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Economia Política - O capitalismo organizado

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Prévia do material em texto

(Prof. Alessandro Octavianni)
De acordo com Lenin, a livre concorrência dos mercados é uma exceção, não é regra. Lenin acredita que 
a livre concorrência foi uma exceção. A união do capitalismo financeiro e imperialismo.
De um lado há o 
Capital industrial - aquele capital que é colocado em fábricas, pagando os operários, investindo em 
máquinas etc. Atividade empresária destinada à produção de bens industriais.
Capital bancário - aquele que o banco empresta e recebe com juros.
Subordinação do capital industrial ao capital bancário formando uma unidade superior as duas, sob o 
comando do capital bancário. 
Lenin: A lógica é que um capitalismo, vise, estrategicamente, vencer o outro. Eventualmente a melhor 
forma de vencer é juntando-se: ficam mais fortes e podem derrubar os outros. É, portanto lógico, que, 
de um ambiente de concorrência surja um ambiente de concentração. Esta união de capital industrial e 
capital bancário é algo necessário num ambiente de concorrência.
As conglomerações surgem a partir de qualquer conflito, vide Estado.
Lenin acredita que a concorrência nada explica. Necessidade lógica num terreno de concorrência de 
formar conglomerados o que leva ao imperialismo .
Os grandes conglomerados são necessários a partir do grande desenvolvimento da indústria. O 
capitalismo financeiro subordina o Estado ao seus interesses, tornando o Estado imperialista.
Capital financeiro
Do ponto de vista histórico:
O texto foi escrito antes da Primeira Guerra Mundial. A hipótese do Lenin é a seguinte: a socialização da 
produção já se deu, pois os países possuem recursos advindos de vários locais. 
A socialização já é um fato. A guerra imperialista é uma necessidade lógica e com isso a população pobre 
será destruída, logo o caminho para o movimento operário já está traçado.
Outras correntes dizem o seguinte: ainda que haja desespero das classes trabalhadoras, o imperialismo 
não levará ao colapso. Haveria a concessão de melhoras com o imperialismo, O máximo que irá ocorrer 
é a formação de uma unidade política maior - social democracia.
1) "Se um país consegue subordinar o outro, sua população operária viveria melhor, pois haveria mais 
recursos para os mesmos".
A economia utilitarista oculta as relações de poder. Como as relações de poder interferem na 
economia? Poder econômico e poder do exército. Os grandes conglomerados, utilizam seu poder 
econômico internamente para manter seu poder.
E na periferia, como funciona o imperialismo?
No Brasil, teoricamente não havia possibilidade de produção de petróleo, mas com intervenção do 
governo, foi formada a Petrobras, hoje a 8ª maior empresa do Mundo. Um exemplo negativo, no Brasil, 
foi a industria automobilística, que não cresceu e permaneceu dominada pelo mercado internacional.
Tucker: fábrica de carros
Exemplo das Minas Gerais: Agamenon 
MagalhãesXConglomerados ingleses. 
Acompanhou luta de um empresário contra os 
conglomerados ingleses e que acordou morto. 
Tornou-se assessor de GV e editou uma lei 
antitrustes.
O Capitalismo OrganizadoLênin
sexta-feira, 29 de abril de 2011
11:26
 Economia Política Page 1 
(Prof. Octavianni)
Liquidez - facilidade de ser movido. 
Keynes - era filho de um professor de economia. Keynes era riquíssimos, muito inteligente e sua família 
possuía várias conexões políticas. Elite da Inglaterra. O seu pai foi influenciado pelo Marshall - hipótese 
do equilíbrio geral. O terreno do qual estamos falando é individualista e marginalista. Os atores 
econômicos estão em interação. Keynes começa a fazer sua virada intelectual - o estudo sobre as 
probabilidades. Fundamentalmente a probabilidade de ocorrência dos fatos está no aspecto subjetivo 
(Keynes). Como é que um ator econômico tem expectativas. A investigação sobre economia não pode 
ser feito com base no equilíbrio, mas nas expectativas. O ponto principal de investigação é a expectativa 
de onde é que esse equilíbrio se dará, e aqueles que souberem onde esse equilíbrio se dará agirão mais 
rapidamente, acertando o que irá ocorrer. Deve haver uma previsão, não sobre a economia real, mas 
sobre como o coletivo raciocina no senso comum. Pode haver uma previsão que lhe pareça mais 
correta, mas não importa, caso o grupo não veja dessa forma. Investigação das expectativas alheias.
A biografia de Keynes tem dois aspectos: elite inglesa + 
individualista e marginalista. Explica através da teoria das 
expectativas.
Chega a conclusão de que a economia marginalista tende a 
crises cíclicas. As expectativas de longo e curto prazo depende 
do conhecimento da economia, mais ou menos aprofundado. 
Cita que os primeiros comerciantes eram empreendedores, 
que não sabiam onde dariam seus investimentos e muitos 
falharam e alguns deram certo. Os cálculos matemáticos não 
poderiam prever o futuro. Este constante reajustar das 
expectativas é um constante desequilíbrio do mercado. Não 
temos condições de conhecer o futuro.
Manipulação das informações - comprar informações gerias e 
vender as ruins falando que são muito boas e vender as boas 
por um preço mais alto ainda. Em algum momento isto será 
publicado na sociedade e todos saberão.
Crise no EUA
Muitas pessoas compraram títulos de operações imobiliárias e as vendiam dizendo que 
eram boas, mas eram negócios ruins. Até que uma hora percebe-se que as ações são 
ruins e dá-se início a crise.
Aqueles que tem o conhecimento age e acaba por causar o desequilíbrio. A teoria do equilíbrio geral é 
uma falácia lógica. Nenhuma prova científica diz que o ser humano age conforme a economia diz que ele 
o faz. 
O ser humano busca a expectativa do que os demais terão sobre o equilíbrio. A amplíssima maioria se 
movimenta em distância do modelo da economia liberal. Keynes propõe teoria econômica que tende 
para a realidade. Economia realista e não economia que se baseie e suposições.
A economia individualista é uma arma política do sistema financeiro. 
