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BASA - TÉCNICO BANCÁRIO

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CARGO: TÉCNICO BANCÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELABORAÇÃO: ALPHA VESTIBULARES E CONCURSOS LTDA 
CNPJ: 06.029.754/0001-50 
CRATO-CE
Editora Aprovar – Você em 1º Lugar!!! 
 
 
2 
 
 
 
Editora Aprovar – Você em 1º Lugar!!! 
 
 
3 
 
 
 
Prezado(a) Candidato(a), 
 
 
 
 Com o objetivo de auxiliar os candidatos que desejam iniciar seus 
estudos para o concurso do BASA com antecedência, a equipe 
pedagógica da editora APROVAR elaborou esta apostila contendo os 
assuntos sugeridos pelo conteúdo programático (conforme último Edital) 
do referido concurso. 
 
 
 
Para quem vai entrar nesta disputa, é muito importante manter uma 
rotina diária de estudos e resolver o máximo de questões relacionadas ao 
conteúdo programático. 
 
 Desde já lhe desejamos sucesso na sua empreitada! 
 
 
Atenciosamente, 
 
Os Editores 
 
 
 
 
 
 
 
Proibida a reprodução no todo ou em partes, por qualquer meio de 
processo, sem a autorização expressa. A violação dos direitos autorais é 
punida como crime: Código Penal, Artigo nº184 e seus parágrafos e 
Artigo nº 186 e seus incisos. Ambos atualizados pela Lei nº 10.695/2003) 
e Lei nº 9.610/98 – Lei dos direitos Autorais. 
 
Editora Aprovar – Você em 1º Lugar!!! 
 
 
4 
 
 
 
Editora Aprovar – Você em 1º Lugar!!! 
 
 
5 
 
 
SUMÁRIO 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 7 
MATEMÁTICA 109 
ATUALIDADE 223 
NOÇÕES DE INFORMÁTICA 267 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 321 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Editora Aprovar – Você em 1º Lugar!!! 
 
 
6 
 
 
 
 
Editora Aprovar – Você em 1º Lugar!!! 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TEORIA COMPLETA. 
 VÁRIAS QUESTÕES DE CONCURSOS COMENTADAS. 
 CONTEÚDO ATUALIZADO E DE ACORDO COM O EDITAL. 
 
CARGO: TÉCNICO 
BANCÁRIO 
 
Elaboração do Conteúdo: 
ALPHA VESTIBULARES E CONCURSOS LTDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Editora Aprovar – Você em 1º Lugar!!! 
 
 
8 
 
 
 
ÍNDICE 
 
1 Compreensão do Texto 9 
2 Ortografia Oficial 26 
2.1 Emprego das Letras 26 
2.2 Emprego da Acentuação Gráfica 34 
3 Tempos e Modos Verbais 43 
4 Colocação e Emprego dos Pronomes 49 
5 Coordenação e Subordinação 59 
6 Pontuação 67 
7 Concordância Verbal e Nominal 73 
8 Regência Verbal e Nominal 79 
9 Emprego do Sinal Indicativo de Crase 85 
10 Redação Oficial e Adequação da Linguagem ao tipo de Documento 92 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Editora Aprovar – Você em 1º Lugar!!! 
 
 
9 
 
 
1 Compreensão do Texto 
 
COMPREENSÃO GERAL DO TEXTO 
 
É comum encontrarmos alunos se queixando de que não sabem interpretar textos. Muitos têm aversão a exercícios nessa categoria. Acham monótono, 
sem graça, e outras vezes dizem: cada um tem o seu próprio entendimento do texto ou cada um interpreta a sua maneira. No texto literário, essa ideia tem 
algum fundamento, tendo em vista a linguagem conotativa, os símbolos criados, mas em texto não-literário isso é um equívoco. Diante desse problema, 
seguem algumas dicas para você analisar, compreender e interpretar com mais proficiência. 
 
1º - Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando nós passamos a gostar de algo, compreendemos melhor seu funcionamento. Nesse caso, as 
palavras tornam-se familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa impressão de que ler não faz diferença. Também não se intimide caso alguém diga 
que você lê porcaria. Leia tudo que tenha vontade, pois com o tempo você se tornará mais seleto e perceberá que algumas leituras foram superficiais e, às 
vezes, até ridículas. Porém elas foram o ponto de partida e o estímulo para se chegar a uma leitura mais refinada. Existe tempo para cada tempo de nossas 
vidas. Não fique chateado com comentários desagradáveis. 
2º - Seja curioso, investigue as palavras que circulam em seu meio. 
3º - Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura, um bom exercício para ampliar o léxico é fazer palavras cruzadas. 
4º - Faça exercícios de sinônimos e antônimos. 
5º - Leia verdadeiramente. Somos um País de poucas leituras. Veja o que diz a reportagem, a seguir, sobre os estudantes brasileiros. Dados do Programa 
Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) revelam que, entre os 32 países submetidos ao exame para medir a capacidade de leitura dos alunos, o Brasil é o 
pior da turma. A julgar pelos resultados do Pisa, divulgados no dia 5 de dezembro, em Brasília, os estudantes brasileiros pouco entendem do que lêem. O 
Brasil ficou em último lugar, numa pesquisa que envolveu 32 países e avaliou, sobretudo, a compreensão de textos. No Brasil, as provas foram aplicadas em 
4,8 mil alunos, da 7a série ao 2º ano do Ensino Médio. 
6º - Leia algumas vezes o texto, pois a primeira impressão pode ser falsa. É preciso paciência para ler outras vezes. Antes de responder as questões, 
retorne ao texto para sanar as dúvidas. 
7º - Atenção ao que se pede. Às vezes a interpretação está voltada a uma linha do texto e por isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se 
afirma. Outras vezes, a questão está voltada à ideia geral do texto. 
8º - Fique atento a leituras de texto de todas as áreas do conhecimento, porque algumas perguntas extrapolam ao que está escrito. Veja um exemplo 
disso: 
 
Texto: 
Pode dizer-se que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais. Os antigos moradores da terra 
foram, eventualmente, prestimosos colaboradores da indústria extrativa, na caça, na pesca, em determinados ofícios mecânicos e na criação do gado. 
Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que exige a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea era para as ativ idades 
menos sedentárias e que pudessem exercer-se sem regularidade forçada e sem vigilância e fiscalização de estranhos. 
(Sérgio Buarque de Holanda, in Raízes) 
 
- Infere-se do texto que os antigos moradores da terra eram: 
a) os portugueses. 
b) os negros. 
c) os índios. 
d) tanto os índios quanto aos negros. 
e) a miscigenação de portugueses e índios. 
(Aquino, Renato. Interpretação de textos, 2ª edição. Rio de Janeiro : Impetus, 2003.) 
 
Resposta: Letra C. Apesar do autor não ter citado o nome dos índios, é possível concluir pelas características apresentadas no texto. Essa resposta exige 
conhecimento que extrapola o texto. 
 
9º - Tome cuidado com as vírgulas. Veja por exemplo a diferença de sentido nas frases a seguir. 
a) Só, o Diego da M110 fez o trabalho de artes. 
b) Só o Diego da M110 fez o trabalho de artes. 
c) Os alunos dedicados passaram no vestibular. 
d) Os alunos, dedicados, passaram no vestibular. 
e) Marcão, canta Garçom, de Reginaldo Rossi. 
f) Marcão canta Garçom, de Reginaldo Rossi. 
 
Explicações: 
a) Diego fez sozinho o trabalho de artes. 
b) Apenas o Diego fez o trabalho de artes. 
c) Havia, nesse caso, alunos dedicados e não-dedicados e, passaram no vestibular, somente, os que se dedicaram, restringindo o grupo de alunos. 
d) Nesse outro caso, todos os alunos eram dedicados. 
e) Marcão é chamado para cantar. 
f) Marcão pratica a ação de cantar. 
 
10º - Leia o trecho e analise a afirmação que foi feita sobre ele. 
 “Sempre fez parte do desafio do magistério administrar adolescente com hormônios em ebulição e com o desejo natural da idade de desafiar as regras. A 
diferença é que, hoje, em muitos casos, a relação comercial entre a escola e os pais se sobrepõe à autoridade do professor.” (VEJA, p. 63, 11 maio 2005.) 
Editora Aprovar – Você em 1º Lugar!!! 
 
 
10 
 
 
Frase paraanálise. 
 Desafiar as regras é uma atitude própria do adolescente das escolas privadas. E esse é o grande desafio do professor moderno. 
1 – Não é mencionado que a escola seja da rede privada. 
2 – O desafio não é apenas do professor atual, mas sempre fez parte do desafio do magistério. Outra questão é que o grande desafio não é só administrar 
os desafios às regras, isso é parte do desafio, há também os hormônios em ebulição que fazem parte do desafio do magistério. 
 
11º - Atenção ao uso da paráfrase (reescritura do texto sem prejuízo do sentido original). 
Veja o exemplo: 
Frase original: Estava eu hoje cedo, parado em um sinal de trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma porta, uma loirona a me olhar e eu olhava 
também.(Concurso TRE/ SC – 2005) 
A frase parafraseada é: 
a) Parado em um sinal de trânsito hoje cedo, numa esquina, próximo a uma porta, eu olhei para uma loira e ela também me olhou. 
b) Hoje cedo, eu estava parado em um sinal de trânsito, quando ao olhar para uma esquina, meus olhos deram com os olhos de uma loirona. 
c) Hoje cedo, estava eu parado em um sinal de trânsito quando vi, numa esquina, próxima a uma porta, uma louraça a me olhar. 
d) Estava eu hoje cedo parado em um sinal de trânsito, quando olho na esquina, próximo a uma porta, vejo uma loiraça a me olhar também. 
Resposta: Letra C. 
 
A paráfrase pode ser construída de várias formas, veja algumas delas. 
a) substituição de locuções por palavras; 
b) uso de sinônimos; 
c) mudança de discurso direto por indireto e vice-versa; 
d) converter a voz ativa para a passiva; 
e) emprego de antonomásias ou perífrases (Rui Barbosa = A águia de Haia; o povo lusitano = portugueses). 
 
