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04 - Notas explicativas e outras informações

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DESCRIÇÃO
Notas explicativas e relatórios de divulgação como ferramentas de comunicação entre as
empresas e os investidores e credores existentes e potenciais.
PROPÓSITO
Compreender o conceito, a estrutura e a finalidade das notas explicativas para assegurar a
legibilidade e a representação fidedigna das divulgações contábil-financeiras e evidenciar a
situação patrimonial e financeira das empresas aos tomadores de decisão (investidores e
credores).
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar este conteúdo , tenha em mãos recursos computacionais com acesso a editor
de textos (Word). Isso será necessário para a elaboração de notas explicativas referentes às
demonstrações contábeis e aos relatórios elaborados pela administração.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer as finalidades das notas explicativas
MÓDULO 2
Reconhecer a estrutura e a redação das informações contábil-financeiras nas notas
explicativas
MÓDULO 3
Descrever a importância dos demais relatórios de divulgação no processo de tomada de
decisão
INTRODUÇÃO
Compreenderemos a importância da elaboração das notas explicativas para a tomada de
decisões. Partiremos do fato de que as informações dessas notas mencionam o que foi e o que
não foi contabilizado, e isso pode impactar os benefícios futuros da entidade. Dessa forma, as
informações devem ser relevantes, fidedignas, além de compreensíveis para os usuários.
Em seguida, trataremos das estruturas e da redação de notas explicativas que atendam aos
preceitos de relevância, materialidade e custo-benefício definidos nas normas contábeis, sem
perda de informação útil para os usuários.
Por fim, estudaremos diferentes relatórios que contribuem para a tomada de decisões, tais
como o relatório da administração, o relatório da auditoria, o parecer do conselho fiscal, o
relatório do comitê de auditoria, o balanço social e o relatório de sustentabilidade.
MÓDULO 1
 Reconhecer as finalidades das notas explicativas
 
Foto: Shutterstock.com
CONCEITOS
As notas explicativas fazem parte do conjunto de demonstrações financeiras previsto na Lei n.
6.404, de 15 de dezembro de 1976, conhecida como Lei das Sociedades por Ações.

§ 4º. AS DEMONSTRAÇÕES SERÃO
COMPLEMENTADAS POR NOTAS EXPLICATIVAS E
OUTROS QUADROS ANALÍTICOS OU
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NECESSÁRIOS PARA
ESCLARECIMENTO DA SITUAÇÃO PATRIMONIAL E
DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO.
(EQUIPE ATLAS, 1987. p.119)
O Pronunciamento CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis −, publicado pelo
Comitê de Pronunciamento Contábeis, orienta que “A entidade deve divulgar, seja no Balanço
Patrimonial, seja nas notas explicativas, rubricas adicionais às contas apresentadas
(subclassificações), classificadas de forma adequadas às operações da entidade.” (CPC 26
(R1), 2011, p.22).
Devido à importância da evidenciação contábil (Disclosure ), temos adicionalmente o OCPC
07 – Evidenciação e Divulgação dos Relatórios Contábil-financeiros de Propósito Geral −, que
versa sobre a elaboração de notas explicativas, o qual define como objetivo “[...] tratar dos
requisitos básicos de elaboração e evidenciação a serem observados quando da divulgação
dos relatórios contábil-financeiros de propósito geral”. (OCPC 07, 2014, p. 2).
Dentro desse contexto de normativas, podemos apontar que:
As notas explicativas visam a fornecer as informações necessárias para esclarecimento
da situação patrimonial.
Ou seja, de determinada conta, um saldo ou uma transação, ou de valores relativos aos
resultados do exercício, ou para menção de fatos que podem alterar futuramente tal situação
patrimonial. Torna-se, portanto, fundamental para o leitor a análise tanto do conteúdo da
informação como da maneira como está apresentada.
Assim, a transparência dos demonstrativos contábeis é de vital importância para seu público,
bem como para gerar condições de embasamento necessárias para que ele tome decisão. A
comunicação eficiente entre as companhias, os investidores e os credores tem papel
fundamental para o funcionamento no mercado.
 
Imagem: MARTINS et. al., 2010. Adaptado por Milene Holanda Nantes.
A imagem anterior demonstra a importância das notas explicativas ao interpretar as
operações que afetam o patrimônio e demonstrá-las para os stakeholders de forma que
seja eficiente, ou seja mensagem relevante para a tomada de decisões econômicas
fundamentadas.
A orientação técnica OCPC 07 – Evidenciação na Divulgação dos Relatórios Contábil-
financeiros de Propósito Geral −, item 6, menciona que o objetivo do relatório contábil-
financeiro:
“é fornecer informações contábil-financeiras acerca da entidade que reporta essa informação
que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por empréstimos e a
outros credores, quando da tomada de decisão ligada ao fornecimento de recursos para a
entidade.” (OCPC 07, 2014).
 
Imagem: Shutterstock.com
ORIENTAÇÕES E CARACTERÍSTICAS DAS
NOTAS EXPLICATIVAS
Na tabela a seguir, são apresentadas as principais orientações do OCPC 07, requisitos que
precisam estar contemplados nas notas explicativas por ser um dos canais de comunicação
entre as empresas e os usuários da cadeia contábil.
PRINCIPAIS ORIENTAÇÕES DA OCPC 07:
Relevância
Somente itens relevantes devem ser divulgados.
Itens irrelevantes não devem ser divulgados.
Na avaliação da relevância das informações devem ser
sempre observadas aquelas que evidenciem risco para
entidade.
Declaração de
conformidade
A entidade deve declarar que todas as informações
relevantes, e somente as relevantes, estão sendo
divulgadas.
Redação
Redação das notas deve ser livre de jargões técnicos, a não
ser que inevitável.
Sugestão de apresentação de glossário.
Exigências de
divulgação
As exigências de divulgação contidas nos pronunciamentos,
interpretações e orientações referem-se exclusivamente a
informações materiais.
Não devem ser utilizados checklists como forma padrão de
divulgação.
Ordem das notas
explicativas
As notas não devem ser obrigatoriamente divulgadas na
ordem sugerida no CPC 26, mas pode ser naquela em que
a administração achar mais adequada.
Recomenda-se uniformidade na ordem de apresentação das
notas.
Divulgação das
políticas contábeis
Somente devem ser divulgadas políticas contábeis
específicas da entidade.
Políticas não aplicáveis ou que não possuem alternativas
não devem ser divulgadas.
Políticas que exigem escolha devem ser divulgadas.
Mudanças nas políticas precisam ser divulgadas.
Políticas podem ser diluídas nas notas dos próprios itens a
que se referem.
Referências
cruzadas
Referências cruzadas devem ser feitas entre as notas e as
demonstrações contábeis e outras notas a que se refiram.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 Quadro: Principais orientações da OCPC 07. Extraído de OCPC 07, 2014.
Além das orientações apresentadas no quadro, as informações contidas nas notas explicativas,
para serem úteis, precisam ser revestidas das características qualitativas fundamentais do
relatório contábil-financeiro.
Essas características, conforme o Pronunciamento Técnico CPC 00 (R2) – Estrutura
Conceitual para Relatório Financeiro −, são “relevância e representação fidedigna”
RELEVÂNCIA
“Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões
que possam ser tomadas pelos usuários.”
“A informação é relevante/material se a sua omissão ou sua divulgação distorcida puder
influenciar decisões que os usuários tomam com base na informação contábil financeira acerca
de entidade específica que reporta a informação." (CPC 00 (R2), 2019)
No exemplo a seguir, a Companhia deixou transparente aos seus usuários que possui
investimentos com fatores de riscos e que elabora cenários para simular os riscos, sendo
informações de extrema relevância e que não estão apresentadas nas demonstrações
contábeis.
Demonstrativo da análise de sensibilidade: “A análise de sensibilidade para os principais
fatores de risco que impactam a precificaçãodos instrumentos financeiros em aberto de caixa e
equivalentes de caixa, aplicações financeiras, empréstimos e financiamentos e instrumentos
financeiros derivativos. Os principais fatores de risco são a exposição à flutuação do Dólar,
Cupom de Dólar e CDI e dos preços de commodities. Os cenários para esses fatores são
elaborados utilizando fontes de mercado e fontes especializadas, seguindo a governança da
Companhia.” (CBA, 2018)
 
