar depois do procedimento cirúrgico. Embora 
seja difícil generalizar a recomendação, no momento de começar os exercícios no 
hospital, pode-se avaliar o paciente e determinar os melhores exercícios a serem 
realizados naquele momento, desde exercícios passivos a ativos e caminhadas 
de intensidade leve, que serão progredidos individualmente até a alta hospitalar. 
 
 
 
 
 
 
4 
 Fisioterapia – Fases da Reabilitação Cardiovascular 
 
 
Fase 2 
 
Nesta etapa, o paciente necessita de vigilância e atendimento de forma 
individualizada, já que está na fase de convalescença e, com frequência, sem 
nenhum contato prévio com as atividades físicas formais. A prescrição de 
exercício deve incluir o tipo, intensidade, duração e frequência. A duração da Fase 
2 é variável, dependendo de cada paciente, mas em média dura de três meses, 
com três a cinco sessões semanais. Os exercícios devem ser iniciados com baixa 
intensidade e baixo impacto nas primeiras semanas, para adaptação inicial e 
prevenção de lesões musculoesqueléticas. Exercício aeróbico: a intensidade 
do exercício aeróbico deve se ajustar ao quadro clínico, estratificação de risco 
e objetivos do paciente. Idealmente, deve-se realizar um teste de esforço (teste 
ergométrico ou teste cardiopulmonar) para avaliar a resposta eletrocardiográfica, 
capacidade física, resposta cronotrópica e pressórica ao esforço para permitir 
melhor individualização da intensidade da prescrição dos exercícios físicos. A 
intensidade dos exercícios aeróbicos, os quais são orientados para a obtenção 
de maiores benefícios para o sistema cardiovascular e para o metabolismo, tem 
sido objeto de investigações. Os exercícios mais intensos são mais eficazes na 
melhoria de resistência à insulina, redução da PA e para promover uma maior 
redução de peso em comparação com os moderados. Se o teste cardiopulmonar 
estiver disponível, a frequência de treinamento pode ser aquela frequência cardíaca 
observada neste exame, até que tenha sido atingido o limiar anaeróbico. Em caso 
de teste ergométrico sem análise dos gases expirados, utiliza-se 60-80% da 
frequência cardíaca máxima alcançada ou entre 50 a 70% da FC de reserva. Nas 
primeiras sessões, sugere-se executar os exercícios no limite inferior da prescrição 
para que ocorra posterior progressão nas sessões seguintes, de acordo com a 
resposta e evolução individual. Os exercícios também são realizados abaixo do 
limiar isquêmico, ou seja, abaixo da FC e carga que levem a indução de sinais 
clínicos e/ou eletrocardiográficos de isquemia miocárdica quando no esforço. A 
duração deve ser de no mínimo 30 minutos, podendo progredir até uma hora de 
exercício contínuo ou intermitente. 
 
Exercício de resistência: exercícios de fortalecimento muscular devem ser iniciados 
gradativamente com cargas leves e progredidos ao longo das sessões. Nesta 
fase, os objetivos são familiarizar-se com os exercícios, executando com a postura 
correta e a progressão gradual das cargas. Podem ser realizados de duas a três 
vezes por semana, com repetições de 6 a 15 por grupo muscular, a intervalos de 
30 segundos a um minuto. 
 
Exercícios de flexibilidade: Também conhecido como alongamentos. Devem ser 
realizados de maneira progressiva e sem desconfortos, sempre respeitando as 
 
 
5 
 Fisioterapia – Fases da Reabilitação Cardiovascular 
 
 
limitações musculoesqueléticas. Podem ser realizados no começo e, principalmente, 
no final das sessões de reabilitação. 
 
Fase 3 e 4 
 
A fase 3 deve ter uma duração de três a cinco sessões semanais, por um período 
de três a seis meses (podendo se estender em alguns casos) e a fase 4 possuitérmino indefinido e sua periodicidade dependerá do estado clínico, da patologia 
e da evolução de cada paciente. A diferença entre ambas está, principalmente, no 
fato de que a Fase 4 se consegue com controle a distância, também conhecida como 
reabilitação sem supervisão. Em essência, a prescrição destas duas fases é muito 
similar porque os exercícios prescritos são parte da vida cotidiana. A prescrição 
deve ser atualizada periodicamente para adaptar-se ao perfil e comorbidades de 
cada paciente. Sugere-se, para iniciar a terceira fase, uma reavaliação, que se 
pode ser repetida a cada 6 a 12 meses. 
 
Exercício aeróbico: Em pacientes assintomáticos, a FC de treinamento deve estar 
entre 70% a 90% da FC máxima alcançada no teste ergométrico, entre 50% a 
80% da FC de reserva ou entre o primeiro e o segundo limiar obtido no TCP. 
 
Exercícios de resistência: De 2 a 3 séries de 8 a 15 repetições, com cargas 
progressivas, suficientes para causar fadiga nas últimas três repetições, porém, 
sem falha do movimento, realizados três vezes por semana. Alternativamente 
pode-se utilizar o método Pilates, com práticas de resistência combinadas com 
flexibilidade e respiração. 
 
Além destes na fase 3 e 4 também pode ser realizado os Exercícios de equilíbrio: de 
caráter fundamental e se recomenda realizá-los de duas a três vezes por semana, 
principalmente na população de idade avançada, com o objetivo de manter a 
autossuficiência nesse grupo etário e ajudar a prevenir fraturas em consequência 
de quedas. 
 
 
ESCALA DE BORG MODIFICADA (PERCEPÇÃO DO ESFORÇO) 
 
Importante destacar que, durante e após a realização dos exercícios os indivíduos 
devem relatar o seu nível de esforço percebido por meio da escala de BORG. Pois 
por meio desta, torna-se possível avaliar o paciente em relação ao seu nível de 
 
 
6 
 Fisioterapia – Fases da Reabilitação Cardiovascular 
 
 
condicionamento físico e cardiorrespiratório, e se necessário adaptar o seu treino 
de acordo com suas demandas. Nesta os valores < 3 referem-se ao cansaço leve 
= 40-60% do máximo, os valores de 3 a 4 são moderados/levemente forte = 60- 
75% do máximo, e os valores > 5 refere-se ao cansaço forte intenso = 75 a 90% 
do máximo. 
 
Figura 2. Escala de BORG modificada 
 
 
 
 
BENEFÍCIOS DA REABILITAÇÃO 
 
Dentre os inúmeros benefícios da reabilitação cardiovascular estão: Aumento da 
capacidade funcional, aumento do volume de oxigênio máximo (VO2 máx), menor 
FC e PA durante atividades com mesma carga de trabalho e consequentemente, 
melhor qualidade de vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Fase I - (Período hospitalar até a alta): Exercícios 
respiratórios, alongamentos, cinesioterapia passiva e 
ou ativa e caminhadas de leve intensidade. 
Fase II - (Pós alta hospitalar, Nível Ambulatorial): 
Exercícios aeróbicos e resistidos, de intensidade 
progressiva e exercícios de flexibilidade. 
Fase III e IV - (Fases de Manutenção): Envolvem 
exercícios aeróbicos, resistidos e de equilíbrio. 
 Fisioterapia – Fases da Reabilitação Cardiovascular 
 
 
ESQUEMA 
 
FASES DA REABILITAÇÃO CARDIOPULMONAR 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA 
 
Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Disponível em: <http://publicacoes.cardiol. 
br/2014/diretrizes/2014/Diretriz_de_Consenso%20SulAmericano.pdf>. Acessado 
em 1 de setembro de 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
http://publicacoes.cardiol/
http://publicacoes.cardiol/

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