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RESUMO DIREITO TRIBUTÁRIO

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CAPÍTULO 01
CONCEITOS INICIAIS 
O estado possui duas formas de adquirir receitas:
1. RECEITAS ORIGINÁRIAS - receitas que se originam do próprio patrimônio estatal: ex.: aluguel de um prédio público. É a exploração do seu próprio patrimônio. 
2. RECEITAS DERIVADAS - é basicamente a coação do Estado de que o particular entregue para ele parcela de nosso patrimônio pessoal. Hoje temos basicamente dois exemplos de receitas derivadas: os tributos e as multas. 
2.1 - Receitas Derivadas Tributárias - é a fonte de receita mais importante do Estado, visto que, na teoria, as multas não devem servir para gerar patrimônio para o Estado, mas somente para coerção. 
FINALIDADE DOS TRIBUTOS
 
1. finalidade de arrecadar, ou fiscal - é a finalidade de carrear recursos para os Cofres Públicos;
2. Finalidade Extrafiscal - finalidade de intervir em situações sociais e econômicas. ex: finalidade de redistribuição de renda. ex.: no caso do Imposto de Renda, quanto maior o patrimônio, maior o valor da alíquota. Nesse caso, no caso do SUS, geralmente quem menos usa é quem mais paga, por isso a finalidade de redistribuição de renda.
	JURISPRUDÊNCIA DA AULA 
	link jurisprudência citada na aula anterior: 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/421740375847b6249d9383615831c23b
o STF decidiu que a utilização de políticas fiscais pelo Estado não gera direito adquirido a manutenção dessa política, então quem vier a ser prejudicado por conta de uma mudança da política extrafiscal do Estado não tem direito a indenização. 
PARAFISCALIDADE:
Além da função arrecadatória e a de intervir, a doutrina enxerga também a finalidade de arrecadar não para o próprio estado, mas para uma entidade que atua ao lado do Estado. É o caso de quando o Estado arrecada para uma finalidade específica. 
EXEMPLO: antigamente existia um cargo do INSS que era o de Auditor Fiscal do INSS. Nesse caso, o INSS arrecadava e retinha os recursos para suas atividades na área de seguridade social. Nesse caso enquadra-se no que se entende por parafiscalidade: uma pessoa diferente da União, cobrava e se beneficiava dos recursos do tributo. 
Sendo assim, foi criada a SUPER RECEITA, que foi quando a União trouxe os auditores fiscais do INSS e transformou-os em Auditores Fiscais da Receita Federal, e a união começou a cobrar os tributos que antes eram cobrados pelo INSS, terminando assim a parafiscalidade. 
A doutrina então passou a entender que a finalidade do tributo continua a mesma: seguridade social, e para que haja parafiscalidade, basta que a União crie um tributo cuja arrecadação seja destinada a certa atividade. 
Nesse caso, ambos conceitos são considerados parafiscalidade. Quando é delegado a cobrança e a disponibilidade dos recursos para um outro ente (parafiscalidade clássica), bem como só é delegada a disponibilidade desses recursos. 
CONCEITO DE TRIBUTO. 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
1. Prestação pecuniária compulsória 
2. Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir;
3. Não constitua sansão de ato ilícito;
4. Instituído em lei;
5. Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
Prestação pecuniária, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: O pagamento é sempre pago em dinheiro, não sendo permitido pagamento in labore (com trabalho), ou in natura (pagamento em bens). Porém é possível a DAÇÃO EM PAGAMENTO EM BENS IMÓVEIS. 
Compulsória – não há manifestação de vontade. 
não constitua sanção de ato ilícito – Pouco importa para o direito tributário o fato gerador da receita, sendo necessária a tributação, independentemente de a renda ser fruto de ato lícito ou ilícito, restando a penalidade à outra esfera do direito. 
Instituído em lei: Para que o tributo seja cobrado, é necessário que haja a concretização do que está descrito na lei no mundo fático. 
Atividade administrativa plenamente vinculada – significa dizer que a autoridade administrativa não pode deixar de cobrar o tributo, e se o fizer, será responsabilizada por isso. Nesse caso, a cobrança não depende da vontade do fisco, e o pagamento também não depende da vontade do contribuinte. 
Tributos vinculados a uma atividade estatal específica – É possível vincular tributos a uma atividade estatal específica, como acontece com a taxa. Por exemplo: taxa pela coleta domiciliar de lixo. Essa taxa precisa que a prestação de coleta de lixo seja prestada pelo estado para que seja possível a cobrança do tributo. 