Para entender as expectativa devemos entender que aquele que tem uma expectativa fará seus 
investimentos, com a expectativa de lucro. Para tanto deve haver gente para comprar. A expectativa de 
retorno somente se dá somente se as pessoas tiverem poder de compra. Se todos tiverem o poder de 
compra, a economia funciona melhor. Da articulação entre teoria das expectativas surge uma política de 
pleno emprego e estabilização das expectativas. De acordo com Keynes: um ator capaz de estabilizar as 
expectativas, diminuindo as chances de desequilíbrio. Manutenção das expectativas de emprego sempre 
altas, sempre possibilitando o poder de compra. Só há um ente capaz de fazê -lo: o Estado. Políticas de 
Estado fariam o equilíbrio.
Desenvolvimentos de Keynes: Keynes e as crises financeiras e Keynes na Periferia.
Keynes e as crises financeiras - sempre que há crises financeiras, há necessariamente que haver alguém 
que salve essa situação. O eleitor não votará em alguém que não pretende salvar a economia, por 
qualquer que seja a teoria econômica. Quando não há capitais individuais suficientes para o equilíbrio, 
deve haver alguém que resolva este problema. "As intervenções estatais na economia eram coisa do 
passado. O conhecimento das informações pelos operadores econômicos, faria com que nunca mais 
errassem na previsão do futuro econômico". Essa era a teoria até 2008 do senso comum. Com base 
nessa teoria, o governo Clinton (anterior a Bush), tomou medidas de desregulamentação do sistema 
financeiro. 
Em 2008 estourou a crise financeira mundial, com duas 
grandes conseqüências: 1) Não havia dinheiro público para as 
finanças sociais, mas havia 7 trilhões para salvar a economia? 
(sim). Minsk diz o seguinte: saindo de uma recessão, os 
detentores de capital só emprestarão para que tem como 
pagar em espécie. Num segundo momento poderão pagar 
para aqueles que tem credibilidade. Num último momento 
começam a emprestar para aqueles que jamais conseguirão 
cumpri-los. Mas por que isso ocorre? Porque se os bancos 
não emprestarem, o concorrente terá o melhor resultado, 
logo, dentrodesta competição os bancos continuam 
emprestando mesmo que isso leve a uma crise. Há uma busca 
pelo interesse individual - logo conduzirão a coletividade ao 
desequilíbrio (contrariando a teria do equilíbrio geral). Logo, 
deve haver mecanismos para controlar isso. Deve haver um 
controle dos negócios podres - e isto é função do direito 
econômico. 
Keynes na periferia - implementar industrialização na 
periferia (caso haja livre comércio na periferia eles 
continuarão a plantar bananas). Para que haja equilíbrio deve 
haver ações que acabem com o desequilíbrio anterior 
(aqueles que foram colonizados já estão em desequilíbrio, por 
exemplo). Estas ações são tomadas pelo Estado.
No Brasil: assim que estourou a crise investiu em alguns 
escolhidos centenas de bilhões de reais. O BNDES: "a 
expectativa de vocês será realizada" ele gerou expectativas. 
Se não houvesse investimentos, não haveria dinheiro, não 
haveria produção, não haveria mais condições de manter 
tantos trabalhadores, não haveria poder de compra e haveria 
mais crise. 
Keynes
segunda-feira, 2 de maio de 2011
11:23
 Economia Política Page 2 
Schumpeter tem muitas semelhanças com Keynes. Em primeiro lugar seu local de origem e da elite 
desse local. Elite inglesa ou austríaca, não será socialista de nascença, assim como Keynes e Schumpeter. 
Sendo assim, são defensores do capitalismo. 
Um defensor do sistema capitalista, porém diferentes do doutrinários do capitalismo, esses dois tem 
outras características. Eles não são da religião do capitalismo, mas tentam entender os problemas do 
sistema. A regra do capitalismo é ser um sistema de crises. Essas crises abalam a demanda dos 
investidores. Esse abalo na confiança traz negativos.
Para Schumpeter a crise se dá a partir do rompimento do equilíbrio estático. São teóricos do capitalismo 
como crise. 
Para Marx o capitalismo pode ser analogamente comparado da seguinte maneira: formigas podem se 
adaptar muito bem a um tipo de floresta. Lá poderão comer muito bem e se reproduzir. Chagam até a 
comer as raízes das árvores, destruindo assim seu próprio ambiente. Com isso, acabam por destruir seu 
meio ambiente e morrem. Logo, são mal adaptadas. 
O capitalismo iria explodir o país. 
Keynes e Schumpeter vêem o capitalismo como um sistema de crises, mas que podem ser superadas. 
Para entender o capitalismo devem "observar o consumidor e perceber o máximo preço que podem 
vender. Aí se dará o equilíbrio da economia" (utilitaristas marginalistas). Schumpeter acredito que isto 
está certo, mas o equilíbrio estático é um pequeno pedaço das relações econômicas. O equilíbrio é 
tirado quando um empresário faz uma inovação.
"Eu vendo calculadoras e máquinas de escrever a 20. O outro diz 
que vende a dez. O outro vende a 9. O outro a 8,5. Quem vencerá 
a batalha entre eles, não será quem vender por mais barato, mas 
quem fizer uma inovação, por exemplo, um computador pessoal 
(Microsoft). O desequilíbrio gerado gerará um novo equilíbrio 
entre computadores".
A escolha por compreender como se movimenta a economia não 
é pelo equilíbrio, mas pelas inovações que geram o desequilíbrio. 
As racionalizações marginalista se preocupam com uma parte 
pequena da economia. Deslocamento das analises de equilíbrio 
para as analises de desequilíbrio. Quem faz o desequilíbrio é o 
empresário. A redução mais eficiente dos custos marginais é a 
entrada de um novo produto ou processo. Quando se agrega o 
máximo de utilidades num produto - inovação que gerará o 
desequilíbrio.
Demanda = procura
Elástica = ir muito
Inelástica = vai pouco
Demanda inelástica pode ser resultado da falta de salários.
"Para trocar informações literárias no passado seria preciso de 
uma grande biblioteca, de muitas cartas de muitas informações 
de professores e depois, para comemorar de um tocador de 
música". Hoje em dia isso é feito somente por um tablet. Isso é 
uma inovação pois reduz o custo marginal das utilidades. Se esse 
algo só for feito sem entrar no mercado não será uma inovação, 
mas uma invenção.
Do ponto de vista político.
"Benjamim Franklin possuía um laboratório em sua casa e fazia suas invenções. Schumpeter vai dizer 
que isso acabou. Não há como acumular tanto material e conhecimento disso quanto os grandes 
conglomerados. A pesquisa para esse processo será cada vez mais burocratizada. Isso seria chamado de 
socialismo. O oligopólio seria governado por poucas pessoas seria já o socialismo. A burocracia desse 
gestão leva ao fim do capitalismo concorrencial e chega ao socialista.
