Buscar

Manual do Recenseador - 2022 IBGE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 190 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 190 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 190 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CD-1.09
MANUAL DO
RECENSEADOR
Ministério da Economia
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE
Censo Demográfico 2022
MANUAL DO RECENSEADOR
CD-1.09
Rio de Janeiro
2022
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 
Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
© IBGE. 2022
Imagens produzidas antes da pandemia de COVID-19.
Sumário
UNIDADE I: Aprendendo os Conceitos Fundamentais para o Censo Demográfico ........ 5
1. CONHECENDO O IBGE ........................................................................................................ 7
2. O CENSO DEMOGRÁFICO 2022 .......................................................................................... 9
3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ...................................................................................... 11
4. ÉTICA E INTEGRIDADE ...................................................................................................... 12
4.1. Ética profissional ................................................................................................................13
4.2. Integridade ..........................................................................................................................14
5. O RECENSEADOR ............................................................................................................... 19
6. POSTO DE COLETA E EQUIPE ............................................................................................ 20
6.1. Quem é o Agente Censitário Supervisor (ACS)? .............................................................20
6.2. Quem é o Agente Censitário Municipal (ACM)? ..............................................................21
7. SETOR CENSITÁRIO E ENDEREÇO .................................................................................... 22
7.1. Classificação dos setores censitários ...............................................................................24
7.2. Áreas de Interesse Operacional (AIOs) ............................................................................27
7.3 Identificando a área de coleta ...........................................................................................28 
7.4. Mapa do setor censitário ..................................................................................................28
7.5. Logradouro, Quadra e Face ..............................................................................................37
8. ENDEREÇO: CONCEITO E COMPONENTES ..................................................................... 42
8.1. Localidade ...........................................................................................................................42
8.2. Logradouro .........................................................................................................................45
8.3. CEP .......................................................................................................................................47
8.4. Número e modificador ......................................................................................................48
8.5. Complemento: elemento e valor .....................................................................................52
8.6. Ponto de Referência ...........................................................................................................56
8.7. Existência de Identificação ................................................................................................57
8.8. Coordenadas Geográficas .................................................................................................59
9. MORADOR ......................................................................................................................... 61
9.1. Quem deve ser recenseado? ............................................................................................62
9.2. Pessoas que ocupam duas ou mais residências ............................................................62
10. ESPÉCIE DA UNIDADE VISITADA ................................................................................... 63
11. DOMICÍLIO ...................................................................................................................... 64
11.1. Critérios de Separação e Independência ......................................................................65
11.2. Classificação dos Domicílios ...........................................................................................67
12. ESTABELECIMENTO ......................................................................................................... 91
12.1. Estabelecimento Agropecuário – EAGRO ......................................................................92
12.2. Estabelecimento de Ensino – EENSINO .........................................................................95
12.3. Estabelecimento de Saúde – ESAUDE ............................................................................96
12.4. Estabelecimento Religioso – ERELIG ..............................................................................97
12.5. Estabelecimento de Outras Finalidades – EOF .............................................................98
12.6. Dados do estabelecimento - Nome ...............................................................................98
12.7. Dados do estabelecimento – Indicador do Endereço ................................................100
13. EDIFICAÇÃO EM CONSTRUÇÃO OU EM REFORMA - ECR ........................................... 102
13.1. Uso Planejado da Edificação .........................................................................................102
13.2. Indicador de Construção ou de Reforma ....................................................................103
13.3. Endereço com mais de uma espécie ...........................................................................103
14. PENDENTE DE ESPÉCIE DA UNIDADE VISITADA – PEUV ............................................. 105
UNIDADE II: Executando a Coleta de Dados .................................................................... 107
15. RECONHECIMENTO, ACESSO, PERCURSO E COBERTURA DO SETOR ........................ 109
15.1. Acesso ao Setor Censitário ...........................................................................................111
15.2. Percurso e Cobertura do Setor ....................................................................................113
16. A CONDUTA DO RECENSEADOR .................................................................................. 144
16.1. Atitudes, deveres e responsabilidades ........................................................................144
16.2. A preservação do sigilo estatístico ...............................................................................145
16.3. Antes de ir a campo .......................................................................................................149
16.4 Cuidados com o Dispositivo Móvel de Coleta – DMC .................................................150
16.5. Procedimentos em campo ............................................................................................151
16.6. Conduzindo a Entrevista ...............................................................................................153
16.7. Resistência à abordagem ..............................................................................................153
GLOSSÁRIO .......................................................................................................................... 160
ANEXO 1 - Procedimentos no DMC .................................................................................. 162
ANEXO 2 - Povos e Comunidades Tradicionais ............................................................... 186
5
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
UNIDADE I: Aprendendo os 
Conceitos Fundamentais para o 
Censo Demográfico
7
CD-1.09
Manualdo RecenseadoR
1. CONHECENDO O IBGE
Por mais de 80 anos, o IBGE vem contribuindo para o Brasil com as suas pesquisas e 
mapeamentos. É um instituto de significado ímpar, dada a importância da sua atuação e 
dos reflexos que oferece para a sociedade, especialmente para o fortalecimento de políticas 
públicas.
Esperamos que você queira saber mais e sinta-se motivado a colaborar com essa apaixonante 
instituição. 
Saiba mais
Se tiver interesse em ampliar seu conhecimento sobre a história do IBGE, visite 
o portal do Núcleo Virtual da Rede de Memória do IBGE. 
Disponível no link: https://memoria.ibge.gov.br/ 
Em seus fundamentos, o IBGE é o órgão coordenador e produtor de informações estatísticas 
e geográficas do país. Para que suas atividades possam cobrir todo o território nacional, a 
instituição conta com uma rede nacional de pesquisa e disseminação, composta por:
 � 27 Unidades Estaduais (26 nas capitais dos estados e 1 no Distrito Federal); 
 � 570 Agências de Coleta de Dados nos principais municípios.
Atenção
A missão do IBGE é “retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento 
de sua realidade e ao exercício da cidadania”.
8
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
O IBGE oferece um panorama objetivo e atual do país, com a produção e a disseminação 
de informações de natureza estatística, geográfica e ambiental. Essa missão se concretiza 
quando o IBGE:
 � identifica, mapeia e analisa o território;
 � realiza a contagem da população;
 � informa como a população vive;
 � apresenta a evolução da economia a partir de 
estatísticas do trabalho e da produção.
Tais informações, relevantes e confiáveis, são 
essenciais para a consolidação de uma sociedade 
democrática e para o planejamento de políticas 
públicas.
 
 
9
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
2. O CENSO DEMOGRÁFICO 2022
O Censo é a principal fonte de dados sobre a situação de vida da população nos municípios e 
localidades. Estes dados podem ser utilizados para a definição de políticas públicas em nível 
nacional, estadual e municipal. E também como auxílio para a tomada de decisões na área 
de investimentos, do setor privado. 
Em 2022, o IBGE realizará o XIII Censo Demográfico, que será um “retrato de corpo inteiro” 
do País com o levantamento do perfil da população e das características de seus domicílios. 
Ou seja, ele nos dirá como somos, quantos somos e como vivemos. 
No Censo 2022, o IBGE visitará cerca de 70 milhões de domicílios brasileiros, espalhados 
pelos mais de 8,5 milhões de km² do nosso vasto território, para conhecer a situação de 
vida da população em cada um dos 5.568 municípios. Um trabalho gigantesco que envolve 
milhares de pessoas!
Para chegar a um consenso sobre quais questões serão investigadas no Censo Demográfico 
2022, o IBGE promove consultas e debates amplos: com a sociedade brasileira, a comunidade 
acadêmica e órgãos técnico-governamentais. 
A partir daí, com a conclusão do Censo, o Brasil vai dispor de informações necessárias para 
conhecer as características das pessoas – onde residem, por exemplo –, a fim de planejar 
políticas e investimentos públicos.
O conjunto de dados coletados trará resultados relacionados a questões fundamentais, 
como: 
 � o total da população do País por sexo e faixa etária e como está distribuída no 
Território Nacional; 
 � a expectativa de vida da população do País; 
 � a estimativa de brasileiros que vivem fora do País; 
 � o número médio de filhos que uma mulher teria ao final do seu período fértil; 
 � o tipo de habitação em que vive a população do País; 
 � a proporção da população que tem acesso ao saneamento básico; 
 � o nível de instrução da população;
 � as condições de trabalho e o rendimento da população; e
 � distribuição por pertencimento étnico-racial da população brasileira, incluindo povos 
indígenas e população quilombola.
O Censo Demográfico, assim como qualquer censo, tem como uma das etapas primordiais a 
coleta de dados. A partir de entrevistas com moradores, o IBGE registra informações sobre 
os seus modos de vida. 
Os dados coletados são relativos ao estado de coisas em uma data específica, isto é, a um 
retrato da situação naquele momento. 
10
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
É preciso adotar uma data específica como referência para evitar divergências entre 
quantitativos e características da população, que se alteram com o tempo: entre o início e o 
fim do período da coleta. 
Atenção
É importante que você não se esqueça da data de referência para o Censo 
Demográfico 2022 que é meia-noite do dia 31 de maio para 1 de junho de 2022.
Isto significa que os Recenseadores deverão considerar a 
realidade desse instante do tempo como referência para 
a coleta de dados.
11
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
O Censo Demográfico 2022 constitui uma grande operação estatística, mobilizando milhares 
de pessoas desde a fase de planejamento até a divulgação dos resultados.
Para atingir os objetivos da operação, a estrutura organizacional do Censo Demográfico 2022 
tem como ponto de partida a estrutura que o IBGE já mantém em cada estado: a estrutura da 
“Unidade Estadual”. A Unidade Estadual representa o Instituto em seu respectivo território.
