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71PROMILITARES.COM.BR REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS CONTEXTO HISTÓRICO O contexto de crise iniciada com a exploração metropolitana reforçada após a Crise do Açúcar e a decadência da mineração produziu efeitos que foram acirrados depois das Revoltas Nativistas, principalmente, pelas medidas metropolitanas que limitavam a atuação econômica da elite local, um exemplo era o Alvará de 1785 (proibia produção manufatureira no Brasil). Um fator determinante foi a influência da corrente filosófica e política iluminista, que surgiu para romper com o Antigo Regime e alterar suas principais bases de ação. Tinha influências no pensamento Renascentista, no racionalismo de Descartes, na filosofia Newtoniana e no método científico de Francis Bacon. ProBizu Os iluministas defendiam ideias como a de Montesquieu que reivindicava a existência de três poderes independentes e dialógicos, que buscassem retirar o poder centralizado nas mãos de uma pessoa. Além disso, havia a defesa da existência de um Contrato Social como proposta por Rousseau e era a base da estrutura republicana. Outro ponto significante era o rompimento da concepção mercantilista e uma defesa da relação econômica liberal que permitisse uma maior liberdade para elite burguesa, com isso, rompendo com o intervencionismo estatal. Outros eventos históricos de grandes relevâncias foram: a Independência dos EUA (1786) e a Revolução Francesa (1789) que trouxeram o aprofundamento da Crise do Antigo Regime. A Independência dos EUA marcou início do processo de rompimento das colônias americanas de suas metrópoles e a exegese da experiência republicana e presidencialista. Teve forte influência nos processos emancipatórios da América, principalmente, com a formulação do ideário da Doutrina Monroe (América para os Americanos). Já a Revolução Francesa trouxe o rompimento máximo do absolutismo e da vida luxuosa de corte. Com forte participação popular durante e após o processo revolucionário, a Revolução possibilitou a produção de uma das maiores obras da história humana que foi a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que defende ao máximo os direitos naturais do homem e de sua representatividade. AS REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789) O enriquecimento de uma parcela da elite colonial durante o apogeu da Mineração permitiu que seus filhos estudassem em universidades europeias (300 estudaram em Coimbra e 15 em Montpellier na França). Entre os estudantes, tivemos José Álvares Maciel e José Joaquim da Maia e Barbalho, que tiveram contato com obras iluministas clássicas e experiências políticas, inclusive, houve envio de cartas de José Joaquim a Thomas Jefferson, na qual constava sua admiração ao movimento norte-americano. O retorno destes estudantes e a circulação de ideias através de livros e revistas possibilitaram a difusão das ideias emancipatórias pelos mineiros. Com o passar do tempo o movimento, que teve liderança de Luís Vieira da Silva (cônego), Cláudio Manoel da Costa (poeta), Francisco de Paula Freire de Andrade (tenente-coronel) e Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes, alferes), notabilizou-se como elitista e sem participação popular. A ausência do povo era uma questão séria, porque a população de Minas Gerais era de, aproximadamente, 300.000 habitantes e mais de 50% representados por negros. As causas que motivaram o início do movimento foram o esgotamento do ouro, crise econômica, exploração abusiva de POR (impostos, derrama, proibição de produção de manufaturados na colônia – Alvará de D. Maria I), a penetração de ideais iluministas e a própria experiência revolucionária dos norte-americanos. Dentro dos principais objetivos, podemos encontrar a proclamação da República (a referência de modelo político era oriunda do federalismo dos EUA e da concepção parlamentar inglesa), o fim do pacto colonial, o estímulo ao desenvolvimento de manufaturas, a criação de uma Universidade, a bandeira com a inscrição “Libertas quae sera tamen” (Liberdade ainda que tardia) e a ausência de qualquer política abolicionista (inúmeros líderes eram proprietários de escravos). Entretanto, o movimento nunca foi posto em prática, porque ocorreu a delação de Silvério dos Reis, que acabou ocasionando as prisões das lideranças. Posteriormente, inúmeros foram torturados (alguns morreram na prisão) e também ocorreu desterro de alguns membros. Porém, houve uma execução pública, que foi a de Tiradentes, no qual seu corpo foi esquartejado e posto publicamente como exemplo. Tempos depois, na República, Tiradentes foi alçado como herói do ideário republicano brasileiro e símbolo do povo. 72 REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS PROMILITARES.COM.BR CONJURAÇÃO BAIANA (1798) Na luta emancipacionista na Bahia, houve forte influência do ideário revolucionário francês e a presença do espírito da luta negra no Haiti. Entre as causas do movimento, podemos encontrar a transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro (1763) e aumento das dificuldades econômicas (empobrecimento da maioria da população). Dentro dos seus participantes, podemos encontrar uma forte participação popular (por exemplo, as participações de Lucas Dantas, Manuel Faustino, João de Deus e de Luís Gonzaga das Virgens e Veiga, os heróis de búzios, e também teve uma participação de intelectuais como Cipriano Barata e Hermógenes Francisco). Neste contexto, houve também a participação dos Cavaleiros da Luz, uma importante loja maçônica. Entretanto, a elite se afastou do movimento , inclusive, colocando-se contrária ao movimento, principalmente, pelo medo da participação negra. As principais transmissões das ideias foram a transmissão oral, papéis sediciosos, bilhetes e cartas. Estes textos, além de