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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 
Presidente da República 
DILMA ROUSSEFF 
 
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA 
Ministro de Estado da Justiça 
JOSÉ EDUARDO CARDOZO 
 
Secretária-Executiva 
MÁRCIA PELEGRINI 
 
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL 
Diretor-Geral 
AUGUSTO EDUARDO DE SOUZA ROSSINI 
 
Diretor de Políticas Penitenciárias 
LUIZ FABRÍCIO VIEIRA NETO 
 
Coordenação do Plano Diretor de Melhorias 
para o Sistema Prisional 
GISELE PEREIRA PERES 
 
Membros da Comissão do Plano Diretor de Melhorias 
para o Sistema Prisional 
 
Alternativas Penais 
Vivian Mubach Coutinho 
 
Aparelhamento 
Leonardo Bernardes Guercio Gouveia 
 
Assistência Educacional 
Débora Renata de Paiva Guimarães 
 
Assistência Laboral 
Leônidas de Azevedo Souza 
 
Assistência à Saúde/Assistência Jurídica/Assistênci a Social 
Ana Maria Braga de Lima 
 
Engenharia 
Fátima Mayumi Kowata 
 
Escola Penitenciária 
João Teobaldo Azevedo Neto 
 
Infopen 
Juliano Cortez Toledo Penteado 
 
Mulheres Presas e Egressas 
Rosangela Peixoto Santa Rita 
 
Ouvidoria 
Paula Cristina da Silva Godoy 
 
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL 
Esplanada dos Ministérios, Bloco T, Anexo II, 6º andar 
CEP: 70.064-900 Brasília-DF 
Fone: 61 – 20253187 
e-mail: depen@mj.gov.br 
site: www.mj.gov.br/depen 
 3 
LISTA DE ABREVIATURAS 
 
CGFPN – Coordenação-Geral do Fundo Penitenciário Nacional 
CGPAI – Coordenação-Geral de Políticas, Pesquisa e Análise da Informação 
CGPMA – Coordenação-Geral do programa de Fomento às Penas e Medidas 
Alternativas 
CGRSE – Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino 
CNPCP – Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária 
CNJ – Conselho Nacional de Justiça 
CNMP – Conselho Nacional do Ministério Público 
Coaep - Coordenação de Apoio às Escolas Penitenciárias 
Coape –Coordenação de Apoio ao Ensino 
Coars – Coordenação de Apoio à Assistência Jurídica, Social e à Saúde 
COATR – Coordenação de Apoio ao Trabalho e Renda 
Cobac - Coordenação de Benefícios e Apoio aos Conselhos 
Coena - Coordenação de Engenharia e Arquitetura 
Coesa – Coordenação de Estatística e Análise da Informação 
Coinf - Coordenação do Sistema Nacional de Informação Penitenciária 
Condege – Conselho Nacional dos Defensores Públicos Gerais 
Consej – Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos 
Humanos e Administração Penitenciária 
Depen – Departamento Penitenciário Nacional 
DIRPP – Diretoria de Políticas Penitenciárias 
Espen - Escola Nacional de Serviços Penais 
Infopen – Sistema Nacional de Informações Penitenciárias 
LEP – Lei de Execução Penal 
ONU – Organização das Nações Unidas 
PMA – Penas e Medidas Alternativas 
 4 
SUMÁRIO 
 
 
1. Apresentação ........................................................................................................ 05 
2. Introdução ............................................................................................................. 06 
3. Eixos ..................................................................................................................... 07 
4. Objetivos ............................................................................................................... 08 
4.1 Objetivo geral ................................................................................................ 08 
4.2 Objetivos específicos .................................................................................... 08 
4.2.1. Assistência jurídica ............................................................................ 08 
4.2.2. Alternativas penais ............................................................................. 08 
4.2.3. Comissão técnica de classificação .................................................... 09 
4.2.4. Conselhos da comunidade ................................................................. 09 
4.2.5. Diminuição do déficit carcerário ......................................................... 10 
4.2.6. Aparelhamento e reaparelhamento ................................................... 10 
4.2.7. Ouvidoria ............................................................................................ 11 
4.2.8. Escola de administração prisional ...................................................... 11 
4.2.9. Infopen ............................................................................................... 11 
4.2.10. Profissionais do sistema prisional .................................................... 11 
4.2.11. Patronatos ........................................................................................ 12 
4.2.12. Saúde no sistema prisional ............................................................. 12 
4.2.13. Educação no sistema prisional ....................................................... 13 
4.2.14. Assistência laboral e profissionalização ........................................... 13 
4.2.15. Assistência à família do preso ......................................................... 14 
4.2.16. Mulher presa e egressa ................................................................... 14 
5. Breve diagnóstico do sistema prisional do Brasil ................................................. 15 
6. Departamento Penitenciário Nacional – Depen .................................................... 23 
6.1. Ouvidoria ............................................................................................... 23 
6.2. Diretoria de Políticas Penitenciárias ..................................................... 25 
6.2.1. Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino ............... 25 
6.2.2. Coordenação-Geral do Programa de Fomento às Penas e 
Medidas Alternativas ........................................................................... 30 
6.2.3. Coordenação-Geral do Fundo Penitenciário Nacional .............. 30 
6.2.4. Coordenação-Geral de Políticas, Pesquisa e Análise da 
Informação .......................................................................................... 31 
7. Monitoramento e avaliação .................................................................................. 34 
8. Anexos .................................................................................................................. 35 
 5 
1. Apresentação 
 
 
O Departamento Penitenciário Nacional - Depen, ciente da situação do sistema 
prisional brasileiro e com o intuito de instigar as unidades da federação na elaboração 
de planejamentos estratégicos, criou e aprimorou o Plano Diretor de Melhorias para 
o Sistema Prisional , ferramenta que objetiva a integração das esferas estadual e 
federal, fortalecimento institucional e administrativo dos órgãos de execução penal, 
visando a uniformização e o melhoramento do atual modelo prisional, através do 
planejamento de ações, pelos vários setores finalísticos dos órgãos estaduais de 
administração prisional. 
O Plano possui 16 objetivos estratégicos, pré-definidos pela União, nos quais 
cada unidade federativa traçará seu plano de ação, com a intenção de adequar a 
realidade de cada estado e DF às bases legais constantes na Constituição Federal, Lei 
de Execução Penal, Resoluções do Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária e outros dispositivos legais. 
A partir do Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional , o 
Departamento Penitenciário Nacional se propõe a contribuir para a efetivação dos 
direitos das pessoas privadas de liberdade, bem como para a modernização qualitativa 
da gestão prisional no país. 
 
 
Diretoria de Políticas Penitenciárias 
Departamento Penitenciário Nacional 
 6 
2. Introdução 
 
 
O Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional , ferramenta que 
objetiva orientar as atuações das unidades da federação no que concerne ao sistema 
prisional é um instrumento de planejamento, de responsabilidade da Diretoria de 
Políticas Penitenciárias , do Departamento Penitenciário Nacional – Depen. 
O Plano se encontra subdivido em temas estratégicos, a saber: 
- Sistema deJustiça; 
- Modernização da Gestão; 
- Reintegração Social. 
A Diretoria de Políticas Penitenciárias instituiu Comissão do Plano Diretor, 
composta por integrantes das seguintes áreas finalísticas do Depen: ouvidoria, 
assistência à saúde, assistência educacional, engenharia, assistência jurídica, 
patronato, alternativas penais, escola de administração prisional, Infopen, 
aparelhamento e reaparelhamento, mulheres presas e egressas. 
Dentre as atribuições da equipe técnica do Depen/MJ está o incentivo, o 
monitoramento, o acompanhamento e a avaliação de ações no sistema prisional 
brasileiro, a serem desenvolvidas/ planejadas pelos órgãos estaduais de administração 
prisional. 
Tendo como um de seus objetivos primordiais a reestruturação do atual modelo 
prisional brasileiro, resultando em um sistema mais humano, seguro e que atenda 
tanto à legalidade quanto ao tratamento básico ao preso, o Plano Diretor de 
Melhorias para o Sistema Prisional permite a realização de um levantamento 
quantitativo e qualitativo, identificando as principais necessidades de cada região do 
Brasil. A partir deste levantamento serão definidas ações, pelo Depen/MJ, visando 
solucionar/ minimizar as dificuldades encontradas pelas unidades da federação, bem 
como otimizar a utilização e repasse de recursos federais. 
O presente documento visa apresentar o Plano Diretor de Melhorias para o 
Sistema Prisional, com um panorama geral sobre a situação carcerária no país. 
 
 
Comissão do Plano Diretor de Melhorias para o Siste ma Prisional 
Diretoria de Políticas Penitenciárias 
Departamento Penitenciário Nacional 
 7 
3. Eixos 
 
 O Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional, a partir de sua 
reorganização estrutural, que ocorreu durante o ano de 2012, foi dividido nos seguintes 
eixos estratégicos: 
- Sistema de Justiça - visa ampliar e efetivar o acesso à justiça às pessoas sob 
custódia do sistema prisional; fomentar a criação e implantação de comissões técnicas 
de classificação, de conselhos da comunidade e de centrais e núcleos de alternativas 
penais, bem como incentivar a adoção de alternativas penais aos que cometerem 
crime de menor potencial ofensivo, diminuindo a superlotação dos estabelecimentos 
prisionais, evitando a reincidência e assegurando condições dignas para o 
cumprimento das penas e medidas cautelares; 
- Modernização da Gestão – visa integrar os bancos de dados sobre o sistema 
prisional para fornecer subsídios informacionais aos órgãos responsáveis pela 
proposição de políticas públicas voltadas ao sistema; visa a criação de ouvidoria 
própria do sistema prisional, que estabeleça um canal de comunicação entre a 
sociedade e a administração do sistema; visa a redução do déficit carcerário através 
da ampliação do quantitativo de vagas; visa o aparelhamento e reaparelhamento de 
unidades prisionais com equipamentos e veículos; e visa atender aos profissionais 
prisionais no que diz respeito às ações da escola de administração prisional, 
fomentando a criação de carreiras próprias e a realização de concursos públicos; 
- Reintegração Social - visa a criação, a implantação e o acompanhamento das 
ações dos patronatos ou órgãos equivalentes que apóiam o egresso do sistema 
prisional; visa a expansão e aperfeiçoamento dos programas e projetos de assistência 
à saúde, à educação, à capacitação profissional intra e extramuros como forma de 
reintegração social dos presos e egressos do sistema prisional e a prestação de 
assistência social às suas famílias, bem como a elaboração e execução do plano 
estadual de garantia dos direitos das mulheres presas e egressas. 
 8 
4. Objetivos 
 
 
4.1. Objetivo geral 
 
Promover a melhoria das condições do sistema prisional brasileiro, a partir do 
planejamento e execução de ações, pelas unidades da federação, voltadas aos 
campos do Sistema de Justiça, Modernização da Gestão e Reintegração Social do 
Preso, contribuindo, efetivamente, para a garantia dos direitos das pessoas privadas 
de liberdade e egressas do sistema prisional. 
 
4.2. Objetivos estratégicos 
 
Com vistas à concretização de uma gestão pública eficiente e eficaz, com a 
garantia dos direitos das pessoas privadas de liberdade e egressas do sistema 
prisional, bem como o melhoramento do panorama geral do sistema, o Plano Diretor 
possui como um de seus propósitos fomentar a implantação de planejamentos 
intersetoriais e intersecretariais, de acordo com alguns temas específicos, pré-
estabelecidos pela União. 
O Governo Federal elegeu 16 assuntos estratégicos como objetivos primordiais 
na busca pelo aprimoramento do sistema prisional do Brasil, a serem monitorados e 
avaliados pelo Departamento Penitenciário Nacional. São eles: 
 
4.2.1. Assistência jurídica 
Os presos provisórios, condenados e internados que comprovem a insuficiência 
de recursos para constituir advogado têm direito à assistência jurídica, que deve ser 
ampliada e efetivada para atender à Constituição Federal e a Lei de Execução Penal. 
A Resolução nº 14/1994 – CNPCP dispõe que a assistência jurídica deve ser 
oferecida de forma gratuita e permanente ao preso pobre, e que este atendimento será 
em local reservado, atendendo ao direito de privacidade do preso. A assistência 
prestada aos presos tem como uma de suas finalidades o desencarceramento daqueles 
que estão com excesso de execução e a promoção da celeridade nos processos para a 
concessão de benefícios. 
O objetivo estratégico do Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional que 
trata sobre a assistência jurídica, visa a ampliação da oferta dessa assistência aos 
presos do sistema prisional brasileiro. 
 
4.2.2. Alternativas penais 
As penas restritivas de direitos são conhecidas como penas e medidas 
alternativas, cuja sanção penal é de curta duração (0 a 4 anos de condenação), para 
crimes praticados sem violência, nem grave ameaça. 
A aplicação das penas e medidas alternativas à prisão – PMA deve ser 
fomentada como forma de contribuir para a diminuição da superlotação dos 
 9 
estabelecimentos penais, impedindo a entrada de pessoas que cometeram crimes de 
menor potencial ofensivo no cárcere, bem como diminuindo o percentual de 
reincidência criminal, conforme expressa o inciso X da Resolução nº 1/2008 – CNPCP. 
O objetivo estratégico do Plano Diretor que trata sobre alternativas penais, visa 
o fomento à aplicação de penas e medidas alternativas e o fomento à implantação de 
centrais e núcleos de PMA, para que as práticas de política de inclusão social e 
prevenção criminal sejam mais expressivas. 
 
4.2.3. Comissão técnica de classificação 
As comissões técnicas de classificação deverão ser criadas em cada 
estabelecimento prisional, em atendimento ao inciso VI da Resolução nº 1/2008 – 
CNPCP e têm como função o atendimento ao princípio da individualização da pena, 
disposto no texto constitucional, em seu art. 5º, inciso XLVI. 
A classificação do preso condenado deverá ser realizada atendendo aos 
critérios de antecedência e personalidade, como forma de orientar a individualização 
da execução penal, conforme os arts. 5º e seguintes da LEP: 
(...) Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os 
seus antecedentes e personalidade, para orientar a 
individualização da execução penal. 
Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de 
Classificação que elaborará o programa individualizador da 
pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou 
preso provisório. 
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em 
cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e 
composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) 
psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, 
quando se tratar de condenado à pena privativa de 
liberdade. 
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará 
junto ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do 
serviço social. 
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de 
liberdade, em regime fechado, será submetido a examecriminológico para a obtenção dos elementos necessários a 
uma adequada classificação e com vistas à individualização 
da execução. (...). 
 