O esquema a seguir apresenta, para cada estado, os tipos de agentes que atuam na operação, 
bem como os locais a que se vinculam:
 Estrutura censitária simplificada – Censo Demográfico 2022.
12
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
4. ÉTICA E INTEGRIDADE
“Não começamos éticos, a ética não é ponto de partida, mas ponto de chegada. Por não 
começarmos éticos, vivemos crises, dificuldades e impasses. É preciso que, enquanto coletividade, 
lutemos para minimizá-los, pondo nossos ideais em prática”1.
É lugar-comum ouvirmos frases como: a ética é muito importante ou precisamos ser mais 
éticos.
Mas o que é exatamente “ética”?
Todos os dias somos envolvidos em situações que nos exigem tomar decisões: devolver o 
troco extra ou não; denunciar uma infração ou fazer “vista grossa”; usar canudos plásticos ou 
não; namorar esta ou aquela pessoa. Elas surgem quando estamos a caminho do trabalho, 
no mercado, no transporte público, na convivência familiar, nas redes sociais...
As ações que praticamos em nossas vidas têm consequências: boas ou más – não é verdade? 
Dependendo da forma com que lidamos com cada situação, obtemos, no final das contas, 
resultados positivos ou negativos.
Segundo o filósofo Paul Ricoeur, a ética tem como busca original:
“A vida boa, com o outro e para o outro, dentro de instituições justas”2 
Pensar sobre nossas ações é uma tarefa cotidiana. Ela envolve refletir sobre o que pode 
ser melhor para o outro e para o coletivo, por vezes acima de interesses individuais. Pensar 
dessa maneira constitui uma regra de pensamento e um agir ético, em busca de uma 
sociedade mais justa.
A reflexão ética propõe que bons princípios podem nos ajudar a prever melhor as nossas 
ações. Eles nos deixariam sempre preparados para lidar com situações adversas que 
extrapolam “receitas de bolo” ou orientações de um manual.
Por exemplo, no seu dia a dia de trabalho, você poderá se deparar com situações difíceis 
no trato com as pessoas. Principalmente em temas tão sensíveis como os que são tratados 
no Censo. Tanto na interação com a equipe de trabalho, quanto na interação com os 
informantes.
Durante toda a entrevista, por exemplo, o juízo particular do recenseador não deve prevalecer 
sobre os princípios de aplicação do questionário, estabelecidos em diversas instâncias de 
especialistas, em prol da confiança dos dados coletados, utilizados por políticas públicas.
1 Adaptação de excerto de MARCONDES, Danilo. Crise da Ética e Sociedade Brasileira. Estadao.
com.br. São Paulo, 03 de maio de 2017. Disponível em: < https://politica.estadao.com.br/blogs/
fausto-macedo/crise-da-etica-esociedade-brasileira/ >. Acesso em: 30/07/2019.
2 RICOEUR, Paul. Soi-même comme un autre. Paris: Seuil, 1990 apud. PEREIRA, Luís. Paul Ricoeur, 
o Caminho da SabedoriaPrática. Diacrítica, Braga, v. 26, n. 2, p. 470-489, 2012. Disponível em 
<http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0807-89672012000200027&lng=pt&
nrm=iso>. Acesso em: 30 de julho de 2019.
13
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
No IBGE, cada agente que o compõe tem a oportunidade de contribuir para um serviço de 
grandes proporções em favor do interesse social. Para desempenhar uma boa contribuição 
por meio de seu agir, os agentes públicos têm à disposição um outro princípio essencial 
além da ética: a integridade. Esse princípio rege relações e procedimentos dentro de um 
órgão público para preservá-lo especificamente da corrupção.
4.1. Ética profissional
O IBGE oferece a seus agentes públicos um código de ética profissional, para orientá-los a 
agir eticamente em seu dia a dia. O agente ibgeano deve:
 � Zelar pela qualidade dos processos de produção das informações oficiais, adotando 
critérios de boas práticas tanto nas atividades finalísticas quanto nas atividades de apoio.
 � agir com dignidade, decoro, zelo, eficácia, eficiência e consciência dos princípios 
morais, seja no exercício do cargo ou função, seja fora de seu âmbito.
Por exemplo, constitui falta de zelo com a Instituição causar dano a qualquer bem pertencente 
ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade.
Entende-se por agente público:
Todo aquele que por força de lei, contrato ou qualquer ato jurídico preste 
serviços de natureza permanente, temporária, excepcional ou eventual, ainda 
que sem retribuição financeira, a órgão ou entidade da Administração Pública 
Federal direta e indireta.
(art. 19, parágrafo único, da Resolução R.PR nº 06/2013, que institui e aprova o 
Regimento Interno da Comissão de Ética do IBGE).
O agente público deve trabalhar em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando 
seus colegas e cada concidadão, colaborando para o cumprimento das atividades da 
Instituição. A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados contribuem para a 
boa prática profissional. Tratar mal uma pessoa significa causar-lhe dano moral.
Atenção
Ter ética profissional é ponderar sobre as ações realizadas no exercício de uma 
profissão. Esta reflexão deve anteceder a prática profissional, ou seja, ela deve 
orientar o que devemos fazer e como devemos fazer.
O Censo, como qualquer operação, para ser bem executado, não depende apenas das boas 
orientações que o Instituto fornece a seus colaboradores; mas também do empenho e da 
conduta que estes demonstram e “transferem” para o seu trabalho.
A forma como você se relaciona com as pessoas nas diversas circunstâncias de trabalho da 
operação exercerá grande influência na qualidade dos resultados obtidos. Um tratamento 
profissional, seguro, respeitoso – enfim, ético – com sua equipe de trabalho e com os 
cidadãos, que fornecerão as informações, é muito importante.
O Código de Ética Profissional do IBGE funciona como um documento de referência para 
todos os agentes públicos a serviço da instituição. A partir de sua leitura e análise, será 
possível uma melhor reflexão sobre a conduta a ser adotada em cada situação.
14
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
4.2. Integridade
A busca pela promoção de uma cultura ética e íntegra nas organizações públicas e privadas 
tem sido uma preocupação, não só no Brasil, como no mundo... Mas o que é integridade?
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) esclarece que a 
integridade pública tem por objetivo “proteger o interesse público sobre interesses privados 
e dar-lhe prioridade sobre estes no âmbito do setor público”, por meio da “conformidade e 
adesão coerente a valores éticos, princípios e normas comuns”3.
De maneira complementar, o Ministério da Economia caracteriza a integridade como o 
princípio da governança pública que previne e remedia práticas de corrupção nas instituições 
públicas. Isto é, fraudes, irregularidades e desvios éticos e de conduta – das quais são 
exemplos a manipulação de dados/informações e o extravio de recursos materiais4.
As quebras de integridade afetam o governo, as empresas, e as pessoas5. De que maneira?
Os governos:
 � minando a democracia e o Estado de Direito;
 � prejudicando o desenvolvimento em geral;
 � provocando a desmoralização e a perda de confiança no governo e nas instituições 
públicas; e
 � aumentando os custos e reduzindo a qualidade dos serviços públicos.
As empresas:
 � distorcendo o mercado e desestimulando os investimentos;
 � aumentando os custos das empresas;
 � reduzindo a produtividade; e
 � empurrando empresas para a informalidade.
As pessoas:
 � piorando a qualidade de vida e perpetuando a pobreza;
 � arruinando carreiras e reputações;
 � negando acesso a serviços básicos; e
 � gerando sentimento de desilusão.
Como agentes públicos, é fundamental que saibamos como as ações gerenciais de 
controle norteiam as nossas atividades. Ações que primam pela ética, integridade pública e 
transparência.
3 OCDE – Organisation de coopération et de développement économiques. Recommandation Integrité 
Publique. Disponível em:<http://www.oecd.org/gov/ethics/Recommandation-integrite-publique.
pdf>. Acesso em: 27 de janeiro de 2020. Tradução livre.
4 Cf. Portaria Nº 239, de 23 de maio de 2019.
5 Cf. Escola Superior do Tribunal de Contas da União. Fundamentos da Integridade Pública: 
Prevenindo a corrupção, 2020. Disponível em: https://contas.tcu.gov.br/ead/course/search.
php?search=2020%2FPIAPUW01. Acesso em: jul./2020. 
15
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
O IBGE, conhecedor do papel relevante que exerce para a sociedade, vem elaborando uma 
série de medidas para o fortalecimento da integridade institucional, visando ao alcance 
de seus objetivos e de sua missão: “Retratar o Brasil com informações necessárias ao 
conhecimento de sua realidade e ao exercício da cidadania.”
Uma quebra de integridade muito delicada para o IBGE é o uso indevido ou manipulação de 
dados/informações na operação censitária.
São exemplos de uso indevido ou manipulação de dados/informações:
 � acesso ou concessão de acesso indevido aos dados e informações, inclusive com uso 
de persuasão e aproveitando-se de eventual ingenuidade dos usuários;
 � acesso ou concessão de acesso a dados ou informações restritas para uso ou 
divulgação indevida; e
 � manipulação e alteração de dados e informações em benefício próprio ou de 
terceiros.
Atenção
A Lei Federal nº 5.534/1968, modificada pela Lei Federal nº 5.878/1973 e 
regulamentada pelo Decreto nº 73.177/1973, assegura aos informantes das 
pesquisas realizadas pelo IBGE o sigilo das informações prestadas.
4.2.1. Atos Ilícitos e Desvios de Conduta - Quebra de Integridade
Na perspectiva do indivíduo, podemos podemos conceituar integridade como “a qualidade 
daquele que se comporta da maneira correta, honesta e contrária à corrupção”6. Quando 
algum ilícito é cometido, há uma quebra de integridade. É dever de todo agente público, ao 
presenciar alguma irregularidade, denunciar.