convocatórios, tinham como proposições as seguintes pautas: a criação de uma República, a Independência, o fim da escravidão, os impostos mais equitativos, o aumento de salários das tropas, eleições públicas, a luta contra o clero, o rei e as autoridades. Porém, o movimento foi perseguido, quando começou a divulgação dos panfletos “subversivos”, com isso, o movimento foi considerado de Lesa-majestade (crime contra a coroa). É cabível ressaltar que o movimento não chegou a eclodir e cronistas da época o chamavam de “associação de mulatos”. Em 07/11/1799 foram condenados à forca e ao esquartejamento os seguintes negros: João de Deus do Nascimento, Luiz Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas de Oliveira e Manuel Faustino dos Santos (o lira). O foque do tom racista das execuções se deveu para servir de exemplo para inibir atos como do Haiti. CONJURAÇÃO CARIOCA (1794) A Conjuração Carioca teve características parecidas como o movimento sufocado em Minas Gerais cinco anos antes. A Revolução Francesa foi a inspiradora dos inconfidentes do Rio de Janeiro, que fundaram uma sociedade literária para a divulgação de suas ideias. Denunciados os conjurados, foram presos e acusados de fazerem críticas à religião e ao governo, além de adotarem ideias de liberdade para a colônia. Entre os inconfidentes cariocas estavam o poeta Manuel Inácio da Silva Alvarenga, Vicente Gomes e João Manso Pereira. Durante dois anos e meio, os implicados no movimento frustrado ficaram presos sendo depois libertados. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. (UFTPR 2008) Os principais movimentos que refletiram a crise do sistema colonial brasileiro tiveram vários pontos em comum, mas apenas um deles discutiu a abolição da escravatura e contava com a participação das camadas mais pobres. Esse enunciado se refere à: a) Inconfidência Mineira. b) Sabinada. c) Confederação do Equador. d) Conjuração Baiana. e) Cabanagem. 02. (UECE 2008) Sobre a Inconfidência Mineira (1789), são feitas as seguintes afirmações: I. estava entre os objetivos de boa parte dos conspiradores de Vila Rica, a constituição de um regime republicano no Brasil. II. havia, também, por parte dos inconfidentes, a preocupação com o desenvolvimento de produtos manufaturadosou, em outras palavras, objetivavam a diminuição da dependência de artigos importados. III. a nova capital seria transferida para Belo Horizonte, por encontrar- se localizada numa área mais favorável para a expansão da lavoura e da pecuária. Assinale o correto. a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras. b) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras. c) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras. d) Todas as afirmações são verdadeiras. 03. (UFMG 2008) Leia o trecho, que contém uma fala atribuída a Joaquim José da Silva Xavier: “[...] se por acaso estes países chegassem a ser independentes, fazendo as suas negociações sobre a pedraria pelos seus legítimos valores, e não sendo obrigados a vender escondido pelo preço que lhe dessem, como presentemente sucedia pelo caminho dos contrabandos, em que cada um vai vendendo por qualquer lucro que acha, e só os estrangeiros lhe tiram a verdadeira utilidade, por fazerem a sua negociação livre, e levado o ouro ao seu legítimo valor, ainda ficava muito na Capitania, e escusavam os povos de viver em tanta miséria.” (Autos de Devassa da Inconfidência Mineira. 2. ed. Brasília: Câmara dos Deputados; Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1980. v. 5, p. 117.) A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que os Inconfidentes Mineiros de 1789 a) acreditavam que o contrabando aumentava o valor recebido pelas pedras e ouro, pois dificultava sua circulação. b) consideravam que o monopólio comercial explicava por que as regiões de que se compunha Minas Gerais, cheias de pedras e ouro, ficavam mais ricas. c) defendiam o livre-comércio, por meio do qual pedras e ouro adquiririam seu real valor, uma vez que seriam vendidos aos estrangeiros legalmente. 73 REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS PROMILITARES.COM.BR d) pensavam que os estrangeiros poderiam tirar vantagens do livre- comércio das pedras e ouro, visando a aumentar seus lucros. 04. (FGV 2008) Leia os quatro trechos seguintes. I. Acreditavam os conspiradores que a derrama seria o estopim que faria explodir a rebelião contra a dominação colonial. Em uma de suas reuniões criaram até a palavra de ordem para começarem a agir. “Tal dia faço o batizado” era a senha. II. Dois envolvidos (...) escaparam às garras da repressão: José Basílio da Gama, que fugiu para Lisboa quando começaram as prisões, e Manoel Arruda da Câmara, que era sócio correspondente da Sociedade Literária do Rio de Janeiro, mas vivia no exterior. (...) O fato é que um ano após a prisão dos acusados nada de grave fora apurado, até porque recorreram ao recurso de negar articulação contra o domínio português. Em geral admitiram que suas reuniões eram marcadas por discussões filosóficas e científicas. III. (...) dentre os 33 presos e processados, havia 11 escravos, cinco alfaiates, seis soldados, três oficiais, um negociante e um cirurgião. (...) Suas ideias principais envolviam o seguinte: a França constituía o modelo a seguir; o fim da escravidão; a separação entre Igreja e Estado (...) IV. Criou-se um Governo Provisório (...), integrado por representantes de cinco segmentos da sociedade: Domingos Teotônio Jorge (militares), Domingos José Martins (comerciantes), Manoel Correia de Araújo (agricultores), padre João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro (sacerdotes) e doutor José Luís Mendonça (magistrados). (...) Empenhado em ampliar o movimento anticolonial, o Governo Provisório enviou emissários a outras capitanias: Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas e Bahia. (Rubim Santos Leão Aquino et alii, “Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais”) Os trechos de I a IV tratam, respectivamente, dos seguintes eventos a) Conjuração Mineira; Confederação do Equador; Conjuração Baiana; Guerra dos Mascates. b) Conjuração Mineira; Conjuração do Rio de Janeiro; Conjuração Baiana; Revolução de 1817. c) Revolta de Vila Rica; Conjuração do Rio de Janeiro; Conjuração Baiana; Revolução de 1817. d) Conjuração Mineira; Conjuração do Rio de Janeiro; Revolução de 1817; Revolta dos Cabanos. e) Conjuração Baiana; Conjuração Mineira; Revolução de 1817; Conspiração dos Suassuna. 