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Contabilidade Social Aulas 1 a 5 Online

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Aula 01
Aspectos Metodológicos Preliminares
Nesta aula veremos que ao utilizar a moeda como um instrumento de conta, a contabilidade social (ou contabilidade nacional) consiste em mensurar e classificar os vários fenômenos da vida econômica de um país a partir de interpretações da realidade. 
Procura medir a produção corrente da atividade econômica.
Sistematiza, por meio de um marco estrutural teórico, informações de bases conceituais  universalmente satisfatórias relacionadas à classificação e explicação das transações econômicas observadas dentro da economia do país e entre esta e as do resto do mundo.
Conforme se sabe, o termo economia advém de uma palavra grega, onde :
Significando assim a administração de uma casa ou de um país.
Nesse sentido, sabendo-se que os recursos produtivos são escassos e que, devido a isso, os indivíduos, a sociedade e o país devem fazer escolhas de modo a produzir e distribuir, da melhor maneira possível, o resultado da produção para satisfazer as necessidades humanas.
A economia é a ciência que estuda a escassez.
Dada a escassez dos recursos existentes de produção, associada às necessidades ilimitadas dos seres humanos, originam-se os chamados problemas econômicos fundamentais:
- O que; Como?;Quanto;Para quem?
O modo (ou a administração da casa) como a sociedade irá tentar resolver tais problemas depende da forma da organização que se faz da economia de um país, ou seja, do sistema econômico de cada nação, de cada sociedade.
Um SISTEMA ECONOMICO é definido, de maneira geral, como sendo a forma politica, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade.
No caso do sistema capitalista (ou de uma economia de mercado), tem-se, no processo de produção (mais especificamente), a atividade central para se organizar esse sistema econômico, definindo as trocas e os setores institucionais (de produção) relevantes ao país e que participam ativamente desse processo, sabendo-se que os ajustes de preços e das quantidades ocorrem para balancear os fluxos das mercadorias que são transacionadas no mercado.
Devido à diversidade cada vez maior da produção de mercadorias (ou de bens e serviços e de fatores de produção), tornou-se necessário a criação de um elemento a fim de facilitar esta dinâmica.
MOEDA é o elemento comum de troca funcionando como um instrumento que permite o intercambio das mercadorias e que é utilizado como denominador comum de valores da produção.
Nesse sentido, em função das (várias) necessidades humanas, dos problemas econômicos e do modo de produção que existem em uma sociedade, com o processo de produção (capitalista), ocorre uma série de fluxos na forma de trocas econômicas e que acabam trazendo vantagens aos participantes dessa sociedade.
Para entender todo esse contexto, a contabilidade social ou contabilidade nacional se enquadra como um instrumento especial de estatística econômica.
São objetivos da contabilidade Social:
- A mensuração e classificação sistemáticas ( e interligadas) que permitem a compreensão;
- A estimativa, e;
- A contabilização ( em contas) das atividades econômicas de uma sociedade.
A contabilidade nacional também pode ser interpretada como uma técnica estatística para análise macroeconômica, que possibilita a mensuração empírica dos modelos teóricos estudados no campo da teoria macroeconômica. Melhor dizendo, a contabilidade nacional é um instrumento estatístico de mensuração dos agregados econômicos (ao longo de um determinado período de tempo).
Cabe destacar nessa nossa aula que a macroeconomia trata da determinação, do comportamento e da evolução dos agregados macroeconômicos e de como atuar sobre os mesmos através dos instrumentos das políticas econômicas (tais como das políticas fiscal e monetária).
Por outro lado, a contabilidade social preocupa-se, mais especificamente, com a medição desses agregados, sendo uma técnica estatística que registra contabilmente, em determinado período de tempo, a atividade produtiva realizada entre diversos setores ( ou agentes) institucionais do sistema econômico ( d um pais), apresentando sinteticamente informações cifradas monetárias.
