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Revoltas emancipacionista

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71PROMILITARES.COM.BR
REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS
CONTEXTO HISTÓRICO
O contexto de crise iniciada com a exploração metropolitana 
reforçada após a Crise do Açúcar e a decadência da mineração 
produziu efeitos que foram acirrados depois das Revoltas Nativistas, 
principalmente, pelas medidas metropolitanas que limitavam a 
atuação econômica da elite local, um exemplo era o Alvará de 1785 
(proibia produção manufatureira no Brasil). Um fator determinante foi 
a influência da corrente filosófica e política iluminista, que surgiu para 
romper com o Antigo Regime e alterar suas principais bases de ação. 
Tinha influências no pensamento Renascentista, no racionalismo de 
Descartes, na filosofia Newtoniana e no método científico de Francis 
Bacon.
ProBizu
Os iluministas defendiam ideias como a de Montesquieu que 
reivindicava a existência de três poderes independentes e 
dialógicos, que buscassem retirar o poder centralizado nas mãos 
de uma pessoa. Além disso, havia a defesa da existência de um 
Contrato Social como proposta por Rousseau e era a base da 
estrutura republicana. Outro ponto significante era o rompimento 
da concepção mercantilista e uma defesa da relação econômica 
liberal que permitisse uma maior liberdade para elite burguesa, 
com isso, rompendo com o intervencionismo estatal.
Outros eventos históricos de grandes relevâncias foram: a 
Independência dos EUA (1786) e a Revolução Francesa (1789) 
que trouxeram o aprofundamento da Crise do Antigo Regime. A 
Independência dos EUA marcou início do processo de rompimento das 
colônias americanas de suas metrópoles e a exegese da experiência 
republicana e presidencialista. Teve forte influência nos processos 
emancipatórios da América, principalmente, com a formulação do 
ideário da Doutrina Monroe (América para os Americanos). 
Já a Revolução Francesa trouxe o rompimento máximo do 
absolutismo e da vida luxuosa de corte. Com forte participação popular 
durante e após o processo revolucionário, a Revolução possibilitou a 
produção de uma das maiores obras da história humana que foi a 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que defende ao 
máximo os direitos naturais do homem e de sua representatividade.
AS REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS
INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789)
O enriquecimento de uma parcela da elite colonial durante 
o apogeu da Mineração permitiu que seus filhos estudassem em 
universidades europeias (300 estudaram em Coimbra e 15 em 
Montpellier na França). Entre os estudantes, tivemos José Álvares 
Maciel e José Joaquim da Maia e Barbalho, que tiveram contato com 
obras iluministas clássicas e experiências políticas, inclusive, houve 
envio de cartas de José Joaquim a Thomas Jefferson, na qual constava 
sua admiração ao movimento norte-americano.
O retorno destes estudantes e a circulação de ideias através de 
livros e revistas possibilitaram a difusão das ideias emancipatórias pelos 
mineiros. Com o passar do tempo o movimento, que teve liderança 
de Luís Vieira da Silva (cônego), Cláudio Manoel da Costa (poeta), 
Francisco de Paula Freire de Andrade (tenente-coronel) e Joaquim 
José da Silva Xavier (Tiradentes, alferes), notabilizou-se como elitista 
e sem participação popular. A ausência do povo era uma questão 
séria, porque a população de Minas Gerais era de, aproximadamente, 
300.000 habitantes e mais de 50% representados por negros.
As causas que motivaram o início do movimento foram o 
esgotamento do ouro, crise econômica, exploração abusiva de POR 
(impostos, derrama, proibição de produção de manufaturados na 
colônia – Alvará de D. Maria I), a penetração de ideais iluministas e a 
própria experiência revolucionária dos norte-americanos.
Dentro dos principais objetivos, podemos encontrar a 
proclamação da República (a referência de modelo político era oriunda 
do federalismo dos EUA e da concepção parlamentar inglesa), o fim 
do pacto colonial, o estímulo ao desenvolvimento de manufaturas, 
a criação de uma Universidade, a bandeira com a inscrição “Libertas 
quae sera tamen” (Liberdade ainda que tardia) e a ausência de 
qualquer política abolicionista (inúmeros líderes eram proprietários de 
escravos).
Entretanto, o movimento nunca foi posto em prática, porque 
ocorreu a delação de Silvério dos Reis, que acabou ocasionando as 
prisões das lideranças. Posteriormente, inúmeros foram torturados 
(alguns morreram na prisão) e também ocorreu desterro de alguns 
membros. Porém, houve uma execução pública, que foi a de 
Tiradentes, no qual seu corpo foi esquartejado e posto publicamente 
como exemplo. Tempos depois, na República, Tiradentes foi alçado 
como herói do ideário republicano brasileiro e símbolo do povo.
72
REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS
PROMILITARES.COM.BR
CONJURAÇÃO BAIANA (1798)
Na luta emancipacionista na Bahia, houve forte influência do 
ideário revolucionário francês e a presença do espírito da luta negra 
no Haiti. Entre as causas do movimento, podemos encontrar a 
transferência da capital de Salvador para o Rio de Janeiro (1763) e 
aumento das dificuldades econômicas (empobrecimento da maioria 
da população).
Dentro dos seus participantes, podemos encontrar uma forte 
participação popular (por exemplo, as participações de Lucas Dantas, 
Manuel Faustino, João de Deus e de Luís Gonzaga das Virgens e Veiga, 
os heróis de búzios, e também teve uma participação de intelectuais 
como Cipriano Barata e Hermógenes Francisco). Neste contexto, 
houve também a participação dos Cavaleiros da Luz, uma importante 
loja maçônica. Entretanto, a elite se afastou do movimento , inclusive, 
colocando-se contrária ao movimento, principalmente, pelo medo da 
participação negra.