Vejamos, a seguir, alguns conceitos relacionados à quebra de integridade.
4.2.1.1. Corrupção
Segundo a organização Transparência Internacional, a corrupção é definida como o abuso do 
poder confiado para ganhos privados7. Este abuso de poder envolve a prática de atos ilícitos 
ou ilegítimos de forma deliberada ou intencional, e é caracterizado pela quebra de confiança 
por parte do agente que comete o ato. Pode envolver agentes públicos ou privados.
6 SEBRAE. Integridade para pequenos negócios: construa o país que desejamos a partir da sua 
empresa, 2017. Disponível em <https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/
Integridade%20para%20pequenos%20neg%C3%B3cios.pdf>. Acesso em: jul./2020.
7 Transparência Internacional. Perguntas frequentes, 2019. Disponível em: <https://
transparenciainternacional.org.br/quem-somos/perguntas-frequentes/>. Acesso em: jul./2020. 
16
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
O ganho privado, ainda que seja, geralmente, de ordem econômica, pode ser de qualquer 
natureza,inclusive a fuga de uma obrigação; e pode ser destinada ao agente que comete o 
abuso de poder ou a um terceiro8. A corrupção é um grave problema no país e no mundo, 
pois dificulta a boa aplicação dos recursos financeiros e o progresso, sendo necessários 
todos os esforços para combatê-la. A Integridade pública é uma resposta estratégica neste 
combate.
4.2.1.2. Fraude
Pela norma ISA 240 da International Auditing and Assurance Standards Board (IAASB)9, fraude 
é um “ato intencional praticado por um ou mais indivíduos, entre gestores, responsáveis 
pela governança, empregados ou terceiros, envolvendo o uso de falsidade para obter uma 
vantagem injusta ou ilegal”.
A fraude pressupõe a intenção de praticar o ato ilícito. Distinguindo-se da fraude, o erro 
é um ato não intencional resultante de omissão, desatenção, má interpretação, fruto de 
descuidos ou engano.
Comete fraude até o agente que não se beneficia dela.
“A intenção é um elemento importante para diferenciar 
a fraude do erro.”
4.2.1.3. Detecção
Ainda que o IBGE adote práticas de prevenção em seus processos de trabalho, alguns 
agentes podem decidir cometer fraude e corrupção, porque julgariam os riscos baixos, ora 
porque obteriam benefícios altos.
A fim de combater a fraude ou corrupção ocasionais, o IBGE vem aprimorando vários 
mecanismos de detecção, por meio de atividades e técnicas, capazes de apontá-las.
4.2.1.4. Pressão ilegal para influenciar agente público
Caso ocorram, no decorrer do trabalho, pressões explícitas ou implícitas que influenciem 
indevidamente a atuação do agente público, fique atento e denuncie.
8 Brasil. Tribunal de Contas da União. Referencial de combate a fraude e corrupção: aplicável a órgãos 
e entidades da Administração Pública / Tribunal de Contas da União. – Brasília : TCU, 2a Edição, 
2018. Disponível em https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/referencial-de-combate-a-fraude-e-
corrupcao.htm. Acesso em: jul./ 2020. 
9 International Auditing and Assurance Standards Board é um órgão normalizador independente, 
definindo padrões internacionais para auditoria, controle da qualidade, avaliação e serviços 
relacionados, facilitando a convergência das normas nacionais e internacionais.
17
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Essas pressões podem provir de superiores hierárquicos (ordem interna), de colegas de 
trabalho (ordem organizacional), ou de agentes políticos e sociais (ordem externa). Exemplos 
de pressões são: pretender convencer funcionários subordinados a violar a sua conduta devida; 
utilizar indevidamente ou manipular dados/informações, quebrar o sigilo da informação.10
Atenção
Ocasionais irregularidades serão apuradas com rigor, de acordo com as 
legislações vigentes.
Outros exemplos de violações de integridade:
O IBGE tem uma Comissão de Ética, e qualquer cidadão pode recorrer a ela para denunciar 
casos de conduta antiética do agente público do IBGE, para instauração de procedimento 
formal, através do e-mail: etica@ibge.gov.br.
I) Desvio Ético ou de Conduta
 � Atraso no andamento dos trabalhos, por conduta profissional dissonante dos 
interesses institucionais;
 � execução de atividades alheias ao serviço, durante o expediente;
 � uso do cargo ou função para favorecimento pessoal ou de terceiros;
 � não realização das atribuições com zelo, dedicação, presteza, responsabilidade e 
qualidade;
 � não cumprimento da carga horária, ou ausência do trabalho, sem prévio aviso ou 
autorização da chefia;
 � omissão do servidor em denunciar ou representar ocorrência de irregularidade; 
 � assédio moral ou sexual; e
 � discriminação de raça, gênero, religião, origem e orientação sexual.
II) Uso Indevido ou Manipulação de Dados e Informações
 � Acesso ou concessão de acesso indevido aos dados e informações, inclusive com uso 
de persuasão e eventual ingenuidade dos usuários;
 � acesso ou concessão de acesso a dados ou informações restritas para uso ou 
divulgação indevida; e
 � manipulação e alteração de dados e informações em benefício próprio ou de 
terceiros.
10 Escola Superior do Tribunal de Contas da União. Fundamentos da Integridade Pública: 
Prevenindo a corrupção, 2020. Disponível em: https://contas.tcu.gov.br/ead/course/search.
php?search=2020%2FPIAPUW01. Acesso em: jul./2020. 
18
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
III) Desvio de Pessoal ou de Recursos Materiais
 � Desvio de função de contratados;
 � utilização de recursos logísticos e materiais em finalidade estranha às necessidades 
do serviço.
Os exemplos de quebra de integridade não se esgotam nesta lista. Cabe ao agente público 
atentar que os atos ilícitos e desvios de condutas estão passíveis de penalidades e sanções 
previstas em leis ou normativos internos.
4.2.2 Ações disciplinares
A Administração Pública tem o dever legal de apurar todas as irregularidades de que 
tiver conhecimento. No caso dos servidores temporários, as apurações disciplinares 
devem ser feitas em sindicâncias administrativas que estão reguladas pela Lei 8.745/93 e, 
subsidiariamente, pela Lei 8.112/90. As penalidades podem chegar a extinção do contrato 
ou mesmo a proibição de fazer concurso público por até cinco anos. 
Devem-se observar, também, situações de acumulações ilegais, conforme previsto no Art. 
6° da Lei nº 8.745/93.
Atenção
O canal apropriado para apresentar denúncia, sugestão, elogio, reclamação 
ou solicitação de providência ou de simplificação de serviços é o site Fala.BR 
(plataforma integrada de Ouvidoria e Acesso a Informação do Governo Federal).
19
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
5. O RECENSEADOR
O Recenseador é o responsável por fazer o trabalho da coleta de dados por meio de 
entrevistas com os moradores. Estando em contato direto com o público, ele representa o 
IBGE para a sociedade. 
A qualidade dos resultados que serão entregues para o país ao final da operação depende 
diretamente da qualidade do seu trabalho e do modo como se dedica às atividades em seu 
dia a dia. 
O trabalho do Recenseador dentro de sua área de trabalho consiste em:
 � obter as informações junto aos moradores;
 � atualizar os endereços dos domicílios e dos estabelecimentos.
O Recenseador contará com a supervisão de um Agente Censitário Supervisor (ACS). O 
ACS lhe fornecerá as informações, o material necessário e seus instrumentos de trabalho, 
assim como lhe prestará orientação técnica e assistência permanente durante o período 
de realização da coleta de dados. É a ele que o Recenseador deve se reportar sempre 
que encontrar alguma dificuldade. Nos municípios onde não houver ACS contratado, o 
Recenseador se reportará ao Agente Censitário Municipal (ACM).
O bom desempenho do trabalho de coleta de dados está associado à maneira como o 
Recenseador se dedicou ao treinamento e, consequentemente, ao domínio dos conceitos e 
dos procedimentos que serão utilizados no Censo Demográfico 2022. 
Atenção
Antes de iniciar a coleta de dados, o candidato a Recenseador faz um bom 
treinamento, no qual se dedica à realização de todas as atividades propostas, 
procurando rever e exercitar os conteúdos e procedimentos. Assim, você deve 
utilizar todos os recursos instrucionais disponíveis, esclarecendo suas dúvidas 
sempre que necessário.
Por isso, é importante que o Recenseador tenha um bom aproveitamento no momento 
de formação, uma vez que a escolha da área em que deseja trabalhar dependerá da sua 
classificação final na avaliação do treinamento. Essa área, chamada pelo IBGE de Setor 
Censitário, será o local de trabalho do Recenseador, onde realizará a coleta de dados. 
Durante o trabalho de coleta de dados, o Recenseador ficará lotado em um local físico sob 
responsabilidade do IBGE, chamado de “Posto de Coleta”. 
20
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
6. POSTO DE COLETA E EQUIPE
O Posto de Coleta é o local de trabalho criado temporariamente pelo IBGE para dar suporte à 
operação censitária. Nele, reúne-se a equipe encarregada do gerenciamento, da supervisão 
e da coleta de dados de uma determinada porção do território.
Sempre querequisitado, o Recenseador deverá comparecer ao Posto de Coleta para que o 
Supervisor possa avaliar seu trabalho e corrigir possíveis falhas. Caso a supervisão indique 
a necessidade de corrigir algum dado coletado, o Recenseador deverá retornar a campo. 
Resumidamente, o trabalho do Recenseador consiste em percorrer o Setor Censitário sob 
sua responsabilidade, registrando todos os endereços de forma correta e realizando as 
entrevistas com os moradores. Nos setores onde há lista prévia, o Recenseador também 
deve atualizar os endereços.