05. (UFPI 2008) A crise do Antigo Sistema Colonial no Brasil expressa- se, inicialmente, através dos chamados movimentos nativistas, acentuando-se com os movimentos de independência nacional. Esses movimentos de rebelião colonial, assim como o processo de emancipação política do Brasil, estão ligados às transformações do mundo ocidental no final do século XVIII. Considerando-se esse enunciado, é correto afirmar que: a) o desenvolvimento de indústrias no Brasil, algo que se acentua desde o início do século XVIII, tende a reforçar o pacto colonial, na medida em que os novos industriais passam a ver o Brasil como uma reserva de mercado para os seus produtos. b) a crise referida deu-se de forma localizada no Brasil, na medida em que os principais movimentos de emancipação partiram de centros importantes como Rio de Janeiro e São Paulo. c) a emancipação política, no caso brasileiro, seguiu-se de uma nítida separação entre os grupos portugueses, hostilizados como agentes da metrópole, e os colonos brasileiros, interessados na constituição de um Estado republicano. d) as reações ao domínio português foram movimentos autóctones das elites coloniais, não se ligando ao processo geral da crise do Antigo Regime. e) As rebeliões coloniais só podem ser compreendidas dentro de um quadro mais geral, marcado por ideias liberais, eclodidas a partir de eventos como as revoluções francesa e americana, que propunham a superação do Antigo Regime. 06. (PUC-RJ 2008) A partir de seus conhecimentos sobre a Conjuração Mineira (1789), EXAMINE as afirmativas a seguir: I. Inspirados pelas ideias iluministas, os conjurados mineiros defenderam a liberdade do comércio e a independência da região das minas. II. Dentre os grupos sociais envolvidos no movimento, destacaram- se os proprietários de lavras e de terras, oficiais militares, clérigos, letrados e escravos. III. O exemplo da possibilidade de quebra do vínculo colonial representado pela independência das Treze Colônias exerceu influência entre aqueles que planejaram a conspiração. IV. O declínio da exploração aurífera, na segunda metade do século XVIII, ao lado da iminente cobrança da derrama foram fatores que contribuíram para aumentar a insatisfação dos colonos mineiros com a Coroa portuguesa. Assinale a alternativa CORRETA. a) Somente as afirmativas I e II estão corretas. b) Somente as afirmativas I e III estão corretas. c) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. d) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. 07. (UFPR 2008) “Herói desequilibrado, paladino da liberdade, falastrão, corajoso, imprudente, bode expiatório, patrono da República [...]. Os olhares sobre Tiradentes são tão variados quanto os olhares sobre a Inconfidência Mineira, em particular, e sobre o próprio passado do Brasil.” (Dossiê Tiradentes na Berlinda. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, Ano 2, nº. 19, abr. 2007, p. 17.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o episódio da Inconfidência Mineira, considere as afirmativas a seguir. 1. A Inconfidência Mineira teve a sua influência teórica limitada ao ideário iluminista preconizado pela Revolução Francesa, apesar da diversidade social verificada entre os conspiradores. 2. A conversão de Tiradentes em herói nacional foi amplamente utilizada pelos setores à esquerda e à direita do quadro político brasileiro, o que aponta para a discussão sobre o papel social da construção e da apropriação dos mitos. 3. Examinar o período colonial brasileiro, vale lembrar que, além da Inconfidência Mineira de 1789, Minas Gerais foi palco de vários outros motins e conspirações. 4. O desfecho desfavorável aos inconfidentes podeser atribuído a dois fatores centrais: a desistência da cobrança da derrama pelo governo português e a delação da conspiração às autoridades da época. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 08. (CFTSC 2007) Leia atentamente as seguintes afirmações sobre a chamada “Inconfidência Mineira”: I. A Inconfidência Mineira foi um movimento de contestação à Coroa Portuguesa, em função do aumento de impostos sobre o açúcar, principal produto de Minas Gerais no século XVIII. II. Predominava entre os inconfidentes a ideia de se criar uma república. III. Dos inconfidentes, apenas Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi morto; a maioria foi condenada à prisão e ao degredo. 74 REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS PROMILITARES.COM.BR Assinale a alternativa CORRETA. a) Apenas as proposições I e III são verdadeiras. b) Apenas as proposições II e III são verdadeiras. c) Todas as proposições são verdadeiras. d) Apenas a proposição I é verdadeira. e) Nenhuma proposição é verdadeira. 09. (CFTCE 2006) O movimento de libertação colonial que queria o fim do pacto colonial, mas não preconizava a abolição da escravidão é a: a) Guerras dos Emboabas. b) Conjura Carioca. c) Revolta dos Malês. d) Inconfidência Mineira. e) Revolta do Maneta. 