As principais transmissões das ideias foram a transmissão 
oral, papéis sediciosos, bilhetes e cartas. Estes textos, além de 
convocatórios, tinham como proposições as seguintes pautas: a 
criação de uma República, a Independência, o fim da escravidão, 
os impostos mais equitativos, o aumento de salários das tropas, 
eleições públicas, a luta contra o clero, o rei e as autoridades. Porém, 
o movimento foi perseguido, quando começou a divulgação dos 
panfletos “subversivos”, com isso, o movimento foi considerado 
de Lesa-majestade (crime contra a coroa). É cabível ressaltar que o 
movimento não chegou a eclodir e cronistas da época o chamavam de 
“associação de mulatos”. Em 07/11/1799 foram condenados à forca e 
ao esquartejamento os seguintes negros: João de Deus do Nascimento, 
Luiz Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas de Oliveira e Manuel Faustino 
dos Santos (o lira). O foque do tom racista das execuções se deveu 
para servir de exemplo para inibir atos como do Haiti.
CONJURAÇÃO CARIOCA (1794) 
A Conjuração Carioca teve características parecidas como o 
movimento sufocado em Minas Gerais cinco anos antes. A Revolução 
Francesa foi a inspiradora dos inconfidentes do Rio de Janeiro, que 
fundaram uma sociedade literária para a divulgação de suas ideias. 
Denunciados os conjurados, foram presos e acusados de fazerem 
críticas à religião e ao governo, além de adotarem ideias de liberdade 
para a colônia. Entre os inconfidentes cariocas estavam o poeta 
Manuel Inácio da Silva Alvarenga, Vicente Gomes e João Manso 
Pereira. Durante dois anos e meio, os implicados no movimento 
frustrado ficaram presos sendo depois libertados.
EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO
01. (UFTPR 2008) Os principais movimentos que refletiram a crise 
do sistema colonial brasileiro tiveram vários pontos em comum, mas 
apenas um deles discutiu a abolição da escravatura e contava com a 
participação das camadas mais pobres. Esse enunciado se refere à: 
a) Inconfidência Mineira. 
b) Sabinada. 
c) Confederação do Equador. 
d) Conjuração Baiana. 
e) Cabanagem. 
02. (UECE 2008) Sobre a Inconfidência Mineira (1789), são feitas as 
seguintes afirmações:
I. estava entre os objetivos de boa parte dos conspiradores de Vila 
Rica, a constituição de um regime republicano no Brasil.
II. havia, também, por parte dos inconfidentes, a preocupação com 
o desenvolvimento de produtos manufaturadosou, em outras 
palavras, objetivavam a diminuição da dependência de artigos 
importados.
III. a nova capital seria transferida para Belo Horizonte, por encontrar-
se localizada numa área mais favorável para a expansão da lavoura 
e da pecuária.
Assinale o correto.
a) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras. 
b) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras. 
c) Apenas as afirmações II e III são verdadeiras. 
d) Todas as afirmações são verdadeiras. 
03. (UFMG 2008) Leia o trecho, que contém uma fala atribuída a 
Joaquim José da Silva Xavier: 
“[...] se por acaso estes países chegassem a ser independentes, 
fazendo as suas negociações sobre a pedraria pelos seus legítimos 
valores, e não sendo obrigados a vender escondido pelo preço que lhe 
dessem, como presentemente sucedia pelo caminho dos contrabandos, 
em que cada um vai vendendo por qualquer lucro que acha, e só 
os estrangeiros lhe tiram a verdadeira utilidade, por fazerem a sua 
negociação livre, e levado o ouro ao seu legítimo valor, ainda ficava 
muito na Capitania, e escusavam os povos de viver em tanta miséria.”
(Autos de Devassa da Inconfidência Mineira. 2. ed. Brasília: Câmara dos Deputados; 
Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1980. v. 5, p. 117.)
A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre 
o assunto, é CORRETO afirmar que os Inconfidentes Mineiros de 1789 
a) acreditavam que o contrabando aumentava o valor recebido pelas 
pedras e ouro, pois dificultava sua circulação. 
b) consideravam que o monopólio comercial explicava por que as 
regiões de que se compunha Minas Gerais, cheias de pedras e 
ouro, ficavam mais ricas. 
c) defendiam o livre-comércio, por meio do qual pedras e ouro 
adquiririam seu real valor, uma vez que seriam vendidos aos 
estrangeiros legalmente. 
73
REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS
PROMILITARES.COM.BR
d) pensavam que os estrangeiros poderiam tirar vantagens do livre-
comércio das pedras e ouro, visando a aumentar seus lucros. 
04. (FGV 2008) Leia os quatro trechos seguintes.
I. Acreditavam os conspiradores que a derrama seria o estopim que 
faria explodir a rebelião contra a dominação colonial. Em uma de 
suas reuniões criaram até a palavra de ordem para começarem a 
agir. “Tal dia faço o batizado” era a senha.
II. Dois envolvidos (...) escaparam às garras da repressão: José Basílio 
da Gama, que fugiu para Lisboa quando começaram as prisões, 
e Manoel Arruda da Câmara, que era sócio correspondente da 
Sociedade Literária do Rio de Janeiro, mas vivia no exterior. (...) O 
fato é que um ano após a prisão dos acusados nada de grave fora 
apurado, até porque recorreram ao recurso de negar articulação 
contra o domínio português. Em geral admitiram que suas reuniões 
eram marcadas por discussões filosóficas e científicas.
III. (...) dentre os 33 presos e processados, havia 11 escravos, cinco 
alfaiates, seis soldados, três oficiais, um negociante e um cirurgião. 
(...) Suas ideias principais envolviam o seguinte: a França constituía 
o modelo a seguir; o fim da escravidão; a separação entre Igreja e 
Estado (...)
IV. Criou-se um Governo Provisório (...), integrado por representantes de 
cinco segmentos da sociedade: Domingos Teotônio Jorge (militares), 
Domingos José Martins (comerciantes), Manoel Correia de Araújo 
(agricultores), padre João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro 
(sacerdotes) e doutor José Luís Mendonça (magistrados). (...) 
Empenhado em ampliar o movimento anticolonial, o Governo 
Provisório enviou emissários a outras capitanias: Paraíba, Rio Grande 
do Norte, Ceará, Alagoas e Bahia. 
