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2 REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Presidente da República DILMA ROUSSEFF MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Ministro de Estado da Justiça JOSÉ EDUARDO CARDOZO Secretária-Executiva MÁRCIA PELEGRINI DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL Diretor-Geral AUGUSTO EDUARDO DE SOUZA ROSSINI Diretor de Políticas Penitenciárias LUIZ FABRÍCIO VIEIRA NETO Coordenação do Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional GISELE PEREIRA PERES Membros da Comissão do Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional Alternativas Penais Vivian Mubach Coutinho Aparelhamento Leonardo Bernardes Guercio Gouveia Assistência Educacional Débora Renata de Paiva Guimarães Assistência Laboral Leônidas de Azevedo Souza Assistência à Saúde/Assistência Jurídica/Assistênci a Social Ana Maria Braga de Lima Engenharia Fátima Mayumi Kowata Escola Penitenciária João Teobaldo Azevedo Neto Infopen Juliano Cortez Toledo Penteado Mulheres Presas e Egressas Rosangela Peixoto Santa Rita Ouvidoria Paula Cristina da Silva Godoy DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL Esplanada dos Ministérios, Bloco T, Anexo II, 6º andar CEP: 70.064-900 Brasília-DF Fone: 61 – 20253187 e-mail: depen@mj.gov.br site: www.mj.gov.br/depen 3 LISTA DE ABREVIATURAS CGFPN – Coordenação-Geral do Fundo Penitenciário Nacional CGPAI – Coordenação-Geral de Políticas, Pesquisa e Análise da Informação CGPMA – Coordenação-Geral do programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas CGRSE – Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino CNPCP – Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária CNJ – Conselho Nacional de Justiça CNMP – Conselho Nacional do Ministério Público Coaep - Coordenação de Apoio às Escolas Penitenciárias Coape –Coordenação de Apoio ao Ensino Coars – Coordenação de Apoio à Assistência Jurídica, Social e à Saúde COATR – Coordenação de Apoio ao Trabalho e Renda Cobac - Coordenação de Benefícios e Apoio aos Conselhos Coena - Coordenação de Engenharia e Arquitetura Coesa – Coordenação de Estatística e Análise da Informação Coinf - Coordenação do Sistema Nacional de Informação Penitenciária Condege – Conselho Nacional dos Defensores Públicos Gerais Consej – Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária Depen – Departamento Penitenciário Nacional DIRPP – Diretoria de Políticas Penitenciárias Espen - Escola Nacional de Serviços Penais Infopen – Sistema Nacional de Informações Penitenciárias LEP – Lei de Execução Penal ONU – Organização das Nações Unidas PMA – Penas e Medidas Alternativas 4 SUMÁRIO 1. Apresentação ........................................................................................................ 05 2. Introdução ............................................................................................................. 06 3. Eixos ..................................................................................................................... 07 4. Objetivos ............................................................................................................... 08 4.1 Objetivo geral ................................................................................................ 08 4.2 Objetivos específicos .................................................................................... 08 4.2.1. Assistência jurídica ............................................................................ 08 4.2.2. Alternativas penais ............................................................................. 08 4.2.3. Comissão técnica de classificação .................................................... 09 4.2.4. Conselhos da comunidade ................................................................. 09 4.2.5. Diminuição do déficit carcerário ......................................................... 10 4.2.6. Aparelhamento e reaparelhamento ................................................... 10 4.2.7. Ouvidoria ............................................................................................ 11 4.2.8. Escola de administração prisional ...................................................... 11 4.2.9. Infopen ............................................................................................... 11 4.2.10. Profissionais do sistema prisional .................................................... 11 4.2.11. Patronatos ........................................................................................ 12 4.2.12. Saúde no sistema prisional ............................................................. 12 4.2.13. Educação no sistema prisional ....................................................... 13 4.2.14. Assistência laboral e profissionalização ........................................... 13 4.2.15. Assistência à família do preso ......................................................... 14 4.2.16. Mulher presa e egressa ................................................................... 14 5. Breve diagnóstico do sistema prisional do Brasil ................................................. 15 6. Departamento Penitenciário Nacional – Depen .................................................... 23 6.1. Ouvidoria ............................................................................................... 23 6.2. Diretoria de Políticas Penitenciárias ..................................................... 25 6.2.1. Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino ............... 25 6.2.2. Coordenação-Geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas ........................................................................... 30 6.2.3. Coordenação-Geral do Fundo Penitenciário Nacional .............. 30 6.2.4. Coordenação-Geral de Políticas, Pesquisa e Análise da Informação .......................................................................................... 31 7. Monitoramento e avaliação .................................................................................. 34 8. Anexos .................................................................................................................. 35 5 1. Apresentação O Departamento Penitenciário Nacional - Depen, ciente da situação do sistema prisional brasileiro e com o intuito de instigar as unidades da federação na elaboração de planejamentos estratégicos, criou e aprimorou o Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional , ferramenta que objetiva a integração das esferas estadual e federal, fortalecimento institucional e administrativo dos órgãos de execução penal, visando a uniformização e o melhoramento do atual modelo prisional, através do planejamento de ações, pelos vários setores finalísticos dos órgãos estaduais de administração prisional. O Plano possui 16 objetivos estratégicos, pré-definidos pela União, nos quais cada unidade federativa traçará seu plano de ação, com a intenção de adequar a realidade de cada estado e DF às bases legais constantes na Constituição Federal, Lei de Execução Penal, Resoluções do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e outros dispositivos legais. A partir do Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional , o Departamento Penitenciário Nacional se propõe a contribuir para a efetivação dos direitos das pessoas privadas de liberdade, bem como para a modernização qualitativa da gestão prisional no país. Diretoria de Políticas Penitenciárias Departamento Penitenciário Nacional 6 2. Introdução O Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional , ferramenta que objetiva orientar as atuações das unidades da federação no que concerne ao sistema prisional é um instrumento de planejamento, de responsabilidade da Diretoria de Políticas Penitenciárias , do Departamento Penitenciário Nacional – Depen. O Plano se encontra subdivido em temas estratégicos, a saber: - Sistema deJustiça; - Modernização da Gestão; - Reintegração Social. A Diretoria de Políticas Penitenciárias instituiu Comissão do Plano Diretor, composta por integrantes das seguintes áreas finalísticas do Depen: ouvidoria, assistência à saúde, assistência educacional, engenharia, assistência jurídica, patronato, alternativas penais, escola de administração prisional, Infopen, aparelhamento e reaparelhamento, mulheres presas e egressas. Dentre as atribuições da equipe técnica do Depen/MJ está o incentivo, o monitoramento, o acompanhamento e a avaliação de ações no sistema prisional brasileiro, a serem desenvolvidas/ planejadas pelos órgãos estaduais de administração prisional. Tendo como um de seus objetivos primordiais a reestruturação do atual modelo prisional brasileiro, resultando em um sistema mais humano, seguro e que atenda tanto à legalidade quanto ao tratamento básico ao preso, o Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional permite a realização de um levantamento quantitativo e qualitativo, identificando as principais necessidades de cada região do Brasil. A partir deste levantamento serão definidas ações, pelo Depen/MJ, visando solucionar/ minimizar as dificuldades encontradas pelas unidades da federação, bem como otimizar a utilização e repasse de recursos federais. O presente documento visa apresentar o Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional, com um panorama geral sobre a situação carcerária no país. Comissão do Plano Diretor de Melhorias para o Siste ma Prisional Diretoria de Políticas Penitenciárias Departamento Penitenciário Nacional 7 3. Eixos O Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional, a partir de sua reorganização estrutural, que ocorreu durante o ano de 2012, foi dividido nos seguintes eixos estratégicos: - Sistema de Justiça - visa ampliar e efetivar o acesso à justiça às pessoas sob custódia do sistema prisional; fomentar a criação e implantação de comissões técnicas de classificação, de conselhos da comunidade e de centrais e núcleos de alternativas penais, bem como incentivar a adoção de alternativas penais aos que cometerem crime de menor potencial ofensivo, diminuindo a superlotação dos estabelecimentos prisionais, evitando a reincidência e assegurando condições dignas para o cumprimento das penas e medidas cautelares; - Modernização da Gestão – visa integrar os bancos de dados sobre o sistema prisional para fornecer subsídios informacionais aos órgãos responsáveis pela proposição de políticas públicas voltadas ao sistema; visa a criação de ouvidoria própria do sistema prisional, que estabeleça um canal de comunicação entre a sociedade e a administração do sistema; visa a redução do déficit carcerário através da ampliação do quantitativo de vagas; visa o aparelhamento e reaparelhamento de unidades prisionais com equipamentos e veículos; e visa atender aos profissionais prisionais no que diz respeito às ações da escola de administração prisional, fomentando a criação de carreiras próprias e a realização de concursos públicos; - Reintegração Social - visa a criação, a implantação e o acompanhamento das ações dos patronatos ou órgãos equivalentes que apóiam o egresso do sistema prisional; visa a expansão e aperfeiçoamento dos programas e projetos de assistência à saúde, à educação, à capacitação profissional intra e extramuros como forma de reintegração social dos presos e egressos do sistema prisional e a prestação de assistência social às suas famílias, bem como a elaboração e execução do plano estadual de garantia dos direitos das mulheres presas e egressas. 8 4. Objetivos 4.1. Objetivo geral Promover a melhoria das condições do sistema prisional brasileiro, a partir do planejamento e execução de ações, pelas unidades da federação, voltadas aos campos do Sistema de Justiça, Modernização da Gestão e Reintegração Social do Preso, contribuindo, efetivamente, para a garantia dos direitos das pessoas privadas de liberdade e egressas do sistema prisional. 4.2. Objetivos estratégicos Com vistas à concretização de uma gestão pública eficiente e eficaz, com a garantia dos direitos das pessoas privadas de liberdade e egressas do sistema prisional, bem como o melhoramento do panorama geral do sistema, o Plano Diretor possui como um de seus propósitos fomentar a implantação de planejamentos intersetoriais e intersecretariais, de acordo com alguns temas específicos, pré- estabelecidos pela União. O Governo Federal elegeu 16 assuntos estratégicos como objetivos primordiais na busca pelo aprimoramento do sistema prisional do Brasil, a serem monitorados e avaliados pelo Departamento Penitenciário Nacional. São eles: 4.2.1. Assistência jurídica Os presos provisórios, condenados e internados que comprovem a insuficiência de recursos para constituir advogado têm direito à assistência jurídica, que deve ser ampliada e efetivada para atender à Constituição Federal e a Lei de Execução Penal. A Resolução nº 14/1994 – CNPCP dispõe que a assistência jurídica deve ser oferecida de forma gratuita e permanente ao preso pobre, e que este atendimento será em local reservado, atendendo ao direito de privacidade do preso. A assistência prestada aos presos tem como uma de suas finalidades o desencarceramento daqueles que estão com excesso de execução e a promoção da celeridade nos processos para a concessão de benefícios. O objetivo estratégico do Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional que trata sobre a assistência jurídica, visa a ampliação da oferta dessa assistência aos presos do sistema prisional brasileiro. 4.2.2. Alternativas penais As penas restritivas de direitos são conhecidas como penas e medidas alternativas, cuja sanção penal é de curta duração (0 a 4 anos de condenação), para crimes praticados sem violência, nem grave ameaça. A aplicação das penas e medidas alternativas à prisão – PMA deve ser fomentada como forma de contribuir para a diminuição da superlotação dos 9 estabelecimentos penais, impedindo a entrada de pessoas que cometeram crimes de menor potencial ofensivo no cárcere, bem como diminuindo o percentual de reincidência criminal, conforme expressa o inciso X da Resolução nº 1/2008 – CNPCP. O objetivo estratégico do Plano Diretor que trata sobre alternativas penais, visa o fomento à aplicação de penas e medidas alternativas e o fomento à implantação de centrais e núcleos de PMA, para que as práticas de política de inclusão social e prevenção criminal sejam mais expressivas. 