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SUMÁRIO SISTEMA ARTERIAL 1. Cabeça, Pescoço e Membros Superiores ......... 7 2. Abdome .......................................................................19 3. Pelve E Membros Inferiores .................................27 SISTEMA VENOSO 1. Cabeça, Pescoço e Membros Superiores: ......34 2. Tórax .............................................................................38 3. Abdome .......................................................................41 DRENAGEM LINFÁTICA 1. Cabeça E Pescoço ...................................................49 2. Tórax E Membros Superiores ..............................51 3. Membros Inferiores E Pelve ...............................52 Referencias Bibliograficas .........................................57 3SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Os sistemas Arterial e Venoso são responsáveis pela irrigação e drena- gem do sangue das estruturas corpó- reas. Estes sistemas carregam muitas características em comum em relação a seus trajetos e constituições, po- rém, do ponto de vista histológico, as artérias e veias têm distinções impor- tantes, relacionadas às suas funções, como visto na tabela abaixo: CARACTERÍSTICA ARTÉRIA VEIA Distribuição Artéria → Arteríola → Capilares Capilares → Vênulas → Veias Túnica Íntima Endotélio Endotélio Túnica média Espessa, com abundantes fibras elásticas Delgada, sem fibras elásticas Túnica adventícia Tecido Conjuntivo Frouxo Tecido Conjuntivo Frouxo Espessura da Parede Maior, devido a túnica Média Menor Diâmetro da luz Menor, pela maior pressão Maior, pela menor pressão Válvulas Presentes apenas na Aorta e Tronco Pulmonar Presentes Tabela 1. Arterias x Veias. Fonte: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. Figura 1. Túnicas arteriais Fonte: Retiradas do site https://www.sanarflix.com.br 4SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 2. Túnicas venosas Fonte: Retiradas do site https://www.sanarflix.com.br O Sistema Vascular Humano funcio- na com base num sistema de circula- ção dupla centrado no coração, um sistema de ejeção que conta com 4 câmaras: Átrio e Ventrículo Direitos e Esquerdos. O sangue arterial, sa- ído do ventrículo esquerdo, vai para todas as regiões do corpo na chama- da circulação Sistêmica, por meio da Artéria Aorta, e volta como sangue venoso para o átrio direito por meio das Veias Cavas, sendo levado, em seguida, para ventrículo direito, que encaminha o sangue para os pul- mões pelas Artérias Pulmonares, na chamada circulação Pulmonar, que visa reestabelecer a oxigenação do sangue. Após processo de Hema- tose (troca de gás carbônico por gás oxigênio nos Alvéolos Pulmonares), o sangue agora arterial volta para o átrio esquerdo por meio das Veias Pulmonares, para depois ser levado ao ventrículo esquerdo, onde será im- pulsionado pela artéria aorta e reini- ciará toda a circulação sistêmica. 5SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 3. Circulação Sistêmica e Pulmonar. Fonte: Retirada do Moore 7ª edição. SISTEMA ARTERIAL O Sistema Arterial se inicia na saída da Aorta do Ventrículo Esquerdo. Tal vaso se divide em 3 porções: Ascen- dente, Arco da Aorta e Descendente. A porção Ascendente é a única par- te da Aorta revestida por pericárdio, localizada no Mediastino Médio, se situando até o nível de 2ª articulação esternocostal, dando origem às Ar- térias Coronárias. Em seguida, surge o Arco da Aorta, uma porção que se situa acima da 2ª articulação esterno- costal no Mediastino Superior (o Arco tem sua origem e seu término neste nível), emitindo, de maneira clássica, 3 ramos: Tronco Braquiocefálico, que emite a Artéria Subclávia Direita e a Artéria Carótida Comum Direita; Ar- téria Carótida Comum Esquerda e Artéria Subclávia Esquerda. Após tal trajeto, o Arco da Aorta se continua como Aorta Descendente no Medias- tino Posterior, que pode ser dividida em Aorta Torácica, do nível vertebral T4 até o nível T12, e Aorta Abdomi- nal, que se inicia ao nível vertebral de T12 até o nível de L4, onde se bifurca em Artérias Ilíacas Comuns. 6SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 4. Aorta. Fonte: Retirada do site https://www.sanarflix.com.br SAIBA MAIS! Variações anatômicas do arco da aorta: Os ramos do Arco da Aorta têm grande variabilidade, de forma que o padrão descrito, no qual o Arco dá origem ao Tronco Braquiocefálico, Carótida Comum Esquerda e Subclávia Esquer- da é encontrado em aproximadamente 65% das pessoas. O segundo padrão mais comum, que é encontrado em 27% da população, ocorre com a emissão da Artéria Carótida Esquerda do Tronco Braquiocefálico, de forma que o Arco da Aorta só emite dois ramos: Tronco Bra- quiocefálico e Subclávia Esquerda. O terceiro padrão mais comum é quando o Arco da Aorta dá origem a Artéria Vertebral Esquerda, sendo este padrão presente em 5% da população. O quarto padrão mais comum ocorre quando o Tronco Braquiocefálico não se forma e o Arco da Aorta emite as duas Carótidas Comuns e duas Subclávias. Enquanto que, o quinto padrão mais comum é constituído pela saída de dois Troncos Braquiocefálicos. 7SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 5. Possíveis variações do Arco Aórtico. Fonte: retirada do site https://www.sanarflix.com.br (Adaptada). 1. CABEÇA, PESCOÇO E MEMBROS SUPERIORES A vascularização da região de ca- beça e pescoço é feita basicamente pelas Artérias Carótidas Internas e Externas, ramos da Artéria Carótida Comum. Há também contribuição da Artéria Subclávia, que supre o Mem- bro Superior em sua totalidade. Figura 6. Arco da Aorta. Fonte: Retirada do Gray’s 40ª edição 8SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO A Artéria Carótida Interna é en- volvida pela Bainha Carótica e tem sua extensão dividida em 4 porções: Cervical, localizada no Pescoço; Pe- trosa, que passa pelo Canal Carotí- deo e se insere na parte Petrosa do Osso Temporal; Cavernosa, que pas- sa pelo Seio Cavernoso, juntamente ao Nervo Abducente; Cerebral, que lança a Artéria Oftálmica e seus ra- mos: Artéria Central da Retina, que emite ramos para dentro da retina; Artéria Lacrimal, que emite ramos para a Glândula Lacrimal; Artéria Su- pra-orbital, que irriga o Músculo Le- vantador da Pálpebra Superior, Seio Frontal, Pálpebra Superior, Pele da Fronte e Couro Cabeludo; Artéria Et- moidal Posterior, que irriga Células Etmoidais Posteriores e mucosa na- sal; Artéria Etmoidal Anterior, que irriga Células Etmoidais Anteriores e mucosa nasal; Artéria Dorsal do Nariz, que realiza anastomose com a Artéria Angular (Ramo da Artéria Facial); e Artéria Supratroclear, que irriga Couro Cabeludo e Fronte. Ao fim de seu trajeto, a Artéria Carótida Interna emite seus ramos terminais: Artéria Cerebral Anterior, Cerebral Média e Artéria Comunicante Pos- terior, que contribuem com irrigação do Encéfalo. Figura 7. Artéria Oftálmica Fonte: Retirada do Moore 7ª edição 9SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO A Artéria Carótida Externa, respon- sável pelo suprimento arterial das es- truturas externas do crânio, emite as Artéria Tireóidea Superior, Artéria Faríngea Ascendente, Artéria Lin- gual, Artéria Facial, Artéria Occipi- tal, Artéria Auricular Posterior, Ar- téria Temporal Superficial e Artéria Maxilar. SAIBA MAIS! Bainha carótica A Bainha Carótica é um revestimento fascial que comunica a região cervical com a região cra- niana, sendo composta, anteriormente, pela fusão das Lâminas Cervicais Superficial e Pré- -Traqueal; e, posteriormente, pela Lâmina Cervical Pré-Vertebral, contendo estruturas vascu- lonervosas como: Artérias Carótida Comum e Interna, Veia Jugular Interna, Nervos Vago, Seio Carótico, Fibras Nervosas Simpáticas e Linfonodos Cervicais Profundos. Figura 8. Vascularização Facial. Fonte: Retirada do Moore 7ª edição A Artéria Tireóidea Superior emi- te as Artérias Infra-hioidea, Crico- tireoidea e Laríngea Superior para estruturas homônimas, além dos Ra- mos Glandulares Anterior, Poste- rior e Laterais para Glândula Tireoide. AArtéria Faríngea Ascendente emite ramos para Faringe, Múscu- los Pré-Vertebrais, Orelha Média e Meninges, enquanto a Artéria Lin- gual, que passa profundamente ao Músculo Hioglosso, emite as artérias: Supra-hioidea, que irriga Músculos 10SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Supra-hioideos; Artéria Dorsal da Língua, que irriga o terço posterior da Língua; Artéria Sublingual, que irri- ga a Glândula Sublingual e tem seu trajeto entre os Músculo Genioglosso e Milohióideo; e Artéria Profunda da Língua (Artéria Ranina), que se lo- caliza no interior da Língua, irrigando corpo desta. A Artéria Facial origina-se em co- mum com a Artéria Lingual, cruza a Mandíbula, o Músculo Bucinador e a Maxila, emitindo como ramos a Arté- ria Labial Inferior, que irriga o lábio inferior; Artéria Labial Superior, que irriga o lábio superior; Artéria Nasal Lateral, que irriga a pele da asa e dor- so do Nariz; e Artéria Angular, que se anastomosa com a Artéria Dorsal do Nariz, ramo da Artéria Oftálmica. A Artéria Occipital, o 1º ramo pos- terior, tem seu trajeto superficial e termina se ramificando na região do Couro Cabeludo, onde faz suprimen- to arterial. A Artéria Auricular Posterior, 2º ramo posterior, ascende entre o Me- ato Acústico Externo e o Processo Mastoide, suprindo músculos adja- centes, Glândula Parótida, Orelha e Couro Cabeludo. A Artéria Temporal Superficial emi- te os ramos: Artéria Facial Trans- versa, que cruza superficialmente o Músculo Masseter para irrigar a Glândula Parótida, Ducto Parótico, Músculo Masseter e pele da Face; e Ramos Frontal e Parietal, respon- sáveis pelo suprimento do Couro Cabeludo. A Artéria Maxilar origina-se pos- teriormente ao Colo da Mandíbula, emitindo os vasos: Artéria Alveo- lar Inferior, que adentra no Forame Mandibular, irrigando Osso Mandí- bula, Dentes Mandibulares, Mento e Músculo Milo-hioideo; Artéria Me- níngea Média, que entra pelo Forame Espinhoso para suprir os envoltórios cefálicos; Artéria Bucal, que entra no Músculo Bucinador para irrigá-lo, juntamente com as estruturas do Mo- díolo da Boca; Artéria Infra-Orbital que, em sua parte pterigopalatina, entra na Fissura Orbital Inferior para suprir dentes maxilares, Seio Maxilar, região infratemporal da face e mús- culos extraoculares, como Oblíquo Inferior e Reto Inferior; Artéria Es- fenopalatina, que atravessa o Fora- me Esfenopalatino para irrigação da Cavidade Nasal por meio dos ramos: Artérias Nasais Posteriores Late- rais, Ramos Septais Posteriores e Artéria Nasopalatina. 11SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 9. Artéria Carótida Externa. Fonte: Retirada do Moore 7ª edição O Polígono de Willis é uma estru- tural arterial, de formato pentagonal, responsável pela irrigação dos com- ponentes intracranianos do Sistema Nervoso Central, localizado na base do Crânio. Tal estrutura é formada pela anastomose de diversos vasos: As Artérias Vertebrais direita e es- querda, originárias da 1ª parte da Artéria Subclávia, se unem forman- do a Artéria Basilar, que emite a Ar- téria Cerebral Posterior. Além dis- so, as Artérias Carótidas Internas, originárias das Artérias Carótidas Comuns, têm 4 ramos terminais: Ar- téria Cerebral Anterior e Artéria Cerebral Média, que se anastomo- sam no Polígono de Willis; Artéria Cerebral Anterior, que origina a Ar- téria Comunicante Anterior; e Ar- téria Comunicante Posterior, que conecta a Circulação Anterior (Caro- tídea) com a circulação posterior tam- bém no Polígono. 12SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 10. Polígono de Willis. Fonte: Retirada do Netter 6ª edição. A Artéria Subclávia, derivada do Arco da Aorta, supre estruturas situ- adas nas regiões de Cabeça, Pescoço e Membros Superiores. Seu trajeto ini- cial se dá posteriormente ao Músculo Escaleno Anterior, em direção supe- rior, até o nível da segunda costela, quando começa a sua descida em direção ao membro superior, poste- riormente à parte média do Osso Cla- vícula. O Músculo Escaleno Anterior apresenta grande importância para o entendimento da Artéria Subclávia, visto que a artéria é, didaticamente, dividida em 3 partes, medial, poste- rior e lateral, de acordo com seu posi- cionamento relativo ao músculo. A 1ª porção da Artéria Subclávia, situada medialmente ao Músculo Escaleno Anterior, emite os ramos: Artéria Vertebral, Artéria Torácica Interna e Tronco Tireocervical. A Artéria Vertebral pode ser dividida em 5 partes, de acordo com a região corpórea onde esteja localizada: Cer- vical; Pré-Vertebral; Transversária, ao atravessar os Forames Transver- sários das vértebras cervicais; Atlân- tica, durante sua passagem posterior pela vértebra cervical C1 (Atlas), em direção ao Forame Magno; e Intra- craniana, após atravessar o Forame Magno. Tal artéria emite ramos ape- nas em sua porção Intracraniana, emitindo ramos para Bulbo, Medula Espinal e Cerebelo. Após tal trajeto, se une a Artéria Vertebral contralateral, 13SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO formando o Círculo Arterial do Cére- bro (Polígono de Willis). A Artéria Torácica Interna tem tra- jeto descendente pela face interna da parede torácica, lateralmente ao Osso Esterno, posteriormente aos Múscu- los Intercostais Internos até a 6ª Car- tilagem Intercostal, quando a artéria sai da Cavidade Torácica, emitindo seus ramos terminais. Durante seu trajeto, emite as Artéria Intercostais Anteriores, que seguem em direção lateral do 1º até o 6º Espaço Intercos- tal Anterior, próximas a margem infe- rior das costelas, formando um feixe vasculonervoso. Tais artérias suprem os músculos intercostais, peitorais, mamas e pele da região. Ao sair da cavidade torácica a Artéria Torácica Interna lança seus ramos terminais: Artéria Epigástrica Superior e Ar- téria Musculofrênica. A Epigástrica Superior é a continuação direta da Torácica Interna e tem seu trajeto si- tuado internamente à bainha do Mús- culo Reto do Abdome, estabelecendo uma anastomose com a Artéria Epi- gástrica Inferior, derivada da Arté- ria Ilíaca Externa, na região umbilical. Supre a porção superior do Músculo Reto do Abdome. A Artéria Muscu- lofrênica, por sua vez, desce ao lon- go da cartilagem costal em direção ao Diafragma, terminando perto do último espaço intercostal, após lançar Artérias Intercostais Anteriores, responsáveis pela irrigação dos 7º ao 9º Espaços Intercostais Anteriores e músculos intercostais presentes nes- sas regiões. A Artéria Musculofrê- nica supre o Músculo Diafragma e músculos intercostais. O terceiro ramo da 1ª parte da Ar- téria Subclávia é o Tronco Tireo- cervical, que emite 3 ramos para a região cervical: Artéria Tireóidea In- ferior, Artéria Cervical Ascenden- te, Artéria Cervical Transversa; e 1 ramo para a região do dorso: Artéria Supraescapular. A Artéria Tireóidea Inferior ascen- de na região cervical em direção a Glândula Tireoide e supre a sua por- ção inferior, assim como as Glându- las Paratireoides, Traqueia, Esôfago e músculos adjacentes a essas estrutu- ras. Além disso, emite a Artéria La- ríngea Inferior, que contribui com a irrigação da Laringe. A Artéria Cervical Ascendente envia Ramos Musculares para os músculos laterais da parte superior do pescoço e Ramos Espinhais para os Forames Intervertebrais. A Artéria Cervical Transversa, em seu percurso, pas- sa acima do Músculo Omo-hioideo, se dividindo em ramos superficial e profundo abaixo do Músculo Tra- pézio; ocasionalmente, pode dar ori- gem a Artéria Dorsal da Escápula, que contribui com a irrigação da face posterior do Osso Escápula. A Arté- ria Supraescapular segue para face posterior para irrigação de músculos da face posterior do Osso Escápula. 14SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Na 2ª porção da Artéria Subclá- via, situada posteriormente ao Mús- culo Escaleno Anterior, há emissão do Tronco Costocervical, que emite dois ramos terminais: Artéria Cervi- cal Profunda e Artéria Intercostal Suprema. A Artéria Cervical Pro- funda vai para a região cervicalpos- terior para suprir os músculos cervi- cais profundos posteriores. A Artéria Intercostal Suprema dá origem as duas primeiras Artérias Intercos- tais Posteriores que irrigam os dois primeiros Espaços Intercostais em sua porção posterior. Na 3ª porção da Artéria Subclá- via, situada lateralmente ao Músculo Escaleno Anterior, pode-se originar, ocasionalmente, a Artéria Dorsal da Escápula. Tal artéria continua-se como Artéria Axilar ao passar pela Margem Exter- na da Primeira Costela, sendo dividi- da pelo Músculo Peitoral Menor em 3 partes, Medial, Posterior e Lateral, de acordo com seu posicionamento rela- tivo ao músculo. Figura 11. Artéria Subclávia Fonte: Retirada do site https://www.sanarflix.com.br A 1ª parte da Artéria Axilar está situada entre a Margem Externa da Primeira Costela e a Margem Medial do Músculo Peitoral Menor, sendo envolvida pela bainha axilar, emitin- do a Artéria Torácica Superior, res- ponsável pela irrigação dos músculos Subclávio, Serrátil Anterior e Peitorais Maior e Menor. Geralmente a Toráci- ca Superior se anastomosa com as Artérias Intercostais Anteriores ou Torácica Interna. A 2ª parte da Artéria Axilar está situada posteriormente ao Múscu- lo Peitoral Menor, emitindo dois ra- mos: Artéria Toracoacromial, que perfura a Fáscia Clavipeitoral; e Ar- téria Torácica Lateral, que segue o Músculo Peitoral Menor até a parede 15SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO torácica, onde irriga os Músculos Pei- torais Maior e Menor, Serrátil Anterior e Intercostais, além da face lateral da Mama. A 3ª parte da Artéria Axilar está situada entre a margem lateral do Músculo Peitoral Menor e a Margem Inferior do Músculo Redondo Maior, emitindo 3 ramos: Artéria Subes- capular e Artérias Circunflexas Umerais Anteriores e Posteriores. A Artéria Subescapular desce ao longo da margem lateral do Osso Escápula. A Artéria Circunflexa Umeral Ante- rior tem extensão menor, segue em sentido lateral, profundamente aos músculos Coracobraquial e Bíceps Braquial. Já a Artéria Circunflexa Umeral Posterior é maior e atraves- sa o Espaço Quadrangular juntamen- te com o Nervo Axilar para contribuir com a irrigação da Articulação do Om- bro e músculos da região, como Del- tóide, Redondos e parte do Músculo Tríceps. Ao final de seus percursos, as duas artérias se anastomosam. Figura 12. Artéria Subclávia. Fonte: Retirada do Netter 6ª edição 16SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO A Artéria Braquial, continuação da Artéria Axilar, começa na margem inferior