4.2.4. Conselhos da comunidade 
O Conselho da Comunidade é um dos órgãos da execução penal, previsto no 
artigo 61 da LEP, e representa a sociedade ao acompanhar o cumprimento da pena 
desde o ingresso do preso no estabelecimento prisional até o seu retorno ao convívio 
social. 
Nesse sentido, o Plano Diretor sugere o fomento à criação e implantação de 
conselhos da comunidade em todas as comarcas do estado e circunscrições 
judiciárias do Distrito Federal, que tenham sob jurisdição um estabelecimento prisional, 
conforme disposto nos artigos 80 e 81 da Lei 7210/84, in verbis: 
(...) Art. 80. Haverá, em cada comarca, um Conselho da 
Comunidade composto, no mínimo, por 1 (um) 
 10 
representante de associação comercial ou industrial, 1 (um) 
advogado indicado pela Seção da Ordem dos Advogados 
do Brasil, 1 (um) Defensor Público indicado pelo Defensor 
Público Geral e 1 (um) assistente social escolhido pela 
Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes 
Sociais. 
Parágrafo único. Na falta da representação prevista neste 
artigo, ficará a critério do Juiz da execução a escolha dos 
integrantes do Conselho. 
Art. 81. Incumbe ao Conselho da Comunidade: 
I - visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos 
penais existentes na comarca; 
II - entrevistar presos; 
III - apresentar relatórios mensais ao Juiz da execução e ao 
Conselho Penitenciário; 
 IV - diligenciar a obtenção de recursos materiais e 
humanos para melhor assistência ao preso ou internado, 
em harmonia com a direção do estabelecimento. (...). 
 
4.2.5. Diminuição do déficit carcerário 
O crescimento da população carcerária brasileira e a falta de investimentos no 
setor prisional fazem com que o déficit carcerário aumente gradativamente. 
Visando a diminuição do déficit de vagas em unidades prisionais, os estados e 
Distrito Federal devem adotar práticas planejadas de construção e ampliação dos 
estabelecimentos. 
Diante da proposta de diminuição do déficit carcerário, a nível federal, o 
Ministério da Justiça, por meio do Departamento Penitenciário Nacional, lançou o 
Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional, por meio das Portarias Depen nº 
522/2011 e 317/2012, o qual destina recursos às unidades federativas, com o objetivo 
de zerar o déficit carcerário feminino e aumentar o número de vagas em cadeias 
públicas para homens. O Programa, que apóia os sistemas prisionais estaduais1, 
criará 42 mil novas vagas até 2014, auxiliando na meta de diminuição do déficit de 
vagas do sistema prisional. 
Atrelado ao Programa Nacional, o CNPCP editou a Resolução nº 9/2011, que 
edita as Diretrizes Básicas para Arquitetura Penal. 
 
4.2.6. Aparelhamento e Reaparelhamento 
A modernização dos estabelecimentos prisionais é efetivada, também, através 
do aparelhamento e do reaparelhamento, com a aquisição de equipamentos, veículos 
e outros. 
A nível estadual, as unidades da federação devem planejar a aquisição 
periódica de itens essenciais ao desenvolvimento das atividades rotineiras nos 
estabelecimentos prisionais. 
A nível federal, o Fundo Penitenciário Nacional – Funpen dispõe de recursos a 
serem aplicados na aquisição de material permanente, equipamentos e veículos 
especializados, como forma de apoio às unidades da federação. 
 
1 O Programa não deve ser utilizado como única forma de diminuição do déficit carcerário, cabendo às unidades 
federativas o planejamento para a construção e ampliação de unidades prisionais a partir de recursos estaduais. 
 11 
4.2.7. Ouvidoria 
A ouvidoria do sistema prisional atua direta e indiretamente nos 
estabelecimentos penais, e representa o canal de comunicação entre a sociedade e os 
órgãos estaduais responsáveis pela administração do sistema. 
Como objetivo estratégico do Plano Diretor, a ouvidoria deve ser criada com 
independência e autonomia, sem interferência político-partidária, dentro da estrutura 
do órgão estadual de administração prisional. 
A ouvidoria deve permitir ao preso, diretamente ou por seus familiares, registrar 
sugestões, denúncias ou reclamações, bem como receber informações sobre ações 
da administração que lhes dizem respeito. 
Entre outras atribuições, a ouvidoria do sistema prisional deve assegurar os 
direitos às pessoas presas, por meio da identificação de problemas e pronto 
atendimento; encaminhamento dos casos às autoridades competentes, para 
manifestação e a defesa da fiel aplicação das normas de execução penal e 
fornecimento de respostas aos presos e seus familiares. 
 
4.2.8. Escola de administração prisional 
As escolas de administração prisional devem ter como objetivo geral fornecer 
elementos teóricos e práticos que permitam a formação integral, a capacitação 
profissional e a construção de uma identidade específica do profissional do sistema 
prisional, possibilitando a valorização e o pleno desenvolvimento da sua função social 
e institucional e contribuam para a segurança e reinserção social das pessoas presas, 
de acordo com o disposto na Lei de Execução Penal e com pleno respeito aos direitos 
humanos. 
As escolas de administração prisional devem possuir um planejamento 
estratégico capaz de possibilitar a formação e aperfeiçoamento dos operadores do 
sistema prisional. 
 
4.2.9. Infopen 
Os órgãos estaduais de administração prisional devem efetivar a integração do 
sistema de gestão prisional local com a base nacional e fornecer dados estatísticos ao 
Departamento Penitenciário Nacional, com o objetivo de interligar todos os 
estabelecimentos prisionais (estaduais e federais) ao Depen e obter um panorama 
atualizado sobre a situação prisional e processual dos presos e internados no território 
brasileiro. 
No momento da prisão, a pessoa presa deve ser registrada em um sistema de 
banco de dados que permita o levantamento de dados como: identificação pessoal, 
informações gerais sobre a prisão, perfil e outros. Tal registro deve ser comunicado 
imediatamente ao Sistema Nacional de Informação Penitenciária – Infopen. 
A partir da integração de dados haverá maior eficiência e visibilidade no 
acompanhamento das penas e da realidade de cada estabelecimento prisional. 
 
4.2.10. Profissionais do sistema prisional 
Os órgãos estaduais de administração prisional devem criar e instituir carreiras 
próprias para os profissionais que atuam no sistema, bem como fomentar a realização 
 12 
de concursos públicos, visando ampliar o quantitativo de recursos humanos a serviço 
do sistema prisional e evitar ou minimizar a atuação de funcionários sem vínculo com o 
governo. 
A carreira própria dos profissionais do sistema prisional é importante para que 
sejam estabelecidas normas e direitos específicos, como forma de valorização do 
trabalho desenvolvido. A realização de concursos públicos atende à necessidade de 
um maior número de agentes prisionais e demais profissionais da equipe técnica em 
prol do sistema prisional estadual, proporcionalmente ao quantitativo de pessoas 
presas, conforme estabelece a Resolução nº 9/2009 - CNPCP. 
 
4.2.11. Patronatos 
As unidades da federação devem criar, implantar e acompanhar as ações e 
atividades desenvolvidas pelos patronatos ou órgãos equivalentes, com vistas ao 
apoio ao egresso do sistema penal. 
O Patronato é definido como órgão da execução penal, conforme art. 61 da Lei 
nº 7.210/84. 
Os arts. 78 e 79 da LEP especificam as ações de patronato: 
(...) Art. 78. O Patronato público ou particular destina-se a 
prestar assistência aos albergados e aos egressos. 
Art. 79. Incumbe também ao Patronato: 
I - orientar os condenados à pena restritiva de direitos; 
II - fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de 
serviço à comunidade e de limitação de fim de semana; 
III - colaborar na fiscalização do cumprimento das condições 
da suspensão e do livramento condicional.(...).4.2.12. Saúde no sistema prisional 
É responsabilidade dos órgãos estaduais de administração prisional, em 
parceria com secretaria estadual, o oferecimento de assistência à saúde do preso e do 
internado, em conformidade com a Política Nacional de Saúde no Sistema Prisional. 
A assistência à saúde do preso e do internado deverá ser oferecida de forma a 
prevenir e curar doenças, conforme estabelece o art. 14 da Lei de Execução Penal: 
(...) Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado 
de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento 
médico, farmacêutico e odontológico. 
§ 1º (Vetado). 
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver 
aparelhado para prover a assistência médica necessária, 
esta será prestada em outro local, mediante autorização da 
direção do estabelecimento. 
 
§ 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher, 
principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao 
recém-nascido (...). 
 
 
 
 13 
4.2.13. Educação no sistema prisional 
O oferecimento da educação nos estabelecimentos prisionais é dever do 
Estado, com vistas à prevenção do crime e orientação do preso ao retorno à 
convivência em sociedade. A educação nas prisões tem como objetivo aumentar o 
índice de alfabetização e ampliar a escolarização dos presos. 
De acordo com este objetivo estratégico, há a previsão de criação de espaços 
literários e aquisição de acervo bibliográfico para as unidades prisionais. Esses locais 
disponibilizarão aos presos livros instrutivos, recreativos e didáticos. 
Em relação à educação, os artigos 17 a 21 da LEP estabelecem: 
(...) Art. 17. A assistência educacional compreenderá a 
instrução escolar e a formação profissional do preso e do 
internado. 
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se 
no sistema escolar da Unidade Federativa. 
Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de 
iniciação ou de aperfeiçoamento técnico. 
Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino 
profissional adequado à sua condição. 
Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de 
convênio com entidades públicas ou particulares, que 
instalem escolas ou ofereçam cursos especializados. 
Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á 
cada estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas 
as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos, 
recreativos e didáticos.(...). 
 
4.2.14. Assistência laboral e profissionalização 
Os direitos sociais, de acordo com o art. 6º da Constituição Federal são: a 
educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos 
desamparados. 
Conforme o presente objetivo estratégico do Plano Diretor, deve-se ampliar a 
oferta de mão de obra intra e extramuros e oferecer cursos de capacitação profissional 
para os presos, conforme versa o art. 28 e seguintes da Lei de Execução Penal: 
(...) Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e 
condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e 
produtiva. (...) 
Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante 
prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) 
do salário mínimo. (...). 
Para essa ampliação da oferta de mão de obra, é importante a implantação de 
estruturas laborais nos estabelecimentos prisionais, bem como a adesão a projetos 
visando sua qualificação e inserção do preso e internado no mundo do trabalho. 
 
 
 
 
 14 
4.2.15. Assistência à família do preso 
Os órgãos estaduais de administração prisional devem ofertar assistência social 
às famílias dos presos, com vistas à orientação e amparo, quando necessário, 
conforme art. 23, VII da Lei de Execução Penal: 
(...) Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar 
o preso e o internado e prepará-los para o retorno à 
liberdade. (...) 
VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do 
preso, do internado e da vítima.(...) 
A unidade federativa poderá desenvolver projetos e atividades que visem a 
oferta de assistência social à família do preso e internado, como forma de orientá-la e 
ampará-la, assim como prepará-la para o retorno do ente preso ao meio familiar e à 
sociedade em geral. 
 
4.2.16. Mulher presa e egressa 
 Todas as unidades da federação, por meio do órgão estadual responsável pela 
administração prisional, devem elaborar e efetivar a execução de uma política estadual 
de garantia dos direitos das mulheres presas e egressas do sistema prisional, no que 
tange à melhoria da situação do sistema criminal e penitenciário feminino nas áreas da 
saúde, educação, profissionalização, atendimento diferenciado à gestante, à 
parturiente, à criança e outros. 
Citada política estadual deve ser baseada na Política Nacional de Atenção 
Integral às Mulheres em Situação de Privação de Liberdade e Egressas do Sistema 
Penal, elaborada pelo Depen/MJ, com apoio dos órgãos integrantes do Grupo de 
Trabalho Interministerial e representantes dos órgãos estaduais de administração 
prisional. 
 
 15 
5. Breve diagnóstico do sistema prisional no Brasil 
 
O sistema prisional no Brasil é o quarto do mundo em número de pessoas 
presas2, ficando em primeiros lugares apenas os Estados Unidos, China e a Rússia 
(Brasil com 549.5773 presos nas carceragens das polícias e sistema penitenciário). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O encarceramento no país vem crescendo de forma considerável nos últimos 
anos, o que faz com que os órgãos envolvidos com a execução penal se preocupem 
diuturnamente com a necessidade de adoção de estratégias para o aprimoramento do 
sistema prisional. 
Conforme censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – 
IBGE4 e considerando informações do Sistema Nacional de Informações 
Penitenciárias – Infopen, cerca de 0,3% dos habitantes nacionais se encontram em 
privação de liberdade, ou seja, dentre 194 milhões de habitantes existentes no Brasil, 
cerca de 549 mil estão presos. 
Analisando os dados do Infopen, observa-se que no período de 2000 a 20125, o 
número total de pessoas presas no Brasil cresceu em torno de 136%, visto que em 
2000 a população penitenciária era de 232.755 presos e em junho de 2012 passou 
para 549.577, conforme ilustram os gráficos a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 De acordo com o Centro Internacional para Estudos Prisionais - ICPS 
3 Dados referentes ao mês de junho de 2012 - Infopen 
4 Estimativa populacional do IBGE para o ano de 2012. 
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2204&id_pagina=1 
5 Em 2012 o dado utilizado foi referente ao mês de junho. 
 16 
Gráfico 01 – Quantidade de presos x quantidade de vagas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 02 – Crescimento carcerário masculino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crescimento carcerário masculino
513538
480524
461444
442225
422775396543
378171340138
317568
296441
229060
223986
222643
200000
250000
300000
350000
400000
450000
500000
550000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Homens
Presos x Vagas
239345
514582
549577
299073
496251
473626
451429
422590
401236361402
336358308304
233859
232755
295413
281520
278726
266746
250446
236128
206559
200417
179489156297
141297
135710
100000
150000
200000
250000
300000
350000
400000
450000
500000
550000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Quantidade de presos Quantidade de vagas
 17 
Gráfico 03 – Crescimento carcerário feminino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualmente existem 1.420 estabelecimentos prisionais no Brasil, sendo 1.340 
masculinos e 80 femininos, divididos da seguinte forma: 
 
Figura 01 – Estabelecimentos Prisionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crescimento carcerário feminino
10285
11863
20264
23065
25830
28654
31401
34807 34058
36039
18790
9873101129000
14000
19000
24000
29000
34000
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Mulheres
Estabelecimentos Prisionais
458
71
65
780
14
32
Penitenciárias Colônias agrícolas/industriais Casas de albergado
Cadeias públicas Hospitais de custódia Patronatos
 18 
Não existem informações, no Infopen, sobre a quantidade de estabelecimentos 
mistos, onde homens e mulheres dividem o mesmo prédio, em alas/ setores 
diferenciados. 
Há cerca de 71.700 agentes atuando no sistema prisional, porém, conforme 
estabelece a Resolução CNPCP nº 9, de 13 de novembro de 2009, que fixa a 
proporção de 1 agente para cada grupo de 5 presos, o sistema prisional deveria 
possuir, no mínimo, 109.916 agentes. 
A partir de dados coletados pelo Plano Diretor de Melhorias para o Sistema 
Prisional, há 3866 salas de aula em estabelecimentos prisionais no país e 50.2067 
presos envolvidos em atividade educacional formal, ou seja, 9,13% da totalidade dos 
presos, de acordo com o gráfico a seguir: 
 
Figura 02 – Número de presos envolvidos em atividades educacionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.516 presos se encontram matriculados em cursos técnicos e/ou 
profissionalizantes. 
O número de professores atuantes no sistema prisional é de 1.795. 
Existem 112.038 presos em atividade laboral, sendo 20.279 envolvidos com 
trabalho externo e 91.759 envolvidos com trabalho interno, o que equivale a 20,38% 
dos presos do país. 
 