· CONTRIBUIÇÃO SINDICAL 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
IV - A assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
Essa contribuição prevista em lei não é aquela que se paga mensalmente quando se filia a um sindicato, pois essa não é tributo, pelo fato de não ser atividade compulsória; porém, a contribuição prevista em lei era a chamada imposto sindical, que era compulsória e era devida por todos, sendo assim considerado tributo. 
OBS: Com o advento da reforma trabalhista, essa contribuição sindical fixada em lei também passou a ser opcional pelo trabalhador. Caindo a compulsoriedade, não é mais considerado tributo. 
· PEDÁGIO 
ADI 800
Hoje em dia se entende que pedágio é uma prestação que se dá de forma privada, por preço público, e não tem natureza tributária. 
Trata-se de preço público, mesmo quando o poder público é quem cobra. 
FGTS
Lei 4320/1964, Art. 9º Tributo é a receita derivada instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades.
Ou seja, o dinheiro arrecadado tem que servir para o custeio dos entes federados. 
No caso do FGTS, esse dinheiro vai para uma conta vinculada ao trabalhador, e não para custear atividades dos entes federados, sendo assim não podendo ser considerado tributo. 
Isso se deu por conta da necessidade dos trabalhadores de reivindicarem o FGTS, porém, o prazo de prescrição do TRIBUTO é de 5 anos, e aqueles trabalhadores que reivindicavam os valores de FGTS da empresa cuja qual tinha trabalhado por mais de cinco anos, perdiam o direito de reivindicar os valores fora desse prazo. 
SÚMULA 353 STJ: As disposições do Código Tributário Nacional não se aplicam às contribuições para o FGTS.
APESAR DISSO, a CF, em seu art. 7, XXIX:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: 
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
Sendo assim, apesar do FGTS não ser considerado tributo, ainda assim o prazo prescricional para a sua cobrança continua sendo de 5 anos, tendo em vista que es trata de um crédito resultante das relações de trabalho.    
· NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO
A doutrina no mundo todo diz que os tributos podem ser classificados como vinculados e não vinculados. 
Como já vimos, os tributos podem ou não se vincular a uma atividade estatal específica. Sendo assim, existem tributos que tem o fato gerador na manifestação de riqueza do contribuinte, como é o caso dos impostos. 
VINCULADOS – Depende de atuação Estatal, Quando há uma contraprestação do Estado que justifique o pagamento do tributo. Ex.: taxas, contribuições de melhoria. 
NÃO VINCULADOS – Não depende de atuação estatal. O fato gerador se dá por conta do contribuinte, ex.: adquirir imóvel, carros, importar... temos como exemplo desse tipo de tributo os impostos.
Art. 4º A natureza jurídicaespecífica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
        I - A denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
        II - A destinação legal do produto da sua arrecadação.
DO FATO GERADOR DA IRPJ E CSLL
O STF tem decisões que levam em consideração a destinação da arrecadação para diferenciar certas espécies tributárias:
O Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, possuem ambas fato gerador na renda/lucro da Pessoa Jurídica. Sendo assim, a única diferença entre os dois é o destino da arrecadação dos tributos. 
Sendo assim, o STF já definiu que, por lei, entre as características do imposto está o princípio da não vinculação, previsto no art. 167, IV CF:
Art. 167. São vedados:
IV - A vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
Já as contribuições se caracterizam justamente a terem a arrecadação vinculada a determinada despesa. Ex.: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido visa financiar a seguridade social, e só pode ser utilizada com essa finalidade. 
Sendo assim, o STF já decidiu que o conceito do art. 4ª CF não será utilizado nos casos dos Empréstimos Compulsórios e das Contribuições Sociais. 
No caso dos Empréstimos Compulsórios, o art. 148 CF determina que o EC só pode ser criado em algumas situações excepcionais, como guerra externa ou sua iminência, calamidade pública; e a receita arrecadada com EC só pode ser utilizada para atender essas despesas que justificaram sua instituição. 
Portanto, mesmo que tenha o mesmo fato gerador, o ICMS sobre combustíveis e o Empréstimo Compulsório sobre combustíveis possuem a diferença de que o EC será devolvido ao contribuinte, e o ICMS não pode ter sua natureza vinculada. 