do Músculo Redondo Maior, se estendendo até a Fossa Cubital, acompanhando o Nervo Mediano cursando com a emissão de Ramos Musculares responsáveis pela irriga- ção dos músculos presentes no bra- ço. Além disso, tal artéria é a origem de diversas outras artérias, como: Artéria Profunda do Braço (Bra- quial Profunda), Artérias Colate- rais Ulnares Superior e Inferior, e seus ramos terminais: Artéria Ra- dial e Ulnar. A Artéria Profunda do Braço acompanha o nervo radial em seu trajeto e se divide em ramos co- laterais médio e radial, que participam das anastomoses periarticulares do cotovelo. A Artéria Colateral Ulnar Superior acompanha o nervo ulnar posteriormente ao Epicôndilo Medial do Úmero; e a Artéria Colateral Ul- nar Inferior segue inferomedialmen- te anterior ao Epicôndilo Medial do Úmero. A Artéria Ulnar inicialmente acom- panha o Nervo Mediano e, a partir da metade distal do antebraço, passa a acompanhar o Nervo Ulnar, contri- buindo para anastomoses periarti- culares da articulação do cotovelo e irrigação dos músculos da região me- dial e central do antebraço. Além dis- so, tal artéria emite 3 ramos: Artéria Recorrente Ulnar Anterior que faz anastomose com a Artéria Colateral Inferior; Artéria Recorrente Ulnar Posterior que faz anastomose com a Artéria Colateral Superior; e Arté- ria Interóssea Comum, que se divide em Artérias Interósseas Anteriores e Posteriores, após surgir na Fossa Cubital. SE LIGA! Dica de memorização. A Ar- téria Colateral Inferior se anastomosa com a Artéria Recorrente Ulnar An- terior. Nesse caso, podemos observar que a letra inicial das especificações das artérias são vogais. Do mesmo modo, a Artéria Colateral Superior se anas- tomosa com a Artéria Recorrente Ul- nar Posterior, onde podemos observar, também, a mesma relação, visto que a letra inicial das especificações são consoantes. A Artéria Radial cruza o assoalho da região palmar chamada de Taba- queira Anatômica, emitindo a Artéria Recorrente Radial, que participa das anastomoses arteriais periarticulares no cotovelo por meio de anastomose com a Artéria Colateral Radial. A vascularização da mão é feita por meio de dois sistemas: Arcos Pal- mares Superficial e Profundo. O primeiro, formado pela anastomose da Artéria Ulnar com o Ramo Pal- mar Superficial da Artéria Radial, emite as Artérias Digitais Palmares Comuns, que formam um par de ar- térias digitais palmares próprias, que seguem ao longo dos 2º e 4º dedos. Já o Arco Palmar Profundo, formado pela anastomose da Artéria Radial 17SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO com o Ramo Palmar Profundo da Artéria Ulnar, emite as Artérias Me- tacarpais Palmares. SE LIGA! Dica de memorização- Para memorização da formação dos Arcos Palmares, é possível observar que a se- gunda letra da especificação do arco é a letra inicial da principal artéria formado- ra. Por exemplo, o arco Palmar SUperfi- cial é formado, principalmente, pela Ar- téria Ulnar. Assim como, o Arco Palmar PRofundo é formado, principalmente, pela Artéria Radial.] Além disso, a vascularização da mão conta com a contribuição da Artéria Principal do polegar, derivada da Artéria Radial, que se prolonga para o 5º quirodáctilo, como Artéria Digi- tal Própria do Polegar; Ramos Car- pais Dorsais, oriundos das Artérias Radial e Ulnar, que se anastomosam entre si, com contribuição de ramos da Artéria Interóssea Anterior, for- mando o Arco Carpal Dorsal; Ramos Carpais Palmares, oriundos das Ar- térias Radial e Ulnar, que se anasto- mosam entre si, com contribuição de ramos da Artéria Interóssea Poste- rior, formando Artérias Metacarpais Dorsais, que emitem Artérias Digi- tais Dorsais. Figura 13. Irrigação de Membro Superior. Fonte: Retirada do Moore 7ª edição. 18SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO 2. TÓRAX A parte Torácica da Aorta se situa no Mediastino Posterior e emite diversos ramos: Bronquiais, Esofágicos, Pe- ricárdicos, Mediastinais, Intercos- tais Posteriores, Frênica Superior e Subcostal. Se estende desde a Vér- tebra T4 até a Vértebra T12, quan- do, ao passar pelo Hiato Aórtico do Diafragma, passa a ser chamada de Aorta Descendente Abdominal. Os ramos Bronquiais seguem a Ár- vore Traqueobronquial, sendo res- ponsáveis pela irrigação da Pleura Visceral e da Árvore Brônquica até os Bronquíolos Terminais. Ramos Esofágicos seguem anterior- mente ao Esôfago irrigando o órgão por sua extensão torácica, com con- tribuição das artérias Tireóidea Infe- rior e Gástrica Esquerda, que irriga a parte distal do órgão. Ramos Pericárdicos se originam na porção anterior da Aorta Torácica e seguem em direção ao pericárdio para supri-lo. SAIBA MAIS! Teste de Allen O teste de Allen é um teste feito com o intuito de avaliar a capacidade de suprimento da Ar- téria Ulnar para irrigação da mão, sem que haja contribuição da Artéria Radial. Tal exame é realizado por meio da compressão inicial de ambas artérias até que a mão fique pálida, segui- da pela descompressão da Artéria Ulnar. Ao descomprimirmos a Artéria Ulnar, será possível observar o retorno da coloração normal da mão. Se este retorno da circulação ocorrer em tem- po satisfatório (menos que 7 segundos), significa que a circulação colateral está adequada e que a Artéria Ulnar é capaz de suprir a mão. O teste de Allen é indicado para pacientes com necessidade de punção da Artéria Radial para procedimentos. Ramos Mediastinais vão em dire- ção a estruturas subjacentes presen-tes no Mediastino Posterior, como lin- fonodos e estruturas nervosas. As Artérias Intercostais Posterio- res, de seu 3º ao 11º ramos, são de- rivadas da Aorta Torácica, sendo res- ponsáveis pela irrigação da porção posterior de tais Espaços Intercostais. A Artéria Subcostal tem seu trajeto ao longo da margem inferior da 12ª Costela, pelo espaço subcostal, em direção aos músculos da parede an- terolateral do abdome para irriga-los. A Artéria Frênica Superior origina- -se no Hiato Aórtico e segue em dire- ção a face superior do Músculo Dia- fragma, a quem supre. 19SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 14. Irrigação Torácica. Fonte: Retirada do Gray’s 40ª edição. 2. ABDOME A porção abdominal da Aorta Des- cendente se inicia no Hiato Aórtico, situado no Músculo Diafragma, ao ní- vel da vértebra T12, terminando ao nível da vértebra L4, onde se bifurca em Artérias Ilíacas Comuns Direita e Esquerda. Pode-se dividir seus ra- mos em 3 classes: Ramos Laterais, Anteriores e Posteriores. 20SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO MAPA MENTAL: AORTA ABDOMINAL ARTÉRIAS FRÊNICAS INFERIORES AORTA ABDOMINAL ARTÉRIAS LOMBARES ARTÉRIAS SUPRARRENAIS MÉDIAS ARTÉRIAS GONADAIS ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR ARTÉRIA SACRAL MEDIANA ARTÉRIAS RENAIS TRONCO CELÍACO ARTÉRIA MESENTÉRICA INFERIOR ARTÉRIAS SUPRARRENAIS SUPERIORES ARTÉRIAS SUPRARRENAIS INFERIORES RAMOS PARIETAIS RAMOS ANTERIORES RAMOS LATERAIS Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. 21SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO MAPA MENTAL: TRONCO CELÍACO Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. ARTÉRIAS GÁSTRICAS CURTAS TRONCO CELÍACO ARTÉRIA GASTROMENTAL ESQUERDA RAMOS ESPLÊNICOS RAMOS ESOFÁGICOS ARTÉRIA GÁSTRICA DIREITA ARTÉRIA GÁSTRICA POSTERIOR RAMOS PANCREÁTICOS ARTÉRIA HEPÁTICA PRÓPRIA ARTÉRIA GASTRODUODENAL ARTÉRIA HEPÁTICA DIREITA ARTÉRIA HEPÁTICA ESQUERDA ARTÉRIA ESPLÊNICA ARTÉRIA HEPÁTICA COMUM ARTÉRIA GÁSTRICA ESQUERDA ARTÉRIA PANCREATICODUODENAL SUPERIOR ARTÉRIA GASTROMENTAL DIREITA ARTÉRIA CÍSTICA 22SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO MAPA MENTAL: MESENTÉRICA SUPERIOR E INFERIOR Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR ALÇAS ANASTOMÓTICAS RAMO CÓLICO RAMO ILEAL ARTÉRIA CECAL POSTERIOR ARTÉRIA CECAL ANTERIOR ARTÉRIA PANCREATICODUODENAL INFERIOR ARTÉRIA CÓLICA MÉDIA ARTÉRIA CÓLICA DIREITA ARTÉRIA APENDICULAR ARTÉRIAS RETASARTÉRIAS JEJUNAIS E ILEAIS ARTÉRIA ILEOCÓLICA ARTÉRIA MESENTÉRICA INFERIOR ARTÉRIA CÓLICA ESQUERDA ARTÉRIAS SIGMÓIDEAS ARTÉRIA RETAL SUPERIOR 23SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 15. Aorta Torácica. Fonte: Retirada do Gray’s (40ª edição) • Ramos Laterais: Dentre os ramos laterais da Aorta Abdominal te- mos as Artérias Renais, Artérias Suprarrenais Médias e Artérias Gonadais. • Ramos Anteriores: Dentre os ra- mos anteriores da Aorta Abdo- minal temos o Tronco Celíaco, Artéria Mesentérica Superior e Artéria Mesentérica Inferior • Ramos Posteriores ou Parietais: Dentre os ramos posteriores da Aorta Abdominal estão a Artéria Frênica Inferior, Artérias Lomba- res e Artéria Sacral Mediana. As Artérias Suprarrenais Médias originam-se ao nível de L1 e L2, pró- ximo a origem do Tronco Celíaco, se- guindo em direção lateral até as Glân- dulas Suprarrenais, onde contribuem com a irrigação da porção média des- te órgão. As Artérias Renais se ori- ginam próximo ao local de saída da Artéria Mesentérica Superior ao ní- vel de L1-L2, indo em direção lateral para alcançarem os rins. Tais artérias emitem as Artérias Suprarrenais In- feriores, que irrigam a porção inferior das Glândulas Suprarrenais. As Ar- térias Gonadais (conhecidas como 24SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Artérias Testiculares, nos homens, e Artérias Ováricas, nas