10. (UFPB 2006) Do final do século XVIII à Independência (1822), ocorreram diversas rebeliões contra o domínio português no Brasil, resultado de vários fatores internos e externos, entre os quais podemos citar: a crise do Estado absolutista português; a crescente influência dos ideais da Revolução Francesa na América; e o interesse dos grandes proprietários de terras e dos grandes comerciantes em colocarem um fim às restrições impostas ao Brasil pelo Pacto Colonial. Sobre os chamados movimentos pela emancipação política brasileira, considere as afirmativas a seguir, assinalando com V a(s) verdadeira(s) e com F, a(s) falsa(s). ( ) A Inconfidência Mineira teve como principais motivações: a cobrança de tributos em atraso (a derrama); e a proibição da instalação de manufaturas na Colônia, o que obrigava os colonos a comprarem dos portugueses mercadorias importadas. ( ) A Conjuração Baiana foi o único movimento que teve a liderança de camadas sociais pobres, e pode ser considerado o mais radical de todos os movimentos porque defendia o fim da escravidão e a abolição de todos os privilégios das camadas sociais ricas. ( ) A Revolução Pernambucana foi uma rebelião de aristocratas pernambucanos contra as tendências republicanas em curso, mas não contou com o apoio das províncias vizinhas, inclusive da Paraíba, que mandou tropas para combater essa rebelião. A sequência correta é: a) V - V - V b) V - V - F c) V - F - F d) F - F - V e) F - F - F EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO 01. (IFBA 2018) Nos anos finais do século XVIII, uma série de medidas tomadas por Portugal tencionou as relações políticas entre alguns setores da população da colônia, proporcionando condições para algumas manifestações de insatisfação, tal qual a Inconfidência Mineira. A respeito desse movimento, assinale a afirmativa correta. a) Movimento de ruptura com a metrópole que intencionava romper com a escravidão e proclamar a independência de todo o território brasileiro de Portugal. b) Movimento de ruptura com a metrópole deflagrado, especialmente, por uma elite ilustrada que rejeitava o aumento dos impostos e a espoliação do fisco colonial. c) Movimento de ruptura com a metrópole que pretendia romper os laços comerciais com Portugal, exigindo o livre comércio e a abertura dos portos às nações amigas. d) Um levante bem-sucedido por meio do qual as classes mais baixas implantaram a república durante alguns anos, até quando foram vencidos pelos portugueses. e) Um levante mal sucedido que ocasionou no enforcamento de vários inconfidentes, entre eles Tiradentes, que foi exemplificado por ser a principal liderança do movimento. 02. (UECE 2018) Leia atentamente o seguinte excerto: “O papel de herói da Inconfidência Mineira cabe ainda a Tiradentes porque ele foi o inconfidente que recebeu a pena maior: a morte na forca, uma vez que o próprio réu, durante a devassa, assumiu para si toda a culpa. Sabe-se, no entanto, que sua morte se deve também em grande parte à acusação dos demais inconfidentes, bem como a sua condição social: pertencente à camada média da sociedade mineira, sem importantes ligações de família, sem ilustração nem boas maneiras”. (Cândida Vilares Gancho & Vera Vilhena de Toledo. Inconfidência Mineira. São Paulo, Editora Ática, Série Princípios,1991. p.45.) Sobre a Inconfidência Mineira, ocorrida em Vila Rica no período da mineração aurífera, é correto afirmar que a) representou o exemplo de revolta popular contra a dominação colonial portuguesa no Brasil, uma vez que, oriunda das camadas mais humildes de Minas Gerais, inclusive escravos, chegou a contagiar indivíduos pertencentes às mais altas posições sociais. b) foi uma representação dos interesses de grupos da elite local, intelectuais, religiosos, militares e fazendeiros, em livrarem-se do controle e dos impostos cobrados pela coroa portuguesa na região, mas não havia consenso em relação à libertação dos escravos. c) marcou o início do processo de independência do Brasil, baseado na luta armada do povo contra as forças leais a Portugal, e em defesa dos ideais liberais e republicanos, como o fim da escravidão, direito ao voto universal masculino e governo presidencialista. d) apesar de bem sucedida, com a proclamação da independência de Minas Gerais, teve pouco impacto na história do Brasil, uma vez que seus objetivos extremamente populares não foram bem aceitos pelas elites econômicas de outras regiões da colônia. TEXTO PARA AS QUESTÕES 03 E 04. Tiradentes era alguém com todas as características e ressentimentos de um revolucionário. Além do mais, ele se apresentava para o martírio ao proclamar sua responsabilidade exclusiva pela inconfidência. Era óbvia a sedução que o enforcamento do alferes representava para o governo português: pouca gente levaria a sério um movimento chefiado por um simples Tiradentes (e as autoridades lusas, depois de outubro de 1790, invariavelmente se referiam ao alferes por seu apelido de Tiradentes). (MAXWELL, Kenneth. A devassa da devassa. A Inconfidência Mineira: Brasil e Portugal 1750-1808. São Paulo: Paz e Terra, 1995, p. 216.) 03. (PUC-CAMP 2018) O texto de Kenneth Maxwell, ao se referir a Tiradentes, nos remete à Inconfidência Mineira, sobre a qual é correto afirmar que a) o fracasso do movimento deveu-se, entre outros, à precária organização do movimento e à falta de coesão efetiva entre os conspiradores. b) a conjuração resultou em reuniões nas quais se travaram debates políticos e filosóficos sem que com isso resultasse em proposta de revolta. c) a ausência de princípios iluministas, como os de liberdade e igualdade jurídica, deu ao movimento um caráter verdadeiramente revolucionário. d) o êxito da conspiração deu-se em função de ser formada, principalmente, pelas camadas médias e urbanas e dos grupos pobres da população. e) as ideias do despotismo ilustrado deram origem a um movimento conspiratório e libertário no processo de ruptura política do país. 75 REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS PROMILITARES.COM.BR 04. (PUC-CAMP 2018) Pode-se afirmar que, a partir da metade do século