Imagem: Shutterstock.com
Essa informação é relevante para que os acionistas, ao adquirirem ações dessa companhia,
tenham ciência dessas operações e dos riscos. Se essa informação não estivesse nas notas
explicativas, isso prejudicaria a tomada de decisão; portanto, essa é uma informação relevante.
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA
“Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter três
atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro.” (CPC 00 (R2), 2019).
Evidencia a responsabilidade do preparador com relação à completude da nota explicativa, à
obrigatoriedade de que a informação e os comentários relativos a ela sejam neutros, o que
inclui a qualificação e a adjetivação, e o zelo para a ausência de erros.
Nesse contexto, o CPC 00 (R2) – Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro −, emitido
pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, página 32, acrescenta também as características
qualitativas de melhoria para a preparação das demonstrações financeiras e notas explicativas:
COMPARABILIDADE
CAPACIDADE DE VERIFICAÇÃO
TEMPESTIVIDADE
COMPREENSIBILIDADE
Reforça-se uma necessidade por parte dos usuários da cadeia produtiva contábil de
informações de fácil compreensão e robustas, conforme citado pelo professor Eliseu Martins:
“... todos os números que são grandes perante o tamanho da empresa são relevantes, mas
números pequenos, em certas situações, também podem ser relevantes, mesmo que imateriais
(pequenos)”, como por exemplo provisões referente a processos judiciais. (MARTINS et. al .,
2010)
Para reforçar a importância na forma de divulgação das notas explicativas, a OCPC 07
orienta que somente se use jargões técnicos em casos inevitáveis.
Adicionalmente, ainda em relação à redação e à compreensibilidade, há uma sugestão
adicional de que seja apresentado:
Um glossário completo e conciso nas notas explicativas referentes aos principais
termos técnicos utilizados nas demonstrações divulgadas.
A orientação técnica também divulga a diretriz relevante sobre a compreensibilidade das notas
explicativas: na redação das notas não se deve apresentar repetição de fatos, políticas ou
outras informações, de forma a evitar a distorção da atenção do usuário. Em outras palavras, o
texto deve ser objetivo e direto, apresentando claramente as informações relevantes e sem
textos desnecessários que possam confundir o entendimento da realidade econômica da
entidade.
 ATENÇÃO
É importante salientar que, embora devam ser divulgadas somente as informações relevantes,
todas as informações relevantes precisam ser divulgadas. O afunilamento todo se dá na
direção da percepção do que seja material, do que seja relevante.
Cabe a você, com base na fundamentação teórica e no conhecimento da empresa que está
elaborando as notas explicativas, identificar as informações que são relevantes e materiais.
Segundo o CPC 26, as notas são normalmente apresentadas seguindo a ordem de:
1
Declaração de conformidade.
Resumo das políticas contábeis significativas.
2
3
Informações de suporte, seguindo a sequência constante das demonstrações.
E outras divulgações.
4
A orientação técnica, porém, cita que não há exigência para que tal ordem seja
obrigatoriamente seguida. Pelo contrário, autoriza a alteração da ordem quando for mais
adequado, sendo importante a manutenção de uma uniformidade em relação a períodos
precedentes, levando a uma melhor legibilidade das informações.
A OCPC 07 relembra que a entidade somente deve divulgar as bases para elaboração das
demonstrações e as políticas contábeis que sejam a elas aplicáveis especificamente e que
sejam relevantes para o entendimento da demonstração.
Nas notas explicativas não devem ser repetidos os textos dos atos normativos, mas apenas
resumidos os aspectos principais relevantes e aplicáveis à entidade. Podem ser feitas apenas
menções aos números e nomes dos documentos do CPC 26.
Por fim, as demonstrações contábeis por si só não demonstram todos os detalhes dos critérios,
das premissas e dos julgamentos utilizados em sua elaboração.
Assim, faz-se necessária a utilização das notas explicativas por meio da referência
cruzada com a respectiva informação nas demonstrações contábeis.
O CPC 26, em seu item 113, reforça a utilização das referências cruzadas: “As notas
explicativas devem ser apresentadas, tanto quanto seja praticável, de forma sistemática. Cada
item das demonstrações contábeis deve ter referência cruzada com a respectiva informação
apresentada nas notas explicativas.” (CPC 26 (R1), 2011).
 
Imagem: Milene Holanda Nantes
A imagem anterior demonstra um modelo de Balanço Patrimonial trazendo uma coluna com
referências às notas explicativas. Portanto, o detalhamento das informações contidas na conta
de Caixa e Equivalentes de Caixa estarão mencionadas na nota explicativa 1.2.
Os usuários da cadeia produtiva contábil que necessitam de maior detalhamento da
composição da conta contábil recorrem às notas explicativas.
Itens obrigatórios e dicas para a elaboração das notas explicativas.
 
Imagem: Erik Lopes de Oliveira
Sobre as práticas contábeis, é obrigatório dizer, quando há uma opção, qual a adotada.
 
Imagem: Erik Lopes de Oliveira
Se houve uma mudança de prática contábil, é necessário explicar qual é a nova e todos os
efeitos (relevantes) de sua adoção.
 
Imagem: Erik Lopes de Oliveira
A linguagem precisa ser a menos técnica e rebuscada possível, devendo se aproximar do
entendimento médio de um leitor razoavelmente instruído no mundo dos negócios em
Contabilidade.
 
Imagem: Erik Lopes de Oliveira
Segundo lembra a OCPC 07, “está sempre presente a necessidade de ênfase às informações
relativas a todos os temas que possam representar riscos para a entidade.” (OCPC 07, 2014).
 
Imagem: Erik Lopes de Oliveira
Ainda de acordo com a OCPC 07, “a administração da entidade deve, na nota de declaração
de conformidade, afirmar que todas as informações relevantes próprias das demonstrações
contábeis, e somente elas, estão sendo evidenciadas e que correspondem às utilizadas por ela
na sua gestão.” (OCPC 07, 2014).
 