Schumpeter (OK)
O que disseram de Schumpeter 
-Os Schumpeterianos acreditam que a economia deve ser olhada de maneira real. Investigação realista. 
Dizem que devemos entrar no âmago da produção. Nele entram quem tem mais poder para entrar. "Se 
nós quisermos ser a maior potência mundial militar, industrial e acadêmico, deve haver grande inovação 
no EUA. Leitura política de Schumpeter. 
-Outros dizem: na verdade a concorrência continua existindo. A exemplo da Apple e Microsoft. A Apple 
foi criada num "quintal". 
Como veio parar aqui na periferia
-Endogeneização do progresso técnico. Industrializar-se. Fruto dessa forma de pensar de 
implementações de políticas de inovações - Petrobras. Indústria na periferia = Schumpeter na periferia.
Relação com o direito
-O artigo 218 e 219 trazem a modelação das funções do Estado perante as inovações tecnológicas. 
Várias leis estimulando as inovações. 
Derivações do Schumpeter
Política tecnológica - exemplo dos EUA com gasto anual para 
inovação tecnológica de US$: 120 bilhões.
Schumpeter
sexta-feira, 6 de maio de 2011
11:31
 Economia Política Page 3 
As economias dos países subdesenvolvidos. As veias abertas da América Latina - Eduardo Galeano (livro)
Incapacidade de raciocínio. Tentativa de forjar o pensamento econômico latino-americano -
estruturalismo latino-americano. Desde Alexander Hamilton, houve um pensamento diferente das 
colônias.
Liberalismo
Fisiocratas
Adam Smith
David Ricardo
Marginalistas/ 
Utilitaristas
Industrialização 
atrasada
Mercantilismo
Alexander 
Hamilton/ List 
(protecionismo)
Schumpeter/ 
Keynes 
(imperialismo)
Estruturalismo 
latino americano
Socialismo
Karl Marx (valor-
trabalho)
Raul Prebish não era um socialismo. (Mães e avós da praça de maio desejam reaver seus filhos que 
foram tirados durante a ditadura). Raul Prebish foi presidente do Banco Central Argentino. Qualquer 
política de interesse nacional é vista pela primeira coluna (liberais) como ineficiência ou marxismo. 
Integrante da elite argentina. Quando sai do Banco Central vai viver com salário de professor, pois 
acreditava que seria um absurdo ele trabalhar em qualquer banco depois de conhecer as carteiras de 
todos os outros bancos?
Documentário - o cidadão boilissem 
Operação Bandeirantes: identificar 
guerrilheiros e estabelecer métodos 
científicos de extração de 
informações do inimigo interno 
(tortura). 
Quando o AI-5 chega "presidencias 
as favas com os escrúpos de 
consciência". Na época da Guerra 
Fria havia duas possibilidades e 
aquela que não é por mim é contra 
mim (socialismoXcapitalismo)
Estruturação latino-americana.
Contexto histórico do desenvolvimentismo latino-americano.
Com o fim da República Velha e assim com o fim do monopólio de poder das oligarquias cafeeiras, há 
tentativa de confronto com a situação econômica. Tentativas de industrialização do Brasil. Há forte 
positivismo no Rio Grande do Sul - cultura que pensa o Estado como responsável pela industrialização. 
Outro ponto importante é o excedente de capital em São Paulo, que passam a financiar as industrias 
crescentes. Política industrial = ação consciente do Estado com o fim atingir outro estado econômico a 
partir de 1930. Atuação do Estado no domínio econômico por participação, indução, controle. 
Racionalidade da atuação do Estado de maneira a atingir um fim - industrialização brasileira, que era 
dada como impossível. 
Conforme Getúlio foi subindo do RS até SP, 
houve um atraso nos trens,pois o povo ia 
até as estações para saudar Vargas.
Teorização.
A teorização sobre a economia é uma forma de instrumentalizar relações de poder. Estruturalismo 
latino-americano: quem detém as estruturas econômicas mundiais? Ser centro é deter a capacidade de 
produção das tecnologias socialmente necessárias ao restante do sistema: deter o conhecimento 
técnico capaz de fazer produtos capazes de serem vendidos. Isto é: teoria da necessidade do consumo. 
Impor o consumo ao restante do conjunto. Quando um periférico não quiser entrar nesse processo terá 
que discutir com a Marinha Mercante e Marinha Naval inglesa, assim como ocorreu com a Índia e a 
China. 
Produção Industrial: dirão os estruturalistas que o papel da América Latina é o de consumidor dos 
produtos industriais. Ser colonizado é acreditar que o programa colocado na colônia é o melhor, é 
acreditar que não há como haver industrialização. É olhar que qualquer manifestação nacionalista é 
entrar em choque com a estrutura e não tem sentido. Papel de exportador de matérias primas. 
Organizar toda a economia da periferia de forma a fornecer ao centro tudo o que eles precisarem. Existe 
a subordinação dos países periféricos permitem que a elite exportadora seja como as elites 
internacionais. Subordinar toda a economia periférica para deixar em igualdade as elites nacionais com 
as internacionais. Interesse das elites de consumirem como as elites internacionais. Mentalidade 
colonizada institucionalizada (eleições para quem interessa).
Diferenças entre industrialização deles e a nossa hoje?
Centro de pensamento econômico autônomo. 
Exemplo: Partido Comunista Chinês, CEPAL. País que 
está com a industrialização atrasada faz pensamentos 
para desenvolver sua industrialização.
O estruturalismo latino-americano: a industrialização 
da AL precisa romper com a atual desigualdade 
através de políticas protecionistas (série de políticas 
destinadas a isto).
Não há como aparecer e competir com as industrias 
existentes. Logo, deve haver protecionismo. As 
primeiras indústrias foram as de base, que 
permitiriam o desenvolvimento do Brasil fazer 
qualquer indústria.
1-
O Brasil se industrializou. 
O estatuto da nossa industrialização: é possível se industrializar a partir de uma política protecionista.
Estrutura do planejamento da economia nacional. Constituição das estatais e a participação das estatais 
em empresas privadas.