“O relevante (...) é registrar que o Sistema de Contas Nacionais e os instrumentos analíticos a ele associados (...) são as referências empíricas fundamentais para estudos e trabalhos dos economistas, cientistas sociais e demais profissões envolvidas com análises agregadas. As atuais referências metodológicas (...) são o manual das Nações Unidas – System of National Accounsts (SNA 93) – publicado em 1993 em parceria com o Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE e a Comissão das Comunidades Europeias - EUROSTAT, suas atualizações e as publicações sobre o Sistema de Contas Nacionais do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, órgão oficial produtor de estatísticas do Brasil” (Feijó e Olinto Ramos, pág. 4)
No sistema de contas nacionais, é comum utilizar o Produto Interno Bruto (PIB) como a melhor medida de desempenho ou da riqueza da atividade econômica de um país.
Essa medida estatística tenta resumir em uma única conta (ou cifra) o valor corrente de toda essa atividade. Melhor dizendo, com o PIB procura-se medir a renda total (ou as remunerações) de todas as pessoas (ou agentes) da economia, bem como a despesa total na produção de bens e serviços.
Seja pela ótica da renda, seja pela ótica da despesa, percebe-se que o PIB é uma medida de desempenho econômico e, como tal, contabilmente, observa-se que ambos os valores (renda e despesa) expressam a mesma “coisa”, a mesma medida e, no plano da economia como um todo, a renda deve ser igual à despesa que é igual ao PIB.
Por essa situação, e dado o que se descreveu anteriormente sobre os fluxos das mercadorias, este fluxo, na verdade, pode ser chamado de fluxo circular da renda. 
Para facilitar a visualização a respeito do fluxo circular da renda, vamos considerar um modelo (extremamente) simplificado, onde se tem um país com apenas dois setores, isto é, empresas e famílias, conforme a imagem a seguir.
Observando ainda a imagem, vemos, além do circuito interno, um circuito externo que expressa o fluxo monetário correspondente.
As famílias compram os bens e serviços (o produto) das empresas; estas utilizam uma parte da renda que advêm das suas vendas para pagar salários de seus trabalhadores; e o restante são os lucros (assim como juros e alugueis) dos donos das empresas que são integrantes das famílias. Nesse sentido, as despesas com as mercadorias acabam fluindo das famílias para as empresas, e a renda na forma de salários e lucros (como os juros e alugueis) circula das empresas para as famílias. O PIB portanto, mede o fluxo de reais desta economia.
Melhor dizendo, em função do que foi explicado anteriormente, e por meio da demonstração desse desenho, pode-se calcular o fluxo circular da renda de duas maneiras: o PIB é o total da renda advinda da produção de bens e serviços que é igual à soma de salários e lucros (da mesma maneira como os juros e os alugueis), assim como o PIB é o total gasto com os bens e serviços.
Desse modo, pode-se descrever que o fluxo de reais (R$) pode ir de:
Sabendo-se que a equivalência entre a renda e a despesa decorre da regra da contabilidade: Toda despesa tem a sua contrapartida na produção. Ao mesmo tempo, toda a transação econômica que afeta a despesa deve afetar a renda, e toda a transação que afeta a renda deve afetar a despesa.
Aula teletransmitida
A contabilidade social, se relaciona a um ramo da ciência econômica, a macroeconimia, que estuda a determinação e comportamento dos agregados econômicos, renda, pib de um pais, a contabilidade social faz a mensuração, classificação, contabilização dos agregados econômicos.
A moeda como instrumento
AULA 02
Definições conceituais
Video Ademir 
Medir o PIB, dimensionar a economia, podendo comparar com outros estados, avaliaro comportamento ao longo do tempo, para saber se a economia é dinâmica ou não, quais os setores que compõem a economia. PIB é o valor dos bens finais, diretamente pronto ao consumo, ou valor agregado a economia, a soma dos salários, lucros, impostos. Valor agragado da economia a produtos em determinados períodos.
As atividades econômicas, nas quais os agentes econômicos estão envolvidos e que são objeto e natureza do estudo da contabilidade social, destacam-se pelas suas categorias (ou contas) mais significativas que são: A produção, o consumo, a acumulação (renda)
O conceito de produção (economia) relaciona-se à criação de todas as “coisas” econômicas ( bens e serviços) com utilidades necessárias a sociedade, independentemente dos seus modos de produção.
“A ideia de produção atualmente está também identificada à complexa organização existente das etapas interpostas decorrentes da maior especialização e divisão social do trabalho. Novas dimensões da atividade produtiva são formadas diversificando e processando-se em um número cada vez mais amplo de bens e serviços, fazendo com que a contabilidade social tenha uma metodologia que compreenda e mensure adequadamente o esforço social de produção.”
