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livro - citologia, histologia e embriologia (1)

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Citologia, Histologia e Embriologia 
1 
Citologia, Histologia e 
Embriologia 
Tatiana Chrysostomo Santos 
1ª
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o 
Citologia, Histologia e Embriologia 
2 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do Ead Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Texto: Tatiana Chrysostomo Santos 
Revisão Ortográfica: Marcus Vinícius da Silva e Rafael Dias de Carvalho Moraes 
Projeto Gráfico e Editoração:, Eduardo Bordoni, Fabrício Ramos, Antônia Machado e Victor Narciso 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Janaina Gonçalves de Jesus 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo – Campus Niterói 
 
Bibliotecária: Elizabeth Franco Martins CRB 7/4990 
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se r esponsabilizando a ASOEC 
pelo conteúdo do texto formulado. 
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedora 
da Univer sidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
3 
 
Palavra da reitora 
 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO Virtual, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio 
dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço 
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio 
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se 
responsável pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo 
momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
 
Seja bem-vindo à UNIVERSO Virtual! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora
Citologia, Histologia e Embriologia 
4 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
5 
 
Sumário 
 
Apresentação da disciplina ..................................................................................................7 
Plano da disciplina .................................................................................................................9 
Unidade 1 – Citologia ............................................................................................................13 
Unidade 2 – Introdução à Histologia .................................................................................63 
Unidade 3 – Tecido Epitelial.................................................................................................79 
Unidade 4 – Tecidos Conjuntivos .......................................................................................99 
Unidade 5 – Tecidos Musculares.........................................................................................127 
Unidade 6 – Tecido Nervoso ................................................................................................141 
Unidade 7 – Embriologia ......................................................................................................155 
Considerações finais ..............................................................................................................186 
Conhecendo a autora ............................................................................................................187 
Referências ...............................................................................................................................188 
Anexos.......................................................................................................................................191 
 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
6 
 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
7 
 
Apresentação da Disciplina 
 
Caro aluno, 
 
Seja bem-vindo à disciplina Citologia, Histologia e Embriologia! 
Antes de iniciarmos nossos estudos é fundamental que você entenda o que 
vem a ser essa disciplina, que envolve três áreas das Ciências Biológicas, bem como 
a importância para a sua formação profissional. 
Na Citologia, ciência destinada ao estudo das células (cito = célula; logia = 
estudo), os últimos 15 anos foram marcados por novidades tecnológicas 
espetaculares, que ampliaram os conhecimentos sobre o funcionamento dos 
genes e como suas atividades são integradas para permitir o funcionamento 
celular e de um organismo. Graças ao desenvolvimento e à aplicação de novas 
tecnologias, milhares de organismos, incluindo o homem, tiveram o seu material 
genético (Genoma) completamente sequenciado e, atualmente, os termos 
genômica, transcritômica e proteômica, são amplamente adotados do ensino à 
pesquisa básica ou aplicada em Citologia e/ou Biologia Celular e Molecular. 
A Histologia é uma importante disciplina da área de Ciências Biológicas e 
Saúde, destinada ao estudo dos tecidos (histo = tecidos; logia = estudo). Pode ser 
subdividida em Histologia Animal, com enfoque em animais, Histologia Humana, 
com enfoque tecidos humanos e Histologia Vegetal, destinada ao estudo de 
tecidos vegetais. 
As células de um tecido têm a mesma origem embriológica, são 
interdependentes e em conjunto podem desempenhar uma função bem definida. 
A origem embriológica comum às células de um tecido estabelece a inter-relação 
entre a Citologia, a Histologia e a Embriologia. 
Enormes avanços nesses importantes ramos científicos ocorridos nas últimas 
décadas permitiram o surgimento de novas ciências derivadas, tais como 
bioinformática na análise de genes e genomas, histofisiologia, histoquímica, 
imunofisiologia e histopatologia. O desenvolvimento dessas novas ciências e novos 
métodos de análises moleculares e histológicas é utilizado em exames e 
Citologia, Histologia e Embriologia 
8 
 
complementação de exames. A análise de DNA permite não só a solução de casos 
judiciais, mas vem sendo efetivamente utilizada no estabelecimentode inter-
relações entre espécies, reconstituindo a história evolutiva de grupos biológicos. 
Nas análises histopatológicas a aparência dos tecidos pode ser observada, 
permitindo a comparação entre tecidos saudáveis e doentes, o que é bastante 
importante para a eficiência dos diagnósticos clínicos na área de saúde. 
Os conhecimentos que você irá adquirir em Citologia e em Histologia serão 
aplicados através de uma visão geral sobre seus principais aspectos, importantes 
para o aprendizado de outras disciplinas no ramo das ciências biológicas, tais como 
Embriologia, a qual será apresentada a seguir, Fisiologia Humana, Parasitologia, 
dentre outras. 
A Embriologia destina-se ao estudo do desenvolvimento dos organismos 
desde a fecundação até o período fetal e, muitas vezes, até o nascimento. Nesta 
disciplina você poderá acompanhar a cada semana, a cada estágio, como os órgãos 
e os sistemas se desenvolvem, por que e quando as anomalias ocorrem e quais são 
as funções vitais desempenhadas pelos anexos embrionários no desenvolvimento. 
Os progressos científicos e os conhecimentos sobre Embriologia permitiram o 
desenvolvimento de práticas como fertilização in vitro, clonagem e a descoberta 
de anomalias derivadas de malformações embriológicas, resultantes da utilização 
de drogas e outros agentes teratogênicos que atuam nos estágios iniciais do 
desenvolvimento humano. 
Para sua maior compreensão desta disciplina os conteúdos são 
acompanhados por imagens e ilustrações extraídos, preferencialmente, de obras 
reconhecidas nas áreas de Histologia e Embriologia. 
Este material foi elaborado de forma objetiva, abordando aspectos gerais e 
enfatizando pontos importantes dessas ciências, a fim de facilitar seu aprendizado, 
sintetizando conceitos e processos e na tentativa de estimulá-lo a interessar-se por 
essas áreas tão dinâmicas e fascinantes da Biologia. Moore (1982) cita sabiamente 
um provérbio chinês: “Um pequeno quadro é equivalente a um milhão de 
palavras”. 
 
Bons Estudos ! 
Citologia, Histologia e Embriologia 
9 
 
Plano da disciplina 
 
A Citologia, Histologia e Embriologia estudam a estrutura microscópica e dos 
tecidos e órgãos que constituem o organismo humano, bem como o sua origem 
durante o desenvolvimento embrionário. 
No âmbito da Histologia o aluno deverá ser capaz de identificar, caracterizar, 
classificar os principais tecidos e órgãos que constituem o organismo humano, 
bem como conhecer os seus princípios histofisiológicos. No âmbito da Embriologia 
o aluno deverá ser capaz de identificar as etapas do desenvolvimento embrionário, 
o destino dos principais tecidos para a organogênese, até o início do 
desenvolvimento fetal reunindo subsídios, embora gerais, para a compreensão das 
causas das malformações congênitas. 
A disciplina foi dividida em Citologia e mais seis unidades de Histologia e 
Embriologia que estão subdivididas em tópicos, para facilitar a compreensão dos 
conteúdos. A seguir são apresentados os resumos de cada unidade e seus 
respectivos objetivos, para que você tenha uma visão geral do que irá estudar. 
 
Unidade 1 – Citologia 
Estudaremos a constituição, a morfologia, o funcionamento e a organização 
das diferentes células, através do conhecimento da estrutura da membrana e 
citoplasma, onde cada organela será estudada separadamente. Conheceremos a 
hipótese que sugere como sugiram células procariontes e eucariontes. 
Objetivo: caracterizar e diferenciar células eucarióticas e procarióticas, 
identificar e descrever a função de cada organela celular e explicar a teoria 
endossimbiótica de origem das células. 
 
Unidade 2 - Introdução à Histologia 
Iniciaremos nossos estudos conhecendo o conceito de Histologia e de que 
forma, basicamente, os tecidos são preparados para estudo. Nesta etapa inicial 
poderemos entender de onde são extraídas as imagens dos tecidos, apresentadas 
no decorrer da disciplina. 
Objetivo: conceituar Histologia e tecido; compreender a origem dos cortes 
histológicos e a importância de sua utilização para compreensão da disciplina. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
10 
 
Unidade 3 – Tecido Epitelial 
Nesta unidade, estudaremos as principais características dos diferentes tipos 
de tecidos epiteliais, suas diferentes funções e tipos, bem como sua localização em 
nosso organismo. 
Objetivo: identificar os tipos de tecidos epiteliais, diferenciando-os quanto às 
camadas, tipos celulares e suas funções de revestimento e secreção. 
 
Unidade 4 – Tecidos Conjuntivos 
Na terceira unidade de nossa disciplina, você irá aprender quais são os tipos de 
tecidos conjuntivos, a função das principais células de cada modalidade de tecido e 
entenderá por que são estudados em conjunto. 
Objetivo: caracterizar e identificar imagens de cortes histológicos dos 
diferentes tecidos conjuntivos; descrever a função de seus elementos celulares e 
onde são encontrados no organismo. 
 
Unidade 5 – Tecidos Musculares 
Esta unidade destina-se ao estudo das fibras musculares, as quais constituem 
os tecidos que propiciam os movimentos de nosso organismo. Você conhecerá os 
três tipos de tecidos musculares existentes e aprenderá que existem músculos de 
ação voluntária e involuntária. 
Objetivos: diferenciar e caracterizar os três tipos de fibras musculares e 
respectivos tecidos, identificando sua ação e localização no organismo. 
 