 
 
 
 
 
6 Dados referentes ao ano de 2010. 
7 Dados do Infopen: jun/12 
Número de presos envolvidos em atividade educaciona l
9482
32588
8053
83
Alfabetização Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior
 19 
Figura 03 – Percentual de presos envolvidos em atividade laboral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há 5.560 profissionais ligados à área da saúde, sendo: 718 enfermeiros, 2.381 
auxiliares de enfermagem, 1.266 psicólogos, 482 dentistas, 349 clínicos gerais, 18 
ginecologistas, 274 psiquiatras e 72 terapeutas. 
 
Figura 04 – Profissionais ligados à área de saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Percentual de presos envolvidos em atividade labora l
4%
17%
79%
Atividade externa Atividade interna Sem atividade laboral
Profissionais ligados à área da saúde
13%
43%23%
9%
1%5%0%
6%
Enfermeiros Auxiliares de enfermagem Psicólogos Dentistas
Clínicos Gerais Ginecologistas Psiquiatras Terapeutas
 20 
De acordo com a Resolução CNPCP nº 9, de 13 de novembro de 2009, o 
quantitativo ideal de profissionais de saúde, proporcionalmente ao número atual de 
presos, seria: 
 
Profissional Quantidade atual Quantidade ideal 
Enfermeiro 718 1.100 
Auxiliar de enfermagem 2.381 1.100 
Psicólogo 1.266 1.100 
Dentista 482 1.100 
Clínico Geral 349 1.100 
Ginecologista 18 Sem previsão 
Psiquiatra 274 1.100 
Terapeuta 72 Sem previsão 
Auxiliar de consultório 
dentário 
Sem indicador no Infopen 1.100 
Estagiário de psicologia Sem indicador no Infopen 6.595 
Nutricionista Sem indicador no Infopen 1.100 
 
Em relação ao perfil das pessoas presas no Brasil, observa-se serem elas 
jovens adultas (idade entre 18 e 29 anos), terem baixa escolaridade, serem 
provenientes de classes desfavoráveis economicamente e serem de cor parda ou 
negra8. A maioria das pessoas foi presa por envolvimento com o tráfico de 
entorpecentes. 
Outras informações: 
• quase a metade das pessoas presas possuem entre 18 e 29 anos de idade – 
fase altamente produtiva e reprodutiva do ser humano; 
• o percentual de presos idosos aumenta significativamente ao longo dos anos, 
representando, atualmente, 4.814 pessoas; 
• cerca de 35% dos presos ainda são provisórios; 
• cerca de 60% dos presos possuem apenas o fundamental completo ou 
incompleto. 
 
 
8 Mencionada classificação é realizada por autodeclaração. De acordo com a Secretaria de Políticas de Promoção à 
Igualdade Racial, da Presidência da República, a junção das cores pretosas e pardas formam a categoria negra. 
Dessa maneira, constata-se que mais de 50% da população carcerária no Brasil é negra. 
 21 
Figura 05 – Grau de instrução - homem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• a mulher presa possui grau de instrução mais elevado do que o homem 
preso; 
 
Figura 06 – Grau de instrução - mulher 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• existem 3.392 estrangeiros no sistema prisional brasileiro, o que equivale a 
0,6% da população carcerária total; 
• dentre os estrangeiros, atenta-se para a grande proporção de mulheres 
estrangeiras no sistema prisional, o que equivale a cerca de 2,3% do total de 
Grau de instrução - homem
6%
13%
58%
18%
4%
0%1%
Analfabeto Alfabetizado Ensino fundamental Ensino médio 
Ensino superior Ensino acima do superior Não informado
Grau de instrução - mulher
5%
8%
57%
24%
3%
0%3%
Analfabeta Alfabetizada Ensino fundamental Ensino médio 
Ensino superior Ensino acima do superior Não informado
 22 
mulheres presas no país9, enquanto os homens presos estrangeiros são 
cerca de 0,5% do total de homens presos10; 
• 5,8% dos presos cumprem medida de segurança; 
• enquanto o tráfico de entorpecentes é responsável por 23% das prisões de 
homens, para as mulheres esse percentual chega próximo de 80%11; 
• os tipos penais de maior incidência entre as pessoas presas são: tráfico de 
entorpecentes; roubo qualificado; roubo simples; furto qualificado; furto 
simples; homicídio qualificado. 
 
Figura 07 – Tipo criminal 
 
 
9 Total de mulheres presas em jun/12: 36.039 
10 Total de homens presos em jun/12: 513.538 
11 Conforme pesquisa institucional, realizada a partir de levantamento de dados com todas as unidades da 
federação. De acordo com o Infopen, o percentual de mulheres presas por tráfico nacional e internacional de 
entorpecentes é cerca de 50%. 
Tipo criminal
24%
17%
9%7%
7%
6%
30%
Tráfico de entorpecentes Roubo qualificado Roubo simples Furto qualificado
Furto simples Homicídio qualificado Outros
 23 
6. Departamento Penitenciário Nacional - Depen 
 
O Depen é órgão executivo da Política Penitenciária Nacional e de apoio 
administrativo e financeiro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, 
subordinado ao Ministério da Justiça, tendo por finalidade exercer as competências 
previstas nos artigos 71 e 72 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 198412. 
 Diante de sua atual estrutura, relativamente aos objetivos estratégicos 
constantes no Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional, os setores atuantes 
na orientação às unidades federativas e acompanhamento direto do referido Plano 
são: 
 
6.1. Ouvidoria 
A criação da Ouvidoria do Sistema Penitenciário Nacional aconteceu a partir da 
reestruturação do Depen, dada pelo Decreto n.º 4.991, de 18 de fevereiro de 2004, 
para acolher a insatisfação da população carcerária de todo o país, buscando o melhor 
encaminhamento para cada caso apresentado. 
O papel da Ouvidoria Nacional do Sistema Prisional é provocar as autoridades 
para se manifestarem sobre matéria legitimamente atribuída a cada uma delas, 
atuando de forma direta e indireta no âmbito dos estabelecimentos penais em defesa 
da fiel aplicação das normas de execução penal. Cabe, também, à Ouvidoria do 
Depen, instruir os processos administrativos de Graça (Indulto Individual), oferecendo 
a devida informação ao solicitante e encaminhar os pedidos alheios às suas 
atribuições aos órgãos competentes. 
De acordo o Regimento Interno do Departamento Penitenciário Nacional13, cabe 
ao Ouvidor: 
(...)art. 53. I - protocolar as denúncias, reclamações e 
representações formuladas pelo preso ou por pessoa física 
ou jurídica interessada, prestando-lhes as informações 
necessárias; 
II - apoiar e incentivar a implantação e o funcionamento de 
ouvidorias do sistema penitenciário nas unidades da 
federação; 
 
12 Art. 71. O DepartamentoPenitenciário Nacional, subordinado ao Ministério da Justiça, é órgão executivo da 
Política Penitenciária Nacional e de apoio administrativo e financeiro do Conselho Nacional de Política Criminal e 
Penitenciária. 
Art. 72. São atribuições do Departamento Penitenciário Nacional: 
I - acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em todo o Território Nacional; 
II - inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais; 
III - assistir tecnicamente as Unidades Federativas na implementação dos princípios e regras estabelecidos nesta 
Lei; 
IV - colaborar com as Unidades Federativas mediante convênios, na implantação de estabelecimentos e serviços 
penais; 
V - colaborar com as Unidades Federativas para a realização de cursos de formação de pessoal penitenciário e de 
ensino profissionalizante do condenado e do internado. 
VI – estabelecer, mediante convênios com as unidades federativas, o cadastro nacional das vagas existentes em 
estabelecimentos locais destinadas ao cumprimento de penas privativas de liberdade aplicadas pela justiça de outra 
unidade federativa, em especial para presos sujeitos a regime disciplinar. 
Parágrafo único. Incumbem também ao Departamento a coordenação e supervisão dos estabelecimentos penais e 
de internamento federais. 
13 Regimento Interno do Depen, de acordo com a Portaria nº 674, de 20 de março de 2008 em anexo I. 
 24 
III - informar ao Diretor-Geral das reclamações acerca das 
deficiências ou irregularidades no âmbito dos sistemas 
penitenciários, sugerindo soluções; 
IV – dar o devido tratamento aos pedidos de indulto 
individual e coletivo, encaminhando este último aos 
Conselhos Penitenciários objetivando instruí-los perante as 
Varas de Execução Criminal competentes; 
V - inspecionar periodicamente os estabelecimentos penais 
e produzir relatórios, submetendo-os ao Diretor-Geral; 
VI - aprovar projetos básicos e termos de referências 
elaborados pelas áreas subordinadas; e 
VII - emitir parecer, nota técnica e informação sobre os 
assuntos relacionados à sua área de atuação. (...) 
Importa salientar que a participação da sociedade no cumprimento da pena é 
fundamental na mudança no atual quadro do sistema prisional brasileiro, contribuindo 
para que a pena de prisão seja cumprida com o mínimo de danos possível. 
Nesse sentido, a Lei de Execução Penal previu, nos artigos 80 e 81, que em 
cada comarca onde houver pessoas em situação de aprisionamento deve existir um 
órgão que represente a comunidade nesse processo que vai desde o início do 
cumprimento da pena até o reingresso ao convívio social – o Conselho da 
Comunidade. As ações relativas aos conselhos da comunidade, em âmbito nacional 
são coordenadas pela Ouvidoria do Departamento Penitenciário Nacional, a partir da 
aproximação da comunidade com a prisão e da prisão com a comunidade, 
favorecendo o desvelamento e o enfrentamento de esquemas que originam e reforçam 
a criminalidade. 
À Coordenação de Benefícios e Apoio aos Conselhos compete14: 
(...) I - receber, protocolar e analisar os pedidos de indulto 
individual, instruindo-os e diligenciando-os quando 
necessário; 
II - informar ao interessado o andamento processual da 
solicitação de indulto individual; 
III - receber os pedidos de indulto coletivo e encaminhá-los 
aos Conselhos Penitenciários, visando à competente 
instrução perante a respectiva Vara de Execução Criminal; 
IV - manter atualizadas as informações pertinentes aos 
Conselhos Penitenciários e aos Conselhos da Comunidade, 
inclusive quanto ao número de internos beneficiados pelo 
indulto coletivo; e 
V - incentivar os órgãos de execução penal em todo o 
território nacional, apoiando os Conselhos Penitenciários e a 
implementação dos Conselhos da Comunidade. (...) 
Compreendendo que a prisão e as pessoas lá detidas integram a mesma 
sociedade em que vivemos, os conselhos da comunidade operam como um 
mecanismo para esse reconhecimento, e para a atuação efetiva da sociedade civil nas 
questões do cárcere. 
 
 
 
 
14 Art. 39 do Regimento Interno do Depen. 
 25 
6.2. Diretoria de Políticas Penitenciárias 
 6.2.1. Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino 
De acordo com o Regimento Interno do Depen, à Coordenação-Geral de 
Reintegração Social e Ensino compete: 
(...) I - promover a inserção do preso, do internado e do 
egresso em políticas públicas e programas voltados à 
educação, saúde, qualificação e inserção profissional, 
assistência social, efetivação dos direitos humanos, entre 
outros; 
II – manter banco de dados dos pleitos formulados pelas 
unidades da federação; 
III – promover ações, inclusive em cooperação com 
instituições de ensino e organismos nacionais e 
internacionais, de capacitação técnico-profissional do 
servidor penitenciário; 
IV – analisar as propostas de convênio formuladas pelas 
unidades federativas, entidades de direito publico ou privado 
que visem à reintegração social da população carcerária e 
do egresso; 
V – apoiar tecnicamente os estados e o Distrito Federal na 
elaboração e execução de projetos voltados à assistência 
jurídica aos presos e aos internados de baixa renda; e 
VI – acompanhar os convênios celebrados. (...) 
As ações de reintegração social podem ser definidas como um conjunto de 
intervenções técnicas, políticas e gerenciais levadas a efeito durante e após o 
cumprimento de penas ou medidas de segurança, no intuito de criar interfaces 
de aproximação entre Estado, comunidade e as pessoas beneficiárias, como 
forma de lhes ampliar a resiliência e reduzir a vulnerabilidade frente ao sistema 
penal. 
Partindo desse entendimento, vê-se que um bom “tratamento penal” não pode 
residir apenas na abstenção da violência física ou na garantia de boas 
condições para a custódia do indivíduo, em se tratando de pena privativa de 
liberdade. Deve, antes disso, consistir em um processo de superação de uma 
história de conflitos, por meio da promoção dos seus direitos e da recomposição 
dos seus vínculos com a sociedade, visando criar condições para a sua 
autodeterminação responsável. 
Na conformação atual das práticas gerenciais do Depen, considera-se que os 
projetos na área de reintegração social devem estar posicionados os seguintes 
temas: 
 
Trabalho e renda 
O Regimento Interno do Depen, em seu art. 33, trata das competências da 
Coordenação de Apoio ao Trabalho e Renda, quais sejam: coordenar a análise 
de ações, planos, projetos ou programas que visem à profissionalização do 
preso e do egresso, estimulando sua reintegração no mundo de trabalho. 
A Constituição Federal, em seus arts. 6º e 203, apresenta expressamente os 
direitos sociais, dentre eles se inserem o apoio ao trabalho, à renda e à 
qualificação profissional para os presos, internados e egressos do sistema 
prisional: 
 26 
(...) Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela 
necessitar, independentemente de contribuição à 
seguridade social, e tem por objetivos: (...) 
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;(...) 
O objetivo primordial da pena não é apenas o cumprimento dos preceitos 
determinados na sentença, mas, também, e, concomitantemente, o 
direcionamento do preso ao convívio social, conforme dispõe o art. 1º da Lei 
7.210/1984: 
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as 
disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar 
condições para a harmônica integração social do 
condenado e do internado.(...) 
O Fundo Penitenciário Nacional – Funpen, dispõe de recursos a serem 
aplicados no direcionamento das ações voltadas, também, ao trabalho e 
reinserção social do preso, conforme prevê a Lei Complementar 79, de 07 de 
janeiro de 1994: 
(...) Art. 3º - Os recursos doFUNPEN serão aplicados em: 
V – implantação de medidas pedagógicas relacionadas ao 
trabalho profissionalizante do preso e do internado; (...) 
VII - elaboração e execução de projetos voltados à 
reinserção social de presos, internados e egressos; (...) 
 