12º - Observe a mudança de posição de palavras ou de expressões nas frases. 
Exemplos 
a) Certos alunos no Brasil não convivem com a falta de professores. 
b) Alunos certos no Brasil não convivem com a falta de professores. 
c) Os alunos determinados pediram ajuda aos professores. 
d) Determinados alunos pediram ajuda aos professores. 
 
Explicações: 
a) Certos alunos = qualquer aluno 
b) Alunos certos = aluno correto 
c) Alunos determinados = alunos decididos 
d) Determinados alunos = qualquer aluno 
 
Veja as diferenças entre analisar, compreender e interpretar 
1. O que se pretende com a análise textual? 
- identificar o gênero; a tipologia; as figuras de linguagem; 
- verificar o significado das palavras; 
- contextualizar a obra no espaço e tempo; 
- esclarecer fatos históricos pertinentes ao texto; 
- conhecer dados biográficos do autor; 
- relacionar o título ao texto; 
- levantar o problema abordado; 
- apreender a ideia central e as secundárias do texto; 
- buscar a intenção do texto; 
- verificar a coesão e coerência textual; 
- reconhecer se há intertextualidade. 
 
2. Qual o objetivo da análise? 
- levantar elementos para a compreensão e, posteriormente, fazer julgamento crítico. 
3. Para compreender bem é necessário que o leitor: 
- conheça os recursos lingüísticos.Por exemplo, a regência verbal não compreendida pelo leitor pode levá-lo ao erro. Veja: Assisti o doente é diferente de 
assisti ao doente. No primeiro caso, a pessoa ajuda ao doente; no segundo, ela vê o doente. 
- perceba as referências geográficas, mitológicas, lendárias, econômicas, religiosas, políticas e históricas para que faça as possíveis associações. 
- esclareça as suas dúvidas de léxico. 
- esteja familiarizado com as circunstâncias históricas em que o texto foi escrito. Por exemplo, para entender que, no poema Canção do Exílio, de 
Gonçalves Dias, o advérbio aqui e lá é, respectivamente, Portugal e Brasil, você tem que saber onde o poeta escreveu seu poema naquela época. 
- observe se há no texto intertextualidade por meio da paráfrase, paródia ou citação. 
 
4. Afinal o que é interpretar? 
- Interpretar é concluir, deduzir a partir dos dados coletados. 
 
5. Existe interpretação crítica? 
- Sim, a interpretação crítica consiste em concluir os dados e, em seguida, julgar, opinar a respeito das conclusões. 
 
Editora Aprovar – Você em 1º Lugar!!! 
 
 
11 
 
 
PONTO DE VISTA OU IDEIA CENTRAL DEFENDIDA PELO AUTOR 
Interessa a todos saber que procedimento se deve adotar para tirar o maior rendimento possível da leitura de um texto. Mas não se pode responder a essa 
pergunta sem antes destacar que não existe para ela uma solução mágica, o que não quer dizer que não exista solução alguma. Genericamente, pode-se 
afirmar que uma leitura proveitosa pressupõe, além do conhecimento linguístico propriamente dito, um repertório de informações exteriores ao texto, o que se 
costuma chamar de conhecimento de mundo. 
Às vezes, quando um texto é ambíguo, é o conhecimento de mundo que o leitor tem dos fatos que lhe permite fazer uma interpretação adequada do que 
se lê. Um bom exemplo é o texto que segue: 
As videolocadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. A decisão atende a uma portaria de dezembro de 1991, do 
Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeo aluguem, exponham e vendam fitas pornográficas a menores de 18 anos. A portaria proíbe, 
ainda, menores de 18 anos de irem a moteis e rodeios sem a companhia ou autorização dos pais. (Folha Sudeste, 6/6/92) 
É o conhecimento linguístico que nos permite reconhecer a ambiguidade do texto em questão (pela posição em que se situa, a expressão sem a 
companhia ou autorização dos pais permite a interpretação de que com a companhia ou a autorização dos pais os menores podem ir a rodeios ou moteis). Mas 
o nosso conhecimento de mundo nos adverte de que essa interpretação é estranha e só pode ter sido produzida por engano do redator. É muito provável que 
ele tenha tido a intenção de dizer que no aspecto legal os menores estão proibidos de ir a rodeios ou de frequentarem moteis. 
Como se vê, a compreensão do texto depende também do conhecimento de mundo, o que nos leva à conclusão de que o aprendizado da leitura depende 
muito das aulas de gramática contextualizada, mas também de todas as outras disciplinas. 
 
Três questões básicas 
Uma boa medida para avaliar se o texto foi bem compreendido é a resposta a três questões básicas: 
 
I - Qual é a questão de que o texto está tratando? 
Ao tentar responder a essa pergunta, o leitor será obrigado a distinguir as questões secundárias da principal, isto é, aquela em torno da qual gira o texto 
inteiro. Quando o leitor não sabe dizer do que o texto está tratando, ou sabe apenas de maneira genérica e confusa, é sinal de que ele precisa ser lido com 
mais atenção ou de que o leitor não tem repertório suficiente para compreender o que está diante de seus olhos. 
 
 
II - Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão? 
Nos textos dissertativos, mais utilizados por bancas examinadoras, aparecem vários indicadores da opinião de quem escreve. Por isso, uma leitura 
competente não terá dificuldade em identificá-la. Não saber dar resposta a essa questão é um sintoma de leitura desatenta e dispersiva. 
 
III - Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião dada? 
Deve-se entender por argumento todo tipo de recurso usado pelo autor para convencer o leitor de que ele está falando a verdade. Saber reconhecer os 
argumentos do autor é também um sintoma de leitura bem feita, um sinal claro de que o leitor acompanhou o desenvolvimento das ideias. Na verdade, 
entender um texto significa acompanhar com atenção o seu percurso argumentativo. 
 
ARGUMENTAÇÃO 
 
A argumentação é um recurso que tem como propósito convencer alguém, para que esse tenha a opinião ou o comportamento alterado. 
Sempre que argumentamos, temos o intuito de convencer alguém a pensar como nós. 
No momento da construção textual, os argumentos são essenciais, esses serão as provas que apresentaremos, com o propósito de defender nossa ideia e 
convencer o leitor de que essa é a correta.Há diferentes tipos de argumentos e a escolha certa consolida o texto. 
 
Argumentação por citação 
Sempre que queremos defender uma ideia, procuramos pessoas ‘consagradas’, que pensam como nós acerca do tema em evidência. 
Apresentamos no corpo de nosso texto a menção de uma informação extraída de outra fonte. 
A citação pode ser apresentada assim: 
Assim parece ser porque, para Piaget, “toda moral consiste num sistema de regras e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o 
indivíduo adquire por essas regras” (Piaget, 1994, p.11). A essência da moral é o respeito às regras. A capacidade intelectua l de compreender que a regra 
expressa uma racionalidade em si mesma equilibrada. 
O trecho citado deve estar de acordo com as ideias do texto, assim, tal estratégia poderá funcionar bem. 
 
Argumentação por comprovação 
A sustentação da argumentação se dará a partir das informações apresentadas (dados, estatísticas, percentuais) que a acompanham. 
Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um ponto de vista equivocado. 
Veja: 
O ministro da Educação, Cristovam Buarque, lança hoje o Mapa da Exclusão Educacional. O estudo do Inep, feito a partir de dados do IBGE e do Censo 
Educacional do Ministério da Educação, mostra o número de crianças de sete a catorze anos que estão fora das escolas em cada estado. 
Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de crianças, ou 5,5 % da população nessa faixa etária (sete a catorze anos), para a qual o ensino é obrigatório, não 
frequentam as salas de aula. 
O pior índice é do Amazonas: 16,8% das crianças do estado, ou 92,8 mil, estão fora da escola. O melhor, o Distrito Federal, com apenas 2,3% (7 200) de 
crianças excluídas, seguido por Rio Grande do Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo, com 3,2% (168,7 mil). 
(Mônica Bergamo. Folha de S. Paulo, 3.12.2003) 
Nesse tipo de citação o autor precisa de dados que demonstrem sua tese. 
 
Argumentação por raciocínio lógico 
A criação de relações de causa e efeito é um recurso utilizado para demonstrar que uma conclusão (afirmada no texto) é necessária, e não fruto de uma 
interpretação pessoal que pode ser contestada. 
Editora Aprovar – Você em 1º Lugar!!! 
 
 
12 
 
 
Veja: 
“O fumo é o mais grave problema de saúde pública no Brasil. Assim como não admitimos que os comerciantes de maconha, crack ou heroína façam 
propaganda para os nossos filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro deveriam ser proibidas terminantemente. Para os desobedientes, cadeia.” 
VARELLA, Drauzio. In: Folha de S. Paulo, 20 de maio de 2000. 
Para a construção de um bom texto argumentativo faz-se necessário o conhecimento sobre a questão proposta, fundamentação para que seja realizado 
com sucesso. 
 