(Rubim Santos Leão Aquino et alii, 
“Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais”)
Os trechos de I a IV tratam, respectivamente, dos seguintes eventos 
a) Conjuração Mineira; Confederação do Equador; Conjuração Baiana; 
Guerra dos Mascates. 
b) Conjuração Mineira; Conjuração do Rio de Janeiro; Conjuração 
Baiana; Revolução de 1817. 
c) Revolta de Vila Rica; Conjuração do Rio de Janeiro; Conjuração 
Baiana; Revolução de 1817. 
d) Conjuração Mineira; Conjuração do Rio de Janeiro; Revolução de 
1817; Revolta dos Cabanos. 
e) Conjuração Baiana; Conjuração Mineira; Revolução de 1817; 
Conspiração dos Suassuna. 
05. (UFPI 2008) A crise do Antigo Sistema Colonial no Brasil expressa-
se, inicialmente, através dos chamados movimentos nativistas, 
acentuando-se com os movimentos de independência nacional. 
Esses movimentos de rebelião colonial, assim como o processo de 
emancipação política do Brasil, estão ligados às transformações do 
mundo ocidental no final do século XVIII. Considerando-se esse 
enunciado, é correto afirmar que: 
a) o desenvolvimento de indústrias no Brasil, algo que se acentua 
desde o início do século XVIII, tende a reforçar o pacto colonial, 
na medida em que os novos industriais passam a ver o Brasil como 
uma reserva de mercado para os seus produtos. 
b) a crise referida deu-se de forma localizada no Brasil, na medida 
em que os principais movimentos de emancipação partiram de 
centros importantes como Rio de Janeiro e São Paulo. 
c) a emancipação política, no caso brasileiro, seguiu-se de uma 
nítida separação entre os grupos portugueses, hostilizados como 
agentes da metrópole, e os colonos brasileiros, interessados na 
constituição de um Estado republicano. 
d) as reações ao domínio português foram movimentos autóctones 
das elites coloniais, não se ligando ao processo geral da crise do 
Antigo Regime. 
e) As rebeliões coloniais só podem ser compreendidas dentro de 
um quadro mais geral, marcado por ideias liberais, eclodidas a 
partir de eventos como as revoluções francesa e americana, que 
propunham a superação do Antigo Regime. 
06. (PUC-RJ 2008) A partir de seus conhecimentos sobre a Conjuração 
Mineira (1789), EXAMINE as afirmativas a seguir:
I. Inspirados pelas ideias iluministas, os conjurados mineiros defenderam 
a liberdade do comércio e a independência da região das minas.
II. Dentre os grupos sociais envolvidos no movimento, destacaram-
se os proprietários de lavras e de terras, oficiais militares, clérigos, 
letrados e escravos.
III. O exemplo da possibilidade de quebra do vínculo colonial 
representado pela independência das Treze Colônias exerceu 
influência entre aqueles que planejaram a conspiração.
IV. O declínio da exploração aurífera, na segunda metade do século 
XVIII, ao lado da iminente cobrança da derrama foram fatores que 
contribuíram para aumentar a insatisfação dos colonos mineiros 
com a Coroa portuguesa.
Assinale a alternativa CORRETA. 
a) Somente as afirmativas I e II estão corretas. 
b) Somente as afirmativas I e III estão corretas. 
c) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. 
d) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. 
e) Todas as afirmativas estão corretas. 
07. (UFPR 2008) “Herói desequilibrado, paladino da liberdade, falastrão, 
corajoso, imprudente, bode expiatório, patrono da República [...]. Os 
olhares sobre Tiradentes são tão variados quanto os olhares sobre a 
Inconfidência Mineira, em particular, e sobre o próprio passado do Brasil.”
(Dossiê Tiradentes na Berlinda. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. 
Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, Ano 2, nº. 19, abr. 2007, p. 17.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o episódio da 
Inconfidência Mineira, considere as afirmativas a seguir.
1. A Inconfidência Mineira teve a sua influência teórica limitada ao 
ideário iluminista preconizado pela Revolução Francesa, apesar da 
diversidade social verificada entre os conspiradores.
2. A conversão de Tiradentes em herói nacional foi amplamente 
utilizada pelos setores à esquerda e à direita do quadro político 
brasileiro, o que aponta para a discussão sobre o papel social da 
construção e da apropriação dos mitos.
3. Examinar o período colonial brasileiro, vale lembrar que, além da 
Inconfidência Mineira de 1789, Minas Gerais foi palco de vários 
outros motins e conspirações.
4. O desfecho desfavorável aos inconfidentes podeser atribuído a dois 
fatores centrais: a desistência da cobrança da derrama pelo governo 
português e a delação da conspiração às autoridades da época.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. 
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 
08. (CFTSC 2007) Leia atentamente as seguintes afirmações sobre a 
chamada “Inconfidência Mineira”:
I. A Inconfidência Mineira foi um movimento de contestação à 
Coroa Portuguesa, em função do aumento de impostos sobre o 
açúcar, principal produto de Minas Gerais no século XVIII.
II. Predominava entre os inconfidentes a ideia de se criar uma república.
III. Dos inconfidentes, apenas Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, 
foi morto; a maioria foi condenada à prisão e ao degredo.
74
REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS
PROMILITARES.COM.BR
Assinale a alternativa CORRETA. 
a) Apenas as proposições I e III são verdadeiras. 
b) Apenas as proposições II e III são verdadeiras. 
c) Todas as proposições são verdadeiras. 
d) Apenas a proposição I é verdadeira. 
e) Nenhuma proposição é verdadeira. 
09. (CFTCE 2006) O movimento de libertação colonial que queria o 
fim do pacto colonial, mas não preconizava a abolição da escravidão 
é a: 
a) Guerras dos Emboabas. 
b) Conjura Carioca. 
c) Revolta dos Malês. 
d) Inconfidência Mineira. 
e) Revolta do Maneta. 
10. (UFPB 2006) Do final do século XVIII à Independência (1822), 
ocorreram diversas rebeliões contra o domínio português no Brasil, 
resultado de vários fatores internos e externos, entre os quais 
podemos citar: a crise do Estado absolutista português; a crescente 
influência dos ideais da Revolução Francesa na América; e o interesse 
dos grandes proprietários de terras e dos grandes comerciantes em 
colocarem um fim às restrições impostas ao Brasil pelo Pacto Colonial.
Sobre os chamados movimentos pela emancipação política brasileira, 
considere as afirmativas a seguir, assinalando com V a(s) verdadeira(s) 
e com F, a(s) falsa(s).