4.2.3. Comissão técnica de classificação As comissões técnicas de classificação deverão ser criadas em cada estabelecimento prisional, em atendimento ao inciso VI da Resolução nº 1/2008 – CNPCP e têm como função o atendimento ao princípio da individualização da pena, disposto no texto constitucional, em seu art. 5º, inciso XLVI. A classificação do preso condenado deverá ser realizada atendendo aos critérios de antecedência e personalidade, como forma de orientar a individualização da execução penal, conforme os arts. 5º e seguintes da LEP: (...) Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal. Art. 6o A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório. Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade. Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do serviço social. Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a examecriminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução. (...). 4.2.4. Conselhos da comunidade O Conselho da Comunidade é um dos órgãos da execução penal, previsto no artigo 61 da LEP, e representa a sociedade ao acompanhar o cumprimento da pena desde o ingresso do preso no estabelecimento prisional até o seu retorno ao convívio social. Nesse sentido, o Plano Diretor sugere o fomento à criação e implantação de conselhos da comunidade em todas as comarcas do estado e circunscrições judiciárias do Distrito Federal, que tenham sob jurisdição um estabelecimento prisional, conforme disposto nos artigos 80 e 81 da Lei 7210/84, in verbis: (...) Art. 80. Haverá, em cada comarca, um Conselho da Comunidade composto, no mínimo, por 1 (um) 10 representante de associação comercial ou industrial, 1 (um) advogado indicado pela Seção da Ordem dos Advogados do Brasil, 1 (um) Defensor Público indicado pelo Defensor Público Geral e 1 (um) assistente social escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes Sociais. Parágrafo único. Na falta da representação prevista neste artigo, ficará a critério do Juiz da execução a escolha dos integrantes do Conselho. Art. 81. Incumbe ao Conselho da Comunidade: I - visitar, pelo menos mensalmente, os estabelecimentos penais existentes na comarca; II - entrevistar presos; III - apresentar relatórios mensais ao Juiz da execução e ao Conselho Penitenciário; IV - diligenciar a obtenção de recursos materiais e humanos para melhor assistência ao preso ou internado, em harmonia com a direção do estabelecimento. (...). 4.2.5. Diminuição do déficit carcerário O crescimento da população carcerária brasileira e a falta de investimentos no setor prisional fazem com que o déficit carcerário aumente gradativamente. Visando a diminuição do déficit de vagas em unidades prisionais, os estados e Distrito Federal devem adotar práticas planejadas de construção e ampliação dos estabelecimentos. Diante da proposta de diminuição do déficit carcerário, a nível federal, o Ministério da Justiça, por meio do Departamento Penitenciário Nacional, lançou o Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional, por meio das Portarias Depen nº 522/2011 e 317/2012, o qual destina recursos às unidades federativas, com o objetivo de zerar o déficit carcerário feminino e aumentar o número de vagas em cadeias públicas para homens. O Programa, que apóia os sistemas prisionais estaduais1, criará 42 mil novas vagas até 2014, auxiliando na meta de diminuição do déficit de vagas do sistema prisional. Atrelado ao Programa Nacional, o CNPCP editou a Resolução nº 9/2011, que edita as Diretrizes Básicas para Arquitetura Penal. 4.2.6. Aparelhamento e Reaparelhamento A modernização dos estabelecimentos prisionais é efetivada, também, através do aparelhamento e do reaparelhamento, com a aquisição de equipamentos, veículos e outros. A nível estadual, as unidades da federação devem planejar a aquisição periódica de itens essenciais ao desenvolvimento das atividades rotineiras nos estabelecimentos prisionais. A nível federal, o Fundo Penitenciário Nacional – Funpen dispõe de recursos a serem aplicados na aquisição de material permanente, equipamentos e veículos especializados, como forma de apoio às unidades da federação. 1 O Programa não deve ser utilizado como única forma de diminuição do déficit carcerário, cabendo às unidades federativas o planejamento para a construção e ampliação de unidades prisionais a partir de recursos estaduais. 11 4.2.7. Ouvidoria A ouvidoria do sistema prisional atua direta e indiretamente nos estabelecimentos penais, e representa o canal de comunicação entre a sociedade e os órgãos estaduais responsáveis pela administração do sistema. Como objetivo estratégico do Plano Diretor, a ouvidoria deve ser criada com independência e autonomia, sem interferência político-partidária, dentro da estrutura do órgão estadual de administração prisional. A ouvidoria deve permitir ao preso, diretamente ou por seus familiares, registrar sugestões, denúncias ou reclamações, bem como receber informações sobre ações da administração que lhes dizem respeito. Entre outras atribuições, a ouvidoria do sistema prisional deve assegurar os direitos às pessoas presas, por meio da identificação de problemas e pronto atendimento; encaminhamento dos casos às autoridades competentes, para manifestação e a defesa da fiel aplicação das normas de execução penal e fornecimento de respostas aos presos e seus familiares. 4.2.8. Escola de administração prisional As escolas de administração prisional devem ter como objetivo geral fornecer elementos teóricos e práticos que permitam a formação integral, a capacitação profissional e a construção de uma identidade específica do profissional do sistema prisional, possibilitando a valorização e o pleno desenvolvimento da sua função social e institucional e contribuam para a segurança e reinserção social das pessoas presas, de acordo com o disposto na Lei de Execução Penal e com pleno respeito aos direitos humanos. As escolas de administração prisional devem possuir um planejamento estratégico capaz de possibilitar a formação e aperfeiçoamento dos operadores do sistema prisional. 4.2.9. Infopen Os órgãos estaduais de administração prisional devem efetivar a integração do sistema de gestão prisional local com a base nacional e fornecer dados estatísticos ao Departamento Penitenciário Nacional, com o objetivo de interligar todos os estabelecimentos prisionais (estaduais e federais) ao Depen e obter um panorama atualizado sobre a situação prisional e processual dos presos e internados no território brasileiro. No momento da prisão, a pessoa presa deve ser registrada em um sistema de banco de dados que permita o levantamento de dados como: identificação pessoal, informações gerais sobre a prisão, perfil e outros. Tal registro deve ser comunicado imediatamente ao Sistema Nacional de Informação Penitenciária – Infopen. A partir da integração de dados haverá maior eficiência e visibilidade no acompanhamento das penas e da realidade de cada estabelecimento prisional. 4.2.10. Profissionais do sistema prisional Os órgãos estaduais de administração prisional devem criar e instituir carreiras próprias para os profissionais que atuam no sistema, bem como fomentar a realização 12 de concursos públicos, visando ampliar o quantitativo de recursos humanos a serviço do sistema prisional e evitar ou minimizar a atuação de funcionários sem vínculo com o governo. A carreira própria dos profissionais do sistema prisional é importante para que sejam estabelecidas normas e direitos específicos, como forma de valorização do trabalho desenvolvido. A realização de concursos públicos atende à necessidade de um maior número de agentes prisionais e demais profissionais da equipe técnica em prol do sistema prisional estadual, proporcionalmente ao quantitativo de pessoas presas, conforme estabelece a Resolução nº 9/2009 - CNPCP. 4.2.11. Patronatos As unidades da federação devem criar, implantar e acompanhar as ações e atividades desenvolvidas pelos patronatos ou órgãos equivalentes, com vistas ao apoio ao egresso do sistema penal. O Patronato é definido como órgão da execução penal, conforme art. 61 da Lei nº 7.210/84. Os arts. 78 e 79 da LEP especificam as ações de patronato: (...) Art. 78. O Patronato público ou particular destina-se a prestar assistência aos albergados e aos egressos. Art. 79. Incumbe também ao Patronato: I - orientar os condenados à pena restritiva de direitos; II - fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de serviço à comunidade e de limitação de fim de semana; III - colaborar na fiscalização do cumprimento das condições da suspensão e do livramento condicional.(...).4.2.12. Saúde no sistema prisional É responsabilidade dos órgãos estaduais de administração prisional, em parceria com secretaria estadual, o oferecimento de assistência à saúde do preso e do internado, em conformidade com a Política Nacional de Saúde no Sistema Prisional. A assistência à saúde do preso e do internado deverá ser oferecida de forma a prevenir e curar doenças, conforme estabelece o art. 14 da Lei de Execução Penal: (...) Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico. § 1º (Vetado). § 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento. § 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao recém-nascido (...). 13 4.2.13. Educação no sistema prisional O oferecimento da educação nos estabelecimentos prisionais é dever do Estado, com vistas à prevenção do crime e orientação do preso ao retorno à convivência em sociedade. A educação nas prisões tem como objetivo aumentar o índice de alfabetização e ampliar a escolarização dos presos. De acordo com este objetivo estratégico, há a previsão de criação de espaços literários e aquisição de acervo bibliográfico para as unidades prisionais. Esses locais disponibilizarão aos presos livros instrutivos, recreativos e didáticos. Em relação à educação, os artigos 17 a 21 da LEP estabelecem: (...) Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação profissional do preso e do internado. Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade Federativa. Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico. Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino profissional adequado à sua condição. Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades públicas ou particulares, que instalem escolas ou ofereçam cursos especializados. Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos.(...). 4.2.14. Assistência laboral e profissionalização Os direitos sociais, de acordo com o art. 6º da Constituição Federal são: a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados. Conforme o presente objetivo estratégico do Plano Diretor, deve-se ampliar a oferta de mão de obra intra e extramuros e oferecer cursos de capacitação profissional para os presos, conforme versa o art. 28 e seguintes da Lei de Execução Penal: (...) Art. 28. O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva. (...) Art. 29. O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário mínimo. (...). Para essa ampliação da oferta de mão de obra, é importante a implantação de estruturas laborais nos estabelecimentos prisionais, bem como a adesão a projetos visando sua qualificação e inserção do preso e internado no mundo do trabalho. 14 4.2.15. Assistência à família do preso Os órgãos estaduais de administração prisional devem ofertar assistência social às famílias dos presos, com vistas à orientação e amparo, quando necessário, conforme art. 23, VII da Lei de Execução Penal: (...) Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno à liberdade. (...) VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima.(...) A unidade federativa poderá desenvolver projetos e atividades que visem a oferta de assistência social à família do preso e internado, como forma de orientá-la e ampará-la, assim como prepará-la para o retorno do ente preso ao meio familiar e à sociedade em geral. 4.2.16. Mulher presa e egressa Todas as unidades da federação, por meio do órgão estadual responsável pela administração prisional, devem elaborar e efetivar a execução de uma política estadual de garantia dos direitos das mulheres presas e egressas do sistema prisional, no que tange à melhoria da situação do sistema criminal e penitenciário feminino nas áreas da saúde, educação, profissionalização, atendimento diferenciado à gestante, à parturiente, à criança e outros. Citada política estadual deve ser baseada na Política Nacional de Atenção Integral às Mulheres em Situação de Privação de Liberdade e Egressas do Sistema Penal, elaborada pelo Depen/MJ, com apoio dos órgãos integrantes do Grupo de Trabalho Interministerial e representantes dos órgãos estaduais de administração prisional. 15 5. Breve diagnóstico do sistema prisional no Brasil O sistema prisional no Brasil é o quarto do mundo em número de pessoas presas2, ficando em primeiros lugares apenas os Estados Unidos, China e a Rússia (Brasil com 549.5773 presos nas carceragens das polícias e sistema penitenciário). O encarceramento no país vem crescendo de forma considerável nos últimos anos, o que faz com que os órgãos envolvidos com a execução penal se preocupem diuturnamente com a necessidade de adoção de estratégias para o aprimoramento do sistema prisional. Conforme censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE4 e considerando informações do Sistema Nacional de Informações Penitenciárias – Infopen, cerca de 0,3% dos habitantes nacionais se encontram em privação de liberdade, ou seja, dentre 194 milhões de habitantes existentes no Brasil, cerca de 549 mil estão presos. Analisando os dados do Infopen, observa-se que no período de 2000 a 20125, o número total de pessoas presas no Brasil cresceu em torno de 136%, visto que em 2000 a população penitenciária era de 232.755 presos e em junho de 2012 passou para 549.577, conforme ilustram os gráficos a seguir. 2 De acordo com o Centro Internacional para Estudos Prisionais - ICPS 3 Dados referentes ao mês de junho de 2012 - Infopen 4 Estimativa populacional do IBGE para o ano de 2012. http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2204&id_pagina=1 5 Em 2012 o dado utilizado foi referente ao mês de junho. 