Após a conclusão do trabalho, o Recenseador deve, no menor tempo possível, dirigir-se ao 
Posto de Coleta e devolver o material de trabalho ao Instituto.
6.1. Quem é o Agente Censitário Supervisor (ACS)?
O Agente Censitário Supervisor (ACS) será a pessoa que supervisionará o trabalho de 
uma equipe de Recenseadores, orientando e corrigindo falhas, assegurando, assim, a 
qualidade dos trabalhos. Em linhas gerais, buscará garantir que o Censo Demográfico 2022 
se concretize com sucesso.
O ACS exercerá as tarefas de supervisão da operação censitária, com atenção às questões 
técnicas e de informática, exercendo, quando necessário, tarefas administrativas, como 
renovação de contratos, avaliação de Recenseadores etc. Estará subordinado ao Agente 
Censitário Municipal (ACM).
A função de Supervisão serve de elo entre aqueles que coletam as informações (os 
Recenseadores) e aqueles que gerenciam o Posto de Coleta (responsabilidade do ACM). 
Sua principal função é acompanhar, avaliar e, sobretudo, orientar os Recenseadores 
durante a execução dos trabalhos de campo. Assim, evitam-se erros no preenchimento 
dos questionários e falhas na cobertura do Setor Censitário (como a omissão de pessoas e 
domicílios).
O ACM é quem irá orientá-lo na correta execução de seu trabalho. O ACS deve se reportar 
ao ACM sempre que houver qualquer dúvida ou problema que comprometa a realização de 
suas tarefas.
Para que os ACS cumpram com tranquilidade suas funções, estas foram divididas em duas 
grandes frentes:
�	 o treinamento e a contratação dos Recenseadores; 
�	 o apoio ao Recenseador e a supervisão do seu trabalho de coleta.
21
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
6.2. Quem é o Agente Censitário Municipal (ACM)?
O Agente Censitário Municipal (ACM) desempenhará a função de gerente do Posto de Coleta. 
Isso envolve as seguintes funções: gerenciar um grupo de Supervisores (ACS), distribuir 
tarefas e equipamentos de coleta, repassar treinamento sempre que necessário, assim 
como acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos e cobrar o cumprimento das normas 
estabelecidas pelo IBGE.
O Posto de Coleta serve de base para a equipe da coleta de dados e da supervisão, ou seja, é 
ponto de encontro dos Supervisores e Recenseadores durante as operações do Censo 2022. 
Para gerenciar o Posto de Coleta, o ACM utiliza o Sistema Integrado de Gerenciamento e 
Controle – SIGC.
Durante todo o trabalho do Censo 2022, o ACM estará à frente de dois grupos de ações:
�	Gerenciais – gestão da equipe de Supervisores e Recenseadores, de materiais e dos 
equipamentos do Posto de Coleta; 
�	Técnicas – acompanhamento e orientação técnica da coleta de dados. 
Atenção
O ACM responde técnica e administrativamente ao Coordenador Censitário de 
Subárea (CCS), como visto na estrutura censitária simplificada.
22
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
7. SETOR CENSITÁRIO E ENDEREÇO
Para entender adequadamente a operação do Censo Demográfico, é necessário que você 
conheça a geografia que serve de referência aos levantamentos estatísticos, ou seja, as 
divisões (de caráter legal ou geográfico) do país, como descritas a seguir.
O Brasil está dividido, em seu aspecto político-administrativo, nas seguintes unidades 
territoriais:
Unidades 
territoriais Definição
Unidades da 
Federação São os estados, criados por lei federal, o Distrito Federal e os municípios.
Estados
São as unidades federativas autônomas de maior abrangência 
territorial na organização político-administrativa do Brasil, enquanto 
o Distrito Federal é a UF brasileira onde se localiza a sede do Governo 
Federal.
Municípios
São unidades federativas autônomas de caráter local que dividem 
integralmente os estados em áreas menores. A sua criação, 
incorporação, fusão ou desmembramento se dá por lei estadual (no 
caso do Distrito Federal, a divisão em municípios é vedada por Lei 
Orgânica), observada a continuidade territorial. A sede do Município 
é chamada de “cidade”.
Distritos
Dividem o território municipal em áreas administrativas menores para 
fins de planejamento e sem autonomia em relação à administração 
municipal. São criados, organizados, suprimidos, desmembrados ou 
fundidos por legislação municipal, desde que observada a legislação 
estadual. A sede do Distrito é chamada de “vila”.
Subdistritos
Dividem os distritos ou municípios em unidades menores, criados 
também por legislação municipal. A maior parte dos municípios não 
possui subdistritos, pois estes são adotados, geralmente, em grandes 
cidades, onde apenas a divisão distrital não é suficiente para as 
necessidades da administração. A sua divisão é adotada pelo IBGE 
apenas quando os critérios que este estabelece são atendidos.
23
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Nas operações estatísticas, as unidades territoriais brasileiras são respeitadas. A figura a 
seguir apresenta essas unidades e o número de cada uma delas no país em 2018:
Esquema da divisão político-administrativa do Brasil até setores censitários
Para estudos estatísticos e geográficos, o IBGE subdivide as áreas em unidades ainda 
menores, sendo cada uma delas chamada de “Setor Censitário”.
Atenção
O Setor Censitário é uma unidade territorial de coleta e divulgação de dados 
estatísticos do IBGE.
A extensão territorial do Setor Censitário é planejada para que você levante com qualidade 
as informações exigidas pelo Censo. Com a mesma finalidade, é calculada a quantidade de 
domicílios e estabelecimentos que você deve visitar dentro da área do Setor Censitário. 
Os setores censitários são dimensionados conforme a previsão do trabalho de pesquisa em 
campo e respeitando integralmente a divisão político administrativa: Subdistrito, Distrito, 
Município e Unidade da Federação.
24
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Observe o exemplo do setor censitário a seguir:
Compete ao Recenseador a coleta das informações referentes ao seu setor censitário, 
sempre considerando com rigor a área de coleta. Isto é, não devem ser realizados registros 
de endereços e entrevistas fora da área do seu setor censitário. Não se esqueça de 
registrar e atualizar todos os endereços e realizar as entrevistas em todos os domicílios de 
seu setor.
7.1. Classificação dos setores censitários
Realizar a coleta do Censo em áreas urbanas envolve determinadas estratégias que 
diferem das utilizadas nas áreas rurais. Em virtude disso, cada setor censitário recebe uma 
classificação de acordo com suas características geográficas. 
25
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Essa classificação dos setores censitários em urbanos e rurais também serve de base para a 
divulgação dos dados estatísticos. 
A tabela a seguir indica resumidamente as classificações dos setores censitários em situações 
urbanas e rurais:
CATEGORIA CLASSIFICAÇÕES DEFINIÇÕES
Área urbana
Área urbana de alta 
densidade de edificações
Área urbana com alta densidade de 
edificações.
Área urbana de baixa 
densidade de edificações
Área urbana com baixa densidade de 
edificações, processos de expansão 
urbana, áreas verdes desabitadas, entre 
outras.
Núcleo urbano
Aglomerações urbanas separadas das 
cidades e vilas por menos de 1km ou que, 
superando essa distância, apresentem 
características urbanas (loteamentos, 
conjuntos habitacionais e condomínios).
Área rural
Aglomerado rural
Caracteriza-se pelo caráter aglomerado 
de domicílios, normalmente distantes 
entre si não mais que 50m, e separados 
da franja das cidades e vilas por mais de 
1km, com exceção dos núcleos urbanos.Área rural 
(exclusive aglomerado)
Áreas de uso rural caracterizadas 
pela dispersão de domicílios e pela 
presença usual de estabelecimentos 
agropecuários.
Atenção
Cada uma dessas “situações” requer procedimentos de coleta específicos do 
Recenseador.
26
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Além da distinção entre urbano e rural, o IBGE identifica outras formas de organização 
territorial, às quais dá o nome de “tipos”. Os “tipos” encaixam-se dentro da classificação que 
o IBGE faz dos setores censitários, quando divide o território para fins de coleta de dados.
TIPOS DEFINIÇÃO
Não Especial Setor censitário que não se enquadra em nenhuma outra classificação em tipo.
Aglomerado
Subnormal
Forma de ocupação irregular de terrenos de propriedade 
alheia (públicos ou privados) para fins de habitação em 
áreas urbanas e, em geral, caracterizados por um padrão 
urbanístico irregular, carência de serviços públicos 
essenciais e localização em áreas restritas à ocupação.
Quartel e Base Militar
Setor censitário de instalação administrada por um 
comando das forças armadas, assim considerado caso a 
instalação possua pelo menos 50 habitantes permanentes 
residindo há mais de um ano no local.
Alojamento /
Acampamento
O alojamento é um domicílio coletivo geralmente 
vinculado a alguma instituição, como universidades ou 
empresas, destinado a oferecer moradia por período 
temporário. O acampamento é entendido como instalação 
improvisada composta normalmente por barracas, tendas 
ou outras estruturas rústicas. Devem possuir no mínimo 
50 habitantes residindo há mais de um ano.
Setor com Baixo Patamar 
Domiciliar
Setor censitário que abrange baixa quantidade de 
domicílios, ou onde não foi identificada a presença de 
domicílios.
Agrupamento Indígena
Setor censitário em que existam 15 ou mais indivíduos 
indígenas residentes em uma ou mais moradias contíguas 
espacialmente e por vínculos familiares ou comunitários.
Unidade Prisional Setor censitário relacionado às unidades prisionais que abrigam mais de 50 presos permanentes.