A produção, na verdade, é um processo transformativo no mundo de hoje, estando incluídas neste processo as atividades realizadas por empresas de distribuição e de comercialização, pois estas atividades são também produtivas, porquanto criam mais valor monetário de produtos, assim como mais utilidades para a sociedade de um determinado país.
Nesse sentido, o sistema econômico é alimentado e realimentado por uma série de produtos que são transformados pelas unidades produtoras, ou seja, pelas diversas empresas existentes.
Há, no âmbito da produção das empresas, produtos para alimentar o seu processo produtivo, ditos insumos, e que sofrem sucessivas transformações, pelas quais chegam a converter-se em produtos finais. A produção constitui, então, uma longa cadeia de redes e de fases, nas quais há transformações de produtos em outros produtos, incorporando progressivamente características com que se deverão apresentar no mercado quando os produtos estiverem para serem utilizados.
Pela contabilidade nacional, costuma-se medir, na prática, o que cada ramo de atividade adicionou ao valor do produto final no país, em cada etapa do processo produtivo.
O adicionamento no valor do produto final (conceituado como valor adicional) é a forma mais operacional para medir o produto, assim como para se mensurar a geração de renda da economia do país. O valor adicionado em cada setor é igual à soma das remunerações do capital (lucros) e do trabalho (salários).
Veja um exemplo de valor adicionado, por setor, para o produto final:
Paralelamente à produção (de um país), a geração de renda é uma atividade decorrente da especialização e da divisão do trabalho. Estas se desenvolvem no processo produtivo de um sistema econômico e ficam associadas à utilização da moeda como instrumento que efetiva os diferentes tipos de transações econômicas.
Como já foi visto na aula anterior, na diversificação da realização da produção de mercadorias (por meio da especialização e da divisão do trabalho), são empregados (e mobilizados) os chamados fatores (ou recursos) de produção. Os mesmos conduzem a economia de um país a pagar remunerações em função do custo que se tem pela utilização destes fatores. A produção dá, assim, nascimento à geração de renda.
O somatório dessas remunerações classificadas em salários, juros, alugueis e lucros concorrem para a feitura da produção nacional.
- Salários – são remunerações pelo fator trabalho;
- Juros – Incidem sobre o uso do capital e da capacidade administrativa e empreendedora do empresário, auferidos pelas empresas.
- Lucros – Gerados pela utilização dos recursos financeiros de propriedade das famílias
- Alugueis – Alugueis ( ou mesmo os arrendamentos pelo emprego do fator terra) gerados pelo uso de imóveis.
Nesse contexto, a contabilidade nacional mensura as várias etapas de que são constituídos os produtos do país e o resultado monetário de geração de renda devido às contribuições de todos os agentes que participaram do esforço social de produção. 
Para mais informações, leia agora o texto Geração de Renda.
No conjunto, em função das tomadas de decisões dos agentes econômicos, uma parte da geração de renda do país será destinada ao consumo e a outra parte será alocada para a acumulação. Mas a geração da renda, assim como o consumo e a acumulação, dependem do esforço social de produção, de onde advêm os bens e serviços que serão consumidos ou acumulados.
A figura 2 abaixo esquematiza os fluxos que interligam esses conceitos de atividades econômicas consolidadas nas contas de produção, (geração de) renda, consumo e acumulação.
Por esta figura acima, a conta produção consolida a atividade econômica de um país.
A partir da atividade econômica, são realizadas as remunerações nas formas de salários, lucros, alugueis e juros a todos os proprietários dos recursos (ou fatores) de produção.
1; Uma parte destas remunerações recebidas vai diretamente para as despesas em consumo de bens e serviços finais que irá realimentar a atividade de produção do país.
2; Uma outra parte da renda não será gasta, ou seja, formará a poupança da economia. Mas tal poupança irá se transformar em despesas (de formação) de capital e em formação de estoques, demonstrando que tal acumulação irá voltar-se para a produção novamente.