ELEMENTOS DE COESÃO 
 
A coesão é a “amarração” entre as várias partes do texto, ou seja, o entrelaçamento significativo entre declarações e sentenças. 
Um texto, seja oral ou escrito, está longe de ser um mero conjunto aleatório de elementos isolados, mas, sim, deve apresentar-se como uma totalidade 
semântica, em que os componentes estabelecem, entre si, relações de significação. Contudo, ser uma unidade semântica não basta. Essa unidade deve ser 
capaz de representar uma ação entre interlocutores, dentro de um padrão particular de produção. A capacidade de comunicação de um texto está no nível 
argumentativo das produções linguísticas, mas a sua totalidade semântica decorre de valores internos à estrutura de um texto e se chama coesão textual. 
Assim, estudar os elementos coesivos de um texto nada mais é que avaliar os componentes textuais cuja significação depende de outros dentro do mesmo 
texto ou no mesmo contexto situacional. 
Os processos de coesão textual são eminentemente semânticos e ocorrem quando a interpretação de um elemento no discurso depende da interpretação 
de outro elemento. 
Embora seja uma relação semântica, a coesão envolve todos os componentes do sistema léxico-gramatical. Portanto há formas de coesão realizadas 
através da gramática, e outra através do léxico. Deve-se ter em mente que a coesão não é condição necessária nem suficiente para a existência do texto. 
Podemos encontrar textualidade em textos que não apresentam recursos coesivos; em contrapartida a coesão não é suficiente para que um texto tenha 
textualidade. 
A coesão textual está ligada aos conceitos de anáfora e catáfora. 
Anáfora tem como função 'lembrar'. É o termo usado em um texto para relembrar ou retomar algo que já foi dito. 
Catáfora tem a função de anunciar o que vai ser dito. Esses termos são estudados em coesão textual. 
A gramática tradicional diz que o demonstrativo 'este' é catafórico, porque deve referir-se a algo que será apresentado e 'esse' é anafórico porque se 
refere a algo que já foi anunciado no texto ou no contexto. Por exemplo: 
 
Veja: 
Manga e abacaxi: essas são as frutas de que mais gosto. (anafórico) 
Estas são as frutas de que mais gosto: manga e abacaxi. (catafórico) 
“Essa história de dizerem que sou ladrão, vão ter que provar.” (anafórico) 
 
TIPOS DE COESÃO TEXTUAL 
 
a. Coesão referencial - Alcançamos a coesão referencial utilizando expressões que retomam ou antecipam as nossas ideias: 
onde: indica a noção de "lugar" e pode substituir outras palavras. 
Ex.: São Paulo é uma cidade onde a poluição atinge níveis muito altos. [No caso, "onde" retoma a palavra "cidade".] 
cujo: pode estabelecer uma relação de posse entre dois substantivos. 
Ex.: Raul Pompeia é um escritor cujas obras lemos com prazer. 
que: pode substituir (e evitar a repetição de) palavras ou de uma oração inteira. 
Ex.:Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil o que seria um grande país. 
esse(a), isso: podem conectar duas frases, apontando para uma ideia que já foi mencionada no texto. 
Ex.: O presidente de uma ONG tem inúmeras funções a cumprir. Essas responsabilidades, no entanto, podem ser divididas com outros membros da 
diretoria. 
este(a), isto: podem conectar duas frases, apontando para uma ideia que será mencionada no texto. 
Ex.: O que me fascina em Machado de Assis é isto: sua ironia. 
 
b. Coesão lexical – Permite evitar a repetição de palavras e, também, unir partes de um texto. Pode ser alcançada utilizando-se: 
Sinônimos: palavras semelhantes que podem ser usadas em diferentes contextos, mas sem alterar o que o texto pretende transmitir. 
Ex.: O presidente do Palmeiras, Silvano Eustáquio, afirmou que o time tem todas as condições para ganhar o campeonato. Segundo o dirigente, com 
Miudinho na zaga, o gol palmeirense será impenetrável. Na opinião do cartola, a torcida só terá motivos de alegria. 
Hiperônimos: vocábulo de sentido mais genérico, mais abrangente em relação a outro chamado de hipônimo. 
Hipônimo: vocabulário de sentido mais específico, podemos dizer que no campo das ideias é um subconjunto do hiperônimo. 
Ex.: É o que acontece com as palavras doença e gripe – doença é hiperônimo de gripe porque em seu significado contém o significado de gripe e o 
significado de mais uma série de palavras como dengue, malária, câncer. Então se conclui que gripe é hipônimo de doença. A relação existente entre 
hiperônimo e hipônimo é fundamental para a coesão textual. 
Perífrases: construção mais complexa para caracterizar uma expressão mais simples. 
Ex.: A vigilância policial nos estádios de futebol é sempre necessária, pois as torcidas às vezes agem com violência. Na verdade, não é mais possível a 
realização de qualquer campeonato sem a presença de elementos treinados para garantir não só a ordem, mas também proteger a segurança dos 
cidadãos (perífrase) que desejam acompanhar o jogo em tranquilidade. 
 
c. Coesão sequencial – Trata-se de estabelecer relações lógicas entre as ideias do texto. Para tanto, utilizamos os chamados conectivos. 
 
Veja os principais: 
Consequência (ou conclusão): por isso, logo, portanto, pois, de modoque, assim, então, por conseguinte, em vista disso. 
Ex.: Ela é muito competente, por isso conseguiu a vaga. 
Editora Aprovar – Você em 1º Lugar!!! 
 
 
13 
 
 
Causa: porque, pois, visto que, já que, dado que, como, uma vez que, porquanto, por, por causa de, em vista de, em virtude de, dev ido a, por motivo de, 
por razões de. 
Ex.: Ela conseguiu a vaga, já que é muito competente. 
Oposição: entretanto, mas, porém, no entanto, todavia, contudo. 
Ex.: Paulo tinha tudo para ganhar a corrida, no entanto, no dia da prova, sofreu um acidente de carro. 
Condição: se, caso, desde que, contanto que. 
Ex.: Você pode ir brincar na rua, desde que faça todo o dever. 
Finalidade: para que, a fim de que, com o objetivo de, com o intuito de. 
Ex.: Com o intuito de conseguir a vaga na faculdade, Sílvia estudava oito horas todos os dias. 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
01. O Rio de Janeiro é uma das cidades mais importantes do Brasil. A cidade maravilhosa é conhecida mundialmente por suas belezas naturais, hospitalidade 
e carnaval. 
02.A moça foi declarar-se culpada do crime. Essa declaração, entretanto, não foi aceita pelo juiz responsável pelo caso. 
03. O testemunho do rapaz desencadeou uma ação conjunta dos moradores para testemunhar contra o réu. 
04. Os automóveis colocados à venda durante a exposição não obtiveram muito sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque os carros não estavam em um 
lugar de destaque no evento. 
05. A fome é uma mazela social que vem se agravando no mundo moderno. São vários os fatores causadores desse problema, por isso a fome tem sido uma 
preocupação constante dos governantes mundiais. 
06. O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher uma enorme quantidade de formulários, que devem receber assinaturas e carimbos. Depois 
de tudo isso, ainda falta a emissão dos boletos para o pagamento bancário. Todas essas limitações acabam prejudicando as relações comerciais com o Brasil . 
07. Amigos, parentes, vizinhos, ninguém me convence que estou errado. 
08. Vitaminas fazem bem à saúde, mas elas devem ser tomadas sempre com indicação médica, isto é, tomá-las sim, mas com a devida orientação. 
09. A instituição é uma das mais famosas da localidade. Seus funcionários trabalham lá há anos e conhecem bem sua estrutura de funcionamento. 
10. A mãe amava o filho e a filha, queria muito tanto a um quanto a outra. 
11. Foram divulgados dois avisos: o primeiro era para os alunos e o segundo cabia à administração do colégio. 
12. As crianças comemoravam juntas a vitória do time do bairro, mas duas lamentavam não terem sido aceitas no time campeão. 
13. Querido primo, como vão as coisas lá na sua terra? Aqui todos vão bem. 
14. Ele não podia deixar de visitar o Corcovado. Lá demorou mais de duas horas admirando as belezas do Rio. 
15. O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e começou a arrumar tudo para a assembleia com os acionistas. 
16. Machado de Assis revelou-se como um dos maiores contistas da literatura brasileira. A vasta produção de Machado garante a diversidade temática e a 
oferta de variados títulos. 
17. O governo tem demonstrado preocupação com os índices de inflação. O Planalto não revelou ainda a taxa deste mês. 
 
Gabarito comentado 
01. O Rio de Janeiro é uma das cidades mais importantes do Brasil. A cidade maravilhosa é conhecida mundialmente por suas belezas naturais, 
hospitalidade e carnaval. Para o processo coesivo, utilizou-se a figura de linguagem Perífrase ou antonomásia para caracterizar o lugar a que se faz 
referência. 
02.A moça foi declarar-se culpada do crime. Essa declaração, entretanto, não foi aceita pelo juiz responsável pelo caso. 03. O testemunho do rapaz 
desencadeou uma ação conjunta dos moradores para testemunhar contra o réu. Nos itens 02 e 03 utilizou-se o processo coesivo da Nominalização – uso de 
um substantivo que remete a um verbo enunciado anteriormente. Também pode ocorrer o contrário: um verbo retomar um substantivo já enunciado. 
04. Os automóveis colocados à venda durante a exposição não obtiveram muito sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque os carros não estavam em um 
lugar de destaque no evento. O processo coesivo foi alcançado através de Palavras ou expressões sinônimas ou quase sinônimas - ainda que se 
considere a inexistência de sinônimos perfeitos, algumas substituições favorecem a não repetição de palavras. 
05. A fome é uma mazela social que vem se agravando no mundo moderno. São vários os fatores causadores desse problema, por isso a fome tem sido uma 
preocupação constante dos governantes mundiais. O processo coesivo foi através da Repetição vocabular - ainda que não seja o ideal, algumas vezes há a 
necessidade de repetir uma palavra, principalmente se ela representar a temática central a ser abordada. Deve-se evitar ao máximo esse tipo de procedimento 
ou, ao menos, afastar as duas ocorrências o mais possível, embora esse seja um dos vários recursos para garantir a coesão textual. 
06. O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher uma enorme quantidade de formulários, que devem receber assinaturas e carimbos. 
Depois de tudo isso, ainda falta a emissão dos boletos para o pagamento bancário. Todas essas limitações acabam prejudicando as relações 
comerciais com o Brasil .07. Amigos, parentes, vizinhos, ninguém me convence que estou errado. Nos itens 06 e 07 o processo de coesão foi obtido através 
de um termo síntese - usa-se, eventualmente, um termo que faz uma espécie de resumo de vários outros termos precedentes, como uma retomada. 
08. Vitaminas fazem bem à saúde, mas elas devem ser tomadas sempre com indicação médica, isto é, tomá-las sim, mas com a devida orientação. 09. A 
instituição é uma das mais famosas da localidade. Seus funcionários trabalham lá há anos e conhecem bem sua estrutura de funcionamento. 10. A mãe 
amava o filho e a filha, queria muito tanto a um quanto a outra. Nos itens 08, 09 e 10 a coesão foi obtida através do uso de Pronomes - todos os tipos de 
pronomes podem funcionar como recurso de referência a termos ou expressões anteriormente empregados. Para o emprego adequado, convém rever os 
princípios que regem o uso dos pronomes. 
11. Foram divulgados dois avisos: o primeiro era para os alunos e o segundo cabia à administração do colégio. 12. As crianças comemoravam juntas a 
vitória do time do bairro, mas duas lamentavam não terem sido aceitas no time campeão. Nos itens 11 e 12 a coesão foi alcançada através de Numerais - as 
expressões quantitativas, em algumas circunstâncias, retomam dados anteriores numa relação de coesão. 
13. Querido primo, como vão as coisas lá na sua terra? Aqui todos vão bem. 14. Ele não podia deixar de visitar o Corcovado. Lá demorou mais de duas 
horas admirando as belezas do Rio. A coesão pode ser obtida através das expressões adverbiais como aqui, ali, lá, acolá, aí que servem como referência 
espacial para personagens e leitor. e 
15. O diretor foi o primeiro a chegar à sala. (o diretor) Abriu as janelas e (o diretor) começou a arrumar tudo para a assembleia com os acionistas. Utilizou-se 
como elemento coesivo a Elipse - essa figura de linguagem consiste na omissão de uma expressão que pode ser facilmente depreendida em seu sentido pelas 
referências do contexto. 
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16. Machado de Assis revelou-se como um dos maiores contistas da literatura brasileira. A vasta produção de Machado garante a diversidade temática e a 
oferta de variados títulos. Utilizou-se a rpetição de parte do nome próprio como elemento coesivo. 
17. O governo tem demonstrado preocupação com os índices de inflação. O Planalto não revelou ainda a taxa deste mês. Metonímia - outra figura de 
linguagem que é bastante usada como elo coesivo, por substituir uma palavra por outra, fundamentada numa relação de contiguidade semântica. 
 