Convento / Hospital / ILPI1 
/ IACA2
É o setor censitário dos domicílios coletivos relacionados 
ao acolhimento de crianças ou idosos, aos conventos e aos 
hospitais que contenham, cada um, mais de 50 habitantes 
permanentes residindo há mais de um ano no local.
Agrovila do PA 
(Projeto de Assentamento)
Setor censitário com mais de 50 domicílios que se 
encontram associados a Projetos de Assentamento. 
São localidades de habitação e produção agrícola, 
caracterizadas pelo adensamento e pela concentração 
de domicílios de famílias de determinado assentamento 
rural.
Agrupamento Quilombola
Setor censitário em que existem 15 ou mais indivíduos 
autodeclarados quilombolas residentes em uma ou 
mais moradias contíguas espacialmente e por vínculos 
familiares ou comunitários.
Os termos “asilo” e “orfanatos”, embora de uso popular, deixaram de ser adotados pelas instituições e 
políticas públicas. Foram substituídos por:
1 ILPI = Instituições de Longa Permanência para Idosos e 
2 IACA = Instituições de Acolhimento a Crianças e Adolescentes
27
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Em resumo, os setores censitários podem ser classificados quanto à sua “situação” ou “tipo”. 
Isto é, em 5 situações e 10 tipos. Por exemplo, um setor censitário, que se localiza em área 
urbana e não rural, pode ter como situação “Área urbana de baixa densidade de edificações” 
e ter como tipo “Quartel/ Base Militar”. Isto é, ele é um quartel localizado numa área urbana 
mais abrangente, que inclui outros setores censitários e outras formas de organização. 
Tipos e situações representam justamente “estruturas territoriais”. “Estruturas territoriais” 
são as formas pelas quais os agrupamentos humanos se organizam. No caso do exemplo 
acima, um grupo menor se organiza sob a forma de um quartel, dentro de uma área maior, 
que é urbana e com pouca aglomeração de edificações.
Entretanto, em alguns casos as estruturas territoriais podem não atingir o quantitativo 
mínimo de domicílios ou habitantes para serem isoladas em setores censitários. Imagine, por 
exemplo, um quartel que abriga apenas 30 moradores, localizado em área urbana densa. Este 
quartel, portanto, não formará sozinho um setor censitário classificado como “Quartel e Base 
Militar”. Ele estará em um setor censitário mais abrangente e classificado como “Não especial”.
7.2. Áreas de Interesse Operacional (AIOs)
Além das áreas listadas até aqui, que configurarão setores censitários, o Censo Demográfico 
2022 contará com áreas diferenciadas, independentes dos setores censitários, chamadas áreas 
de interesse operacional indígena ou quilombola, apenas para fins da operação censitária. Essas 
áreas não compõem setores censitários, mas permitem assinalar áreas em que podem ser existir 
domicílios ou agrupamentos domiciliares ocupados por população indígena e/ou quilombola. 
Caso seja verificada, antes ou durante a coleta, a presença de agrupamento indígena ou 
quilombola, devem ser aplicados os mesmos procedimentos operacionais e metodológicos 
aplicados às áreas setorizadas como indígenas ou quilombolas, dispostos no Manual do 
Recenseador - PCT. 
Caso seu setor censitário em azul (foto) pertença total ou parcialmente a uma área de interesse 
operacional indígena ou quilombola, o mapa do setor no seu DMC mostrará as AIO (retângulo 
mais claro na foto).
Essas áreas são carregadas automaticamente no seu Dispositivo Móvel de Coleta (DMC), 
e as entrevistas realizadas nessas áreas contarão com perguntas específicas que serão 
automaticamente apresentadas no DMC. 
Exemplo de Área de Interesse Operacional na tela 
do Dispositivo Móvel de Coleta (DMC).
28
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
 7.3. Identificando a área de coleta
Quando for iniciar o seu trabalho como Recenseador, você receberá um mapa e uma 
descrição textual do perímetro do seu setor censitário, que fornecem informações para você 
se orientar dentro de sua área de trabalho. 
O mapa do setor censitário é fundamental para a localização do Recenseador em campo e 
para o trabalho de coleta.
Atenção
O mapa do setor censitário é a representação gráfica da área geográfica em 
que o Recenseador realizará o trabalho do Censo.
7.4. Mapa do setor censitário
É a representação gráfica do setor censitário. Por fins práticos, costuma retratar alguns 
outros elementos adicionais para facilitar o reconhecimento do setor em campo. O DMC 
exibe o Mapa por meio de uma imagem, obtida por satélites, da área do setor e das áreas que 
o rodeiam. E destaca com uma cor adequada os limites do setor, para diferenciá-lo das áreas 
restantes. O Mapa do setor censitário é fundamental para a localização do Recenseador em 
campo e para o trabalho de coleta. 
Analisar esse mapa com cuidado e atenção é o primeiro passo para garantir a qualidade do 
trabalho.
É importante, antes de analisar o mapa, compreender alguns conceitos e elementos 
essenciais para a sua utilização.
29
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
�	A legenda apresenta símbolos ou referências a elementos que serão encontrados 
no mapa por meio de cores e estilos de representação gráfica;
�	A escala é a relação de proporção entre o tamanho de um objeto no mundo real e seu 
tamanho no mapa. Uma escala de 1:50.000 significa que 1 cm no mapa corresponde 
a 50.000 cm na realidade (500 m), por exemplo;
�	A imagem de satélites serve para identificação dos elementos do terreno, tais como 
ruas, quadras, grandes construções etc.
As informações adicionais sobre o setor censitário descrevem as estruturas territoriais, 
conforme consta nas páginas 25 e 26, que o caracterizam (núcleo urbano, aglomerado rural, 
terra indígena, etc).
Para interpretar adequadamente os mapas utilizados em seu trabalho, você precisa saber 
também o que são coordenadas geográficas. Para que cada ponto da superfície da Terra 
possa ser localizado em um mapa, foi criado um sistema de linhas imaginárias chamado de 
“Sistema de Coordenadas Geográficas”.
As coordenadas geográficas consistemem um dos métodos mais eficientes de localização, 
pois permitem identificar qualquer ponto na superfície da Terra por meio de dois valores 
– Latitude e Longitude. Elas serão obtidas através de um receptor de sinais de satélites, 
como o GPS integrado ao seu DMC, e serão importante recurso para o trabalho no setor. 
L
o
n
g
i
t
u
d
e
Latitude
30
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Veja abaixo os conceitos:
Saiba mais
Latitude 
É o afastamento, medido em graus, da 
linha do Equador até um ponto qualquer 
da superfície terrestre. Ela vai de 0° a 90° 
e pode ser Norte ou Sul. 
O Brasil é um país cortado pela linha do 
Equador e, portanto, também possui 
latitudes Norte, obtidas na região Norte 
do país. 
Longitude
É o afastamento, medido em graus, do 
meridiano de Greenwich até um ponto 
qualquer da superfície terrestre. Ela vai 
de 0° a 180° e pode ser Leste ou Oeste.
 � Todas as longitudes no Brasil estão à Oeste de Greenwich.
Atenção
As coordenadas capturadas pelo DMC podem conter imprecisões em relação à 
sua posição real de até 10 metros, em média.
7.4.1. Mapa Municipal Estatístico
Além do mapa de setor censitário que você receberá em mãos, no posto de coleta será 
afixado um exemplar do Mapa Municipal Estatístico. Você deve consultá-lo para saber onde 
o seu setor censitário se localiza no município. A partir disso, você poderá planejar os meios 
de acessar o setor censitário. 
7.4.2. Utilizando o mapa de setor censitário
O mapa do setor censitário, sendo uma representação simplificada da realidade, nem 
sempre representa todos os elementos visíveis em campo. Se todas as informações sobre 
um dado território estivessem representadas no mapa, certamente não conseguiríamos 
fazer sua leitura. Em virtude disso, os especialistas do IBGE selecionaram para constar no 
mapa somente os aspectos necessários para orientar seu trabalho de entrevistas no Censo.
Para realizar o trabalho, é essencial que você identifique sua posição no mapa e certifique-se 
de que está localizado dentro do perímetro do setor censitário. Para isso, é necessário que 
você interprete corretamente o mapa, seguindo estas etapas:
31
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
�	confirme a numeração do setor bem como os demais itens do seu documento de 
descrição;
�	identifique o ponto inicial e o perímetro do setor;
�	identifique os acidentes topográficos (rios, serras, lagos, etc.), caso existam, além 
de outros elementos visíveis no terreno que sirvam como referências;
�	reconheça tanto as vias de circulação que fazem parte do setor quanto as que não 
fazem parte. Estas devem ser reconhecidas desde que: estejam próximas aos limites 
do setor censitário ou sejam vias de acesso a ele.
O mapa de setor censitário, portanto, serve para que você consiga localizar os domicílios 
e estabelecimentos que pertencem a sua área de coleta. Em muitos casos, o Recenseador 
não terá em sua lista prévia o registro de todas aquelas unidades que existem no local e que 
devem ser recenseadas. Nesse caso, o mapa de setor oferece indícios de onde elas estão. 
Cada mapa de setor censitário possui o número do geocódigo do setor censitário alvo. Esse 
número serve para identificar e diferenciar os setores censitários.
Além disso, seus limites serão destacados na cor indicada pela legenda e a sua área aparecerá 
sem preenchimento, enquanto as áreas dos setores vizinhos aparecerão colorizadas. Você 
também verá as indicações de faces em linhas destacadas dentro da área do setor, conforme 
a cor indicada pela legenda.
Você receberá o mapa de setor censitário em dois formatos: digital (no DMC) e em duas vias 
em papel (uma com imagem de satélite e outra apenas com os limites e demais informações). 