Sendo assim, o direito brasileiro adota a teoria do penta partição (5 espécies tributárias). Apesar do CTN ter sido formulado segundo a teoria da tripartição, visto que o CTN é anterior a CF. 
Segundo o CTN, são três as espécies tributárias: impostos taxas e contribuições de melhoria, e os empréstimos compulsórios e as contribuições sociais se enquadram no conceito de IMPOSTO. Segundo o CTN não é relevante para qualificar o tributo a destinação das receitas. 
CAPÍTULO 02
DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
1. IMPOSTOS 
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
Fato gerador – Manifestação de riqueza. 
Base de Cálculo – a riqueza propriamente dita. 
1.1 COMPETÊNCIA PARA INSTITUIÇÃO DOS IMPOSTOS 
· Competência privativa. 
Ao contrário da competência exclusiva, a competência privativa é passível de delegação. 
A competência tributária indelegável privativa é a competência para criação de cada imposto, e não de uma nova espécie tributária. Imposto é um tributo já criado pelo ente devido, e é delegado aos entes da federação (União, estados, DF e Municípios) a sua instituição. 
	IMPOSTOS DA UNIÃO
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - Importação de produtos estrangeiros;
II - Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - Produtos industrializados;
V - Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; 
VI - Propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
	 IMPOSTOS ESTADUAIS E DF	
  Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre
I - Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;          
II - Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;          
III - propriedade de veículos automotores.  
	IMPOSTOS MUNICIPAIS E DF 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - Propriedade predial e territorial urbana;
II - Transmissão "intervivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.    
	UNIÃO
	ESTADOS E DF
	MUNICÍPIOS E DF
	1. II – Importação;
2. IE – Exportação;
3. IOF – operações financeiras;
4. IPI – Produtos Industrializados;
5. IR – Renda e Proventos de Qualquer Natureza;
6. ITR – Propriedade Territorial Rural;
7. IGF – Grandes Fortunas. 
	1. ITCMD – Causa Mortis e Doação;
2. ICMS – Circulação de Mercadorias e Serviços;
3. IPVA – Propriedade de Veículo Automotor.
	1. IPTU – Propriedade Territorial Urbana;
2. ITB – Transmissão de Bens Imóveis;
3. ISS – Serviços de Qualquer Natureza. 
Esses impostos são previstos em listas exaustivas (rol taxativo – Numerus Clausus), salvo para a União, que pode exercer as competências residual e extraordinária. 
COMPETÊNCIA RESUDIAL E EXTRAORDINÁRIA DA UNIÃO
 Art. 154. A União poderá instituir:
I - Mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição COMPETÊNCIA RESIDUAL 
Competência residual é a competência para ficar com o que sobrou. Por exemplo: o IPVA é o imposto que tributa veículos automotores TERRESTRES. Porém não há na CF a previsão de tributação de propriedade de veículos automotores aquáticos e aéreos. Porém, segundo o inciso I do art. 154, a UNIÃO pode criar impostos para tributação de riquezas diferentes das deferidas nos artigos expostos. 
Dessa forma, a união pode instituir, mediante LEI COMPLEMENTAR, impostos NÃO PREVISTOS NO ART. 153, desde que cumpra os seguintes requisitos:
2. LEI COMPLEMENTAR
3. FATO GERADOR OU BASE DE CÁLCULO DIFERENTES DOS PREVISTOS NA CF. 
4. NÃO CUMULATIVIDADE – faz com que a mercadoria não aumente somente pelo fato de ter circulado. imposto sob valor agregado. 
O conceito da não cumulatividade vale somente para os impostos que demandam uma CADEIA PRODUTIVA, que é o caso do ICMS, do IPI, e sobre os impostos residuais, quando versarem sobre cadeia produtiva, é o caso dos IMPOSTOS PLURIFÁSICOS. 
DOS IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS
 Art. 154. A União poderá instituir:
II - Na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação COMPETÊNCIA EXCLUSIVA 
No caso, os tributos ordinários são aqueles comuns, previstos no art. 153 CF e os impostos extraordinários são aqueles que, no caso de guerra externa ou sua iminência, fica autorizado à União instituir tributos compreendidos ou não na sua competência (ex.: ICMS), 
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, NO CASO DE GUERRA EXTERNA OU SUA IMINÊNCIA, AUTORIZA TANTO A BITRIBUTAÇÃO QUANTO O BIS IN IDEM 
BITRIBUTAÇÃO – quando os entes que estão cobrando são diferentes. Ex.: ICMS ordinário (ESTADOS) e ICMS extraordinário de Guerra (UNIÃO); invasão de competência alheia, somente autorizada nesse caso. 