Ser periférico é ser subdesenvolvido. Isto é ser, num sistema que funciona segundo uma lógica, 
hierarquizado. Logo, não poderiam acreditar que nesse sistema todos serão países centrais. Acabar com 
a desigualdade seria acabar com o próprio sistema. A desigualdade é intrínseca ao sistema. (Celso) O 
Brasil é subdesenvolvido - não temos capacidade de produzir a tecnologia socialmente aceita. O Brasil 
não fabrica hoje as tecnologias socialmente aceitas (softwares). Além disso, apropriação de renda por 
um pequena classe - extrema desigualdade extrema. Nos países centrais há uma grande igualdade 
interna e a apropriação das tecnologias socialmente aceitas. 
A categoria de país emergente, dirão os 
estruturalistas, é ideológica. Oculta as relações 
assimétricas de poder.
Olhar para o mundo como ele é não é aceitar a 
realidade, mas pode-se tentar mudá-la. Há uma 
corrida entre os países: o Japão alcançou os 
desenvolvidos. A Coréia também. A situação 
periférica é também a situação de controle mental. A 
China faz hoje a ultrapassagem e a contestação da 
hierarquia mundial.
O estruturalismo entrou na CF do Brasil. Garantia do desenvolvimento nacional.
O estruturalismo particularmente diz o seguinte o poder é importante: poder econômico - mega 
estruturas (uma empresa alemã tem mais poder que todas do gênero do Brasil); poder militar -
Afeganistão tinha soberania até os EUA quererem entrar; poder institucional - tratados, leis (OMC); 
poder simbólico - poder de criar de teorias e fazer os outros acreditarem ("o boa doutrina deve ser 
restaurada" - contrários a Prebisch). Essa análise é pressuposta a uma prática política - idéia de que o 
poder é capaz de conformar a realidade econômica.
Getúlio Vargas - industrialização atrasada. São Paulo é a única capital do Brasil que não tem Av. Getúlio 
Vargas. 9 de julho - revolução constitucionalista de São Paulo (1932) contra G.V. Positivismo Gaúcho: 
coletividade orgânica é capaz de construir o futuro, mais do que as vontades individuais. Programa 
político gaúcho acredita que é possível organizar a industrialização a partir da política. Política industrial 
é a partir daí. 
Milton Friedaman
Furtado
segunda-feira, 9 de maio de 2011
10:47
 Economia Política Page 4 
Toda vez que há um sucesso de política econômica heterodoxa, depois, haverá um problema, por algum 
motivo - Milton Friedman.
Tentativa da industrialização a partir de políticas econômicas. Isso já existia antes de Getúlio (Hamilton, 
União Soviética). Por trás de todas as experiências industrialistas há uma premissa: é possível organizar 
o futuro (desde Hamilton até Lênin). O poder é capaz de alterar relações econômicas e mudar o futuro. 
Existe uma corrente chamada neo-kantista. Max Weber - "não é possível conhecer todas as coisas". Há 
uma premissa de que não é possível conhecermos todas as coisas do sistema. Podemos conhecer tipos 
ideias acentuando certos pontos. Fazer caricaturas da realidade e estudar essas caricaturas. 
Radicalizando essa premissa - "o conhecimento é tão inviável que nossa mente não tem condições de 
realizar planejamento econômico" - Hayek. Para este, a melhor forma de planejar é não planejar. Os 
economistas se reúnem uma vez por ano discutindo a impossibilidade do planejamento e as 
conseqüências políticas de se planejar. Todas as experiências de planejamento: Lênin, New Deal etc. 
rouba-se a liberdade humana. Fazem parte da servidão na qual estaremos submetidos pelo Estado. 
Cada um pode pensar o que quiser. O 
problema é quando essas idéias ganham 
força material.
Ninguém no Brasil, estava lendo esses 
sujeitos que se reuniam na Europa para 
discutir economia.
No início da década de 70 iniciaram-se algumas crises econômicas - empresas japonesas e alemãs são 
capazes de competir com as grandes multinacionais americanas. ("o nosso principal inimigo é a 
economia japonesa" - Poderoso Chefão 3)>Contestação econômica. Na Guerra Fria, a URSS contestou o 
poderio militar norte-americano, assim como o Vietnã> Contestação militar. Internamente, o bloco 
dominante da política norte-americana dá um passo á esquerda (Hippies)> Contestação política. Por 
fim, o Movimento dos Não-Alinhados contesta os Americanos (CEPAL)> Contestação institucional. A 
partir daí surge um movimento da volta para do conservadorismo. Restaura-se politicamente a 
hegemonia norte-americana conservadora. 
Contestação ao poderio norte-americano.
Em 1972, houve a quebra do padrão dólar-ouro. A partir de então, os EUA passam a adotar 
arbitrariamente o valor do dólar.
Internamente, o Partido Republicano ganha força e o partido da esquerda perde força (surgem aí o 
Panteras Negras).
Milton Friedman tem uma leitura alternativa da crise 1929 - acreditam que a culpa foi estatal, um erro 
do Federal Reserve. Acreditam que o Estado deve ser eliminado completamente da economia. Reagan e 
Tacher passam a ser norteados por Milton Friedman e Hayek. O consenso de Washington é a aderência 
de Friedman e Hayek.
Do Banco Mundial, como isso vai parar na periferia?
Disciplina fiscal - aprovada no governo FHC. Institui a recomendação do Consenso de Washington.
Focalização dos gastos públicos em educação e saúde - "não é universalização, mas focalização em 
setores mais ruins.
Reforma tributária que vise impostos indiretos - se deu pela criação de novos impostos. Fazer a 
reforma tributária é dada pela criação de novos tributos. Tratar a massa de desiguais de forma igual. 
Taxa de câmbio competitiva - eliminação de reguladores de câmbio e tentativa de fazer da moeda uma 
mercadoria como outro qualquer.
Liberalização do comércioexterior - a sandália que chegar barata da China é capaz de conter o preço 
das sandálias aqui.
Privatização com a venda das empresas estatais - Companhia Vale do Rio Doce, por exemplo.
Desrregularização econômica
Propriedade intelectual - regulação da propriedade intelectual. 
Fundado em uma teoria de que o poder organiza a 
realidade econômica há varias tentativas de 
industrialização. Dois movimentos de crítica a esse 
intervencionismo: "planejar é impossível que levará a 
uma tragédia" - teoria + prática com Reagan e Tatcher 
e o Consenso de Washington que é aplicado no Brasil, 
integralmente. Na América Latina, após esse 
movimento há uma grande eleição de contrários a 
essa políticas. Vivemos a uma reação ao moinho 
satânico imposto pelo consenso de Washington. 