Unidade 6 – Tecido Nervoso 
Na quinta unidade você poderá conhecer a estrutura básica do tecido nervoso 
e aprenderá que além dos neurônios, existem outras células que fazem parte da 
constituição do tecido nervoso. 
Objetivos: caracterizar o tecido nervoso, enumerar as regiões e funções dos 
neurônios e células da glia. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
11 
 
Unidade 7 - Embriologia 
Nesta unidade, destinada exclusivamente à embriologia, você irá conhecer a 
origem e anatomia dos gametas humanos e as etapas básicas da fecundação, os 
principais eventos da embriogênese humana e como são, basicamente, formados 
os órgãos e tecidos a partir dos folhetos embrionários. Além do desenvolvimento 
embrionário, você aprenderá sobre a importância das membranas fetais e placenta. 
Objetivos: identificar as etapas básicas da fecundação; caracterizar os 
principais eventos dos períodos iniciais do desenvolvimento humano e 
organogênese e descrever a importância dos anexos embrionários. 
 
Bons Estudos 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
12 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
13 
1 Citologia 
Citologia, Histologia e Embriologia 
14 
 
Bem-vindo à unidade de Citologia, nela estudaremos a diversidade celular; 
organização da célula procariota e eucariota; evolução celular; aspectos 
morfológicos e funcionais da célula, de seus revestimentos e de seus 
compartimentos e componentes subcelulares; a integração morfofuncional dos 
componentes celulares e os principais métodos de estudo em citologia ou biologia 
celular. 
 
Objetivo da Unidade: 
Caracterizar e diferenciar células eucarióticas e procarióticas; identificar e 
descrever a função de cada organela celular e explicar a teoria endossimbiótica de 
origem das células. 
 
Plano da Unidade: 
 Conceito de Citologia 
 Um breve Histórico da Citologia 
 Métodos de Estudo em Citologia 
 A Célula 
 Teoria celular 
 Estrutura das células Procarióticas 
 Estrutura das células Eucarióticas 
 Organelas Celulares ou Citoplasmáticas 
 Teoria Endossimbiótica: de onde vieram as células eucarióticas? 
 
Bons Estudos! 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
15 
 
Citologia 
 
A citologia, atualmente mais conhecida como biologia celular, é a ciência que 
estuda as células e classifica-as em dois grupos distintos: procarióticas e 
eucarióticas. As células procarióticas são desprovidas de membranas internas, 
organelas. E o material genético é disperso no citoplasma devido à ausência de 
membrana nuclear ou carioteca. Essas célulassão típicas de bactérias e estudadas 
na microbiologia. As células eucarióticas (eu, verdade + karyon, núcleo), vegetais 
ou animais, por sua vez, possuem um sistema de membranas internas responsável 
pela compartimentalização do espaço intracelular das organelas distintas, entre as 
quais podemos citar: o núcleo, a mitocôndria, os peroxissomos, os lisossomos, o 
retículo endoplasmático, o complexo golgiense ou de Golgi, entre outras. 
Há cerca de 50 anos o conhecimento acerca das células eucarióticas era 
limitado a sua morfologia e a Biologia Celular era mais conhecida como Citologia. A 
partir de meados da década de 1980, com a descoberta de novas tecnologias, a 
célula passou a ser estudada em nível molecular, bem como se descreveu 
importantes aspectos de seu funcionamento (fisiologia). É nessa visão 
contemporânea que estudaremos as células eucarióticas. 
 
Um breve histórico da citologia 
 
Em 1665, o cientista britânico Robert Hooke publicou o livro intitulado 
Micrographia, o qual constitui o primeiro científico utilizando a microscopia como 
ferramenta de estudo para a observação e a descrição de um material biológico. 
A Micrographia é considerada uma das mais importantes obras científicas de 
todos os tempos (Gest, 2005, p. 267). O título completo da obra de Hooke é 
“Micrographia, or some physiological descriptions of minute bodies made by 
magnifying glasses with observations and inquiries thereupon” – ou seja; “Micrografia, 
ou algumas descrições fisiológicas de pequenos corpos, feitas com lentes de aumento, 
com observações e investigações sobre os mesmos”. Deve-se, no entanto, observar 
que o adjetivo “fisiológico” não tinha o sentido que lhe atribuímos hoje em dia. 
Hooke o utilizou no sentido etimológico, de “estudo da natureza”. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
16 
O interesse de Hooke não era especificamente biológico, mas sim 
microscópico. Ele observou todo tipo de coisas ao microscópio, como fios de seda, 
areia, a lâmina de uma navalha, vidro, carvão, etc. (WEISS & ZIEGLER, 1928, p. 95). 
Porém, muitas das 60 observações descritas na Micrographia são de peças 
biológicas, como a cabeça de uma mosca, uma pulga, uma formiga, o ferrão de 
uma abelha, os dentes de um caracol, cabelo, superfície de folhas, e uma fina seção 
de um pedaço de cortiça (GEST, 2005, p. 267) lacunas na cortiça, onde existiram 
células vegetais. As cavidades receberam o nome de “cells” (celas = pequenas 
cavidades), que originou o nome das células. Desde então, uma série de conquistas 
tecnológicas permitiram, aos cientistas, uma maior aproximação do mundo 
microscópico, revelando, aos poucos, o maravilhoso mundo celular e até mesmo 
subcelular (molecular). 
 
 
Cortiça observada por Robert Hooke, revelando um tecido vegetal constituído por, 
cavidades formadas de paredes celulósicas que envolveram células vegetais, quando vivas. 
Adaptado de imagem disponível em: 
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Robert_Hooke,_Micrographia,_cork._W
ellcome_M0010579.jpg>. Acesso em 06/07/2015 às 10h24. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
17 
 
Diversos pesquisadores do século XVII contribuíram para os primórdios da 
Citologia. Alguns merecem destaque, como Antonie van Leeuwenhoek, 
microscopista holandês, que no ano de 1674, reportou a descoberta de 
protozoários flagelados. Um ano mais tarde, o pesquisador relata a descoberta dos 
glóbulos vermelhos sanguíneos em humanos, peixes, anfíbios e suínos. Em 1677, 
Leeuwenhoek descreveu, pela primeira vez, o espermatozoide em diversas 
espécies, tais como: peixes, anfíbios, aves, cães e seres humanos. Leeuwenhoek 
acreditava que os espermatozoides eram parasitas que residiam nos órgãos sexuais 
masculinos. No ano de 1683, o cientista holandês, observou, pela primeira, uma 
bactéria ao estudar o tártaro dentário, relatando, em seguida, a presença de 
bactérias e protozoários nas fezes. Leeuwenhoek contribuiu, ainda, para o 
aprimoramento da microscopia, desenvolvendo uma série de microscópios e 
lentes especiais, marcando de vez o seu nome na história da biologia celular e da 
Microbiologia. 
Na década de 30, do século XIX, o botânico alemão Matthias Jakob Schleiden e 
o fisiologista alemão Theodor Schwann propuseram a Teoria Celular, declarando 
que a célula é a unidade básica estrutural e funcional de todos os seres vivos, e que 
todas as células se originam de células pré-existentes. Alguns autores consideram 
este fato como marco formal do nascimento da Citologia. 
O núcleo foi a primeira organela celular a ser descrita. A descrição do núcleo é 
atribuída ao botânico escocês Robert Brown, que no ano de 1838, observou a 
organela ao estudar células de orquídeas. Entretanto, alguns autores ressaltam que 
estudos realizados por Leeuwenhoek, no século XVII, já reportam a observação de 
núcleo em hemácias de salmão, que, ao contrário das hemácias de mamíferos, são 
nucleadas. Posteriormente, outras organelas foram descritas e caracterizadas por 
outros cientistas e, acredita-se, que ainda há muito que se descobrir nesse 
fascinante mundo da biologia celular. 
 
Métodos de estudo em citologia 
 
Vamos conhecer de perto alguns dos principais métodos de estudo da célula. 
A primeira pergunta que devemos nos fazer é: por que os microscópios são 
Citologia, Histologia e Embriologia 
18 
necessários para o estudo das células? Precisamos, então, saber do tamanho médio 
das células e do limite de resolução do olho humano. A maioria das células mede 
entre 1 e 100 micrômetros (μM). O limite de resolução do olho humano é de 
apenas 100 μM, ou seja, é necessária a utilização de um equipamento que permita 
ampliar as células e as suas estruturas internas para que possamos observá-las e 
estudá-las. 
 
Microscópio ótico comum 
 
O microscópio óptico comum utiliza a luz ambiente como fonte luminosa, 
porém, os mais modernos apresentam uma fonte de luz elétrica acoplada. A 
invenção do primeiro microscópio composto, no ano de 1590, é creditada aos 
holandeses Hans e Zacharias Janssen. Nestes 400 anos, o microscópio foi 
recebendo uma série de aprimoramentos técnicos, tornando-se o braço direito do 
biólogo. A figura abaixo ilustra um microscópio ótico moderno e seus 
componentes. 
 