BIS IN IDEM – quando o mesmo ente cobra os dois tributos. Ex.: IR ordinário (UNIÃO) e IR extraordinário de Guerra (UNIÃO). 
· PODE SER INSTITUIDO POR MEDIDA PROVISÓRIA;
· PODE SER FATO GERADOR E BASE DE CÁLCULO IGUAIS
· NÃO PRECISA OBEDECER À REGRA DA CUMULATIVIDADEÉ importante também deixar claro que a União não fica limitada a criação de somente um imposto extraordinário de guerra, podendo, portanto, criar quantos ela vier a achar necessário para tal finalidade. Quem dá o limite é a classe política, avaliando conveniência, oportunidade e necessidade da criação desses tributos. 
2. DAS TAXAS
· TRIBUTO VINCULADO, DE CARÁTER CONTRAPRESTACIONAL. 
· COMPETÊNCIA – COMUM – COBRADA POR QUEM PRESTA O SERVIÇO OU PRESTA O PODER DE POLÍCIA;
· 
O fato gerador das taxas é feito pelo Estado, quando exerce seu poder de polícia (taxa de polícia, ou prestação de determinados serviços (taxa de serviço): art. 145, II, CF; arts. 77 a 80 CTN. 
	Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
II - Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
	Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
        Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. (Vide Ato Complementar nº 34, de 1967)
       Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966)
        Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
        Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
        I - Utilizados pelo contribuinte:
        a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
        b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
        II - Específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas;
        III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
        Art. 80. Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aquelas que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito público.
       BASE DE CÁLCULO 
A base de cálculo é uma grandeza que guarde correlação com o custo da atividade estatal, não podendo ser base de cálculo própria de imposto. – Art. 145, §2ª CF:
 Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Isso quer dizer que é proibido que o cálculo da taxa leve em consideração a riqueza do contribuinte, visto que os impostos é que são os tributos que visam tributar a manifestação de riqueza, restando as taxas tributar a contraprestação dos serviços prestados pelo Estado ao contribuinte. 
O CRITÉRIO PARA FIXAÇÃO DA TAXA É O CUSTO DA ATIVIDADE ESTATAL. 
	Súmula Vinculante 29 - STF: É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.
	 Súmula Vinculante nº 12 - STF: A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal.
	Súmula Vinculante 41 - STF: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
	Súmula Vinculante nº 19 - STF: A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal.
O Supremo Tribunal Federal entendeu que existe uma correlação entre o tamanho do imóvel com a quantidade de lixo por ele produzida, bem como também aceitou que nada impede que para calcular uma taxa, leve-se em consideração um ou mais elementos que também foram utilizados para calcular a base de cálculo do imposto, desde que a base de cálculo da taxa não seja igual ao do imposto. 
EX.: Ou seja, não é possível que utilizem o valor do imóvel como base de cálculo, porém é possível a utilização da área como base de cálculo, que é um dos elementos para se chegar ao valor do imóvel, como ocorreu em São Carlos, em Campinas. 
Sendo assim, essa taxa que leva em consideração a área do imóvel acaba, de certa forma, podendo ficar graduada de acordo com a presumível capacidade econômica do contribuinte, princípio que, apesar de constitucionalmente previsto para os impostos, nada impede que se aplique para as taxas. 
Dessa forma, com o advento da Súmula Vinculante nª 29, vieram três ideias:
1. É permitida a adoção de um ou mais elementos que foram utilizados para fixação da base de cálculo do imposto para a fixação da base de cálculo da taxa, desde que não seja totalmente idêntica a base de cálculo de uma e de outra;
2. Nada impede que o princípio da capacidade econômica do contribuinte, aplicado aos impostos, seja também aplicado as taxas, visto que o §1ª do art. 145, não impede que as outras espécies tributárias sejam graduadas de acordo com a capacidade econômica do contribuinte. O principal é que a taxa não se desvincule do custo do serviço. 