Dizem que Hugo Chávez manipula as eleições. 
Pesquisa feita por Jimmy Carter e ele concluiu que 
eram limpas. Ganhou Chávez mais eleições do que 
Margaret Tatcher.
Friedman
sexta-feira, 13 de maio de 2011
11:24
 Economia Política Page 5 
Homogeneização Social > tornar igual; conhecimento igual; poder igual.
Heterogenese > desigualdade social.
Internacionalização X 
Internalização -
dos centros decisórios - O Furtado 
tem duas influências Max Weber e 
Carl Manhein (opinião). Isso significa 
tomar o esquema da ação racional 
com relação a fins. Ação referente a 
valores.
Internalização
Endogeneização 
A condição do subdesenvolvimento. Teoria da superação do subdesenvolvimento. 
Quatro pontos da economia política da superação do subdesenvolvimento. 
Max Weber
"meu amor supremo é por aquele que me 
gerou e pelo meu deus e pelo meu 
imperador". Portanto é totalmente 
racional que um piloto japonês da segunda 
guerra seja um kamikaze. Um tipo de 
racionalidade. Tudo aquilo que for 
compatível com valores poderá ser feito. 
Racionalidade em relação aos meios. 
Atravessar as ruas você obedece regras. A 
ação racional com relação a meios se 
torna mais complexa quando o meio torna 
mais complexo. Nós temos de nos 
referenciar com os meios, pois eles estão 
pressupostos. Independentemente dos 
fins. Relação instrumental técnica.
Sociedades que se colocam aos seus fins e 
as sociedades que referenciam com as 
técnicas. Os valores demoram mais para 
chegar. Técnica anda mais rápido do que 
ética. "Uma máquina produzida na 
Inglaterra, quando se propaga, não 
necessariamente portando os valores 
originários - só tem luz elétrica na 
Inglaterra porque houve iluminismo e 
briga com a Igreja para liberdade de 
investigação científica. Logo a luz foi 
resultado de valores que foram buscados 
através de lutas sociais da burguesia 
contra o absolutismo e contra a Igreja.
Quando a luz sai da Inglaterra não trás os 
mesmos valores. Uma máquina de fiação 
na Inglaterra trás o valor das lutas sociais. 
A mesma máquina na Índia trás o valor da 
dependência econômica para com a 
Inglaterra.
Carl Manhein
Era considerado o sucessor de 
Max Weber. Como todo 
pensador social alemão deve 
prestar contas a Weber e a 
Marx. Além de concordar com 
Weber trás sua pesquisa na 
forma de como as pessoas 
conhecem. Nós conhecemos da 
maneira de como a classe social 
que nós nascemos conhece. O 
conhecimento está marcado 
pela nossa situação de classe 
social. Quando vamos discutir 
nosso próprio futuro discutimos 
algo que não é nossa situação de 
classe. 
Max Weber e Carl
As sociedades que não 
tiveram condição de 
determinar seus fins se 
organizam a partir da técnica 
de outros. Num momento 
respondemos à demanda de 
Pau Brasil, de ouro, de açúcar. 
Sociedade cuja técnica 
organiza a ética dessa 
sociedade. Técnica que tem 
uma ética pressuposta à ela. 
Deve haver um processo de 
rompimento para esse poder. 
A organização econômica 
colonial possui uma 
organização invisível. Para 
que nos determinemos 
devemos ter um poder capaz 
de sobrepor o poder imposto. 
A única forma de romper é 
construir um poder maior. 
PLANEJAMENTO 
DEMOCRÁTICO. Organização 
das maiorias.
Só se rompe estruturas técnicas com capacidade de romper com a estrutura tradicional. 
Internalização.
As periferias reagem isso de variadas maneiras. 
Centralização
As nossas elites se aliam às elites dos países centrais, logo vamos acabar com elas - Mao-
Tsé-Tung. Quem passa organizar é o Estado Chinês. Na Rússia ocorre a mesma coisa. 
Embora o Czar seja descendente de um deus, ele está mais para diabo. Logo vamos tirá-
lo. Resultados econômicos com sucesso absoluto. A Rússia sai do pré-feudalismo e vira 
concorrente na corrida espacial.
Outras discussão são os valores. Do ponto de vista da mobilidade no sistema mundo -
racionalidade para fins específicos - as ações foram extremamente bem sucedidos.
Uma outra Alternativa: tentativas das criações de Estado de bem estar social. 
Melhoria nas condições econômicas externas. 
O excedente é repassado. 
Lamentavelmente Celso Furtado é atual.
Internalização dos centros decisórios. Reformas de Base - educação, reforma agrária saúde, 
lei de remessa de lucros das empresas estrangeiras. Nesse momento, além do inimigo 
interno, entram os EUA na história.
As reformas de Base contém elementos de internalização. Vamos nós controlar o fluxo de 
renda das empresas estrangeiras que estão aqui. Divisão de tarefas. Paralelamente 
montam a indústria automobilística. 
Controle dos recursos - base social. Instrumentos - planejamento. Introduzir política de 
planejamento, que só se sustenta se tiver base social. A organização de um sistema 
política, que seja capaz de planejar. 
Só a democracia desenvolve o planejamento.
Agenda jurídica. Quem manda na constituinte é Ulysses Guimarães e Mário Covas. O 
mercado interno integra o patrimônio nacional. Submete-se o patrimônio a vontade do seu 
titular. Portanto, as relações econômicas internas. Logo, a nação determina como será a 
economia brasileira e não os EUA, das agências de investimento, do FMI. Isto ocorrerá o 
desenvolvimento social. Nos escolhemos os nossos fins. Devemos ter bem estar social. E, 
finalmente, devemos ter autonomia tecnológica. A partir daí teremos desenvolvimento.
Internalização dos centros decisórios. Privatização da Petrobras gera que o controle passe para o 
exterior. Aumentando a participação do governo temos internalização dos centros decisórios. Agenda 
jurídica de internalização dos centros decisórios dos EUA pentágono, CIA. A economia mundial é 
estruturada a partir de quem mais consegue internalizar seus centro decisórios.
Centro-periferia/subdesenvolvimento
sexta-feira, 20 de maio de 2011
11:23
 Economia Política Page 6 
PIB com renda nacional? 