Assistência Jurídica, Social e à Saúde 
De acordo com o Regimento Interno do Depen, cabe à Coordenação de Apoio à 
Assistência Jurídica, Social e à Saúde15: 
(...) I – promover e acompanhar ações de assistência 
jurídica, social e de saúde do preso, do egresso e de sua 
família; 
II – analisar as propostas de celebração de convênios para 
execução de suas atribuições; 
III – apoiar a implementação do Plano Nacional de Saúde no 
Sistema Penitenciário, em cooperação com o Ministério da 
Saúde; e 
IV – promover e acompanhar ações que assegurem a 
concessão do auxílio-reclusão e outros benefícios.(...) 
A saúde é garantida pela Constituição Federal como direito fundamental e social 
do cidadão, conforme expresso nos artigos 5º, inciso III e 6º: 
(...) Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: (...) 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento 
desumano ou degradante; (...) 
 
15 Art. 38 do Regimento Interno do Depen. 
 27 
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a 
assistência aos desamparados, na forma desta 
Constituição. (...) 
Como legislação específica sobre os direitos infraconstitucionais garantidos ao 
sentenciado no decorrer da execução da pena, a Lei de Execução Penal 
garante a assistência à saúde como dever do Estado: 
(...) Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado 
de caráter preventivo e curativo, compreenderá 
atendimento médico, farmacêutico e odontológico. 
§ 1º (Vetado). 
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver 
aparelhado para prover a assistência médica necessária, 
esta será prestada em outro local, mediante autorização da 
direção do estabelecimento. (...) 
A assistência jurídica prestada aos privados de liberdade também está prevista 
legalmente, pois o acesso à justiça é direito de todos, independente de sua 
condiçao sócio-econômica. Assim, o artigo 5º da Constituição Federal descreve: 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e 
gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; 
A assistência social aos privados de liberdade e egressos do sistema 
penitenciário tem sido viabilizada através da articulação interministerial, de 
forma que se garanta aos encarcerados o acesso integral à rede de 
atendimento já existente no sistema público de assistência. 
O acesso a emissão de documentos e cartões de identificação são exemplos 
das maiores ações de mobilização do qual este Departamento tem envidado 
esforços no sentido de ofertar um melhor tratamento penal ao público 
encarcerado, além de permanecer em consonância com os requisitos legais e 
diretrizes que regem esta coordenação e viabilizar o acesso aos direitos sociais. 
 
Assistência Educacional 
Na estrutura do Depen, a Coordenação responsável pelo apoio à assistência 
educacional aos presos é a Coordenação de Apoio ao Ensino – COAPE, 
cabendo-lhe16: 
(...) I – analisar os projetos que tenham por objeto a 
formação educacional do preso e do egresso; e 
II - acompanhar e fiscalizar a execução dos convênios 
celebrados. (...) 
Os estados e o Distrito Federal possuem autonomia para implementar suas 
próprias políticas direcionadas ao sistema prisional, sendo independentes para 
estabelecer programas educacionais na seara prisional. Paralelamente, a 
Coordenação de Apoio ao Ensino promove incentivos e articulações 
necessárias ao desempenho de políticas de atendimento à pessoa privada de 
liberdade no âmbito da educação. 
 
16 Art. 36 do Regimento Interno do Depen. 
 28 
Além de coordenar a análise das propostas de convênios que objetivem a 
formação educacional, cultural e artística do preso e do egresso; apóia a 
implementação da Política de Educação de Jovens e Adultos no Sistema 
Penitenciário, em cooperação com o Ministério da Educação; analisa os 
projetos que tenham por objeto a formação educacional do preso e do egresso; 
e acompanha e fiscaliza a execução dos convênios celebrados. 
Nesse sentido, a COAPE e o MEC vêm trabalhando em parceria, visando a 
efetivação do Plano Estratégico de Educação nas Prisões, instituído pelo 
Decreto nº 7.626, de 24 de novembro de 2011, o qual tem a finalidade de 
ampliar e qualificar a oferta de educação nos estabelecimentos penais, através 
de uma ação conjunta da área de educação e de execução penal dos estados e 
Distrito Federal, por meio da elaboração do Plano Estadual de Educação nas 
Prisões. 
 
Educação em serviços 
Compete à Coordenação de Apoio à Capacitação de Serviços Penais: 
(...) I – analisar as propostas de convênios para execução 
de ações dentro de sua área de atuação; 
II – acompanhar a implantação de escolas penitenciárias 
nos estados e no Distrito Federal; 
III – coordenar cursos de formação técnico-profissional de 
servidores penitenciários; 
IV - produzir e consolidar materiais e métodos que orientem 
a educação em serviços penais; e 
V - organizar e manter banco de dados com os trabalhos 
científicos relativos ao sistema penitenciário, divulgando seu 
conteúdo, quando solicitado17. (...) 
Em 2005, considerando o art. 37, I e II do Regimento Interno do Depen, foi 
dado início à implementação das Escolas Penitenciárias ou espaços 
institucionais correspondentes, em cada uma das unidades da federação, 
contando com recursos do Fundo Penitenciário Nacional - Funpen. 
As diretrizes para a elaboração de cursos de formação dos servidores 
penitenciários encontram-se na Matriz Curricular Nacional, criada pelo Depen, 
onde apresenta as principais competências, habilidades, saberes e atitudes a 
serem desenvolvidos pelos profissionais prisionais. 
No que tange à capacitação dos profissionais envolvidos com o sistema 
prisional, a lógica anterior era a de formalização de convênios com as unidades 
federativas, para a realização de cursos de capacitação continuada e de 
especialização. 
No entanto, com a criação da Escola Nacional de Serviços Penais, a 
metodologia passou a ser o desenvolvimento, de forma direta, visando a oferta 
de vagas em cursos de capacitação continuada e de especialização a todas as 
Escolas Penitenciárias Estaduais, tanto por meio de plataformas virtuais em 
Educação a Distância (EaD), quanto em cursos presenciais. 
 
 
 
17 Art 37 do Regimento Interno do Depen. 
 29 
Escola Nacional de Serviços Penais – Espen 
A Escola Nacional de Serviços Penais - Espen, criada em 03 de dezembro de 
2012, por meio da Portaria/MJ nº 3.123, tem como objetivo fomentar e executar 
estratégias de formação inicial e continuada, pesquisa, formulação de doutrina e 
aperfeiçoamento profissional em serviços penais e de produção e 
compartilhamento de conhecimentos em políticas públicas voltadas ao sistema 
prisional: 
(...) Art. 2º - A ESPEN tem como objetivo geral fomentar e 
executar estratégias de formação inicial e continuada, 
pesquisa, formulação de doutrina e aperfeiçoamento 
profissional em serviços penais e produção e 
compartilhamento de conhecimentos em políticas voltadas 
ao sistema prisional. 
Parágrafo único - A ESPEN deverá atuar permanentemente 
no sentido de criar condições político-institucionais e 
pedagógicas adequadas, realizando e apoiando ações 
governamentais, em âmbito nacional, que promovam a 
aquisição e o uso de conhecimentos úteis aos processos de 
formulação, execução, gestão e avaliação das políticaspúblicas de interesse do DEPEN.(...) 
A Espen é um órgão diretamente subordinado ao Diretor Geral do 
Departamento Penitenciário Nacional, composta da seguinte forma: 
I - Conselho de Educação e Pesquisa - CEP. 
II - Direção da Escola - DEsc: 
a) Coordenação de Planejamento e Gestão - CPlag; 
b) Coordenação de Educação - CEduc; e 
c) Coordenação de Pesquisa - CPesq. 
III - Núcleos Locais - NLoc. 
O Conselho de Educação e Pesquisa - CEP tem um caráter deliberativo, 
fiscalizador e consultivo, com o objetivo definir e garantir a aplicação das 
diretrizes estabelecidas pelo Depen. Constituem o CEP: 
I Diretor-Geral do Depen; 
II - Diretor da Diretoria de Políticas Penitenciárias - DIRPP; 
III - Diretor da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal - 
DISPF; 
IV - Diretor da Diretoria Executiva - DIREX; 
V - Ouvidor do Sistema Penitenciário Nacional - OSPEN; 
VI - 1 (um) representante titular do Conselho Nacional de 
Política Criminal e Penitenciária - CNPCP e 1 (um) suplente; 
VII - 1 (um) representante titular da Rede de Escolas de 
Gestão Prisional das Unidades da Federação, ou espaços 
institucionais correspondentes e 1 (um) suplente; 
VIII - 1 (um) representante titular do Conselho Nacional de 
Secretários de Justiça - CONSEJ e 1 (um) suplente; e 
IX - 1 (um) representante dos servidores que atuam no 
sistema prisional e 1 (um) suplente. 
 
 
 
 30 
6.2.2. Coordenação-Geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas 
Alternativas 
As penas restritivas de direitos são conhecidas como Penas e Medidas 
Alternativas, cuja sanção penal é de curta duração (0 a 4 anos de condenação), 
para crimes praticados sem violência nem grave ameaça. 
Em setembro de 2000, o Ministério da Justiça lançou o Programa Nacional de 
Apoio às Penas Alternativas como diretriz do Conselho Nacional de Política 
Criminal e Penitenciária – CNPCP, que tinha como objetivo realizar as ações 
necessárias ao incremento da aplicação das penas alternativas no Brasil. 
A partir de 2003, o Ministério da Justiça fortaleceu o Programa Nacional de 
Apoio às Penas e Medidas Alternativas, e seus objetivos prioritários passaram a 
ser (i) a produção e a disseminação de conhecimento acerca da execução das 
penas e medidas alternativas, (ii) a identificação, a avaliação e o fomento de 
boas práticas nesse campo, e (iii) o apoio técnico e financeiro aos Judiciários e 
Executivos estaduais para que promovam melhorias nos seus sistemas de 
aplicação e fiscalização. 
De acordo com o Regimento Interno do Depen, à CGPMA compete: 
(...) Art. 40. À Coordenação-Geral do Programa de Fomento 
às Penas e Medidas Alternativas compete: 
I - desenvolver a Política de Fomento às Penas e Medidas 
Alternativas nas unidades da federação; 
II – produzir, consolidar e divulgar informações e métodos, 
por intermédio da definição de diretrizes e da elaboração de 
manuais de gestão, que desenvolvam a aplicação, execução 
e monitoramento das penas e medidas alternativas no 
Brasil; 
III - apoiar o desenvolvimento das políticas estaduais e 
distrital de monitoramento da execução de penas e medidas 
alternativas, bem como a capacitação de servidores 
responsáveis pelo monitoramento; 
IV – analisar as propostas de convênios para execução de 
seus serviços; e 
V - monitorar os convênios firmados com recursos do 
FUNPEN que versem sobre sua área de atuação. (...) 
Atualmente o Brasil conta com 19 varas judiciais especializadas, 
complementadas por 306 estruturas montadas de monitoramento e fiscalização 
de penas e medidas alternativas, dentre núcleos e centrais, formando o 
conjunto de equipamentos públicos existentes sobre o tema do país. Tais 
serviços envolvem instituições do sistema de justiça - Poder Judiciário, 
Ministério Público e Defensoria Pública –, do Poder Executivo e entidades da 
Sociedade Civil Organizada; fundamentais à garantia do bom cumprimento das 
decisões judiciais. 
 
 6.2.3. Coordenação-Geral do Fundo Penitenciário Na cional - Funpen 
O Fundo Penitenciário Nacional foi criado pela Lei Complementar nº 79, de 7 de 
janeiro de 1994, com a finalidade de proporcionar recursos e meios para 
financiar e apoiar as atividades de modernização e aprimoramento do Sistema 
Penitenciário Brasileiro. O Funpen encontra regulamentação no Decreto nº 
1.093, de 3 de março de 1994. 
 31 
Essencialmente, o Fundo é constituído com recursos que possuem origem nas 
dotações orçamentárias da União, custas judiciais recolhidas em favor da 
União, arrecadação dos concursos de prognósticos, recursos confiscados ou 
provenientes da alienação dos bens perdidos em favor da União Federal, multas 
decorrentes de sentenças penais condenatórias com trânsito em julgado, 
fianças quebradas ou perdidas, e rendimentos decorrentes da aplicação de seu 
patrimônio. 
Os recursos consignados ao Fundo são aplicados em construção, reforma, 
ampliação de estabelecimentos penais; formação, aperfeiçoamento e 
especialização do serviço penitenciário; aquisição de material permanente, 
equipamentos e veículos especializados imprescindíveis ao funcionamento dos 
estabelecimentos penais; formação educacional e cultural do preso e do 
internado; programas de assistência jurídica aos presos e internados carentes; 
e demais ações que visam o aprimoramento do sistema penitenciário em âmbito 
nacional. Outra destinação legal dos recursos do Fundo é custear seu próprio 
funcionamento. 
Em razão dos altos custos de manutenção do sistema penitenciário, as 
unidades da federação não possuem disponibilidades para arcar integralmente 
com a manutenção e aprimoramento de seus sistemas prisionais, sendo, 
portanto, compelidas a fazer uso dos recursos do Fundo quando o assunto é 
financiamento de vagas e assistência ao preso e ao egresso, principalmente. 
Conforme Portaria nº 674 de 20 de março de 2008, são atribuições da 
Coordenação-Geral do Fundo Penitenciário Nacional: 
(...) I – celebrar convênios com entidades de direito público 
ou privado para consecução dos objetivos do FUNPEN; 
II - coordenar a análise das prestações de contas dos 
recursos repassados, apoiando tecnicamente os estados e o 
Distrito Federal na elaboração de tais procedimentos; 
III - coordenar a instrução dos procedimentos de Tomadas 
de Contas Especial; 
IV - acompanhar, em conjunto com as demais 
Coordenações da Diretoria, a fiel aplicação dos recursos 
repassados por intermédio de convênios; e 
V – manter banco de dados para o registro dos pleitos 
formulados pelas unidades da federação. (...) 
 