( ) A Inconfidência Mineira teve como principais motivações: a 
cobrança de tributos em atraso (a derrama); e a proibição da 
instalação de manufaturas na Colônia, o que obrigava os colonos 
a comprarem dos portugueses mercadorias importadas.
( ) A Conjuração Baiana foi o único movimento que teve a liderança 
de camadas sociais pobres, e pode ser considerado o mais radical 
de todos os movimentos porque defendia o fim da escravidão e a 
abolição de todos os privilégios das camadas sociais ricas.
( ) A Revolução Pernambucana foi uma rebelião de aristocratas 
pernambucanos contra as tendências republicanas em curso, 
mas não contou com o apoio das províncias vizinhas, inclusive da 
Paraíba, que mandou tropas para combater essa rebelião.
A sequência correta é:
a) V - V - V 
b) V - V - F 
c) V - F - F 
d) F - F - V 
e) F - F - F 
EXERCÍCIOS DE
TREINAMENTO
01. (IFBA 2018) Nos anos finais do século XVIII, uma série de medidas 
tomadas por Portugal tencionou as relações políticas entre alguns setores 
da população da colônia, proporcionando condições para algumas 
manifestações de insatisfação, tal qual a Inconfidência Mineira. A respeito 
desse movimento, assinale a afirmativa correta. 
a) Movimento de ruptura com a metrópole que intencionava romper 
com a escravidão e proclamar a independência de todo o território 
brasileiro de Portugal.
b) Movimento de ruptura com a metrópole deflagrado, especialmente, 
por uma elite ilustrada que rejeitava o aumento dos impostos e a 
espoliação do fisco colonial. 
c) Movimento de ruptura com a metrópole que pretendia romper 
os laços comerciais com Portugal, exigindo o livre comércio e a 
abertura dos portos às nações amigas. 
d) Um levante bem-sucedido por meio do qual as classes mais baixas 
implantaram a república durante alguns anos, até quando foram 
vencidos pelos portugueses.
e) Um levante mal sucedido que ocasionou no enforcamento de 
vários inconfidentes, entre eles Tiradentes, que foi exemplificado 
por ser a principal liderança do movimento. 
02. (UECE 2018) Leia atentamente o seguinte excerto:
“O papel de herói da Inconfidência Mineira cabe ainda a Tiradentes 
porque ele foi o inconfidente que recebeu a pena maior: a morte na 
forca, uma vez que o próprio réu, durante a devassa, assumiu para si 
toda a culpa. Sabe-se, no entanto, que sua morte se deve também 
em grande parte à acusação dos demais inconfidentes, bem como 
a sua condição social: pertencente à camada média da sociedade 
mineira, sem importantes ligações de família, sem ilustração nem boas 
maneiras”.
(Cândida Vilares Gancho & Vera Vilhena de Toledo. Inconfidência Mineira. 
São Paulo, Editora Ática, Série Princípios,1991. p.45.)
Sobre a Inconfidência Mineira, ocorrida em Vila Rica no período da 
mineração aurífera, é correto afirmar que 
a) representou o exemplo de revolta popular contra a dominação 
colonial portuguesa no Brasil, uma vez que, oriunda das camadas 
mais humildes de Minas Gerais, inclusive escravos, chegou a 
contagiar indivíduos pertencentes às mais altas posições sociais. 
b) foi uma representação dos interesses de grupos da elite local, 
intelectuais, religiosos, militares e fazendeiros, em livrarem-se 
do controle e dos impostos cobrados pela coroa portuguesa 
na região, mas não havia consenso em relação à libertação dos 
escravos. 
c) marcou o início do processo de independência do Brasil, baseado 
na luta armada do povo contra as forças leais a Portugal, e em 
defesa dos ideais liberais e republicanos, como o fim da escravidão, 
direito ao voto universal masculino e governo presidencialista. 
d) apesar de bem sucedida, com a proclamação da independência 
de Minas Gerais, teve pouco impacto na história do Brasil, uma 
vez que seus objetivos extremamente populares não foram bem 
aceitos pelas elites econômicas de outras regiões da colônia.
TEXTO PARA AS QUESTÕES 03 E 04.
Tiradentes era alguém com todas as características e ressentimentos 
de um revolucionário. Além do mais, ele se apresentava para o martírio 
ao proclamar sua responsabilidade exclusiva pela inconfidência. Era 
óbvia a sedução que o enforcamento do alferes representava para 
o governo português: pouca gente levaria a sério um movimento 
chefiado por um simples Tiradentes (e as autoridades lusas, depois 
de outubro de 1790, invariavelmente se referiam ao alferes por seu 
apelido de Tiradentes).
(MAXWELL, Kenneth. A devassa da devassa. A Inconfidência Mineira: 
Brasil e Portugal 1750-1808. São Paulo: Paz e Terra, 1995, p. 216.)
03. (PUC-CAMP 2018) O texto de Kenneth Maxwell, ao se referir a 
Tiradentes, nos remete à Inconfidência Mineira, sobre a qual é correto 
afirmar que 
a) o fracasso do movimento deveu-se, entre outros, à precária 
organização do movimento e à falta de coesão efetiva entre os 
conspiradores. 
b) a conjuração resultou em reuniões nas quais se travaram debates 
políticos e filosóficos sem que com isso resultasse em proposta de 
revolta. 
c) a ausência de princípios iluministas, como os de liberdade e 
igualdade jurídica, deu ao movimento um caráter verdadeiramente 
revolucionário. 
d) o êxito da conspiração deu-se em função de ser formada, 
principalmente, pelas camadas médias e urbanas e dos grupos 
pobres da população. 
e) as ideias do despotismo ilustrado deram origem a um movimento 
conspiratório e libertário no processo de ruptura política do país. 