Logo, todo o processo circulatório das principais categorias das atividades econômicas (realizadas pelos agentes econômicos), concretiza-se e dá continuidade às operações do sistema econômico de um país. Como veremos nas aulas futuras desta nossa disciplina, os agentes - famílias e empresas -, assim como o governo (e até o resto do mundo) exercem funções econômicas que são refletidas nessas categorias e que são destacadas no sistema, criando um conjunto de fluxos que se interligam e que são mensurados pela contabilidade social.
AULA 03
A Identidade entre produto, renda e despesa: Uma analise mais ampliada. Para se gerar um produto é necessário produzir renda:
Os fatores de produção são utilizados pelas empresas para produzirem os bens e serviços, o que significa que a produção da economia, ou melhor dizendo, que o PIB do país é igual a renda. Esta se destina aos gastos, à poupança e ao pagamento de tributos, sendo que em função desta renda, o produto é absorvido para consumo, investimento, gastos do governo e em exportações menos importações, havendo uma equivalência ao dispêndio e ao PIB, destacando uma interdependência e igualdade entre o PIB, a renda e o dispêndio do país.
Vimos que o aparelho produtivo de um determinado país gera um fluxo circulatório que relaciona a produção, a (geração) de renda, o (dispêndio em) consumo e a acumulação, possibilitando visualizar a interação básica feita entre as empresas e as famílias (ou unidades familiares);
Por essa interação, chega-se ao que chamamos por produto interno bruto (PIB).
Pela contabilidade nacional, a mensuração do PIB é feita, então, segundo a ótica (ou fluxo) da produção, com o objetivo fundamental de computar, a preços de mercado, o valor em (R$) dos bens e serviços finais produzidos e ofertados no âmbito do sistema econômico em um determinado período de tempo. Como as empresas são formadas pelos setores primário, secundário e terciário, e mediante o que já foi estudado por nós na aula 2, discorre-se que o produto, por essa ótica da produção, acaba sendo avaliado em função dos resultados dos valores agregados ou adicionados das atividades geradas pelos setores produtivos da economia. No que se refere à ótica da renda, o PIB pode ser também avaliado por esse fluxo. Conforme já estudado por nós, a (geração) da renda acaba sendo o resultado do total das remunerações em reais (R$) pagas pelo uso dos fatores de produção aos seus proprietários. Em função das vendas dos produtos criados pelos setores econômicos, formam-sereceitas que acabam sendo distribuídas entre os vários componentes da renda, consistindo, nesse sentido, na remuneração de todos os fatores utilizados pelas empresas.
Em um sistema econômico mais realista que possua não só as famílias e as empresas, mas também as autoridades governamentais e o resto do mundo como agentes econômicos (que serão explicados na próxima aula), pela sintonia da ótica da formação do produto, as unidades produtivas (ou empresas) convertem os fatores de produção em:
Melhor dizendo, a renda acaba sendo uma grande totalização (pelo pagamento) dos custos dos recursos econômicos, os quais correspondem às remunerações pagas pelas empresas. Essa renda acaba sendo distribuída para, além do consumo e da poupança, também pagar tributos, de acordo com a fórmula abaixo:
Por outro lado, além da renda, o produto é também estimado pelo fluxo do dispêndio (ou da despesa) nacional que representa o gasto total dos agentes econômicos com o produto do país, ou seja, por esse dispêndio são revelados os setores que compram os produtos ofertados na forma do PIB.
Segundo a figura 3, a seguir, que se refere à relação das trocas dos agentes econômicos, é interessante notar que, para um país de economia aberta como o Brasil que mantém relações econômicas com outros países, o seu dispêndio acaba acontecendo tanto em relação ao PIB, quanto em relação às mercadorias ofertadas de outros países por meio das importações. 
Nesse sentido, o Brasil importa produtos produzidos no exterior para serem oferecidos internamente, formando a oferta agregada da economia.
Figura 3: Relação das Trocas dos Agentes Econômicos
No âmbito do que trata a macroeconomia e segundo a fórmula abaixo, a oferta agregada ou global inclui, no PIB , a importação de produtos que foram produzidos em outros países e que se tornam disponíveis aos brasileiros.
Através da oferta global da economia ocorre, portanto, os dispêndios não só por parte das famílias, mas também das empresas e do governo e que se somam aos dispêndios de bens e serviços do resto do mundo quando o Brasil exporta para os demais países, segundo a figura 3.