6.2.4. Coordenação-Geral de Políticas, Pesquisa e A nálise da Informação 
É de competência da Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Informação 
Penitenciária: 
(...) I - implantar e manter sistema de informações 
penitenciárias; 
II - elaborar, desenvolver e promover estudos e pesquisas 
penitenciárias; 
III – promover e divulgar a avaliação dos programas, 
resultados e ações do Departamento; 
IV - orientar as demais unidades quanto a aplicação da 
legislação penal; 
V - propor a celebração de convênios com entidades de 
direito público ou privado para execução de atividades 
dentro da sua área de atuação; 
 32 
VI - apoiar tecnicamente os estados e o Distrito Federal na 
apresentação de projetos de construção, reforma e 
aparelhamento de estabelecimentos penais; e 
VII – manter banco de dados dos pleitos formulados pelas 
unidades da federação. (...) 
A Coordenação-Geral Geral do Sistema Nacional de Informação Penitenciária 
coordena as seguintes áreas: 
 
Sistema Nacional de Informações Penitenciárias – Infopen 
O Infopen é um banco de dados que tem como objetivo subsidiar os órgãos 
estaduais de administração prisional e órgãos da execução penal com 
informações relativas ao sistema prisional. 
A Coordenação do Sistema Nacional de Informação Penitenciária é responsável 
por administrar o Infopen, coordenando e promovendo o intercâmbio de dados 
entre os sistemas penitenciários estaduais e distrital, entre outros. 
 
Estatística e Análise da Informação: 
À Coordenação deEstatística e Análise da Informação compete: 
(...) I - elaborar e promover pesquisas no sistema 
penitenciário, consolidando as informações e 
submetendo-as à autoridade competente; 
II – elaborar e fomentar a produção de estatísticas do 
sistema penitenciário; 
III - manter sistema de informações penitenciárias e 
banco de dados de informações institucionais; e 
IV - propor mecanismos de divulgação dos programas, 
ações e resultados do Departamento. (...) 
Além das atribuições regimentais, atualmente a COESA está envolvida com as 
seguintes atribuições: 
- Formalizar e monitorar convênios para aparelhamento e reaparelhamento de 
unidades dos Sistemas Prisionais Estaduais. 
- Adquirir equipamentos e veículos especiais para doação às Unidades 
Federativas. 
- Pesquisar necessidades em aparelhamento das Unidades Federativas, e 
avaliar as políticas adotadas, sugerindo novas ações. 
- Fornecer dados estatísticos das ações da CGPAI, incluindo engenharia, 
mantendo banco de dados sobre todos os convênios e contratos de repasse da 
CGPAI. 
- Apoiar, administrativamente, a Coordenação de Engenharia e Arquitetura. 
- Monitorar o Contrato de Prestação de Serviços da Caixa Econômica Federal, e 
avaliar o serviço prestado, atestando inclusive os pagamentos. 
 
Coordenação de Engenharia e Arquitetura 
À Coordenação de Engenharia e Arquitetura compete: 
(...) I - assistir tecnicamente as unidades federativas na 
apresentação de projetos de construção reforma e 
 33 
aparelhamento de estabelecimentos penais, sugerindo, 
quando pertinente, a celebração de convênio para sua 
implementação; 
II - supervisionar as obras de construção, reforma e 
ampliação, assim como as ações de aparelhamento/ 
reaparelhamento dos estabelecimentos penais das unidades 
da federação, em parceria com os órgãos estaduais e 
distritais responsáveis pela administração do sistema 
penitenciário; 
III - promover estudos de engenharia e elaborar os planos 
diretores, projetos básico e executivo, e orçamento de obras; 
IV - manter arquivo de projetos de engenharia e arquitetura 
concernentes aos convênios celebrados, assim como 
daqueles desenvolvidos no Departamento. (...) 
Visando a elaboração de normas orientadoras para a construção e ampliação 
de unidades prisionais, recentemente, o Depen e o Conselho Nacional de 
Política Criminal e Penitenciária - CNPCP publicaram o documento "Diretrizes 
Básicas para a Arquitetura Penal", a partir da Resolução CNPCP nº 918, de 18 
de novembro de 2011. 
A partir do Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional, lançado em 2011, 
o Depen pretende apoiar financeiramente as unidades federativas para a 
diminuição do déficit carcerário, destinando recursos aos entes estaduais e 
distrital, com vistas a zerar o déficit carcerário feminino e aumentar o número de 
vagas em cadeias públicas para homens. O Programa, que apóia os sistemas 
prisionais estaduais19, criará 42 mil novas vagas até 2014, auxiliando na meta 
de diminuição do déficit de vagas do sistema prisional. 
 
18 Resolução nº 9/2011 em anexo II. 
19 O Programa não deve ser utilizado como única forma de diminuição do déficit carcerário, cabendo às unidades 
federativas o planejamento para a construção e ampliação de unidades prisionais a partir de recursos estaduais. 
 34 
7. Monitoramento e avaliação 
 
O monitoramento do Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional, 
meio fundamental para o acompanhamento das ações em realização nas unidades 
da federação, ocorrerá a partir de visitas institucionais in loco e contatos virtuais (e-
mail e telefone) pela equipe do Plano Diretor. 
Nesse processo de monitoramento, as unidades federativas informarão a 
situação do sistema prisional local, com as perspectivas de ações desenvolvidas e 
em desenvolvimento, com vistas ao cumprimento efetivo da Lei de Execução Penal 
e normativos nacionais e internacionais correlatos. 
Todas as ações, planos, programas, projetos, estratégias e atividades 
voltadas ao sistema prisional de cada estado e Distrito Federal devem ser inseridos 
no Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional, com vistas ao 
acompanhamento das mesmas pelo Departamento Penitenciário Nacional, bem 
como a otimização do envio de recursos federais às unidades da federação. 
A avaliação do documento de planejamento ocorrerá pela Coordenação do 
Plano Diretor e terá como objetivo o preenchimento de indicadores de 
monitoramento específicos, como forma de cumprimento no disposto na Resolução 
CNPCP nº 01, de 29 de abril de 200820. 
O Departamento Penitenciário Nacional almeja que essas avaliações de 
resultado espelhem, de forma objetiva, a contribuição deste Plano Diretor no traçado 
de melhorias das práticas institucionais direcionadas ao sistema prisional. 
 