75
REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS
PROMILITARES.COM.BR
04. (PUC-CAMP 2018) Pode-se afirmar que, a partir da metade do 
século XVIII, a 
a) expansão do movimento de autonomia da colônia debilitou os 
fundamentos do Antigo Regime europeu, estimulou o surgimento 
do nacionalismo e produziu desdobramentos de cunho político 
em todo território americano. 
b) tentativa portuguesa de impedir o desenvolvimento de relações 
comerciais diretas entre a colôniae os países europeus levou a 
Inglaterra a auxiliar os inconfidentes mineiros nos movimentos 
pela libertação da colônia. 
c) cominação colonial começou a apresentar sintomas de esgotamento, 
e entrou em fase de reformas que não conseguiram resolver a crise, 
gerada pela emergência do capitalismo industrial. 
d) intensa participação popular nos movimentos de libertação 
colonial, inspirados pelos ideais do despotismo esclarecido, 
promoveu uma violenta repressão, aos líderes dos revoltosos, 
pelos exércitos enviados pela metrópole portuguesa. 
e) elite colonial, que até então pôde enriquecer e participar do 
desenvolvimento colonial, teve seus interesses obstaculizados 
pelos resultados da guerra portuguesa na região platina e exigia 
ressarcimento do ônus da guerra.
05. (IFBA 2017) Após a leitura do texto abaixo e dos seus conhecimentos 
sobre o tema, responda a questão abaixo.
“A Inconfidência Mineira (1789) e a Inconfidência Baiana (1798) 
têm em comum o fato de serem reprimidas pela Coroa Portuguesa 
ainda na fase de preparativos e o desejo de autonomia de seus 
participantes, pois consideravam-se prejudicados e excluídos dos 
benefícios pelos quais acreditavam ter direito de usufruir em sua 
plenitude. Apesar de algumas opiniões contraditórias, percebe-se que 
o diferencial entre as duas conjurações é o fato de que a Conjuração 
Mineira teve um caráter elitista em sua organização e execução até 
o fim, enquanto a Conjuração Baiana, ao adquirir contornos mais 
radicais e populares, causou o afastamento dos líderes intelectuais 
da elite local que organizaram inicialmente o movimento, fazendo 
com que mulatos, escravos, brancos pobres e negros libertos se 
transformassem nos cabeças do levante.”
(Disponível em: http://historiasylvio.blogspot.com.br/2013/inconfidencia- 
mineira-x-inconfidenciabaiana. Acesso em: 02/09/2016.)
Fazendo um paralelo entre os movimentos revolucionários, a 
Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, podemos afirmar que: 
a) Enquanto os participantes da Inconfidência Mineira, em geral 
buscaram como modelo político a república organizada nos 
Estados Unidos, na Conjuração Baiana foi clara a inspiração na 
Revolução Francesa. 
b) A existência da imprensa livre no século XVIII no Brasil possibilitou 
a difusão dos ideais de liberdade e igualdade em Minas e nas 
outras as regiões do país, possibilitando o êxito dos revoltos. 
c) Na capitania das Minas Gerais, o consumo de livros era inferior, 
quando comparado a outras capitanias, o que dificultou a 
discussão dos ideais emancipacionistas pelos setores médios 
urbanos. 
d) Na Inconfidência Mineira, houve um amplo apoio das camadas 
populares, dando maior força ao movimento, enquanto a 
Conjuração Baiana ficou restrita a intelectuais. 
e) Na conjuração baiana os envolvidos restringiram suas ações a 
reuniões secretas coordenadas pela loja maçônica Cavaleiros da 
Luz, sem nenhuma iniciativa de convocação pública para a luta. 
06. (PUC-CAMP 2017) Observe o texto abaixo:
CRONISTA SEM ASSUNTO
Difícil é ser cronista regular de algum periódico. Uma crônica por 
semana, havendo ou não assunto... É buscar na cabeça uma luzinha, 
uma palavra que possa acender toda uma frase, um parágrafo, 
uma página inteira – mas qual? Onde o ímã que atraia uma boa 
limalha? Onde a farinha que proverá o pão substancioso? O relógio 
está correndo e o assunto não vem. Cronos, cronologia, crônica, 
tempo, tempo, tempo... Que tal falar da falta de assunto? Mas isso já 
aconteceu umas três vezes... Há cronista que abre a Bíblia em busca 
de um grande tema: os mandamentos, um faraó, o Egito antigo, 
as pragas, as pirâmides erguidas pelo trabalho escravo? Mas como 
atualizar o interesse em tudo isso? O leitor de jornal ou de revista anda 
com mais pressa do que nunca, e, aliás, está munido de um celular 
que lhe coloca o mundo nas mãos a qualquer momento. 
Sim, a internet! O Google! É a salvação. Lá vai o cronista caçar 
assunto no computador. Mas aí o problema fica sendo o excesso: 
ele digita, por exemplo, “Liberdade”, e lá vem a estátua nova-
iorquina com seu facho de luz saudando os navegantes, ou o bairro 
do imigrante japonês em São Paulo, ou a letra de um hino cívico, 
ou um tratado filosófico, até mesmo o “Libertas quae sera tamen*” 
dos inconfidentes mineiros... Tenta-se outro tema geral: “Política”. 
Aí mesmo é que não para mais: vêm coisas desde a polis grega 
até um poema de Drummond, salta-se da política econômica para 
a financeira, chega-se à política de preservação de bens naturais, à 
política ecológica, à partidária, à política imperialista, à política do 
velho Maquiavel, ufa.
Que tal então a gastronomia, mais na moda do que nunca? 
O velho bifinho da tia ou o saudoso picadinho da vovó, receitas 
domésticas guardadas no segredo das bocas, viraram nomes 
estrangeiros, sob molhos complicados, de apelido francês. Nesse ramo 
da alimentação há também que considerar o que sejam produtos 
transgênicos, orgânicos, as ameaças do glúten, do sódio, da química 
nociva de tantos fertilizantes. Tudo muito sofisticado e atingindo altos 
níveis de audiência nos programas de TV: já seremos um país povoado 
por cozinheiros, quer dizer, por chefs de cuisine?**
Temas palpitantes, certamente de interesse público, estão no 
campo da educação: há, por exemplo, quem veja nos livros de História 
uma orientação ideológica conduzida pelos autores; há quem defenda 
uma neutralidade absoluta diante de fatos que seriam indiscutíveis. 
Que sentido mesmo tiveram a abolição da escravatura e a proclamação 
da República? E o suicídio de Getúlio Vargas? E os acontecimentos de 
1964? Já a literatura e a redação andam questionadas como itens de 
vestibular: mas sob quais argumentos o desempenho linguístico e a 
arte literária seriam dispensáveis numa formação escolar de verdade?