Assim, de acordo com a equação apresentada abaixo do dispêndio (ou da despesa) global (DIB), podemos ver que o produto do país é despendido (ou absorvido) interna e externamente.
Como, pela macroeconomia, oferta global é igual à demanda global, demonstra-se a seguinte igualdade:
Passando-se a variável importação para o outro lado da equação, obtem-se que:
A diferença entre as exportações e as importações (X – M) denomina-se, então, dispêndio externo líquido. Essa diferença acaba mostrando a proporção da despesa externa líquida em relação ao PIB.
Em suma, dada essa última equação, compreende-se que, para se gerar um produto, ocorre a necessidade do país pagar remunerações (na forma de renda) aos proprietários dos fatores de produção, pois tais fatores são utilizados pelas empresas para produzirem os bens e serviços, o que significa que a produção da economia, ou melhor dizendo, que o PIB do país é igual à renda. 
Esta se destina ao consumo, à poupança e ao pagamento de tributos, sendo que, em função dessa renda, o produto é absorvido para consumo, investimento, gastos do governo e em exportações menos importações, havendo uma equivalência ao PIB. Conclui-se, por essa explicação, que há uma interdependência e igualdade entre o PIB, a renda e o dispêndio do país. Melhor dizendo::
 Produto = Renda = Dispêndio
AULA 04
Os setores e os agentes econômicos
Nesta aula examinaremos os setores e os agentes econômicos de maneira mais significativa que compõem a estrutura da produção e das trocas de uma determinada economia. Eles envolvem a base dos trabalhos das contas nacionais e são os responsáveis pelos tipos de atividades econômicas que se desenvolvem em um país.
Sabendo-se que a contabilidade social está fundamentada em conceitos agregativos, e havendo diversificados setores de atividade produtiva que se inter-relacionam por meio de redes de relações econômicas, obviamente, tais setores (e subsetores) são agrupados (ou agregados) pela contabilidade social.
Tal agregação, segundo Rossetti, se faz de acordo com as suas semelhanças, suas formas de comportamento, tipos de atividades e fins a que se destinam, obedecendo aos padrões sugeridos pelas Nações Unidas.
De acordo com a metodologia de classificação adotada pelo (Centro de Contas Nacionais do) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – os setores econômicos podem ser decompostos em:
Figura 4 – Representação Esquemática do Aparelho de Produção
Conforme a figura 4, o conjunto desses setores forma o que se chama por aparelho (da formação) da produção da economia do país. Sendo que nenhum deles permanece isolado desse conjunto no decurso de suas atividades de produção. Os mesmos se integram e interligam em uma sucessão de transações econômicas, formando redes de interdependência a níveis inter-setorial e intra-setorial para produzir bens e serviços que irão atender, por exemplo, as necessidades de consumo e de acumulação da sociedade.
Paralelo ao que foi explicado na aula 3, e desenhado na figura 3 (Relação das Trocas dos Agentes Econômicos), as atividades produtivas dos setores agropecuária, indústria e serviços realizam-se por meio de numerosas unidades de produção (ou empresas).
Estas, assim como as unidades familiares, as autoridades governamentais (ou governo) e o resto do mundo são os agentes econômicos ativos e responsáveis diretamente pelas ações econômicas que são desenroladas e desenvolvidas em um sistema econômico.
São os agentes econômicos que na verdade contemplam duas realidades, quais sejam as das famílias propriamente ditas e a das entidades privadas sem fins lucrativos.
Especificamente , as famílias são aquelas entidades que fornecem serviços de fatores (tais como trabalho e capital) de sua propriedade recebendo em troca remunerações na forma de salários, juros, lucros e aluguéis, por exemplo.
Já as entidades sem fins lucrativos, estas são agentes econômicos e que fazem parte das unidades familiares, sendo unidades produtoras (não públicas). Porém, excluem-se do agente empresas pois não têm como objetivo obter lucros, como no caso das instituições benemerentes, dentre outras.
São os órgãos públicos que prestam serviços para a sociedade, sem individualizá-los e mesmo distingui-los pela parcela que cabe a cada habitante.
Melhor dizendo, o governo é um agente coletivo, o mesmo contrata trabalho das unidades familiares e, ao mesmo tempo, adquire produção das empresas para oferecer serviços de utilidade pública à sociedade de um país.