Foto: Shutterstock.com
FINALIDADES DAS NOTAS EXPLICATIVAS
Vamos demonstrar, então, como as notas explicativas proporcionam melhor esclarecimento
dos resultados e da situação financeira da empresa, complementando as informações
numéricas de forma descritiva e sob quadros analíticos. Exemplificando:
 
Imagem: Casa da Moeda do Brasil, 2020.
 Balanço Patrimonial
 
Imagem: Casa da Moeda do Brasil, 2020.
 Nota explicativa – Estoques
Analisando a imagem do Balanço Patrimonial, observamos o valor do estoque de
373.305.695,44, porém não temos informações da composição e das variações dos estoques.
Informações mencionadas nas notas explicativas, conforme a segunda imagem,
complementam a informação do Balanço Patrimonial.
Assim, as notas explicativas têm a função de complementar e aprimorar o entendimento
e a interpretação da informação contábil, podendo apresentar-se de forma descritiva ou
sob a forma de quadros analíticos.
 DICA
O aumento da qualidade das notas explicativas exige dos elaboradores e auditores uma visão
menos voltada para a divulgação de tudo, mais focada na análise daquilo que realmente é
importante para o entendimento da situação patrimonial e financeira da entidade.
Notas explicativas, portanto, contêm informação adicional em relação à apresentada nas
demonstrações contábeis. Elas oferecem descrições narrativas ou segregações e aberturas de
itens divulgados nas demonstrações,além de informação acerca de itens que não se
enquadram nos critérios de reconhecimento nas demonstrações contábeis.
A IMPORTÂNCIA DA LEGIBILIDADE DAS
NOTAS EXPLICATIVAS
Nesse vídeo, a especialista Milene Holanda Nantes falará sobre as finalidades e características
necessárias para elaborar as notas explicativas de forma que gere confiabilidade aos usuários
da informação no momento da tomada de decisões.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (FCM − 2016 − ADAPTADO) AS NOTAS EXPLICATIVAS SÃO PARTE
INTEGRANTE DO CONJUNTO COMPLETO DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS DAS ENTIDADES, CONFORME MENCIONADO NA OCPC07 E
NO CPC 26. AS NOTAS EXPLICATIVAS:
A) Devem apresentar exigências das normas vigentes, ainda que tenham sido apresentadas de
algum modo nas demonstrações contábeis.
B) Devem apresentar informações complementares, independentemente de sua relevância, de
modo que se observe completude ao conjunto de dados disponíveis nas demonstrações
divulgadas.
C) Servem para prover exclusivamente com informação qualitativa acerca dos números
apresentados nas demonstrações contábeis, de modo que se dê maior compreensibilidade ao
usuário da informação contábil.
D) Devem prover informação relevante não apresentada nas demonstrações contábeis, de
modo a se potencializar a compreensibilidade e a melhoria da qualidade da informação
contábil.
E) Devem confirmar que os critérios de mensuração e reconhecimento utilizados nas contas
específicas tenham obedecido às respectivas normas, mesmo que haja declaração expressa
da administração e da auditoria que tal observância foi realizada.
2. (FCM − 2016) DE ACORDO COM AS NORMAS DE CONTABILIDADE
VIGENTES, AS NOTAS EXPLICATIVAS SÃO PARTE INTEGRANTE DO
CONJUNTO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS. AS REFERIDAS
NORMAS MENCIONAM, MAS SEM ESGOTAR O ASSUNTO, QUE AS
NOTAS EXPLICATIVAS DEVEM:
A) Apresentar a opinião do auditor sobre a adequação das demonstrações contábeis das
entidades públicas e privadas.
B) Apresentar as bases de preparação das demonstrações financeiras, bem como as práticas
adotadas e as informações adicionais que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte.
C) Indicar o pronunciamento que fundamentou as bases de preparação das demonstrações
financeiras e outras informações necessárias à compreensão dos dados quantitativos
divulgados.
D) Apresentar as bases de preparação das demonstrações financeiras, bem como as práticas
adotadas e as informações, independentemente de estarem apresentadas em outra parte das
demonstrações.
E) Apresentar o contexto operacional em que atua a entidade, bem como informações
históricas e projetadas sobre seu desempenho, de modo a possibilitar uma melhor avaliação
sobre o futuro da entidade.
GABARITO
1. (FCM − 2016 − Adaptado) As notas explicativas são parte integrante do conjunto
completo das demonstrações contábeis das entidades, conforme mencionado na
OCPC07 e no CPC 26. As notas explicativas:
A alternativa "D " está correta.
 
A OCPC 07 orienta que a entidade somente deve divulgar as bases para elaboração das
demonstrações e as políticas contábeis que sejam a elas aplicáveis especificamente e que
sejam relevantes para o entendimento da demonstração.
2. (FCM − 2016) De acordo com as normas de Contabilidade vigentes, as notas
explicativas são parte integrante do conjunto das demonstrações contábeis. As referidas
normas mencionam, mas sem esgotar o assunto, que as notas explicativas devem:
A alternativa "B " está correta.
 
Conforme a OCPC 07, são os requisitos que precisam estar contemplados nas notas
explicativas, pois estas representam um dos canais de comunicação entre as empresas e os
usuários da cadeia contábil.
MÓDULO 2
 Reconhecer a estrutura e a redação das informações contábil-financeiras nas notas
explicativas
 
Foto: Shutterstock.com
ESTRUTURA DAS NOTAS EXPLICATIVAS
Neste módulo, vamos conhecer a estrutura das informações contábeis divulgadas nas notas
explicativas com base na Lei n. 6.404/1976 – que dispõe sobre as Sociedades por Ações − e
no Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
Para iniciar essa análise, vamos recorrer ao art. 176 da Lei das S/A, o qual demonstra as
disposições gerais das demonstrações financeiras, nas normas estabelecidas em seu §5º, com
alteração dada pela Lei n. 11.941, de 2009, que apresenta a seguinte estrutura das notas
explicativas:
I – apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das
práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos;
II – divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não
estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras;
III – fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e
consideradas necessárias para uma apresentação adequada;
IV – indicar: (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009)
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos
cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos
ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo;
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (Art. 247, parágrafo único);
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (Art. 182, §3º );
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e
outras responsabilidades eventuais ou contingentes;
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo;
Essa informação é relevante para os credores e acionistas, porém não há transparência nas
demonstrações contábeis. Isso porque lá apresentamos os saldos com ausência dos detalhes
como, por exemplo, qual o percentual de juros que a empresa paga em decorrência dos seus
financiamentos. No exemplo a seguir, apresentamos essas informações contidas da forma
descritiva nas notas explicativas.
f) o número, as espécies e as classes das ações do capital social;
Os acionistas, antes de realizar seus investimentos, necessitam conhecer sobre o capital social
da empresa e as modalidades das ações, informações contidas nas notas explicativas.
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício;
É importante para o acionista conhecer a política de compra de ações da empresa;
h) os ajustes de exercícios anteriores (Art. 186, § 1º); e (Incluído pela Lei n. 11.941, de 2009).
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a
ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia.
As notas explicativas dos investimentos a que se refere o Art. 247 desta Lei devem conter
informações precisas sobre as sociedades coligadas e controladas e suas relações com a
companhia, indicando (Redação dada pela Lei n. 11.941, de 2009):
 
Fonte: Shutterstock.com
A denominação da sociedade, seu capital social e patrimônio líquido.
 
Fonte: Shutterstock.com
O número, espécies e classes das ações ou quotas de propriedade da companhia, e o preço
de mercado das ações, se houver.
 
Fonte: Shutterstock.com
O lucro líquido do exercício.
 
Fonte: Shutterstock.com
Os créditos e obrigações entre a companhia e as sociedades coligadas e controladas.
 