Embora tenham formatos diferentes, ambos são igualmente importantes e possuem 
praticamente as mesmas informações do setor:
 � identificação do geocódigo;
 � perímetro;
 � organização interna.
32
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
E o aplicativo do DMC possui, particularmente, a função de exibir a posição em tempo real 
do Recenseador no terreno.
Em algumas situações, a realidade do setor pode ter sido modificada depois da geração 
do mapa, como troca de nomes de vias, aparecimento ou desaparecimento de faces ou de 
quadras inteiras. Se, durante o seu trabalho de campo, você encontrar alguma modificação 
entre as informações no mapa em papel e aquelas encontradas no terreno, sinalize-as no 
mapa e atualize as informações da face no aplicativo do dispositivo móvel de coleta. Essas 
alterações são essenciais, pois vão ajudar na atualização dos mapas a serem utilizados em 
atividades e pesquisas posteriores.
Atenção
Procure registar nos mapas as divergências encontradas e comunicar ao seu 
Supervisor, ou ao ACM, para que ele avalie e tome conhecimento das mudanças 
encontradas no setor. Guarde o mapa em papel com cuidado e zele por sua 
integridade, porque, ao término da coleta, os mapas deverão ser devolvidos ao 
IBGE e enviados para as Supervisões de Base Territorial, que vão promover as 
devidas atualizações.
Em alguns casos, o desenho dos limites de um setor censitário pode estar desatualizado em 
relação às imagens de satélite. Isso acontece em decorrência do material que foi utilizado 
para fazer o mapeamento e não representa, necessariamente, erro na delimitação do setor 
censitário. 
Por isso, é recomendável conferir a área a ser coletada, comparando a descrição que o IBGE 
oferece dos contornos do setor com a análise de seu respectivo mapa. 
7.4.3. Descritivo de Setor Censitário
O mapa do setor virá acompanhado da Descrição do Perímetro do Setor, isto é, de um 
texto que define todo o contorno do setor em que você trabalhará. Os limites do perímetro 
demarcam a sua área de trabalho.
Caso você verifique qualquer inconsistência entre o texto descritivo do perímetro e o 
desenho do perímetro no mapa, comunique imediatamente o seu supervisor.
Atenção
A Descrição do Perímetro do Setor Censitário é a relação de acidentes 
topográficos naturais ou artificiais (rios, vias, ruas etc.) que definem o contorno 
da área do setor censitário.
Veja um modelo de Descrição do Perímetro do Setor: 
33
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
A descrição do perímetro do setor censitário é composta de cinco partes:
 � Ponto Inicial e Ponto Final;
 � Descrição do Perímetro;
 � Setores a serem excluídos;
 � Estruturas Territoriais não setorizadas;
 � Acessibilidade e Observações.
A Descrição do Perímetro do Setor Censitário é um dos principais documentos de orientação 
para a coleta. Esse documento, junto com o mapa do setor censitário, é uma garantia para 
que o Recenseador não invada a área de coleta de outro Recenseador ou omita parte das 
unidades do setor censitário sob sua responsabilidade. Esse documento possui informações 
extremamente importantes sobre o setor censitário.
34
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
7.4.4. Geocódigo do Setor Censitário
Para que sejam identificados e diferenciados, todos os setores recebem um geocódigo. O 
geocódigo do setor é a designação utilizada para identificá-lo em relação a outros. Tem 
como objetivo permitir a referência de diversas informações por setor, como: unidade da 
federação, município, distrito, subdistrito e o número do setor. A tabela a seguir mostra um 
exemplo de geocódigo do setor número 51 04104 05 00 0016:
Geocódigo do setor 51 04104 05 00 0016
Estado Município Distrito Subdistrito Setor
51 04104 05 00 0016
Além de constar no rodapé dos mapas, essa numeração também aparece no canto superior 
direito da Descrição do Perímetro do Setor.
7.4.5. Ponto inicial e Ponto final
O Ponto inicial e o Ponto final indicam, de forma sucinta, a referência a partir da qual a 
descrição do perímetro do setor é documentada. O ponto inicial geralmente possui fácil 
acesso. Quando as circunstâncias tornarem inviável adotar o Ponto Inicial como origem do 
percurso, o Recenseador pode adotar um outro ponto, de mais fácil acesso, para iniciar o 
trabalho. É recomendável comunicar o Supervisor esse tipo de ocorrência,para que ele tome 
conhecimento da situação, avalie as mudanças encontradas no setor e oriente a respeito.
7.4.6. Descrição do perímetro
Texto que descreve todo o limite do setor censitário definido a partir das linhas que limitam 
suas bordas. Essa descrição busca ao máximo utilizar pontos de referência estáveis e de fácil 
identificação no local, mas pode, por motivos diversos, possuir, em alguns casos, referências 
de difícil identificação associadas com acidentes geográficos, elementos construídos e 
questões legais.
É possível, também, que você identifique inconsistências, que devem ser imediatamente 
comunicadas à supervisão. A correta observação do perímetro do setor passa a ser a 
garantia de que você não invada a área de coleta de outro setor ou omita parte do setor 
com área sob sua responsabilidade.
Atenção
O perímetro do setor não pode ser alterado, em hipótese alguma, por você, 
Recenseador. Portanto, esteja sempre atento ao perímetro do seu setor.
35
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
7.4.7. Setores a serem excluídos
Alguns setores censitários podem estar dentro de outros. O item “Setores a serem excluídos” 
da Descrição do Perímetro do Setor indica se há setores que estão contidos dentro do 
perímetro do setor descrito e que devem ser excluídos do seu trabalho. Nesse caso, o 
Recenseador não deve coletar informações dos setores excluídos, pois outro Recenseador 
será o responsável por isso.
1) Download de mapa e descritivo de setor no DMC:
Para realizar o download do mapa e do descritivo do setor, você deverá 
acessar o menu “Configuração” e, em seguida, a opção “Mapas”. 
Na tela “gerenciar mapas”, basta clicar nas setas ao lado de cada arquivo. 
Os arquivos que começam com a letra “d” referem-se aos descritivos.
36
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
2) Acesso ao descritivo de setor no DMC:
Para acessar o descritivo do setor, você deverá acessar a tela “setores” e, ao lado do 
número do setor, clicar no ícone de opções para acessar o item “Descrição do Setor”.
7.4.8. Estruturas Territoriais não setorizadas
Por vezes, há agrupamentos humanos, como aglomerados rurais e territórios indígenas, 
dentro do setor censitário do Recenseador, que não foram separados especificamente em 
um setor censitário destacado – como outros são. Nesse caso, esses aglomerados devem 
ser coletados normalmente no setor, mas exigindo uma atenção especial do Recenseador. 
Esses aglomerados são chamados de “Estruturas Territoriais não setorizadas” e também 
podem corresponder a agrupamentos quilombolas e aglomerados subnormais, entre 
outros.
37
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
“Tipos” e “situações”, que vimos mais acima, representam justamente “estruturas territoriais”. 
Lá, em sua seção respectiva, damos o seguinte exemplo:
Há um setor censitário, que se localiza em área urbana (e não rural), que 
tem como situação “Área urbana de baixa densidade de edificações” e tem 
simultaneamente como tipo “Quartel/Base Militar”. Isto é, o setor é um quartel 
localizado numa área urbana mais abrangente. Área que inclui também, por 
sua vez, outros setores censitários e outras formas de organização. 
Em resumo, há um grupo menor que se organiza sob a forma de um quartel, 
dentro de uma área maior, que é urbana e com pouca aglomeração de 
edificações.
No entanto, é possível também que exista, por exemplo, em uma área urbana, de setor 
urbano de alta intensidade de edificações, um quartel que conte com menos de 50 
domicílios. Logo, esse quartel não é setorizado, nem recebe a classificação de “tipo”. Nesse 
caso, indicaremos a ocorrência desse quartel, no descritivo do setor, como não setorizado.
Para setores que possuírem aglomerados subnormais não setorizados em seu perímetro, o 
Recenseador deverá obedecer todas as condutas de acessibilidade e observações especiais de 
abordagem, de acordo com as indicações no descritivo. Contate o Supervisor previamente e 
busque identificar a localização no setor deste aglomerado antes de realizar a coleta em campo.
7.4.9. Acessibilidade e observações
Este item indica o registro de informações sobre o acesso e o percurso dos setores. Por 
exemplo:
Acessibilidade e Observações:
RESTRIÇÃO DE ACESSO
ACESSO FLUVIAL A PARTIR DO POLO BASE DO “BAIXO CATRIMANI”
O texto indica que o acesso ao setor é feito através de um rio. Isso implica uma infraestrutura 
diferenciada em termos logísticos (aluguel de barco etc.) e de tempo de realização do 
trabalho. Portanto, situações como essa requerem análise por parte dos Agentes Censitários 
Municipais (ACMs), dos Agentes Censitários Supervisores (ACSs) e do Recenseador 
responsável.
7.5. Logradouro, Quadra e Face
Para que você seja capaz de realizar seu trabalho corretamente, é necessário identificar 
logradouros, quadras e faces nos mapas e em campo.
Logradouro é uma área pública de circulação de pessoas, veículos e mercadorias 
reconhecida pela comunidade e que, na maioria das vezes, está associada a um nome de 
conhecimento geral (rua, travessa, avenida, beco, estrada etc.). A principal referência para a 
identificação de quadras e faces é o logradouro, por se tratar da via de circulação que dá 
acesso a elas. 
Quadra é, geralmente, um trecho retangular bem definido de uma área urbana ou 
aglomerado rural limitado por vias. A via corresponde comumente a ruas e/ou estradas, 
mas não somente isso. Pode também corresponder a formas irregulares, como estradas de 
ferro, cursos d’água e encostas, entre outros. 