Microscópio Óptico Comum e seus principais componentes. 
(http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b1/Optical_microscope_niko
n_alphaphot_%2B.jpg) 
Citologia, Histologia e Embriologia 
19 
 
Os microscópios ópticos atuais conseguem aumentar um objeto em até 1000 
vezes o seu tamanho original. Esse aumento depende, basicamente, do conjunto 
de lentes utilizadas (objetivas e oculares) e que constituem a parte ótica do 
microscópio. As lentes objetivas são assim denominadas por estarem próxima ao 
objeto, e a lentes oculares, por estarem próxima aos olhos do observador. Cada 
lente, tanto a objetiva quanto a ocular, é, na realidade, composta por um conjunto 
de lentes. 
 
Microscópio de Contraste de Fase 
 
O microscópio de contraste de fase, ao permitir a visualização de células vivas, 
abriu novas possibilidades de investigação na área de biologia celular; é bastante 
semelhante ao microscópio óptico comum, sendo, no entanto, dotado de um 
sistema óptico particular (um anel de contraste de fase, com lentes coloridas, 
localizado na objetiva e um anel circular, localizado no condensador) que amplia a 
diferença de fase dos raios luminosos que atravessam a célula. Essa diferença de 
fase gerada pelo sistema óptico amplia o contraste entre os componentes 
intracelulares, permitindo uma melhor visualização do material biológico. 
 
Fotomicrografia de contraste de fase de uma célula epitelial da cavidade oral. 
(http://en.wikipedia.org/wiki/File:Cheek_cell_phase_contrast.jpg.) 
Citologia, Histologia e Embriologia 
20 
 
Microscópio de Fluorescência 
 
Na microscopia de fluorescência o material a ser visualizado é corado com 
corante fluorescente. Existemvários corantes fluorescentes utilizados em biologia 
celular para a análise de várias estruturas celulares e moleculares. A invenção deste 
microscópio foi uma grande conquista da biologia celular, ampliando de forma 
espetacular os estudos nessa área da ciência. A microscopia de fluorescência, assim 
como as outras microscopias óticas, também utiliza a luz como fonte de radiação, 
sendo mais comum a utilização de lâmpadas de mercúrio e xenônio. No entanto, 
ao invés da reflexão, ou absorção da luz, pelo material biológico, a fluorescência é o 
fenômeno que dá suporte à microscopia que leva o seu nome. 
A fluorescência é a propriedade que algumas moléculas apresentam em 
absorver luz em um determinado comprimento de onda e emitir luz em outro 
comprimento de onda, menor do que o da luz absorvida, portanto, com menor 
energia. O microscópio de fluorescência utiliza filtros que selecionam o 
comprimento de onda que irá excitar o corante (filtro de excitação) e o 
comprimento de onda que será visualizado pelo observador (filtro de barreira). 
Uma vez que o fundo é escuro, a amostra fluorescente é facilmente visualizada. 
 
Células tratadas com corante fluorescente e observadas à microscopia de fluorescência. Imagem 
disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:FluorescentCells.jpg>. Acesso em 
06/07/2015 às 12h09.Fluorescence2 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
21 
 
Microscópio Confocal 
 
O microscópio confocal foi um avanço espetacular no campo da microscopia, 
uma vez que possibilitou uma série de conquistas sobre a microscopia ótica 
convencional, com destaque para o controle da profundidade de campo, a 
eliminação, ou redução parcial, das informações que se encontram fora do plano 
focal, e a coleta de uma série imagens sequenciais de planos seccionais. A partir do 
processamento destas imagens é possível a construção de uma imagem 
tridimensional do material a ser observado. 
Embora seja uma técnica de microscopia ótica, tem contribuído para o 
entendimento dos processos biológicos em nível celular, uma vez que se baseia no 
uso de corantes vitais (que não necessitam de fixadores ou agentes 
permeabilizantes para atravessarem a membrana plasmática). Os corantes vitais 
não matam as células e, portanto, permitem o estudo de células vivas e observar 
diversos processos celulares antes pouco compreendidos, como o tráfego 
intracelular de vesículas. Obtiveram-se grandes avanços nessa microscopia, 
principalmente, após o desenvolvimento das técnicas baseadas no uso da GFP (do 
inglês, Green Fluorescent Protein, ou seja, Proteína Verde Fluorescente), isolada de 
uma espécie de água-viva; esta proteína quando excitada com luz ultravioleta 
emite uma intensa fluorescência no comprimento de onda verde. 
 
Imagens de microscopia confocal, seus cortes óticos montam uma imagem 
tridimensional em um software. Material observado: embrião de Strongylocentrotus 
purpuratus (uma espécie de ouriço-do-mar). Adaptado de imagem disponível em: 
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3460732/figure/F4/>. Acesso em 14/07/2015 
às 10h17. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
22 
 
 
Microscópio Eletrônico 
 
Utiliza o feixe de elétrons como radiação. O filamento de elétrons é bombeado 
através de uma estrutura cilíndrica até a amostra. A microscopia eletrônica permite 
visualizar detalhes das estruturas das organelas, do núcleo, dos ribossomos e de 
diversas outras estruturas celulares. Os vírus também podem ser observados à 
microscopia eletrônica. 
As amostras são preparadas com fixadores químicos específicos, a criofixação 
(fixação pelo frio), o processo de congelamento, a desidratação e a necessidade de 
cortes ultrafinos, requerem um treinamento técnico acurado. Assim, como na 
microscopia ótica, o material a ser analisado sob microscopia eletrônica necessita 
ser impregnado com substâncias que promovam uma diferença de contraste entre 
as estruturas celulares. As substâncias utilizadas com esta finalidade, na 
microscopia eletrônica, são sais de metais pesados, cujas características de 
eletrodensidade permitem a geração do contraste necessário para a 
individualização das estruturas celulares. Os sais de chumbo, urânio, ouro, 
tungstênio e, principalmente, o tetróxido de ósmio são os mais comumente 
utilizados. 
Existem três tipos de microscopia eletrônica: a microscopia eletrônica de 
transmissão, a microscopia eletrônica de varredura e a microscopia eletrônica de 
tunelamento. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
23 
 
 
Microscópio eletrônico de transmissão. Observe o cilindro bombeador de elétrons. Adaptada de 
imagem disponível em: 
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Transmission_Electron_Microscope_Kemira.jpg>. 
Acesso em 06/07/2015 às 12h19. 
 
A Célula 
 
Uma célula é sistema químico que é capaz de manter a sua estrutura e se 
reproduzir. As células são a unidade fundamental da vida. Todos os organismos são 
células (unicelulares) ou constituídos por células. 
O meio interno das células é o citoplasma. O citoplasma é isolado a partir do 
ambiente circundante através da membrana plasmática. Existem duas estruturas 
diferentes de células: as células procarióticas e as células eucarióticas. 
As células procarióticas são relativamente simples, não existe membrana 
nuclear e muitas organelas, bactérias e seus parentes são todos procariotas. As 
células eucarióticas são mais complexas, apresentam membrana nuclear e muitas 
Citologia, Histologia e Embriologia 
24 
organelas. Todas as células de plantas, de animais, de fungos e de protozoários são 
eucarióticas. 
 
Por que as células são pequenas? 
Se o tamanho das células aumentar, o volume e a área de superfície também 
aumentarão e ficará mais difícil para as células obterem nutrientes, receberem 
informações e livrarem-se de resíduos através de sua membrana plasmática. À 
medida que o tamanho das células aumenta, a capacidade de troca com o seu 
meio ambiente torna-se dificultado pela quantidade de área de membrana que 
está disponível. 
 
Teoria celular 
 
 As células são a unidade fundamental da vida; 
 Todos os organismos são constituídos por células; 
 Todas as células surgem a partir de células pré-existentes. As células 
contêm as informações necessárias para sua própria reprodução. Não há 
novas células são originárias espontaneamente na Terra hoje; 
 As células são as unidades funcionais da vida. Todos os processos 
bioquímicos são realizados por células; 
 Grupos de células podem ser organizados e funcionam como organismos 
multicelulares; 
 As células de organismos multicelulares podem tornar-se especializadas em 
forma e função para realizar subprocessos do organismo multicelular. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
25 
 
Estrutura das células procarióticas 
 
São muito pequenas, com uma membrana plasmática rodeada por uma 
parede celular rígida. Em muitos procariotos a parede celular é constituída por 
carboidratos simples interligados a polipeptídeos, cobertos com uma cápsula feita 
de polissacarídeos, com pouco ou nenhum espaço entre a membrana, envolvendo 
o citoplasma. Não existe um núcleo verdadeiro, por que não há uma membrana 
nuclear, o ADN (ácido desoxirribonucleico) ou DNA, material genético da célula é 
circular e denominado nucleoide. 
As bactérias têm frequentemente flagelos formados por uma proteína, 
denominada flagelina, que elas podem usar para realizarem movimentos em 
espiral (saca-rolhas). O motor rotativo de flagelos procariótico é alimentado por um 
fluxo de prótons através da membrana celular. Estruturas rotativas são raras na 
natureza. Procariontes não possuem organelas em seu citoplasma, com exceção de 
ribossomos. 
Alguns procariontes são fotossintéticos. A maquinaria bioquímica para 
capturar a energia da luz está contida dentro da membrana plasmática altamente 
dobrada. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
26Célula bacteriana (procariótica). Note organização simples e a presença da 
parede celular, nucleoide e flagelo. Observe a ausência de organelas, com exceção 
da presença de ribossomos. Adaptada de imagem disponível em: < 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Average_prokaryote_cell_pt.svg>. 
Acesso em 06/07/2015 às 16h04. 
 