Identifique as coesões textuais nosexemplos abaixo. 
01. Comprei um livro que me foi muito útil para realizar a prova. 
02. Conheci o pai da Joana, o qual me pareceu muito inteligente. 
03. Conheci o pai da Joana, a qual me pareceu muito inteligente. 
04. O Rio de Janeiro é uma cidade linda. A cidade maravilhosa é conhecida em todo Brasil. 
05. Os automóveis colocados à venda durante a exposição não obtiveram muito sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque os carros não estavam em um 
lugar de destaque. 
06. Vitaminas fazem bem à saúde, mas devemos tomá-las com a devida orientação. 
07. Foram divulgados dois avisos: o primeiro era para os alunos e o segundo para as alunas. 
08. Eu não poderia deixar de visitar o Cristo Redentor. Lá, demorei mais de duas horas. 
09. O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e arrumou as carteiras. 
10. João Paulo II esteve em Porto Alegre. Lá, ele disse que a Igreja continua a favor do celibato. 
11. O papa esteve em Porto Alegre. Na capital gaúcha, Sua Santidade acenou para o povo. 
 
Gabaraito comentado . 
01. Comprei um livro que me foi muito útil para realizar a prova. 
Livro = que 
02. Conheci o pai da Joana, o qual me pareceu muito inteligente. 
Pai da Joana = o qual 
03. Conheci o pai da Joana, a qual me pareceu muito inteligente. 
Joana = a qual 
04. O Rio de Janeiro é uma cidade linda. A cidade maravilhosa é conhecida em todo Brasil. 
O rio de Janeiro = cidade maravilhosa 
05. Os automóveis colocados à venda durante a exposição não obtiveram muito sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque os carros não estavam em um 
lugar de destaque. 
Automóveis = carros 
06. Vitaminas fazem bem à saúde, mas devemos tomá-las com a devida orientação. 
Vitaminas = -las 
07. Foram divulgados dois avisos: o primeiro era para os alunos e o segundo para as alunas. 
Dois avisos = o primeiro, o segundo 
08. Eu não poderia deixar de visitar o Cristo Redentor. Lá, demorei mais de duas horas. 
Cristo Redentor = lá 
09. O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e arrumou as carteiras. 
(o diretor) Abriu as janelas e (o diretor) arrumou as carteiras - Elipse 
10. João Paulo II esteve em Porto Alegre. Lá, ele disse que a Igreja continua a favor do celibato. 
João Paulo II = ele 
Porto Alegre = lá 
11. O papa esteve em Porto Alegre. Na capital gaúcha, Sua Santidade acenou para o povo. 
O papa = Sua Santidade 
Porto Alegre = capital gaúcha 
 
INFERÊNCIAS 
 
Após a leitura do texto, leia as perguntas propostas. Você perceberá que algumas questões incidem sobre o conjunto do texto – essas podem ser 
respondidas diretamente. Mas há outras questões que incidem sobre trechos, sobre passagens específicas do texto – essas, para serem respondidas, exigem 
uma volta ao texto. 
Quando a prova é de questões discursivas, expositivas, temos mais liberdade para encaminhar nossas repostas. Nesse caso, é preciso muita atenção, 
quanto ao enunciado, para que você responda realmente o que está sendo pedido e não incorra nos erros clássicos de entendimento de texto, que são 
basicamente três: extrapolação, ampliação e contradição. 
Reconhecer estes erros, conhecer o processo lógico que ocorre em cada um deles, é de importância vital para superá-los, ou seja, para que as respostas 
sejam claras e coerentes, adequadas aos textos. 
 
Extrapolação 
É quando saímos do contexto, quando acrescentamos ideias que não estão presentes no texto. Em outras palavras – “ O autor não falou nada daquilo que 
pensamos.” 
 
Ampliação 
É quando abordamos apenas uma parte, um detalhe, um aspecto do texto, como se fosse a ideia central do texto. 
 
Contradição 
O último erro clássico nas interpretações de texto, o mais grave de todos, é o da contradição. Por algum motivo - uma leitura desatenta, a não percepção 
de algumas relações, a incompreensão de um raciocínio, o esquecimento de uma ideia, a perda de uma passagem no desenvolvimento do texto -, chegamos 
a uma conclusão contrária ao texto. Como esse erro tende a ser mais facilmente reconhecido - por apresentar ideias opostas às ideias expressas pelos 
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textos -, os testes de interpretação, muitas vezes, são organizados com uma espécie de armadilha: uma opção apresenta muitas palavras do texto, apresenta 
até expressões inteiras do texto, mas com um sentido contrário. Um leitor desatento ou/e ansioso provavelmente escolherá essa opção, por ser a mais 
“parecida” com o texto. Por ser a que apresenta mais literalmente elementos presentes no texto. 
Vejamos alguns exemplos de erro - extrapolação, ampliação, contradição - a partir de textos em prosa e em poesia. Muitos destes exemplos são 
colhidos em experiências de aula de interpretação. Ao aprender a reconhecer os erros, você vai desenvolvendo uma clareza maior para sua prática de 
interpretar mais lucidamente os textos. Perceba, também, como o resumo e a paráfrase são utilizados durante o processo interpretativo. 
Leia atentamente o texto que se segue. Faça a primeira leitura, a de entrar em contato, e, depois, faça a segunda leitura, captando as ideias centrais. 
Procure fazer um pequeno resumo do texto. Em seguida, verifique se você cometeu algum erro de extrapolação, ampliação ou contradição. 
 
A tradição e o moderno 
A tradição é importante. É democrática quando desempenha a sua função natural de prover a nova geração com conhecimentos das boas e más 
experiências do passado, isto é, a sua função de capacitá-la a aprender à custa dos erros passados a fim de não os repetir. A tradição torna-se a ruína da 
democracia quando nega à geração mais nova a possibilidade de escolha; quando tenta ditar o que deve ser encarado como “bom” e como “mau” sob novas 
condições de vida. Os tradicionalistas fácil e prontamente se esquecem de que perderam a capacidade de decidir o que não é tradição. Por exemplo, o 
aperfeiçoamento do microscópio não foi conseguido pela destruição do primeiro modelo. O aperfeiçoamento foi realizado com a preservação e o 
desenvolvimento do modelo primitivo através de um estágio mais avançado do conhecimento humano. Um microscópio do tempo de Pasteur não capacita o 
pesquisador moderno a estudar uma virose. 
Os jovens não sentiriam nenhuma hostilidade para com a tradição, não teriam, na verdade, senão respeito por ela se, sem se arriscar, pudessem dizer: 
Isto nós o tomaremos de vocês porque é convincente, é justo, diz respeito também à nossa época e é passível de desenvolvimento. Aquilo, entretanto, não 
podemos aceitar. Era útil e verdadeiro para o seu tempo - seria inútil para nós. E esses jovens deveriam preparar-se para ouvir dos seus filhos as mesmas 
palavras. 
 (Wilhelm Reich - A revolução sexual) 
 
Extrapolação: O texto fala sobre o papel dos cientistas na sociedade e sobre a importância da ciência para a democracia, que é o melhor s istema de 
governo. 
Ampliação: O texto fala sobre a importância do microscópio, importante instrumento de investigação científica. 
Contradição: O texto afirma que a tradição sempre é um empecilho para o desenvolvimento do conhecimento humano. 
No primeiro caso (Extrapolação), a afirmativa sai dos limites do texto, volta-se para outro assunto (papel dos cientistas na sociedade e sobre a importância 
da ciência para a democracia...). 
No segundo caso (Ampliação), o tema central não é a questão do microscópio, que é apenas um exemplo usado. 
No terceiro caso (Contradição), conclui-se o oposto do que é dito no texto. 
 
IMPORTANTÍSSIMO 
Ao analisar um texto dissertativo, identifique, inicialmente, o argumento principal, aquele que fundamenta a opinião exposta. Em seguida, identifique as 
consequências decorrentes do que está sendo afirmado e, por fim, a conclusão, que é a reafirmação do argumento principal. 
O argumento central (tema central) encontra-se, normalmente, na introdução ou no desfecho do texto. 
 