DAS CUSTAS JUDICIAIS
Para evitar que haja desproporção, é possível a fixação das taxas sobre as custas judiciais seja fixada sob um percentual pré-fixado, porém com um valor limite. Por ex.: se as custas forem fixadas em 1% sob o valor da causa, e o processo tiver um valor de causa de 100 milhões de reais, as custas do processo ficariam em um milhão de reais, o que ficaria desproporcional, visto que o Estado não gasta esse valor com um processo. 
Sendo assim, é necessário que essa fixação tenha um limite: custas de um por cento sob o valor da causa, até o limite de cinco mil reais, por exemplo. 
	JURISPRUDENCIA PARA ESTUDAR
	https://agenciabrasil.ebc.com.br/it/node/1379931 - O STF considera desproporcional taxa de fiscalização sobre produção de energia elétrica do Amapá. 
DA TAXAS DE POLÍCIA 	
  Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
        Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentesde concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. (Redação dada pelo Ato Complementar nº 31, de 1966)
        Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
Ou seja, há o exercício do poder de polícia, quando o Estado limita o exercício de direitos e interesses individuais em nome do interesse coletivo. 
Exemplo: quando o Estado restringe o direito do cidadão de dirigir, exigindo que este passe por provas e testes para poder realizar tal ato, é então exercido o poder de polícia pelo Estado, em abstrato. Ou também quando é editada uma lei determinando que na orla da cidade não poderão ser construídos prédios acima de determinados metros. Nesse caso, não há cobrança de taxa, visto que não se cobra taxa pela edição de leis. 
A cobrança de taxa é feita quando a pessoa resolve ter uma carteira de motorista, e se dirige ao DETRAM para fazer a prova.; ou quando quem, querendo construir na orla, elabora um projeto e submete a prefeitura na busca de um alvará. No caso, é cobrada a taxa para fazer a aferição do cumprimento dos requisitos legais para liberação de determinado exercício pelo cidadão. 
DA TAXA DE SERVIÇO 
ART. 79 CTN: 
 Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
        I - Utilizados pelo contribuinte:
        a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
        b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
        II - Específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas; ESPECÍFICO
        III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. DIVISÍVEL
O Fato Gerador da taxa de serviço é a utilização EFETIVA OU POTENCIAL de serviço público que seja específico e divisível, que seja PRESTADO AO CONTRIBUINTE OU POSTOS A SUA DISPOSIÇÃO, 
· SERVIÇOS DE UTILIZAÇÃO COMPULSORIA:
A taxa de serviço é criada para custear certas atuações do Estado que configuram serviços públicos, e as vezes o legislador percebe que não é conveniente deixar nas mãos do contribuinte a decisão sobre pagar ou não a taxa para ter ou não o serviço. Por exemplo, na taxa pela coleta domiciliar de lixo, consta na lei que aquele serviço é de obrigação compulsória. Ou seja, mesmo que o contribuinte seja responsável por levar o próprio lixo para o aterro sanitário, isso não o isentará do pagamento da taxa. Se o serviço está à disposição, é considerado um serviço de utilização compulsória, e, portanto, diz-se que foi potencialmente utilizado. 
· SERVIÇOS DE UTILIZAÇÃO EFETIVA:
Ao contrário dos serviços públicos de utilização compulsória, para alguns serviços só haverá o pagamento se houver utilização efetiva, como é o caso das custas judiciais. Nesse caso, há a possibilidade de o contribuinte acionar o judiciário para resolução de seus conflitos, e para isso ele paga a determinada taxa. Porém isso é decisão do contribuinte. 
· DOS SERVIÇOS ESPECÍFICOS E DIVISÍVEIS
Para que seja imposto o pagamento da taxa, é necessário que seja discriminado qual o serviço que está sendo cobrado. Não se pode, assim, criar-se uma taxa de serviços públicos gerais, precisando ser os serviços públicos discriminados e específicos. 
 II - Específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas; ESPECÍFICO
O serviço público é específico quando o contribuinte sabe por qual serviço ele está pagando. 
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. DIVISÍVEL
O serviço público divisível é quando o Estado tem como identificar cada um dos usuários do serviço prestado. Por conta disso o Supremo declarou inconstitucional a taxa de iluminação pública, por ser impossível a identificação dos seus usuários. 
O serviço é específico e divisível quando para ele couber a seguinte frase: EU TE VEJO E TU ME VÊS = eu ESTADO consegue identificar como usuário (divisível); e tu USUÁRIO me vês, porque sabes por quais serviços estais pagando (específico). 