Estrutura das células Eucarióticas 
 
São células maiores que as procarióticas, com uma membrana citoplasmática 
normal; algumas com uma parede celular. Apresenta muitas organelas celulares e 
outros espaços interiores delimitados por membranas: núcleo, retículo 
endoplasmático, aparelho de Golgi, mitocôndrias, cloroplastos, lisossomos, 
vacúolos e vesículas. O citoplasma é sustentado por um citoesqueleto - túbulos de 
proteínas e fibras. 
A parede celular é encontrada em células vegetais (celulose), fungos (quitina), 
e alguns protozoários. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
27 
 
 
Célula animal (eucariótica). Observe a organização complexa, a presença de organelas envolvidas 
por membranas e o núcleo envolvido por membrana nuclear (carioteca). Adaptada de imagem 
disponível em: < https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Animal_cell_structure_en.svg>. Acesso 
em 06/07/2015 às 17h50. 
 
Célula vegetal (eucariótica). Observe a presença da parede celulósica e organelas tipicamente 
vegetais: cloroplastos e vacúolo de suco celular ou vacúolo central. 
(http://simbiotica.org/celula.htm) 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
28 
 
Organelas celulares ou citoplasmáticas 
 
Membrana Plasmática ou Biomembrana 
A membrana plasmática ou biomembrana tem sua estrutura visível apenas 
através microscopia eletrônica, pois mede, geralmente, entre 7,5 a 10 nanômetros 
de espessura. É observada ao microscópio eletrônico de transmissão (MET) como 
uma estrutura trilaminar, formada por duas lâminas densas que delimitam uma 
lâmina pálida central. Por convenção, faz-se uma correlação desta imagem com o 
modelo molecular da membrana plasmática, formulado por Singer e Nicholson, em 
1970, denominado MOSAICO FLUIDO, e, atualmente, associado a todas as 
biomembranas 
 
Esquema de um fragmento de membrana plasmática ilustrando a presença e posição de 
seus elementos, compondo um mosaico molecular (adaptado de JUNQUEIRA & CARNEIRO, 
2005). 
Citologia, Histologia e Embriologia 
29 
 
Composição da Membrana 
Segundo SINGER & NICHOLSON “A membrana Plasmática é constituída por um 
mosaico de moléculas protéicas colocadas numa bicamada fluida de lipídios”; 
portanto, a membrana é fosfolipoglicoprotéica, ou seja, é constituída por 
fosfolipídeos, glicídeos e proteínas. 
 
Funções da Membrana Plasmática 
Dar forma à célula; 
Desempenha importante papel no intercâmbio entre a célula e o meio 
extracelular; 
Delimita conteúdo o celular; 
Através de seus receptores químicos realiza reconhecimento de outras células; 
Efetua recepção e transmissão de informações. 
 
Especializações da Membrana 
São modificações encontradas na membrana plasmática, que buscam 
aumentar a eficiência de suas interações com o meio extracelular ou com outras 
células. 
As especializações estáveis mais frequentes são os microvilos ou 
microvilosidades, os estereocílios, os cílios, os flagelos, as invaginações basais 
(labirinto basal) e as interdigitações (laterais e/ou basais). Outras especializações de 
superfície celular têm ocorrência mais restrita, como as microcristas (microplicas ou 
micropregas) e aquelas associadas às funções sensoriais (quinocílios, estereocílios 
sensoriais), entre outras. 
 
Microvilos ou microvilosidades 
São projeções da membrana plasmática, frequentemente, digitiformes, ou 
seja, em forma de dedo de luva. São estáveis ou permanentes na superfície das 
Citologia, Histologia e Embriologia 
30 
células. Sua ocorrência é predominantemente apical nas células epiteliais e 
ampliam a superfície da membrana plasmática aumentando sua eficiência para as 
trocas com a cavidade ou o meio extracelular. 
 
Eletromicrografia de uma célula epitelial de um jejuno humano com suas microvilosidades 
digitiformes apicais (borda estriada). Imagem disponível em: < 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Microvilli.jpg>. 
Acesso em 10/07/2015 às 12h09. 
 
Estereocílios 
Os estereocílios são microvilosidades especializadas cuja estrutura 
(citoesqueleto de preenchimento e ancoragem) é idêntica ao de uma 
microvilosidade comum, no entanto, podem ainda revelar algumas características 
distintas. Seu comprimento e calibre podem assemelhar-se aos cílios móveis, ou 
mostrarem ramificações. Por causa das eventuais semelhanças com os cílios, mas 
sem realizarem os movimentos ritmados destes, foram então denominados “falsos 
cílios” ou estereocílios, porém apresentam a mesma função das microvilosidades. 
 
Estereocílios (entre setas pretas largas) são longos e por vezes se acoplam pelas extremidades das 
projeções (bem evidenciado na região demarcada pela seta preta seta fina). A densidade do 
citoplasma apical na base das projeções revela a presença da trama terminal (seta branca). 
Adaptado de imagem disponível em: 
<https://wedensbergpeng.files.wordpress.com/2012/04/capture_00001.jpg>. Acesso em 
20/07/2015 às 12h40. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
31 
Cílios 
Os cílios são especializações celulares, comumente mais longas e de maior 
calibre que as microvilosidades, com ocorrência entre vertebrados, invertebrados e 
protozoários. Para os protozoários, o batimento rítmico e contínuo dos cílios de sua 
superfície celular auxilia na captura do alimento e permite ao indivíduo deslocar-se 
no meio fluido. Nos vertebrados e invertebrados os cílios surgem como projeções 
da superfície apical de epitélios com ocorrência em quase todos os sistemas destes 
organismos. 
Essas projeções apicais são estáveis, sendo preenchidas e sustentadas por um 
complexo arranjo de microtúbulos (MT) e várias proteínas associadas, formando o 
chamado axonema do cílio. Este pode ser descrito pela fórmula [9(2)+2], onde se 
interpreta que o axonema é composto por nove pares de MT formando um cilindro 
periférico, aderido à membrana plasmática que reveste o cílio, acrescido de um par 
de MT no centro deste cilindro. 
 
Micrografia do epitélio pseudoestratificado de revestimento interno da traqueia mostrando, no 
ápice das células altas, a presença de cílios. Adaptado de imagem disponível em: 
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:2304_Pseudostratified_Epithelium.jpg> 
Acesso em 10/07/2015 às 16h44. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
32 
 
 
Eletromicrografia de cortes transversais de cílios móveis. Todos os cílios móveis da superfície de um 
determinado epitélio devem trabalhar coordenadamente para o deslocamento em uma única 
direção. Observe a estrutura [9(2)+2], onde se há nove duplas de microtúbulos periféricos mais dois 
centrais. Adaptado de imagem disponível em: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Chlamydomonas_TEM_17.jpg 
Acesso em 10/07/2015 às 12h15. 
 
Flagelos 
Os flagelos têm ocorrência restrita nos vertebrados, sendo uma projeção 
típica dos gametas masculinos. É, frequentemente, também nominado cauda do 
espermatozoide. Possui a função básica de movimentação celular, através de 
ondulações largas, que levam ao deslocamento da célula. Assim como os cílios, é 
constituído por microtúbulos. Ocorre variação estrutural do axonema nas 
diferentes espécies e nas suas associações como, por exemplo, microtúbulos 
adicionais, a ocorrência de amplas expansões da membrana plasmática do cílio 
formando uma membrana que auxilia no deslocamento do gameta ou de 
protozoários em meio fluido. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
33 
 
 
Espermatozóides observados à microscopia de fluorescência. A cabeça do espermatozoide é 
assinalada com CA. O flagelo tem início na porção do colo ou pescoço (C). Na sequência, identifica-
se a peça média ou intermediária (PM), espessada, o flagelo queé subdividido em peça principal 
(PP), seu segmento mais longo e finaliza na peça terminal (PT), com o menor calibre, e de difícil 
visualização. Adaptado de imagem disponível em: 
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1550242/figure/F1/>. 
Acesso em 14/07/2015 às 10h54. 
 
Interdigitações 
São especializações de comunicação celular que têm como propósito ampliar 
a superfície de contato entre as células que as realizam. Podem ser descritas como 
evaginações e invaginações complementares para o interior do corpo de uma e de 
outra célula pareada. Seu local de ocorrência predominante é a região lateral das 
células em proximidade 
 
Eletromicrografia de células epiteliais do intestino. Na região lateral de contato entre duas 
células no campo, observamos a presença de interdigitações laterais (IL) entre suas membranas 
pareadas. 
Adaptado de imagem disponível em 
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3138767/figure/pone-0022180-g002/>. 
Acesso em 14/07/2015 às 11h53. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
34 
 
Desmossomo ou Mácula Aderente 
A junção desmossômica é uma junção ancoradoura que serve para adesão célula-
célula, portanto, requer proximidade entre as membranas de duas células vizinhas. 
Sua forma em mancha justifica sua antiga nomenclatura de mácula ou botão de 
aderência. Seu número está relacionado ao esforço mecânico a que as células estão 
sujeitas, sendo mais numerosas no epitélio de revestimento externo do corpo, na 
epiderme. 
A região da membrana plasmática que estabelece junção desmossômica 
tem sua resistência mecânica aumentada com um reforço no lado citoplasmático 
oferecido pelo citoesqueleto ancorado à sua superfície protoplasmática, servindo, 
assim, a dois propósitos, como ponto de ancoragem da célula ao meio externo e 
como ponto de apoio interno para a arquitetura intracelular. 
 