IPEA foi criada na ditadura militar, pelo ministro da fazenda Delfim Neto. O "milagre brasileiro" é a ele 
atribuído. IPEA foi criado,pois na visão do ministro não havia como coletar dados. Uma mistura de 
agregação de dados com suposição. No IPEA se agregam equipes de pesquisas que formulam análises e 
proposição de políticas.
João Pedro Stedi é economista do RS e a maior liderança pública do MST. O Brasil possui uma longa 
tradição de movimentos sociais. Ao final da ditadura surge o MST. João Pedro está fazendo a 
organização do Movimento dos Sem-Terra. São uma proposição de raciocínio para caracterizar o 
subdesenvolvimento e sua superação. Heterogeneidade social > pesquisa do IPEA e um movimento de 
organização de massa. 
Heterogeneidade social = diferença; desigualdade; assimetria. Como trabalhar um país assim? O que diz 
a teoria do subdesenvolvimento perante essas teorias. 
A compreensão dos problemas do subdesenvolvimento não está dada. Os EUA impediram diretamente 
na destruição da CEPAL. A tomada de consciência do subdesenvolvimento é uma disputa com os 
poderes, é uma capacidade de poder político. Não há um corpo de conhecimento fechado. Há 
hipóteses. Estas serão testadas e comprovadas ou não ao longo do tempo. Conhecimento que é 
resultado da luta política. 
Heterogeneidade social: a diferença entre as classes sociais é causa e conseqüência do 
subdesenvolvimento.
Luta entre distintos setores sociaispor recursos limitados no tempo e no espaço. 
A própria formatação dos dados é uma luta política. 
Se a receita federal pudesse agora abrir o sigilo bancário dos mais ricos, os dados seriam diferentes. Os 
dados bancários deveriam ser totalmente abertas para que o governo checasse.
Questão das classes: classes heterogeneamente distribuídas causam o subdesenvolvimento > 
dificuldade de alcançar o progresso técnico (o centro propaga inovação e a faz consumo obrigatório). 
Nas áreas de periferia, como as elites não se organizam para o desenvolvimento, pois são elites 
apropriadoras de espaços agrícolas, ou consumidoras da tecnologia central, seu comportamento será de 
buscar organizar as economias que as servem de modo a se tornar consumidoras como nos países 
centrais. É dizer, as elites não conseguem produzir inovação técnicas, mas estão coladas no consumo 
das mesmas. Organização para o fluxo de renda interna seja direcionada para o consumo dos países 
centrais. 
Consumo emulador + falta de capacidade produtiva (organização das estruturas internas, não para 
competir com o centro, mas para complementar o centro). Esta característica é cultural, política, 
econômica. As elites brasileiras não são as únicas do Mundo. Nosso país foi o último do Mundo inteiro a 
acabar com a escravidão. Há uma lógica sistêmica mundial e uma lógica de classes que se comportam de 
maneira objetiva na defesa de seu sistema, caso contrário não essa classe. Este é o quadro da 
organização geral. Dentro da periferia e dentro do centro, há relação de assimetria.
A desigualdade de classes é obrigatório que as elites consigam realizar suas vontades sociais. É um dado 
objetivo.
Esta leitura foi parar na nossa Constituição. O que a teoria do subdesenvolvimento afirma? Este quadro 
não é imutável. A história brasileira relata como o conflito se deu. Disputa pela apropriação dos 
recursos. 
Assim como a teoria diz que esta é uma relação que obedece regras próprias, ela não é imutável, assim 
como a relação centro-periferia. A exemplo da iluminação dos morros.
Uma vez que o centro faz o Windows, instala um 
circuito de fluxo de riqueza e obrigatoriedade de 
consumo para a periferia. "A invenção é mãe da 
necessidade" Steve Jobs. Dizia-se que a necessidade é a 
mão da invenção. > O segredo reside no mundo da 
produção e não no mundo do consumo.
As elites se apropriam do Estado como patrimonialismo. 
Pleno domínio do Estado. Domínio das formas jurídicas 
para manutenção da ordem.
Disputa daqueles que não tem nada: local para um local 
para morar e não tomar chuva. 100 anos depois: disputa 
por energia elétrica. O que isto quer dizer?
Esta configuração da heterogeneidade é plástica a partir da 
força que os atores sociais distintos terão. Agora espaço 
para plantar, espaço por educação, espaço para 
desenvolvimento de inovação. 
A reforma agrária está prevista na constituição. No 
entanto, a definição de reforma agrária está a 
mesma de 1972. É dizer, uma pessoa que nada 
investiu em sua terra desde 1972, mantendo a 
mesma produtividade, não precisa fazer reforma 
agrária.
Brasil - a construção interrompida
A organização popular - João Pedro Stedi
Reprodução de elites - Pierre Bourdier
Gramsci
Os ricos no Brasil
segunda-feira, 23 de maio de 2011
11:19
 Economia Política Page 7 
Professores sempre nos ensinaram que é errado jogar lixo na rua.
Qual a idéia por trás disso.
Falta de internalização do centro decisórios.
"A vida do intelectual periférico é mais difícil que a vida do intelectual central". Há uma nova gama de 
questões a se tratar. Intelectual não resolve nada, mas não é uma força política. Força política pode ser 
organização de massas também. 
Por que é que o ponto de vista do proletário é mais amplo do que o do burguês? Pois o primeiro deve 
entender o ponto de vista do burguês e entender os meios de dominação. Situação de poder submetida. 
Ponto de vista cognitivo mais amplo. A tarefa do intelectual periférico - como contornar a situação de 
dominação. 
Intelectuais periféricos agregados às classes dominantes. Dentro dessa classe se agregam a uma opção 
política. Agregando-se nessas várias ordens é que se forma a posição.
Ser intelectual periférico em um ambiente democrático levando em conta os desafios impostos ao meio 
ambiente > problemas mais amplos que os problemas dos intelectuais centrais.
Via de regra haverá na academia dos países centrais pouquíssimo do Brasil. Do ponto de vista de quais são 
os problemas. Eles tem uma enorme massa de recursos que os possibilitam tratar de problemas daqui.
A disparidade de preocupações é enorme. Nosso desafio é maior. Não haverá um salvador de fora, pois só 
nós podemos resolver um problema que nós mesmos criamos.
A forma através da qual adentrarmos na questão ambiental determinam nossos resultados de pesquisa. A 
partir de uma história de bem comum haverá uma dada cesta de resposta. A partir de uma história não 
linear, com problemas econômicos, haverá uma nova cesta de repostas.