Enfim, o cronista que se dizia sem assunto de repente fica aflito 
por ter de escolher um no infinito cardápio digital de assuntos. Que 
esperará ler seu leitor? Amenidades? Alguma informação científica? 
A quadratura do círculo encontrada pelo futebol alemão? A situação 
do cinema e do teatro nacionais, dependentes de financiamento por 
incentivos fiscais? Os megatons da última banda de rock que visitou 
o Brasil? O ativismo político das ruas? Uma viagem fantasiosa pelo 
interior de um buraco negro, esse mistério maior tocado pela Física? A 
posição do Reino Unido diante da União Europeia?
Houve época em que bastava ao cronista ser poético: o reencontro 
com a primeira namoradinha, uma tarde chuvosa, um passeio pela 
infância distante, um amor machucado, tudo podia virar uma valsa 
melancólica ou um tango arrebatador. Mas hoje parece que estamos 
todos mais exigentes e utilitaristas, e os jovens cronistas dos jornais 
abordam criticamente os rumores contemporâneos, valem-se do 
vocabulário ligado a novos comportamentos, ou despejam um humor 
ácido em seus leitores, num tempo sem nostalgia e sem utopias.
É bom lembrar que o papel em que se imprimem livros, jornais 
e revistas está sob ameaça como suporte de comunicação. O mesmo 
ocorre com o material das fitas, dos CDs e DVDs: o mundo digital 
armazena tudo e propaga tudo instantaneamente. Já surgem 
incontáveis blogs de cronistas, onde os autores discutem on-line 
76
REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS
PROMILITARES.COM.BR
com seus leitores aspectos da matéria tratada em seus textos. A 
interatividade tornou-se praticamente uma regra: há mesmo quem 
diga que a própria noção de autor, ou de autoria, já caducou, em 
função da multiplicidade de vozes que se podem afirmar num mesmo 
espaço textual. Num plano cósmico: quem é o autor do Universo? 
Deus? O Big Bang? A Física é que explica tudo ou deixemos tudo com 
o criacionismo?
Enquanto não chega seu apocalipse profissional, o cronista de 
periódico ainda tem emprego, o que não é pouco, em tempo de crise. 
Pois então que arrume assunto, e um bom assunto, para não perder 
seus leitores. Como não dá para ser sempre um Machado de Assis, 
um Rubem Braga, um Luis FernandoVeríssimo, há que se contentar 
com um mínimo de estilo e uma boa escolha de tema. A variedade 
da vida há de conduzi-lo por um bom caminho; é função do cronista 
encontrar algum por onde possa transitar acompanhado de muitos e, 
de preferência, bons leitores.
(Teobaldo Astúrias, inédito)
* Liberdade ainda que tardia.
** chefes de cozinha.
O texto acima faz referência à Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil 
no final do século XVIII, que teve como motivação o rompimento com 
o domínio colonial português. 
Pode-se afirmar que essa rebelião 
a) tinha um caráter mais econômico, prevalecendo em seus projetos 
medidas mais anticoloniais que sociais. 
b) expressava a reação dos mineiros contra a proibição das ordens 
religiosas na capitania. 
c) pretendia criar uma República e tinha propostas de mudanças 
radicais como o fim do sistema escravista no país. 
d) possuía sólido apoio popular e eclodiu com a adesão dos dragões 
articulados na colônia através de seus líderes. 
e) contestava realmente as estruturas do pacto colonial, quando se 
opôs ao seu principal elemento: o tráfico negreiro. 
07. (PUC-CAMP 2017) Os enciclopedistas constituíram uma pequena 
elite de letrados e de técnicos, ligados à vida material como elementos 
de ponta do progresso econômico e também estreitamente vinculados 
ao aparato estatal, o qual se esforçaram por tornar melhor e mais 
racional. (...) Por toda a parte na Europa das Luzes, encontramos esta 
pretensão e esta vontade [dos filósofos] de pôr-se à testa e na direção 
da sociedade.
(VENTURI, Franco. Utopia e reforma no Iluminismo. Bauru: Edusc, 2003, p. 44, 239-240. )
Um grande número de jovens da elite colonial brasileira frequentou a 
Faculdade de Direito de Coimbra, em Portugal. Essa elite, influenciada 
pelos ideais da pequena elite a que o texto de Franco Venturini se 
refere, contribuiu para a 
a) Revolta de Beckman em 1684. 
b) Guerra dos Mascates em 1710. 
c) Revolta de Felipe dos Santos em 1720. 
d) Insurreição Guaranítica em 1750. 
e) Inconfidência Mineira em 1789. 
08. (UFSC 2016) Portugal não deu trégua aos moradores da América. 
Farejava oportunidade de tributar onde germinassem riquezas. Os 
engenhos começavam a moer cana-de-açúcar e já apareciam taxas para 
as caixas de açúcar; uma nova taberna abria as portas e os barris de 
vinho chegavam mais caros. O gado que pisava nos pastos exigia do seu 
dono uma contribuição; os carregadores que palmilhavam os caminhos 
deixavam nas contagens um pagamento pelos secos e molhados que as 
tropas levavam [...]. Esse fiscalismo assombrou o Brasil. Mas assombravam 
mais ainda as reações da população. Um furacão de revoltas contra os 
impostos varreu a colônia. Revoltas, mas também rumores, pasquins, 
abaixo-assinados, conspirações.
(FIGUEIREDO, Luciano. Morte aos impostos! Viva o rei. Revista de História, jul. 2007.) 
Disponível em: <http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/morte-aos-
impostos-viva-o-rei>. Acesso em: 17 ago. 2015.
Sobre as tensões, os conflitos e as resistências na América portuguesa, 
é CORRETO afirmar que 
01) o estopim que deu início à Conjuração Mineira (1789) foi o Decreto 
da Derrama, cobrança dos impostos devidos que mobilizou os 
mineradores a pegar em armas e efetivar o levante contra a coroa 
portuguesa.
02) no cenário que desencadeou a Revolta dos Beckman (1684) 
estavam as altas taxas cobradas pela Companhia Geral de 
Comércio do Grão-Pará e Maranhão para o embarque de 
mercadorias e a falta de fornecimento de escravos, o que 
contribuiu para a insatisfação dos colonos.