Fonte: Shutterstock.com
O montante das receitas e despesas em operações entre a companhia e as sociedades
coligadas e controladas.
Para nos ajudar no entendimento da construção das notas explicativas, o item 114 do CPC 26
(R1) orienta o elaborador da nota explicativa em relação à relevância e à sua estrutura:
1
2
3
1
Dar destaque para as áreas de atividades que a entidade considera mais relevantes para a
compreensão do seu desempenho financeiro e da posição financeira, como agrupar
informações sobre determinadas atividades operacionais;
2
Agrupar informações sobre contas mensuradas de forma semelhante, como os ativos
mensurados ao valorjusto; ou
3
Seguir a ordem das contas das demonstrações do resultado e de outros resultados
abrangentes e do Balanço Patrimonial, tais como:
declaração de conformidade;
políticas contábeis significativas aplicadas;
informação de suporte de itens apresentados nas demonstrações contábeis pela ordem
em que cada demonstração e cada rubrica sejam apresentadas; e
outras divulgações, incluindo passivos contingentes e políticas de gestão do risco
financeira da entidade.
Segundo o item 118 do CPC 26 (R1), para atender as características da comparabilidade e da
verificabilidade, é necessário que os usuários da cadeia contábil estejam informados sobre a(s)
base(s) de mensuração utilizada(s) nas demonstrações contábeis, porque isso afeta a análise
dos usuários. Por exemplo: custo histórico, custo corrente, valor realizável líquido, valor justo
ou valor recuperável.
Quando mais de uma base de mensuração for utilizada, é necessário divulgar uma indicação
das categorias de ativos e de passivos à qual cada base de mensuração foi aplicada.
 
Foto: Shutterstock.com
CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DAS
INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
O item 119 do CPC 26 (R1) nos orienta como selecionar e avaliar as informações a serem
divulgadas:
aquelas que proporcionam aos usuários melhor compreensão sobre as transações,
outros eventos e condições que estão refletidos no desempenho e na posição financeira
relatada.
Cada empresa deve considerar a natureza das suas operações e as políticas que os usuários
das suas demonstrações contábeis esperam que sejam divulgadas para esse tipo de entidade,
pois isso depende de cada atividade desenvolvida.
A divulgação de determinadas políticas contábeis é especialmente útil para os usuários. Por
exemplo, se a entidade aplica o valor justo ou o modelo de custo para suas propriedades de
investimento.
Outro ponto importante está no item 123 do CPC 26 (R1), acerca de quando a empresa exerce
o julgamento sobre determinadas movimentações patrimoniais. Por exemplo, a administração
exerce julgamento ao definir:
 
Fonte: Shutterstock.com
Quando substancialmente todos os riscos e benefícios significativos da propriedade de ativos
financeiros e, para arrendadores, os ativos sujeitos a arrendamento são transferidos para
outras entidades.
 
Fonte: Shutterstock.com
Se, em essência, determinadas vendas de bens decorrem de acordos de financiamento e,
portanto, não dão origem a receitas de venda.
 
Fonte: Shutterstock.com
Se os termos contratuais de ativo financeiro derem origem, em datas especificadas, a fluxos de
caixa que constituam exclusivamente pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal
em aberto.
O item 138 do CPC 26 (R1) orienta, ainda, que a empresa divulgue nas notas explicativas −
caso não seja divulgado em outro local, entre as informações publicadas com as
demonstrações contábeis − as seguintes informações:
O domicílio e a forma jurídica da entidade, o seu país de registro e o endereço da sede
registrada (ou o local principal dos negócios, se diferente da sede registrada).
A descrição da natureza das operações da entidade e de suas principais atividades.
O nome da entidade controladora e a entidade controladora do grupo em última instância.
Se uma entidade for constituída por tempo determinado, informação a respeito do tempo
de duração.
ESTRUTURA DAS NOTAS EXPLICATIVAS
Neste vídeo, a especialista Milene Holanda Nantes falará sobre os tópicos que compõem a
estrutura das notas explicativas conforme a Lei n. 6.404/1976 e o CPC 26 (R1), demonstrando
a uniformidade das informações divulgadas.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (FADESP − 2020 − ADAPTADA) DE ACORDO COM A LEI N. 6.404/1976 E
SUAS ALTERAÇÕES, AO FINAL DE CADA EXERCÍCIO SOCIAL DEVEM
SER ELABORADAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS QUE INFORMEM
COM CLAREZA A SITUAÇÃO PATRIMONIAL DA COMPANHIA E SUAS
DEVIDAS MUTAÇÕES. ESSAS DEMONSTRAÇÕES DEVEM SER
COMPLEMENTADAS POR NOTAS EXPLICATIVAS E OUTROS QUADROS
ANALÍTICOS NECESSÁRIOS PARA O ESCLARECIMENTO DA SITUAÇÃO
PATRIMONIAL E DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO. É CORRETO
AFIRMAR QUE AS NOTAS EXPLICATIVAS DEVEM INDICAR:
A) Todos os tipos de investimentos em outras sociedades.
B) O número, as espécies e as classes das ações do capital social.
C) As estimativas de exercícios futuros.
D) As opções de compra de ações exercidas em exercícios subsequentes.
E) Todos os quadros descritivos e numéricos referentes às demonstrações contábeis.
2. (FUNDATEC − 2017) CONSIDERE A LEI N. 6.404/1976, QUE DISPÕE
SOBRE AS SOCIEDADES POR AÇÕES. DE ACORDO COM A REFERIDA
LEI, AS NOTAS EXPLICATIVAS DEVEM INDICAR, ENTRE OUTROS: 
 
I. OS PRINCIPAIS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS ELEMENTOS
PATRIMONIAIS, ESPECIALMENTE DOS ESTOQUES E DOS CÁLCULOS DE
DEPRECIAÇÃO. 
II. O AUMENTO DE VALOR DE ELEMENTOS DO ATIVO RESULTANTE DE
NOVAS AVALIAÇÕES. 
III. OS ÔNUS REAIS CONSTITUÍDOS SOBRE ELEMENTOS DO ATIVO, AS
GARANTIAS PRESTADAS A TERCEIROS E OUTRAS
RESPONSABILIDADES EVENTUAIS OU CONTINGENTES. 
IV. TODOS OS INVESTIMENTOS EM OUTRAS SOCIEDADES. 
V. A TAXA DE JUROS, AS DATAS DE VENCIMENTO E AS GARANTIAS
DAS OBRIGAÇÕES A LONGO PRAZO. 
VI. OS CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA ELABORAÇÃO E PUBLICAÇÃO
DAS DEMONSTRAÇÕES DE FLUXOS DE CAIXA. 
VII. AS TRANSFERÊNCIAS PARA RESERVAS, OS DIVIDENDOS E A
PARCELA DOS LUCROS INCORPORADA AO CAPITAL.
A) Apenas IV, V e VII.
B) Apenas I, III, IV e VI.
C) Apenas I, II, III e V.
D) Apenas II, III, V e VI.
E) Apenas III, IV, V e VII.
GABARITO
1. (FADESP − 2020 − Adaptada) De acordo com a Lei n. 6.404/1976 e suas alterações, ao
final de cada exercício social devem ser elaboradas demonstrações financeiras que
informem com clareza a situação patrimonial da companhia e suas devidas mutações.
Essas demonstrações devem ser complementadas por notas explicativas e outros
quadros analíticos necessários para o esclarecimento da situação patrimonial e dos
resultados do exercício. É correto afirmar que as notas explicativas devem indicar:
A alternativa "B " está correta.
 
De acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, é necessário divulgar as informações
relevantes, referentes ao período do exercício social, que não estejam apresentadas em
nenhuma outra parte das demonstrações financeiras.
2. (FUNDATEC − 2017) Considere a Lei n. 6.404/1976, que dispõe sobre as Sociedades
por Ações. De acordo com a referida lei, as notas explicativas devem indicar, entre
outros: 
 
I. Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente dos
estoques e dos cálculos de depreciação. 
II. O aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações. 
III. Os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a
terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes. 
IV. Todos os investimentos em outras sociedades. 
V. A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo. 
VI. Os critérios utilizados para elaboração e publicação das demonstrações de fluxos de
caixa. 
VII. As transferências para reservas, os dividendos e a parcela dos lucros incorporada
ao capital.
A alternativa "C " está correta.
 