38
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Atenção
A quadra é formada por faces. Em alguns locais, a quadra pode ser chamada 
de “quarteirão”. 
Face é definida como sendo cada um dos lados da quadra, compreendida pela interseção 
de logradouros, contendo ou não endereço. Em outras situações menos frequentes, a face 
pode ser delimitada pelo setor censitário em que se encontra, caso não exista interseção de 
logradouros.
7.5.1. Quadras fechadas e abertas
As quadras podem ser classificadas em “fechadas” e “abertas”, segundo sua estrutura. A 
quadra será considerada fechada quando suas faces constituírem um perímetro fechado, 
ou seja, quando todas as faces forem adjacentes umas às outras sem que faltem faces para 
fechar o perímetro. 
Veja, a seguir, o exemplo de uma quadra com quatro faces. Aqui, temos um exemplo de 
quadra fechada. 
Por outro lado, uma quadra será considerada aberta quando faltar uma ou mais faces para 
fechamento do seu perímetro.
39
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
A seguir, temos um exemplo onde as quadras de número 1 e 2 (quatro faces) são fechadas, 
enquanto as quadras de número 3 (3 faces) e de número 4 (duas faces) são abertas. 
Observe o exemplo de um setor censitário real que possui quadras fechadas (F) e abertas 
(A) e seu croqui.
40
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Observe que, na figura abaixo, temos quadras de área urbana. A Face A destacada, à 
esquerda, está localizada num trecho da Rua Jequitibás, entre duas ruas: Rua Um e Rua 
Dois. A Face B, destacada à direita em formato curvo, está localizada em um trecho da Rua 
Cedros entre a Rua Um e Rua Três. Isso mostra que a face não precisa seguir rigorosamente 
uma forma retilínea.
A face de uma quadra pode abrigar várias unidades edificadas. O Recenseador acessa essas 
unidades a partir do logradouro, isto é, da via.
41
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
O Recenseador deve registrar os endereços das unidades dessas faces, percorrendo a 
quadra em que se encontram. Entretanto, existem faces que não abrigam unidades para 
registro de endereço, chamadas de Faces Nada a Registrar (NAR), como aquelas de um 
terreno sem edificação. São, por exemplo, os terrenos baldios ou utilizados como depósito 
de lixo, que podem ou não estar delimitados por muros.
São também do tipo Nada a Registrar (NAR) as faces de uma praça ou as faces com muros 
em toda a sua extensão, sem acesso ao logradouro. Os exemplos a seguir são enquadrados 
na categoria NAR:
Há ainda o caso particular dos logradouros que terminam sem interseção com outro 
logradouro,ainda dentro do mesmo setor censitário. A figura a seguir mostra uma travessa 
sem saída que tem duas faces (linhas maiores em tons de cinza mais claro e mais escuro). 
Contudo, o mapa do DMC não indicava a existência de endereços na lista prévia do pequeno 
trecho final (pequena linha representando o final do logradouro). Esse trecho final da 
travessa será uma nova face se forem identificados endereços ao final do logradouro.
42
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
8. ENDEREÇO: CONCEITO E COMPONENTES 
O endereço reúne informações que permitem identificar de forma adequada uma unidade 
construída ou em construção dentro de um município, tal como uma casa, um prédio, um 
apartamento, um estabelecimento etc.
O endereço é registrado pelo IBGE segundo um Padrão de Registro de Endereços, que 
contém os seguintes componentes:
 � Localidade;
 � Logradouro;
 � CEP;
 � Número e modificador;
 � Complemento;
 � Ponto de referência;
 � Existência de identificação; e
 � Coordenadas geográficas. 
A seguir, veremos detalhadamente cada um deles.
8.1. Localidade
É o nome pelo qual é conhecido o local ou a região onde está situado o endereço. Nas 
áreas rurais, indica o nome da região (povoados, lugarejos, assentamentos, comunidades 
etc.), enquanto nas áreas urbanas assemelha-se ao bairro. Recomenda-se evitar expressões 
genéricas que não permitam identificar, de fato, a localidade, tais como “Zona Rural” ou o 
nome do próprio município, pois isto tende a ser insuficiente para o registro e localização 
de um endereço. Por exemplo, em um determinado município, são encontrados os bairros 
“Centro”, “Bela Vista” e “Santo Antônio”, além das localidades rurais “Brejo Fundo” e “Matão”. 
Registre as localidades conforme essa indicação, sem a necessidade de menção ao tipo de 
localidade (bairro ou povoado).
43
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Nos municípios onde não há delimitação oficial de bairros e localidades, você deve estar 
atento ao nome reconhecido pela própria população local, que deverá ser registrado. 
Sempre que possível, pergunte aos moradores qual é o nome da Localidade, pois eles 
poderão indicar o nome mais bem conhecido e a grafia correta.
De forma mais específica, em áreas habitadas por Povos e Comunidades Tradicionais, este 
registro merece atenção especial.
Nos casos de endereços localizados em áreas indígenas, o prefixo do campo Tradicionalidade 
nos itens Editar ou Incluir Localidade deve mencionar “Aldeia Indígena...” ou “Terra 
Indígena...” quando o endereço estiver localizado na aldeia ou fora dela, respectivamente 
(“Aldeia Indígena Água Bonita” ou “Terra Indígena Arariboia”, por exemplo).
Para os endereços de povos ou comunidades tradicionais, deve constar no campo ‘Localidade’ 
o registro do tipo de tradicionalidade com a qual a comunidade ou o povo se identifica. 
O tipo de tradicionalidade deve vir antes do nome da localidade propriamente dito (por 
exemplo: “Comunidade Quilombola de Rocinha”, “Comunidade Ribeirinha São Marcos” ou 
“Faxinal Boa Vista”). 
Atenção
Para esse registro você precisa editar o campo “Localidade” ou inserir uma nova 
localidade. Verifique, no anexo 2, a lista de povos e comunidades tradicionais, 
bem como as estruturas territoriais a elas relacionadas. 
Caso não tenha na lista de prefixos a tradicionalidade informada, inclua na lista de 
tradicionalidade da localidade o prefixo em falta. Caso a localidade esteja registrada sem 
prefixo, pressione “edição” para selecionar a opção dita pelo informante.
Selecione o prefixo correspondente à tradicionalidade com a qual a comunidade ou o povo
se identifica no combo de localidade, conforme imagens a seguir:
44
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Atenção
Há, no ANEXO 1, ao final do manual, orientações sobre o “Procedimentos no 
DMC” envolvendo a temática “Localidade, Logradouro e CEP”. Nele você 
encontra o passo a passo para acessar a inclusão e edição de localidades, e 
também para inserir os prefixos do combo de tradicionalidades.
Esta prática de registro de tradicionalidades no campo de Localidade é fundamental para o 
IBGE. Isso favorece a produção de informações oficiais para esses povos ou comunidades 
tradicionais. Caso sua área de trabalho inclua áreas indígenas ou quilombolas, procure 
por orientações específicas de registro da localidade no Manual do Recenseador Povos e 
Comunidades Tradicionais (PCT). Estas orientações são importantes tanto para trabalhar em 
áreas conhecidas quanto para o caso de encontrar áreas ocupadas por Povos e Comunidades 
Tradicionais ainda não registradas pelo IBGE.
45
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
8.2. Logradouro
O Logradouro, conforme visto anteriormente (área pública de circulação), possui uma 
denominação própria, que faz parte do registro do endereço de uma unidade. Portanto, 
o adequado preenchimento deste endereço deve refletir corretamente o logradouro, que 
pode ter seu registro formado por até três componentes:
 � Tipo – indica a natureza do logradouro (sua construção ou forma natural).
 Exemplos: Rua, Avenida, Travessa, Estrada, Praça, Viela, Acesso, Rio etc.
 � Título – indica a patente, a profissão ou o título de nobreza do homenageado. 
Somente será registrado quando houver de fato um título, pois do contrário não 
será preenchido, como ocorre em grande parte dos logradouros.
Exemplos: Santa, São, Doutor, Coronel, Professor, Presidente, Dom, Senhora etc.
 � Nome – denomina propriamente o logradouro, incluindo a preposição, caso exista.
Exemplo: Em um logradouro denominado “Avenida Duque de Caxias”, o Nome 
deverá ser registrado como “de Caxias”.
Logradouro Tipo Título Nome
Rua Madre Paulina Rua Madre Paulina
Avenida Tocantins Avenida Tocantins
Travessa Santa Inês Travessa Santa Inês
Beco Ana Neri Beco Ana Neri
Rua Imperador Rua Imperador
46
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Em determinadas situações, é possível que um logradouro não possua um nome oficial em 
uma placa ou que não seja possível identificar este nome. Nestes casos, busque formas 
complementares de especificar o endereço (como Coordenadas Geográficas e Ponto de 
Referência) e registre o nome do logradouro adotando a seguinte estratégia:
�	prioritariamente, utilize nomes localmente reconhecidos pelos moradores;
�	caso não seja possível, utilize um ponto de referência para identificar o logradouro; e
�	como último recurso, o registro deve ser realizado no campo ‘Nome’ como “Sem 
Denominação”.
�	Quando a única referência de endereçamento é o rio, é importante que este seja 
registrado no campo “logradouro”.
Quando a única referência de endereçamento é o rio, é importante que este seja registrado 
no campo “logradouro”. 
Os exemplos abaixo especificam essas estratégias para uso excepcional.