Eletromicrografia de células epidermais adjacentes de escamas de Fundulus Heteroclitus. Os 
desmossomos (circulados) são reconhecidos pela densidade de filamentos intermediários 
ancorados na superfície das membranas, no local da junção e por seu aspecto em mancha. 
Adaptado de imagem disponível em: <http://www.cellimagelibrary.org/images/27225>. Acesso em 
14/07/2015 às 12h24. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
35 
 
Junção Aderente (zônula aderente) 
Esta especialização da membrana é similar a um desmossomo por sua função 
de ancoragem entre membranas de células vizinhas e ancoragem do 
citoesqueleto, no entanto, sua distribuição na membrana difere do mesmo por 
dispor-se em cinturão ao redor do corpo da célula, fazendo a união desta com 
várias células vizinhas. Nesta junção o citoesqueleto ancorado é composto de 
microfilamentos de actina (uma proteína contrátil). 
 
Eletromicrografia de zônulas aderentes (indicadas por setas) em cardiomiócitos. Observe 
que os microfilamentos de actina (MF), que sustentam as projeções apicais, encontram nesta 
região da membrana plasmática um ponto de ancoragem. Adaptado de imagem disponível em: 
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2868981/figure/fig3/>. Acesso em 14/07/2015 às 
16h06. 
 
Junção comunicante (GAP) 
A junção comunicante ou GAP, nos vertebrados, é uma junção com 
forma e tamanho variados, pois pode ser construída e desfeita pela simples 
concentração ou dispersão de proteínas Conexinas em qualquer ponto de 
aproximação entre as membranas de células vizinhas. Nos invertebrados, a junção 
é formada por proteínas similares, denominadas Inexinas. 
As junções têm como propósito a sinalização celular por meio de íons ou 
por meio de pequenos peptídeos sinalizadores que atravessam do citoplasma de 
uma célula diretamente para o citoplasma da célula vizinha, sem passar pelo meio 
Citologia, Histologia e Embriologia 
36 
extracelular. A passagem da molécula ou íon sinalizador se dá pelo interior do poro 
formado pela união das extremidades de duas conexinas, cada uma na membrana 
de uma das células em junção. Esse trânsito é muito rápido, fazendo com que essa 
especialização juncional seja uma das mais eficientes formas de comunicação entre 
as células animais. A GAP é o tipo de junção mais frequente entre as células. Entre 
neurônios, é denominada sinapse elétrica. 
 
 
Eletromicrografia da região de união entre um neurônio piramidal (célula nervosa) e uma fibra 
musgosa hipocampal. As membranas plasmáticas das duas células no campo estão separadas por 
espaços extracelulares (E) que se reduzem na região da junção comunicante ou junção GAP (G). 
Adaptado de imagem disponível em: 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3837298/figure/F4/ 
Acesso em 15/07/2015 às 10h26. 
 
Disco intercalar 
O disco intercalar é, na verdade, o local de ocorrência de um complexo de três 
junções celulares: (1) desmossomos; (2) zônulas de aderência; (3) junções 
comunicantes (GAP), que se estabelecem entre as fibras cardíacas (células 
musculares estriadas cardíacas). 
Citologia, Histologia e Embriologia 
37 
 
 
Fibras cardíacas de indivíduo de 11 anos de idade observados à microscopia de fluorescência. 
Observe as zonas de união celular entre as fibras cardíacas no campo, local de seus discos 
intercalares, destacadas com a cor mais clara. Adaptado de imagem disponível em: 
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3986238/figure/pone-0094722-g001/>. Acesso em 
15/07/2015 às 11h06. 
 
Transporte através da Membrana Plasmática 
A principal função da membrana plasmática é controlar as trocas de 
substâncias entre o meio intracelular e o meio extracelular. Por isso, costumamos 
dizer que a membrana plasmática tem permeabilidade seletiva. 
As substâncias atravessam a membrana plasmática, entrando e saindo da célula, 
com ou sem gasto de energia celular ou com o auxílio de proteínas transportadoras 
(carreadoras). Existem várias formas de transporte ou trânsito através da 
membrana, que serão apresentadas a seguir. 
Transporte passivo 
No transporte passivo as substâncias atravessam a membrana plasmática sem 
gasto de energia celular. Os principais tipos de transporte passivo serão 
apresentados: difusão simples, difusão facilitada e osmose. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
38 
Difusão Simples 
É o movimento de partículas (soluto) em uma solução, onde as moléculas 
tendem a se deslocar de uma região de maior concentração para a de menor 
concentração, até igualarem as concentrações. Em outras palavras, podemos dizer 
que o soluto passou de um meio hipertônico para um meio hipotônico, até se 
tornarem isotônicos. Um exemplo desse tipo de transporte é a difusão de gás 
carbônico e gás oxigênio através da membrana plasmática. 
A difusão é um tipo de transporte que ocorre geralmente com gases. Em síntese, os 
gases atravessam a membrana do local em que se encontram em maior 
quantidade (concentração) para o local em que se apresentam em menor 
quantidade (concentração) 
 
Na difusão simples, as moléculas atravessam a membrana do meio mais 
concentrado para o meio menos concentrado. Não há gasto de energia. 
(http://rachacuca.com.br/educacao/biologia/transporte-pelas-membranas/) 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
39 
 
Difusão Facilitada 
Na difusão facilitada, ocorre a participação de proteínas específicas de 
membrana (permeases) que facilitam e aceleram a entrada de solutos (substâncias 
sólidas) importantes para a célula. 
 
Esquema de difusão facilitada. Note a participação da proteína integral 
(permease) da membrana, atuando como facilitadora do processo, ou seja, a 
permease associa-se à molécula no meio extracelular e transporta-a para o meio 
intracelular. (http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia/cito9.php) 
 
Osmose 
É um caso especial de difusão. Devemos, neste caso, considerar que as 
moléculas de soluto não consigam atravessar a membrana. Dizemos que a 
membrana plasmática é semipermeável. O movimento será apenas das moléculas 
de água. Dizemos que a osmose é a passagemde solvente (água) de um meio 
hipotônico (que possui menor concentração de soluto) para um meio hipertônico 
(que possui maior concentração de soluto). 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
40 
 
Importante 
- Uma solução é formada por soluto + solvente (solução = soluto + 
solvente)! 
- O soluto é a parte sólida da solução e o solvente é a parte líquida. 
- Exemplo solução de água com açúcar = água (solvente) + açúcar 
(soluto). 
- Solução HIPERTÔNICA (HIPER = MUITO; TÔNICO = SOLUTO), ou seja, uma 
solução hipertônica apresenta mais soluto do que solvente (soluto > solvente). 
- Solução HIPOTÔNICA (HIPO = POUCO; TÔNICO = SOLUTO), ou seja, uma 
solução hipotônica apresenta pouco soluto e muito solvente (soluto < solvente). 
 
 
Esquema representativo de Osmose. Observe que ocorre a passagem de 
solvente (água) do meio hipotônico ao meio hipertônico. A tendência é que ambos 
os meios atinjam o equilíbrio, tornando-se isotônicos (com as mesmas 
concentrações). http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/osmose.htm 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
41 
 
 
Observe agora este esquema, onde a água atravessa a MSP (membrana 
plasmática semipermeável). A água pura atravessa a MSP para a solução que 
contém 5% de açúcar e tornando-a mais diluída. Portanto, osmose é a passagem 
do solvente (água pura) pela membrana semipermeável (MSP). A passagem se 
dá da solução mais diluída para a mais concentrada. 
(http://www.brasilescola.com/quimica/osmose.htm) 
Transporte ativo 
As substâncias atravessam a membrana plasmática com gasto de energia 
celular. Essa energia é fornecida pela respiração celular e armazenada em 
moléculas de ATP (adenosina trifosfato ou trifosfato de adenosina). Neste tipo de 
transporte, ocorre a movimentação de soluto contra um gradiente de 
concentração, ou seja, do local em que encontra-se em menor quantidade para o 
local em que encontra-se em maior quantidade. O melhor exemplo para esse caso 
é a bomba de sódio (Na+) e potássio (K+). 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
42 
 
 
Esquema da Bomba de sódio (Na+) e potássio (K+). Observe a grande 
quantidade de sódio que a célula mantém no meio extracelular, com gasto de 
energia do ATP e a grande quantidade de potássio que é mantido no meio 
intracelular, também com gasto de energia do ATP. O sódio (Na+) é expulso da 
célula e o potássio (K+); esses íons atravessam a membrana plasmática contra seus 
gradientes de concentração. 
(http://lorinhopc.blogspot.com.br/2011/02/neurofisiologia-e-informatica-
parte-1-o.html) 
 
A célula mantém mais potássio (K+) no meio intracelular e mais sódio (Na+) 
no meio extracelular. O íon sódio (Na+) tende a entrar na célula por difusão 
simples; no entanto, a membrana o expulsa continuamente por transporte ativo 
(com gasto de energia). O íon potássio (K+) tende a sair da célula por difusão 
Citologia, Histologia e Embriologia 
43 
simples; no entanto, a membrana o recaptura por transporte ativo (com gasto de 
energia). 
Endocitose 
Partículas maiores que não conseguem atravessar a membrana podem ser 
englobadas pela célula através de dois processos: fagocitose e pinocitose. 
Fagocitose 
A célula realiza o englobamento de partículas grandes e sólidas através da 
emissão de pseudópodos. Esse processo é realizado, principalmente, por alguns 
protozoários (amebas) e glóbulos brancos do sangue. No caso das amebas, trata-se 
de um processo nutritivo. Já nos glóbulos brancos, é um processo de defesa para o 
nosso organismo. Chamamos de exocitose ou clasmocitose a expulsão de materiais 
(excretas) para o meio extracelular: corresponde à excreção celular. 
 