mulheres) cruzam anteriormente os ureteres. As Artérias Testiculares atravessam o Canal Inguinal para adentrar no Funí- culo Espermático e Saco Escrotal. Irrigam parte abdominal do Ureter, Testículo e Epidídimo. As Artérias Ováricas descem pelo Ligamento Suspensor do Ovário, contribuindo com a irrigação da parte abdominal e pélvica do Ureter e extremidade pro- ximal da Tuba Uterina. Termina seu trajeto com anastomoses com Artéria Uterina, por meio dos ramos Tubári- cos e Ováricos. As Artérias Frênicas Inferiores são os primeiros ramos da parte Abdo- minal da Aorta, originados a nível de T12, sendo responsáveis pela irriga- ção da face inferior do Músculo Dia- fragma. Além disso, tais artérias são responsáveis pela origem das Arté- rias Suprarrenais Superiores, res- ponsáveis pela irrigação da porção superior da Glândula Suprarrenal. As Artérias Lombares se originam pos- terolateralmente, em 4 ramos distri- buídos entre os níveis L1 a L4, sendo responsáveis pela irrigação dos mús- culos do dorso, vértebras lombares e discos intervertebrais. A Artéria Sacral Mediana se origina na face posterior da Aorta na altura de sua bifurcação, seguindo anteriormente aos corpos das vértebras lombares (L3-L4), sacrais e coccígeas, sendo responsáveis pelo suprimento san- guíneo de tais estruturas e músculos subjacentes. Se anastomosam com Artérias Sacrais Laterais e Retais Su- perior e Média. O Tronco Celíaco se origina a nível de T12. L1, emitindo 3 ramos principais: Artéria Hepática Comum, Artéria Gástrica Esquerda e Artéria Esplê- nica. A Artéria Hepática Comum tende ao lado direito, indo em direção ao Fígado, emitindo as artérias Gás- trica Direita e Gastroduodenal, se continuando como Artéria Hepática Própria. A Artéria Gastroduode- nal se divide em Artéria Gastro-o- mental e Artéria Pancreaticoduo- denal Superior. A Artéria Hepática Própria se ramifica, ao adentrar no Fígado, em Artérias Hepáticas Es- querda e Direita. A Artéria hepática Direita dá origem a Artéria Cística, responsável pela irrigação da Vesícu- la Biliar e Ducto Cístico. As Artérias Hepáticas Direita e Esquerda são responsáveis pela irrigação arterial do Fígado, responsável por apenas 25% do suprimento do órgão, devi- do as peculiaridades vasculares des- te órgão. 25SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 16. Tronco Celíaco. Fonte: Retirada do Moore (7ª edição). A Artéria Gástrica Direita contribui com a irrigação da curvatura menor do Estômago, fazendo anastomo- se com a Artéria Gástrica Esquerda, ramo direto do Tronco Celíaco. A Ar- téria Gastro-omental Direita con- tribui com a irrigação da curvatura maior do Estômago, fazendo anasto- mose com a Artéria Gastro-omental Esquerda, ramo da Artéria Esplênica. A Artéria Pancreaticoduodenal Su- perior irriga a parte proximal do Duo- deno e cabeça do Pâncreas, fazendo anastomose com a Artéria Pancreati- coduodenal Inferior, ramo da Artéria Mesentérica Superior. SAIBA MAIS! O Fígado é um órgão de circulação mista, composta por um componente arterial, feito pelas Artérias Hepáticas que suprem 25% da irrigação do órgão e um componente venoso, com- posto pela veia porta que supre 75% da irrigação do órgão. A Artéria Gástrica Esquerda contri- bui com a irrigação da porção abdomi- nal do Esôfago por meio da emissão de Ramos Esofágicos para região; contribui também com a irrigação da curvatura menor do Estômago, se anastomosando com a Artéria Gástri- ca Direita, ramo da Artéria Hepática Comum. A Artéria Esplênica tende ao lado esquerdo, em direção ao Baço, emi- tindo ramos para Estômago como a Artéria Gastro-omental Esquerda, que contribui com a irrigação da cur- vatura maior do órgão; Gástrica Pos- terior que contribui com a irrigação do fundo gástrico e parede posterior do 26SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO órgão; e Gástricas Curtas, que con- tribuem para irrigação do fundo gás- trico. Além disso, a Artéria Esplênica, em sua trajetória até o Baço, emite Ramos Pancreáticos para o Pâncre- as. Ao chegar ao sítio esplênio, a Ar- téria Esplênicaemite os Ramos Es- plênicos, que são responsáveis pela irrigação do órgão. A Artéria Mesentérica Superior sur- ge ao nível de L1-L2 e, em seu trajeto, emite a Artéria Pancreaticoduode- nal Inferior; Artérias Jejunais e Ileais; Artéria Ileocólica; Artérias Cólica Direita e Média. A Artéria Pancrea- ticoduodenal Inferior é responsável pela irrigação da porção proximal do Duodeno e cabeça do Pâncreas, re- alizando anastomose com a Artéria Pancreaticoduodenal Superior, ramo da Artéria Gastroduodenal. As Artérias Ileais e Jejunais, tam- bém conhecidas como Artérias In- testinais, se combinam e se unem originando as Alças Anastomóticas, que emitem as Artérias Retas, res- ponsáveis pela irrigação das Alças In- testinais do Jejuno e Íleo. A Artéria Ileocólica, o ramo terminal da Artéria Mesentérica Superior, se divide em um Ramo Ileal e um Ramo Cólico, que se anastomosam forman- do 3 artérias: Artéria Cecal Anterior e Artéria Cecal Posterior, responsá- veis pela irrigação do Ceco; e Artéria Apendicular, responsável pela irriga- ção do Apêndice Vermiforme. As Artérias Cólica Direita e Média são responsáveis pela irrigação do Colo Ascendente e Colo Transverso. SAIBA MAIS! As Artérias Cólicas Direita, Média, Esquerda e Sigmóideas formam arcos anastomóticos, se- melhante ao que ocorre com as Artérias Intestinais. Este arco, que participa da irrigação do Intestino Grosso, é chamado de Arco Justacólico. Dessa forma, a irrigação do Cólon é mista, sendo composta por diversas artérias se anastomosando. Tais sistemas de anastomoses ga- rantem que estes órgãos tenham garantia de vascularização, mesmo que haja obstrução de alguma das artérias constituintes. A Artéria Mesentérica Inferior surge a nível de L3, emitindo a Artéria Cólica Esquerda, Artérias Sigmóideas e Ar- téria Retal Superior. A Artéria Cólica Esquerda é responsável pela irriga- ção do Colo Descendente; as Artérias Sigmóideas são responsáveis pela irrigação da porção distal do Colo Descendente e do Colo Sigmoide; e a Artéria Retal Superior, ramo terminal da Artéria Mesentérica Inferior, segue em direção a Pelve Menor, atraves- sando superiormente os Vasos Ilíacos Comuns Esquerdos, sendo responsá- vel pela irrigação da porção superior do Reto até esfíncter interno do Ânus. 27SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 17. Artérias Mesentéricas Superiores e Inferiores. Fonte: Retirada do Moore 7ª edição. 3. PELVE E MEMBROS INFERIORES Ao alcançar o nível de L4, a Aorta Abdominal se divide em seus ramos terminais: Artérias Ilíacas Comuns Direita e Esquerda. Em seguida, tais vasos se subdividem em Artérias Ilí- acas Interna e Externa. A Artéria Ilíaca Interna entra na cavi- dade pélvica e emite, ao longo de sua extensão, seus ramos, que podem ser divididos em Tronco Anterior e Pos- terior, sendo o tronco anterior com- posto pela Artéria Umbilical, Artéria Obturatória, Artéria Vesical Inferior ou Artéria Vaginal, Artéria Uterina ou Artéria do Ducto Deferente, Ar- téria Retal Média, Artéria Pudenda Interna e Artéria Glútea Inferior. O Tronco Posterior, por sua vez, é for- mado pela Artéria Iliolombar, Arté- rias Sacrais Laterais e Artéria Glú- tea Superior. 28SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 18. Irrigação Pélvica. Fonte: Retirada do Gray’s 40ª edição. A Artéria Umbilical é um resquício da circulação embriológica, na qual era responsável pela condução de sangue pobre em nutrientes e oxigê- nio até a Placenta, para que pudesse haver reposição dos componentes. Na vida pós-natal, tal artéria se torna um resquício embriológico com uma porção distal oclusa, formando os Li- gamentos Umbilicais Medianos. Na porção não oclusa, há continuidade do fluxo sanguíneo, sendo comumen- te o local de saída da Artéria Vesical Superior e da Artéria do Ducto De- ferente, nos homens. A Artéria Obturatória segue su- periormente à Fáscia Obturatória, passando pelo Forame Obturado e pelo Músculo Obturatório, compondo o feixe vasculonervoso entre nervo e a veia Obturatórios, até sua chegada no Compartimento Medial da Coxa. Tal artéria emite diversos ramos mus- culares na Pelve e contribui com a irrigação dos Músculos Adutores da Coxa. A Artéria Vesical Inferior, presente apenas no sexo masculino, é o local de saída da Artéria Prostática, que irriga Próstata e parte prostática da Uretra. A Artéria Vaginal, presente apenas no sexo feminino, é a artéria homóloga 29SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO da Artéria Vesical Inferior. Tal artéria é responsável, por meio de diversos ra- mos, pela irrigação das faces anterior e posterior da Vagina. A Artéria Uterina, presente apenas no sexo feminino, é a artéria homó- loga da Artéria do Ducto Deferente. Tal artéria passa superiormente ao ureter em direção a Pelve, se dividin- do em dois ramos: Ramo Vaginal e Ramo Ascendente. O Ramo Vaginal segue ao longo da margem lateral do Útero, enquanto o Ramo Ascenden- te bifurca-se em Ramos Ovárico e Tubárico, fazendo anastomoses com Ramos homônimos, oriundos das Ar- térias Ováricas. A Artéria do Ducto Deferente, pre- sente apenas no sexo masculino, ge- ralmente deriva da Artéria Umbilical e desce em direção ao Funículo Es- permático para o Ducto Deferente. A Artéria Retal Média, pode