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Biografia de Vinícius de Moraes - Linha do tempo

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Biografia 
 
 Vinícius de Moraes 
 
 Vinicius de Moraes é um poeta da segunda geração do modernismo brasileiro. Porém, 
 ele é mais conhecido pelo seu trabalho como cantor e compositor de bossa-nova. Vinicius de 
 Moraes, em 1970. Vinicius de Moraes nasceu em 19 de outubro de 1913, na cidade do Rio de 
 Janeiro. 
 
 É um dos fundadores do movimento revolucionário na música brasileira, chamado de “Bossa 
 Nova”, juntamente com Tom Jobim e João Gilberto. Com essa nova empreitada no mundo da 
 música, Vinicius de Moraes abandonou a diplomacia e se tornou músico, compôs diversas 
 letras e viajou através das excursões musicais. 
 
 É autor de “Soneto de Fidelidade”, uma das mais importantes obras da literatura Brasileira, da 
 peça “Orfeu da Conceição”, e ainda, um dos precursores da Bossa Nova no Brasil. Foi durante 
 a segunda fase do modernismo no Brasil que Vinicius de Moraes teve destaque com suas 
 poesias eróticas e de amor. 
 
 
 
Linha do tempo da trajetória de vida do poeta Modernista brasileiro “Vinícius de Moraes” 
 
 
Biografia 
 
• 1913 
Nasce no dia 19 de outubro, na Rua 
Lopes Quintas nº114, no bairro do 
Jardim Botânico, Rio de Janeiro. Com 
o nome de batismo Marcus Vinitius 
da Cruz de Melo Moraes (apenas aos 
nove anos registra o Vinicius de 
Moraes), é filho de Lydia Cruz de 
Moraes e de Clodoaldo Pereira da 
Silva Moraes. 
 
• 1916 
Muda-se para a Rua Voluntários da 
Pátria, nº 192. É o início de uma longa 
relação de Vinicius e sua família com o 
bairro de Botafogo. Passa a morar com 
os pais e a irmã Lygia na casa dos avós 
paternos, Maria Conceição de Mello 
Moraes e Anthero Pereira da Silva 
Moraes. 
 
• 1917 
Mais uma mudança, dessa vez para a 
Rua da Passagem nº 100, em Botafogo. 
É nesse endereço que nasce seu irmão 
Helius. .................................... 
Entra para a Escola Primária Afrânio 
Peixoto, na Rua da Matriz, em 
Botafogo. 
 
• 1919 
Com apenas seis anos, Vinicius e a 
família mudam-se pela quarta vez para 
outro endereço em Botafogo. Passam a 
morar na Rua 19 de Fevereiro, nº 127. 
 
• 1920 
No ano em que a família se muda 
novamente, dessa vez para a Rua Real 
Grandeza nº130, Vinicius é batizado 
na maçonaria atendendo a um 
desejo do avô materno, Antônio 
Burlamaqui dos Santos Cruz. 
 
1922 
No ano da Semana de Arte Moderna 
em São Paulo, do Centenário da 
Independência comemorado no Rio 
de Janeiro e do levante dos 18 do 
Forte de Copacabana, Vinicius já 
escreve os primeiros versos e 
poemas no colégio. 
 
• 1923 
Aos 10 anos, faz a primeira 
comunhão na Igreja da Matriz, em 
Botafogo. 
 
1924 
Início do Curso Secundário no Colégio 
Santo Inácio, na Rua São Clemente, que 
fica em Botafogo. A partir de agora, 
durante a semana mora com os avós 
paternos na Voluntários da Pátria e 
passa férias e fins de semana com os 
pais, na Ilha do Governador. 
 
• 1927 
Através da amizade com os irmãos 
Paulo, Haroldo e Oswaldo Tapajós, 
compõe as primeiras canções. 
Com amigos do Santo Inácio, forma 
um pequeno conjunto musical para 
tocar em festinhas. Além de Paulo e 
Haroldo Tapajós, também faziam parte 
colegas como Maurício Joppert e 
Moacir Veloso Cardoso de Oliveira. 
 
1928 
Compõe as primeiras canções. Com 
Haroldo Tapajós faz “Loura ou 
Morena” e, com Paulo Tapajós, 
“Canção da noite” (um "fox-
trot brasileiro" e uma "berceuse", 
segundo a definição do próprio 
Vinicius). 
 