Esquema representativo de fagocitose. Observe a emissão de pseudópodos. 
(http://4.bp.blogspot.com/moGBQkW2MWg/TjjQMYY1FaI/AAAAAAAAAIE/PT2Wjg
94Cqg/s1600/fagocitose.jpg). 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
44 
 
Pinocitose 
É o processo de englobamento de moléculas dissolvidas em água. Ocorre 
através da invaginação da membrana plasmática, formando um canal por onde 
penetram as partículas líquidas. 
 
 
Esquema representativo de pinocitose. Observe a formação de um canal 
(invaginação) na membrana plasmática. (http://www.infoescola.com/wp-
content/uploads/2010/05/pinocitose.jpg) 
 
Núcleo 
É a maior e mais óbvia organela envolvida por uma membrana: a carioteca. 
Controla atividades celulares, contém o nucléolo, uma região escura onde ARN ou 
RNA (ácido ribonucleico) ribossômico é sintetizado e contém cromossomos, que 
consistem de ADN ou DNA (ácido desoxirribonucleico) enrolado em torno de 
proteínas. 
A membrana nuclear ou carioteca ou envelope nuclear é dupla e tem poros 
nucleares que controlam a entrada e saída de substâncias. 
Os cromossomos, atualmente, também denominados de “corpos coloridos” 
são compostos de ADN e proteína e observáveis ao microscópio quando estão 
altamente condensados, em preparação para a divisão celular. Em outras ocasiões 
Citologia, Histologia e Embriologia 
45 
o ADN e as proteínas são filiformes e denominados cromatina. As proteínas 
nucleares mais comuns são as histonas. O DNA é enrolado em torno de histonas 
em um padrão regular que forma estruturas chamadas nucleossomos. 
 
Estrutura do núcleo celular. Observe o envelope nuclear ou membrana nuclear, a cromatina e o 
nucléolo. A cromatina constitui os cromossomos: nessa imagem não estão visíveis (condensados). 
Adaptado de imagem disponível em: 
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:0318_Nucleus.jpg>. 
Acesso em 16/07/2015 às 11h21. 
 
Os cromossomos ou cromossomas (kroma = cor, soma = corpo) são 
filamentos espiralados de cromatina existentes no núcleo de todas as células e 
coram intensivamente com o uso de corantes citológicos. Conforme supracitado 
são formados por ADN ou DNA e proteínas, sendo observáveis à microscopia 
apenas durante a divisão celular. Frações funcionais ou operantes de DNA no 
cromossomo constituem os genes. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
46 
 
 
 
Entenda a estrutura de um cromossomo: o DNA espiralado envolve proteínas (histonas) e forma a 
cromatina; quando a célula vai se dividir a cromatina se espirala intensamente (se condensa) e 
forma os cromossomos. Na espécie humana existem 46 cromossomos no núcleo da maioria das 
células. Adaptado de imagem disponível em: 
http://www.genome.gov/dmd/img.cfm?node=Photos/Graphics&id=85282 
Acesso em 16/07/2015 às 12h57. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
47 
 
 Retículo endoplasmático (RE) 
Constituem-se em uma série de canais interconectados dentro do citoplasma 
sob a forma de folhas planas, sacos, tubos e se espalham por toda a célula - têm 
conexões com a membrana exterior do núcleo e da membrana plasmática e o 
espaço interior é denominado cisterna ou lúmen. 
As funções dos RE são circulação, transporte armazenamento de proteínas e 
minerais; síntese de lipídeos, carboidratos e proteínas. Apresenta, também, uma 
grande área de superfície para a ação de enzimas. 
Existem dois tipos de RE: liso e rugoso. O RE rugoso (RER) é coberto por 
ribossomos, sendo um local de síntese de muitas proteínas. Todos os ribossomos 
no RER estão ativamente envolvidos na síntese de proteínas. O RE liso (REL) realiza 
síntese de esteroides e outros lípidos; em músculos armazena o íon cálcio; é um 
local para desintoxicação de drogas, toxinas, álcool (especialmente no fígado); 
tendo superfície altamente ramificada fornece uma grande área para atividades 
enzimáticas, pois, muitas enzimas são enca ixadas nas suas membranas. 
 
Retículos endoplasmáticos liso (REL) e rugoso (RER). Observe que o RER apresenta 
ribossomos em sua superfície é formado por sacos ou cisternas achatadas. O REL é uma rede 
de canais tubulares e não apresenta ribossomos em sua superfície. 
(http://www.sobiologia.com.br/figuras/Citologia/reticulo_endoplasmatico.jpg) 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
48 
 
RibossomosOs ribossomos são os menores e mais abundantes organelas celulares e 
constituem uma pequena fábrica de proteínas (sintetizam proteínas). São 
encontrados livres no citoplasma ou na superfície do RER e estruturados em duas 
subunidades – maior e menor – cada uma constituída por proteína e ARN 
ribossômico. A síntese de proteínas ocorre em ribossomos que estão flutuando 
livremente no citoplasma e em ribossomos ligados ao retículo endoplasmático. 
 
Estrutura de um ribossomo: imagem obtida a partir de computação gráfica. As 
subunidades maior e menor do ribossomo só podem ser observadas à microscopia 
eletrônica. (http://cbme.usp.br/playercbme/celulasvirtuais/know/ribossomo.gif) 
 
Aparelho de Golgi e Lisossomos 
É um conjunto de membranas associadas com o RE, composto por sacos 
achatados e empilhados, denominados dictiossomos que empacota e secreta 
substâncias sintetizadas no retículo endoplasmático. O aparelho ou complexo de 
Golgi ou complexo golgiense está funcionalmente associado com o retículo 
endoplasmático. 
O retículo endoplasmático rugoso pode ser fusionado ao Aparelho de Golgi, 
no qual despeja seu conteúdo proteico. O Aparelho de Golgi secreta o conteúdo 
armazenado em vesículas, de modo que elas possam ser eliminadas para o meio 
extracelular (para fora da célula) ou utilizadas dentro da célula. 
 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
49 
 
As vesículas secretoras, que deixam o aparelho de Golgi, fundem-se à 
membrana plasmática e eliminam seus conteúdos, são muito abundantes em 
glândulas. 
O aparelho de Golgi também forma lisossomos. Os lisossomos são vesículas 
cheias de enzimas digestivas utilizadas para digestão intracelular. As partículas 
podem ser fagocitadas e fusionadas aos lisossomos, onde ocorrerá a digestão. 
 
 
Relações entre o RE e o aparelho de Golgi: o RE fabrica substâncias que são secretadas em 
forma de vesículas, as quais se associam ao aparelho de Golgi. O aparelho de Golgi armazena e 
secreta essas substâncias, também, sob a forma de vesículas. As vesículas do Aparelho de Golgi 
chegam à membrana plasmática e eliminam seus produtos de secreção. Esse processo é muito 
comum em células secretoras, como células de glândulas ou produtoras de muco. 
(http://www.sobiologia.com.br/figuras/Citologia/reticulo_endoplasmatico2.jpg) 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
50 
 
Microcorpos: Peroxisomos e Glioxissomos 
Vesículas que se formam através do crescimento e divisão dentro do 
citoplasma. Os glioxissomos são encontrados em plantas e contêm enzimas que 
convertem gorduras em carboidratos. Os peroxissomos são usados para remoção 
de água oxigenada produzida através de reações químicas no citoplasma; eles 
contêm catalase (uma enzima que degrada a água oxigenada (H2O2) em H2O e 
oxigênio (O). 
 
 
Micrografia eletrônica apresentando peroxissomos e lisossomos. Essas organelas, na 
verdade, são vesículas que se formam de acordo com as necessidades fisiológicas da célula. 
(http://nossomeioporinteiro.wordpress.com/2012/01/01/peroxissomos/) 
 
Mitocôndrias 
As mitocôndrias são locais de produção de energia para as células; elas 
apresentam membrana dupla, membrana interna dobrada em projeções internas 
denominadas cristas mitocondriais e dois espaços dentro da mitocôndria: a matriz 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
51 
 
e o espaço intermembranar. Apresentam ADN próprio e capacidade de 
autoduplicação. 
A obtenção de energia se dá, principalmente através da respiração celular aeróbica, 
ou seja, realizada com presença de oxigênio. Este processo é estudado na disciplina 
de bioquímica. 
 
Aspecto geral da mitocôndria. Observe que a organela apresenta duas membranas (externa e 
interna). O espaço interno é denominado matriz mitocondrial e aquele entre uma membrana 
e outra, espaço intermembranar. (http://www.cientic.com/tema_celula_img4.html) 
 
Cloroplastos 
Os cloroplastos, organelas responsáveis pela fotossíntese - em quase todas as 
plantas e alguns protistas (protozoários), armazena energia luminosa e consegue 
convertê-la em energia química, através da fabricação de moléculas de glicose, 
durante o processo. Apresenta membrana dupla e seu espaço interno é 
denominado estroma. Dentro do estroma existe uma série de sacos achatados 
empilhados denominados tilacoides. Uma pilha de tilacoides forma um grana. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
52 
Tem o seu próprio ADN, similar ao ADN procariótico. Podem sintetizar muitas das 
suas próprias proteínas usando ribossomos, de forma similar aos procariontes. 
Os cloroplastos podem assumir outras funções, tais como sintetizar e 
armazenar moléculas de glicose, sob a forma de amido nas raízes e tubérculos e 
dar cor às folhas e frutos maduros, através de seus diversos pigmentos. 
 