Poesia 
Vamos, agora,reconhecer exemplos dos erros clássicos, fazendo a leitura e a compreensão de textos poéticos. Como você sabe, o entendimento de uma 
poema é uma experiência geralmente mais complexa do que a intelecção da prosa, porque a linguagem poética é carregada de sent idos, intensidade de 
significações. Ela apresenta imagens que precisam ser sentidas, e interpretadas. Não se pode ler um poema em sentido literal, apenas. Um texto poético tem 
muitas faces, muitas dimensões. Precisamos ir além do sentido denotativo, direto. O poema sugere muitos sentidos: a isso é dado o nome de polissemia. É 
preciso desenvolver a sensibilidade para as múltiplas significações da linguagem poética. Como você percebe, o risco da extrapolação é muito maior. A 
interpretação correta precisa fundamentar os significados que pertençam ao campo de possibilidade do poema - que é múltiplo, aberto, mas não é arbitrário 
(que independe de lei ou regra), nem aleatório (casual, acidental). Ou seja, não vale afirmar qualquer coisa, por se tratar de um texto poético. É preciso que o 
significado reconhecido faça realmente parte do campo de sugestões do poema. 
Portanto, a interpretação de um texto poético é bem mais complexa que a de um texto em prosa, isso porque a linguagem poética não pode ser 
entendida de maneira literal, ela possui múltiplas significações. Mas não é por isso que podemos interpretá-lo de qualquer maneira, precisamos 
encontrar os significados que realmente fazem parte do poema. 
 
(Ricardo Reis / Fernando Pessoa - Poesia completa.) 
Já sobre a fronte vã se me acinzenta 
O cabelo do jovem que perdi. 
Meus olhos brilham menos. 
Já não faz juz a beijos minha boca. 
Se me ainda amas, por amor, não ames: 
Trair-me-ias comigo. 
 
Este texto é muito sutil e merece um comentário um pouco mais detalhado. Perceba que o poema apresenta a fala de um amante, que fez uma 
autodescrição, revelando o seu envelhecimento e sua perda de vitalidade: os cabelos estão grisalhos, ele perdeu o jovem que era, a sua fronte é vã, os olhos 
brilham menos, sua boca já não merece beijos. Em seguida, faz um pedido para a pessoa a quem ele se dirige: se ela ainda o ama, ou seja, se ela ainda tem 
amor por ele, que ela não o ame mais, porque senão ela o estará traindo com ele mesmo, com ele de antes, com ele do passado. Ela ainda amaria o jovem, o 
jovem que ele já não é mais. Ela procurará no de hoje, o outro, aquele de antes, que já não existe. Assim, o de hoje será traído pelo de ontem (que ela ainda 
ama). 
 
 
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Veja alguns erros que podem ocorrer na análise deste poema. 
 
Extrapolação: O texto mostra um amante que encontra uma antiga paixão, dos seus tempos de mocidade. Ele fica lembrando as emoções no papel e 
confessa que nunca a esqueceu. 
Ampliação: O texto mostra um amante que está com os cabelos grisalhos em sua fronte. 
Contradição: O texto mostra um amante pedindo que o amor continue, como antes, senão ele vai ser traído. 
 
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS 
 
Elaboração de um esquema 
 
O esquema é um guia que estabelecemos para ser seguido, no qual colocamos em frases sucintas (ou mesmo em simples palavras) o roteiro para a 
elaboração do texto. 
 
Não confunda esquema com rascunho. No rascunho vamos dando forma à redação, porque nele as ideias colocadas no esquema passam a ser 
redigidas, tomando a forma de frases até chegar a um texto coerente. 
 
O primeiro passo para a elaboração de um esquema é ter entendido o tema proposto, pois de nada adiantará um ótimo esquema se ele não estiver 
adequado ao tema. 
Por ser um roteiro a seguir, deve-se dividir o esquema nas partes de que se compõe a redação dissertativa – introdução, desenvolvimento e desfecho. 
À medida que as ideias vão surgindo, quando da elaboração do esquema, elas serão colocadas ou na introdução, ou no desenvolvimento ou no desfecho. 
A colocação em uma das partes da redação - introdução, desenvolvimento e desfecho - vai depender da caractesística de cada ideia. 
Na introdução – Faz-se uma apresentação do que vai ser discutido no desenvolvimento. 
No desenvolvimento – discutem-se os fatos referentes ao que foi apresentado na introdução. 
No desfecho – procura-se uma solução para o que foi discutido no desenvolvimento. 
Quando estamos fazendo o esquema é comum surgirem inúmeras ideias. Registre-as todas, mesmo que mais tarde você não venha utilizá-las. Essas 
ideias normalmente vêm sem ordem alguma; por isso, mais tarde é preciso ordená-las, selecionando as melhores e colocando-as em ordem de importância. A 
esse processo damos o nome de hierarquização das ideias. 
 
HIERARQUIZAÇÃO DAS IDEIAS 
 
Para não se perder tempo elaborando um outro esquema, a hierarquização das ideias pode ser feita por meio de números atribuídos às palavras que 
aparecem no esquema, seguindo a ordem em que serão utilizadas na produção do texto. A hierarquização das ideias é feita para a introdução, para o 
desenvolvimento e para o desfecho. 
Exemplo de esquema com as ideias já hierarquizadas: 
 
Tema: Pena de Morte 
 
Introdução 
Contra ( escolha do redator) 
 
Desenvolvimento 
1. direito à vida – religião 
2. outros países – EUA 
3. erro judiciário 
4. classes baixas 
5. tradição 
 
Desfecho 
Ineficaz 
Solução - presença do Estado na erradicação da miséria, no atendimento às necessidades básicas do cidadão ( saúde, educação...) e maior participação 
do cidadão no cumprimento dos seus deveres e na luta por seus direitos. 
Feito o esquema, é segui-lo passo a passo, transformando as palavras em frases, dando forma à redação. 
 
Então: 
Na introdução, você se declararia contrário à pena de morte porque ela não resolve o problema do crescente aumento da criminalidade no país. 
No desenvolvimento, você utilizaria os argumentos de que todas as pessoas têm direito à vida, consagrado pelas religiões; de que nos países em que ela 
existe, citando os Estados Unidos como exemplo, não fez baixar a criminalidade; de que sempre é possível haver um erro judicial que leve a matar um 
inocente; de que, no caso brasileiro, ela seria aplicada somente às classes mais baixas que não podem pagar bons advogados; e, finalmente, de que a tradição 
jurídica brasileira consagra o direito à vida e repudia a pena de morte. 
Na conclusão, insistir na ineficácia desse tipo de pena e indicando uma saída ou saídas (solução) que contribuam para que o problema da violência seja 
atenuado. Observar o que foi escrito no esquema com referência à solução. 
 
A GRAMÁTICA NA DISSERTAÇÃO 
Quanto aos aspectos formais, a dissertação dispensa o uso abusivo de figuras de linguagem, bem como do valor conotativo das palavras (Veja bem: 
estamos falando que não se deve abusar). Por suas características, o texto dissertativo requer uma linguagem mais sóbria, denotativa, sem rodeios (afinal, 
convence-se o leitor pela força dos argumentos, não pelo cansaço); daí ser preferível o uso da terceira pessoa. 
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Ao contrário da narração, a dissertação não apresenta uma progressão temporal. Os conceitos são genéricos, abstratos e, em geral, não se prendem a 
uma situação de tempo e espaço, por isso o emprego de verbos no presente. Ao contrário da descrição, que se caracteriza pelo período simples, a dissertação 
trabalha com o período composto (normalmente, por subordinação), com o encadeamento de ideias. Nesse tipo de construção, o correto emprego dos 
conectivos é fundamental para se obter um texto claro, coerente, coeso e elegante. 
 
Nota importante 
Em todos os tipos de redação é fundamental que o candidato tenha conhecimento do conteúdo gramatical. 
Quando escrevemos, podemos cometer deslizes: 
 
1. No aspecto gramatical: 
a) Acentuação gráfica; 
b) Ortografia; 
c) Crase; 
d) Sintaxe; 
e) Colocação pronominal; 
f) Concordânciasnominal e verbal; 
g) Regências nominal e verbal; 
h) Pontuação. 
 
2. No aspecto das ideias: 
a) Coerência textual; 
b) Coesão textual. 
 
Tema: Denúncias, escândalos, casos ilícitos na administração pública, corrupção e impunidade... isso é o que ocorre no brasil hoje. 
Título – de posse do tema, o candidato poderá ser exigido para criar um titulo para a redação. Cuidado na escolha do título porque ele deve ser 
relacionado com o tema. Fuga do tema, significa que o candidato será eliminado. 
A escolha do título – Uma nova ordem – não foge do tema proposto. Às vezes, não é exigido um título e, sendo assim, o candidato desenvolve a redação 
a partir do próprio tema. 
 
Uma nova ordem 
 
Nunca foi tão importante no País uma cruzada pela moralidade. As denúncias que se sucedem, os escândalos que se multiplicam, os casos ilícitos que 
ocorrem em diversos níveis da administração pública exibem, de forma veemente, a profunda crise moral por que passa o País. 
O povo se afasta cada vez mais dos políticos, como se estes fossem símbolos de todos os males. As instituições normativas, que fundamentam o sistema 
democrático, caem em descrédito. Os governantes, eleitos pela expressão do voto, também engrossam a caldeira da descrença e, frágeis, acabam 
comprometendo seus programas de gestão. 
Não é de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o que veem e sentem, procurem manifestar sua posição com o voto nulo, a 
abstenção ou o voto em branco. 
Convenhamos, nenhuma democracia floresce dessa maneira. 
A atitude de inércia e apatia dos homens que têm responsabilidade pública os condenará ao castigo da história. É possível fazer-se algo, de imediato, que 
possa acender uma pequena chama de esperança. 
O Brasil dos grandes valores, das grandes ideias, da fé e da crença, da esperança e do futuro necessita, urgentemente, da ação solidária, tanto das 
autoridades quanto do cidadão comum, para instaurar uma nova ordem na ética e na moral. 
Carlos Apolinário, adaptado 
 
Comentário 
O primeiro parágrafo constitui a introdução do texto (apresentação da ideia central). 
Os parágrafos segundo, terceiro e quarto constituem o desenvolvimento. No desenvolvimento ocorre a discussão, utilizando-se uma 
argumentação para fundamentar os argumentos discutidos. 
O último parágrafo é a conclusão – deve-se apresentar uma solução ou soluções para o que foi discutido no desenvolvimento. 
 