Logradouro Tipo Título Nome
Estrada para Represa de 
Gericinó
Estrada para Represa de 
Gericinó
Acesso para Fazenda 
Santa Cruz
Acesso para Fazenda Santa 
Cruz
Beco da Associação de 
Moradores
Beco da Associação de 
Moradores
Vicinal da RJ-116 para 
São Martinho
Vicinal da RJ-116 para São 
Martinho
Caminho do Igarapé 
da Prainha para Aldeia 
Indígena Iterap
Caminho do Igarapé da Prainha 
para Aldeia Indígena 
Iterap
Rua Sem Denominação Rua Sem Denominação
No caso dos Logradouros sem nome, há uma orientação adicional. O uso do termo “Sem 
denominação” no campo “Nome do Logradouro” deve vir acompanhado de um número, 
caso o setor censitário possua mais de um logradouro nestas condições. Deste modo, o 
primeiro logradouro sem nome será registrado como “Sem denominação” e os demais serão 
registrados com uma numeração sequencial (“Sem denominação”, “Sem denominação 1”, 
“Sem denominação 2” etc.). Esta ordenação deve obedecer à ordem de percurso do setor 
realizada. Por exemplo: 
 � Registro do 1º logradouro sem denominação encontrado no setor: Sem denominação;
 � Registro do 2º logradouro sem denominação encontrado no setor: Sem denominação 1;
 � Registro do 3º logradouro sem denominação encontrado no setor: Sem denominação 2.
Atenção
Para as pesquisas do IBGE, deve prevalecersempre o nome oficial do logradouro, 
reconhecido pela prefeitura do município, caso exista.
47
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
8.3. CEP
Em todo endereço, haverá ainda um Código de Endereçamento Postal (CEP) associado. 
O CEP é um cadastro de áreas de endereçamento mantido pela Empresa Brasileira de 
Correios e Telégrafos – ECT. Ele é um conjunto numérico constituído de oito algarismos que 
é atribuído a uma área de endereçamento. Em áreas de alta demanda postal, um CEP pode 
estar associado somente a um bairro, um logradouro, um trecho do logradouro ou, em 
casos muito particulares, a um único prédio.
O CEP pode se referir a áreas de dimensões bastante variadas. Aproximadamente 83% dos 
municípios brasileiros possuem apenas um CEP. Entretanto, 98% dos CEPs estão associados 
diretamente a logradouros, concentrados no pequeno número de municípios com mais de 
um CEP (normalmente aqueles com maior população). Vale destacar que há municípios em 
que a área rural, em sua totalidade, possui somente um CEP, enquanto a área urbana possui 
CEPs variados. Alguns exemplos podem ser vistos na tabela a seguir:
CEP TIPO DE CEP REFERENTE A: TOTAL DE CEPS 
NO MUNICÍPIO
57130000 Localidade: Município Santa Luzia do Norte 
– AL
1
88169899 Localidade: Área Rural Biguaçu – SC 797
88164210 Logradouro: Avenida Beira-Rio Biguaçu – SC 797
39334200 Localidade: Vila de Fátima Brasília de Minas – MG 8
20271203 Logradouro: Rua General 
Canabarro – até 318 lado par
Rio de Janeiro – RJ 27.913
20271900 Usuário: Petrobras – Rua 
General Canabarro, 500
Rio de Janeiro – RJ 27.913
Atenção
Nos setores urbanos, cada mudança de quadra, de face ou de logradouro 
durante o percurso pode representar um CEP diferente a ser registrado.
Ao registrar um endereço, você precisará atribuir um CEP válido, corretamente associado a 
ele. O DMC é carregado com uma lista de CEPs válidos para o município onde se localiza o 
setor em coleta. O CEP indicado deve ser válido e correto. Válido, pois deve existir no banco 
de dados dos Correios; e correto, pois deve corresponder adequadamente ao local visitado.
Portanto, lembre-se de pesquisar previamente os CEPs válidos existentes para a área 
do setor, pois isso evitará eventuais dúvidas e erros no momento da coleta.
Caso você identifique em campo ou com algum informante um CEP estabelecido pelos 
correios muito recentemente, ele pode não constar em sua lista de CEPs no DMC. Nestas 
situações, procure identificar se o CEP antigo está registrado na sua lista para seleção no 
DMC ou registre o CEP do logradouro ou localidade mais próximo.
48
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
A identificação dos CEPs existentes no setor deve se iniciar ainda no planejamento do 
trabalho. O Recenseador poderá consultar o site dos Correios ou solicitar o auxílio de seu 
supervisor nessa tarefa.
Atenção
Há no anexo 1, ao final do manual, orientações sobre o “Procedimento do DMC” 
envolvendo a temática “Localidade, Logradouro e CEP”.
8.4. Número e modificador
Número é o valor numérico propriamente dito que indica a posição da edificação no 
logradouro. 
O Modificador está associado à informação do número, quando necessário. Ele especifica o 
número quando é preciso diferenciar mais de uma posição no logradouro com a mesma 
numeração ou adicionar informação a ela. É sempre alfanumérico. 
Veja o exemplo de endereço a seguir:
Avenida Brasil, 1367 B →
LOGRADOURO NÚMERO MODIFICADOR
Avenida Brasil 1367 B
Nesse exemplo, temos a informação do número 1367 B. O número é utilizado para indicar 
a posição relativa de uma unidade no logradouro Avenida Brasil. Nesse caso, a letra (B) será 
denominada modificador e serve para diferenciar essa unidade da 1367 A e da 1367 C, por 
exemplo.
49
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Fonte: Google Street View 09/2020. Na primeira figura, são apresentadas duas unidades, 
cada uma com o seu próprio portão de entrada. O modificador “A” diferencia o endereço 
de número “10A” do outro de número “10”. Na segunda figura, são apresentadas algumas 
das formas mais comuns de modificadores que acompanham o número.
Além de diferenciar o número, o modificador pode também assumir a função de agregar 
informações a ele. Isso ocorre quando o endereço é numerado por um sistema que não 
foi oficialmente instituído pela Prefeitura, mas por outros órgãos e instituições. Nessas 
numerações, o modificador é utilizado para identificar qual é o sistema utilizado na 
numeração, como por exemplo:
�	Fundação Nacional de Saúde (Funasa);
�	SMS (Secretaria Municipal de Saúde);
�	Companhias de Energia e Água (Celg, Coelba, Cedae etc.);
�	Quilometragem em uma rodovia (km).
Por exemplo, é o caso de uma região, sem numeração, que receba a visita da Fundação 
Nacional de Saúde para vacinar a população. Logo, a Funasa numerará as casas para 
estabelecer algum roteiro para a visita que fará em cada casa. 
É comum também a utilização do modificador “SN” (sem número) para indicar que não há 
numeração atribuída a um endereço em nenhum dos sistemas conhecidos: nem no oficial, 
nem em um sistema determinado por alguma instituição reconhecida.
Atenção
A ocorrência de um endereço sem numeração obriga o registro de complemento 
(s) e/ou ponto de referência, valendo-se também das Coordenadas 
Geográficas como um importante recurso de identificação do endereço.
50
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Veja a seguir alguns exemplos com seu contexto de utilização do modificador:
Endereço Número Modificador Contexto de utilização
Rua Sete de 
Setembro, 155
155 Quando há numeração e esta é 
suficiente para identificar a unidade 
de interesse.
Travessa 
Padre Mendonça, 
14 FNS
14 FNS Quando a única numeração disponível 
é definida pelo sistema organizado 
por uma instituição reconhecida: 
FNS, SMS, Funasa, Celg, Coelba, CIST 
- para programa de cisternas, quando 
a mesma estiver ligada a apenas um 
domicílio.
Alameda Boa 
Vista, 182 A
182 A Utilizado diante da necessidade de 
diferenciar unidades com o mesmo 
número, mas com acessos distintos 
no mesmo logradouro (A, B, 1, 2 etc.).
Avenida Capitão 
Manoel Rudge, 
777 Fundos
777 Fundos Outros valores alfanuméricos podem 
ser utilizados com a mesma finalidade: 
diferenciar unidades com o mesmo 
número, mas com acessos distintos no 
mesmo logradouro (Fundos, Frente, 
Térreo, Quadra, Lote, etc.).
Rodovia
MS-352,
km 2
2 km Pode ser utilizado nos casos de 
unidades sem numeração, situadas 
em rodovias ou estradas, para uma 
referência aproximada. Como a 
mesma quilometragem pode abrigar 
mais de uma unidade, pode ser 
necessário usar complemento(s) e/ou 
ponto de referência para individualizar 
o endereço.
Rua Gonçalves 
Dias, 
Sem Número
SN Indica a inexistência de numeração 
após a verificação de todas as outras 
possibilidades de identificação. Neste 
caso, é obrigatório utilizar outros 
recursos (complemento(s) e/ou ponto 
de referência) para identificar a 
unidade.
51
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
Fonte: https://cbic.org.br/sustentabilidade/2019/01/10/programa-cisternas-programa-nacional-de-
apoio-a-captacao-de-agua-de-chuva-e-outras-tecnologias-sociais-de-acesso-a-agua/ 
Endereço em que a única numeração disponível é a do Programa de Cisternas
Atenção
Para as pesquisas do IBGE, deve prevalecer, sempre, o número oficial do 
endereço, reconhecido pela prefeitura do município. Caso um endereço possua 
mais de uma numeração (uma oficial e uma reconhecida por outra instituição, 
por exemplo), registre a numeração oficial no campo reservado ao número 
e indique a numeração alternativa no ponto de referência, caso esta seja 
imprescindível à identificação da unidade.
Caso o número da unidade não esteja visível na fachada do terreno ou da 
edificação, coloque o número no cadastro da unidade e indique que não há 
identificação visível do número na fachada. Há um campo específico no DMC 
(existência de identificação) para marcar uma situação como esta.
52
CD-1.09
Manual do RecenseadoR
8.5. Complemento: elemento e valor
Vamos rever o primeiro

Continue navegando