XVIII, a a) expansão do movimento de autonomia da colônia debilitou os fundamentos do Antigo Regime europeu, estimulou o surgimento do nacionalismo e produziu desdobramentos de cunho político em todo território americano. b) tentativa portuguesa de impedir o desenvolvimento de relações comerciais diretas entre a colôniae os países europeus levou a Inglaterra a auxiliar os inconfidentes mineiros nos movimentos pela libertação da colônia. c) cominação colonial começou a apresentar sintomas de esgotamento, e entrou em fase de reformas que não conseguiram resolver a crise, gerada pela emergência do capitalismo industrial. d) intensa participação popular nos movimentos de libertação colonial, inspirados pelos ideais do despotismo esclarecido, promoveu uma violenta repressão, aos líderes dos revoltosos, pelos exércitos enviados pela metrópole portuguesa. e) elite colonial, que até então pôde enriquecer e participar do desenvolvimento colonial, teve seus interesses obstaculizados pelos resultados da guerra portuguesa na região platina e exigia ressarcimento do ônus da guerra. 05. (IFBA 2017) Após a leitura do texto abaixo e dos seus conhecimentos sobre o tema, responda a questão abaixo. “A Inconfidência Mineira (1789) e a Inconfidência Baiana (1798) têm em comum o fato de serem reprimidas pela Coroa Portuguesa ainda na fase de preparativos e o desejo de autonomia de seus participantes, pois consideravam-se prejudicados e excluídos dos benefícios pelos quais acreditavam ter direito de usufruir em sua plenitude. Apesar de algumas opiniões contraditórias, percebe-se que o diferencial entre as duas conjurações é o fato de que a Conjuração Mineira teve um caráter elitista em sua organização e execução até o fim, enquanto a Conjuração Baiana, ao adquirir contornos mais radicais e populares, causou o afastamento dos líderes intelectuais da elite local que organizaram inicialmente o movimento, fazendo com que mulatos, escravos, brancos pobres e negros libertos se transformassem nos cabeças do levante.” (Disponível em: http://historiasylvio.blogspot.com.br/2013/inconfidencia- mineira-x-inconfidenciabaiana. Acesso em: 02/09/2016.) Fazendo um paralelo entre os movimentos revolucionários, a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, podemos afirmar que: a) Enquanto os participantes da Inconfidência Mineira, em geral buscaram como modelo político a república organizada nos Estados Unidos, na Conjuração Baiana foi clara a inspiração na Revolução Francesa. b) A existência da imprensa livre no século XVIII no Brasil possibilitou a difusão dos ideais de liberdade e igualdade em Minas e nas outras as regiões do país, possibilitando o êxito dos revoltos. c) Na capitania das Minas Gerais, o consumo de livros era inferior, quando comparado a outras capitanias, o que dificultou a discussão dos ideais emancipacionistas pelos setores médios urbanos. d) Na Inconfidência Mineira, houve um amplo apoio das camadas populares, dando maior força ao movimento, enquanto a Conjuração Baiana ficou restrita a intelectuais. e) Na conjuração baiana os envolvidos restringiram suas ações a reuniões secretas coordenadas pela loja maçônica Cavaleiros da Luz, sem nenhuma iniciativa de convocação pública para a luta. 06. (PUC-CAMP 2017) Observe o texto abaixo: CRONISTA SEM ASSUNTO Difícil é ser cronista regular de algum periódico. Uma crônica por semana, havendo ou não assunto... É buscar na cabeça uma luzinha, uma palavra que possa acender toda uma frase, um parágrafo, uma página inteira – mas qual? Onde o ímã que atraia uma boa limalha? Onde a farinha que proverá o pão substancioso? O relógio está correndo e o assunto não vem. Cronos, cronologia, crônica, tempo, tempo, tempo... Que tal falar da falta de assunto? Mas isso já aconteceu umas três vezes... Há cronista que abre a Bíblia em busca de um grande tema: os mandamentos, um faraó, o Egito antigo, as pragas, as pirâmides erguidas pelo trabalho escravo? Mas como atualizar o interesse em tudo isso? O leitor de jornal ou de revista anda com mais pressa do que nunca, e, aliás, está munido de um celular que lhe coloca o mundo nas mãos a qualquer momento. Sim, a internet! O Google! É a salvação. Lá vai o cronista caçar assunto no computador. Mas aí o problema fica sendo o excesso: ele digita, por exemplo, “Liberdade”, e lá vem a estátua nova- iorquina com seu facho de luz saudando os navegantes, ou o bairro do imigrante japonês em São Paulo, ou a letra de um hino cívico, ou um tratado filosófico, até mesmo o “Libertas quae sera tamen*” dos inconfidentes mineiros... Tenta-se outro tema geral: “Política”. Aí mesmo é que não para mais: vêm coisas desde a polis grega até um poema de Drummond, salta-se da política econômica para a financeira, chega-se à política de preservação de bens naturais, à política ecológica, à partidária, à política imperialista, à política do velho Maquiavel, ufa. Que tal então a gastronomia, mais na moda do que nunca? O velho bifinho da tia ou o saudoso picadinho da vovó, receitas domésticas guardadas no segredo das bocas, viraram nomes estrangeiros, sob molhos complicados, de apelido francês. Nesse ramo da alimentação há também que considerar o que sejam produtos transgênicos, orgânicos, as ameaças do glúten, do sódio, da química nociva de tantos fertilizantes. Tudo muito sofisticado e atingindo altos níveis de audiência nos programas de TV: já seremos um país povoado por cozinheiros, quer dizer, por chefs de cuisine?