TEMA 
Tudo vale a pena 
Se a alma não é pequena 
(Fernando Pessoa) 
 
Título – Sonhar é preciso 
 
Sonhar é preciso 
 
 “Nós somos do tamanho dos nossos sonhos. Há, em cada ser humano, um sebastianista louco, vislumbrando o Quinto Império; um navegador ancorado 
no cais, a idealizar ‘mares nunca dantes navegados’; e um obscuro D. Quixote de alma grande que, mesmo amesquinhado pelo atrito da hora áspera do 
presente, investe contra seus inimigos intemporais: o derrotismo, a indiferença e o tédio. 
Sufocado pelo peso de todos os determinismos e pela dura rotina do pão-nosso-de-cada-dia, há em cada homem um sentido épico da existência, que se 
recusa a morrer, mesmo banalizado, manipulado pelos veículos de massa e domesticado pela vida moderna. 
É preciso agora resgatar esse idealista que ocultamente somos, mesmo que D. Sebastião não volte, ainda que nossos barcos não cheguem a parte 
alguma, apesar de não existirem sequer moinhos de vento. 
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Senão teremos matado definitivamente o santo e o louco que são o melhor de nós mesmos; senão teremos abdicado dos sonhos da infância e do fogo da 
juventude; senão teremos demitido nossas esperanças. 
O homem livre num universo sem fronteiras. O nordeste brasileiro verde e pequenos nordestinos, ri sonhos e saudáveis, soletrando o abecedário. Um 
passeio a pé pela cidade calma. Pequenos judeus, árabes e cristãos, brincando de roda em Beirute ou na Palestina. 
E os vestibulandos, todos, de um país chamado Brasil, convocados a darem o melhor de si no curso superior que escolheram. 
Utopias? Talvez sonhos irrealizáveis de algum poeta menor, mas convicto de que nada vale a pena, se a alma é mesquinha e pequena.” 
A introdução encontra-se no 1° parágrafo, que faz uma espécie de síntese do texto, funcionando como um índice das ideias e elementos que 
aparecerão no desenvolvimento (sebastianista, o navegador, o D. Quixote). 
O desenvolvimento está nos cinco parágrafos seguintes que retomam e explicam cada uma das ideias e elementos apresentados no inicio. 
A conclusão realiza-se no último parágrafo, reafirmando que somos do tamanho de nossos sonhos e de nossas lutas por nossos ideais, sem os 
quais a alma seria mesquinha e pequena (e a vida não valeria a pena). 
 
DEFINIÇÃO DO TEXTO 
 
Pode-se definir um texto através de duas formas: 
 
a) pela organização ou estruturação – com o objetivo de estabelecer uma comunicação entre um emissor e um receptor, portanto o texto traduz uma 
ideia. 
b) pelo fato de ele encontrar seu espaço entre os objetos culturais, inserido numa sociedade e determinado por ideologias especificas – neste 
caso, é necessário analisar o seu contexto sócio-histórico. 
 
Nessas considerações, o texto torna-se objeto de comunicação entre dois sujeitos, criando assim a possibilidade de aplicação da análise 
externa do texto. 
Os textos narrativo, descritivo e dissertativo são formas de comunicação e estão vinculados ao modo de observação de uma determinada 
realidade. 
 
ESTRUTURA DO PARÁGRAFO 
 
Parágrafo-padrão é uma unidade de composição constituída por um ou mais de um período, em que se desenvolve determinada ideia central, ou nuclear, 
a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela. 
O parágrafo é indicado por um afastamento da margem esquerda da folha. Ele facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar convenientemente as 
ideias principais de sua composição, permitindo ao leitor acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estágios. 
 
O tamanho do parágrafo 
Os parágrafos são moldáveis como a argila, podem ser aumentados ou diminuídos, conforme o tipo de redação, o leitor e o veículo de comunicação onde 
o texto vai ser divulgado. Se o escritor souber variar o tamanho dos parágrafos, dará colorido especial ao texto, captando a atenção do leitor, do começo ao fim. 
Em princípio, o parágrafo é mais longo que o período e menor que uma página impressa no livro, e a regra geral para determinar o tamanho é o bom senso. 
Parágrafos curtos: próprios para textos pequenos, fabricados para leitores de pouca formação cultural. A notícia possui parágrafos curtos em colunas 
estreitas, já artigos e editoriais costumam ter parágrafos mais longos. Revistas populares, livros didáticos destinados a alunos iniciantes, geralmente, 
apresentam parágrafos curtos. 
Quando o parágrafo é muito longo, o escritor deve dividi-lo em parágrafos menores, seguindo critério claro e definido. O parágrafo curto também é 
empregado para movimentar o texto, no meio de longos parágrafos, ou para enfatizar uma ideia. 
Parágrafos médios:comuns em revistas e livros didáticos destinados a um leitor de nível médio (2º grau). Cada parágrafo médio construído com três 
períodos que ocupam de 50 a 150 palavras. Em cada página de livro cabem cerca de três parágrafos médios. 
Parágrafos longos: em geral, as obras científicas e acadêmicas possuem longos parágrafos, por três razões: os textos são grandes e consomem muitas 
páginas; as explicações são complexas e exigem várias ideias e especificações, ocupando mais espaço; os leitores possuem capacidade e fôlego para 
acompanhá-los. 
 
Tópico frasal 
A ideia central do parágrafo é enunciada através do período denominado tópico frasal (também chamado de frase-síntese ou período tópico). Esse período 
orienta ou governa o resto do parágrafo;dele nascem outros períodos secundários ou periféricos; ele vai ser o roteiro do escritor na construção do parágrafo; 
ele é o período mestre, que contém a frase-chave. 
Como o enunciado da tese, que dirige a atenção do leitor diretamente para o tema central, o tópico frasal ajuda o leitor a agarrar o fio da meada do 
raciocínio do escritor; como a tese, o tópico frasal introduz o assunto e o aspecto desse assunto, ou a ideia central com o potencial de gerar ideias-filhote; como 
a tese, o tópico frasal é enunciação argumentável, afirmação ou negação que leva o leitor a esperar mais do escritor (uma explicação, uma prova, detalhes, 
exemplos) para completar o parágrafo ou apresentar um raciocínio completo. Assim, o tópico frasal é enunciação, supõe desdobramento ou explicação. 
A ideia central ou tópico frasal geralmente vem no começo do parágrafo, seguida de outros períodos que explicam ou detalham a ideia central. 
Exemplos: 
Ao cuidar do gado, o peão monta e governa os cavalos sem maltrátá-los. O modo de tratar o cavalo parece rude, mas o vaqueiro jamais é cruel. Ele sabe 
como o animal foi domado, conhece as qualidades e defeitos do animal, sabe onde, quando e quanto exigir do cavalo. O vaqueiro aprendeu que paciência e 
muitos exercícios são os principais meios para se obter sucesso na lida com os cavalos, e que não se pode exigir mais do que é esperado. 
A distribuição de renda no Brasil é injusta. Embora a renda per capita brasileira seja estimada em U$$2.000 anuais, a maioria do povo ganha menos, 
enquanto uma minoria ganha dezenas ou centena de vezes mais. A maioria dos trabalhadores ganha o salário mínimo, que vale U$$112 mensais; muitos 
nordestinos recebem a metade do salário mínimo,. 
Dividindo essa pequena quantia por uma família onde há crianças e mulheres, a renda per capita fica ainda mais reduzida; contando-se o número de 
desempregados, a renda diminui um pouco mais. Há pessoas que ganham cerca de U$$10.000 mensais, ou U$$ 120.000 anuais; outras ganham muito mais, 
ainda. O contraste entre o pouco que muitos ganham e o muito que poucos ganham prova que a distribuição de renda em nosso país é injusta. 
 
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ELEMENTOS QUE COMPÕEM UMA NARRATIVA 
 
Exemplo de texto narrativo: Em uma noite chuvosa do mês de agosto, Paulo e o irmão caminhavam pela rua mal-iluminada que conduzia à sua residência. 
Subitamente foram abordados por um homem estranho. Pararam atemorizados e tentaram saber o que o homem queria, receosos de que se tratasse de um 
assalto. Era, entretanto, somente um bêbado que tentava encontrar, com dificuldade, o caminho de sua casa. 
 
Tipos de narrador 
 Quando você vai redigir uma história, a primeira decisão que deve tomar é se você vai ou não fazer parte da narrativa. Tanto é possível contar uma 
história que ocorreu com outras pessoas, quanto narrar fatos acontecidos com você. Essa decisão determinará o tipo de narrador a ser utilizado em sua 
composição. Este pode ser, basicamente, de dois tipos: 
 
a) - Narrador em 1ª pessoa: é aquele que participa da ação, ou seja, que se inclui na narrativa. Trata-se do narrador personagem. 
Exemplo: 
Estava andando pela rua quando de repente tropecei em um pacote embrulhado em jornais. Peguei-o vagarosamente, abri e vi, surpreso, que lá havia uma 
grande quantidade em dinheiro. 
 
Em textos que apresentam o narrador em 1ª pessoa, ele não precisa ser, necessariamente, o personagem principal; pode ser somente alguém 
que, estando no local dos acontecimentos, presenciou-os. 
Veja: 
 
Estava parado no ponto de ônibus, quando vi, a meu lado, um rapaz que caminhava lentamente pela rua. Ele tropeçou em um pacote embrulhado em 
jornais. Observei que ele o pegou com todo o cuidado, abriu e viu, surpreso, que lá havia uma grande quantia em dinheiro. 
 
b) - Narrador em 3ª pessoa: é aquele que não participa da ação, ou seja, não se inclui na narrativa. Trata-se do narrador observador. 
Exemplo: 
João estava andando pela rua quando de repente tropeçou em um pacote embrulhado em jornais. Pegou-o vagarosamente, abriu e viu surpreso, que lá 
havia uma grande quantia em dinheiro. 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
 
FORA DO AUTOMOBILISMO 
Não existe essa coisa de um ano sem Senna, dois anos sem Senna...Não há calendário para a saudade. 
(Adriane Galisteu, no Jornal do Brasil) 
 
1) Segundo o texto, a saudade: 
a) aumenta a cada ano. 
b) é maior no primeiro ano. 
c) é maior na data do falecimento. 
d) é constante. 
e) incomoda muito. 
 