 
 
• 1929 
Torna-se Bacharel em Letras pelo 
Colégio Santo Inácio. 
Depois de passar sete anos entre 
Botafogo e Ilha do Governador, muda-
se mais uma vez com a família: volta ao 
Jardim Botânico. Instalam-se na Rua 
Lopes Quintas, em uma casa contígua 
àquela em que Vinicius nascera. 
 
• 1930 
Com apenas 17 anos e seguindo o 
caminho natural de muitos jovens 
que aspiravam as letras, entra na 
Faculdade de Direito da Rua do 
Catete, no Rio de Janeiro. Lá, 
conhece um grupo de intelectuais 
que marcaria definitivamente sua 
vida. No Caju, o Centro Acadêmico de 
Estudos Jurídicos e Sociais, Vinicius 
convive com mestres como Otávio de 
Faria e San Thiago Dantas, além de 
companheiros como Américo 
Lacombe, Hélio Viana, Plinio Doyle, 
Chermont de Miranda e Antonio 
Galloti. 
 
• 1931 
Entra para o Centro de Preparação 
de Oficiais da Reserva (CPOR). Nunca 
participaria, porém, da vida militar. 
• 1932 
Publica pela primeira vez um poema 
de sua autoria na revista A Ordem, 
edição de outubro. A publicação, 
editada pelo intelectual católico e 
crítico literário Tristão de Athayde, 
apresenta um jovem e conservador 
Vinicius, com um poema bíblico de 
152 versos intitulado “A 
transfiguração da montanha”. 
Os irmãos Tapajós gravam “Loura e 
morena” e “Canção da noite”, composta 
quatro anos antes com Vinicius. 
 
• 1933 
Forma-se em Direito e termina o 
curso no CPOR. ................................... 
Estimulado pelo escritor Otávio de 
Faria consegue publicar pela 
Schmidt Editora (de propriedade do 
poeta Augusto Frederico Schmidt) 
seu primeiro livro de poemas: O 
caminho para a distância. 
 
1935 
Publica pela editora Irmãos Pongetti 
seu segundo livro, Forma e exegese. 
Com o destacado avanço em relação 
ao primeiro livro, é reconhecido pela 
crítica e ganha o prestigioso prêmio 
Filipe d’Oliveira. O livro recebe, na 
época, comentários positivos de 
Manuel Bandeira. 
 
1936 
Novamente pela editora Irmãos 
Pongetti, Vinicius lança o terceiro livro, 
uma separata que traz o longo e 
único poema intitulado Ariana, a 
mulher. 
 
1938 
Publica pela concorrida editora José 
Olympio os Novos poemas, seu quarto 
livro. A maturação formal e temática 
de seus versos fazem com que a poesia 
de Vinicius se consolide como uma das 
principais da chamada “Geração de 
30”. Contemporâneos e nomes já de 
peso como Mário de Andrade (a quem 
o poeta dedica o poema “A máscara da 
noite”) elogiam publicamente o livro. 
 
• 1939 
Com a Segunda Guerra Mundial, 
retorna ao Brasil por Portugal. 
Acompanhado de Tati, passa um 
período em Lisboa, em companhia de 
Oswald de Andrade, amigo de sua 
mulher e a quem conhece naquela 
ocasião. 
Em Estoril, aguardando a partida do 
navio de volta ao Brasil, escreve o 
“Soneto de fidelidade”. 
 
• 1940 
Volta ao Rio de Janeiro e vai morar com 
Tati em um apartamento na Rua das 
Acácias, na Gávea. É lá que nasce a 
primeira filha, Susana. Logo depois, a 
família se instala numa casa na esquina 
da Rua Carlos Góes e Avenida General 
San Martin, no Leblon. 
Passa uma longa temporada em São 
Paulo, se aproximando de Mário de 
Andrade e do grupo de jovens 
intelectuais que fundariam no anoseguinte a revista Clima, como 
Antonio Candido e Paulo Emílio de 
Salles Gomes. 
 