20 Resolução CNPCP nº 01/2008 em anexo III. 
 35 
8. Anexos 
 
ANEXO I - PORTARIA Nº 674, DE 20 DE MARÇO DE 2008 – REGIMENTO INTERNO 
DO DEPEN 
O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, no uso de suas atribuições que lhe confere o art. 4º do 
Decreto nº 6.061, de 15 de março de 2007, resolve: 
Art. 1° Aprovar o Regimento Interno do Departamento Penitenciário Nacional - DEPEN, na forma do 
Anexo a esta Portaria. 
Art. 2° Fica revogada a Portaria nº 156, de 6 de fe vereiro de 2006. 
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. 
TARSO GENRO 
Este texto não substitui o publicado no DOU de 02/04/2008. 
REGIMENTO INTERNO 
DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL 
CAPÍTULO I 
CATEGORIA E FINALIDADE 
Art. 1º O Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN, órgão específico singular a que se refere o art. 
2º, inciso II, alínea “f” do Anexo I do Decreto nº 6.061, de 15 de março de 2007, tem por finalidade 
exercer as competências previstas nos arts. 71 e 72 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, e 
especificamente: 
I – planejar e coordenar a política penitenciária nacional; 
II - acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em todo o território nacional; 
III - inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais; 
IV - assistir tecnicamente as unidades federativas na implementação dos princípios e regras da 
execução penal; 
V - colaborar com as unidades federativas, mediante convênios, na implantação de estabelecimentos e 
serviços penais; 
VI - colaborar com as unidades federativas na realização de cursos de formação de pessoal 
penitenciário e de ensino profissionalizante do condenado e do internado; 
VII - coordenar e supervisionar os estabelecimentos penais e de internamento federais; 
VIII - processar, estudar e encaminhar, na forma prevista em lei, os pedidos de indulto individual; 
IX - gerir os recursos do Fundo Penitenciário Nacional - FUNPEN; e 
X - apoiar administrativa e financeiramente o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. 
CAPÍTULO II 
ORGANIZAÇÃO 
Art. 2º O Departamento Penitenciário Nacional tem a seguinte estrutura: 
1. GABINETE – GAB 
2. DIRETORIA EXECUTIVA – DIREX 
2.1.Coordenação-Geral de Administração – CGAD 
2.1.1. Coordenação de Orçamento e Finanças – COFIN 
2.1.1.1. Divisão de Execução Orçamentária e Financeira – DIOF 
2.1.1.2. Divisão de Contabilidade – DICON 
2.1.2. Coordenação de Recursos Humanos – CORH 
2.1.2.1 Divisão de Estudos sobre Legislação de Pessoal – DILEP 
2.1.2.2. Divisão de Cadastro, Lotação e Movimentação – DICLM 
2.1.3. Coordenação de Recursos Materiais – COREM 
2.1.3.1. Divisão de Licitação e Contratos – DILC 
2.1.3.1.1 Serviço de Procedimentos Licitatórios – SEPL 
2.1.3.2. Divisão de Patrimônio – DIPAT 
2.1.3.3. Divisão de Serviços Gerais – DISEG 
2.1.3.4. Serviço de Apoio Administrativo – SEAA 
3. DIRETORIA DE POLÍTICAS PENITENCIÁRIAS – DIRPP 
3.1. Coordenação-Geral do Fundo Penitenciário Nacional – CGFPN 
3.1.1. Coordenação de Análise e Acompanhamento de Convênios – COAAC 
3.1.1.1. Divisão de Formalização de Convênios – DIFOC 
3.1.1.2. Divisão de Fiscalização– DIF 
3.1.2. Coordenação de Análise e Acompanhamento de Prestação de Contas e Tomada de Contas 
Especial – COAPC 
 36 
3.1.2.1 Divisão de Prestação de Contas –DIPC 
3.2. Coordenação-Geral de Políticas, Pesquisa e Análise da Informação – CGPAI 
3.2.1. Coordenação de Estatística e Análise da Informação – COESA 
3.2.2. Coordenação do Sistema Nacional de Informação Penitenciária – COINF 
3.2.3 Coordenação de Engenharia e Arquitetura - COENA 
3.2.4. Coordenação de Elaboração e Consolidação de Atos Normativos - COAN 
3.3. Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino – CGRSE 
3.3.1. Coordenação de Apoio ao Trabalho e Renda – COATR 
3.3.1.1. Divisão de Apoio ao Trabalho - DIAT 
3.3.2. Coordenação de Apoio ao Ensino – COAPE 
3.3.2.1. Divisão de Apoio ao Ensino - DIAEN 
3.3.3. Coordenação de Apoio às Escolas Penitenciárias - COAEP 
3.3.4. Coordenação de Apoio à Assistência Jurídica, Social e à Saúde – COARS 
3.3.5. Coordenação de Benefícios e Apoio aos Conselhos – COBAC 
3.4. Coordenação-Geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas - CGPMA 
4 . DIRETORIA DO SISTEMA PENITENCIÁRIO FEDERAL – DISPF 
4.1. Coordenação-Geral de Inclusão, Classificação e Remoção – CGICR 
4.2.Coordenação-Geral de Informação e Inteligência Penitenciária – CGIN 
4.3. Coordenação-Geral de Tratamento Penitenciário – CGTP 
4.4. Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário Federal – CGSPF 
4.5. Diretorias de Presídio Federal – DIPREF 
4.5.1. Divisão de Segurança e Disciplina - DISED 
4.5.2. Divisão de Reabilitação - DIREB 
4.5.3. Serviço de Saúde – SESA 
4.5.4. Serviço Administrativo – SEAD 
Art. 3º O Departamento Penitenciário Nacional é dirigido por Diretor-Geral; as Diretorias e os Presídios 
Federais por Diretor; as Coordenações-Gerais por Coordenador-Geral; a Corregedoria-Geral por 
Corregedor-Geral; as Coordenações por Coordenador; o Gabinete, as Divisões e os Serviços por Chefe. 
Parágrafo único. O Diretor-Geral conta, para o desempenho de suas atribuições, com um Assessor e 
um Ouvidor do Sistema Penitenciário; o Chefe de Gabinete com um Assessor Técnico, um Assistente e 
um Assistente Técnico; o Coordenador-Geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas 
Alternativas com dois Assessores Técnicos; o Coordenador-Geral de Inclusão, Classificação e 
Remoção, o Coordenador-Geral de Informação e Inteligência Penitenciária, o Coordenador-Geral de 
Tratamento Penitenciário e o Corregedor-Geral do Sistema Penitenciário Federal, com um Assistente 
cada um. 
Art. 4º Os ocupantes dos cargos em comissão, previstos no caput do artigo anterior, serão substituídos, 
em seus afastamentos ou impedimentos legais, por servidores formalmente designados, nos termos da 
legislação específica. 
Parágrafo único. No caso de ausência concomitante do titular e do substituto eventual, a autoridade 
competente designará o responsável pela unidade no período em que durarem as duas ausências. 
CAPÍTULO III 
COMPETÊNCIAS DAS UNIDADES 
Art. 5º Ao Gabinete compete: 
I - elaborar e acompanhar a pauta de trabalhos e viagens do Diretor-Geral; 
II - coordenar, acompanhar e controlar os documentos e processos enviados ao Departamento; 
III - preparar os despachos e controlar o expediente funcional do Diretor-Geral; 
IV – orientar, controlar e supervisionar as atividades e rotinas administrativas no âmbito do 
Departamento; 
V - propor a normatização de procedimentos das unidades; 
VI - promover a divulgação dos atos normativos do Diretor-Geral; 
VII - orientar e coordenar as atividades concernentes às áreas de relações públicas, comunicação social 
e rotina administrativa; e 
VIII - colaborar no relacionamento do Departamento com órgãos e entidades governamentais. 
Art. 6º À Diretoria-Executiva compete: 
I - coordenar e supervisionar as atividades de planejamento, de orçamento, de administração financeira, 
de recursos humanos, de serviços gerais, de informação e de informática, no âmbito do Departamento; 
II – elaborar a proposta orçamentária anual e plurianual do Departamento, assim como as propostas de 
programação financeira de desembolso e de abertura de créditos adicionais; 
III - acompanhar e promover a avaliação de projetos e atividades, considerando as diretrizes, os 
objetivos e as metas constantes do Plano Plurianual; e 
 37 
IV - realizar tomadas de contas dos ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores 
públicos e de todo aquele que der causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte em dano 
ao erário. 
Art. 7º À Coordenação-Geral de Administração compete: 
I - acompanhar as atividades relacionadas à gestão de procedimentos licitatórios, contratos 
administrativos e recursos humanos, bem assim de execução orçamentária e financeira e administração 
de material, patrimônio, informática e serviços gerais; 
II - observar as normas emanadas do Órgão Central do Sistema Integrado de Administração de Serviços 
Gerais - SIASG; 
III - submeter ao setor responsável do Ministério as propostas de orçamento anual e plurianual, 
programação financeira de desembolso e abertura de créditos adicionais; 
IV - submeter ao setor responsável do Ministério as informações para subsidiar a elaboração da 
Tomada de Contas Anual; e 
V - propor normas de serviço dentro de sua área de competência. 
Art. 8º À Coordenação de Orçamento e Finanças compete: 
I - coordenar e orientar as atividades de orçamento, finanças, inclusive sua programação, e 
contabilidade do FUNPEN; 
II - coordenar as propostas de ajustes do orçamento ao longo de cada exercício financeiro; 
III - subsidiar a elaboração da proposta do Plano Plurianual, quanto aos seus aspectos orçamentários; 
IV - elaborar quadros, relatórios e projeções, bem como outros demonstrativos para subsidiar o controle 
de gastos; e 
V - coordenar e compatibilizar a alocação de recursos orçamentários e financeiros disponibilizados. 
Art. 9º À Divisão de Execução Orçamentária e Financeira compete: 
I - operacionalizar e acompanhar a execução dos créditos orçamentários e dos recursos financeiros 
disponibilizados ao FUNPEN; 
II – reter os impostos federais existentes; 
III – analisar os processos encaminhados para pagamento com recursos do FUNPEN; 
IV - promover o registro e controle dos recursos orçamentários recebidos; 
V - executar a programação financeira e orçamentária do FUNPEN; 
VI - operar o Sistema Integrado de Administração Financeira - SIAFI; e 
VII - guardar, controlar e devolver, após o cumprimento das obrigações, as garantias de contratos 
administrativos. 
Art. 10. À Divisão de Contabilidade compete: 
I - analisar e acompanhar balanços, balancetes e demais demonstrações contábeis do Departamento; 
II - orientar os ordenadores de despesas e responsáveis por bens, direitos e obrigações da União para a 
prática de atos de gestão patrimonial, orçamentária e financeira; 
III - acompanhar a execução orçamentária, financeira e patrimonial, bem como o registro da 
conformidade diária e de suporte documental efetuados pelo Departamento; e 
IV - acompanhar a inclusão e exclusão de agentes no rol de responsáveis e comunicar à unidade 
responsável do Ministério qualquer inconsistência nos registros. 
Art. 11. À Coordenação de Recursos Humanos, em relação aos agentes penitenciários federais, 
compete: 
I - coordenar a execução das atividades relacionadas com a área de recursos humanos e legislação de 
pessoal; 
II - orientar as demais unidades quanto ao cumprimento das normas da administração de pessoal; 
III – controlar as atividades de concurso público, observando as diretrizes gerais para a elaboração de 
editais e outros documentos; 
IV - coordenar o processo seletivo interno para fins de remoção; e 
V - solicitar as alterações e nos períodos de férias, bem assim a capacitação de servidores. 
Parágrafo único. As competências atribuídas neste artigo serão, obrigatoriamente, exercidas em 
conjunto e sob a supervisão da Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério. 
Art. 12. À Divisão de Estudossobre Legislação de Pessoal compete: 
I - acompanhar a aplicação da legislação de pessoal e demais normas emanadas dos órgãos 
competentes; 
II - controlar os registros dos atos normativos nos cadastros de gestão de recursos humanos do 
Departamento; 
III – analisar e elaborar propostas e projetos de atos normativos referentes à legislação de pessoal do 
Departamento; e 
IV - preparar as informações necessárias em ações judiciais referentes a concurso público e processo 
seletivo de agente penitenciário federal, para que o órgão responsável promova a defesa da União. 
 38 
Art. 13. À Divisão de Cadastro, Lotação e Movimentação compete: 
I - auxiliar o setor competente do Ministério nas atividades relativas a cadastro, avaliação, férias e 
progressão dos servidores do Departamento; 
II - controlar a freqüência dos servidores, estagiários e prestadores de serviço do Departamento; 
III - organizar e manter atualizados os registros de lotação, provimento e vacância, bem como os de 
redistribuição, remoção e cessão de servidores, adotando providências complementares necessárias; 
IV - manter atualizado o levantamento da força de trabalho existente em relação à necessária; e. 
V - controlar a expedição de identidades funcionais. 
Art. 14. À Coordenação de Recursos Materiais compete: 
I - encaminhar os processos de compras e contratações de interesse do Departamento ao setor 
responsável do Ministério; 
II - apoiar o setor responsável do Ministério nas atividades relativas à aquisição de bens e serviços e de 
administração material e patrimonial de interesse do Departamento; 
III – submeter à Consultoria Jurídica do Ministério, por intermédio do Diretor-Geral, dúvidas e questões 
de ordem jurídica, relacionadas a licitações e contratos; 
IV - fornecer informações ao setor responsável do Ministério, que decidirá em segunda instância, os 
recursos e representações interpostos, em face das decisões das Comissões de Licitação e Pregoeiros; 
V - encaminhar à autoridade competente propostas de alteração, reajuste, recomposição, reequilíbrio de 
preços e prorrogação de contratos; 
VI - solicitar a indicação de servidores para atuar no acompanhamento e fiscalização dos contratos; e 
VII - elaborar e fornecer, quando solicitado, atestado de capacidade técnica. 
Art. 15. À Divisão de Licitações e Contratos compete: 
I - acompanhar, em conjunto com o setor responsável do Ministério, as atividades de licitação e aquelas 
relacionadas aos contratos administrativos; 
II - colaborar com a Comissão Permanente de Licitação e dos Pregoeiros do Ministério; 
III - elaborar minutas de acordo, contrato, carta-contrato, distrato, termo aditivo e outros atos da espécie, 
para apreciação da Consultoria Jurídica; 
IV - subsidiar o setor responsável do Ministério nas respostas às impugnações e recursos referentes aos 
procedimentos licitatórios; 
V - supervisionar, registrar e acompanhar a execução de contratos; 
VI – registrar, no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF, as sanções 
administrativas aplicadas aos fornecedores e prestadores de serviços; 
VII - analisar e apresentar os cálculos relativos à repactuação e ao reequilíbrio econômico-financeiros 
dos contratos; e 
VIII - receber as garantias contratuais, encaminhando-as à Divisão de Execução Orçamentária e 
Financeira para guarda. 
Art. 16. Ao Serviço de Procedimentos Licitatórios compete: 
I - acompanhar, em conjunto com o setor responsável do Ministério, o cronograma de realização de 
licitações de interesse do Departamento; 
II - executar as atividades relacionadas à dispensa, inexigibilidade e adesão a registro de preços, 
efetuadas pelo Departamento; 
III - providenciar a publicação, no Diário Oficial da União, de instrumentos contratuais e aditivos, atos de 
dispensa e ratificação de inexigibilidade; 
IV - lançar informações sobre contratações, dispensas e inexigibilidades no Sistema Integrado de 
Administração de Serviços Gerais – SIASG; e 
V - realizar pesquisa de preços no mercado fornecedor e em órgãos. 
Art. 17. À Divisão de Patrimônio compete: 
I - informar ao setor responsável do Ministério a necessidade de classificação, registro, cadastro e 
tombamento de bem e de material permanente, solicitando, quando necessário, sua conservação e 
recuperação; 
II – solicitar e acompanhar a incorporação, distribuição, remanejamento, alienação e baixa de bem 
material; 
III - vistoriar periodicamente os bens patrimoniais, mantendo atualizados e assinados os respectivos 
Termos de Responsabilidade; 
IV - informar ao órgão competente do Ministério a ocorrência de dano ou extravio e da disponibilidade 
de bens passíveis de desfazimento, instruindo os procedimentos administrativos correspondentes; 
V - acompanhar os prazos de entrega e conferir, aceitar e atestar o recebimento de material de 
consumo e bem permanente; e 
VI - elaborar Projeto Básico e Termo de Referência, relativos à aquisição de materiais de consumo e 
bens permanentes, específicos de sua área. 
 39 
Art. 18. À Divisão de Serviços Gerais compete: 
I - propor e acompanhar a execução das atividades relativas à prestação de serviços necessários ao 
Departamento nos setores responsáveis do Ministério; 
II - orientar a elaboração de Projeto Básico e Termo de Referência, relativos à contratação de serviços 
nas suas áreas de competência; 
III - programar a utilização da frota de veículos de uso do Departamento, em face das solicitações 
recebidas; 
IV - manter cadastro da frota e dos motoristas, bem como registro e guarda das informações sobre 
infrações, acidentes, termos de vistoria, mapas demonstrativos de desempenho da frota e outras 
ocorrências; 
V - solicitar laudo pericial no caso de acidentes de trânsito envolvendo veículos de uso do 
Departamento; 
VI - requisitar e controlar o fornecimento de combustível e lubrificante; 
VII - emitir requisição de transporte no âmbito do Departamento; e 
VIII - articular, em conjunto com o setor responsável do Ministério, as ações relativas à informática e 
tecnologia da informação. 
Art. 19. Ao Serviço de Apoio Administrativo compete: 
I - receber, registrar, emitir, encaminhar e arquivar documentos, mantendo atualizadas as informações 
sobre sua tramitação; 
II - promover a distribuição de Diário Oficial, jornais e periódicos; 
III – instruir os procedimentos administrativos de requisição de passagens, concessão de diárias e 
ressarcimento de transportes; e 
IV - controlar e atestar a execução de serviços de publicidade. 
Art. 20. À Diretoria de Políticas Penitenciárias compete: 
I - planejar, coordenar, dirigir, controlar e avaliar as atividades relativas à implantação de serviços 
penais; 
II - promover a construção de estabelecimentos penais nas unidades federativas; 
III - elaborar propostas de inserção da população presa, internada e egressa em políticas públicas de 
saúde, educação, assistência, desenvolvimento e trabalho; 
IV - promover articulação com os órgãos e as instituições da execução penal; 
V - realizar estudos e pesquisas voltados à reforma da legislação penal; 
VI - apoiar ações destinadas à formação e à capacitação dos operadores da execução penal; 
VII - consolidar em banco de dados informações sobre os Sistemas Penitenciários Federal e das 
Unidades Federativas; e 
VIII - realizar inspeções periódicas nas unidades federativas para verificar a utilização de recursos 
repassados pelo Fundo Penitenciário Nacional - FUNPEN. 
Art. 21. À Coordenação-Geral do Fundo Penitenciário Nacional compete: 
I – celebrar convênios com entidades de direito público ou privado para consecução dos objetivos do 
FUNPEN; 
II - coordenar a análise das prestações de contas dos recursos repassados, apoiando tecnicamente os 
estados e o Distrito Federal na elaboração de tais procedimentos; 
III - coordenar a instrução dos procedimentos de Tomadas de Contas Especial; 
IV - acompanhar, em conjunto com as demais Coordenações da Diretoria, a fiel aplicação dos recursos 
repassadospor intermédio de convênios; e 
V – manter banco de dados para o registro dos pleitos formulados pelas unidades da federação. 
Art. 22. À Coordenação de Análise e Acompanhamento de Convênios compete: 
I - controlar os pleitos das unidades federativas relativos ao Sistema Penitenciário Nacional; 
II - coordenar a elaboração das minutas de convênios e seus aditivos, controlando os prazos de vigência 
dos respectivos instrumentos; 
III - preparar informações com vistas a subsidiar o atendimento das diligências requeridas pelos órgãos 
de controle interno e externo; e 
IV - elaborar e submeter ao Diretor-Geral a comunicação a ser dirigida ao Poder Legislativo da 
localidade do convenente. 
Art. 23. À Divisão de Formalização de Convênios compete: 
I - preparar minutas de convênios e aditivos, submetendo-as à aprovação do Coordenador; 
II - preparar minutas de ofício aos convenentes, informando-os sobre prazos de vigência dos 
instrumentos; 
III - providenciar a publicação, no Diário Oficial da União, dos extratos dos termos de convênios e 
aditivos formalizados; 
 40 
IV - fornecer ao Programa de Transparência do Ministério da Justiça informações acerca dos convênios 
e aditivos celebrados; e 
V - manter a guarda dos arquivos e documentos de responsabilidade de sua área de competência. 
Art. 24. À Divisão de Fiscalização compete: 
I - acompanhar e fiscalizar a execução dos convênios, contratos e ajustes celebrados com entidades de 
direito público ou privado, para construção, ampliação e reforma de estabelecimentos penais; 
II - vistoriar as obras de execução das penitenciárias federais; e 
III - supervisionar os serviços de manutenção das unidades prisionais federais. 
Art. 25. À Coordenação de Análise e Acompanhamento de Prestação de Contas e Tomada de Contas 
Especial compete: 
I - acompanhar a análise das prestações de contas dos recursos transferidos, mediante convênios, 
acordos, ajustes e congêneres; 
II - acompanhar a instauração das Tomadas de Contas Especial; 
III - propor a aprovação ou impugnação das Prestações de Contas analisadas; 
IV - propor a instauração das Tomadas de Contas Especiais; 
V - orientar a elaboração das prestações de contas dos recursos repassados, em observância à 
legislação em vigor; 
VI - acompanhar, em conjunto com as demais Coordenações-Gerais, a execução dos convênios, 
adotando medidas saneadoras, quando necessário; e 
VII - preparar informações com vistas a subsidiar o atendimento das diligências requeridas pelos órgãos 
de controle interno e externo. 
Art. 26. À Divisão de Prestação de Contas compete: 
I - analisar as Prestações de Contas de recursos transferidos; 
II - analisar as justificativas relativas às Tomadas de Contas Especial; 
III - manter banco de dados atualizado das Prestações de Contas e Tomadas de Contas Especial, bem 
como dos demais documentos sob sua responsabilidade; 
IV - sugerir a inscrição de Convenente no cadastro de inadimplentes do SIAFI; e 
V - instruir os processos que visem à instauração de Tomada de Contas Especial, encaminhando-os na 
forma da lei. 
Art. 27. À Coordenação-Geral de Políticas, Pesquisa e Análise da Informação compete: 
I - implantar e manter sistema de informações penitenciárias; 
II - elaborar, desenvolver e promover estudos e pesquisas penitenciárias; 
III – promover e divulgar a avaliação dos programas, resultados e ações do Departamento; 
IV - orientar as demais unidades quanto a aplicação da legislação penal; 
V - propor a celebração de convênios com entidades de direito público ou privado para execução de 
atividades dentro da sua área de atuação; 
VI - apoiar tecnicamente os estados e o Distrito Federal na apresentação de projetos de construção, 
reforma e aparelhamento de estabelecimentos penais; e 
VII – manter banco de dados dos pleitos formulados pelas unidades da federação. 
Art. 28. À Coordenação de Estatística e Análise da Informação compete: 
I - elaborar e promover pesquisas no sistema penitenciário, consolidando as informações e submetendo-
as à autoridade competente; 
II – elaborar e fomentar a produção de estatísticas do sistema penitenciário; 
III - manter sistema de informações penitenciárias e banco de dados de informações institucionais; e 
IV - propor mecanismos de divulgação dos programas, ações e resultados do Departamento. 
Art. 29. À Coordenação do Sistema Nacional de Informação Penitenciária compete: 
I - administrar o Sistema Nacional de Informação Penitenciária, promovendo sua correção e atualização; 
II - coordenar e promover o intercâmbio de informações entre os sistemas penitenciários estaduais e 
distrital; 
III - definir, implementar e atualizar, em conjunto com a unidade responsável do Ministério, a política de 
segurança da informação do Departamento; e 
IV –coordenar, avaliar e homologar as atividades e projetos da área de informação. 
Art. 30. À Coordenação de Engenharia e Arquitetura compete: 
I - assistir tecnicamente as unidades federativas na apresentação de projetos de construção reforma e 
aparelhamento de estabelecimentos penais, sugerindo, quando pertinente, a celebração de convênio 
para sua implementação; 
II - supervisionar as obras de construção, reforma e ampliação, assim como as ações de 
aparelhamento/reaparelhamento dos estabelecimentos penais das unidades da federação, em parceria 
com os órgãos estaduais e distritais responsáveis pela administração do sistema penitenciário; 
 41 
III - promover estudos de engenharia e elaborar os planos diretores, projetos básico e executivo, e 
orçamento de obras; e 
IV - manter arquivo de projetos de engenharia e arquitetura concernentes aos convênios celebrados, 
assim como daqueles desenvolvidos no Departamento. 
Art. 31. À Coordenação de Elaboração e Consolidação de Atos Normativos compete: 
I – elaborar e fomentar estudos e pesquisas sobre normas complementares à legislação penal; 
II - subsidiar o Departamento com estudos quanto à aplicação da Lei de Execução Penal e da legislação 
penal, propondo solução para os casos omissos; e 
III - acompanhar a tramitação de proposições legislativas de interesse do Departamento. 
Art. 32. À Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino compete: 
I - promover a inserção do preso, do internado e do egresso em políticas públicas e programas voltados 
à educação, saúde, qualificação e inserção profissional, assistência social, efetivação dos direitos 
humanos, entre outros; 
II – manter banco de dados dos pleitos formulados pelas unidades da federação; 
III – promover ações, inclusive em cooperação com instituições de ensino e organismos nacionais e 
internacionais, de capacitação técnico-profissional do servidor penitenciário; 
IV – analisar as propostas de convênio formuladas pelas unidades federativas, entidades de direito 
publico ou privado que visem à reintegração social da população carcerária e do egresso; 
V – apoiar tecnicamente os estados e o Distrito Federal na elaboração e execução de projetos voltados 
à assistência jurídica aos presos e aos internados de baixa renda; e 
VI – acompanhar os convênios celebrados. 
Art. 33. À Coordenação de Apoio ao Trabalho e Renda compete coordenar a análise de ações, planos, 
projetos ou programas que visem à profissionalização do preso e do egresso, estimulando sua 
reintegração no mundo de trabalho. 
Art. 34. À Divisão de Apoio ao Trabalho compete: 
I – analisar os projetos que visem à profissionalização do preso e do egresso; e 
II - acompanhar e fiscalizar a execução dos convênios celebrados. 
Art. 35. À Coordenação de Apoio ao Ensino compete: 
I – coordenar a análise das propostas de convênios que objetivem a formação educacional, cultural e 
artística do preso e do egresso; e 
II – apoiar a implementação da Política de Educação de Jovens e Adultos no Sistema Penitenciário, em 
cooperação com o Ministério da Educação. 
Art. 36. À Divisão de Apoio ao Ensino compete: 
I – analisar os projetos que tenham por objeto a formação educacional do preso e doegresso; e 
II - acompanhar e fiscalizar a execução dos convênios celebrados. 
Art. 37. À Coordenação de Apoio às Escolas Penitenciárias compete: 
I – analisar as propostas de convênios para execução de ações dentro de sua área de atuação; 
II – acompanhar a implantação de escolas penitenciárias nos estados e no Distrito Federal; 
III – coordenar cursos de formação técnico-profissional de servidores penitenciários; 
IV - produzir e consolidar materiais e métodos que orientem a educação em serviços penais; e 
V - organizar e manter banco de dados com os trabalhos científicos relativos ao sistema penitenciário, 
divulgando seu conteúdo, quando solicitado. 
Art. 38. À Coordenação de Apoio à Assistência Jurídica, Social e à Saúde compete: 
I – promover e acompanhar ações de assistência jurídica, social e de saúde do preso, do egresso e de 
sua família; 
II – analisar as propostas de celebração de convênios para execução de suas atribuições; 
III – apoiar a implementação do Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, em cooperação 
com o Ministério da Saúde; e 
IV – promover e acompanhar ações que assegurem a concessão do auxílio-reclusão e outros 
benefícios. 
Art. 39. À Coordenação de Benefícios e Apoio aos Conselhos compete: 
I - receber, protocolar e analisar os pedidos de indulto individual, instruindo-os e diligenciando-os 
quando necessário; 
II - informar ao interessado o andamento processual da solicitação de indulto individual; 
III - receber os pedidos de indulto coletivo e encaminhá-los aos Conselhos Penitenciários, visando à 
competente instrução perante a respectiva Vara de Execução Criminal; 
IV - manter atualizadas as informações pertinentes aos Conselhos Penitenciários e aos Conselhos da 
Comunidade, inclusive quanto ao número de internos beneficiados pelo indulto coletivo; e 
V - incentivar os órgãos de execução penal em todo o território nacional, apoiando os Conselhos 
Penitenciários e a implementação dos Conselhos da Comunidade. 
 42 
Art. 40. À Coordenação-Geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas compete: 
I - desenvolver a Política de Fomento às Penas e Medidas Alternativas nas unidades da federação; 
II – produzir, consolidar e divulgar informações e métodos, por intermédio da definição de diretrizes e da 
elaboração de manuais de gestão, que desenvolvam a aplicação, execução e monitoramento das penas 
e medidas alternativas no Brasil; 
III - apoiar o desenvolvimento das políticas estaduais e distrital de monitoramento da execução de penas 
e medidas alternativas, bem como a capacitação de servidores responsáveis pelo monitoramento; 
IV – analisar as propostas de convênios para execução de seus serviços; e 
V - monitorar os convênios firmados com recursos do FUNPEN que versem sobre sua área de atuação. 
Art. 41. À Diretoria do Sistema Penitenciário Federal compete: 
I - promover a execução da política federal para a área penitenciária; 
II - coordenar e fiscalizar os estabelecimentos penais federais; 
III - custodiar presos, condenados ou provisórios, de alta periculosidade, submetidos a regime fechado, 
zelando pela correta e efetiva aplicação das disposições exaradas nas respectivas sentenças; 
IV - promover a comunicação com órgãos e entidades ligados à execução penal e, em especial, com 
Juízos Federais e as Varas de Execução Penal do País; 
V - elaborar normas sobre direitos e deveres dos internos, segurança das instalações, diretrizes 
operacionais e rotinas administrativas e de funcionamento das unidades penais federais; 
VI - promover a articulação e a integração do Sistema Penitenciário Federal com os demais órgãos e 
entidades componentes do Sistema Nacional de Segurança Pública, promovendo o intercâmbio de 
informações e ações integradas; 
VII - promover assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa aos presos 
condenados ou provisórios custodiados em estabelecimentos penais federais; 
VIII - planejar as atividades de inteligência do Departamento, em consonância com os demais órgãos de 
inteligência, em âmbito nacional; 
IX - propor ao Diretor-Geral os planos de correições periódicas; e 
X - promover a realização de pesquisas criminológicas e de classificação dos condenados. 
Art. 42. À Coordenação-Geral de Inclusão, Classificação e Remoção compete: 
I - implementar os procedimentos administrativos concernentes às ações de inclusão, classificação e 
remoção de presos nas penitenciárias federais; 
II - manter controle, por meio de sistema de gerenciamento, banco de dados informatizado, concernente 
à população carcerária do Sistema Penitenciário Federal; 
III - diligenciar nos sistemas penitenciários estaduais e distrital, no Poder Judiciário, Ministério Público e 
nos organismos policiais para obtenção de documentos relativos aos presos recebidos pelo Sistema 
Penitenciário Federal; 
IV - coordenar escoltas e remoções de presos do Sistema Penitenciário Federal; e 
V - coordenar a realização de pesquisas criminológicas e de classificação de presos recebidos nas 
penitenciárias federais, provendo a Diretoria com os dados coletados. 
Art. 43. À Coordenação-Geral de Informação e Inteligência Penitenciária compete: 
I - coordenar e articular a integração do Sistema Penitenciário Federal com os demais órgãos e 
entidades componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência - SISBIN, promovendo intercâmbio de 
informações e ações integradas; 
II - planejar, coordenar e orientar as atividades de inteligência em assuntos de interesse e competência 
do DEPEN; 
III - compilar, controlar e analisar dados de inteligência, submetendo-os à apreciação do Diretor do 
Sistema Penitenciário Federal; 
IV - criar e implantar um sistema integrado de informação e monitoramento a ser compartilhado entre a 
Diretoria do Sistema Penitenciário Federal, as penitenciarias federais e as unidades do Departamento 
de Polícia Federal instaladas nas circunscrições das penitenciárias federais; e 
V - assessorar a Diretoria do Sistema Penitenciário Federal em assuntos relativos ao gerenciamento de 
crises. 
Art. 44. À Coordenação-Geral de Tratamento Penitenciário compete: 
I - planejar, coordenar e orientar a execução de ações voltadas às assistências material, jurídica, 
educacional, social, religiosa, laboral e à saúde dos presos do Sistema Penitenciário Federal; 
II - realizar inspeções ordinárias e extraordinárias em assuntos de sua competência nas penitenciárias 
federais; 
III - assessorar o Diretor do Sistema Penitenciário Federal na elaboração do plano anual relacionado ao 
tratamento penitenciário nos estabelecimentos penais federais; 
IV - acompanhar a evolução carcerária dos presos das penitenciárias federais, em conjunto com os 
respectivos Diretores e com a Defensoria Pública da União; e 
 43 
V - manter intercâmbio com a Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino, visando estimular 
atividades voltadas à elevação da escolaridade, qualificação profissional, trabalho e renda dos presos 
recebidos nas penitenciárias federais. 
Art. 45. À Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário Federal compete: 
I - elaborar normas e manuais de correição e disciplina do Sistema Penitenciário Federal, bem como o 
plano anual de correições ordinárias e extraordinárias; 
II - assessorar o Diretor do Sistema Penitenciário Federal em assuntos de natureza jurídica; 
III - receber representação contra servidor do Sistema Penitenciário Federal, coordenando a respectiva 
apuração; 
IV - opinar acerca da instauração de procedimento administrativo-disciplinar envolvendo servidor do 
Sistema Penitenciário Federal; 
V - indicar os membros integrantes das comissões de disciplina; 
VI – solicitar a órgãos e entidades públicas e a pessoas físicas ou jurídicas documentos e informações 
necessários à instrução de procedimentos disciplinares em curso; 
VII – verificar a regularidade dos trabalhos das comissões de disciplina; e 
VIII – submeter ao Diretor-Geral, as conclusões alcançadas pelas Comissõesnos procedimentos 
disciplinares, para decisão da autoridade competente. 
Art. 46. Às Diretorias dos Presídios Federais compete: 
I – custodiar presos, condenados ou provisórios, zelando pela correta e efetiva aplicação das 
disposições exaradas nas respectivas sentenças; 
II - adotar as medidas administrativas necessárias ao bom funcionamento das penitenciárias federais; 
III – supervisionar, no âmbito de sua competência, a aplicação das disposições da Lei de Execução 
Penal e do Regulamento Penitenciário Federal; 
IV - prover a Diretoria do Sistema Penitenciário Federal com informações sobre situações que ameacem 
a disciplina e a segurança das penitenciárias federais; 
V - elaborar plano de prevenção e repressão de tumultos nas penitenciárias federais, submetendo-o à 
aprovação da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal; 
VI – articular parcerias com órgãos civis e militares, objetivando atender as necessidades operacionais e 
de emergência das penitenciárias federais; e 
VII - prestar apoio administrativo e operacional às Comissões de Processos Administrativo-Disciplinares 
em atuação nas penitenciárias federais. 
Art. 47. Às Divisões de Segurança e Disciplina compete: 
I - orientar e fiscalizar a aplicação dos dispositivos da Lei de Execução Penal e do Regulamento 
Penitenciário Federal no que tange à disciplina e à segurança das penitenciárias; 
II – realizar os procedimentos necessários para a inclusão de presos nas penitenciárias federais; 
III - submeter à Direção da respectiva unidade penal as rotinas carcerárias, planos de segurança interno 
e externo, bem como as informações concernentes à atuação dos agentes penitenciários federais; e 
IV - apoiar a Coordenação-Geral de Informação e Inteligência Penitenciária no exercício de suas 
atribuições. 
Art. 48. Às Divisões de Reabilitação compete orientar, acompanhar e documentar a aplicação das 
medidas de reabilitação e classificação da conduta dos presos. 
Art. 49. Aos Serviços de Saúde compete: 
I – prestar os serviços de atendimento médico de emergência a as ações de medicina preventiva nas 
penitenciárias federais em conformidade com os programas aprovados; 
II – organizar e manter cadastro de dados de saúde relativos a servidores e encarcerados das 
penitenciárias federais; 
III – acompanhar a inclusão do preso nas penitenciárias federais; 
IV - solicitar suprimento de material de consumo e permanente concernente aos serviços médicos 
prestados; e 
V - apoiar a Coordenação-Geral de Tratamento Penitenciário nas inspeções ordinárias e extraordinárias. 
Art. 50. Aos Serviços Administrativos compete: 
I - receber, arquivar e manter o controle dos expedientes, preservando a ordem necessária para o fluxo 
dos documentos; e 
II – apoiar técnica e administrativamente a Diretoria e unidades subordinadas. 
CAPÍTULO IV 
ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES 
Art. 51. Ao Diretor-Geral incumbe: 
I – elaborar e supervisionar a implementação de ações e operações do Departamento, estabelecendo 
seus objetivos, metas e diretrizes, expedindo para tanto os atos necessários; 
 44 
II – representar o Departamento junto às autoridades dos demais órgãos e entidades públicas ou 
privadas; 
III – assistir o Ministro de Estado da Justiça nos assuntos de competência do Departamento; 
IV – promover a integração de suas unidades com outros órgãos e entidades públicas e instituições 
privadas; 
V – informar ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária todos os dados relevantes e 
necessários à formulação da Política Penitenciária Nacional, garantindo a implementação de suas 
decisões e diretrizes; 
VI – gerir os recursos orçamentários e financeiros consignados em favor do Fundo Penitenciário 
Nacional; 
VII – ordenar despesas; 
VIII – aprovar planos e programas anuais ou especiais, Planos de Trabalho e Projetos Básicos dos 
Convênios; 
IX – autorizar procedimentos de licitação, constituir comissões de licitação e de recebimento de 
materiais e serviços; homologar, adjudicar, revogar e anular licitações; ratificar os atos de dispensa e de 
inexigibilidade de licitação; bem como praticar os demais atos relacionados ao procedimento licitatório; 
X – firmar contratos, convênios, acordos e outros ajustes; 
XI – promover os procedimentos internos para as Tomadas de Contas Especiais decorrentes de 
convênios firmados com recursos provenientes do FUNPEN; 
XII – indicar nomes a cargos em comissão, bem como propor a exoneração de seus ocupantes; 
XIII – homologar o resultado final de concurso público para agente penitenciário federal; 
XIV – determinar a instauração de processo administrativo disciplinar e outros procedimentos para a 
apuração de irregularidades; 
XV – acompanhar os assuntos pertinentes à execução penal e avocar os de natureza administrativa 
para decisão ou revisão, sem prejuízo das atribuições previstas aos demais dirigentes; 
XVI – delegar competências; e 
XVII - prestar informações sobres assuntos da competência do Departamento em atendimento as 
solicitações dos órgãos de controle interno e externo e às notificações oriundas do Poder Judiciário, 
submetendo estas últimas previamente à Consultoria Jurídica do Ministério da Justiça. 
Art. 52. Ao Chefe de Gabinete incumbe: 
I – elaborar a pauta de assuntos a serem submetidos à decisão do Diretor-Geral; 
II – examinar, instruir e despachar documentos oficiais; 
III – receber, analisar e processar solicitações de audiências; 
IV – coordenar a programação de viagens do Diretor-Geral, provendo os meios para a sua execução; 
V - assistir o Diretor-Geral em suas funções de representação funcional, política e social; 
VI - aprovar projetos básicos e termos de referências elaborados pelas áreas subordinadas; 
VII – fornecer dados necessários em matéria de sua competência para que o Diretor-Geral preste as 
informações solicitadas pelo Poder Judiciário e órgãos de controle interno e externo; e 
VIII – secretariar as reuniões presididas pelo Diretor-Geral. 
Art. 53. Ao Ouvidor do Sistema Penitenciário incumbe: 
I - protocolar as denúncias, reclamações e representações formuladas pelo preso ou por pessoa física 
ou jurídica interessada, prestando-lhes as informações necessárias; 
II - apoiar e incentivar a implantação e o funcionamento de ouvidorias do sistema penitenciário nas 
unidades da federação; 
III – informar ao Diretor-Geral das reclamações acerca das deficiências ou irregularidades no âmbito dos 
sistemas penitenciários, sugerindo soluções; 
IV – dar o devido tratamento aos pedidos de indulto individual e coletivo, encaminhando este último aos 
Conselhos Penitenciários objetivando instruí-los perante as Varas de Execução Criminal competentes; 
V - inspecionar periodicamente os estabelecimentos penais e produzir relatórios, submetendo-os ao 
Diretor-Geral; 
VI - aprovar projetos básicos e termos de referências elaborados pelas áreas subordinadas; e 
VII - emitir parecer, nota técnica e informação sobre os assuntos relacionados à sua área de atuação. 
Art. 54. Aos Diretores Executivo, de Políticas Penitenciárias e do Sistema Penitenciário Federal 
incumbe: 
I - assistir ao Diretor-Geral no gerenciamento, supervisão, coordenação e definição de diretrizes e de 
prioridades do Departamento; 
II – dirigir e decidir os assuntos de competência das respectivas unidades; 
III – promover a execução das atividades, ações e operações correlatas à área sob sua 
responsabilidade; 
 45 
IV – fornecer dados ao Diretor-Geral para que este preste as informações solicitadas pelo Poder 
Judiciário e órgãos de controle interno e externo; 
V – aprovar projetos básicos e termos de referência elaborados pelas áreas subordinadas; 
VI – submeter planos, programas e projetos específicos de sua área de competência à aprovação do 
Diretor-Geral; e 
VII – ordenar despesas. 
Art. 55. Aos Diretores de Presídio Federal incumbe: 
I – planejar, orientar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades técnicas e administrativas 
inerentes às competênciasde sua unidade; 
II – propor instauração de procedimentos administrativo-disciplinares no âmbito da penitenciária federal; 
IV - prestar informações sobres assuntos de sua competência ao Diretor do Sistema Penitenciário 
Federal; 
V – coordenar as relações da unidade que lhe for subordinada com as demais unidades que compõem o 
Sistema Penitenciário Federal; e 
VI – propor ao Diretor do Sistema Penitenciário Federal medidas que visem à otimização dos serviços e 
a redução de custos. 
Art. 56. Aos Coordenadores-Gerais e ao Corregedor-Geral incumbe: 
I – assistir aos respectivos Diretores nos assuntos de sua competência; 
II – supervisionar as atividades relacionadas às suas unidades; 
III – propor a expedição de portarias, ordens de serviço e manuais de procedimentos, bem como de 
planos, programas e projetos gerais e específicos nas matérias das áreas sob sua responsabilidade; 
IV – propor a realização de operações conjuntas com outras unidades do Departamento ou outros 
órgãos governamentais; e 
V - apresentar relatórios de avaliação e desempenho para subsidiar decisões das Diretorias. 
Art. 57. Aos Coordenadores incumbe: 
I – coordenar, orientar e avaliar o desenvolvimento das atividades sob sua responsabilidade; 
II – promover estudos e divulgar legislação e jurisprudência específicas de seu campo de atuação; 
III – propor a expedição de portarias e ordens de serviço, bem como elaborar manuais de 
procedimentos em matérias correlatas à área sob sua responsabilidade; 
IV – propor planos, programas e projetos gerais e específicos, de sua área de atuação; 
V – acompanhar o controle estatístico referente à eficiência e eficácia de suas ações; e 
VI – emitir parecer, nota técnica e informação sobre os assuntos relacionados a sua área de 
competência. 
Art. 58. Aos Chefes de Divisão e de Serviço incumbe: 
I – assistir aos respectivos Coordenadores-Gerais e Coordenadores no exercício de suas atribuições; 
II – propor e fiscalizar o cumprimento de normas e diretrizes específicas, orientadoras das ações 
administrativas, no âmbito das atribuições de suas unidades; 
III – implementar e acompanhar planos e projetos de trabalho específicos; 
IV – promover o controle estatístico referente à eficiência e eficácia de suas ações, bem como 
consolidar indicadores; e 
V – emitir parecer a respeito de assuntos pertinentes às respectivas unidades. 
CAPÍTULO V 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 59. Aos servidores com funções não especificadas neste Regimento caberá executar as atribuições 
que lhes forem cometidas por seus superiores imediatos. 
Art. 60. Além das competências e atribuições estabelecidas neste Regimento, outras poderão ser 
cometidas às unidades e servidores pela autoridade competente, com o propósito de cumprir os 
objetivos e finalidades do Departamento. 
Art. 61. Os casos omissos e as dúvidas surgidas na aplicação deste Regimento Interno serão 
solucionados pelo Diretor-Geral do Departamento. 
(*) Republicada por ter saído, no DOU no- 56, de 24/3/2008, Seção 1, pág. 52, com incorreção no 
original 
 