2) A segunda oração do texto tem um claro valor: 
a) concessivo b) temporal c) causal d) condicional e) proporcional 
 
3) A repetição da palavra não exprime: 
a) dúvida b) convicção c) tristeza d) confiança e) esperança 
 
4) A figura que consiste na repetição de uma palavra no início de cada membro da frase, como no caso da palavra não, chama-se: 
a) anáfora b) silepse c) sinestesia d) pleonasmo e) metonímia 
 
Gabrito comentado 
1) Letra d – Nada no texto fala de aumento ou diminuição da saudade. A palavra “calendário” é a chave. Ao dizer que “não há calendário para a saudade”, a 
autora diz que não existe data marcada para se ter mais ou menos saudade. Ou seja, a saudade não depende do tempo, simbolizado aqui pelo calendário: ela 
simplesmente existe. 
2) Letra c –Há muitas questões em concursos públicos envolvendo o significado das orações. Procure ver qual conjunção poderia ser usada no texto. No início 
do livro, você tem uma boa lista dessas palavras. No caso da questão, poder-se-ia começar a segunda oração com a conjunção porque: porque não há 
calendário para a saudade. Sim, porque o fato de não haver calendário para a saudade faz com que não exista “essa coisa de um ano sem Sena, dois anos 
sem Senna”. 
3) Letra b – Normalmente a repetição de uma palavra, nos moldes em que aqui foi feita, expressa uma confirmação, uma convicção do autor. As outras 
palavras, por si mesmas, se eliminam. 
4) Letra a – Há várias figuras de sintaxe que consistem na repetição de termos. Veja as mais importantes: 
a) anáfora: repetição de uma palavra ou expressão no início da frase, membro da frase ou verso. 
Ex.: “Vi uma estrela tão alta! 
Vi uma estrela tão fria! 
Vi uma estrela luzindo...” (Manuel Bandeira) 
b) Epístrofe: repetição no final. 
Ex.: “Chegou a hora da névoa. No peito e nos olhos, névoa. Quero guardar-me da névoa. Porém é inútil: há névoa.” (Henriqueta Lisboa) 
c) Símploce: repetição no início e no fim 
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Ex.: Tudo ali precisa de explicação, tudo. Tudo ali merece uma boa explicação, tudo. 
d) Pleonasmo: repetição de uma ideia ou de um termo da oração (objeto direto, objeto indireto ou predicativo do sujeito) 
Ex.: Vi tudo com meus próprios olhos, (repetição da ideia) 
Esse livro, já o li há muito, (o —> objeto direto pleonástico) 
e) Quiasmo: repetição e inversão simultâneas de termos; há uma espécie de cruzamento. 
Ex.: “No meio do caminho tinha uma pedra 
Tinha uma pedra no meio do caminho.” (C. D. de Andrade) 
 
AINDA SARNEY 
Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os leitores. 
(José Sarney, na Veja, dez/97) 
 
1) Deduz-se pelo texto uma mudança na vida: 
a) esportiva 
b) intelectual 
c) profissional 
d) sentimental 
e) religiosa 
 
2) O autor do texto sugere estar passando de: 
a) escritor a político 
b) político a jornalista 
c) político a romancista 
d) senador a escritor 
e) político a escritor 
3) Infere-se do texto que a atividade inicial do autor foi: 
a) agradável 
b) duradoura 
c) simples 
d) honesta 
e) coerente 
 
4) O trecho que justifica a resposta ao item anterior é: 
a) e agora 
b) os leitores 
c) passei a vida 
d) atrás de eleitores 
e) busco 
 
5) A palavra ou expressão que não pode substituir o termo agora é: 
a) no momentob) ora 
c) presentemente 
d) neste instante 
e) recentemente 
 
Gabarito Comentado 
1) Letra c – Há uma visível mudança profissional. Os comentários da questão seguinte servem a esta. 
2) Letra e – Quem corre atrás de eleitores é político. A palavra senador é específica. Veja bem: não se pode levar em conta que o autor, cujo nome aparece 
com o texto, seja conhecido. José Sarnei é senador da República. Mas o texto não sugere isso; cuidado, portanto! Quem corre atrás de leitores é escritor, que 
é o termo genérico. Jornalista e romancista são termos específicos, e nada no texto sugere essas profissões. 
3) Letra b – Observe que se pergunta sobre a primeira atividade, não a que ele busca agora. Veja os comentários da questão seguinte. 
4) Letra c – A expressão “passei a vida” dá nitidamente uma ideia de coisa duradoura. Passar a vida fazendo alguma coisa é, necessariamente, algo 
demorado. 
5) Letra e – Todas as palavras ou expressões indicam tempo. As quatro primeiras referem-se ao presente; a última, recentemente, ao passado. Agora é tempo 
presente; recentemente; tempo passado. 
 
RESPEITO 
Os animais que eu treino não sao obrigados a fazer o que vai contra a natureza deles. 
(Gilberto Miranda, na Folha de São Paulo, 23/2/96) 
 
1) O sentimento que melhor define a posição do autor perante os animais é: 
a) fé b) respeito c) solidariedade d) amor e) tolerância 
 
2) O autor do texto é: 
a) um treinador atento 
b) um adestrador frio 
c) um treinador qualificado 
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d) um adestrador consciente 
e) um adestrador filantropo 
 
3) Segundo o texto, os animais: 
a) são obrigados a todo tipo de treinamento. 
b) fazem o que não lhes permite a natureza. 
c) não fazem o que lhes permite a natureza. 
d) não são objeto de qualquer preocupação para o autor. 
e) são treinados dentro de determinados limites. 
 
Gabarito Comentado 
1) Letra b – O autor demonstra respeito pelos animais no momento em que não os força a fazer coisas para as quais sua natureza não está preparada. Ou 
seja, ele respeita os limites de cada um. Não se trata necessariamente de amor ou solidariedade, como alguns podem pensar. 
Pode-se respeitar sem que haja amor, no mais profundo sentido do termo. A solidariedade é uma atitude de apoio àquelas pessoas que se encontram em 
dificuldades de qualquer espécie. Fé e tolerância seriam escolhas absolutamente inadequadas. 
2) Letra d – Se o autor fosse um adestrador frio, não hesitaria em forçar os animais. Treinador qualificado não serve como resposta, pois nada garante no texto 
que ele seja muito bom adestrador. Ele poderia respeitar os animais e não saber treiná-los devidamente. Adestrador filantropo é absurdo. Filantropia é 
caridade, ajuda incondicional aos necessitados do corpo ou do espírito. Talvez haja dúvidas entre as letras a (treinador atento) e d (adestrador consciente). 
Fica melhor a letra d, por duas razões: adestrador é termo adequado, por se tratar de treinamento de animais; consciente diz mais do que atento, pois o autor 
está consciente das limitações dos animais. 
3) Letra e – As duas primeiras opções dizem a mesma coisa e indicam o oposto do que o texto nos apresenta. A letra c não tem sentido algum, pois, se a 
natureza permitisse, o adestrador poderia tentar normalmente. 
A letra d dispensa comentários, em face do seu absurdo. A resposta só pode ser a letra e, pois fala do respeito que o autor tem pelos limites de seus animais. 
 
VÍCIO DE ESCREVER 
Estou com saudade de ficar bom. Escrever é consequência natural. 
(Jorge Amado, na Folha de São Paulo, 22/10/96) 
 
1) Segundo o texto: 
a) o autor esteve doente e voltou a escrever. 
b) o autor está doente e continua escrevendo. 
c) O autor não escreve porque está doente. 
d) o autor está doente porque não escreve. 
e) o autor ficou bom, mas não voltou a escrever. 
 
2) O autor na verdade tem saudade: 
a) de trabalhar 
b) da saúde 
c) de conversar 
d) de escrever 
e) da doença 
 
3) “Escrever é consequência natural.” Consequência de: 
a) voltar a trabalhar. 
b) recuperar a saúde. 
c) ter ficado muito tempo doente. 
d) estar enfermo. 
e) ter saúde. 
 
Gabarito Comentado 
1) Letra c – Ao dizer que está com saudade de ficar bom, o autor afirma, de maneira literária, que está doente. Isso elimina as letras a e e. “Escrever é consequência natural.” 
Consequência de quê? De ficar bom, ou seja, ficando bom, ele volta a escrever. Ele só não está escrevendo por estar doente. Daí o gabarito ser a letra c. 
2) Letra d – A resposta pode parecer a letra b. Mas, numa análise mais profunda, observa-se que o autor tem vontade de ficar bom para voltar a escrever. Se escrever é uma 
consequência natural de ficar bom, é algo que ele não pretende deixar de fazer, é o que ele realmente mais almeja. Trabalhar não serve como resposta pois é um termo genérico, 
enquanto escrever é específico. 
3) Letra b – Os comentários da questão anterior se ajustam também a esta. Cuidado apenas para não confundir as opções b e e. O autor não tem saúde, ele está doente e deseja 
recuperar a saúde para poder escrever. 
 
A MENTE DE DEUS 
A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo. 
(Américo Barbosa, na Folha de São Paulo) 
 
1) No texto, o autor compara: 
a) Deus e internet 
b) Deus e mundo todo 
c) internet e qualquer um 
d) mente e internet 
e) mente e qualquer um 
 
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2) O que justifica a comparação do texto é: 
a) a modernidade da informática 
b) a bondade de Deus 
c) a acessibilidade da mente de Deus e da internet 
d) a globalização das comunicações 
e) O desejo que todos têm de se comunicar com o mundo. 
 
3) O conectivo comparativo pode ser substituído por: 
a) tal qual 
b) que nem 
c) qual 
d) para 
e) feito 
 
4) Só não constitui paráfrase do texto: 
a) A mente de Deus, bem como a internet, pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo. 
b) No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet. 
c) A mente de Deus pode ser acessada, no mundo todo, por qualquer um, da mesma forma que a internet. 
d) Tanto a internet quanto a mente de Deus podem ser acessadas, no mundo todo, por qualquer um. 
e) A mente de Deus pode acessar, como qualquer um, no mundo todo, a internet. 
 