1941 
Sem emprego fixo, estudando para 
ingressar na carreira diplomática 
através do concurso para o Itamaraty, 
faz o caminho natural dos escritores de 
sua geração (e de muitas outras no 
Brasil) ao começar a trabalhar como 
crítico cinematográfico no jornal A 
Manhã, dirigido por Múcio Leão e 
Cassiano Ricardo. Sua participação 
como crítico foi fundamental para o 
cinema brasileiro que, nessa época, 
renovava sua crítica com nomes como 
o próprio Vinicius e, em São Paulo, 
Paulo Emilio Sales Gomes. 
 
1942 
Nasce o segundo filho (e único 
homem), Pedro. ..................................... 
Após ser reprovado na primeira 
tentativa de ingressar na carreira 
diplomática, passa a estudar com o 
amigo Lauro Escorel para uma nova 
tentativa que, dessa vez, será bem-
sucedida. 
 
1943 
Publica novamente pela editora Irmãos 
Pongetti o quinto livro, Cinco elegias, 
dessa vez com a colaboração luxuosa e 
decisiva dos amigos Manuel Bandeira 
(que, além de ser um dos que 
financiam o volume, colabora com o 
projeto gráfico), Aníbal Machado e 
Otávio de Faria. 
 
1944 
Trabalha nos serviços burocráticos do 
Itamaraty e, ao mesmo tempo, segue a 
carreira jornalística ao dirigir o até 
então revolucionário suplemento 
literário de O Jornal. Sua atuação será 
marcante pelo time de colabores que 
reúne, muitos deles futuros grandes 
nomes ainda inéditos para o público. 
 
1945 
O fim da Segunda Guerra Mundial e do 
Estado Novo de Getúlio Vargas é 
também o ano da morte de Mário de 
Andrade. A perda é precedida por um 
pesadelo de Vinicius, em que amigos 
morriam em um acidente de avião. 
Essa história deixa marcas no poeta e 
viram versos famosos em “A manhã do 
morto”, poema dedicado ao seu 
grande amigo paulista. 
 
1946 
Assume seu primeiro posto 
diplomático, como vice-cônsul em 
Los Angeles, Estados Unidos. Viaja em 
junho na companhia do amigo 
Fernando Sabino. 
 
Mora em Hollywood com Tati e os 
filhos Susana e Pedro. Já no primeiro 
ano de uma temporada que dura 
cinco anos sem retorno ao Brasil, 
Vinicius se aproxima dos músicos 
brasileiros que habitavam a 
América, como Carmem Miranda e 
seu Bando da Lua. 
 
1947 
Período em que mergulha no cinema 
e no Jazz norte-americanos. Por 
morar perto dos estúdios de Hollywood 
e frequentar assiduamente a casa de 
Carmem Miranda e Alex Vianny (crítico 
cinematográfico brasileiro que morava 
na mesma cidade durante o período), 
vive entre músicos, atores, 
cineastas, executivos e críticos de 
cinema. 
 
Faz um curso de cinema com Gregg 
Toland e Orson Welles, de quem se 
torna amigo pessoal. 
 
• 1949 
Através da iniciativa de seu amigo e 
também funcionário do Itamaraty, João 
Cabral de Melo Neto, vê seu 
poema Pátria minha ganhar uma 
tiragem especial de cinquenta 
exemplares, feitos na prensa pessoal 
do poeta pernambucano. A prensa foi 
batizada por ele de O Livro 
Inconsútil. 
 
• 1950 
No ano da morte de seu pai, viaja até o 
México para visitar seu amigo e Cônsul-
geral do Chile no país, Pablo Neruda. 
Foi um período em que Neruda, que se 
encontrava doente, lançava também 
no México o seu aclamado Canto geral. 
Ainda no país, conhece o pintor David 
Siqueiros e reencontra o amigo de 
juventude, e também pintor, Di 
Cavalcanti. 
 
• 1951 
Na sua volta ao Brasil, passa a viver 
com Lila Maria Esquerdo Bôscoli. Os 
dois mudam-se para o Arpoador. 
Volta a trabalhar em jornal, dessa vez 
no Última Hora, fundado por Samuel 
Wainer. Vinicius assina crônicas 
sobre temas variados e permanece 
durante um ano exercendo também 
a crítica de cinema. 
 
Suas amizades incorporam novos 
parceiros como o boêmio, cronista e 
letrista Antonio Maria e o diretor de 
cinema Alberto Cavalcanti. 
 