OBS: Existe a possibilidade da criação de taxas para prevenção de incêndios (no caso, o serviço feito pelos bombeiros para fiscalização se um determinado imóvel tem condições de funcionar). Esse serviço pode ser cobrado por meio da taxa de polícia, porém, a taxa para extinção de incêndio é inconstitucional, por não ser possível identificar os usuários do serviço, sendo que é toda a coletividade. 
Da mesma forma, a taxa para o serviço de limpeza dos logradouros públicos é inconstitucional. A taxa pelo serviço de coleta de lixo é constitucional, porém a limpeza de logradouros públicos é de interesse de toda a coletividade, e não tem como ser 
divisível, sendo assim, a sua cobrança por taxa é inconstitucional. 
SÚMULA VINCULANTE Nª 19 ´A TAXA COBRADA EXCLUSIVAMENTE EM RAZÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE COLETA, REMOÇÃO E TRATAMENTO OU DESTINAÇÃO DE LIXO OU RESÍDUOS PROVENIENTES DE IMÓVEIS NÃO VIOLA O ART. 145, II CF. 
DAS CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA 
· Competência para a instituição – comum – quem presta o serviço pode cobrar o tributo;
· Base de Cálculo – quantificação da valorização em si;
· Fato gerador – valorização imobiliária decorrente de Obra Pública;
· 
 Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
I - Publicação prévia dos seguintes elementos:
b) orçamento do custo da obra;
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;
II - Fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.
Ela ocorre quando o Estado faz uma obra, e dessa obra ocorre uma valorização imobiliária, e o contribuinte tem que pagar a contribuição de melhoria.
Visa-se com esse tributo a vedação ao Enriquecimento sem causa. 
Nesse caso, o Estado gasta dinheiro que ele arrecadou com os Impostos, e com isso, as vezes ele pode acarretar um benefício exagerado para pessoas específicas e determinadas. 
DOS LIMITES DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – ART. 81 CTN:
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
1. Limite Individual o teto para a cobrança do tributo é a valorização efetiva do imóvel. Não se pode cobrar acima disso;
2. Limite total – o Estado pode arrecadar no máximo o valor que ele gastou com aquela obra. 
É necessário se olhar o fator de valorização individual, para cobrar de cada pessoa de acordo com a valorização de cada imóvel. É também necessário levar em consideração a áreade abrangência, visto que os imóveis que estão mais próximos da obra vão ter uma valorização maior, e, consequentemente, vão ser mais valorizados e precisam pagar um valor maior de contribuição de melhoria. 
No caso de depreciação, é cabível indenização por parte do Estado e não contribuição de melhoria. Mesmo quando há a melhoria do trânsito ou afins. SÓ HÁ COBRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA QUANDO HÁ CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA. 
O STJ já disse que não se pode cobrar contribuição de melhoria sobre Serviços de manutenção asfáltica não pode haver cobrança de contribuição de melhoria, porém a primeira pavimentação asfáltica de uma rua pode sim ser cobrada a contribuição de melhoria. 
Ou seja, os requisitos são OBRA PÚBLICA VALORIZAÇÃO DO IMÓVEL. 
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
Art. 148 CF:
Art. 148. A União, mediante LEI COMPLEMENTAR, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de ¹calamidade pública, de ²guerra externa ou sua iminência; CASOS + GRAVES
II - No caso de ³investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b" CASO – GRAVE 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
· O Fato Gerador e a Base de Cálculo devem ser definidos na lei complementar instituidora;
· COMPETÊNCIA EXCLUSIVA E INDELEGÁVEL Só podem ser instituídos pela União –. 
· A instituição, apesar de sempre depender de situações de relevância e urgência, somente pode ser feita por lei complementar. – Não cabe medida provisória;
· A Guerra precisa ser externa, porque a Guerra Interna, ou Guerra Civil não é autorizada a instituição de Empréstimos compulsórios;
· PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA aduz que um tributo criado em um exercício financeiro, só poderá ser cobrado no outro exercício financeiro (no brasil, um exercício financeiro equivale a um ano civil). No caso dos Empréstimos Compulsórios, esse princípio só vale nos casos autorizados de investimento público. 
· RECEITA VINCULADA – O valor arrecadado custeará o motivo que motivou a sua instituição, proibindo-se que sejam utilizados para outra finalidade. TRATA-SE DE UM TRIBUTO NÃO VINCULADO, PORÉM DE RECEITA VINCULADA. O que se tributa com os empréstimos compulsórios é uma manifestação de riqueza. 