ter sua origem isolada na Artéria Ilíaca Inter- na ou conjunta com a Artéria Puden- da Interna, sendo responsável pelo suprimento arterial da porção média do Reto. A Artéria Pudenda Interna, artéria mais importante da Região Perineal, segue inferolateralmente ao Múscu- lo Piriforme e Plexo Sacral, deixando a Pelve por meio da parte inferior do Forame Isquiático Maior e entrando no Períneo por meio do Forame Isqui- ático Menor, onde lança seus ramos: Artéria Retal Inferior, responsável pela porção distal do Reto; Artérias Dorsais do Pênis ou Clitóris, res- ponsáveis pela irrigação da porção dorsal de tais estruturas; Artéria Es- crotal, nos homens, ou Artéria La- bial Posterior, nas mulheres, respon- sáveis pela irrigação da pele de tais regiões; Artéria Perineal, respon- sável pelo suprimento dos músculos superficiais do Períneo; Artéria Pro- funda do Pênis ou Clitóris, que, por meio de Artérias Helicinas, irriga o tecido erétil dos corpos cavernosos do Pênis ou Clitóris; e Artérias do Bulbo do Pênis, no sexo masculino, ou Artérias do Bulbo do Vestíbulo, responsáveis pela irrigação da Glân- dula Bulbouretral, nos homens, e Bul- bo do Vestíbulo e Glândula Vestibular Maior, nas mulheres. Além disso, a Artéria Pudenda In- terna tem contribuição da Artéria Pudenda Externa, derivada da Arté- ria Femoral, que irriga a Face Anterior do Escroto e Pele da Raiz do Pênis, nos homens; e Monte Púbico e Face Anterior dos Lábios do Pudendo, nas mulheres. A Artéria Glútea Inferior é o ramo terminal do Tronco Anterior da Artéria Ilíaca Interna, sendo responsável pelo suprimento dos músculos e pele das Nádegas e face posterior da Coxa. Quanto ao Tronco Posterior, a Ar- téria Iliolombar irriga os músculos Ilíaco, Psoas Maior e Quadrado Lom- bar. Enquanto isso, a Artéria Sacral 30SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Lateral irriga principalmente estrutu- ras do Canal Sacral. Por último, a Ar- téria Glútea Superior irriga os Mús- culos Glúteos nas nádegas. A Artéria Ilíaca Externa, antes de seguir em direção ao Membro Inferior, emite dois ramos: Artéria Epigás- trica Inferior e Artéria Circunflexa Ilíaca Profunda. A Epigástrica Infe- rior origina-se acima do Ligamento Inguinal, seguindo superiormente na Fáscia Transversal até adentrar na parte inferior da Bainha do Músculo Reto do Abdome, onde se anastomo- sa com a Artéria Epigástrica Superior, ramo da Artéria Torácica Interna. Já a Artéria Circunflexa Ilíaca Profunda segue na face profunda do Abdome, paralela ao Ligamento Inguinal, para irrigar as estruturas: Músculo Ilíaco e Fossa Ilíaca. Figura 19. Irrigação MMII. Fonte: Retirada do Gray’s (40ª edição) 31SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO A Artéria Ilíaca Externa, após emis-são de tais ramos, segue em dire- ção ao Membro Inferior por meio da passagem pelo Hiato Femoral, dan- do origem a Artéria Femoral, após passagem pelo Ligamento Inguinal. A Artéria Femoral, encontrada no Compartimento Lateral da Bainha Femoral, é responsável pela irriga- ção das faces anterior e anterome- dial da Coxa e emite ramos em sua extensão, que podem ser divididos em Ramos Superiores e Ramos na Coxa. Os Ramos Superiores são: Ar- téria Epigástrica Superficial, Arté- ria Circunflexa Ilíaca Superficial e Artéria Pudenda Externa. Enquanto os Ramos na Coxa são: Artéria Fe- moral Profunda e a continuação da Artéria Femoral, chamada de Artéria Poplítea. SAIBA MAIS! O Hiato Femoral é um tubo fascial afunilado, localizado dentro da área do Trígono Femoral, dividido em 3 compartimentos: Compartimento Lateral, para Artéria Femoral; Compartimento Intermédio para Veia Femoral; e Compartimento Medial, onde se localiza a estrutura chama- da de Canal Femoral, que abriga tecido conjuntivo frouxo, gordura, alguns Vasos Linfáticos e Linfonodos Inguinais Profundos. A Artéria Epigástrica Superficial ascende anteriormente ao ligamento inguinal em direção a região umbili- cal, sendo responsável pela irrigação da parede superficial do Abdome nas regiões púbica e umbilical inferior. A Artéria Circunflexa Ilíaca Superfi- cial, por sua vez, segue ao longo do Ligamento Inguinal, sendo respon- sável pela irrigação da parede super- ficial do Abdome na região inguinal. Por fim, a Artéria Pudenda Externa sobe medialmente até a face ante- rior do Trígono Urogenital do Períneo, sendo responsável, nos homens, pela irrigação da face anterior do Escroto e pele da raiz do Pênis; enquanto, nas mulheres, irriga a região do monte púbico e face anterior do Lábios do Pudendo. A Artéria Femoral Profunda, o maior ramo da Artéria Femoral, é a princi- pal artéria da Coxa, dando origem as Artérias Circunflexas Femorais Me- dial e Lateral, que se anastomosam na porção superior do Osso Fêmur. A Artéria Circunflexa Femoral Medial é a artéria responsável pela irrigação da Cabeça e Colo do Fêmur. A Ar- téria Circunflexa Femoral Lateral é responsável pela irrigação dos mús- culos da face lateral da Coxa por meio de 3 ramos principais: Ascendente, Transverso e Descendente. Após a passagem pelo Canal Adutor, formado pelo Músculo Adutor Mag- no, juntamente com o Nervo Safeno e 32SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Veia Femoral, a Artéria Femoral pas- sa a ser nomeada Artéria Poplítea. Tal artéria emite as Artéria Genicula- res antes de emitir, na margem infe- rior do Músculo Poplíteo, seus ramos terminais: Artéria Tibial Anterior e Artéria Tibial Posterior. As Artérias Geniculares são responsáveis pela irrigação da Articulação do Joelho. A Artéria Tibial Anterior, responsá- vel pela irrigação do Compartimento Anterior da Perna, segue em dire- ção anterior acima da Tíbia, entre os Músculos Extensor Longo dos dedos e Tibial Anterior, até passar pelo Re- tináculo dos Músculos Extensores, onde passa a ser chamada de Arté- ria Dorsal do Pé. A Artéria Tibial Posterior, logo no início de seu trajeto, dá origem a Ar- téria Fibular, descendo, em seguida, posteriormente ao maléolo medial, terminando no Retináculo dos Mús- culos Flexores, dividindo-se em Ar- térias Plantares Medial e Lateral. A Artéria Fibular é responsável pela irrigação do Compartimento Posterior da Perna. A irrigação dos pés é feita por 2 estru- turas principais: Artéria Dorsal do Pé e Arco Plantar Profundo. A Artéria Dorsal do Pé, ramo da Artéria Tibial Anterior, localizada entre tendões dos Músculo Extensor Longo do Hálux e Músculo Extensor Longo dos de- dos, é responsável pela irrigação dos músculos do dorso do Pé. Ao chegar no primeiro espaço interósseo, emi- te dois ramos: 1ª Artéria Metatarsal Dorsal e Artéria Arqueada. Esta úl- tima origina as Artérias Metatarsais Dorsais, responsáveis pela formação das Artérias Digitais Dorsais, além de contribuir com a formação do Arco Plantar Profundo, por meio da Arté- ria Plantar Profunda. O Arco Plantar Profundo é composto pela Artéria Plantar Lateral (maior contribuição) e Artéria Plantar Pro- funda (menor contribuição), oriunda da Artéria Arqueada. 33SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO MAPA MENTAL: SISTEMA ARTERIAL ARTÉRIAS: PAREDE MAIS ESPESSA, DEVIDO A TÚNICA MÉDIA SISTEMA ARTERIAL AUSÊNCIA DE VÁLVULAS ARTÉRIA → ARTERÍOLA → CAPILAR TÚNICA MÉDIA: ESPESSA, COM GRANDE QUANTIDADE DE FIBRAS ELÁSTICAS LÚMEN ESTREITO CABEÇA E PESCOÇO MEMBROS SUPERIORES TÓRAX ABDOME PELVE PERÍNEO MEMBROS INFERIORES ART. CARÓTIDA COMUM ART. SUBCLÁVIA RAMOS TORÁCICOS DA AORTA TRONCO CELÍACO TRONCO ANTERIOR DA ART. ILÍACA INTERNA ART. PUDENDA INTERNA ART. FEMORAL ART. MESENTÉRICA SUPERIOR TRONCO POSTERIOR DA ART. ILÍACA INTERNA ART. MESENTÉRICA INFERIOR RAMOS LATE- RAIS E PARIETAIS DA AORTA ABDOMINAL FONTE: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. 34SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO SISTEMA VENOSO O Sistema Venoso é o sistema de re- captação do sangue arterial. O san- gue venoso deve seguir dos tecidos até chegar ao Átrio Direito Cardíaco, onde será conduzido para a circula- ção pulmonar. As Veias Cavas Su- periores e Inferiores são as vias de chegada até o Átrio Direito. A dre- nagem venosa da região da Cabeça, Pescoço, Membros Superiores e Tó- rax conflui para a Veia Cava Supe- rior, formada pela junção das Veias Braquiocefálicas Direita e Esquer- da, com contribuição do Sistema Ázigo. As Veias Braquiocefálicas, por sua vez, são compostas pela união da Veia Jugular Interna com a Veia Subclávia. 