04) para combater o contrabando e aumentar a arrecadação de 
impostos, foram instituídas as Casas de Fundição na região das 
minas, contra as quais se organizou um levante liderado pelos 
mineradores com tumultos em várias vilas da região.
08) os movimentos da Conjuração Mineira (1789) e da Conjuração 
Baiana (1798) tinham como finalidade criar uma nação brasileira, 
pois seus integrantes almejavam a independência de toda a 
América portuguesa.
16) as mortes por enforcamento de personagens como Filipe dos 
Santos e Manuel Beckman representam casos únicos de punição 
aos revoltosos.
09. (ESA ADAPTADA) A Inconfidência Baiana de 1798 teve como causa a:
a) decadência da produção do ouro.
b) instalação das Casas de Fundição.
c) insatisfação das populações mais humildes.
d) invasão holandesa na Bahia.
e) decadência da produção de cana de açúcar.
10. (UEM 2015) Antes da independência do Brasil, ocorrida em 1822, 
eclodiram em diferentes regiões várias revoltas contra o domínio 
português sobre o território brasileiro. A respeito dessas revoltas, 
assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) Na Inconfidência Mineira (1789), o descontentamento em relação à 
Coroa portuguesa partiu das classes mais desfavorecidas formadas 
por trabalhadores da extração do ouro e por escravos.
02) Com o objetivo de diminuir as revoltas coloniais, o governo de Portugal 
dividiu o território brasileiro em sesmarias, sob a administração dos 
governantes provinciais.
04) As ideias iluministas e a rejeição ao absolutismo monárquico 
alimentaram e fundamentaram sentimentos e revoltas anticoloniais. 
08) A Conjuração Baiana (1798) congregou pessoas de diferentes 
grupos sociais, e boa parte delas desejava o fim da escravidão 
e a criação de uma República fundamentada em princípios de 
igualdade.
16) A Guerra dos Farrapos foi uma revolta organizada pelos criadores 
de gado do Rio Grande do Sul, que se opunham aos ideais de 
emancipação política do Brasil em relação a Portugal.
EXERCÍCIOS DE
COMBATE
01. (ESPCEX 2017) As ideias iluministas começaram a circular no Brasil 
na segunda metade do século XVIII. Elas refletiram-se em vários campos 
da atividade e do conhecimento humano. Assinale, dentre as alternativas 
abaixo, aquela que apresenta um filósofo deste período, cujo pensamento 
incentivou, de forma relevante, a Inconfidência Mineira. 
a) Jean-Jacques Rousseau 
b) Adam Smith
c) François Quesnay 
d) Vicent de Gournay
e) Nicolau Maquiavel
77
REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS
PROMILITARES.COM.BR
02. (ESPCEX 2015) No fim do Século XVIII, era grande a insatisfação 
com a carestia e a opressão colonial. A isso se somava a simpatia que 
muitas pessoas demonstravam em relação às lutas pela emancipação 
do Haiti (1791-1804) e à Revolução Francesa (1789). Para difundir 
esta ideia fundou-se a loja maçônica Cavaleiros da Luz. Em agosto de 
1798, alguns conspiradores afixaram em muros e postes da cidade 
manifestos exortando a população à revolução. Os panfletos pregavam 
a proclamação da República, a abolição da escravidão, melhores 
soldos para os militares, promoção de oficiais, liberdade de comércio, 
etc. Denunciado por um traidor, o movimento foi esfacelado. Alguns 
participantes foram presos, outros fugiram e quatro foram condenados 
à morte: Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas de Amorim Torres, 
João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos.
(Adaptado de ARRUDA & PILETTI, p.351) 
O texto acima descreve, em parte, a 
a) Revolta dos Alfaiates, ocorrida em Salvador, Bahia.
b) Inconfidência Mineira, desencadeada em Ouro Preto, Minas Gerais.
c) Revolta de Beckman, que teve por palco São Luís, Maranhão.
d) Confederação do Equador, ocorrida em Recife, Pernambuco.
e) Cabanagem, ocorrida em Belém, Pará.
03. (ESPCEX 2009) As causas da Conjuração Baiana (1798) estão 
relacionadas com
a) contradições sociais e agravamento da escassez de alimentos, 
uma vez que a área de plantio para subsistência diminuiu diante 
do avanço da lavoura canavieira.
b) reações contra os privilégios comerciais lusitanos na região e o 
interesse da Inglaterra no monopólio do comércio.
c) aumento de impostos, que generalizou a insatisfação de toda a 
sociedade para com a metrópole, desde a alta aristocracia até as 
camadas mais populares, fazendo subir as tensões coloniais.
d) conflitos entre colonos e jesuítas, decorrentes da utilização de 
escravos indígenas nas plantações da região.e) a prisão de oficiais das unidades militares da região, com a 
finalidade de impedir manifestações contra o rigor do fiscalismo 
português.
04. (ESPCEX 2008) “No final do século XVIII, começaram a ocorrer 
movimentos de emancipação política no Brasil-Colônia, como a 
Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana” 
(COSTA; MELLO, 2006.)
Contribuiu(íram) para o surgimento desses movimentos
a) as ideias dos padres jesuítas, que defendiam a igualdade entre 
brasileiros e portugueses, e o liberalismo econômico colocado em 
prática pelo Marquês de Pombal, a partir de 1750.
b) os ideais do Iluminismo e a reação ao aumento da opressão 
econômica de Portugal sobre o Brasil, representados pela taxação 
severa sobre o ouro das “Gerais” e a proibição de manufaturas.
c) as rebeliões de escravos, que eram apoiados pelos homens livres 
pobres da colônia. 
d) as guerras que aconteciam neste momento na Europa, que 
enfraqueciam o governo português. 
e) o decidido apoio americano a estes movimentos, em armas e 
dinheiro, após o término da guerra de Independência dos Estados 
Unidos.