16 Gráfico 01 – Quantidade de presos x quantidade de vagas Gráfico 02 – Crescimento carcerário masculino Crescimento carcerário masculino 513538 480524 461444 442225 422775396543 378171340138 317568 296441 229060 223986 222643 200000 250000 300000 350000 400000 450000 500000 550000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Homens Presos x Vagas 239345 514582 549577 299073 496251 473626 451429 422590 401236361402 336358308304 233859 232755 295413 281520 278726 266746 250446 236128 206559 200417 179489156297 141297 135710 100000 150000 200000 250000 300000 350000 400000 450000 500000 550000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Quantidade de presos Quantidade de vagas 17 Gráfico 03 – Crescimento carcerário feminino Atualmente existem 1.420 estabelecimentos prisionais no Brasil, sendo 1.340 masculinos e 80 femininos, divididos da seguinte forma: Figura 01 – Estabelecimentos Prisionais Crescimento carcerário feminino 10285 11863 20264 23065 25830 28654 31401 34807 34058 36039 18790 9873101129000 14000 19000 24000 29000 34000 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Mulheres Estabelecimentos Prisionais 458 71 65 780 14 32 Penitenciárias Colônias agrícolas/industriais Casas de albergado Cadeias públicas Hospitais de custódia Patronatos 18 Não existem informações, no Infopen, sobre a quantidade de estabelecimentos mistos, onde homens e mulheres dividem o mesmo prédio, em alas/ setores diferenciados. Há cerca de 71.700 agentes atuando no sistema prisional, porém, conforme estabelece a Resolução CNPCP nº 9, de 13 de novembro de 2009, que fixa a proporção de 1 agente para cada grupo de 5 presos, o sistema prisional deveria possuir, no mínimo, 109.916 agentes. A partir de dados coletados pelo Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional, há 3866 salas de aula em estabelecimentos prisionais no país e 50.2067 presos envolvidos em atividade educacional formal, ou seja, 9,13% da totalidade dos presos, de acordo com o gráfico a seguir: Figura 02 – Número de presos envolvidos em atividades educacionais 1.516 presos se encontram matriculados em cursos técnicos e/ou profissionalizantes. O número de professores atuantes no sistema prisional é de 1.795. Existem 112.038 presos em atividade laboral, sendo 20.279 envolvidos com trabalho externo e 91.759 envolvidos com trabalho interno, o que equivale a 20,38% dos presos do país. 6 Dados referentes ao ano de 2010. 7 Dados do Infopen: jun/12 Número de presos envolvidos em atividade educaciona l 9482 32588 8053 83 Alfabetização Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior 19 Figura 03 – Percentual de presos envolvidos em atividade laboral Há 5.560 profissionais ligados à área da saúde, sendo: 718 enfermeiros, 2.381 auxiliares de enfermagem, 1.266 psicólogos, 482 dentistas, 349 clínicos gerais, 18 ginecologistas, 274 psiquiatras e 72 terapeutas. Figura 04 – Profissionais ligados à área de saúde Percentual de presos envolvidos em atividade labora l 4% 17% 79% Atividade externa Atividade interna Sem atividade laboral Profissionais ligados à área da saúde 13% 43%23% 9% 1%5%0% 6% Enfermeiros Auxiliares de enfermagem Psicólogos Dentistas Clínicos Gerais Ginecologistas Psiquiatras Terapeutas 20 De acordo com a Resolução CNPCP nº 9, de 13 de novembro de 2009, o quantitativo ideal de profissionais de saúde, proporcionalmente ao número atual de presos, seria: Profissional Quantidade atual Quantidade ideal Enfermeiro 718 1.100 Auxiliar de enfermagem 2.381 1.100 Psicólogo 1.266 1.100 Dentista 482 1.100 Clínico Geral 349 1.100 Ginecologista 18 Sem previsão Psiquiatra 274 1.100 Terapeuta 72 Sem previsão Auxiliar de consultório dentário Sem indicador no Infopen 1.100 Estagiário de psicologia Sem indicador no Infopen 6.595 Nutricionista Sem indicador no Infopen 1.100 Em relação ao perfil das pessoas presas no Brasil, observa-se serem elas jovens adultas (idade entre 18 e 29 anos), terem baixa escolaridade, serem provenientes de classes desfavoráveis economicamente e serem de cor parda ou negra8. A maioria das pessoas foi presa por envolvimento com o tráfico de entorpecentes. Outras informações: • quase a metade das pessoas presas possuem entre 18 e 29 anos de idade – fase altamente produtiva e reprodutiva do ser humano; • o percentual de presos idosos aumenta significativamente ao longo dos anos, representando, atualmente, 4.814 pessoas; • cerca de 35% dos presos ainda são provisórios; • cerca de 60% dos presos possuem apenas o fundamental completo ou incompleto. 8 Mencionada classificação é realizada por autodeclaração. De acordo com a Secretaria de Políticas de Promoção à Igualdade Racial, da Presidência da República, a junção das cores pretosas e pardas formam a categoria negra. Dessa maneira, constata-se que mais de 50% da população carcerária no Brasil é negra. 21 Figura 05 – Grau de instrução - homem • a mulher presa possui grau de instrução mais elevado do que o homem preso; Figura 06 – Grau de instrução - mulher • existem 3.392 estrangeiros no sistema prisional brasileiro, o que equivale a 0,6% da população carcerária total; • dentre os estrangeiros, atenta-se para a grande proporção de mulheres estrangeiras no sistema prisional, o que equivale a cerca de 2,3% do total de Grau de instrução - homem 6% 13% 58% 18% 4% 0%1% Analfabeto Alfabetizado Ensino fundamental Ensino médio Ensino superior Ensino acima do superior Não informado Grau de instrução - mulher 5% 8% 57% 24% 3% 0%3% Analfabeta Alfabetizada Ensino fundamental Ensino médio Ensino superior Ensino acima do superior Não informado 22 mulheres presas no país9, enquanto os homens presos estrangeiros são cerca de 0,5% do total de homens presos10; • 5,8% dos presos cumprem medida de segurança; • enquanto o tráfico de entorpecentes é responsável por 23% das prisões de homens, para as mulheres esse percentual chega próximo de 80%11; • os tipos penais de maior incidência entre as pessoas presas são: tráfico de entorpecentes; roubo qualificado; roubo simples; furto qualificado; furto simples; homicídio qualificado. Figura 07 – Tipo criminal 9 Total de mulheres presas em jun/12: 36.039 10 Total de homens presos em jun/12: 513.538 11 Conforme pesquisa institucional, realizada a partir de levantamento de dados com todas as unidades da federação. De acordo com o Infopen, o percentual de mulheres presas por tráfico nacional e internacional de entorpecentes é cerca de 50%. Tipo criminal 24% 17% 9%7% 7% 6% 30% Tráfico de entorpecentes Roubo qualificado Roubo simples Furto qualificado Furto simples Homicídio qualificado Outros 23 6. Departamento Penitenciário Nacional - Depen O Depen é órgão executivo da Política Penitenciária Nacional e de apoio administrativo e financeiro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, subordinado ao Ministério da Justiça, tendo por finalidade exercer as competências previstas nos artigos 71 e 72 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 198412. Diante de sua atual estrutura, relativamente aos objetivos estratégicos constantes no Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional, os setores atuantes na orientação às unidades federativas e acompanhamento direto do referido Plano são: 6.1. Ouvidoria A criação da Ouvidoria do Sistema Penitenciário Nacional aconteceu a partir da reestruturação do Depen, dada pelo Decreto n.º 4.991, de 18 de fevereiro de 2004, para acolher a insatisfação da população carcerária de todo o país, buscando o melhor encaminhamento para cada caso apresentado. O papel da Ouvidoria Nacional do Sistema Prisional é provocar as autoridades para se manifestarem sobre matéria legitimamente atribuída a cada uma delas, atuando de forma direta e indireta no âmbito dos estabelecimentos penais em defesa da fiel aplicação das normas de execução penal. Cabe, também, à Ouvidoria do Depen, instruir os processos administrativos de Graça (Indulto Individual), oferecendo a devida informação ao solicitante e encaminhar os pedidos alheios às suas atribuições aos órgãos competentes. De acordo o Regimento Interno do Departamento Penitenciário Nacional13, cabe ao Ouvidor: (...)art. 53. I - protocolar as denúncias, reclamações e representações formuladas pelo preso ou por pessoa física ou jurídica interessada, prestando-lhes as informações necessárias; II - apoiar e incentivar a implantação e o funcionamento de ouvidorias do sistema penitenciário nas unidades da federação; 12 Art. 71. O DepartamentoPenitenciário Nacional, subordinado ao Ministério da Justiça, é órgão executivo da Política Penitenciária Nacional e de apoio administrativo e financeiro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Art. 72. São atribuições do Departamento Penitenciário Nacional: I - acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em todo o Território Nacional; II - inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais; III - assistir tecnicamente as Unidades Federativas na implementação dos princípios e regras estabelecidos nesta Lei; IV - colaborar com as Unidades Federativas mediante convênios, na implantação de estabelecimentos e serviços penais; V - colaborar com as Unidades Federativas para a realização de cursos de formação de pessoal penitenciário e de ensino profissionalizante do condenado e do internado. VI – estabelecer, mediante convênios com as unidades federativas, o cadastro nacional das vagas existentes em estabelecimentos locais destinadas ao cumprimento de penas privativas de liberdade aplicadas pela justiça de outra unidade federativa, em especial para presos sujeitos a regime disciplinar. Parágrafo único. Incumbem também ao Departamento a coordenação e supervisão dos estabelecimentos penais e de internamento federais. 13 Regimento Interno do Depen, de acordo com a Portaria nº 674, de 20 de março de 2008 em anexo I. 24 III - informar ao Diretor-Geral das reclamações acerca das deficiências ou irregularidades no âmbito dos sistemas penitenciários, sugerindo soluções; IV – dar o devido tratamento aos pedidos de indulto individual e coletivo, encaminhando este último aos Conselhos Penitenciários objetivando instruí-los perante as Varas de Execução Criminal competentes; V - inspecionar periodicamente os estabelecimentos penais e produzir relatórios, submetendo-os ao Diretor-Geral; VI - aprovar projetos básicos e termos de referências elaborados pelas áreas subordinadas; e VII - emitir parecer, nota técnica e informação sobre os assuntos relacionados à sua área de atuação. (...) Importa salientar que a participação da sociedade no cumprimento da pena é fundamental na mudança no atual quadro do sistema prisional brasileiro, contribuindo para que a pena de prisão seja cumprida com o mínimo de danos possível. Nesse sentido, a Lei de Execução Penal previu, nos artigos 80 e 81, que em cada comarca onde houver pessoas em situação de aprisionamento deve existir um órgão que represente a comunidade nesse processo que vai desde o início do cumprimento da pena até o reingresso ao convívio social – o Conselho da Comunidade. As ações relativas aos conselhos da comunidade, em âmbito nacional são coordenadas pela Ouvidoria do Departamento Penitenciário Nacional, a partir da aproximação da comunidade com a prisão e da prisão com a comunidade, favorecendo o desvelamento e o enfrentamento de esquemas que originam e reforçam a criminalidade. À Coordenação de Benefícios e Apoio aos Conselhos compete14: (...) I - receber, protocolar e analisar os pedidos de indulto individual, instruindo-os e diligenciando-os quando necessário; II - informar ao interessado o andamento processual da solicitação de indulto individual; III - receber os pedidos de indulto coletivo e encaminhá-los aos Conselhos Penitenciários, visando à competente instrução perante a respectiva Vara de Execução Criminal; IV - manter atualizadas as informações pertinentes aos Conselhos Penitenciários e aos Conselhos da Comunidade, inclusive quanto ao número de internos beneficiados pelo indulto coletivo; e V - incentivar os órgãos de execução penal em todo o território nacional, apoiando os Conselhos Penitenciários e a implementação dos Conselhos da Comunidade. (...) Compreendendo que a prisão e as pessoas lá detidas integram a mesma sociedade em que vivemos, os conselhos da comunidade operam como um mecanismo para esse reconhecimento, e para a atuação efetiva da sociedade civil nas questões do cárcere. 14 Art. 39 do Regimento Interno do Depen. 25 6.2. Diretoria de Políticas Penitenciárias 6.2.1. Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino De acordo com o Regimento Interno do Depen, à Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino compete: (...) I - promover a inserção do preso, do internado e do egresso em políticas públicas e programas voltados à educação, saúde, qualificação e inserção profissional, assistência social, efetivação dos direitos humanos, entre outros; II – manter banco de dados dos pleitos formulados pelas unidades da federação; III – promover ações, inclusive em cooperação com instituições de ensino e organismos nacionais e internacionais, de capacitação técnico-profissional do servidor penitenciário; IV – analisar as propostas de convênio formuladas pelas unidades federativas, entidades de direito publico ou privado que visem à reintegração social da população carcerária e do egresso; V – apoiar tecnicamente os estados e o Distrito Federal na elaboração e execução de projetos voltados à assistência jurídica aos presos e aos internados de baixa renda; e VI – acompanhar os convênios celebrados. (...) As ações de reintegração social podem ser definidas como um conjunto de intervenções técnicas, políticas e gerenciais levadas a efeito durante e após o cumprimento de penas ou medidas de segurança, no intuito de criar interfaces de aproximação entre Estado, comunidade e as pessoas beneficiárias, como forma de lhes ampliar a resiliência e reduzir a vulnerabilidade frente ao sistema penal. Partindo desse entendimento, vê-se que um bom “tratamento penal” não pode residir apenas na abstenção da violência física ou na garantia de boas condições para a custódia do indivíduo, em se tratando de pena privativa de liberdade. Deve, antes disso, consistir em um processo de superação de uma história de conflitos, por meio da promoção dos seus direitos e da recomposição dos seus vínculos com a sociedade, visando criar condições para a sua autodeterminação responsável. Na conformação atual das práticas gerenciais do Depen, considera-se que os projetos na área de reintegração social devem estar posicionados os seguintes temas: Trabalho e renda O Regimento Interno do Depen, em seu art. 33, trata das competências da Coordenação de Apoio ao Trabalho e Renda, quais sejam: coordenar a análise de ações, planos, projetos ou programas que visem à profissionalização do preso e do egresso, estimulando sua reintegração no mundo de trabalho. A Constituição Federal, em seus arts. 6º e 203, apresenta expressamente os direitos sociais, dentre eles se inserem o apoio ao trabalho, à renda e à qualificação profissional para os presos, internados e egressos do sistema prisional: 26 (...) Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: (...) III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;(...) O objetivo primordial da pena não é apenas o cumprimento dos preceitos determinados na sentença, mas, também, e, concomitantemente, o direcionamento do preso ao convívio social, conforme dispõe o art. 1º da Lei 7.210/1984: Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado.(...) O Fundo Penitenciário Nacional – Funpen, dispõe de recursos a serem aplicados no direcionamento das ações voltadas, também, ao trabalho e reinserção social do preso, conforme prevê a Lei Complementar 79, de 07 de janeiro de 1994: (...) Art. 3º - Os recursos doFUNPEN serão aplicados em: V – implantação de medidas pedagógicas relacionadas ao trabalho profissionalizante do preso e do internado; (...) VII - elaboração e execução de projetos voltados à reinserção social de presos, internados e egressos; (...) Assistência Jurídica, Social e à Saúde De acordo com o Regimento Interno do Depen, cabe à Coordenação de Apoio à Assistência Jurídica, Social e à Saúde15: (...) I – promover e acompanhar ações de assistência jurídica, social e de saúde do preso, do egresso e de sua família; II – analisar as propostas de celebração de convênios para execução de suas atribuições; III – apoiar a implementação do Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, em cooperação com o Ministério da Saúde; e IV – promover e acompanhar ações que assegurem a concessão do auxílio-reclusão e outros benefícios.(...) A saúde é garantida pela Constituição Federal como direito fundamental e social do cidadão, conforme expresso nos artigos 5º, inciso III e 6º: (...) Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; (...) 15 Art. 38 do Regimento Interno do Depen. 27 Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (...) Como legislação específica sobre os direitos infraconstitucionais garantidos ao sentenciado no decorrer da execução da pena, a Lei de Execução Penal garante a assistência à saúde como dever do Estado: (...) Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico. § 1º (Vetado). § 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento. (...) A assistência jurídica prestada aos privados de liberdade também está prevista legalmente, pois o acesso à justiça é direito de todos, independente de sua condiçao sócio-econômica. Assim, o artigo 5º da Constituição Federal descreve: LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; A assistência social aos privados de liberdade e egressos do sistema penitenciário tem sido viabilizada através da articulação interministerial, de forma que se garanta aos encarcerados o acesso integral à rede de atendimento já existente no sistema público de assistência. O acesso a emissão de documentos e cartões de identificação são exemplos das maiores ações de mobilização do qual este Departamento tem envidado esforços no sentido de ofertar um melhor tratamento penal ao público encarcerado, além de permanecer em consonância com os requisitos legais e diretrizes que regem esta coordenação e viabilizar o acesso aos direitos sociais. Assistência Educacional Na estrutura do Depen, a Coordenação responsável pelo apoio à assistência educacional aos presos é a Coordenação de Apoio ao Ensino – COAPE, cabendo-lhe16: (...) I – analisar os projetos que tenham por objeto a formação educacional do preso e do egresso; e II - acompanhar e fiscalizar a execução dos convênios celebrados. (...) Os estados e o Distrito Federal possuem autonomia para implementar suas próprias políticas direcionadas ao sistema prisional, sendo independentes para estabelecer programas educacionais na seara prisional. Paralelamente, a Coordenação de Apoio ao Ensino promove incentivos e articulações necessárias ao desempenho de políticas de atendimento à pessoa privada de liberdade no âmbito da educação. 16 Art. 36 do Regimento Interno do Depen. 28 Além de coordenar a análise das propostas de convênios que objetivem a formação educacional, cultural e artística do preso e do egresso; apóia a implementação da Política de Educação de Jovens e Adultos no Sistema Penitenciário, em cooperação com o Ministério da Educação; analisa os projetos que tenham por objeto a formação educacional do preso e do egresso; e acompanha e fiscaliza a execução dos convênios celebrados. Nesse sentido, a COAPE e o MEC vêm trabalhando em parceria, visando a efetivação do Plano Estratégico de Educação nas Prisões, instituído pelo Decreto nº 7.626, de 24 de novembro de 2011, o qual tem a finalidade de ampliar e qualificar a oferta de educação nos estabelecimentos penais, através de uma ação conjunta da área de educação e de execução penal dos estados e Distrito Federal, por meio da elaboração do Plano Estadual de Educação nas Prisões. Educação em serviços Compete à Coordenação de Apoio à Capacitação de Serviços Penais: (...) I – analisar as propostas de convênios para execução de ações dentro de sua área de atuação; II – acompanhar a implantação de escolas penitenciárias nos estados e no Distrito Federal; III – coordenar cursos de formação técnico-profissional de servidores penitenciários; IV - produzir e consolidar materiais e métodos que orientem a educação em serviços penais; e V - organizar e manter banco de dados com os trabalhos científicos relativos ao sistema penitenciário, divulgando seu conteúdo, quando solicitado17. (...) Em 2005, considerando o art. 37, I e II do Regimento Interno do Depen, foi dado início à implementação das Escolas Penitenciárias ou espaços institucionais correspondentes, em cada uma das unidades da federação, contando com recursos do Fundo Penitenciário Nacional - Funpen. As diretrizes para a elaboração de cursos de formação dos servidores penitenciários encontram-se na Matriz Curricular Nacional, criada pelo Depen, onde apresenta as principais competências, habilidades, saberes e atitudes a serem desenvolvidos pelos profissionais prisionais. No que tange à capacitação dos profissionais envolvidos com o sistema prisional, a lógica anterior era a de formalização de convênios com as unidades federativas, para a realização de cursos de capacitação continuada e de especialização. No entanto, com a criação da Escola Nacional de Serviços Penais, a metodologia passou a ser o desenvolvimento, de forma direta, visando a oferta de vagas em cursos de capacitação continuada e de especialização a todas as Escolas Penitenciárias Estaduais, tanto por meio de plataformas virtuais em Educação a Distância (EaD), quanto em cursos presenciais. 17 Art 37 do Regimento Interno do Depen. 29 Escola Nacional de Serviços Penais – Espen A Escola Nacional de Serviços Penais - Espen, criada em 03 de dezembro de 2012, por meio da Portaria/MJ nº 3.123, tem como objetivo fomentar e executar estratégias de formação inicial e continuada, pesquisa, formulação de doutrina e aperfeiçoamento profissional em serviços penais e de produção e compartilhamento de conhecimentos em políticas públicas voltadas ao sistema prisional: (...) Art. 2º - A ESPEN tem como objetivo geral fomentar e executar estratégias de formação inicial e continuada, pesquisa, formulação de doutrina e aperfeiçoamento profissional em serviços penais e produção e compartilhamento de conhecimentos em políticas voltadas ao sistema prisional. Parágrafo único - A ESPEN deverá atuar permanentemente no sentido de criar condições político-institucionais e pedagógicas adequadas, realizando e apoiando ações governamentais, em âmbito nacional, que promovam a aquisição e o uso de conhecimentos úteis aos processos de formulação, execução, gestão e avaliação das políticaspúblicas de interesse do DEPEN.(...) A Espen é um órgão diretamente subordinado ao Diretor Geral do Departamento Penitenciário Nacional, composta da seguinte forma: I - Conselho de Educação e Pesquisa - CEP. II - Direção da Escola - DEsc: a) Coordenação de Planejamento e Gestão - CPlag; b) Coordenação de Educação - CEduc; e c) Coordenação de Pesquisa - CPesq. III - Núcleos Locais - NLoc. O Conselho de Educação e Pesquisa - CEP tem um caráter deliberativo, fiscalizador e consultivo, com o objetivo definir e garantir a aplicação das diretrizes estabelecidas pelo Depen. Constituem o CEP: I Diretor-Geral do Depen; II - Diretor da Diretoria de Políticas Penitenciárias - DIRPP; III - Diretor da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal - DISPF; IV - Diretor da Diretoria Executiva - DIREX; V - Ouvidor do Sistema Penitenciário Nacional - OSPEN; VI - 1 (um) representante titular do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária - CNPCP e 1 (um) suplente; VII - 1 (um) representante titular da Rede de Escolas de Gestão Prisional das Unidades da Federação, ou espaços institucionais correspondentes e 1 (um) suplente; VIII - 1 (um) representante titular do Conselho Nacional de Secretários de Justiça - CONSEJ e 1 (um) suplente; e IX - 1 (um) representante dos servidores que atuam no sistema prisional e 1 (um) suplente. 30 6.2.2. Coordenação-Geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas As penas restritivas de direitos são conhecidas como Penas e Medidas Alternativas, cuja sanção penal é de curta duração (0 a 4 anos de condenação), para crimes praticados sem violência nem grave ameaça. Em setembro de 2000, o Ministério da Justiça lançou o Programa Nacional de Apoio às Penas Alternativas como diretriz do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária – CNPCP, que tinha como objetivo realizar as ações necessárias ao incremento da aplicação das penas alternativas no Brasil. A partir de 2003, o Ministério da Justiça fortaleceu o Programa Nacional de Apoio às Penas e Medidas Alternativas, e seus objetivos prioritários passaram a ser (i) a produção e a disseminação de conhecimento acerca da execução das penas e medidas alternativas, (ii) a identificação, a avaliação e o fomento de boas práticas nesse campo, e (iii) o apoio técnico e financeiro aos Judiciários e Executivos estaduais para que promovam melhorias nos seus sistemas de aplicação e fiscalização. De acordo com o Regimento Interno do Depen, à CGPMA compete: (...) Art. 40. À Coordenação-Geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas compete: I - desenvolver a Política de Fomento às Penas e Medidas Alternativas nas unidades da federação; II – produzir, consolidar e divulgar informações e métodos, por intermédio da definição de diretrizes e da elaboração de manuais de gestão, que desenvolvam a aplicação, execução e monitoramento das penas e medidas alternativas no Brasil; III - apoiar o desenvolvimento das políticas estaduais e distrital de monitoramento da execução de penas e medidas alternativas, bem como a capacitação de servidores responsáveis pelo monitoramento; IV – analisar as propostas de convênios para execução de seus serviços; e V - monitorar os convênios firmados com recursos do FUNPEN que versem sobre sua área de atuação. (...) Atualmente o Brasil conta com 19 varas judiciais especializadas, complementadas por 306 estruturas montadas de monitoramento e fiscalização de penas e medidas alternativas, dentre núcleos e centrais, formando o conjunto de equipamentos públicos existentes sobre o tema do país. Tais serviços envolvem instituições do sistema de justiça - Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública –, do Poder Executivo e entidades da Sociedade Civil Organizada; fundamentais à garantia do bom cumprimento das decisões judiciais. 6.2.3. Coordenação-Geral do Fundo Penitenciário Na cional - Funpen O Fundo Penitenciário Nacional foi criado pela Lei Complementar nº 79, de 7 de janeiro de 1994, com a finalidade de proporcionar recursos e meios para financiar e apoiar as atividades de modernização e aprimoramento do Sistema Penitenciário Brasileiro. O Funpen encontra regulamentação no Decreto nº 1.093, de 3 de março de 1994. 31 Essencialmente, o Fundo é constituído com recursos que possuem origem nas dotações orçamentárias da União, custas judiciais recolhidas em favor da União, arrecadação dos concursos de prognósticos, recursos confiscados ou provenientes da alienação dos bens perdidos em favor da União Federal, multas decorrentes de sentenças penais condenatórias com trânsito em julgado, fianças quebradas ou perdidas, e rendimentos decorrentes da aplicação de seu patrimônio. Os recursos consignados ao Fundo são aplicados em construção, reforma, ampliação de estabelecimentos penais; formação, aperfeiçoamento e especialização do serviço penitenciário; aquisição de material permanente, equipamentos e veículos especializados imprescindíveis ao funcionamento dos estabelecimentos penais; formação educacional e cultural do preso e do internado; programas de assistência jurídica aos presos e internados carentes; e demais ações que visam o aprimoramento do sistema penitenciário em âmbito nacional. Outra destinação legal dos recursos do Fundo é custear seu próprio funcionamento. Em razão dos altos custos de manutenção do sistema penitenciário, as unidades da federação não possuem disponibilidades para arcar integralmente com a manutenção e aprimoramento de seus sistemas prisionais, sendo, portanto, compelidas a fazer uso dos recursos do Fundo quando o assunto é financiamento de vagas e assistência ao preso e ao egresso, principalmente. Conforme Portaria nº 674 de 20 de março de 2008, são atribuições da Coordenação-Geral do Fundo Penitenciário Nacional: (...) I – celebrar convênios com entidades de direito público ou privado para consecução dos objetivos do FUNPEN; II - coordenar a análise das prestações de contas dos recursos repassados, apoiando tecnicamente os estados e o Distrito Federal na elaboração de tais procedimentos; III - coordenar a instrução dos procedimentos de Tomadas de Contas Especial; IV - acompanhar, em conjunto com as demais Coordenações da Diretoria, a fiel aplicação dos recursos repassados por intermédio de convênios; e V – manter banco de dados para o registro dos pleitos formulados pelas unidades da federação. (...) 