Em 1844 - Marx escreve os Manuscritos de Paris: "o homem é o resultado de ação natural. Quando ele cria 
os instrumentos de técnica, transforma a natureza naquela própria técnica". Não há possibilidade de pensar 
na economia, sem pensar na ecologia. A economia se desenvolve num ambiente específico chamado Planeta 
Terra. Como obter o maior rendimento > maximização de interesses > a economia é o exercício de atores 
individuais que buscam seu interesse maximizado.
Meu concorrente consegue fazer um tablet que chega às várias partes do mundo, meu problema é fazer um 
tablet mais barato, com maior resolução na tela. Qual a principal crítica do movimento? A prática industrial 
que tem como sua superestrutura a prática da organização capitalista jurídica que é articulada com a 
organização material da economia. Como é resultado do individualismo não oferece resposta a problemas 
macro - como o meio ambiente (diz respeito a muitos). Quando a técnica, que é natureza, reorganiza a 
natureza, de modo que impede a natureza de reproduzir aquilo que produzia isso é mau.
Onde está a economia capitalista?
Até quando a economia capitalista poderá permitir que a natureza continua reproduzindo a capacidade de 
reprodução dos meios.
Quem é que ganha com a criação de problemas 
ecológicos? Empresas de madeira, monocultores etc.
Outros dizem que deve haver pequenos controles que 
impeçam ações das empresas. Da década de 60 para cá 
aumentaram os movimentos ligados ao meio ambiente.
Clube de Roma: há um problema ecológico mundial - as 
populações do 3º Mundo estão crescendo muito e estão 
acabando com os recursos naturais - quem é pobre não 
deixa de ser pobre.
Na Europa, só sobraram 3% das florestas intactas. Na 
América do Norte também são assustadores esses 
números.
Com a tomada de percepção destes problemas, iniciaram-se reuniões para solucionar estes problemas > 
Estocolmo 72, Rio 92 etc. Mudança climática e extinção de espécies.
Cada problema ecológico que surge dá origem a alguma convenção. São Convenções no sistema ONU. A 
ONU é um acordo jurídico, e há várias organizações embaixo da ONU que os países também aderem 
voluntariamente.
Valorização de recursos genéticos. Há várias extinções causadas por indivíduos que buscam a 
maximização de seus interesses. Para cada recurso utilizado, são ignorados 100, em média, recursos 
genéticos. Os atores econômicos estão levando à extinção dos recursos do planeta.
Deve haver uma convenção internacional para pressionar estes atores > regulação da pesquisa e as 
formas de mantê-los existentes e repartição de benefícios. É uma tentativa de proibição da eliminação 
de uma espécie (é impossível saber quais são as conseqüências disso na natureza - plena ignorância das 
ações). 
A Convenção da Biodiversidade tem como um dos objetivos o mapeamento de todas as conseqüências 
ecológicas da extinção.
Repartição dos benefícios > 
Ninguém é dono das coisas da natureza, pois foi o 
criador que fez. Mas depois de 400 anos disseram os 
subdesenvolvidos que não haveriachances dos 
desenvolvidos interferirem com suas empresas.Os países 
tropicais são os mais biodiversos. Os recursos genéticos 
não são bens comuns da humanidade. São submetidos à 
soberania nacional. Os recursos devem ser partilhados. 
Deve haver divisão dos recursos gerados pelas empresas 
estrangeiras entre as populações locais. Quais são os 
mecanismos e qual sua efetividade?
Quando George Bush pai chegou na ECO 92 disse "não está em jogo o padrão de consumo americano". 
O resultado prático disso é a não participação dos EUA. A estratégia global do Estado norte -americano é 
não aceitar nunca algo que ponha em risco o padrão de consumo e de vida dos EUA. Não assinatura do 
protocolo de Kyoto. Senhoriagem do padrão de consumo mundial. Primeiro indício de fragilidade do 
sistema.
Negativa da construção > "não, não me interessa o que vocês estão aí pensando" - isto reside na força 
política e não na força lógica. 
O padrão de relação com o desenvolvimento econômico com a China. Este reivindica a soberania de seu 
território.
A lógica discursiva atual é protetiva do meio ambiente. Na China há uma soberania pelos seus recursos 
naturais. Do ponto de vista das relações materiais > qual a exportação de Commodities no Brasil. Nos 
EUA, há uma variação do centro exportador.
O código florestal está relacionado com uma demanda específica. Quais são as fragilidades do sistema.
O futuro da espécie humana será determinado pela utilização destes recursos.
Biodiversidade (livro)
Existe uma literatura neoclássica. Espécies em extinção 
que pedem investimentos muito altos para sua 
reprodução não são matematicamente interessantes, 
logo devem ser mesmo extintas. Se a humanidade não 
valorou é porque não tem valor.
Os ecólogos vão dizer que se a humanidade não deu valor 
Desenvolvimento Sustentável
segunda-feira, 30 de maio de 2011
11:19
 Economia Política Page 8 
Já não temos capacidade de reposição das espécies ameaçadas das extinções. Estas caminham numa 
velocidade maior do que podemos controlar. Pegada Ecológica - o quanto cada indivíduo consome e o 
quanto retorna. Possibilidades de redução da pegada ecológica.
Quais são os desafios colocados na tentativa de resolver os problemas ecológicos?
Os ecólogos vão dizer que se a humanidade não deu valor 
não é porque não tem valor, mas porque somos 
ignorantes.
Furtado => problema ecológico é industrialização e urbanização. A teoria da superação do 
subdesenvolvimento é mais do que pensar a soberania dos centros decisórios, é mais complexo que 
solucionar problemas econômicos, problemas de desigualdade social. Estarmos nos aproximando de um 
ponto de não retorno, de desigualdade social, de ecologia e de democracia é isso que é pensar como um 
intelectual de país subdesenvolvido. Teremos que agregar esses vários problemas de uma vez só. Não 
haverá respostas importadas. Estes fins eventualmente colocados não poderão ser os fins. Teremos que 
pensar em outros fins. Meios jurídicos. A economia política que orientará essas mudanças abrirá uma 
nova agenda para este combate. A nossa Constituição traz mecanismos para tanto. Celso Furtado - a 
solução da crise ecológica, da desigualdade social, da falta de internalização e da falta de estruturas 
democráticas. ALTERAR OS MECANISMOS DA ECONOMIA DO PLANETA. SÃO PROBLEMAS GERADOS POR 
ESTE MODO DE PRODUÇÃO, QUE ALIMENTAM ESTE MEIO DE PRODUÇÃO. BLOQUEAR A APROPRIAÇÃO 
DOS RECURSOS E AS DECISÕES E ALTERAR ESTE QUADROS, TALVEZ SEJA UM PROJETO QUE NÃO 
COMPARTILHE DO PROJETO QUE CRIOU ESTE SISTEMA. O MODO DE PRODUÇÃO SUSTENTA ESTES 
VÁRIOS PROBLEMAS. QUANDO A SOCIEDADE DISSER AO INDIVÍDUO PARA PARAR DE PENSAR NA 
PRODUÇÃO COMO UM FIM, MAS COMO UM MEIO PARA ATINGIR O BEM ESTAR É QUE PODEREMOS 
ESTAR APTOS A PENSAR E SOCIALIZAR O INTERESSE.