Células vegetais ricas em cloroplastos. O pigmento verde encontrado no interior dos cloroplastos é 
a clorofila e é fundamental para a realização da fotossíntese. Adaptado de imagem disponível em: 
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Plagiomnium_affine_laminazellen.jpeg> 
Acesso em 17/07/2015 às 12h43. 
 
 
Esquema apresentando a estrutura do cloroplasto. Observe a dupla membrana 
(externa e interna), as pilhas de tilacoides ricas em clorofila, formando os grana e o 
espaço interno (estroma). (http://www.prof2000.pt/users/biologia/organelos.htm) 
 
 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
53 
Centríolos 
Fazem parte de uma região especializada da célula denominada centrossoma 
(centro da célula). São encontrados nos animais e a na maioria dos protistas. Os 
centríolos estão envolvidos na produção de microtúbulos, os quais têm muitas 
funções, incluindo o deslocamento dos cromossomos durante a divisão celular. 
São, também, constituídos por microtúbulos, organizados em nove trios que 
rodeiam uma cavidade denominada núcleo-centriolar Os microtúbulos são tubos 
ocos feitos de proteína denominada tubulina; são também encontrados 
entrelaçados no citoplasma formando o esqueleto celular ou citoesqueleto. O 
citoesqueleto é responsável pela locomoção celular (movimentos ameboides, de 
cílios e flagelos), pelos movimentos de organelas celulares no citoplasma e pelo 
movimento dos cromossomas durante a divisão celular. 
Normalmente, as células possuem um par de centríolos posicionados lado a 
lado ou posicionados perpendicularmente. São constituídos por nove 
microtúbulos triplos ligados entre si, formando um tipo de cilindro. Dois centríolos 
dispostos perpendicularmente formam um diplossomo. 
 
A)Estrutura de um centríolo: nove trios de microtúbulos, ligados entre si, formando um 
cilindro. (http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mylinks/viewcat.php?cid=6) 
B) Fotomicrografia eletrônica revelando, ao centro, um par de centríolos (em corte 
longitudinal). (http://anatpat.unicamp.br/nptpineocitoma3c.html) 
Vacúolo Central ou Vacúolo de Suco Celular 
Citologia, Histologia e Embriologia 
54 
As células de plantas têm um vacúolo central ou vacúolo de suco celular para 
armazenamento de substâncias no interior da célula. O vacúolo central, 
geralmente, armazena água e sais minerais, mas também substâncias de reserva, 
como o amido e pigmentos acessórios, como carotenoides. Como as células 
vegetais são fechadas por uma parede celular, a expansão do vacúolo pode exercer 
pressão sobre a célula sem que ela estoure. 
 
 
Micrografia de célula vegetal revelando o grande vacúolo central ocupando quase todo o 
citoplasma. 
(http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Morfofisiologia_vegetal/morfovegetal16.php) 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
55 
 
Teoria Endossimbiótica: de onde vieram as células 
eucarióticas? 
 
As rochas mais antigas, com evidência de células fósseis datam de 3,5 bilhões 
de anos. As mais antigas, com células grandes e complexas o suficiente para serem 
eucarióticas, datam de 1,0 bilhão de anos. Há cerca de 2.500 milhões de anos 
apenas células procariotas existiam na Terra.A melhor hipótese para a origem das células eucarióticas foi proposta por 
Lynn Margulis, na década de 1970. Esta hipótese é denominada de 
endossimbiose. As células eucarióticas parecem ser o produto de uma agregação 
entre diferentes tipos de células procarióticas. Algumas células procariotas 
tornaram-se a sede para outras células procariotas que passaram a viver dentro 
delas. Algumas organelas complexas de eucariotas fornecem evidências para esta 
teoria. 
As mitocôndrias e cloroplastos parecem ser descendentes diretos de 
bactérias produtoras de energia (fotossintetizantes). As mitocôndrias são 
descendentes de bactérias que eram capazes de realizar respiração aeróbica (com 
consumo de oxigênio). 
 
Evidências que dão suporte a essa teoria 
Mitocôndrias e cloroplastos têm o seu próprio ADN e ribossomas que são 
semelhantes àqueles encontrados em procariotas. Ambos fabricam muitas de suas 
próprias proteínas e se multiplicam de forma semelhante às células procarióticas. 
Ambas são organelas de dupla membrana - a membrana interna (descendente da 
célula ancestral) e a membrana externa (descendente da membrana do vacúolo 
que se formou em torno das células hóspedes). 
Outra organela também pode ser o produto de endossimbiose. Alguns 
centríolos e corpos basais têm DNA nu, como parte de sua estrutura. Há muitos 
exemplos modernos de endossimbiose envolvendo organismos que podem viver 
Citologia, Histologia e Embriologia 
56 
juntos ou viver de forma independente, como algas zooxantelas que vivem dentro 
de pólipos de corais. 
 
Eletromicrografia de célula vegetal revelando o grande vacúolo central ocupando uma grande 
porção do citoplasma. Adaptado de imagem disponível em: 
<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3268088/figure/F3/>. 
Acesso em 20/07/2015 às 14h57. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
57 
 
 
Leitura Complementar 
Aprofunde seus conhecimentos lendo: 
ALBERTS, B. et al. Fundamentos de biologia celular: Uma introdução à biologia 
molecular da célula. São Paulo: Artmed. 2004 
ALBERTS, B.; BRAY, D.; HOPKIN, K.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, 
K.; WALTER, P.. Fundamentos da Biologia Celular. 3ª Edição.. São Paulo. Artmed. 
2011 
ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WALTER, P.. 
Biologia Molecular da Célula. 5ª Edição. São Paulo. Artmed. 2010 
DE ROBERTIS; DE ROBERTIS JR. Bases da biologia celular e molecular. 2 ed. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan. 1993. 
JUNQUEIRA, L.C.U.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 6 ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan. 1997. 
KARP, G.. Cell Biology. 6th Edition. 2010 
 
É hora de se avaliar 
Não se esqueça de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas 
irão ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo 
de ensino-aprendizagem. Caso prefira, redija as respostas no caderno e depois às 
envie através do nosso ambiente virtual de aprendizagem (AVA). Interaja conosco! 
Na unidade seguinte iniciaremos o estudo dos tecidos separadamente, 
conhecendo primeiramente o tecido epitelial. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
58 
 
Exercícios – unidade 1 
 
1) (UFPA) Sobre as funções dos tipos de retículo endoplasmático, pode–se 
afirmar que: 
a) o rugoso está relacionado com o processo de síntese de esteroides. 
b) o liso tem como função a síntese de proteínas. 
c) o liso é responsável pela formação do acrossomo dos espermatozoides. 
d) o rugoso está ligado à síntese de proteína. 
e) o liso é responsável pela síntese de poliolosídios. 
 
2) (UFCE) O aspecto comum do Complexo de Golgi, em células animais, 
deduzindo através de observações ao microscópio eletrônico, é de: 
a) vesículas formadas por dupla membrana, sendo a interna sem granulações e 
com dobras voltadas para o interior. 
b) membranas granulosas delimitando vesículas e sacos achatados, que 
dispõem paralelamente. 
c) um complexo de membranas formando tubos anastomosados, com 
dilatações em forma de disco. 
d) sacos e vesículas achatadas, formadas por membrana dupla em que a 
interna, cheia de grânulos, emite para o interior prolongamentos em forma de 
dobras. 
e) membranas lisas delimitando vesículas e sacos achatados, que se dispõem 
paralelamente. 
 
3) (VUNESP) Numa célula eucariótica, a síntese de proteínas, a síntese de 
esteroides e a respiração celular estão relacionadas, respectivamente: 
a) ao Complexo de Golgi, às mitocôndrias, aos ribossomos; 
Citologia, Histologia e Embriologia 
59 
b) ao retículo endoplasmático liso, ao retículo endoplasmático granular, ao 
Complexo de Golgi; 
c) aos ribossomos, ao retículo endoplasmático liso, às mitocôndrias; 
d) ao retículo endoplasmático granular, às mitocôndrias, ao Complexo de 
Golgi; 
e) ao retículo endoplasmático liso, ao Complexo de Golgi, às mitocôndrias. 
 
4) Associe a segunda coluna de acordo com a primeira e assinale a alternativa 
que está correta: 
1. Lisossomo ( ) Acúmulo e eliminação de secreção 
2. Complexo de Golgi ( ) Digestão intracelular 
3. Ribossomo ( ) Transporte de materiais dentro da célula 
4. Retículo endoplasmático ( ) Síntese de proteínas 
5. Mitocôndria ( ) Respiração celular 
 
a) 2-1-4-3-5 
b) 1-4-3-5-2 
c) 4-3-5-2-1 
d) 5-2-1-4-3 
e) 4-1-2-3-5 
 
5) (UF São Carlos) Todas as alternativas abaixo expressam uma relação correta 
entre uma estrutura celular e sua função ou origem, exceto: 
a) Aparelho de Golgi - relacionado com o armazenamento e secreção de 
substâncias. 
b) Retículo endoplasmático rugoso - relacionado com a síntese de proteínas 
das células. 
c) Peroxissomos - relacionados com os processos de fagocitose e pinocitose, 
sendo responsáveis pela digestão intracelular. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
60 
d) Lisossomos – ricos em enzimas digestivas, têm sua origem relacionada com 
os sacos do aparelho de Golgi. 
e) Retículo endoplasmático liso - relacionado com a secreção de esteroides e 
com o processo de desintoxicação celular. 
 