As notas explicativas devem fornecer, além de informações relevantes, as informações
adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias
para uma apresentação adequada.
MÓDULO 3
 Descrever a importância dos demais relatórios de divulgação no processo de tomada
de decisão
 
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RELATÓRIOS DE INFORMAÇÕES
ADICIONAIS
Neste último módulo, vamos conhecer outros relatórios que também são importantes para a
tomada de decisões pelos investidores e credores.
Os participantes do mercado econômico que utilizam as informações das demonstrações
contábeis e das notas explicativas precisam ainda de informações adicionais para garantir a
representação fidedigna do patrimônio da empresa na qual estarão investindo ou ofertando
crédito.
 
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RELATÓRIOS DA ADMINISTRAÇÃO
Os relatórios da administraçãoapresentam os principais resultados alcançados, informações
que possibilitam o conhecimento da instituição, seus objetivos e políticas, em complemento às
peças contábeis e notas explicativas contidas nas demonstrações financeiras.
Esses relatórios expõem um quadro completo das posturas e do desempenho da
administração na gestão e alocação dos recursos que se encontram a ela confiados.
Constam tanto informações que ajudam a calcular o valor da companhia quanto sobre
retorno ao acionista – como proventos.
Embora não façam parte das demonstrações, sua exigência em empresas de capital aberto e a
obrigatoriedade da sua divulgação ocorrem de acordo com a Lei n. 6.404/1976, alterada pela
Lei n. 10.303/2001, no art. 133.
Art. 133. Os administradores devem comunicar, até 1 (um) mês antes da data marcada para a
realização da assembleia-geral ordinária, por anúncios publicados na forma prevista no artigo
124, que se acham à disposição dos acionistas:
 
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O relatório da administração sobre os negócios sociais e os principais fatos administrativos do
exercício findo.
 
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A cópia das demonstrações financeiras.
 
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O parecer dos auditores independentes, se houver.
 
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O parecer do conselho fiscal, inclusive votos dissidentes, se houver. (Incluído pela Lei n.
10.303, de 2001)
 
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Demais documentos pertinentes a assuntos incluídos na ordem do dia. (Incluído pela Lei n.
10.303, de 2001)
§1º Os anúncios indicarão o local ou locais onde os acionistas poderão obter cópias desses
documentos.
Diante da regulamentação, podemos concluir que o relatório da administração é uma
publicação da prestação de contas da administração e uma das principais fontes de
informação de uma empresa.
Por meio do relatório da administração, são apresentadas também estratégias para o
crescimento da empresa, sustentadas nas bases financeira, social e ambiental da companhia.
Ou seja, constam tanto informações que ajudam a calcular o valor da companhia quanto itens
sobre retorno ao acionista.
A qualidade e a transparência das informações contidas no relatório anual da administração
são de suma importância para as percepções dos stakeholders e, como consequência, podem
influenciar na captação de investidores.
ESTRUTURA DOS RELATÓRIOS
Para atingir os objetivos almejados, é essencial a comunicação dos fatos de forma real,
demonstrando a situação da empresa naquele período por meio de dados numéricos e
qualitativos.
Além dos números atuais, é necessário divulgar as projeções e indicativos de ações futuras.
Isso é fundamental para que as ações a serem propostas possam ser baseadas em elementos
concretos e seguros.
O que deve conter no relatório?
1
Realidade econômica do mercado em que a empresa atua.
Estatísticas gerais e determinantes.
2
3
Apontamentos de qualidade e produtividade.
Políticas social e ambiental utilizadas pela empresa e questões de responsabilidade social.
4
5
Incremento tecnológico.
Posição em relação ao mercado concorrente.
6
7
Perspectivas e ações relacionadas ao futuro do negócio.
Programas de ampliação.
8
Realidade econômica do mercado em que a empresa atua.
 
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ESTRATÉGIA
Empregue uma estratégia que sustente o relatório e contextualize suas práticas e execuções.
 
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RECURSOS
Comunique sobre as suas capacidades e seus recursos primordiais, e relacionamentos de que
sua empresa necessita para criação e sustento de valor.
 
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ALÉM DOS NÚMEROS
Apresente o funcionamento do caixa, a obtenção de financiamentos e como são realizados os
investimentos. Apresente também a quantidade de tributos pagos e como eles influenciam o
negócio.
 
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FATORES EXTERNOS
Resultados apresentados devem estar contextualizados de acordo com a tendência de
mercado.
 
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SUSTENTABILIDADE E RISCOS
Comunique sobre o entendimento das oportunidades e dos riscos, demonstrando se o
crescimento do negócio acontece de forma sustentável.
 
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PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA
Apresente relatórios de governança com ações do conselho, além das funções e interações
dos seus membros.
 
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PROJETOS FUTUROS
Demonstre as ações de curto, médio e longo prazo necessárias para o bom desenvolvimento
dos negócios. Embase essas ações em números e projeções.
Quem deve elaborar o relatório?
O relatório anual da administração reúne informações de diversas frentes da empresa,
portanto, sua elaboração deve ser realizada pela equipe de diretoria, em parceria com o setor
contábil da empresa. No entanto, a ajuda de profissionais especializados em gestão, finanças e
tributos é essencial na sua confecção.
 
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RELATÓRIO DA AUDITORIA
O relatório de auditoria é o produto final que o auditor elabora para:
DEMONSTRAR OS ERROS ENCONTRADOS.
DEMONSTRAR AS EVIDÊNCIAS ANALISADAS.
RECOMENDAR AS AÇÕES PREVENTIVAS OU
CORRETIVAS PARA OS PROCESSOS DA EMPRESA.
Esse relatório deverá ser redigido de forma independente e objetiva e entregue ao responsável
pela solicitação, assim como a quem ele autorizar.
Normalmente as empresas o utilizam como informativo para os Conselhos Administrativos e
Fiscais. Vale salientar que o auditor deve priorizar a ética profissional, garantindo a
confidencialidade do conteúdo da auditoria.
O que deve constar no relatório de auditoria?
Em meados de 2016, o Conselho Federal de Contabilidade propôs modificações nas NBC TA
700 e 706. Assim, surgiu a NBC TA 701, que regula a forma como ocorrerá a comunicação das
informações oriundas da auditoria.
Essas modificações trouxeram informações mais detalhadas por parte do auditor,
possibilitando um maior entendimento por parte dos gestores.
Nesse relatório, deve constar a opinião do auditor sobre as operações verificadas e analisadas,
evidenciadas nos papéis de trabalho. Essa etapa constitui o registro dos fatos por meio dos
documentos, sejam eles físicos ou eletrônicos. Esse procedimento dá embasamento às
evidências que deverão constar no relatório.
Outro item que faz parte da composição do relatório de auditoria são as demonstrações de
cálculos.
Muitas vezes os fatos não podem ser observados de forma direta, necessitando de
cálculos comparativos que confirmem a veracidade dos erros apresentados.
Por fim, surgem as observações e recomendações. Nessa fase, o auditor fará menções aos
procedimentos auditados, montando suas críticas e sugerindo modificações nos processos
internos do empreendimento. Para que esses apontamentos sejam feitos de forma idônea e
assertiva, devem ser embasados em normas legais e em regimentos internos.
 