1952 
Ano de muitas viagens ao redor de 
sua relação cada vez maior com o 
cinema. Sua amizade com Alberto 
Cavalcanti rende o convite para a 
realização do roteiro de seu próximo 
filme, sobre Aleijadinho. Com os 
primos Humberto e José Franceschi, 
viaja durante um mês pelas cidades 
históricas de Minas Gerais para 
registrar e fotografar a obra do artista 
mineiro. 
 
1953 
No ano em que nasce sua terceira filha, 
Georgiana, Vinicius passa a assinar o 
correio sentimental do semanário Flan, 
de Samuel Wainer. Dirigido por Joel 
Silveira, editado à cores e 
revolucionário na proposta, o 
semanário durou apenas nove meses 
em meio à intensa campanha de Carlos 
Lacerda contra o dono do jornal. O 
poeta assinava as colunas de sua 
seção intitulada “Abra o coração” 
como Helenice. 
 
• 1954 
É lançada no Brasil, pela editora A 
Noite, sua Antologia poética. O 
conjunto de poemas foi organizado 
pelo próprio autor, com ajuda de 
amigos como Manuel Bandeira. 
 
Sua peça Orfeu da Conceição é 
premiada no concurso de teatro do 
IV Centenário do Estado de São Paulo 
e publicada na revista Anhembi. Era 
o começo de um ciclo de trabalhos ao 
redor de Orfeu nos anos seguintes. 
 
1955 
Através de Mary Manson, diretora da 
Cinemateca francesa, conhece o 
produtor Sacha Gordine. Juntos 
desenvolvem o projeto de realizar 
um filme a partir de sua peça Orfeu 
da Conceição. Vinicius desenvolve o 
roteiro e viaja com o produtor ao Brasil 
para levantar financiamento, mas 
retornam a França sem sucesso. No 
mesmo ano, porém, já se iniciam os 
planos para a apresentação da peça no 
seu formato original, isto é, o teatro. 
 
1956 
No ano em que nasce sua quarta filha, 
Luciana, consegue uma licença-
prêmio do Itamaraty e retorna ao 
Brasil por breve período para 
encenar sua peça Orfeu da 
Conceição. No mesmo período, Sacha 
Gordine fica em Paris produzindo o 
filme que resultaria no 
premiado Orfeu Negro. 
 
• 1957 
Passa o ano em Paris, divido entre os 
afazeres da Diplomacia na UNESCO e 
a música popular. No final do ano é 
transferido para a Embaixada Brasileira 
no Uruguai e passa um breve período 
no Brasil até seguir para Montevidéu. 
....................... 
Publica a primeira edição do seu 
Livro de sonetos pela editora carioca 
Livros de Portugal. 
 
1958 
Sofre um grave acidente de automóvel 
em Petrópolis, porém sem maiores 
consequências. 
 
1959 
Seguem os lançamentos discográficos 
com as composições de Vinicius e Tom. 
João Gilberto, que batiza seu próprio 
disco de estreia de Chega de Saudade, 
apresenta uma interpretação 
inovadora e transforma a canção da 
dupla em uma das mais importantes da 
história brasileira. Após esse disco, que 
ainda contava com “Brigas, nunca 
mais”, outra composição dos dois, os 
três nomes serão sempre lembrados 
como os fundadores da Bossa Nova. A 
cantora Lenita Bruno contribui para a 
fama ao gravar o LP Por toda minha 
vida, apenas com canções da dupla 
Vinicius e Tom. 
1960 
Em meio à explosão da Bossa Nova que 
começava no Brasil, retorna 
definitivamente do Uruguai para servir 
na Secretaria de Relações Exteriores e 
tem um ano dedicado aos lançamentos 
literários. ......................... 
 
Publica, pela Editora do Autor (dos seus 
amigos Fernando Sabino e Ruben 
Braga), a segunda edição da 
sua Antologia poética, com acréscimo 
e revisões de poemas. 
 
• 1961 
Inicia novas parcerias ao começar a 
compor com o jovem Carlos Lyra. 
 
Publica pela Nuova Academia Editrice, 
em Milão, a tradução italiana 
de Orfeu Negro, feita por P. A. Jannini. 
 
É lançado o disco Brasília – Sinfonia da 
Alvorada, feito em parceria com Tom 
Jobim. 
 
