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A precariedade menstrual se dá a falta de condições financeiras

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A precariedade menstrual se dá a falta de condições financeiras, onde determinadas pessoas, com a renda mais baixa não tem condições de ter pelo menos o necessário para sua higiene pessoal. Segundo os informes do texto apresentado, para evitar que alunas perdessem aula, devido ao período menstrual, criou-se o programa “Dignidade feminina na escola” onde além de enfrentar a violência contra a mulher, também trouxe a iniciativa de doações de absorventes e produtos de higiene intima para as meninas de comunidades com renda baixa.
Internacionalmente os países vem combatendo esse problema de forma conjunta, o Quênia foi o primeiro país a se mobilizar para combater esse problema social, seguido da Índia, na qual conseguiu reduzir a taxa em 12% no ano de 2018.
Outros países apenas diminuíram os impostos cobrados sobre o valor dos produtos de higiene intima da mulher.
No Brasil, para ajudar no combate a esse problema social, existem projetos realizados por empresas que ajudam com a doação dos produtos de higiene e até mesmo alguns projetos sociais, como por exemplo o projeto “Mulheres Por Elas” que arrecada e distribui produtos de higiene para mulheres que estão em situações de vulnerabilidade.
Segundo o site Câmara Municipal do Estado de São Paulo, foi instituído um projeto de chamado Programa de Fornecimento de Absorventes Higiênicos nas escolas públicas de Ensino Fundamental e Ensino Médio. Além disso, os absorventes também são distribuídos para mulheres em situação de vulnerabilidade social e presidiárias. O objetivo desse projeto é combater a precariedade menstrual no estado.
Se formos analisar a sociedade brasileira, isso tem base na exclusão da mulher do debate público e mesmo na questão familiar, que vem desde tempos coloniais, por conta da estrutura que foi desenvolvida pela coroa portuguesa por meio da forma da colonização brasileira, que tinha base nas ordenações, visto pelo prisma do patriarcalismo tão presente na obra de Gilberto Freyre, fez com que as inquietações e mesmo o sentir feminino fosse deixado em segundo plano, em meio a um olhar totalmente caracterizado pela ação e presença masculina.
Dessa forma a questão da menstruação feminina sempre foi um tabu para a sociedade brasileira e quiçá ocidental, assunto sempre tratado de maneira reservada, mesmo entre mães e filhas que por uma visão predominante masculina fez com que isso não tivesse uma verdadeira condução na sociedade.
Se deitarmos nosso olhar na questão social brasileira veremos uma grande desigualdade social e seu bojo entra questões íntimas, como essa precariedade tão presente nas nossas cidades, mas também tão esquecida por parte de nossos governantes, o projeto do Governo de São Paulo é uma atitude muito salutar, porém tardia, muitas mulheres pobres não conseguiram continuar seus estudos por não terem o acesso a seu item tão necessário.
Levando-se em consideração esses aspectos tratados, vemos um real progresso no combate a pobreza menstrual, porém isso não poder ser o ponto final, mas sim o começo da busca por valorização feminina e quebra de tabus que tão mal fazem as mulheres desde a sua entrada de fato na sociedade por meio do trabalho e do voto.

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