6.2.4. Coordenação-Geral de Políticas, Pesquisa e A nálise da Informação É de competência da Coordenação-Geral do Sistema Nacional de Informação Penitenciária: (...) I - implantar e manter sistema de informações penitenciárias; II - elaborar, desenvolver e promover estudos e pesquisas penitenciárias; III – promover e divulgar a avaliação dos programas, resultados e ações do Departamento; IV - orientar as demais unidades quanto a aplicação da legislação penal; V - propor a celebração de convênios com entidades de direito público ou privado para execução de atividades dentro da sua área de atuação; 32 VI - apoiar tecnicamente os estados e o Distrito Federal na apresentação de projetos de construção, reforma e aparelhamento de estabelecimentos penais; e VII – manter banco de dados dos pleitos formulados pelas unidades da federação. (...) A Coordenação-Geral Geral do Sistema Nacional de Informação Penitenciária coordena as seguintes áreas: Sistema Nacional de Informações Penitenciárias – Infopen O Infopen é um banco de dados que tem como objetivo subsidiar os órgãos estaduais de administração prisional e órgãos da execução penal com informações relativas ao sistema prisional. A Coordenação do Sistema Nacional de Informação Penitenciária é responsável por administrar o Infopen, coordenando e promovendo o intercâmbio de dados entre os sistemas penitenciários estaduais e distrital, entre outros. Estatística e Análise da Informação: À Coordenação deEstatística e Análise da Informação compete: (...) I - elaborar e promover pesquisas no sistema penitenciário, consolidando as informações e submetendo-as à autoridade competente; II – elaborar e fomentar a produção de estatísticas do sistema penitenciário; III - manter sistema de informações penitenciárias e banco de dados de informações institucionais; e IV - propor mecanismos de divulgação dos programas, ações e resultados do Departamento. (...) Além das atribuições regimentais, atualmente a COESA está envolvida com as seguintes atribuições: - Formalizar e monitorar convênios para aparelhamento e reaparelhamento de unidades dos Sistemas Prisionais Estaduais. - Adquirir equipamentos e veículos especiais para doação às Unidades Federativas. - Pesquisar necessidades em aparelhamento das Unidades Federativas, e avaliar as políticas adotadas, sugerindo novas ações. - Fornecer dados estatísticos das ações da CGPAI, incluindo engenharia, mantendo banco de dados sobre todos os convênios e contratos de repasse da CGPAI. - Apoiar, administrativamente, a Coordenação de Engenharia e Arquitetura. - Monitorar o Contrato de Prestação de Serviços da Caixa Econômica Federal, e avaliar o serviço prestado, atestando inclusive os pagamentos. Coordenação de Engenharia e Arquitetura À Coordenação de Engenharia e Arquitetura compete: (...) I - assistir tecnicamente as unidades federativas na apresentação de projetos de construção reforma e 33 aparelhamento de estabelecimentos penais, sugerindo, quando pertinente, a celebração de convênio para sua implementação; II - supervisionar as obras de construção, reforma e ampliação, assim como as ações de aparelhamento/ reaparelhamento dos estabelecimentos penais das unidades da federação, em parceria com os órgãos estaduais e distritais responsáveis pela administração do sistema penitenciário; III - promover estudos de engenharia e elaborar os planos diretores, projetos básico e executivo, e orçamento de obras; IV - manter arquivo de projetos de engenharia e arquitetura concernentes aos convênios celebrados, assim como daqueles desenvolvidos no Departamento. (...) Visando a elaboração de normas orientadoras para a construção e ampliação de unidades prisionais, recentemente, o Depen e o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária - CNPCP publicaram o documento "Diretrizes Básicas para a Arquitetura Penal", a partir da Resolução CNPCP nº 918, de 18 de novembro de 2011. A partir do Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional, lançado em 2011, o Depen pretende apoiar financeiramente as unidades federativas para a diminuição do déficit carcerário, destinando recursos aos entes estaduais e distrital, com vistas a zerar o déficit carcerário feminino e aumentar o número de vagas em cadeias públicas para homens. O Programa, que apóia os sistemas prisionais estaduais19, criará 42 mil novas vagas até 2014, auxiliando na meta de diminuição do déficit de vagas do sistema prisional. 18 Resolução nº 9/2011 em anexo II. 19 O Programa não deve ser utilizado como única forma de diminuição do déficit carcerário, cabendo às unidades federativas o planejamento para a construção e ampliação de unidades prisionais a partir de recursos estaduais. 34 7. Monitoramento e avaliação O monitoramento do Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional, meio fundamental para o acompanhamento das ações em realização nas unidades da federação, ocorrerá a partir de visitas institucionais in loco e contatos virtuais (e- mail e telefone) pela equipe do Plano Diretor. Nesse processo de monitoramento, as unidades federativas informarão a situação do sistema prisional local, com as perspectivas de ações desenvolvidas e em desenvolvimento, com vistas ao cumprimento efetivo da Lei de Execução Penal e normativos nacionais e internacionais correlatos. Todas as ações, planos, programas, projetos, estratégias e atividades voltadas ao sistema prisional de cada estado e Distrito Federal devem ser inseridos no Plano Diretor de Melhorias para o Sistema Prisional, com vistas ao acompanhamento das mesmas pelo Departamento Penitenciário Nacional, bem como a otimização do envio de recursos federais às unidades da federação. A avaliação do documento de planejamento ocorrerá pela Coordenação do Plano Diretor e terá como objetivo o preenchimento de indicadores de monitoramento específicos, como forma de cumprimento no disposto na Resolução CNPCP nº 01, de 29 de abril de 200820. O Departamento Penitenciário Nacional almeja que essas avaliações de resultado espelhem, de forma objetiva, a contribuição deste Plano Diretor no traçado de melhorias das práticas institucionais direcionadas ao sistema prisional. 20 Resolução CNPCP nº 01/2008 em anexo III. 35 8. Anexos ANEXO I - PORTARIA Nº 674, DE 20 DE MARÇO DE 2008 – REGIMENTO INTERNO DO DEPEN O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, no uso de suas atribuições que lhe confere o art. 4º do Decreto nº 6.061, de 15 de março de 2007, resolve: Art. 1° Aprovar o Regimento Interno do Departamento Penitenciário Nacional - DEPEN, na forma do Anexo a esta Portaria. Art. 2° Fica revogada a Portaria nº 156, de 6 de fe vereiro de 2006. Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. TARSO GENRO Este texto não substitui o publicado no DOU de 02/04/2008. REGIMENTO INTERNO DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL CAPÍTULO I CATEGORIA E FINALIDADE Art. 1º O Departamento Penitenciário Nacional – DEPEN, órgão específico singular a que se refere o art. 2º, inciso II, alínea “f” do Anexo I do Decreto nº 6.061, de 15 de março de 2007, tem por finalidade exercer as competências previstas nos arts. 71 e 72 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, e especificamente: I – planejar e coordenar a política penitenciária nacional; II - acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em todo o território nacional; III - inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais; IV - assistir tecnicamente as unidades federativas na implementação dos princípios e regras da execução penal; V - colaborar com as unidades federativas, mediante convênios, na implantação de estabelecimentos e serviços penais; VI - colaborar com as unidades federativas na realização de cursos de formação de pessoal penitenciário e de ensino profissionalizante do condenado e do internado; VII - coordenar e supervisionar os estabelecimentos penais e de internamento federais; VIII - processar, estudar e encaminhar, na forma prevista em lei, os pedidos de indulto individual; IX - gerir os recursos do Fundo Penitenciário Nacional - FUNPEN; e X - apoiar administrativa e financeiramente o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. CAPÍTULO II ORGANIZAÇÃO Art. 2º O Departamento Penitenciário Nacional tem a seguinte estrutura: 1. GABINETE – GAB 2. DIRETORIA EXECUTIVA – DIREX 2.1.Coordenação-Geral de Administração – CGAD 2.1.1. Coordenação de Orçamento e Finanças – COFIN 2.1.1.1. Divisão de Execução Orçamentária e Financeira – DIOF 2.1.1.2. Divisão de Contabilidade – DICON 2.1.2. Coordenação de Recursos Humanos – CORH 2.1.2.1 Divisão de Estudos sobre Legislação de Pessoal – DILEP 2.1.2.2. Divisão de Cadastro, Lotação e Movimentação – DICLM 2.1.3. Coordenação de Recursos Materiais – COREM 2.1.3.1. Divisão de Licitação e Contratos – DILC 2.1.3.1.1 Serviço de Procedimentos Licitatórios – SEPL 2.1.3.2. Divisão de Patrimônio – DIPAT 2.1.3.3. Divisão de Serviços Gerais – DISEG 2.1.3.4. Serviço de Apoio Administrativo – SEAA 3. DIRETORIA DE POLÍTICAS PENITENCIÁRIAS – DIRPP 3.1. Coordenação-Geral do Fundo Penitenciário Nacional – CGFPN 3.1.1. Coordenação de Análise e Acompanhamento de Convênios – COAAC 3.1.1.1. Divisão de Formalização de Convênios – DIFOC 3.1.1.2. Divisão de Fiscalização– DIF 3.1.2. Coordenação de Análise e Acompanhamento de Prestação de Contas e Tomada de Contas Especial – COAPC 36 3.1.2.1 Divisão de Prestação de Contas –DIPC 3.2. Coordenação-Geral de Políticas, Pesquisa e Análise da Informação – CGPAI 3.2.1. Coordenação de Estatística e Análise da Informação – COESA 3.2.2. Coordenação do Sistema Nacional de Informação Penitenciária – COINF 3.2.3 Coordenação de Engenharia e Arquitetura - COENA 3.2.4. Coordenação de Elaboração e Consolidação de Atos Normativos - COAN 3.3. Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino – CGRSE 3.3.1. Coordenação de Apoio ao Trabalho e Renda – COATR 3.3.1.1. Divisão de Apoio ao Trabalho - DIAT 3.3.2. Coordenação de Apoio ao Ensino – COAPE 3.3.2.1. Divisão de Apoio ao Ensino - DIAEN 3.3.3. Coordenação de Apoio às Escolas Penitenciárias - COAEP 3.3.4. Coordenação de Apoio à Assistência Jurídica, Social e à Saúde – COARS 3.3.5. Coordenação de Benefícios e Apoio aos Conselhos – COBAC 3.4. Coordenação-Geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas - CGPMA 4 . DIRETORIA DO SISTEMA PENITENCIÁRIO FEDERAL – DISPF 4.1. Coordenação-Geral de Inclusão, Classificação e Remoção – CGICR 4.2.Coordenação-Geral de Informação e Inteligência Penitenciária – CGIN 4.3. Coordenação-Geral de Tratamento Penitenciário – CGTP 4.4. Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário Federal – CGSPF 4.5. Diretorias de Presídio Federal – DIPREF 4.5.1. Divisão de Segurança e Disciplina - DISED 4.5.2. Divisão de Reabilitação - DIREB 4.5.3. Serviço de Saúde – SESA 4.5.4. Serviço Administrativo – SEAD Art. 3º O Departamento Penitenciário Nacional é dirigido por Diretor-Geral; as Diretorias e os Presídios Federais por Diretor; as Coordenações-Gerais por Coordenador-Geral; a Corregedoria-Geral por Corregedor-Geral; as Coordenações por Coordenador; o Gabinete, as Divisões e os Serviços por Chefe. Parágrafo único. O Diretor-Geral conta, para o desempenho de suas atribuições, com um Assessor e um Ouvidor do Sistema Penitenciário; o Chefe de Gabinete com um Assessor Técnico, um Assistente e um Assistente Técnico; o Coordenador-Geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas com dois Assessores Técnicos; o Coordenador-Geral de Inclusão, Classificação e Remoção, o Coordenador-Geral de Informação e Inteligência Penitenciária, o Coordenador-Geral de Tratamento Penitenciário e o Corregedor-Geral do Sistema Penitenciário Federal, com um Assistente cada um. Art. 4º Os ocupantes dos cargos em comissão, previstos no caput do artigo anterior, serão substituídos, em seus afastamentos ou impedimentos legais, por servidores formalmente designados, nos termos da legislação específica. Parágrafo único. No caso de ausência concomitante do titular e do substituto eventual, a autoridade competente designará o responsável pela unidade no período em que durarem as duas ausências. CAPÍTULO III COMPETÊNCIAS DAS UNIDADES Art. 5º Ao Gabinete compete: I - elaborar e acompanhar a pauta de trabalhos e viagens do Diretor-Geral; II - coordenar, acompanhar e controlar os documentos e processos enviados ao Departamento; III - preparar os despachos e controlar o expediente funcional do Diretor-Geral; IV – orientar, controlar e supervisionar as atividades e rotinas administrativas no âmbito do Departamento; V - propor a normatização de procedimentos das unidades; VI - promover a divulgação dos atos normativos do Diretor-Geral; VII - orientar e coordenar as atividades concernentes às áreas de relações públicas, comunicação social e rotina administrativa; e VIII - colaborar no relacionamento do Departamento com órgãos e entidades governamentais. Art. 6º À Diretoria-Executiva compete: I - coordenar e supervisionar as atividades de planejamento, de orçamento, de administração financeira, de recursos humanos, de serviços gerais, de informação e de informática, no âmbito do Departamento; II – elaborar a proposta orçamentária anual e plurianual do Departamento, assim como as propostas de programação financeira de desembolso e de abertura de créditos adicionais; III - acompanhar e promover a avaliação de projetos e atividades, considerando as diretrizes, os objetivos e as metas constantes do Plano Plurianual; e 37 IV - realizar tomadas de contas dos ordenadores de despesa e demais responsáveis por bens e valores públicos e de todo aquele que der causa a perda, extravio ou outra irregularidade que resulte em dano ao erário. Art. 7º À Coordenação-Geral de Administração compete: I - acompanhar as atividades relacionadas à gestão de procedimentos licitatórios, contratos administrativos e recursos humanos, bem assim de execução orçamentária e financeira e administração de material, patrimônio, informática e serviços gerais; II - observar as normas emanadas do Órgão Central do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais - SIASG; III - submeter ao setor responsável do Ministério as propostas de orçamento anual e plurianual, programação financeira de desembolso e abertura de créditos adicionais; IV - submeter ao setor responsável do Ministério as informações para subsidiar a elaboração da Tomada de Contas Anual; e V - propor normas de serviço dentro de sua área de competência. Art. 8º À Coordenação de Orçamento e Finanças compete: I - coordenar e orientar as atividades de orçamento, finanças, inclusive sua programação, e contabilidade do FUNPEN; II - coordenar as propostas de ajustes do orçamento ao longo de cada exercício financeiro; III - subsidiar a elaboração da proposta do Plano Plurianual, quanto aos seus aspectos orçamentários; IV - elaborar quadros, relatórios e projeções, bem como outros demonstrativos para subsidiar o controle de gastos; e V - coordenar e compatibilizar a alocação de recursos orçamentários e