1. CABEÇA, PESCOÇO E MEMBROS SUPERIORES: A Veia Jugular Interna, responsável pela drenagem das estruturas pre- sentes na região da Cabeça e Pesco- ço, é originada após a passagem do Seio Sigmóideo pelo Forame Jugu- lar, e recebe como tributárias as veias Facial, Lingual, Tireóidea Superior, Tireóidea Média e Faríngeas, além do Seio Petroso Inferior. Figura 20. Drenagem venosa de face. Fonte: Retirada do Moore 7ª edição 35SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO A Veia Facial segue a Artéria Facial em seu trajeto, realizando a drena- gem primária da Face. Recebe como tributárias a Veia Facial Profunda e o Ramo Anterior da Veia Retro- mandibular. A Veia Lingual, por sua vez, é formada pela união das Veias Sublinguais e Veias Dorsais da Lín- gua. As Veias Tireóideas Superior e Média drenam as porções média e superior da Glândula Tireoide. As Veias Faríngeas se originam do Ple- xo Venoso da parede da Faringe. O Seio Petroso Inferior deixa o crâ- nio por meio do Forame Jugular, após receber sangue do Seio Cavernoso, para onde drena a Veia Oftálmica Superior. A Veia Retromandibular, composta pela junção da Veia Temporal Su- perficial com a Veia Maxilar, segue posterior e profundamente ao Ramo da Mandíbula. A Veia Temporal Su- perficial recebe sangue da região temporal da face; enquanto as Veias Maxilares recebem o sangue do Ple- xo Pterigóideo, para onde drenam a Veia Facial Profunda e Veia Oftál- mica Inferior. A Veia Retromandi- bular divide-se em Ramo Anterior, que se une a Veia Facial; e Ramo Posterior, que se une a Veia Auricu- lar Posterior, formando a Veia Jugu- lar Externa. A Veia Jugular Externa, formada pela união do Ramo Posterior da Veia Retromandibular com a Veia Auricu- lar Posterior, começa perto do ângulo da Mandíbula, passando em direção oblíqua sobre o Músculo Esternoclei- domastóideo para desaguar na Veia Subclávia. É a veia responsável pela drenagem da maior parte do Cou- ro Cabeludo e região lateral da face. Recebe também como tributárias as Veias Cervicodorsais, Veia Supra- escapular e Veia Jugular Anterior. Esta última é formada pela confluên- cia de várias Veias Submandibulares Superficiais e, em seu trajeto, desce profundamente à Lâmina Superficial da Fáscia Cervical. As Veias Subclávias são o destino das drenagensdo Membro Supe- rior, terminando seu trajeto ao unir-se com a Veia Jugular Interna para for- mação da Veia Braquiocefálica, na região posterior à extremidade medial do Osso Clavícula, sendo tal união conhecida como Ângulo Venoso. A Veia Subclávia é a continuação da Veia Axilar, após sua passagem pela margem externa da primeira coste- la. Recebe também como tributária a Veia Jugular Externa. 36SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 21. Drenagem Venosa MMSS. Fonte: Retiradas do Moore (7ª edição) A Veia Axilar, por sua vez, é formada pela união das Veias Braquiais e Ba- sílica na margem inferior do Músculo Redondo Maior. Recebe como tribu- tária, antes de sua passagem pela primeira costela, a Veia Cefálica. As Veias Braquiais são ramos pro- fundos do sistema de drenagem venosa dos membros superiores, sendo consideradas do tipo satélite, geralmente pares e acompanhando as principais artérias do membro, re- cebendo a mesma denominação des- tas. Localizam-se profundamente à Fáscia Muscular da região. 37SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 22. Drenagem Venosa Profunda MMSS. Fonte: Retirada do Moore (7ª edição) As Veias Basílica e Cefálica fazem parte da drenagem venosa superfi- cial do membro superior, podendo ser utilizadas para inserção de cateteres e acessos venosos. A Veia Basílica ascende a partir da extremidade me- dial da Rede Venosa Dorsal da Mão, ao longo da face medial do antebraço e parte inferior do braço, perfurando a fáscia braquial na região conhecida como Hiato Basílico. Em sequência, segue superiormente paralela à Arté- ria Braquial para contribuir com a for- mação da Veia Axilar. A Veia Cefálica ascende a partir da extremidade lateral da Rede Veno- sa Dorsal da Mão, prosseguindo ao longo da margem lateral do punho e face anterolateral do braço e antebra- ço até os músculos Deltóide e Peitoral Maior, no sulco deltopeitoral, drenan- do para parte final da Veia Axilar. Em seu percurso recebe como tributárias as veias: Veia Mediana do Cotovelo (ou Cubital Intermédia), na região da Fossa Cubital; e Veia Cefálica Aces- sória, que se localiza lateralmente no antebraço. A Veia Mediana do Coto- velo estabelece uma anastomose en- tre as Veias Cefálica e Basílica. 38SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 23. Drenagem venosa da mão. Fonte: Retirada do Moore (7ª edição). 2. TÓRAX A drenagem venosa do Tórax é re- alizada pelo Sistema Ázigos, Veias Intercostais Posteriores e Torácicas Internas, que confluem na Veia Cava Superior. As Veias Intercostais Posteriores, responsáveis pela drenagem dos Es- paços Intercostais Posteriores, acom- panham Artérias e Nervos Intercos- tais e têm seus locais de drenagem de acordo com o Espaço Intercostal onde se originam. A 1ª Veia Inter- costal Posterior desemboca dire- tamente na Veia Braquiocefálica do lado correspondente. As 2ª e 3ª Veias Intercostais Posteriores se unem para formar a Veia Intercostal Supe- rior que drena, na direita, para Veia Ázigo, enquanto, na esquerda, drena para Veia Braquiocefálica Esquerda. As Veias Intercostais Posteriores do 4º ao 11º Espaços Intercostais desaguam no Sistema Ázigos. Já as Veias Intercostais Anteriores desa- guam nas Veias Torácicas Internas, que drenam para a Veia Cava Supe- rior, após trajeto conjunto com a Arté- ria Torácica Interna. 39SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 24. Drenagem Venosa Tórax. Fonte: Retirada do Gray’s (40ª edição). O Sistema Ázigo é um sistema de drenagem existente no Tórax, res- ponsável pela drenagem das pare- des posteriores do Tórax e Abdome, formando uma via colateral das Veias Cavas Superior e Inferior. Tal siste- ma é composto pela Veia Ázigo, Veia Hemiázigo e Veia Hemiázigo Acessória. A Veia Ázigo se forma ao nível de L1. L2, a partir da união da Veia Subcos- tal Direita com a Veia Ascendente Direita, recebendo sangue da 4ª a 11ª Veias Intercostais Posteriores, Veias Mediastinais, Veias Esofági- cas, Veias Bronquiais, Plexo Veno- so Vertebral, Veia Hemiázigo e Veia Hemiázigo Acessória. Em seu traje- to, ascende no Mediastino Posterior e curva sobre a face superior da Raiz do Pulmão para unir-se a Veia Cava Superior. A Veia Hemiázigo é a principal con- tribuinte da Veia Ázigo, sendo com- posta pela união da Veia Subcos- tal Esquerda com a Veia Lombar 40SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Ascendente Esquerda. Recebe como tributárias as Veias Esofágicas Inferiores, Veias Mediastinais e Veias Intercostais Posteriores, cruzando o Tórax ao nível de T8, posteriormente à Aorta e Esôfago, para desembocar na Veia Ázigo. A Veia Hemiázigo Acessória, ori- ginada no 4º ou 5º Espaço Intercos- tal, cruza o Tórax ao nível de T7 ou T8 para se unir com a Veia Ázigo ou Veia Hemiázigo. Recebe como tribu- tárias as Veias Bronquiais Esquerdas e Veias Intercostais Posteriores do 4º ao 8º Espaços Intercostais. Figura 25. Sistema Ázigo. Fonte: Retirada do Gray’s (40ª edição) 41SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO 3. ABDOME A drenagem venosa da região do Abdome, Pelve e Membros Inferio- res conflui para a Veia Cava Inferior, com contribuição do Sistema Porta do Fígado. A Veia Cava Inferior começa ante- riormente a vértebra L5 pela junção das Veias Ilíacas Comuns levemen- te a direita da linha mediana, e segue superiormente até o Forame da Veia Cava no Músculo Diafragma ao nível de T7, onde adentra ao Tórax. Suas tributárias podem ser divididas em grupo de Veias Parietais: Veias Frê- nicas Inferiores e as 3ª e 4ª Veias Lombares; e Veias Viscerais: Veia Suprarrenal Direita, Veia Gonadal Direita e Veias Renais. Além des- tas, também recebe as Veias Hepá- ticas, derivadas do Sistema Porta do Fígado. As Veias Suprarrenal Esquerda e Gonadal Esquerda dre- nam para Veia Renal Esquerda. As duas primeiras Veias Lombares se unem, formando a Veia Lombar As- cendente, responsável pela forma- ção das Veias Ázigo e Hemiázigo. A Veia Sacral Mediana drena para Veia Ilíaca Comum Esquerda. O Sistema Porta do Fígado é com- posto pela Veia Porta, formada pela união da Veia Esplênica com a Veia Mesentérica Superior, ao nível da vértebra L2. A Veia Mesentérica Su- perior recebe sangue da Veia Gas- tro-omental Direita, que drena a curvatura maior do Estômago. A Veia Esplênica recebe sangue da Veia Mesentérica Inferior e Veia Gas- tro-omental Esquerda. A Veia Porta recebe também como tributárias as Veias Gástricas Direita e Esquer- da, Veia Cística e Ramo Posterior da Veia Pancreaticoduodenal Su- perior. Ao adentrar o Fígado, a Veia Porta se divide em Veias Hepáticas Direita e Esquerda, que drenam para Veia Cava Inferior. Figura 26. Drenagem abdome, Fonte: Retiradas do site https://www.sanarflix.com.br 42SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO 4. PELVE E MEMBROS INFERIORES A drenagem venosa das estruturas pélvicas é feita por meio de Plexos Ve- nosos Pélvicos, formados por veias que se anastomosam circundando vísceras pélvicas. Os Plexos locali- zados na Pelve Menor são os Plexos Venosos Retal, Vesical e Prostáti- co, no sexo masculino; ou Plexos Ve- nosos Retal, Uterino e Vaginal, no sexo feminino. Tais plexos se unem para drenar para as Veias ilíacas In- ternas, que recebem também veias homônimas às artérias pélvicas que as acompanham no trajeto. SE LIGA! As Veias Pélvicas Sacrais La- terais estabelecem anastomoses com o Plexo Venoso Vertebral Interno, estabe- lecendo uma via colateral para as Veias Cavas Inferior e Superior. Tal ligação é a explicação para as comuns metástases prostáticas e ováricas para áreas verte- brais ou cerebrais. A drenagem das estruturas do Perí- neo é feita por meio das Veias Pu- dendas Internas, que acompanham o trajeto das Artérias Pudendas Inter- nas, e desaguam como um vaso úni- co na Veia Ilíaca Interna, recebendo como tributárias as Veias do Bulbo do Pênis e da Bolsa Escrotal, nos homens; e Veias do Clitóris e dos Grandes Lábios, nas mulheres. SAIBA MAIS! Existem ligações entre a Veia Cava Inferior e o SistemaPortal do Fígado, chamadas de Anas- tomoses Portossistêmicas, que servem como uma via alternativa de circulação em casos de Hipertensão Portal, onde há estase sanguínea na Veia Porta. Dentre tais anastomoses, ou shunts, estão: Shunt Esofágico, feito entre os Ramos Esofágicos da Veia Gástrica Esquerda e Ramos Esofágicos do Sistema Ázigo; Shunts Paraumbilicais, entre a Veia Epigástrica Su- perior e Veia Toracoepigástrica, que drena para Veia Axilar; e Shunts Retais, entre as Veias Retais Inferiores e Médias, que drenam para a Veia Cava Inferior; e Veia Retal Superior, que drena para Veia Porta por meio da Veia Mesentérica Inferior. Na Hipertensão Portal, há um aumento da pressão sanguínea na Veia Porta, secundário a fibrose do Parênquima Hepático, ocasionando aumento do fluxo dentro das Anastomoses Portossistêmicas, levando a dilatação destas veias, formando varizes. Tais varizes, quando localizadas nos Shunts Esofágicos, são denominadas varizes esofágicas, que são muito pro- pensas a sangrar quando não tratadas, ocasionando um quadro de hemorragia digestiva alta. Quando se localizam nos Shunts Paraumbilicais, formam varizes na parede anterior do Abdome, conhecidas pelo nome de “Cabeça de Medusa”. 43SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 27. Drenagem Venosa Pelve. Fonte: Retirada do Gray’s (40ª edição) A drenagem dos membros inferiores é feita por Veias Profundas e Veias Superficiais. Dentre as Veias Super- ficiais estão a Veia Safena Magna e a Veia Safena Parva, que fazem anas- tomoses entre si, confluindo para a Veia Ilíaca Externa. As veias profun- das são homônimas às artérias. SAIBA MAIS! O sistema venoso é constituído por dois componentes paralelos: Sistema de Drenagem Su- perficial, acima da fáscia; e Sistema de Drenagem Profunda, que caminha ao longo da mus- culatura, acompanhando a Artéria correspondente, em pares, sendo chamadas de Veias Satélites. Tais sistemas se comunicam por meio de Veias Perfurantes, que estabelecem a drenagem do Sistema Superficial para o Sistema Profundo. Quando existe alguma deficiência valvular nas Veias Perfurantes, há um refluxo do sangue, que leva a formação de varizes no Sistema Superficial. 44SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 28. Sistemas Venosos. Fonte: Retirado do site https://www.sanarflix.com.br A Veia Safena Magna, composta pela Veia Dorsal do Hálux e Arco Dor- sal do Pé, ascende anteriormente ao maléolo medial, depois se anastomo- sa com a Veia Safena Parva e passa posteriormente ao Côndilo Medial do Fêmur até o Hiato Safeno, localizado na Fáscia Lata, para desembocar na Veia Femoral. Recebe como tributá- rias as Veias Cutâneas Lateral e An- terior, que se originam das redes ve- nosas da parte inferior da Coxa; Veia Safena Acessória, que se origina nas faces medial e posterior da Coxa, ser- vindo como comunicação entre a Veia Safena Magna e Veia Safena Parva; Veia Circunflexa Ilíaca Superficial; Veia Epigástrica Superficial e Veia Pudenda Externa. A Veia Safena Parva, composta pela união da Veia Dorsal do 5º dedo com o Arco Venoso Dorsal, ascende pos- teriormente ao maléolo lateral, depois segue ao longo da margem lateral do Osso Calcâneo até a Veia Poplítea na Fossa Poplítea, entre as cabeças do Músculo Gastrocnêmio. As Veias profundas se localizam in- ternamente à Fáscia Muscular, acom- panham artérias homônimas e pos- suem um número maior de válvulas do que as veias superficiais. As 3 veias profundas da perna confluem para a Veia Poplítea, que, por sua vez, drena para a Veia Femoral. Den- tre elas estão a Veia Tibial Anterior, localizada no Compartimento Ante- rior da Perna; Veia Tibial Posterior, formada pela Veia Plantar Medial; e Veia Fibular, formada pela Veia Plantar Lateral. 45SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 29. Drenagem MMII. Fonte: Retirada do Gray’s (40ª edição). 46SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO MAPA MENTAL: SISTEMA VENOSO VEIAS: PAREDE MAIS DELGADA, DEVIDO A TÚNICA MÉDIA SISTEMA VENOSO PRESENÇA DE VÁLVULAS CAPILAR → VÊNULA → VEIA TÚNICA MÉDIA: DELGADA, PELA AUSÊNCIA DE FIBRAS ELÁSTICAS LÚMEN DILATADO CABEÇA E PESCOÇO MEMBROS SUPERIORES TÓRAX ABDOME PELVE PERÍNEO MEMBROS INFERIORES VEIA JUGULAR INTERNA VEIAS BRAQUIAIS, RADIAIS, ULNARES SISTEMA ÁZIGOS VEIA CAVA INFERIOR PLEXOS VENOSOS PÉLVICOS VEIAS PUDENDAS INTERNAS VEIAS FEMORAIS VEIA PORTA VEIA ILÍACA INTERNA SHUNTS PORTOSSIS- TÊMICOS VEIA JUGULAR EXTERNA VEIA CEFÁLICA VEIA BASÍLICA VEIA CAVA SUPERIOR VEIA SAFENA MAGNA VEIA SAFENA PARVA FONTE: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. 47SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO DRENAGEM LINFÁTICA O Sistema Linfático é parte do sis- tema de defesa, sendo responsável pela drenagem do líquido intersticial e de possíveis invasores encontra- dos na linfa e por sua consequente “filtragem” por meio da apresentação destes antígenos a Linfócitos presen- tes nos Linfonodos. A estrutura do linfonodo é formada por um Ducto Linfático Aferente, que traz a linfa até o Linfonodo, um Ducto Linfático Eferente, que leva a linfa até a pró- xima estrutura; e por uma Cápsula que reveste e estrutura o órgão, com a emissão de Trabéculas, responsá- veis pela divisão dos Folículos, re- giões onde as células de defesa se encontram. Quanto aos Ductos Lin- fáticos, pode-se observar a presença de válvulas, assim como nas veias, para evitar refluxo de linfa. Além dis- so, há presença de poros na parede dos vasos para entrada de líquido intersticial. Figura 30. Estrutura Linfonodal. Fonte: Retirada do site https://www.sanarflix.com.br. Figura 31. Estrutura do Vaso Linfático. Fonte: Retirada do site https://www.sanarflix.com.br. 48SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Os Linfonodos e Ductos Linfonodais se direcionam, ao final de seu per- curso, para duas estruturas linfáti- cas: Ducto Linfático Direito e Ducto Torácico. O Ducto Linfático Direito é responsável pela drenagem do lado direito da Cabeça, Pescoço, Tórax e Membro Superior direito, sendo com- posto pelos Troncos Jugular, Sub- clávio e Broncomediastinal Direi- tos. Tal ducto drena para o Ângulo Venoso Direito, formado pela junção das Veias Jugular Interna e Subclávia. SAIBA MAIS! As características morfológicas dos Linfonodos podem ajudar a distinguir a etiologia de um aumento linfonodal. Tipicamente, se consideram duas condições básicas etiológicas: Neopla- sia Maligna, em processo de metástase linfogênica e Inflamação. Devem ser analisadas as características como número, sensibilidade, volume, consistência, mobilidade, alterações lo- cais de pele e localização do linfonodo acometido. Os linfonodos reacionais, oriundos de uma inflamação, têm sensibilidade aumentada (dor), volume levemente aumentado (< 2cm), con- sistência fibroelástica, mobilidade preservada e alterações de pele típicas de uma inflamação, como rubor e calor. Enquanto linfonodos malignos geralmente têm sensibilidade reduzida, volume muito aumentado (> 2cm), consistência endurecida, mobilidade reduzida e normal- mente não estão associados à alterações locais de pele. O Ducto Torácico é responsável pela drenagem linfática de todo o resto do corpo: lado esquerdo da Cabeça, Pescoço, Tórax, Membro Superior esquerdo, Membros Inferiores, Ab- dome e Pelve. Este é formado pela Cisterna do Quilo e seus componen- tes que incluem Tronco Intestinal, Tronco Lombar e Tronco Torácico Descendente. A Cisterna do Qui- lo se prolonga como Ducto Torácico, ascendendo em direção a região to- rácica para receber linfa dos Tronco Jugular, Tronco Subclávio e Tronco Broncomediastinal Esquerdos. Tal Ducto drena para o Ângulo Venoso Esquerdo, formado pela junção das Veias Jugular Interna e Subclávia. 49SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 32. Ângulos Venosos. Fonte: Retirados do Gray’s (40ª edição) SE LIGA! Na pesquisa clínica por metás- tases linfogênicas é importante conhecer a drenagem linfática do órgão acometi- do em buscado Linfonodo Sentine- la. Tal estrutura é o primeiro linfonodo da cadeia de drenagem do órgão, para onde as primeiras células metastáticas iriam se espalhar. A inspeção do Linfo- nodo Sentinela ajuda no planejamento cirúrgico, visto que auxilia o cirurgião a escolher sua conduta quanto a retirada das cadeias linfonodais. Além disso, a descoberta de acometimento do Linfo- nodo Sentinela é de grande importância para o estadiamento da neoplasia. 