1962 
Em um período intenso de sua vida 
artística, conhece e começa a compor 
com Baden Powell. Após três meses 
morando – e bebendo – juntos no 
Parque Guinle, produzem um dos 
cancioneiros mais definitivos da música 
popular brasileira. Desse encontro, 
cujas canções serão lançadas aos 
poucos durante os anos seguintes, 
surgem todos os Afrosambas da 
dupla,cujo disco só é gravado quatro 
anos depois. 
 
1963 
Em uma temporada na casa de Lúcia 
Proença, em Petrópolis (projetada por 
Oscar Niemeyer), continua a expandir 
seus parceiros, dessa vez com a 
novíssima geração de músicos do 
período. Faz, com Edu Lobo, uma 
série de canções bem sucedidas 
como “Arrastão” e “Zambi”. Compõe 
também com os jovens Francis Hime 
(de quem continuaria parceiro ao longo 
da vida) e Jards Macalé. 
 
1964 
Regressa ao Brasil depois do golpe 
militar de 31 de março. Volta a exercer 
regularmente o jornalismo ao assinar 
crônicas semanais para a revista Fatos 
e Fotos e textos sobre música popular 
para o Diário Carioca. 
 
 
1965 
Inaugurando a era dos Festivais na 
música brasileira, “Arrastão”, 
canção composta com seu jovem 
parceiro Edu Lobo e interpretada por 
uma bombástica Elis Regina, é eleita 
a melhor música do I Festival 
Nacional de Música Popular 
Brasileira da TV Excelsior. 
 
1966 
É lançado pela gravadora Forma os 
Afrosambas, disco de Vinicius e Baden 
Powell. Reunindo músicas que vinham 
sendo feitas nos últimos anos, a dupla 
cria um marco na música popular 
brasileira pela sua fusão entre o violão 
de Baden, as letras de Vinicius e os 
ritmos e temas do Candomblé baiano. 
 
Vinícius também leva o segundo 
prêmio com “Valsa do amor que não 
vem”, composta com Baden Powell e 
interpretada por Elizeth Cardoso. 
 
1967 
Devido a um pedido seu, aprofunda 
sua histórica ligação com Minas Gerais 
após ser posto, pelo Itamaraty, à 
disposição do Governo de Minas Gerais 
e da Fundação Ouro Preto (na época 
dirigida pelo escritor Murilo Rubião) 
para estudar a realização anual de um 
Festival de Arte. Passa a frequentar 
intensamente a cidade histórica, entre 
casas de amigos e bares da noite 
mineira. 
 
Ainda ligado a Festivais, participa 
como jurado no I Festival de Música 
Jovem da Bahia. 
 
1968 
No ano em que o Brasil conhece o início 
do momento mais obscuro da ditadura 
militar, Vinicius perde no dia 25 de 
fevereiro sua mãe, Lydia de Moraes. 
 
Em dezembro, mês da instauração do 
Ato Institucional nº 5, realiza, ao lado de 
Baden Powell e da cantora Márcia, uma 
série de shows em Portugal. No dia 13, 
data da publicação do Ato, Vinicius 
faz no palco, como forma de 
protesto, uma leitura de seu poema 
“Pátria minha”. 
 
1969 
Após uma ordem direta do Presidente 
Arthur Costa Silva, Vinicius é exonerado 
do Itamaraty em meio a um expurgo 
oficial de funcionários não alinhados 
com o governo ditatorial do período. 
............................. 
Vive uma intensa agenda de shows que 
levaram Vinicius a Salvador, Buenos 
Aires, Montevidéu e Lisboa. Também 
na cidade portuguesa, realiza e grava 
ao vivo na Livraria Quadrante um 
recital de poesia. O mesmo torna-se, 
no ano seguinte, um disco lançado pelo 
selo Festa. 
 
1970 
Nasce Maria, quinta filha de Vinicius. 
 
Inicia longa e frutífera parceira de 
canções, discos e shows com 
Toquinho. A primeira canção que 
compõe juntos é “Como dizia o 
poeta”. Ela é apresentada em 
setembro, em show feito no Teatro 
Castro Alves. 
 
1971 
Com intensa agenda de shows ao lado 
de Toquinho e outras cantoras, são 
lançados, no mesmo ano, vários discos 
com Vinicius. O primeiro é Como dizia o 
poeta, com Maria Medalha e Toquinho 
(RGE), baseado no show de grande 
sucesso no ano anterior. 
 