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PARECER DO CONSELHO FISCAL
Confiança é bom, e confiar sabendo que existe um controle eficaz é algo ainda mais garantido.
É dentro desse contexto que iniciamos a conceituação do Conselho Fiscal, um dos órgãos de
fiscalização e controle da Governança Corporativa (juntamente com o Comitê de Auditoria, a
auditoria independente e a auditoria interna).
IMPORTÂNCIA DO CONSELHO FISCAL
O Conselho Fiscal busca, por meio das normas de Governança Corporativa de transparência,
equidade e prestação de contas, contribuir para o melhor desempenho da empresa. Apesar de
o órgão ter caráter colegiado, os conselheiros possuem poder de atuação individual,
permanente ou não, conforme o estatuto.
Os stakeholders se beneficiam do parecer emitido pelo Conselho Fiscal, uma vez que o
órgão atua para fiscalizar, de maneira independente, a atuação da administração,
contribuindo para aumentar o valor da empresa.
As principais atribuições do Conselho Fiscal são: analisar os fatos da organização e a
verificação do atendimento das obrigações legais e estatutárias por parte da administração da
organização.
O foco dessa atribuição é, principalmente, analisar e examinara gestão dos administradores,
complementado pelo conhecimento do negócio, da sua execução (planejamento das metas
físicas e financeira e o seu desempenho), dos riscos empresariais e de fraudes (com uma
estrutura de gerenciamento de riscos e oportunidades) e de uma estrutura de controles
internos.
As atribuições do Conselho, conforme previsto no art. 163 da Lei n. 6.404/1976 e art. 1.069 da
Lei n. 10.406/2002, são:
 
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Fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos administradores e verificar o
cumprimento dos seus deveres legais e estatutários.
 
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Opinar sobre o relatório anual da administração, fazendo constar do seu parecer as
informações complementares que julgar necessárias ou úteis à deliberação da assembleia
geral.
 
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Opinar a respeito das propostas dos órgãos da administração a serem submetidas à
assembleia geral, relativas à modificação do capital social, emissão de debêntures ou bônus de
subscrição, planos de investimento ou orçamentos de capital, distribuição de dividendos,
transformação, incorporação, fusão ou cisão.
 
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Denunciar, aos órgãos de administração, qualquer de seus membros que não tomarem as
providências necessárias para a proteção dos interesses da organização; à assembleia geral,
erros, fraudes ou crimes que descobrir, além de sugerir providências úteis à organização.
 
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Analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais demonstrações financeiras
elaboradas periodicamente pela organização.
 
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Examinar as demonstrações financeiras do exercício social e opinar sobre elas.
Os conselheiros fiscais têm a principal atribuição de fiscalizar gestores das empresas que
pertencem no que tange à gestão, especialmente a financeira e contábil.
Como um importante órgão estratégico da Governança Corporativa, o Conselho Fiscal ajuda a
garantir a prosperidade financeira da organização. A opinião dos conselheiros se dá por meio
da emissão do parecer após análise da prestação de contas.
 
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RELATÓRIO DO COMITÊ DE AUDITORIA
Os Comitês de Auditoria exercem um papel importante dentro da área de Governança
Corporativa – por meio de supervisão eficaz e informada –, contribuindo para assegurar a
confiança do mercado e garantindo a integridade de suas demonstrações contábeis e de seu
controle interno. Além disso, analisam as qualificações da auditoria independente e os fluxos e
processos para cumprimento das leis, normas e regulamentos.
Quando instalados, os Comitês de Auditoria têm a função, em nome do Conselho de
Administração, de assegurar o equilíbrio, a transparência e a integridade das informações
financeiras publicadas aos investidores e credores.
PONTOS A SEREM ANALISADOS PELO COMITÊ
DE AUDITORIA:
 
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Supervisionar as funções que apoiam a transparência das informações contábeis da
companhia, como a manutenção de controles internos sólidos e eficazes, garantindo o
cumprimento das responsabilidades fiduciárias dos administradores.
 
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Analisar as demonstrações financeiras e demais informações públicas, com o objetivo de
garantir a representação econômica adequada das operações da companhia.
 
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Supervisionar a atuação dos auditores independentes para que avaliem, por meio de seus
exames, as políticas contábeis e as práticas da administração e da auditoria interna.
 
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Supervisionar a atuação da auditoria interna para que avalie os controles internos e o
alinhamento com a matriz de risco da companhia.
 
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Assegurar a adesão ao código de governança da companhia.
O Comitê de Auditoria se reúne em sessões privadas e elabora uma ata com os itens
supervisionados e sua opinião a respeito. Posteriormente, elabora o relatório e remete ao
Conselho de Administração e aos investidores e credores, como forma de garantir a
fidedignidade das informações da empresa e conquistar a confiança de seus usuários.
O relatório do Comitê de Auditoria é composto pelos seguintes tópicos:
INTRODUÇÃO
Cita a data da criação do comitê, a fundamentação da sua criação − conforme caráter
estatutário ou os termos da lei − e cita o seu Regimento Interno. Outro ponto importante é a
menção dos membros que compõem o Comitê de Auditoria e seus cargos.
ATIVIDADES DO COMITÊ DE AUDITORIA
O relatório deve apresentar as datas em que o comitê se reuniu e quais membros estiveram
presentes. Além disso, deve citar se o comitê participou de sessões com outros departamentos
da empresa como, por exemplo: Auditoria Interna, Auditoria Externa, Diretoria Jurídica e
Diretoria de Riscos.
TEMAS DISCUTIDOS PELO COMITÊ DE AUDITORIA
É necessário destacar, em cada sessão realizada com os departamentos-chave, os temas
discutidos, o monitoramento e os acompanhamentos realizados.
PARECER DO COMITÊ DE AUDITORIA
Por fim, deve emitir o parecer do Comitê de Auditoria constando a opinião sobre as
informações validadas pelos seus membros.
 
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BALANÇO SOCIAL
A elaboração e divulgação do Balanço Social estão previstas na Lei n. 11.638/2007 e na NBC T
15 – Informações de Natureza Social e Ambiental −, como instrumento de transparência da
responsabilidade social corporativa.
Os investidores, além de analisar os relatórios financeiros das empresas, estão também
de olho no comportamento social da empresa, ou seja, como anda a responsabilidade
social corporativa.
Segundo Tinoco (2010), o Balanço Social, portanto, é um instrumento que evidencia de forma
transparente dados das entidades − sejam eles contábeis, econômicos, ambientais, sociais −
em busca do desenvolvimento sustentável.
Mediante o contexto anterior, apresentaremos a estrutura do Balanço Social em conformidade
com o Instituto Ethos e Ibase:
 
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Apresentação
Mensagem do presidente
Perfil do empreendimento
Setor da economia que a empresa atua
 
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A empresa
Histórico
Princípios e valores
Estrutura e funcionamento
Governança corporativa
 
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A atividade empresarial
Visão
Diálogo com partes interessadas
Indicadores de desempenho
Indicadores de desempenho econômico
Indicadores de desempenho social
Indicadores de desempenho ambiental
 