** Temas palpitantes, certamente de interesse público, estão no campo da educação: há, por exemplo, quem veja nos livros de História uma orientação ideológica conduzida pelos autores; há quem defenda uma neutralidade absoluta diante de fatos que seriam indiscutíveis. Que sentido mesmo tiveram a abolição da escravatura e a proclamação da República? E o suicídio de Getúlio Vargas? E os acontecimentos de 1964? Já a literatura e a redação andam questionadas como itens de vestibular: mas sob quais argumentos o desempenho linguístico e a arte literária seriam dispensáveis numa formação escolar de verdade? Enfim, o cronista que se dizia sem assunto de repente fica aflito por ter de escolher um no infinito cardápio digital de assuntos. Que esperará ler seu leitor? Amenidades? Alguma informação científica? A quadratura do círculo encontrada pelo futebol alemão? A situação do cinema e do teatro nacionais, dependentes de financiamento por incentivos fiscais? Os megatons da última banda de rock que visitou o Brasil? O ativismo político das ruas? Uma viagem fantasiosa pelo interior de um buraco negro, esse mistério maior tocado pela Física? A posição do Reino Unido diante da União Europeia? Houve época em que bastava ao cronista ser poético: o reencontro com a primeira namoradinha, uma tarde chuvosa, um passeio pela infância distante, um amor machucado, tudo podia virar uma valsa melancólica ou um tango arrebatador. Mas hoje parece que estamos todos mais exigentes e utilitaristas, e os jovens cronistas dos jornais abordam criticamente os rumores contemporâneos, valem-se do vocabulário ligado a novos comportamentos, ou despejam um humor ácido em seus leitores, num tempo sem nostalgia e sem utopias. É bom lembrar que o papel em que se imprimem livros, jornais e revistas está sob ameaça como suporte de comunicação. O mesmo ocorre com o material das fitas, dos CDs e DVDs: o mundo digital armazena tudo e propaga tudo instantaneamente. Já surgem incontáveis blogs de cronistas, onde os autores discutem on-line 76 REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS PROMILITARES.COM.BR com seus leitores aspectos da matéria tratada em seus textos. A interatividade tornou-se praticamente uma regra: há mesmo quem diga que a própria noção de autor, ou de autoria, já caducou, em função da multiplicidade de vozes que se podem afirmar num mesmo espaço textual. Num plano cósmico: quem é o autor do Universo? Deus? O Big Bang? A Física é que explica tudo ou deixemos tudo com o criacionismo? Enquanto não chega seu apocalipse profissional, o cronista de periódico ainda tem emprego, o que não é pouco, em tempo de crise. Pois então que arrume assunto, e um bom assunto, para não perder seus leitores. Como não dá para ser sempre um Machado de Assis, um Rubem Braga, um Luis FernandoVeríssimo, há que se contentar com um mínimo de estilo e uma boa escolha de tema. A variedade da vida há de conduzi-lo por um bom caminho; é função do cronista encontrar algum por onde possa transitar acompanhado de muitos e, de preferência, bons leitores. (Teobaldo Astúrias, inédito) * Liberdade ainda que tardia. ** chefes de cozinha. O texto acima faz referência à Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil no final do século XVIII, que teve como motivação o rompimento com o domínio colonial português. Pode-se afirmar que essa rebelião a) tinha um caráter mais econômico, prevalecendo em seus projetos medidas mais anticoloniais que sociais. b) expressava a reação dos mineiros contra a proibição das ordens religiosas na capitania. c) pretendia criar uma República e tinha propostas de mudanças radicais como o fim do sistema escravista no país. d) possuía sólido apoio popular e eclodiu com a adesão dos dragões articulados na colônia através de seus líderes. e) contestava realmente as estruturas do pacto colonial, quando se opôs ao seu principal elemento: o tráfico negreiro. 07. (PUC-CAMP 2017) Os enciclopedistas constituíram uma pequena elite de letrados e de técnicos, ligados à vida material como elementos de ponta do progresso econômico e também estreitamente vinculados ao aparato estatal, o qual se esforçaram por tornar melhor e mais racional. (...) Por toda a parte na Europa das Luzes, encontramos esta pretensão e esta vontade [dos filósofos] de pôr-se à testa e na direção da sociedade. (VENTURI, Franco. Utopia e reforma no Iluminismo. Bauru: Edusc, 2003, p. 44, 239-240. ) Um grande número de jovens da elite colonial brasileira frequentou a Faculdade de Direito de Coimbra, em Portugal. Essa elite, influenciada pelos ideais da pequena elite a que o texto de Franco Venturini se refere, contribuiu para a a) Revolta de Beckman em 1684. b) Guerra dos Mascates em 1710. c) Revolta de Felipe dos Santos em 1720. d) Insurreição Guaranítica em 1750. e) Inconfidência Mineira em 1789. 08. (UFSC 2016) Portugal não deu trégua aos moradores da América. Farejava oportunidade de tributar onde germinassem riquezas. Os engenhos começavam a moer cana-de-açúcar e já apareciam taxas para as caixas de açúcar; uma nova taberna abria as portas e os barris de vinho chegavam mais caros. O gado que pisava nos pastos exigia do seu dono uma contribuição; os carregadores que palmilhavam os caminhos deixavam nas contagens um pagamento pelos secos e molhados que as tropas levavam [...]. Esse fiscalismo assombrou o Brasil. Mas assombravam mais ainda as reações da população. Um furacão de revoltas contra os impostos varreu a colônia. Revoltas, mas também rumores, pasquins, abaixo-assinados, conspirações. (FIGUEIREDO, Luciano. Morte aos impostos! Viva o rei. Revista de História, jul. 2007.) Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/morte-aos- impostos-viva-o-rei>. Acesso em: 17 ago. 2015. Sobre as tensões, os conflitos e as resistências na América portuguesa, é CORRETO afirmar que 01) o estopim que deu início à Conjuração Mineira (1789) foi o Decreto da Derrama, cobrança dos impostos devidos que mobilizou os mineradores a pegar em armas e efetivar o levante contra a coroa portuguesa. 02) no cenário que desencadeou a Revolta dos Beckman (1684) estavam as altas taxas cobradas pela Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão para o embarque de mercadorias e a falta de fornecimento de escravos, o que contribuiu para a insatisfação dos colonos. 