É possível encontrar respostas no atual meio de 
produção ou devemos mudar o modo de 
produção antes de solucionar este problema. 
Esta máquina social capitalista gera problemas. 
Estes problemas podem ser solucionados neste 
meio de produção?
 Economia Política Page 9 
Alienação=transmissão de direitos patrimoniais. A alienação trata-se da passagem de um conjunto de 
poderes que se tem sobre algo. O nome disso é patrimônio. Quando se aliena se passa o conjunto de 
poderes sobre bens a outro.
Pagar um carro em parcelas - alienação fiduciária. (fidúcia é confiança). É a alienação com confiança. 
Você já está andando com o carro e já está com a posse do carro pois há uma confiança em você.
Conceito de alienação. Em respeito às classes e aos países.
"Passar ao outro" - alienação> nos ajuda a entender o conceito.
A alienação em Marx é a passagem/dar ao outro a consciência social. Por que olhar isso? Existe uma 
situação na qual uma larga maioria submete-se a uma forma de organização econômica cujos frutos não 
são dela. 
Há um processo extremamente poderoso, capaz de autoreproduzir -se e manter a alienação.
Construir um problema e fazer várias visões acerca dele. 
Se fosse uma mera questão de mentira, seria simplesmente falar a verdade. Não compreender a 
realidade social é estar alienado. Não é algo somente subjetivo, mas também objetivo.
A divisão do trabalho tem dois processos de alienação: 1) separar o produtor dos bens de produção . 
Ninguém mais trabalhará sob chicote, pois não há mais necessidade. Os capitalistas são sufragados pelo 
Estado. O uso da violência simbólica. 2) A alienação do produtor com o produto de seu trabalho e do 
excedente econômico gerado. A especialização extrema leva o trabalhador a realizar funções 
mecânicas. Ao Trabalhador industrial que não tem mais conexão com todas as formas de produção. 
Perdemos o contato com o todo da produção e não sabemos mais nos ver no produto final. Não vemos 
também o excedente de nosso trabalho. (mais valia). 
Na verdade do que nós perdemos a consciência da relação social capitalista. Não estamos falando 
somente de mesas, cadeiras, carros produzidos, mas TUDO à forma da mercadoria. A separação entre 
produtor e produto valerá para tudo. A lei será positivo. O direito estará na lei. O direito estará no 
código. A forma de produção social da norma é a mesma forma de produção dos produtos no modo 
capitalista. "A sociedade, os produtores das normas não se vêem nelas, mas o Estado é o criador. O 
Estado é algo distinto de nós. O Estado, como produto é separado do produtor (cidadãos)". Alienação 
social no nosso dia-dia. Inúmeros produtos são derivados de um processo de que somos atores. 
Dar ao outro a consciência da produção = alienação .
Estrutura de classes sociais > a classe social da qual se faz parte já produzia o Estado.
Alienar-se em relação aos produtos.
Países também se alienam.
Da mesma maneira que o trabalhador se aliena, o país subdesenvolvido se aliena e não entende como 
causa da riqueza mundial. As relações de força seriam outras caso houvesse essa consciência.
Estamos falando de possibilidades de ação política, alienar-se é não saber, não ter consciência do que 
aconteceu e do que pode vir a acontecer.
Teoria do poder -como é que nós entendemos as relações entre classes e países, quando elas forem 
sujeitas a um processo de transformação. O processo de alienação é objetivo. "Não há possibilidade do 
alienado fazer qualquer alteração em sua existência".
Ser radical é ir à raiz dos problemas - só há uma forma de quebrar o problema da alienação social que é 
ir até a raiz do problema. A divisão social do trabalho - monopólio dos bens de produção. 
Num país subdesenvolvido isto é pior ainda. Num sistema que engendra toda a sua a sua produção isto 
é pior ainda.
Teremos o problema, não só o problema da divisão de classes, mas também o problema das relações 
entre países.
Esta teoria da alienação é uma teoria do poder > tem alguns desdobramentos. Tem heranças mais 
pessimistas e menos pessimistas. Serão todas teorias críticas. Algumas acreditam que não há nada a 
fazer. "É de tal grau a acumulação de poder de um lado, que não há como combater".
Quando na Alemanha venceram as eleições o Partido Comunistae haveria uma possibilidade de acabar 
com a alienação, juntaram-se os industriais para solucionar o problema e encontraram Hitler. Na última 
necessidade de impedir as tentativas de acabarem com a alienação utilizar -se-á a violência. Este é um 
desdobramento pessimista.
Outra corrente acredita que há possibilidade > ação politicamente organizada. Esta linha acredita que 
Hitler foi UM resultado e não O resultado. Logo, poderá haver outros caminhos.
Como é que pode ser organizada a ação política.
Quais são os desafios deste debate? É possível alguma ação política? Em qual medida alterar esta 
situação?
Imenso poder de dizer que as coisas são assim e assim continuarão. 
Da onde vem a imutabilidade das relações que vivemos hoje? É imutável?
O egoísmo humano é fruto do meios de produção.
A sociedade nos precede.
Quais são as possibilidades de ir contra esta imensa estrutura de poder.
Consciência do Estado 
"os homens fazem a história, não da forma que querem, mas 
da forma como são impelidos a fazê-lo. A história oprime a 
mente dos homens, induzindo-os a um determinado 
comportamento, como se esta condição fosse dada a priori" -
Karl Marx.
Alienação
sexta-feira, 3 de junho de 2011
11:55
 Economia Política Page 10

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