Gabarito Comentado 
1) Letra d – A comparação não é feita entre Deus e a internet, como possa parecer, mas sim entre a mente (de Deus) e a internet. É diferente. 
2) Letra c – Veja bem o que o texto nos transmite: a mente (de Deus), da mesma forma que a internet, podem ser acessadas por qualquer um, ou seja, elas 
são acessíveis. Se são acessíveis, é porque têm acessibilidade. Daí o gabarito ser a letra c. 
3) Letra d – O conectivo comparativo a que se refere o enunciado da questão é a conjunção como. Tal qual, que nem (popular), qual e feito (popular) poderiam 
ser usados sem alteração de sentido. A preposição para não tem esse valor, além de, nesse caso, deixar o texto sem coesão textual e coerência. 
4) Letra e – Paráfrase é uma reescritura do texto, sem alteração de sentido. “É comunicar de diferentes formas a mesma coisa” “É comum em alguns tipos de 
concursos. Na letra e, ao se dizer que “a mente de Deus pode acessar”, o sentido se altera radicalmente, pois a mente passa a ser ativa, ou seja, ela passa a 
praticar a ação, quando no texto ela sofre a ação, as pessoas é que a acessam, da mesma forma que acessam a internet. 
 
ALIENAÇÃO 
Marx disse que Deus é o ópio do povo. Já sabemos que não entendia nem de Deus nem de ópio. Deus é uma experiência de fé. Impossível defini-Lo. 
(Paulo Coelho, em O Globo, 25/2/96 
 
1) Segundo o período inicial do texto, para Marx Deus: 
a) traz imensa alegria ao povo. 
b) esclarece o povo. 
c) deixa o povo frustrado. 
d) conduz com segurança o povo.e) tira do povo a condição de raciocinar. 
 
2) Segundo o autor, Marx: 
a) mentiu deliberadamente. 
b) foi feliz com suas palavras. 
c) falou sobre o que não sabia. 
d) equivocou-se em parte. 
e) estava coberto de razão, mas não foi compreendido. 
 
3) O sentimento que Marx teria demonstrado e que justifica a resposta ao item anterior é: 
a) leviandade 
b) orgulho 
c) maldade 
d) ganância 
e) egoísmo 
 
4) Infere-se do texto que Deus deve ser: 
a) amado 
b) conceituado 
c) admirado 
d) sentido 
e) estudado 
 
5) A palavra que justifica o item anterior é: 
a) ópio b) Lo c) fé d) povo e) experiência 
 
6) A figura de linguagem presente no primeiro período é: 
a) metáfora b) metonímia c) prosopopeia d) pleonasmo e) hipérbole 
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7) A palavra que poderia ter sido grafada com letra maiúscula é: 
a) ópio b) povo c) experiência d) fé e) Lo 
 
Gabarito Comentado 
1) Letra e – Ao dizer que “Deus é o ópio do povo”, Marx faz alusão aos efeitos dessa droga, por comparação, naturalmente. O ópio não deixa o usuário pensar 
direito, tanto é que ele faz uma série de bobagens que não faria se estivesse sem a droga no organismo. Assim, a ideia que ele quer passar é que Deus 
também não deixa o povo pensar. 
2) Letra c – O autor afirma que Marx não entendia de Deus, nem de ópio. Por isso a resposta só pode ser a letra c. 
3) Letra a - Leviandade consiste em se falar sobre algo que não se conhece direito. As outras opções se excluem por si mesmas. 
4) Letra d – Ter fé é sentir, de maneira profunda e inexplicável, alguma coisa. A fé se sente. Deus, sendo uma experiência de fé, naturalmente só pode ser 
sentido. Observe que as outras opções não são absurdas, mas não correspondem ao que o autor do texto quer transmitir. Temos de buscar as respostas 
sempre no texto. Não importa o que sabemos de antemão. A palavra fé é a chave para resolver essa questão. 
5) Letra c – O comentário da questão anterior serve também para esta. 
6) Letra a – Metáfora é um tipo de comparação não enunciada, em que não se expressam o conectivo comparativo nem o elemento comum aos dois seres. 
Deus e ópio estão sendo comparados. Se o autor dissesse: “Deus é como o ópio”, haveria uma comparação ou simile, já que teríamos na frase o conectivo 
como. Afirmando diretamente, trata-se de uma metáfora, uma das mais importantes figuras de linguagem. 
7) Letra e – Qualquer palavra que se refira a Deus ou a Jesus pode ser grafada com inicial maiúscula. É o caso, no texto, do pronome pessoal oblíquo átono 
Lo, que tem como referente a palavra Deus. Não é obrigatório, dependendo apenas do gosto do escritor. 
 
RAÍZES 
Quando vim da minha terra, não vim, perdi-me no espaço, na ilusão de ter saído. 
Ai de mim, nunca saí. 
(Carlos D. de Andrade, no poema A Ilusão do Migrante) 
 
1) O sentimento predominante no texto é: 
a) orgulho 
b) saudade 
c) fé 
d) esperança 
e) ansiedade 
 
2) Infere-se do texto que o autor: 
a) não saiu de sua terra. 
b) não queria sair de sua terra, mas foi obrigado. 
c) logo esqueceu sua terra. 
d) saiu de sua terra apenas fisicamente. 
e) pretende voltar logo para sua terra. 
 
3) Por “perdi-me no espaço” pode-se entender que o autor: 
a) ficou perdido na nova terra. 
b) ficou confuso. 
c) não gostou da nova terra. 
d) perdeu o sentimento por sua terra natal. 
e) aborreceu-se com a nova situação. 
 
4) Pelo último período do texto, deduz-se que: 
a) ele continuou ligado à sua terra. 
b) ele vai voltar à sua terra. 
c) ele gostaria de deixar sua cidade, mas nunca conseguiu. 
d) ele se alegra por não ter saído. 
e) ele nunca saiu da terra onde vive atualmente. 
 
 
5) A expressão “ai de mim” só não sugere, no poema: 
a) amargura 
b) decepção 
c) tristeza 
d) vergonha 
e) nostalgia 
 
Gabarito Comentado 
1) Letra b – O autor saiu de sua terra, mas sente como se isso nunca tivesse ocorrido, pois seu sentimento é todo dela. 
2) Letra d – O texto passa uma impressão de que o autor continua ligado, espiritualmente, à sua terra. Fisicamente, claro, ele não está lá, como se vê no 
primeiro verso. Já o último verso mostra que ele permaneceu ligado a ela, por seus sentimentos. 
3) Letra b – Ao sair da terra natal e não se adaptar ao novo lugar, em virtude de sua ligação afetiva com ela, o autor se torna confuso. Não se entenda aqui o 
verbo perder (perdi-me) com o seu sentido original. A ideia é a de não se encontrar, mentalmente, no novo espaço ocupado. Outra justificativa seria a palavra 
ilusão, que por si só demonstra um estado de confusão. 
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4) Letra a – Como já vimos, o autor saiu apenas fisicamente, pois espiritualmente continuou preso à terra natal. Cuidado com a letra b. É claro que ele gostaria 
de retornar, mas em momento algum essa ideia é expressa no texto. 
5) Letra d – As palavras amargura, decepção, tristeza e nostalgia pertencem ao mesmo campo semântico. O autor sofre por não estar em seu lugar de origem, 
e todas essas palavras associam-se à ideia de sofrimento. Não é o caso de vergonha. Isoladamente, a expressão ai de mim poderia indicar vergonha, mas o 
texto fala apenas do sofrimento do autor por estar ausente, ele nada fez que pudesse envergonhá-lo. 
 
VISÃO 
Enquanto o Titanic ainda flutua, tentemos o impossível para mudar o seu curso. Afinal, quem faz a história são as pessoas e não o contrário. (Herbert 
de Souza, na Folha de São Paulo, 17/11/96) 
 
1) Infere-se do texto que o Titanic: 
a) é um navio real. 
b) simboliza algo que vai mal. 
c) é um navio imaginário. 
d) simboliza esperança de salvação. 
e) sintetiza todas as tragédias humanas. 
 
2) Pelo visto, o autor não acredita em: 
a) transformação b) elogio c) desgraça d) favorecimento e) determinismo 
 
3) “Afinal” pode ser substituída, sem alteração de sentido, por: 
a) conquanto b) porquanto c) malgrado d) enquanto e) apenas 
 
4) Infere-se do texto que: 
a) há coisas que não podem ser mudadas. 
b) se tentarmos, conseguiremos. 
c) o que parece impossível sempre o é. 
d) jamais podemos desistir. 
e) alguns têm a capacidade de modificar as coisas, outros não. 
 
5) Para o autor, as pessoas não devem: 
a) exagerar b) falhar c) desanimar d) lamentar-se e) fugir 
 
Gabarito Comentado 
1) Letra b – Essa questão só pode ser resolvida com um conhecimento prévio, independente do texto. O Titanic, como se sabe, era um navio que naufragou, 
matando uma grande quantidade de pessoas. O autor apelou para essa imagem por querer falar de algo que também corre perigo de se tornar um desastre. 
2) Letra e – Determinismo é uma filosofia segundo a qual quando uma coisa tem que acontecer nada pode impedir. Pode ser associada à ideia de destino, em 
seu sentido mais radical. Ora, ele acredita que o curso pode ser mudado. Também justifica a resposta o fato de as pessoas fazerem a história, ou seja, elas 
podem criar e evitar determinadas situações. 
3) Letra b – Conquanto e malgrado são conjunções concessivas, sinônimas de embora. Elas criam uma oposição, o que não ocorre no texto. Enquanto e 
apenas são conjunções temporais, equivalendo a quando. Também não é essa a ideia. O gabarito só pode ser a letra b, pois a palavra porquanto tem valor de 
causa e corresponde a porque. Esse é o valor da palavra afinal no texto. 
4) Letra d – A opção a destoa completamente, já que o autor acredita nas transformações. A letra b pode enganar. Observe, no entanto, que ela garante que 
sempre conseguiremos, desde que tentemos. O texto não garante que isso vá ocorrer, apenas que se deve tentar. A letra c não pode ser a escolhida pois o 
autor diz para tentarmos o impossível. É lógico que, se conseguirmos, aquilo apenas teria tido a aparência de impossível. A afirmação da opção e não encontra 
nenhum apoio no texto, que não faz distinção

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