04) para combater o contrabando e aumentar a arrecadação de impostos, foram instituídas as Casas de Fundição na região das minas, contra as quais se organizou um levante liderado pelos mineradores com tumultos em várias vilas da região. 08) os movimentos da Conjuração Mineira (1789) e da Conjuração Baiana (1798) tinham como finalidade criar uma nação brasileira, pois seus integrantes almejavam a independência de toda a América portuguesa. 16) as mortes por enforcamento de personagens como Filipe dos Santos e Manuel Beckman representam casos únicos de punição aos revoltosos. 09. (ESA ADAPTADA) A Inconfidência Baiana de 1798 teve como causa a: a) decadência da produção do ouro. b) instalação das Casas de Fundição. c) insatisfação das populações mais humildes. d) invasão holandesa na Bahia. e) decadência da produção de cana de açúcar. 10. (UEM 2015) Antes da independência do Brasil, ocorrida em 1822, eclodiram em diferentes regiões várias revoltas contra o domínio português sobre o território brasileiro. A respeito dessas revoltas, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 01) Na Inconfidência Mineira (1789), o descontentamento em relação à Coroa portuguesa partiu das classes mais desfavorecidas formadas por trabalhadores da extração do ouro e por escravos. 02) Com o objetivo de diminuir as revoltas coloniais, o governo de Portugal dividiu o território brasileiro em sesmarias, sob a administração dos governantes provinciais. 04) As ideias iluministas e a rejeição ao absolutismo monárquico alimentaram e fundamentaram sentimentos e revoltas anticoloniais. 08) A Conjuração Baiana (1798) congregou pessoas de diferentes grupos sociais, e boa parte delas desejava o fim da escravidão e a criação de uma República fundamentada em princípios de igualdade. 16) A Guerra dos Farrapos foi uma revolta organizada pelos criadores de gado do Rio Grande do Sul, que se opunham aos ideais de emancipação política do Brasil em relação a Portugal. EXERCÍCIOS DE COMBATE 01. (ESPCEX 2017) As ideias iluministas começaram a circular no Brasil na segunda metade do século XVIII. Elas refletiram-se em vários campos da atividade e do conhecimento humano. Assinale, dentre as alternativas abaixo, aquela que apresenta um filósofo deste período, cujo pensamento incentivou, de forma relevante, a Inconfidência Mineira. a) Jean-Jacques Rousseau b) Adam Smith c) François Quesnay d) Vicent de Gournay e) Nicolau Maquiavel 77 REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS PROMILITARES.COM.BR 02. (ESPCEX 2015) No fim do Século XVIII, era grande a insatisfação com a carestia e a opressão colonial. A isso se somava a simpatia que muitas pessoas demonstravam em relação às lutas pela emancipação do Haiti (1791-1804) e à Revolução Francesa (1789). Para difundir esta ideia fundou-se a loja maçônica Cavaleiros da Luz. Em agosto de 1798, alguns conspiradores afixaram em muros e postes da cidade manifestos exortando a população à revolução. Os panfletos pregavam a proclamação da República, a abolição da escravidão, melhores soldos para os militares, promoção de oficiais, liberdade de comércio, etc. Denunciado por um traidor, o movimento foi esfacelado. Alguns participantes foram presos, outros fugiram e quatro foram condenados à morte: Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas de Amorim Torres, João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos. (Adaptado de ARRUDA & PILETTI, p.351) O texto acima descreve, em parte, a a) Revolta dos Alfaiates, ocorrida em Salvador, Bahia. b) Inconfidência Mineira, desencadeada em Ouro Preto, Minas Gerais. c) Revolta de Beckman, que teve por palco São Luís, Maranhão. d) Confederação do Equador, ocorrida em Recife, Pernambuco. e) Cabanagem, ocorrida em Belém, Pará. 03. (ESPCEX 2009) As causas da Conjuração Baiana (1798) estão relacionadas com a) contradições sociais e agravamento da escassez de alimentos, uma vez que a área de plantio para subsistência diminuiu diante do avanço da lavoura canavieira. b) reações contra os privilégios comerciais lusitanos na região e o interesse da Inglaterra no monopólio do comércio. c) aumento de impostos, que generalizou a insatisfação de toda a sociedade para com a metrópole, desde a alta aristocracia até as camadas mais populares, fazendo subir as tensões coloniais. d) conflitos entre colonos e jesuítas, decorrentes da utilização de escravos indígenas nas plantações da região.e) a prisão de oficiais das unidades militares da região, com a finalidade de impedir manifestações contra o rigor do fiscalismo português. 04. (ESPCEX 2008) “No final do século XVIII, começaram a ocorrer movimentos de emancipação política no Brasil-Colônia, como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana” (COSTA; MELLO, 2006.) Contribuiu(íram) para o surgimento desses movimentos a) as ideias dos padres jesuítas, que defendiam a igualdade entre brasileiros e portugueses, e o liberalismo econômico colocado em prática pelo Marquês de Pombal, a partir de 1750. b) os ideais do Iluminismo e a reação ao aumento da opressão econômica de Portugal sobre o Brasil, representados pela taxação severa sobre o ouro das “Gerais” e a proibição de manufaturas. c) as rebeliões de escravos, que eram apoiados pelos homens livres pobres da colônia. d) as guerras que aconteciam neste momento na Europa, que enfraqueciam o governo português. e) o decidido apoio americano a estes movimentos, em armas e dinheiro, após o término da guerra de Independência dos Estados Unidos. 