financeiros disponibilizados. Art. 9º À Divisão de Execução Orçamentária e Financeira compete: I - operacionalizar e acompanhar a execução dos créditos orçamentários e dos recursos financeiros disponibilizados ao FUNPEN; II – reter os impostos federais existentes; III – analisar os processos encaminhados para pagamento com recursos do FUNPEN; IV - promover o registro e controle dos recursos orçamentários recebidos; V - executar a programação financeira e orçamentária do FUNPEN; VI - operar o Sistema Integrado de Administração Financeira - SIAFI; e VII - guardar, controlar e devolver, após o cumprimento das obrigações, as garantias de contratos administrativos. Art. 10. À Divisão de Contabilidade compete: I - analisar e acompanhar balanços, balancetes e demais demonstrações contábeis do Departamento; II - orientar os ordenadores de despesas e responsáveis por bens, direitos e obrigações da União para a prática de atos de gestão patrimonial, orçamentária e financeira; III - acompanhar a execução orçamentária, financeira e patrimonial, bem como o registro da conformidade diária e de suporte documental efetuados pelo Departamento; e IV - acompanhar a inclusão e exclusão de agentes no rol de responsáveis e comunicar à unidade responsável do Ministério qualquer inconsistência nos registros. Art. 11. À Coordenação de Recursos Humanos, em relação aos agentes penitenciários federais, compete: I - coordenar a execução das atividades relacionadas com a área de recursos humanos e legislação de pessoal; II - orientar as demais unidades quanto ao cumprimento das normas da administração de pessoal; III – controlar as atividades de concurso público, observando as diretrizes gerais para a elaboração de editais e outros documentos; IV - coordenar o processo seletivo interno para fins de remoção; e V - solicitar as alterações e nos períodos de férias, bem assim a capacitação de servidores. Parágrafo único. As competências atribuídas neste artigo serão, obrigatoriamente, exercidas em conjunto e sob a supervisão da Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério. Art. 12. À Divisão de Estudossobre Legislação de Pessoal compete: I - acompanhar a aplicação da legislação de pessoal e demais normas emanadas dos órgãos competentes; II - controlar os registros dos atos normativos nos cadastros de gestão de recursos humanos do Departamento; III – analisar e elaborar propostas e projetos de atos normativos referentes à legislação de pessoal do Departamento; e IV - preparar as informações necessárias em ações judiciais referentes a concurso público e processo seletivo de agente penitenciário federal, para que o órgão responsável promova a defesa da União. 38 Art. 13. À Divisão de Cadastro, Lotação e Movimentação compete: I - auxiliar o setor competente do Ministério nas atividades relativas a cadastro, avaliação, férias e progressão dos servidores do Departamento; II - controlar a freqüência dos servidores, estagiários e prestadores de serviço do Departamento; III - organizar e manter atualizados os registros de lotação, provimento e vacância, bem como os de redistribuição, remoção e cessão de servidores, adotando providências complementares necessárias; IV - manter atualizado o levantamento da força de trabalho existente em relação à necessária; e. V - controlar a expedição de identidades funcionais. Art. 14. À Coordenação de Recursos Materiais compete: I - encaminhar os processos de compras e contratações de interesse do Departamento ao setor responsável do Ministério; II - apoiar o setor responsável do Ministério nas atividades relativas à aquisição de bens e serviços e de administração material e patrimonial de interesse do Departamento; III – submeter à Consultoria Jurídica do Ministério, por intermédio do Diretor-Geral, dúvidas e questões de ordem jurídica, relacionadas a licitações e contratos; IV - fornecer informações ao setor responsável do Ministério, que decidirá em segunda instância, os recursos e representações interpostos, em face das decisões das Comissões de Licitação e Pregoeiros; V - encaminhar à autoridade competente propostas de alteração, reajuste, recomposição, reequilíbrio de preços e prorrogação de contratos; VI - solicitar a indicação de servidores para atuar no acompanhamento e fiscalização dos contratos; e VII - elaborar e fornecer, quando solicitado, atestado de capacidade técnica. Art. 15. À Divisão de Licitações e Contratos compete: I - acompanhar, em conjunto com o setor responsável do Ministério, as atividades de licitação e aquelas relacionadas aos contratos administrativos; II - colaborar com a Comissão Permanente de Licitação e dos Pregoeiros do Ministério; III - elaborar minutas de acordo, contrato, carta-contrato, distrato, termo aditivo e outros atos da espécie, para apreciação da Consultoria Jurídica; IV - subsidiar o setor responsável do Ministério nas respostas às impugnações e recursos referentes aos procedimentos licitatórios; V - supervisionar, registrar e acompanhar a execução de contratos; VI – registrar, no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF, as sanções administrativas aplicadas aos fornecedores e prestadores de serviços; VII - analisar e apresentar os cálculos relativos à repactuação e ao reequilíbrio econômico-financeiros dos contratos; e VIII - receber as garantias contratuais, encaminhando-as à Divisão de Execução Orçamentária e Financeira para guarda. Art. 16. Ao Serviço de Procedimentos Licitatórios compete: I - acompanhar, em conjunto com o setor responsável do Ministério, o cronograma de realização de licitações de interesse do Departamento; II - executar as atividades relacionadas à dispensa, inexigibilidade e adesão a registro de preços, efetuadas pelo Departamento; III - providenciar a publicação, no Diário Oficial da União, de instrumentos contratuais e aditivos, atos de dispensa e ratificação de inexigibilidade; IV - lançar informações sobre contratações, dispensas e inexigibilidades no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais – SIASG; e V - realizar pesquisa de preços no mercado fornecedor e em órgãos. Art. 17. À Divisão de Patrimônio compete: I - informar ao setor responsável do Ministério a necessidade de classificação, registro, cadastro e tombamento de bem e de material permanente, solicitando, quando necessário, sua conservação e recuperação; II – solicitar e acompanhar a incorporação, distribuição, remanejamento, alienação e baixa de bem material; III - vistoriar periodicamente os bens patrimoniais, mantendo atualizados e assinados os respectivos Termos de Responsabilidade; IV - informar ao órgão competente do Ministério a ocorrência de dano ou extravio e da disponibilidade de bens passíveis de desfazimento, instruindo os procedimentos administrativos correspondentes; V - acompanhar os prazos de entrega e conferir, aceitar e atestar o recebimento de material de consumo e bem permanente; e VI - elaborar Projeto Básico e Termo de Referência, relativos à aquisição de materiais de consumo e bens permanentes, específicos de sua área. 39 Art. 18. À Divisão de Serviços Gerais compete: I - propor e acompanhar a execução das atividades relativas à prestação de serviços necessários ao Departamento nos setores responsáveis do Ministério; II - orientar a elaboração de Projeto Básico e Termo de Referência, relativos à contratação de serviços nas suas áreas de competência; III - programar a utilização da frota de veículos de uso do Departamento, em face das solicitações recebidas; IV - manter cadastro da frota e dos motoristas, bem como registro e guarda das informações sobre infrações, acidentes, termos de vistoria, mapas demonstrativos de desempenho da frota e outras ocorrências; V - solicitar laudo pericial no caso de acidentes de trânsito envolvendo veículos de uso do Departamento; VI - requisitar e controlar o fornecimento de combustível e lubrificante; VII - emitir requisição de transporte no âmbito do Departamento; e VIII - articular, em conjunto com o setor responsável do Ministério, as ações relativas à informática e tecnologia da informação. Art. 19. Ao Serviço de Apoio Administrativo compete: I - receber, registrar, emitir, encaminhar e arquivar documentos, mantendo atualizadas as informações sobre sua tramitação; II - promover a distribuição de Diário Oficial, jornais e periódicos; III – instruir os procedimentos administrativos de requisição de passagens, concessão de diárias e ressarcimento de transportes; e IV - controlar e atestar a execução de serviços de publicidade. Art. 20. À Diretoria de Políticas Penitenciárias compete: I - planejar, coordenar, dirigir, controlar e avaliar as atividades relativas à implantação de serviços penais; II - promover a construção de estabelecimentos penais nas unidades federativas; III - elaborar propostas de inserção da população presa, internada e egressa em políticas públicas de saúde, educação, assistência, desenvolvimento e trabalho; IV - promover articulação com os órgãos e as instituições da execução penal; V - realizar estudos e pesquisas voltados à reforma da legislação penal; VI - apoiar ações destinadas à formação e à capacitação dos operadores da execução penal; VII - consolidar em banco de dados informações sobre os Sistemas Penitenciários Federal e das Unidades Federativas; e VIII - realizar inspeções periódicas nas unidades federativas para verificar a utilização de recursos repassados pelo Fundo Penitenciário Nacional - FUNPEN. Art. 21. À Coordenação-Geral do Fundo Penitenciário Nacional compete: I – celebrar convênios com entidades de direito público ou privado para consecução dos objetivos do FUNPEN; II - coordenar a análise das prestações de contas dos recursos repassados, apoiando tecnicamente os estados e o Distrito Federal na elaboração de tais procedimentos; III - coordenar a instrução dos procedimentos de Tomadas de Contas Especial; IV - acompanhar, em conjunto com as demais Coordenações da Diretoria, a fiel aplicação dos recursos repassadospor intermédio de convênios; e V – manter banco de dados para o registro dos pleitos formulados pelas unidades da federação. Art. 22. À Coordenação de Análise e Acompanhamento de Convênios compete: I - controlar os pleitos das unidades federativas relativos ao Sistema Penitenciário Nacional; II - coordenar a elaboração das minutas de convênios e seus aditivos, controlando os prazos de vigência dos respectivos instrumentos; III - preparar informações com vistas a subsidiar o atendimento das diligências requeridas pelos órgãos de controle interno e externo; e IV - elaborar e submeter ao Diretor-Geral a comunicação a ser dirigida ao Poder Legislativo da localidade do convenente. Art. 23. À Divisão de Formalização de Convênios compete: I - preparar minutas de convênios e aditivos, submetendo-as à aprovação do Coordenador; II - preparar minutas de ofício aos convenentes, informando-os sobre prazos de vigência dos instrumentos; III - providenciar a publicação, no Diário Oficial da União, dos extratos dos termos de convênios e aditivos formalizados; 40 IV - fornecer ao Programa de Transparência do Ministério da Justiça informações acerca dos convênios e aditivos celebrados; e V - manter a guarda dos arquivos e documentos de responsabilidade de sua área de competência. Art. 24. À Divisão de Fiscalização compete: I - acompanhar e fiscalizar a execução dos convênios, contratos e ajustes celebrados com entidades de direito público ou privado, para construção, ampliação e reforma de estabelecimentos penais; II - vistoriar as obras de execução das penitenciárias federais; e III - supervisionar os serviços de manutenção das unidades prisionais federais. Art. 25. À Coordenação de Análise e Acompanhamento de Prestação de Contas e Tomada de Contas Especial compete: I - acompanhar a análise das prestações de contas dos recursos transferidos, mediante convênios, acordos, ajustes e congêneres; II - acompanhar a instauração das Tomadas de Contas Especial; III - propor a aprovação ou impugnação das Prestações de Contas analisadas; IV - propor a instauração das Tomadas de Contas Especiais; V - orientar a elaboração das prestações de contas dos recursos repassados, em observância à legislação em vigor; VI - acompanhar, em conjunto com as demais Coordenações-Gerais, a execução dos convênios, adotando medidas saneadoras, quando necessário; e VII - preparar informações com vistas a subsidiar o atendimento das diligências requeridas pelos órgãos de controle interno e externo. Art. 26. À Divisão de Prestação de Contas compete: I - analisar as Prestações de Contas de recursos transferidos; II - analisar as justificativas relativas às Tomadas de Contas Especial; III - manter banco de dados atualizado das Prestações de Contas e Tomadas de Contas Especial, bem como dos demais documentos sob sua responsabilidade; IV - sugerir a inscrição de Convenente no cadastro de inadimplentes do SIAFI; e V - instruir os processos que visem à instauração de Tomada de Contas Especial, encaminhando-os na forma da lei. Art. 27. À Coordenação-Geral de Políticas, Pesquisa e Análise da Informação compete: I - implantar e manter sistema de informações penitenciárias; II - elaborar, desenvolver e promover estudos e pesquisas penitenciárias; III – promover e divulgar a avaliação dos programas, resultados e ações do Departamento; IV - orientar as demais unidades quanto a aplicação da legislação penal; V - propor a celebração de convênios com entidades de direito público ou privado para execução de atividades dentro da sua área de atuação; VI - apoiar tecnicamente os estados e o Distrito Federal na apresentação de projetos de construção, reforma e aparelhamento de estabelecimentos penais; e VII – manter banco de dados dos pleitos formulados pelas unidades da federação. Art. 28. À Coordenação de Estatística e Análise da Informação compete: I - elaborar e promover pesquisas no sistema penitenciário, consolidando as informações e submetendo- as à autoridade competente; II – elaborar e fomentar a produção de estatísticas do sistema penitenciário; III - manter sistema de informações penitenciárias e banco de dados de informações institucionais; e IV - propor mecanismos de divulgação dos programas, ações e resultados do Departamento. Art. 29. À Coordenação do Sistema Nacional de Informação Penitenciária compete: I - administrar o Sistema Nacional de Informação Penitenciária, promovendo sua correção e atualização; II - coordenar e promover o intercâmbio de informações entre os sistemas penitenciários estaduais e distrital; III - definir, implementar e atualizar, em conjunto com a unidade responsável do Ministério, a política de segurança da informação do Departamento; e IV –coordenar, avaliar e homologar as atividades e projetos da área de informação. Art. 30. À Coordenação de Engenharia e Arquitetura compete: I - assistir tecnicamente as unidades federativas na apresentação de projetos de construção reforma e aparelhamento de estabelecimentos penais, sugerindo, quando pertinente, a celebração de convênio para sua implementação; II - supervisionar as obras de construção, reforma e ampliação, assim como as ações de aparelhamento/reaparelhamento dos estabelecimentos penais das unidades da federação, em parceria com os órgãos estaduais e distritais responsáveis pela administração do sistema penitenciário; 41 III - promover estudos de engenharia e elaborar os planos diretores, projetos básico e executivo, e orçamento de obras; e IV - manter arquivo de projetos de engenharia e arquitetura concernentes aos convênios celebrados, assim como daqueles desenvolvidos no Departamento. Art. 31. À Coordenação de Elaboração e Consolidação de Atos Normativos compete: I – elaborar e fomentar estudos e pesquisas sobre normas complementares à legislação penal; II - subsidiar o Departamento com estudos quanto à aplicação da Lei de Execução Penal e da legislação penal, propondo solução para os casos omissos; e III - acompanhar a tramitação de proposições legislativas de interesse do Departamento. Art. 32. À Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino compete: I - promover a inserção do preso, do internado e do egresso em políticas públicas e programas voltados à educação, saúde, qualificação e inserção profissional, assistência social, efetivação dos direitos humanos, entre outros; II – manter banco de dados dos pleitos formulados pelas unidades da federação; III – promover ações, inclusive em cooperação com instituições de ensino e organismos nacionais e internacionais, de capacitação técnico-profissional do servidor penitenciário; IV – analisar as propostas de convênio formuladas pelas unidades federativas, entidades de direito publico ou privado que visem à reintegração social da população carcerária e do egresso; V – apoiar tecnicamente os estados e o Distrito Federal na elaboração e execução de projetos voltados à assistência jurídica aos presos e aos internados de baixa renda; e VI – acompanhar os convênios celebrados. Art. 33. À Coordenação de Apoio ao Trabalho e Renda compete coordenar a análise de ações, planos, projetos ou programas que visem à profissionalização do preso e do egresso, estimulando sua reintegração no mundo de trabalho. Art. 34. À Divisão de Apoio ao Trabalho compete: I – analisar os projetos que visem à profissionalização do preso e do egresso; e II - acompanhar e fiscalizar a execução dos convênios celebrados. Art. 35. À Coordenação de Apoio ao Ensino compete: I – coordenar a análise das propostas de convênios que objetivem a formação educacional, cultural e artística do preso e do egresso; e II – apoiar a implementação da Política de Educação de Jovens e Adultos no Sistema Penitenciário, em cooperação com o Ministério da Educação. Art. 36. À Divisão de Apoio ao Ensino compete: I – analisar os projetos que tenham por objeto a formação educacional do preso e doegresso; e II - acompanhar e fiscalizar a execução dos convênios celebrados. Art. 37. À Coordenação de Apoio às Escolas Penitenciárias compete: I – analisar as propostas de convênios para execução de ações dentro de sua área de atuação; II – acompanhar a implantação de escolas penitenciárias nos estados e no Distrito Federal; III – coordenar cursos de formação técnico-profissional de servidores penitenciários; IV - produzir e consolidar materiais e métodos que orientem a educação em serviços penais; e V - organizar e manter banco de dados com os trabalhos científicos relativos ao sistema penitenciário, divulgando seu conteúdo, quando solicitado. Art. 38. À Coordenação de Apoio à Assistência Jurídica, Social e à Saúde compete: I – promover e acompanhar ações de assistência jurídica, social e de saúde do preso, do egresso e de sua família; II – analisar as propostas de celebração de convênios para execução de suas atribuições; III – apoiar a implementação do Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, em cooperação com o Ministério da Saúde; e IV – promover e acompanhar ações que assegurem a concessão do auxílio-reclusão e outros benefícios. Art. 39. À Coordenação de Benefícios e Apoio aos Conselhos compete: I - receber, protocolar e analisar os pedidos de indulto individual, instruindo-os e diligenciando-os quando necessário; II - informar ao interessado o andamento processual da solicitação de indulto individual; III - receber os pedidos de indulto coletivo e encaminhá-los aos Conselhos Penitenciários, visando à competente instrução perante a respectiva Vara de Execução Criminal; IV - manter atualizadas as informações pertinentes aos Conselhos Penitenciários e aos Conselhos da Comunidade, inclusive quanto ao número de internos beneficiados pelo indulto coletivo; e V - incentivar os órgãos de execução penal em todo o território nacional, apoiando os Conselhos Penitenciários e a implementação dos Conselhos da Comunidade. 42 Art. 40. À Coordenação-Geral do Programa de Fomento às Penas e Medidas Alternativas compete: I - desenvolver a Política de Fomento às Penas e Medidas Alternativas nas unidades da federação; II – produzir, consolidar e divulgar informações e métodos, por intermédio da definição de diretrizes e da elaboração de manuais de gestão, que desenvolvam a aplicação, execução e monitoramento das penas e medidas alternativas no Brasil; III - apoiar o desenvolvimento das políticas estaduais e distrital de monitoramento da execução de penas e medidas alternativas, bem como a capacitação de servidores responsáveis pelo monitoramento; IV – analisar as propostas de convênios para execução de seus serviços; e V - monitorar os convênios firmados com recursos do FUNPEN que versem sobre sua área de atuação. Art. 41. À Diretoria do Sistema Penitenciário Federal compete: I - promover a execução da política federal para a área penitenciária; II - coordenar e fiscalizar os estabelecimentos penais federais; III - custodiar presos, condenados ou provisórios, de alta periculosidade, submetidos a regime fechado, zelando pela correta e efetiva aplicação das disposições exaradas nas respectivas sentenças; IV - promover a comunicação com órgãos e entidades ligados à execução penal e, em especial, com Juízos Federais e as Varas de Execução Penal do País; V - elaborar normas sobre direitos e deveres dos internos, segurança das instalações, diretrizes operacionais e rotinas administrativas e de funcionamento das unidades penais federais; VI - promover a articulação e a integração do Sistema Penitenciário Federal com os demais órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Segurança Pública, promovendo o intercâmbio de informações e ações integradas; VII - promover assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa aos presos condenados ou provisórios custodiados em estabelecimentos penais federais; VIII - planejar as atividades de inteligência do Departamento, em consonância com os demais órgãos de inteligência, em âmbito nacional; IX - propor ao Diretor-Geral os planos de correições periódicas; e X - promover a realização de pesquisas criminológicas e de classificação dos condenados. Art. 42. À Coordenação-Geral de Inclusão, Classificação e Remoção compete: I - implementar os procedimentos administrativos concernentes às ações de inclusão, classificação e remoção de presos nas penitenciárias federais; II - manter controle, por meio de sistema de gerenciamento, banco de dados informatizado, concernente à população carcerária do Sistema Penitenciário Federal; III - diligenciar nos sistemas penitenciários estaduais e distrital, no Poder Judiciário, Ministério Público e nos organismos policiais para obtenção de documentos relativos aos presos recebidos pelo Sistema Penitenciário Federal; IV - coordenar escoltas e remoções de presos do Sistema Penitenciário Federal; e V - coordenar a realização de pesquisas criminológicas e de classificação de presos recebidos nas penitenciárias federais, provendo a Diretoria com os dados coletados. Art. 43. À Coordenação-Geral de Informação e Inteligência Penitenciária compete: I - coordenar e articular a integração do Sistema Penitenciário Federal com os demais órgãos e entidades componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência - SISBIN, promovendo intercâmbio de informações e ações integradas; II - planejar, coordenar e orientar as atividades de inteligência em assuntos de interesse e competência do DEPEN; III - compilar, controlar e analisar dados de inteligência, submetendo-os à apreciação do Diretor do Sistema Penitenciário Federal; IV - criar e implantar um sistema integrado de informação e monitoramento a ser compartilhado entre a Diretoria do Sistema Penitenciário Federal, as penitenciarias federais e as unidades do Departamento de Polícia Federal instaladas nas circunscrições das penitenciárias federais; e V - assessorar a Diretoria do Sistema Penitenciário Federal em assuntos relativos ao gerenciamento de crises. Art. 44. À Coordenação-Geral de Tratamento Penitenciário compete: I - planejar, coordenar e orientar a execução de ações voltadas às assistências material, jurídica, educacional, social, religiosa, laboral e à saúde dos presos do Sistema Penitenciário Federal; II - realizar inspeções ordinárias e extraordinárias em assuntos de sua competência nas penitenciárias federais; III - assessorar o Diretor do Sistema Penitenciário Federal na elaboração do plano anual relacionado ao tratamento penitenciário nos estabelecimentos penais federais; IV - acompanhar a evolução carcerária dos presos das penitenciárias federais, em conjunto com os respectivos Diretores e com a Defensoria Pública da União; e 43 V - manter intercâmbio com a Coordenação-Geral de Reintegração Social e Ensino, visando estimular atividades voltadas à elevação da escolaridade, qualificação profissional, trabalho e renda dos presos recebidos nas penitenciárias federais. Art. 45. À Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário Federal compete: I - elaborar normas e manuais de correição e disciplina do Sistema Penitenciário Federal, bem como o plano anual de correições ordinárias e extraordinárias; II - assessorar o Diretor do Sistema Penitenciário Federal em assuntos de natureza jurídica; III - receber representação contra servidor do Sistema Penitenciário Federal, coordenando a respectiva apuração; IV - opinar acerca da instauração de procedimento administrativo-disciplinar envolvendo servidor do Sistema Penitenciário Federal; V - indicar os membros integrantes das comissões de disciplina; VI – solicitar a órgãos e entidades públicas e a pessoas físicas ou jurídicas documentos e informações necessários à instrução de procedimentos disciplinares em curso; VII – verificar a regularidade dos trabalhos das comissões de disciplina; e VIII – submeter ao Diretor-Geral, as conclusões alcançadas pelas Comissõesnos procedimentos disciplinares, para decisão da autoridade competente. Art. 46. Às Diretorias dos Presídios Federais compete: I – custodiar presos, condenados ou provisórios, zelando pela correta e efetiva aplicação das disposições exaradas nas respectivas sentenças; II - adotar as medidas administrativas necessárias ao bom funcionamento das penitenciárias federais; III – supervisionar, no âmbito de sua competência, a aplicação das disposições da Lei de Execução Penal e do Regulamento Penitenciário Federal; IV - prover a Diretoria do Sistema Penitenciário Federal com informações sobre situações que ameacem a disciplina e a segurança das penitenciárias federais; V - elaborar plano de prevenção e repressão de tumultos nas penitenciárias federais, submetendo-o à aprovação da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal; VI – articular parcerias com órgãos civis e militares, objetivando atender as necessidades operacionais e de emergência das penitenciárias federais; e VII - prestar apoio administrativo e operacional às Comissões de Processos Administrativo-Disciplinares em atuação nas penitenciárias federais. Art. 47. Às Divisões de Segurança e Disciplina compete: I - orientar e fiscalizar a aplicação dos dispositivos da Lei de Execução Penal e do Regulamento Penitenciário Federal no que tange à disciplina e à segurança das penitenciárias; II – realizar os procedimentos necessários para a inclusão de presos nas penitenciárias federais; III - submeter à Direção da respectiva unidade penal as rotinas carcerárias, planos de segurança interno e externo, bem como as informações concernentes à atuação dos agentes penitenciários federais; e IV - apoiar a Coordenação-Geral de Informação e Inteligência Penitenciária no exercício de suas atribuições. Art. 48. Às Divisões de Reabilitação compete orientar, acompanhar e documentar a aplicação das medidas de reabilitação e classificação da conduta dos presos. Art. 49. Aos Serviços de Saúde compete: I – prestar os serviços de atendimento médico de emergência a as ações de medicina preventiva nas penitenciárias federais em conformidade com os programas aprovados; II – organizar e manter cadastro de dados de saúde relativos a servidores e encarcerados das penitenciárias federais; III – acompanhar a inclusão do preso nas penitenciárias federais; IV - solicitar suprimento de material de consumo e permanente concernente aos serviços médicos prestados; e V - apoiar a Coordenação-Geral de Tratamento Penitenciário nas inspeções ordinárias e extraordinárias. Art. 50. Aos Serviços Administrativos compete: I - receber, arquivar e manter o controle dos expedientes, preservando a ordem necessária para o fluxo dos documentos; e II – apoiar técnica e administrativamente a Diretoria e unidades subordinadas. CAPÍTULO IV ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES Art. 51. Ao Diretor-Geral incumbe: I – elaborar e supervisionar a implementação de ações e operações do Departamento, estabelecendo seus objetivos, metas e diretrizes, expedindo para tanto os atos necessários; 44 II – representar o Departamento junto às autoridades dos demais órgãos e entidades públicas ou privadas; III – assistir o Ministro de Estado da Justiça nos assuntos de competência do Departamento; IV – promover a integração de suas unidades com outros