ANEXO II – RESOLUÇÃO Nº 9, DE 18 DE NOVEMBRO DE 201 1 – DIRETRIZES 
PARA A ARQUITETURA PENAL 
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA - CNPCP, 
no uso de suas atribuições legais e regimentais, tendo em vista os estudos realizados pela Comissão 
Interinstitucional nomeada para revisão da Resolução. Nº 03/2005, composta por membros deste 
Conselho, do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) e do Conselho Nacional de Secretários de 
Estado de Justiça, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (CONSEJ); considerando as 
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manifestações advindas da consulta pública e de outros órgãos públicos referente às políticas de saúde 
e educação; considerando a manifestação dos Conselheiros nas reuniões ordinárias de agosto e 
outubro de 2011 e nas reuniões extraordinárias de sete e onze de novembro de 2011, na cidade de 
Brasília; e considerando, finalmente, a necessidade de aperfeiçoamento das Diretrizes para elaboração 
de projetos, construção, reforma e ampliação de unidades penais no Brasil, resolve: 
Art. 1º Editar as Diretrizes Básicas para Arquitetura Penal, conforme constam dos Anexos 
de I a IX* desta Resolução, revogado o disposto na Resolução CNPCP Nº 3, de 23 de setembro de 
2005. 
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
GEDER LUIZ ROCHA GOMES 
 