6) (FUND. CARLOS CHAGAS) A cromatina presente no núcleo interfásico 
aparece durante a divisão celular com uma organização estrutural diferente, 
transformando-se nos: 
a) cromômetros. 
b) cromossomos. 
c) centrômeros. 
d) cromocentros. 
e) cromonemas. 
 
7) Todas as células possuem uma membrana plasmática, ou plasmalema, que 
separa o conteúdo protoplasmático, ou meio intracelular, do meio ambiente. A 
existência e a integridade dessa estrutura são importantes, porque a membrana: 
a) regula as trocas entre a célula e o meio, só permitindo a passagem de 
moléculas de fora para dentro da célula e impedindo a passagem em sentido 
inverso; 
b) possibilita à célula manter a composição intracelular diversa do meio 
ambiente; 
c) impede a penetração de substâncias existentes em excesso no meio 
ambiente; 
d) torna desnecessário o consumo energético para captação de metabólitos 
do meio externo; 
e) impede a saída de água do citoplasma. 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
61 
8) Sobre o mecanismo de transporte ativo, através da membrana celular, são 
feitas as seguintes afirmações: 
I - Para que moléculas sejam transportadas a partir de uma solução mais 
concentrada para uma menos concentrada, através da membrana celular, a célula 
deve despender energia, e isto é denominado transporte ativo; 
II - Dentre as diferentes substâncias que são, com frequência, transportadas 
ativamente através da membrana celular estão: aminoácidos, íons sódio, íons 
potássio, íons hidrogênio e vários monossacarídeos; 
III - O mecanismo básico envolvido no transporte ativo depende de 
transportadores específicos, que reagem de maneira reversível com as substâncias 
transportadas, sob a ação de enzimas e com consumo de energia. 
Escreveu-se corretamente em: 
a) I e II apenas 
b) I e III apenas 
c) II e III apenas 
d) I, II e III 
e) nenhuma delas 
 
9) (VUNESP) A membrana plasmática que delimita a célula permite apassagem 
seletiva de substâncias do meio externo para o meio interno da célula e vice-versa. 
O que se entende por transporte ativo e difusão facilitada? 
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Citologia, Histologia e Embriologia 
62 
 
10) Explique os mecanismos básicos de síntese e secreção de substâncias nas 
células e quais organelas estão envolvidas nesse processo. 
 ___________________________________________________________________ 
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Citologia, Histologia e Embriologia 
63 
2Introdução à Histologia 
Conceito de Histologia 
Conceito de Tecido 
Preparação de Tecidos para Estudo 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
64 
 
Bem-vindo à segunda unidade. Nela estudaremos o conceito de Histologia e 
tecido e as principais técnicas utilizadas na preparação de lâminas histológicas para 
estudo. 
 
Objetivo da Unidade: 
Conhecer o conceito Histologia e tecido; 
Compreender a origem dos cortes histológicos e a importância de sua 
utilização para compreensão da disciplina. 
 
Plano da Unidade: 
 Conceito de Histologia 
 Conceito de Tecido 
 Preparação de Tecidos para Estudo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bons Estudos 
 
Citologia, Histologia e Embriologia 
65 
 
Conceito de Histologia 
 
A histologia é o estudo dos tecidos do organismo, da forma que esses tecidos 
são organizados para constituir órgãos e como são e quais as funções de suas 
células. 
Essa ciência reconhece quatro tecidos fundamentais, que estudaremos mais 
adiante: 
 Tecido Epitelial 
 Tecido Conjuntivo 
 Tecido Muscular 
 Tecido Nervoso 
 
Conceito de Tecido 
 
A maioria dos tecidos é constituída por células inseridas em uma matriz 
extracelular, onde há interação entre os elementos dos tecidos. A matriz 
extracelular é constituída por vários tipos de moléculas inorgânicas (água e sais 
minerais) e moléculas orgânicas (proteínas, lipídeos, carboidratos), as quais podem 
organizar-se formando estruturas complexas como fibras proteicas (colágeno) e 
uma base para sustentação de células (membrana basal). As células de um tecido 
não são todas iguais e nem sempre desempenham a mesma função, portanto, 
tecido é um conjunto de células, inseridas ou não em uma matriz extracelular; as 
células, em conjunto, desempenharão uma função geral que será atribuída ao 
tecido. Ao tecido sanguíneo, por exemplo, é atribuída a função de transporte de 
substâncias no organismo, porém, nem todas as suas células estão envolvidas com 
esta função, os glóbulos vermelhos transportam gases respiratórios, porém como 
você já deve saber, os glóbulos brancos e as plaquetas desempenham, 
respectivamente, a função de defesa e coagulação sanguínea. 
Os órgãos, na sua maioria, são constituídos por uma combinação de vários 
tipos de tecidos e, assim, interagindo em conjunto, os tecidos permitem o perfeito 
funcionamento dos órgãos e, consequentemente, do organismo. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
66 
 
Preparação de Tecidos para Estudo 
 
Na prática, os tecidos são estudados através da observação microscópica de 
lâminas preparadas com os chamados cortes histológicos. Os cortes histológicos 
consistem em órgãos preparados e imersos em um bloco de parafina, cortados em 
finas fatias obtidas através de um equipamento preciso denominado micrótomo 
(figura 1). Esses cortes de tecidos são sucessivos, delgados e uniformes, obtidos a 
partir dos blocos de parafina com as peças incluídas. Este aparelho é formado por 
uma lâmina (fixa ou descartável) de aço, afiada, e um braço ao qual se prende o 
bloco e que se desloca verticalmente. 
As fitas obtidas a partir do micrótomo são delicadamente capturadas e 
transferidas para um “banho-maria”, com o auxílio de uma pinça, para serem 
distendidas (figuras 2 e 3). 
Micrótomo para cortar tecidos inclusos em parafina ou resina. (Junqueira & Carneiro, 2008) 
Citologia, Histologia e Embriologia 
67 
 
Obtenção de cortes sucessivos dos tecidos de órgãos a serem estudados em lâminas histológicas. 
(http://histologiavet.blogspot.com.br/2007/02/etapas-na-preparao-dos-tecidos-ou-rgos.html) 
Cortes sobre a água aquecida em "banho-maria". 
(http://histologiavet.blogspot.com.br/2007/02/etapas-na-preparao-dos-tecidos-ou-rgos.html) 
Citologia, Histologia e Embriologia 
68 
 
Como você pode observar na figura , as fatias dos tecidos cortados 
apresentam dobras e o “banho-maria” é necessário para que estas sejam retiradas, 
assim como as bolhas abaixo das fatias. Após a distensão, os cortes são separados 
individualmente ou em grupos, conforme a conveniência e retira-se os cortes do 
“banho-maria” utilizando se lâminas de vidro previamente limpas e com suas 
superfícies revestidas com uma fina camada de albumina para facilitar a adesão da 
peça . Esse processo é conhecido como “pescagem”, o qual consiste em mergulhar 
a lâmina na água e coletar o material esticado sobre a mesma. 
 
 
“Pescagem” de corte histológico sobre a água aquecida em "banho-maria". 
(http://histologiavet.blogspot.com.br/2007/02/etapas-na-preparao-dos-tecidos-ou-rgos.html) 
 
Após a “pescagem”, para a visualização das estruturas do tecido é importante 
que os cortes sejam corados. Normalmente são utilizados corantes hidrossolúveis 
(solúveis em água), sendo necessária a remoção da parafina da peça que foi 
preparada nas etapas descritas anteriormente e que permanece na lâmina de 
vidro. As lâminas são depositadas sobre uma platina aquecedora, o que facilita a 
remoção da parafina. Na figura 5 você pode observar os cortes distendidos sobre as 
lâminas de vidro e sem a parafina: agora os tecidos podem ser corados. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
69 
 
 
 
Cortes histológicos distendidos sobre as lâminas de vidro, após a “pescagem”. 
(http://histologiavet.blogspot.com.br/2007/02/etapas-na-preparao-dos-tecidos-ou-rgos.html) 
 
Embora existam muitos tipos de corantes, de uma forma geral eles podem ser 
agrupados em três classes distintas (Gartner e Hiatt, 1999): 
1. Corantes que diferenciam os componentes ácidos e básicos das células; 
2. Corantes especializados que diferenciam os componentes fibrosos da matriz 
extracelular; 
3. Sais metálicos que precipitam nos tecidos. 
Importante 
Cortes histológicos = tecidos cortados pelo micrótomo, tratados e corados para 
observação ao microscópio. 
Além da microscopia óptica, ainda existe para estudo dos tecidos, a microscopia 
eletrônica de varredura, de transmissão, luz polarizada e fluorescência. 
Citologia, Histologia e Embriologia 
70 
 
Os corantes mais utilizados nos procedimentos histológicos são a 
Hematoxilina e a Eosina (HE). 
De acordo com Gartner e Hiatt, (1999) a Hematoxilina é uma base que 
cora, preferencialmente, componentes ácidos das células em um tom azulado 
escuro. Como os componentes ácidos mais abundantes são o DNA e o RNA, tanto o 
núcleo, quanto certas

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