05. (ESPCEX 2012) No Brasil colônia, particularmente no séc. XVIII, ocorreram dois movimentos revolucionários que ficaram conhecidos como Inconfidência Mineira (1789) e Conjuração Baiana (1798). Quais características são comuns entre eles? a) A influência do pensamento iluminista e a participação maciça de pessoas da elite da sociedade local. b) Foram inspiradas pelo lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade e pretendiam acabar com a escravidão. c) Queriam romper com a dominação colonial e tiveram influência do pensamento iluminista. d) Foram sufocadas sem grande derramamento de sangue, pois havia grande participação de pessoas ligadas à elite da sociedade local. e) Pretendiam acabar com a escravidão e estabelecer a independência política do Brasil. 06. (CFTPR 2006) No final do século XVIII, a colônia brasileira foi palco de dois movimentos que atestaram a Crise do Antigo Regime. Acerca das influências filosóficas e ideológicas da Inconfidência Mineira (1789) e da Conjuração Baiana (1798), é correto afirmar que: I. os movimentos em questão foram consequências da expansão napoleônica, principalmente no que se refere à educação básica no mundo colonial. II. estavam presentes o ideal de liberdade econômica e de igualdade jurídica do pensamento iluminista. III. o nacionalismo defendido como princípio básico da Revolução Francesa não estava presente. De acordo com as proposições anteriores, assinale: a) se todas estiverem corretas. b) se apenas a proposição I estiver correta. c) se apenas a proposição II estiver correta. d) se somente a proposição III estiver correta. e) se as proposições II e III estiverem corretas. 07. (UFRGS 2006) A seguir, na coluna I, são citadas seis revoltas ocorridas durante o período colonial brasileiro. Na coluna II, são apresentadas as motivações de quatro daquelas revoltas. Coluna I 1. Inconfidência Mineira 2. Revolta de Beckman 3. Guerra dos Emboabas 4. Guerra dos Mascates 5. Revolta de Filipe dos Santos 6. Inconfidência Baiana Coluna II ( ) Insatisfação da comunidade mercantil recifense com o domínio político dos senhores de engenho olindenses. ( ) Proibição da circulação de ouro em pó na região mineira e criação das Casas de Fundição. ( ) Criação da Companhia Geral do Comércio do Maranhão e oposição dos jesuítas à utilização da mão de obra indígena pelos colonos. ( ) Insatisfação dos colonos com a tentativa de monopolização das minas auríferas pelos paulistas. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) 4 - 5 - 2 - 3. b) 1 - 2 - 3 - 6. c) 5 - 1 - 2 - 4. d) 3 - 2 - 6 - 5. e) 4 - 1 - 3 - 6. 08. (PUC-MG 2006) “Ó vós Homens cidadãos; ó vós povos curvados e abandonados pelo Rei, pelos seus despotismos, pelos seus ministros. Ó vós povo que nascestes para seres livres e para gozardes dos bons efeitos da liberdade... O dia da nossa revolução está para chegar, animai-vos, que sereis felizes para sempre.” (“Panfleto: Aviso ao povo Bahiense”) O fragmento apresentado se refere ao movimento conhecido como “Conjuração dos Alfaiates”. Com relação a esse movimento ocorrido na Bahia em 1798, é CORRETO afirmar que os revoltosos pretendiam: a) instalar uma República Provisória na cidade de São Salvador, com apoio da elite burocrática e de alguns membros do alto clero. b) defender o fim da dominação colonial garantindo, porém, a preservação do regime monárquico e a manutenção da escravidão. 78 REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS PROMILITARES.COM.BR c) estabelecer um governo democrático na Capitania da Bahia de Todos os Santos, com igualdade de direitos, sem distinção de cor ou riqueza. d) protestar contra a política mercantilista portuguesa, buscando conseguir o apoio do governo norte-americano para pôr fim ao pacto colonial. 09. (UFPE 2005) A luta para construir a autonomia política do Brasil contou com várias rebeliões, em que se destacaram reflexões sobre a questão da escravidão, que tanto atingiu a nossa história. Os escravos foram decisivos para a produção da riqueza social e sofreram com a exploração política e física dos seu senhores. Sobre a luta contra a escravidão no Brasil, podemos afirmar que: a) não houve resistências dos grandes proprietários, preocupados apenas com os lucros da exportação de seus produtos. b) a Revolta dos Alfaiates, na Bahia, mostrou-se contra a escravidão e teve apoio da população mais pobre de Salvador. c) todas as rebeliões políticas do século XVIII foram claramente contra a escravidão; sobretudo, as que ocorreram em Pernambuco. d) a vinda das ideias liberais para o Brasil em nada contribuiu para o fim da escravidão no século XIX. e) o fim do tráfico em 1850 não teve relação com a luta contra a escravidão, não abrindo, pois, espaços para novas reivindicações de liberdade. 10. (UFRGS 2005) Levando-se em consideração a origem social dos seus protagonistas, pode-se afirmar que a chamada Inconfidência Mineira foi a) um movimento de contestação ao sistema colonial que teve como seus principais agentes idealizadores os grandes fazendeiros e mineradores, além de burocratas e militares. b) um movimento encabeçado pelos grandes proprietários de escravos, insatisfeitos com a cobrança da taxa de capitação sobre a mão de obra cativa. c) uma revolta dos mineradores, liderados por Felipe dos Santos, que protestaram contra a instalação das Casas de Fundição. d) uma sedição que teve a decisiva participação das massas populares (especialmente artesãos e camponeses), lideradas pelo soldado José Joaquim da Silva Xavier, conhecido como o “Tiradentes”. e) uma conjuração liderada pelos intelectuais residentes nas vilas mineiras, que se reuniam para conspirar contra o governo metropolitano nos encontros da Sociedade Literária. GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. D 02. A 03. C 04. B 05. E 06. D 07. E 08. B 09. D 10. B EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO 01. B 02. B 03. A 04. C 05. A 06. A 07. E 08. SOMA: 06 09. C 10. SOMA: 12 EXERCÍCIOS DE COMBATE 01. A 02. A 03. A 04. B 05. C 06. C 07. A 08. C 09. B 10. A ANOTAÇÕES
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