1972 
Novamente um ano ocupado por 
shows e gravações no Brasil e em 
outros países. Com Toquinho, lança 
São demais os perigos dessa vida. A 
dupla também lança, ainda com Maria 
Creusa, o álbum Eu sei que vou te 
amar, versão brasileira do show do 
trio, feito no ano anterior, na boate 
argentina La Fusa (RGE). Com Maria 
Medalha, lança o disco Marília e 
Vinicius – encontros e desencontros 
(RGE). 
 
• 1973 
Vinicius e Toquinho fazem a trilha 
sonora da novela O Bem Amado 
(Som Livre), da Rede Globo de 
Televisão. 
 
1974 
Vinicius e Toquinho trabalham em 
mais uma (e derradeira) trilha 
sonora para novela. Dessa vez é Fogo 
sobre terra (Som Livre), novamente da 
Rede Globo de Televisão. Ainda 
lançam Vinicius e Toquinho (Philips) 
e Toquinho, Vinicius & amigos (RGE). 
...................... 
Viaja com seu vizinho e amigo Calazans 
Neto para Londres. Depois, segue para 
breve temporada na Itália. 
 
1975 
Entre excursões europeias, com uma 
série de shows, grava dois discos 
com Toquinho na Itália: Toquinho, 
Vinicius de Moraes e Ornella 
Vanoni e O Poeta e o Violão (RGE). 
Grava também mais um álbum da 
dupla, novamente intitulado Vinicius e 
Toquinho (Philips). 
 
• 1976 
Em um ano sem trabalhos com 
Toquinho, faz, com o antigo parceiro 
Edu Lobo, a trilha sonora do 
musical Deus lhe pague. 
 
Passa a viver com Marta Rodrigues 
Santamaria e se divide entre Rio de 
Janeiro e Buenos Aires. 
 
1977 
Participa, ao lado de Tom Jobim, 
Miúcha e Toquinho, do marcante show 
Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha, um 
sucesso que ficou sete meses em 
cartaz na casa de shows carioca 
Canecão. O disco, lançado pela Philips 
no mesmo ano, torna-se fundamental 
na música popular brasileira. O show 
ainda tem breves excursões para São 
Paulo e para outros países. 
 
• 1978 
São lançados os livros O falso 
mendigo, poemas de Vinicius de 
Moraes, edição numerada de 200 
exemplares com xilogravuras de Luis 
Ventura, feita pela editora Fontana; 
e Amor total, livro dedicado a um 
soneto famoso do autor, editado 
pela Record. ........................................ 
 
É lançado o filme-
documentário Vinicius, um rapaz de 
família, dirigido pela sua filha Susana 
Moraes. 
Passa a viver com Gilda de Queirós 
Mattoso, sua última mulher. 
 
1979 
Vinicius e Toquinho comemoram sua 
bem sucedida parceria com o 
disco 10 anos de Toquinho e 
Vinicius (Philips). 
 
A convite do então líder sindical do ABC 
paulista, Luís Inácio Lula da Silva, lê, em 
uma assembleia, seus poemas no 
Sindicato dos Metalúrgicos de São 
Bernardo. Dentre os poemas, uma 
aclamada récita de “O operário em 
construção”. 
 
• 1980 
Mesmo passando por dificuldades com 
sua saúde, lança, com Toquinho, pela 
gravadora Ariola, seu derradeiro 
disco, Um pouco de ilusão. 
 
Morre de edema pulmonar no dia 9 de 
julho em sua casa na Gávea, ao lado de 
seu parceiro Toquinho e de Gilda 
Mattoso. 
 
 
 
 
Fonte: 
https://www.viniciusdemoraes.com.br/ 
 
Imagem: 
https://www.bn.gov.br/en/arquivo/ima
gem/imagem-livro-aberto-4272 
 
Foto: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vinicius_d
e_Moraes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.viniciusdemoraes.com.br/
https://www.bn.gov.br/en/arquivo/imagem/imagem-livro-aberto-4272
https://www.bn.gov.br/en/arquivo/imagem/imagem-livro-aberto-4272
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vinicius_de_Moraes
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vinicius_de_Moraes

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