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Anexos
Demonstrativo do Balanço Social (modelo IBASE)
Iniciativas do interesse da sociedade (projetos sociais)
Notas gerais
Este quadro é a primeira informação após a apresentação da empresa:
1 - Base de cálculo
20XX Valor 
(Mil reais)
20XX-1 Valor 
(Mil reais)
Receita líquida (RL)
Resultado operacional (RO)
Folha de pagamento bruta (FPB)
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Receita líquida: receita bruta excluída dos impostos, contribuições, devoluções, abatimentos e
descontos comerciais.
Resultado operacional: lucro ou prejuízo apresentado pela empresa no período.
Folha de pagamento bruta: somatório de remuneração (salários, gratificações, comissões e
abonos), 13º salário, férias e encargos sociais compulsórios (INSS, FGTS e contribuição
social).
 Quadro: Base de cálculo. Extraído de IBASE, 2008.
2 - Indicadores sociais internos
20XX Valor 
(Mil reais)
20XX-1 Valor 
(Mil reais)
Alimentação
Encargos sociais compulsórios
Previdência privada
Saúde
Segurança e saúde no trabalho
Educação
Cultura
Capacitação e desenvolvimento profissional
Creches ou auxílio-creche
Participação nos lucros ou resultados
Outros
Total - Indicadores sociais internos
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Alimentação: gastos com restaurante, vale-refeição, lanches, cestas básicas e outros
relacionados à alimentação dos empregados.
Previdência privada: planos especiais de aposentadoria, fundações previdenciárias,
complementações de benefícios a aposentadose seus dependentes.
Saúde: plano de saúde, assistência médica, programas de medicina preventiva, programas de
qualidade de vida e outros gastos com saúde, inclusive dos aposentados.
Educação: gastos com ensino regular em todos os níveis, reembolso de educação, bolsas,
assinaturas de revistas, gastos com biblioteca (excluído pessoal) e outros gastos com
educação.
Cultura: gastos com eventos e manifestações artísticas e culturais (música, teatro, cinema,
literatura e outras artes).
Capacitação e desenvolvimento profissional: recursos investidos em treinamentos, cursos,
estágios (excluído os salários) e gastos voltados especificamente para capacitação relacionada
com a atividade desenvolvida por empregados.
Creche ou auxílio-creche: creche no local ou auxílio-creche a empregados.
Participação nos lucros ou resultados: participações que não caracterizem complemento de
salários.
Outros benefícios: seguros (parcela paga pela empresa), empréstimos (só o custo), gastos
com atividades recreativas, transportes, moradia e outros benefícios oferecidos a empregados
podem ser aqui enumerados.
 Quadro: Indicadores sociais interno. Extraído de IBASE, 2008.
3 - Indicadores sociais externos
20XX Valor 
(Mil reais)
20XX-1 Valor 
(Mil reais)
Educação
Cultura
Saúde e saneamento
Esporte
Combate à fome e segurança alimentar
Outros
Total das contribuições para a sociedade
Tributos (excluídos encargos sociais)
Total - Indicadores sociais externos
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Total das contribuições para a sociedade: somatório dos investimentos na comunidade que
aparecem discriminados.
Os itens na tabela aparecem como indicação de setores importantes nos quais a empresa deve
investir (como habitação, creche, lazer e diversão, por exemplo). No entanto, podem aparecer
aqui somente os investimentos pontuais que a empresa realiza regularmente.
Tributos (excluídos encargos sociais): impostos, contribuições e taxas federais, estaduais e
municipais.
 Quadro: Indicadores sociais externos. Extraído de IBASE, 2008.
4 - Indicadores ambientais
20XX
Valor 
(Mil
reais)
20XX-1
Valor 
(Mil
reais)
Investimentos relacionados com a produção/ operação da
empresa
Investimentos em programas e/ou projetos externos
Total dos investimentos em meio ambienteo
Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para
minimizar resíduos, o consumo em geral na produção/
operação e aumentar a eficácia na utilização de recursos
naturais, a empresa
( ) não
possui
metas 
( )
cumpre
de 51 a
75% 
( )
cumpre
de 0 a
50% 
( )
cumpre
de 76 a
100% 
( ) não
possui
metas 
( )
cumpre
de 51 a
75% 
( )
cumpre
de 0 a
50% 
( )
cumpre
de 76 a
100% 
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Investimentos relacionados com a produção/operação da empresa: investimentos,
monitoramento da qualidade dos resíduos/efluentes, despoluição, gastos com a introdução de
métodos não poluentes, auditorias ambientais, programas de educação ambiental para os
funcionários e outros gastos com o objetivo de incrementar e buscar o melhoramento contínuo
da qualidade ambiental na produção/operação da empresa.
Investimentos em programas/projetos externos: despoluição, conservação de recursos
ambientais, campanhas ecológicas e educação socioambiental para a comunidade externa e
para a sociedade em geral.
Metas anuais: resultado médio percentual alcançado pela empresa no cumprimento de metas
ambientais estabelecidas pela própria corporação, por organizações da sociedade civil ou por
parâmetros internacionais, como o Global Reporting Initiative (GRI).
 Quadro: Indicadores ambientais. Extraído de IBASE, 2008.
5 - Indicadores do corpo funcional 20XX
Valor 
(Mil reais)
20XX-1
Valor 
(Mil reais)
N. de empregados ao final do período
N. de admissões durante o período
N. de empregados terceirizados
N. de estagiários
N. de empregados acima de 45 anos
N. de mulheres que trabalham na empresa
% de cargos de chefia ocupados por mulheres
N. de negros que trabalham na empresa
% de cargos de chefia ocupados por negros
N. de pessoas com deficiência ou necessidades
especiais
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
N. de negros que trabalham na empresa: Considerar como trabalhadores negros o somatório
de indivíduos classificados/autodeclarados como de pele preta e parda (conforme o declarado
na RAIS).
Relação entre a maior e a menor remuneração: o resultado absoluto da divisão da maior
remuneração pela menor.
Número total de acidentes de trabalho: todos os acidentes de trabalho registrados durante o
ano.
 Quadro: Indicadores do corpo funcional. Extraído de IBASE, 2008.
 
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 Quadro: Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial. Extraído de
IBASE, 2008.
Normas: conforme as Convenções 87, 98, 135 e 154 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) e os itens da norma Social Accountability 8000 (SA 8000).
O item outras informações é destinado à inclusão de informações relevantes que não estão
contempladas nos itens mencionados anteriormente, referentes ao exercício da
responsabilidade social, demonstrando a ética e transparência da empresa como, por exemplo,
se pratica a equidade nos salários e benefícios.
Diante da estrutura apresentada, os usuários das informações serão capazes de analisar o
perfil da empresa e a aplicação de seus recursos em sustentabilidade.
 