O agente governo exclui as empresas públicas, sejam elas totalmente estatais ou de capital misto, porque as mesmas estão incluídas no conceito de agente (econômico) empresas.
Este agente econômico compreende todos os sujeitos da atividade econômica externos (ou fora da fronteira) de um determinado país considerado.
Destaca-se que o resto do mundo é parte de um todo e refere-se a todas as entidades não-residenciais que se constituem pelos agentes econômicos de outros países.
Na verdade, o resto do mundo é formado pelas empresas do exterior, pelos governos estrangeiros e pelas unidades familiares residentes no exterior. Ao mesmo tempo, cabe aqui destacar que o registro dos atos econômicos relativo ao agente resto do mundo é feito pelo balanço de pagamentos do país e absorvido pelas contas nacionais.
AULA 05
 Determinação das atividades econômicas pelas óticas do produto, da renda e da despesa
A medida do PIB refere-se à produção de todas as unidades produtoras de um país, em determinado período de tempo. Devido a isso, o PIB é mensurado a preços de mercado e que a valoração (em termos monetários) permite que sejam agregadas quantidades heterogêneas de bens e serviços.. A questão que fica é a de verificarmos como é mensurado o esforço de produção de uma economia num dado tempo através do PIB. Pois, por meio deste esforço, conhece-se a produção ao longo dos períodos(do lado de outros indicadores) e que, com isso, avalia-se o tipo de desenvolvimento do país. 
Ao existir informações estatísticas, vamos supor que, durante um ano, seja possível somar, através dos três grandes setores produtivos, toda a produção realizada pelas empresas de um país, a mensuração equivale ao valor do fluxo da produção de todos os bens e serviços produzidos.
Esse somatório (ou agregação) mede o que conceituamos como sendo valor bruto de produção (VBP), conforme temos, hipoteticamente, na figura 5.
A alternativa utilizada nas contas nacionais corresponde à medida do valor agregado (ou adicionado) bruto (VAB). Como exemplo, temos a figura 6 que estima esta categoria, ilustrando que o VAB é o valor bruto de produção dos setores menos o valor do consumo intermediário (ou dos insumos).
Demonstra-se por esse processo que a formação do produto (VAB) do país está, portanto, associado ao esforço coletivo das adições decorrentes de cada setor da atividade gerando a transformação dos insumos necessários à produção. Assim, para o conjunto da economia do país, o produto, ou, melhor dizendo, o valor agregado bruto, pode ser medido pela seguinte diferença:
Na verdade, e já comentado introdutoriamente nas aulas anteriores, o produto gerado é, portanto, o resultado global dos valores adicionados dos setores (formadores do aparelho produtivo da atividade econômica) com as suas devidas participações segundo a figura 7.
Composição do valor agragado Setorial ( em bilhões de reais)
Pela composição do valor agregado bruto com a ótica da renda é possível ainda estimar a mesma grandeza econômica, dada por estes fatores no processo produtivo e que se denomina por renda do país.      
Na medida em que os fatores de produção são utilizados, há necessidade de remunerá-los com:
Resumindo, a determinação das atividades econômicas pelas óticas do produto, da renda e da despesa (ou do dispêndio), em termos de contas nacionais, permite-nos concluir que o esforço social de produção pode ser conseguido pelo:  
- Resultado da diferença entre o valor bruto de produção com o valor dos insumos consumidos (ótica do produto);
- Pela soma das remunerações aos proprietários dos fatores de produção (ótica da renda);
-pelo somatório dos gastos efetuados na economia em bens e serviços finais advindos dos setores produtivos (ótica do dispêndio). 
Entretanto, no caso da renda, apesar de já ter sido apreciada por nós, faz-se uma melhor discussão a respeito da conceituação dos principais agregados constituintes desta ótica na próxima aula, além de que haverá também um estudo sobre a distribuição funcional desta renda.
Na verdade, todos os agregados referem-se ao total da economia, mas diferem, é claro, quanto ao aspecto do processo econômico que enfocam, ou seja, o PIB obtido pela ótica:
Do produto: mede a produção.
Da renda: mede o rendimento.  
Da despesa (ou do dispêndio): 
mede o consumo, investimento, gastos do governo e exportações líquidas.

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