órgãos e entidades públicas e instituições privadas; V – informar ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária todos os dados relevantes e necessários à formulação da Política Penitenciária Nacional, garantindo a implementação de suas decisões e diretrizes; VI – gerir os recursos orçamentários e financeiros consignados em favor do Fundo Penitenciário Nacional; VII – ordenar despesas; VIII – aprovar planos e programas anuais ou especiais, Planos de Trabalho e Projetos Básicos dos Convênios; IX – autorizar procedimentos de licitação, constituir comissões de licitação e de recebimento de materiais e serviços; homologar, adjudicar, revogar e anular licitações; ratificar os atos de dispensa e de inexigibilidade de licitação; bem como praticar os demais atos relacionados ao procedimento licitatório; X – firmar contratos, convênios, acordos e outros ajustes; XI – promover os procedimentos internos para as Tomadas de Contas Especiais decorrentes de convênios firmados com recursos provenientes do FUNPEN; XII – indicar nomes a cargos em comissão, bem como propor a exoneração de seus ocupantes; XIII – homologar o resultado final de concurso público para agente penitenciário federal; XIV – determinar a instauração de processo administrativo disciplinar e outros procedimentos para a apuração de irregularidades; XV – acompanhar os assuntos pertinentes à execução penal e avocar os de natureza administrativa para decisão ou revisão, sem prejuízo das atribuições previstas aos demais dirigentes; XVI – delegar competências; e XVII - prestar informações sobres assuntos da competência do Departamento em atendimento as solicitações dos órgãos de controle interno e externo e às notificações oriundas do Poder Judiciário, submetendo estas últimas previamente à Consultoria Jurídica do Ministério da Justiça. Art. 52. Ao Chefe de Gabinete incumbe: I – elaborar a pauta de assuntos a serem submetidos à decisão do Diretor-Geral; II – examinar, instruir e despachar documentos oficiais; III – receber, analisar e processar solicitações de audiências; IV – coordenar a programação de viagens do Diretor-Geral, provendo os meios para a sua execução; V - assistir o Diretor-Geral em suas funções de representação funcional, política e social; VI - aprovar projetos básicos e termos de referências elaborados pelas áreas subordinadas; VII – fornecer dados necessários em matéria de sua competência para que o Diretor-Geral preste as informações solicitadas pelo Poder Judiciário e órgãos de controle interno e externo; e VIII – secretariar as reuniões presididas pelo Diretor-Geral. Art. 53. Ao Ouvidor do Sistema Penitenciário incumbe: I - protocolar as denúncias, reclamações e representações formuladas pelo preso ou por pessoa física ou jurídica interessada, prestando-lhes as informações necessárias; II - apoiar e incentivar a implantação e o funcionamento de ouvidorias do sistema penitenciário nas unidades da federação; III – informar ao Diretor-Geral das reclamações acerca das deficiências ou irregularidades no âmbito dos sistemas penitenciários, sugerindo soluções; IV – dar o devido tratamento aos pedidos de indulto individual e coletivo, encaminhando este último aos Conselhos Penitenciários objetivando instruí-los perante as Varas de Execução Criminal competentes; V - inspecionar periodicamente os estabelecimentos penais e produzir relatórios, submetendo-os ao Diretor-Geral; VI - aprovar projetos básicos e termos de referências elaborados pelas áreas subordinadas; e VII - emitir parecer, nota técnica e informação sobre os assuntos relacionados à sua área de atuação. Art. 54. Aos Diretores Executivo, de Políticas Penitenciárias e do Sistema Penitenciário Federal incumbe: I - assistir ao Diretor-Geral no gerenciamento, supervisão, coordenação e definição de diretrizes e de prioridades do Departamento; II – dirigir e decidir os assuntos de competência das respectivas unidades; III – promover a execução das atividades, ações e operações correlatas à área sob sua responsabilidade; 45 IV – fornecer dados ao Diretor-Geral para que este preste as informações solicitadas pelo Poder Judiciário e órgãos de controle interno e externo; V – aprovar projetos básicos e termos de referência elaborados pelas áreas subordinadas; VI – submeter planos, programas e projetos específicos de sua área de competência à aprovação do Diretor-Geral; e VII – ordenar despesas. Art. 55. Aos Diretores de Presídio Federal incumbe: I – planejar, orientar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades técnicas e administrativas inerentes às competênciasde sua unidade; II – propor instauração de procedimentos administrativo-disciplinares no âmbito da penitenciária federal; IV - prestar informações sobres assuntos de sua competência ao Diretor do Sistema Penitenciário Federal; V – coordenar as relações da unidade que lhe for subordinada com as demais unidades que compõem o Sistema Penitenciário Federal; e VI – propor ao Diretor do Sistema Penitenciário Federal medidas que visem à otimização dos serviços e a redução de custos. Art. 56. Aos Coordenadores-Gerais e ao Corregedor-Geral incumbe: I – assistir aos respectivos Diretores nos assuntos de sua competência; II – supervisionar as atividades relacionadas às suas unidades; III – propor a expedição de portarias, ordens de serviço e manuais de procedimentos, bem como de planos, programas e projetos gerais e específicos nas matérias das áreas sob sua responsabilidade; IV – propor a realização de operações conjuntas com outras unidades do Departamento ou outros órgãos governamentais; e V - apresentar relatórios de avaliação e desempenho para subsidiar decisões das Diretorias. Art. 57. Aos Coordenadores incumbe: I – coordenar, orientar e avaliar o desenvolvimento das atividades sob sua responsabilidade; II – promover estudos e divulgar legislação e jurisprudência específicas de seu campo de atuação; III – propor a expedição de portarias e ordens de serviço, bem como elaborar manuais de procedimentos em matérias correlatas à área sob sua responsabilidade; IV – propor planos, programas e projetos gerais e específicos, de sua área de atuação; V – acompanhar o controle estatístico referente à eficiência e eficácia de suas ações; e VI – emitir parecer, nota técnica e informação sobre os assuntos relacionados a sua área de competência. Art. 58. Aos Chefes de Divisão e de Serviço incumbe: I – assistir aos respectivos Coordenadores-Gerais e Coordenadores no exercício de suas atribuições; II – propor e fiscalizar o cumprimento de normas e diretrizes específicas, orientadoras das ações administrativas, no âmbito das atribuições de suas unidades; III – implementar e acompanhar planos e projetos de trabalho específicos; IV – promover o controle estatístico referente à eficiência e eficácia de suas ações, bem como consolidar indicadores; e V – emitir parecer a respeito de assuntos pertinentes às respectivas unidades. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 59. Aos servidores com funções não especificadas neste Regimento caberá executar as atribuições que lhes forem cometidas por seus superiores imediatos. Art. 60. Além das competências e atribuições estabelecidas neste Regimento, outras poderão ser cometidas às unidades e servidores pela autoridade competente, com o propósito de cumprir os objetivos e finalidades do Departamento. Art. 61. Os casos omissos e as dúvidas surgidas na aplicação deste Regimento Interno serão solucionados pelo Diretor-Geral do Departamento. (*) Republicada por ter saído, no DOU no- 56, de 24/3/2008, Seção 1, pág. 52, com incorreção no original ANEXO II – RESOLUÇÃO Nº 9, DE 18 DE NOVEMBRO DE 201 1 – DIRETRIZES PARA A ARQUITETURA PENAL O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA - CNPCP, no uso de suas atribuições legais e regimentais, tendo em vista os estudos realizados pela Comissão Interinstitucional nomeada para revisão da Resolução. Nº 03/2005, composta por membros deste Conselho, do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) e do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (CONSEJ); considerando as 46 manifestações advindas da consulta pública e de outros órgãos públicos referente às políticas de saúde e educação; considerando a manifestação dos Conselheiros nas reuniões ordinárias de agosto e outubro de 2011 e nas reuniões extraordinárias de sete e onze de novembro de 2011, na cidade de Brasília; e considerando, finalmente, a necessidade de aperfeiçoamento das Diretrizes para elaboração de projetos, construção, reforma e ampliação de unidades penais no Brasil, resolve: Art. 1º Editar as Diretrizes Básicas para Arquitetura Penal, conforme constam dos Anexos de I a IX* desta Resolução, revogado o disposto na Resolução CNPCP Nº 3, de 23 de setembro de 2005. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. GEDER LUIZ ROCHA GOMES ANEXO III – RESOLUÇÃO CNPCP Nº 1, DE 28 DE ABRIL DE 2008 – OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS PARA LIBERAÇÃO DOS RECURSOS DO FUN PEN CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA RESOLUÇÃO Nº- 1, DE 29 DE ABRIL DE 2008 O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA - CNPCP, no uso de suas atribuições legais e, CONSIDERANDO a pertinência de que o colegiado contribua na elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, sugerindo as metas e prioridades da política criminal e penitenciária; CONSIDERANDO a necessidade de zelar pela fiel aplicação da Lei de Execução Penal; e CONSIDERANDO o que estabelece o art. 2º, parágrafo único, do Decreto n.º 1.093, de 03/03/94; resolve: Art. 1.º A liberação dos recursos financeiros geridos pelo Departamento Penitenciário Nacional estará condicionada à elaboração do Plano Diretor do Sistema Penitenciário pelas Unidades Federativas, a sua aprovação pelo Órgão e ao conseqüente cumprimento do cronograma de ações estabelecido. Art. 2.º O cronograma das ações definidas pelo Plano Diretor do Sistema Penitenciário será objeto de monitoramento e avaliação, por parte de comissão a ser criada pelo Departamento Penitenciário Nacional por meio de portaria. Art. 3.º O Plano Diretor do Sistema Penitenciário conterá o conjunto de ações a ser implementado pelas Unidades Federativas, por um determinado período, visando o cumprimento dos dispositivos contidos na Lei nº 7.210/84 - Lei de Execução Penal, bem como o fortalecimento institucional e administrativo dos órgãos de execução penal locais. Art. 4.º O Plano Diretor, instrumento de compromisso da Unidade da Federação, será composto por 23 metas a serem descritas a seguir: I - Criação de Patronatos ou órgãos equivalentes em quantidade e disposição geográfica suficiente ao atendimento de toda a população egressa do sistema penitenciário estadual; II - Fomento à criação e implantação de Conselhos de Comunidade em todas as comarcas dos estados e circunscrições judiciárias do distrito federal que tenham sob jurisdição estabelecimento penal, atendendo assim suas funções educativa, assistencial e integrativa; III - Criação de Ouvidoria, com independência e mandato próprio, estabelecendo um canal de comunicação entre a sociedade e os órgãos responsáveis pela administração do sistema prisional; IV - Criação de Corregedoria ligada ao órgão responsável pela administração penitenciária na Unidade Federativa; V - Implantação de Conselhos Disciplinares nos estabelecimentos penais, garantindo-se a observância da legalidade na apuração de faltas e na correta aplicação das sanções aos internos; VI - Criação de comissões técnicas de classificação, em cada estabelecimento penal, visando à individualização da execução da pena; VII - Elaboração de estatuto e regimento, com as normas locais aplicáveis à custódia e ao tratamento penitenciário; VIII - Criação ou ampliação, em cada estabelecimento penal, de setores responsáveis pela prestação de assistência jurídica aos encarcerados; IX - Fomento à ampliação das Defensorias Públicas visando propiciar o pleno atendimento jurídico na área de execução penal aos presos; X - Fomento à aplicação de penas e medidas alternativas à prisão, colaborando para a diminuição da superlotação dos presídios, amenizando a reincidência criminal, bem como impedindo a entrada de cidadãos que cometeram crimes leves no cárcere; XI - Criação e instituição de carreiras próprias de agentes penitenciários, técnicos e pessoal administrativo, bem como a elaboração e implantação de um plano de carreira para os servidorespenitenciários; XII - Ampliação do quadro funcional, através de concursos públicos e contratações, em quantitativo adequado ao bom funcionamento dos estabelecimentos prisionais; 47 XIII - Criação de escola de administração penitenciária para a formação dos operadores da execução penal; XIV - Adesão a projetos ou convênios visando a plena assistência à saúde dos encarcerados; XV - Adesão a projetos de instrução escolar, alfabetização e formação profissional; XVI - Criação de espaços literários e formação de acervo para disponibilização aos encarcerados em todos os estabelecimentos penais; XVII - Implantação de estruturas laborais nos estabelecimentos penais de caráter educativo e produtivo, bem como a adesão a projetos visando sua qualificação e inserção no mundo do trabalho; XVIII - Adesão ou desenvolvimento de projetos focados na orientação, amparo e assistência às famílias dos presos, colaborando para a compreensão da importância do papel familiar no processo de reinserção social; XIX - Implantação de terminais de computador em todos os estabelecimentos penais, vinculados à atualização constante dos dados do Sistema de Informações Penitenciárias - InfoPen; XX - Adoção de medidas visando à construção, ampliação ou reforma de estabelecimentos penais, exclusivamente femininos; XXI - Adoção de medidas visando à construção, ampliação ou reforma de estabelecimentos penais, ocasionando por conseqüência a elevação do número de vagas disponíveis aos encarcerados; XXII - Adoção de medidas no sentido de modernizar, através do aparelhamento e reaparelhamento, as estruturas de serviços essenciais dos estabelecimentos penais; XIII - Elaboração e adesão a projetos direcionados à ge ração de oportunidades, para mulheres encarceradas e egressas, de reintegração à sociedade, ao mercado de trabalho e ao convívio familiar. Art. 5.º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando a Resolução Nº 04, de 09 de maio de 2006, e demais disposições em contrário. SÉRGIO SALOMÃO SHECAIRA Publicado no DOU Nº 89, segunda-feira, 12 de maio de 2008, seção 1, Página 27