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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
O relatório de sustentabilidade compõe o conjunto de informações da empresa apresentados
aos investidores e credores, e constitui mais uma ferramenta de transparência sobre seus
indicadores sociais, econômicos e ambientais, inclusive para a sociedade na tomada de
decisões.
Portanto, nesse relatório, a empresa divulga suas ações em busca do desenvolvimento
sustentável, demonstrando os impactos positivos e negativos destas e mediante fatores
externos, como alterações climáticas ou fatores internos − por exemplo, alteração de
normas da empresa.
A organização deve desenvolver seu relatório de sustentabilidade a partir da identificação e
mensuração do desempenho sustentável no período determinado, demonstrando de forma
transparente os ganhos e as perdas da organização em relação às suas atividades sociais,
ambientais e econômicas.
TEMAS A SEREM ABORDADOS NOS
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE:
ANTICORRUPÇÃO
DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS
MUDANÇAS CLIMÁTICAS
SAÚDE E SEGURANÇA DE COLABORADORES
RESÍDUOS PÓS-CONSUMO
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
GESTÃO DE BIODIVERSIDADE
Cada empresa deve identificar os seus temas baseando-se em sua atividade e seus
stakeholders. Após a identificação dos temas, é necessário analisar sua relevância e
estabelecer seus níveis de importância.
As principais informações que os especialistas em relatório de sustentabilidade recomendam
para que ele seja transparente e transmita credibilidade aos seus usuários são:
1
Apresentar os ganhos e as perdas da empresa durante o exercício em relação às atividades
sociais, ambientais e econômicas.
Informar se os objetivos planejados pela empresa foram ou não atingidos.
2
3
Comunicar, de forma transparente, se há relação entre a política de sustentabilidade
corporativa e o cumprimento das metas no período.
Definir os indicadores relevantes para seu negócio.
4
5
Citar as boas práticas e os números positivos que comprovem o comprometimento da
organização com a responsabilidade social empresarial − é fundamental que a empresa esteja
preparada para apresentar um discurso consistente.
Divulgar as informações dos riscos do negócio e os instrumentos que a empresa dispõe para
lidar com esses problemas.
6
7
Descrever sobre as exigências legais que a empresa deve cumprir e as atividades relevantes
que podem ser consideradas diferenciais.
Apresentar o planejamento da empresa para os anos seguintes.
8
9
Ter uma linguagem simplese ser o mais claro e objetivo possível, para que seja de fácil
compreensão a todo público de relacionamento da empresa.
Para o relatório cumprir sua finalidade, é importante que os especialistas estimulem o
engajamento dos principais públicos e que estejam conscientes de que cada leitor tem um
interesse específico em relação ao relatório.
RELATÓRIOS PARA DIVULGAÇÃO DE
INFORMAÇÕES ADICIONAIS AOS
INVESTIDORES E CREDORES.
Neste vídeo, a especialista Milene Holanda Nantes falará sobre a estrutura e a finalidade da
divulgação dos relatórios da administração, relatório de sustentabilidade, relatório de auditoria,
balanço social e parecer do conselho fiscal.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (UFG − 2017) EM DECORRÊNCIA DA PUBLICAÇÃO DO BALANÇO
PATRIMONIAL, O RELATÓRIO QUE APRESENTA À EMPRESA DADOS
ESTATÍSTICOS DIVERSOS, INDICADORES DE PRODUTIVIDADE,
DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, EXPECTATIVAS COM RELAÇÃO AO
FUTURO E DADOS DO ORÇAMENTO DE CAPITAL, NO CONTEXTO
SOCIOECONÔMICO, DENOMINA-SE RELATÓRIO DE:
A) Auditoria
B) Administração
C) Gerência
D) Notas explicativas
E) Notas
2. (UFG − 2017) UM DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DA
RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS ORGANIZAÇÕES É O BALANÇO
SOCIAL. É CARACTERÍSTICA DO BALANÇO SOCIAL:
A) Ter por objetivo principal a medição do comportamento da organização em torno da
satisfação das necessidades sociais de seus clientes internos.
B) Ser estabelecido e focado em indicadores que representam as condições de trabalho na
organização.
C) Ressaltar os aspectos voltados ao ambiente, aos recursos humanos e às contribuições para
o desenvolvimento econômico, social e da cidadania.
D) Ter como foco de maior importância o resultado das ações de assistência aos funcionários
da organização.
E) Ter como foco atrair os investidores e credores mediante apresentação dos resultados
financeiros.
GABARITO
1. (UFG − 2017) Em decorrência da publicação do Balanço Patrimonial, o relatório que
apresenta à empresa dados estatísticos diversos, indicadores de produtividade,
desenvolvimento tecnológico, expectativas com relação ao futuro e dados do orçamento
de capital, no contexto socioeconômico, denomina-se relatório de:
A alternativa "B " está correta.
 
O relatório da administração expõe um quadro completo das posturas e do desempenho da
administração na gestão e alocação dos recursos que se encontram a ela confiados. Nele,
constam tanto informações que ajudam a calcular o valor da companhia, quanto sobre retorno
ao acionista – como proventos.
2. (UFG − 2017) Um dos instrumentos de gestão da responsabilidade social das
organizações é o Balanço Social. É característica do Balanço Social:
A alternativa "C " está correta.
 
A elaboração e divulgação do Balanço Social está previsto na Lei n. 11.638/2007 e na NBC T
15 – Informações de Natureza Social e Ambiental −, como instrumento de transparência da
responsabilidade social corporativa.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apresentamos a finalidade, a estrutura e a redação das notas explicativas, bem como sua
importância para a tomada de decisões. Além disso, observamos que os usuários das
informações contábeis também se utilizam de outros relatórios elaborados pela empresa.
Vimos também que é necessário elaborar notas explicativas e relatórios mantendo uma
uniformidade na estrutura, em conformidade com a lei vigente, com os pronunciamentos do
CPC e com as orientações técnicas. Essa exigência tem por finalidade divulgar os dados que
apresentem a realidade das atividades da empresa e representem corretamente seu patrimônio
e o resultado econômico e financeiro. Isso garante que o usuário dos dados possa comparar,
verificar e compreender as informações para a tomada de decisões.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
CASA DA MOEDA DO BRASIL. Balanço Patrimonial. 2020. Consultado em meio eletrônico
em: 12 mar. 2021.
CASA DA MOEDA DO BRASIL. Notas explicativas às demonstrações contábeis. 2020.
Consultado em meio eletrônico em: 12 mar. 2021.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC. Orientação OCPC07. Evidenciação e
Divulgação dos Relatórios Contábil-financeiros de Propósito Geral. 2014. Consultado
eletronicamente em: fev. 2021.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC. Pronunciamento CPC 00 (R2).
Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro. 2019. Consultado eletronicamente em: fev.
2021.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC. Pronunciamento CPC 26 (R1).
Apresentação das Demonstrações Contábeis. 2011. Consultado eletronicamente em: fev. 2021.
COMPANHIA BRASILEIRA DE ALUMÍNIO. CBA. Relatório de revisão sobre as
demonstrações financeiras intermediárias condensadas. 2018. Consultado em meio
eletrônico em: 11 mar. 2021.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. CFC. NBC T 15. Informações de natureza
social e ambiental. 2004.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. CFC. NBC TA 701. Comunicação dos principais
assuntos de auditoria no relatório do auditor independente. 2016. Consultado eletronicamente
em: fev. 2021.
CUSTÓDIO, Ana Lucia de Melo; MOYA, Renato. Guia para elaboração de Balanço Social e
relatório de sustentabilidade 2007. São Paulo: Instituto Ethos, 2007. Consultado
eletronicamente em: fev. 2021.
EQUIPE ATLAS. Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Lei das Sociedades por Ações. 19.
ed. São Paulo: Atlas, 1987.
ERNEST & YOUNG; FIPECAFI. Manual de normas internacionais de Contabilidade: IFRS
versus normas brasileiras. 1. ed. São Paulo: Atlas. 2009.
IBASE. Balanço social. Consultado eletronicamente em: 11 mar. 2021.
IBASE. Balanço social dez anos: o desafio da transparência. Ciro Torres (coord.) Rio de
Janeiro: Ibase, 2008.
MARTINS, E.; IUDÍCIBUS, S.; GELBCKE, E. R.; SANTOS, A. Manual de Contabilidade
Societária: aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do
CPC. Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras. FIPECAFI. 1. ed.
São Paulo: Atlas, 2010.
TINOCO, J. Balanço Social e o Relatório da Sustentabilidade. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados:
Leia o artigo Algumas palavras sobre as novas notas explicativas, do Professor Eliseu
Martins, publicado na Revista Gestor Contábil, 13ª edição.
Pesquise na internet um modelo de relatório do de Auditoria.
Acesse o site da GRI para aumentar seus conhecimentos sobre relatório de
sustentabilidade.
CONTEUDISTA
Milene Holanda Nantes
 CURRÍCULO LATTES
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