05. (ESPCEX 2012) No Brasil colônia, particularmente no séc. XVIII, 
ocorreram dois movimentos revolucionários que ficaram conhecidos 
como Inconfidência Mineira (1789) e Conjuração Baiana (1798). Quais 
características são comuns entre eles?
a) A influência do pensamento iluminista e a participação maciça de 
pessoas da elite da sociedade local.
b) Foram inspiradas pelo lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade e 
pretendiam acabar com a escravidão.
c) Queriam romper com a dominação colonial e tiveram influência 
do pensamento iluminista.
d) Foram sufocadas sem grande derramamento de sangue, pois 
havia grande participação de pessoas ligadas à elite da sociedade 
local.
e) Pretendiam acabar com a escravidão e estabelecer a independência 
política do Brasil.
06. (CFTPR 2006) No final do século XVIII, a colônia brasileira foi palco 
de dois movimentos que atestaram a Crise do Antigo Regime. Acerca 
das influências filosóficas e ideológicas da Inconfidência Mineira 
(1789) e da Conjuração Baiana (1798), é correto afirmar que:
I. os movimentos em questão foram consequências da expansão 
napoleônica, principalmente no que se refere à educação básica 
no mundo colonial.
II. estavam presentes o ideal de liberdade econômica e de igualdade 
jurídica do pensamento iluminista.
III. o nacionalismo defendido como princípio básico da Revolução 
Francesa não estava presente.
De acordo com as proposições anteriores, assinale: 
a) se todas estiverem corretas. 
b) se apenas a proposição I estiver correta. 
c) se apenas a proposição II estiver correta. 
d) se somente a proposição III estiver correta. 
e) se as proposições II e III estiverem corretas. 
07. (UFRGS 2006) A seguir, na coluna I, são citadas seis revoltas ocorridas 
durante o período colonial brasileiro. Na coluna II, são apresentadas as 
motivações de quatro daquelas revoltas.
Coluna I
1. Inconfidência Mineira
2. Revolta de Beckman
3. Guerra dos Emboabas
4. Guerra dos Mascates
5. Revolta de Filipe dos Santos
6. Inconfidência Baiana
Coluna II
( ) Insatisfação da comunidade mercantil recifense com o domínio 
político dos senhores de engenho olindenses.
( ) Proibição da circulação de ouro em pó na região mineira e criação 
das Casas de Fundição.
( ) Criação da Companhia Geral do Comércio do Maranhão e oposição 
dos jesuítas à utilização da mão de obra indígena pelos colonos.
( ) Insatisfação dos colonos com a tentativa de monopolização das 
minas auríferas pelos paulistas.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para 
baixo, é 
a) 4 - 5 - 2 - 3. 
b) 1 - 2 - 3 - 6. 
c) 5 - 1 - 2 - 4. 
d) 3 - 2 - 6 - 5. 
e) 4 - 1 - 3 - 6. 
08. (PUC-MG 2006) “Ó vós Homens cidadãos; ó vós povos curvados 
e abandonados pelo Rei, pelos seus despotismos, pelos seus ministros. 
Ó vós povo que nascestes para seres livres e para gozardes dos bons 
efeitos da liberdade... O dia da nossa revolução está para chegar, 
animai-vos, que sereis felizes para sempre.”
(“Panfleto: Aviso ao povo Bahiense”)
O fragmento apresentado se refere ao movimento conhecido como 
“Conjuração dos Alfaiates”. Com relação a esse movimento ocorrido 
na Bahia em 1798, é CORRETO afirmar que os revoltosos pretendiam: 
a) instalar uma República Provisória na cidade de São Salvador, com 
apoio da elite burocrática e de alguns membros do alto clero. 
b) defender o fim da dominação colonial garantindo, porém, a 
preservação do regime monárquico e a manutenção da escravidão. 
78
REVOLTAS EMANCIPACIONISTAS
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c) estabelecer um governo democrático na Capitania da Bahia de 
Todos os Santos, com igualdade de direitos, sem distinção de cor 
ou riqueza. 
d) protestar contra a política mercantilista portuguesa, buscando 
conseguir o apoio do governo norte-americano para pôr fim ao 
pacto colonial. 
09. (UFPE 2005) A luta para construir a autonomia política do Brasil 
contou com várias rebeliões, em que se destacaram reflexões sobre a 
questão da escravidão, que tanto atingiu a nossa história. Os escravos 
foram decisivos para a produção da riqueza social e sofreram com a 
exploração política e física dos seu senhores. Sobre a luta contra a 
escravidão no Brasil, podemos afirmar que: 
a) não houve resistências dos grandes proprietários, preocupados apenas 
com os lucros da exportação de seus produtos.
b) a Revolta dos Alfaiates, na Bahia, mostrou-se contra a escravidão 
e teve apoio da população mais pobre de Salvador.
c) todas as rebeliões políticas do século XVIII foram claramente contra 
a escravidão; sobretudo, as que ocorreram em Pernambuco. 
d) a vinda das ideias liberais para o Brasil em nada contribuiu para o 
fim da escravidão no século XIX. 
e) o fim do tráfico em 1850 não teve relação com a luta contra a 
escravidão, não abrindo, pois, espaços para novas reivindicações 
de liberdade. 
10. (UFRGS 2005) Levando-se em consideração a origem social dos 
seus protagonistas, pode-se afirmar que a chamada Inconfidência 
Mineira foi 
a) um movimento de contestação ao sistema colonial que teve como 
seus principais agentes idealizadores os grandes fazendeiros e 
mineradores, além de burocratas e militares.
b) um movimento encabeçado pelos grandes proprietários de 
escravos, insatisfeitos com a cobrança da taxa de capitação sobre 
a mão de obra cativa. 
c) uma revolta dos mineradores, liderados por Felipe dos Santos, que 
protestaram contra a instalação das Casas de Fundição.
d) uma sedição que teve a decisiva participação das massas populares 
(especialmente artesãos e camponeses), lideradas pelo soldado 
José Joaquim da Silva Xavier, conhecido como o “Tiradentes”.
e) uma conjuração liderada pelos intelectuais residentes nas vilas 
mineiras, que se reuniam para conspirar contra o governo 
metropolitano nos encontros da Sociedade Literária. 
GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. D
02. A
03. C
04. B
05. E
06. D
07. E
08. B
09. D
10. B
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. B
02. B
03. A
04. C
05. A
06. A
07. E
08. SOMA: 06
09. C
10. SOMA: 12
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. A
02. A
03. A
04. B
05. C
06. C
07. A
08. C
09. B
10. A
ANOTAÇÕES

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