1. CABEÇA E PESCOÇO A drenagem linfonodal da região da cabeça e pescoço conflui, direta ou indiretamente, para os Linfonodos Cervicais Profundos, tendo como contribuintes os Linfonodos Faciais; Mandibulares; Júgulo-digástricos ou Cervicais Profundos Superio- res, que drenam a Raiz da Língua e o Palato mole; Linfonodos Omo-hioi- deos ou Cervicais Profundos Infe- riores, relacionados a drenagem do Músculo Omo-hioideo e estruturas subjacentes; Linfonodos Submen- tuais, que drenam linfa do Mento, parte central do Lábio Inferior e ápi- ce da Língua; Linfonodos Subman- dibulares, responsáveis pela drena- gem do Lábio Superior, partes laterais do Lábio Inferior e margem lateral da Língua; Linfonodos Parotídeos, que drenam linfa da parte lateral da Face e Couro Cabeludo; Linfonodos Mas- toideos, que drenam linfa da Orelha e 50SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO da porção superior da Região Tempo- roparietal; e Linfonodos Occipitais, responsáveis pela drenagem do Cou- ro Cabeludo da região Occipital. Os Linfonodos Cervicais Superficiais, que se localizam superficialmente ao Músculo Esternocleidomastói- deo, situados ao longo da Veia Jugu- lar Externa, drenam para Linfono- dos Cervicais Profundos Inferiores (Linfonodos Omo-hioideos), que têm seus vasos eferentes direcionados para os Linfonodos Cervicais Pro- fundos. Os Linfonodos Cervicais Pro- fundos, que se situam profundamente ao Músculo Esternocleidomastóideo, localizados ao longo da Veia Jugular Interna, formam os Troncos Linfáti- cos Jugulares. Figura 33. Drenagem Linfática da cabeça. Fonte: Retirada do Gray’s (40ª edição). 51SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO 2. TÓRAX E MEMBROS SUPERIORES A drenagem linfática da região do Tó- rax é realizada por Linfonodos Pa- rietais e Viscerais. Os Linfonodos Parietais, divididos entre os grupos Paraesternais, Intercostais e Dia- fragmáticos Anteriores, Médios e Posteriores, drenam diretamen- te para o Ducto Torácico ou Ducto Linfático Direito. Enquanto os Lin- fonodos Viscerais são divididos em dois grupos: Mediastinais, compos- tos pelos subgrupos Mediastinais Anteriores e Posteriores; e Tra- queobronquiais, compostos pelos subgrupos Traqueais, Bronquiais, Broncopulmonares e Pulmonares. O grupo Mediastinal drena para o gru- po Traqueobronquial, que desembo- cam no Tronco Broncomediastinal. NA PRÁTICA! Neoplasias malignas podem levar a processos de metástase linfogênica, na qual os linfo- nodos são acometidos por células cancerosas, desenvolvendo características típicas de atividade maligna. Nesse sentido, deve-se analisar características como baixa sensibili- dade a dor, falta de mobilidade, consistência pétrea e volume severamente aumentado. Dentro desse contexto, a localização da linfadenopatia também é de grande importância, visto que a depender de qual cadeia linfonodal for acometida, existe um direcionamen- to para o raciocínio clínico. Por exemplo, um aumento dos Linfonodos Supraclaviculares Esquerdos, conhecido como Linfonodo de Virchow, é um sinal típico de acometimento maligno na cavidade abdominal. Assim como, o aumento linfonodal na região umbilical, conhecido como Linfonodo de Sister Mary Joseph, é indicativo de neoplasia abdominal disseminada. Os Linfonodos Axilares são respon- sáveis pela drenagem da linfa dos Membros Superiores e Porção Su- perior do Tórax. Dentre tais linfo- nodos estão os Supraescapulares, Peitorais, Umerais, Centrais e Api- cais. Os Linfonodos Supraescapu- lares, localizados ao longo da Prega Axilar Posterior e Vasos Supraescapu- lares, recebem linfa da face posterior da parte superior do Tórax e Região Escapular. Os Linfonodos Peitorais, localizados na parede medial da axila, ao redor da Veia Torácica Lateral e da margem inferior do Músculo Peitoral Menor, recebem linfa da parede to- rácica anterior, incluindo Mamas. Os Linfonodos Umerais, localizados ao longo da parede lateral da Axila, me- diais e posteriores à Veia Axilar, são responsáveis pela drenagem linfáti- ca de quase todo Membro Superior, por receber os Linfonodos Cubitais e Plexos Linfáticos Profundos do Membro Superior. Os Linfonodos Centrais, localizados profundamente 52SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO ao Músculo Peitoral Menor, próximos a segunda parte da Artéria Axilar, re- cebem vasos linfáticos que acompa- nham a Veia Cefálica. Os Linfonodos Apicais são o destino de drenagem de todos os grupos de linfonodos, e seus vasos eferentes atravessam o Canal Cervicoaxilar para formar o Tronco Linfático Subclávio. 3. MEMBROS INFERIORES E PELVE A drenagem linfática dos Membros In- feriores é feita por meio dos Linfono- dos Profundos denominados Linfo- nodos Poplíteos, responsáveis pela drenagem de estruturas profundas, que drenam para os Linfonodos In- guinais Profundos; e por meio de um Plexo Linfonodal Superficial que dre- na para os Linfonodos Inguinais Su- perficiais, após receber linfa de estru- turas superficiais do Membro Inferior. Figura 34. Drenagem Linfática MMII. Fonte: Retirada do site https://www.sanarflix.com.br 53SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Os Linfonodos Inguinais são dividi- dos em grupo Profundo e grupo Su- perficial, que ainda é subdividido em grupo Vertical e grupo Horizontal. Os Linfonodos Superficiais estão localizados superiormente à Fáscia Lata e recebem linfa oriunda da região do Pênis, Escroto ou Vagina e Vúlva, além de receber drenagem linfáti- ca de Vasos Linfáticos Superficiais do Membro Inferior. Os Linfonodos Inguinais Superficiais drenam para Linfonodos Inguinais Profundos. Os Linfonodos Inguinais Profun- dos, que se localizam profundamente à Fáscia Lata e medialmente à Veia Femoral no Canal Femoral da Bainha Femoral, recebem linfa da Veia Po- plítea, oriunda do Membro Inferior e Períneo, Glúteos e Parede Abdominal inferior, e drenam para Linfonodos Ilíacos Externos. Figura 35. Linfonodos Inguinais Profundos. Fonte: Retirado do site https://www.sanarflix.com.br Os Linfonodos Ilíacos Internos, lo- calizados ao longo da Artéria Ilíaca In- terna, recebem linfa das Vísceras Pél- vicas Inferiores, do Períneo Profundo e da Região Glútea. Enquanto os Linfonodos Ilíacos Externos, locali- zados ao longo dos Vasos Ilíacos Ex- ternos, recebem linfa dos Linfonodos Inguinais e das partes superiores de Órgãos Pélvicos Médios e Anteriores. Tais Linfonodos drenam para os Lin- fonodos Ilíacos Comuns, localiza- dos próximos a Artéria Ilíaca Comum, que enviam linfa para os Linfonodos Lombares. 54SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 36. Drenagem Pélvica. Fonte: Retirada do site https://www.sanarflix.com.br Os Linfonodos Lombares recebem linfa da parede posterior do Abdo- me, Rins, Ureteres, Testículos ou Ovários, Útero e Tubas Uterinas. Tal grupo linfonodal ainda recebe a linfa oriunda dos Linfonodos Ilíacos Co- muns e Mesentéricos Inferiores, que drenam Colo Descendente, par- te da Pelve e Membros Inferiores. Os vasos eferentes deste grupo formam o Tronco Linfático Lombar, consti- tuinte da Cisterna do Quilo. Os Linfonodos Retroperitoneais drenam a linfa da região do Fígado, Baço e Pâncreas, além do Sistema Digestório. Os vasos eferentes de tal sistema formam o Tronco Linfático Intestinal, constituinte da Cisterna do Quilo. 55SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Figura 37. Drenagem Linfática Abdominal. Fonte: Retirada do site https://www.sanarflix.com.br NA PRÁTICA! O principal exame de imagem relacionado ao Sistema Linfático é a Linfografia, que con- siste na injeção de contrasteradiopaco em regiões moles, para que sejam drenados pelos linfonodos. Em seguida, o paciente é submetido a uma Radiografia Simples, que per- mitirá a observação de características da cadeia linfonodal, como tamanho e forma dos componentes. Figura 38. Linfografia. Fonte: etirada do site https://www.sanarflix.com.br 56SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO Os Linfonodos também podem ser observados por meio da técnica da Ultrassonografia, devido a localização superficial de algumas cadeias, sendo possível observar suas carac- terísticas como tamanho, forma e conteúdo. Para observação de Linfonodos mais profun- dos, existe a possibilidade de realização de uma Tomografia Computadorizada. Figura 39. USG Linfonodal, Fonte: Retirada do site https://www.sanarflix.com.br 57SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO MAPA MENTAL: SISTEMA LINFATICO LADO DIREITO – DUCTO LINFÁTICO DIREITO DUCTOS LINFÁTICOS: SISTEMA LINFÁTICO DUCTO AFERENTE → LINFONODO → DUCTO EFERENTE PAREDE DELGADA E FRENESTRADA CABEÇA E PESCOÇO MEMBROS SUPERIORES TÓRAX ABDOME PELVE PERÍNEO MEMBROS INFERIORES LINF. CERVICAIS PROFUNDOS LINF. AXILARES APICAIS LINF. MEDIASTINAIS LINF. LOMBARES LINF. INGUINAIS PROFUNDOS E SUPERFICIAIS LINF. ILÍACOS INTERNOS LINF. POPLÍTEOS CISTERNA DO QUILO LINF. ILÍACOS EXTERNOS TRONCO LINFÁTICO JUGULAR TRONCO LINFÁTICO SUBCLÁVIO LINF. TRAQUEO- BRONQUIAIS LINF. SUPERFICIAIS LINF. INGUINAIS PROFUNDOS E SUPERFICIAIS FONTE: Moore, 7ª edição; Gray’s, 40ª edição; Prometheus 3ª edição; Netter, 6ª edição. LINF. ILÍACOS COMUNS LINF. LOMBARESLINF. PARIETAIS TRONCO BRONCO- MEDIASTINAL PRESENÇA DE VÁLVULAS LINFONODOS PRESENÇA DE CÁPSULA PRESENÇA DE TRABÉCULAS FOLÍCULOS LINFÓIDES FILTRAGEM DE LINFA LINF. ILÍACOS EXTERNOS LADO ESQUERDO – DUCTO TORÁCICO 58SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. GRAY, Henry. Gray’s anatomia: a base anatômica da prática clínica. 40ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2010. Prometheus atlas de anatomia: órgãos internos. 2. ed. rev. ampl. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 3 v. Volume 1 MACHADO, Angelo B.M.; HAERTEL, Lúcia Machado. Neuroanatomia funcional. 3.ed. São Paulo: Atheneu, 2006 JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. BATES, Barbara; BICKLEY, Lynn S.; SZILAGYI, Peter G. Bates propedêutica médica. 10. ed. Rio de Janeiro, RJ Site https://www.sanarflix.com.br, 59SISTEMAS ARTERIAL, VENOSO E LINFÁTICO
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