ANEXO III – RESOLUÇÃO CNPCP Nº 1, DE 28 DE ABRIL DE 2008 – OBJETIVOS A 
SEREM ALCANÇADOS PARA LIBERAÇÃO DOS RECURSOS DO FUN PEN 
CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA 
RESOLUÇÃO Nº- 1, DE 29 DE ABRIL DE 2008 
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA - CNPCP, 
no uso de suas atribuições legais e, CONSIDERANDO a pertinência de que o colegiado contribua na 
elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo as metas e prioridades da política 
criminal e penitenciária; CONSIDERANDO a necessidade de zelar pela fiel aplicação da Lei de 
Execução Penal; e CONSIDERANDO o que estabelece o art. 2º, parágrafo único, do Decreto n.º 1.093, 
de 03/03/94; resolve: 
Art. 1.º A liberação dos recursos financeiros geridos pelo Departamento Penitenciário Nacional estará 
condicionada à elaboração do Plano Diretor do Sistema Penitenciário pelas Unidades Federativas, a sua 
aprovação pelo Órgão e ao conseqüente cumprimento do cronograma de ações estabelecido. 
Art. 2.º O cronograma das ações definidas pelo Plano Diretor do Sistema Penitenciário será objeto de 
monitoramento e avaliação, por parte de comissão a ser criada pelo Departamento Penitenciário 
Nacional por meio de portaria. 
Art. 3.º O Plano Diretor do Sistema Penitenciário conterá o conjunto de ações a ser implementado pelas 
Unidades Federativas, por um determinado período, visando o cumprimento dos dispositivos contidos 
na Lei nº 7.210/84 - Lei de Execução Penal, bem como o fortalecimento institucional e administrativo dos 
órgãos de execução penal locais. 
Art. 4.º O Plano Diretor, instrumento de compromisso da Unidade da Federação, será composto por 23 
metas a serem descritas a seguir: 
I - Criação de Patronatos ou órgãos equivalentes em quantidade e disposição geográfica suficiente ao 
atendimento de toda a população egressa do sistema penitenciário estadual; 
II - Fomento à criação e implantação de Conselhos de Comunidade em todas as comarcas dos estados 
e circunscrições judiciárias do distrito federal que tenham sob jurisdição estabelecimento penal, 
atendendo assim suas funções educativa, assistencial e integrativa; 
III - Criação de Ouvidoria, com independência e mandato próprio, estabelecendo um canal de 
comunicação entre a sociedade e os órgãos responsáveis pela administração do sistema prisional; 
IV - Criação de Corregedoria ligada ao órgão responsável pela administração penitenciária na Unidade 
Federativa; 
V - Implantação de Conselhos Disciplinares nos estabelecimentos penais, garantindo-se a observância 
da legalidade na apuração de faltas e na correta aplicação das sanções aos internos; 
VI - Criação de comissões técnicas de classificação, em cada estabelecimento penal, visando à 
individualização da execução da pena; 
VII - Elaboração de estatuto e regimento, com as normas locais aplicáveis à custódia e ao tratamento 
penitenciário; 
VIII - Criação ou ampliação, em cada estabelecimento penal, de setores responsáveis pela prestação de 
assistência jurídica aos encarcerados; 
IX - Fomento à ampliação das Defensorias Públicas visando propiciar o pleno atendimento jurídico na 
área de execução penal aos presos; 
X - Fomento à aplicação de penas e medidas alternativas à prisão, colaborando para a diminuição da 
superlotação dos presídios, amenizando a reincidência criminal, bem como impedindo a entrada de 
cidadãos que cometeram crimes leves no cárcere; 
XI - Criação e instituição de carreiras próprias de agentes penitenciários, técnicos e pessoal 
administrativo, bem como a elaboração e implantação de um plano de carreira para os servidorespenitenciários; 
XII - Ampliação do quadro funcional, através de concursos públicos e contratações, em quantitativo 
adequado ao bom funcionamento dos estabelecimentos prisionais; 
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XIII - Criação de escola de administração penitenciária para a formação dos operadores da execução 
penal; 
XIV - Adesão a projetos ou convênios visando a plena assistência à saúde dos encarcerados; 
XV - Adesão a projetos de instrução escolar, alfabetização e formação profissional; 
XVI - Criação de espaços literários e formação de acervo para disponibilização aos encarcerados em 
todos os estabelecimentos penais; 
XVII - Implantação de estruturas laborais nos estabelecimentos penais de caráter educativo e produtivo, 
bem como a adesão a projetos visando sua qualificação e inserção no mundo do trabalho; 
XVIII - Adesão ou desenvolvimento de projetos focados na orientação, amparo e assistência às famílias 
dos presos, colaborando para a compreensão da importância do papel familiar no processo de 
reinserção social; 
XIX - Implantação de terminais de computador em todos os estabelecimentos penais, vinculados à 
atualização constante dos dados do Sistema de Informações Penitenciárias - InfoPen; 
XX - Adoção de medidas visando à construção, ampliação ou reforma de estabelecimentos penais, 
exclusivamente femininos; 
XXI - Adoção de medidas visando à construção, ampliação ou reforma de estabelecimentos penais, 
ocasionando por conseqüência a elevação do número de vagas disponíveis aos encarcerados; 
XXII - Adoção de medidas no sentido de modernizar, através do aparelhamento e reaparelhamento, as 
estruturas de serviços essenciais dos estabelecimentos penais; 
XIII - Elaboração e adesão a projetos direcionados à ge ração de oportunidades, para mulheres 
encarceradas e egressas, de reintegração à sociedade, ao mercado de trabalho e ao convívio familiar. 
Art. 5.º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando a Resolução Nº 04, de 09 
de maio de 2006, e demais disposições em contrário. 
SÉRGIO SALOMÃO SHECAIRA 
Publicado no DOU Nº 89, segunda-feira, 12 de maio de 2008, seção 1, Página 27

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