A CF determina os casos em que podem ser cobrados os empréstimos compulsórios, que são: 
· GUERRA EXTERNA OU SUA IMINENCIA;
· CALAMIDADE PÚBLICA; OU 
· NECESSIDADE DE INVESTIMENTO DE RELEVANTE E URGENTE INTERESSE NACIONAL.
OBS: Esses não são os fatos geradores do Empréstimo Compulsório, e sim as situações que dão vazão para a União instituir empréstimos compulsórios. Ex.: empréstimo compulsório com fundamento na Calamidade Pública. Fato Gerador: Pandemia de Coronavírus. 
NÃO CONFUNDA:
	EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS 
	IEG – IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO DE GUERRA 
	Guerra externa ou sua Iminência; 
Calamidade pública;
Necessidade de investimento de relevante e urgente interesse nacional.
	Guerra externa ou sua Iminência. 
Ou seja, no caso de guerra externa ou sua iminência, a União poderá criar tanto empréstimos compulsórios quanto Imposto Extraordinário de Guerra. Podendo ainda criar os dois, cumulativamente. 
5. (
EXCEÇÃO – 
Contribuição para a
 Previdência dos Servidores Públicos
. 
)DAS CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS 
ART. 149 E 149-A CF:
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
1. Contribuições Sociais;
2. CIDE (interventivas);
3. Contribuições Corporativas;
4. COSIP
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.   
· COSIP.
Fatos Geradores e bases de Cálculo devem ser definidos na lei instituidora. 
1. (
Ambas para a Seguridade
. 
Diferenciadas somente pelo regime jurídico ser diferente uma da out
r
a. 
)CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
· Seguridade Social (não dependem de Lei Complementar;
Saúde;
Assistência Social;
Previdência Social
· Residuais (dependem de Lei Complementar);	
Previdência Social.
· Gerais (não são para a Seguridade)
DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:   
I - Do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre:     
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;          
c) o lucro;      
II - Do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;         
III - sobre a receita de concursos de prognósticos.
IV - Do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar
A CF vai listar Contribuições Sociais que podem ser criadas para financiar o sistema da Seguridade Social. 
Sendo assim, são as fontes de custeio da Seguridade Social:
1. Folha de salário e demais rendimentos do trabalho, pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
2. A receita ou faturamento;
3. O lucro
4. Do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201. – EC 103/2019
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS RESIDUAIS PARA A SEGURIDADE 
O legislador constituinte foi sensível ao ponto de perceber que, apesar de ele ter apontado várias fontes para a seguridade, muitas vezes isso não vai ser suficiente. Por conta disso, ele editou o §4ª do art. 195:
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I:
Art. 154. A União poderá instituir:
I - Mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
OBS: tendo em vista que o legislador apontou um dispositivo que necessita de lei complementar para ser instituído (Impostos), no caso da competência residual para novas contribuições, também será necessária LEI COMPLEMENTAR. 
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS 
Quando essa Contribuição Social não é destinada à Seguridade social, se engloba nas Contribuições Gerais. A necessidade de separação se dá por conta que todas as contribuições para a Seguridade (tanto as normais quanto as residuais), para serem cobradas, basta respeitar o prazo nonagesimal (90 dias). Sendo assim, mesmo que não vire o ano, passando o prazo de 90 dias, elas podem ser cobradas. 
Já as Contribuições Sociais Gerais precisam respeitar tanto o prazo nonagesimal, quanto o da anterioridade (virada de ano). Portanto, se for instituída no início do ano, mesmo passados os noventa dias, só poderão ser cobradas no exercício financeiro seguinte. 
	CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
	CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS P/ SEGURIDADE
	CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS 
	Saúde 
Assistência Social;
Previdência Social 
	Previdência Social 
	Outros 
	Lei Ordinária 
	Lei Complementar
	Lei Ordinária 
	Respeita o prazo Nonagesimal.Respeita o prazo Nonagesimal.
	Respeita o prazo Nonagesimal e o da Anterioridade. 
EXCEÇÃO À EXCLUSIVIDADE DA UNIÃO FEDERAL
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por meio de lei, contribuições para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria e de pensões.   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)    (Vigência); cada Estado possui seu Regime de Previdência, e quem define a alíquota de contribuição é esse Regime. Antes a alíquota mínima era de 11%, tendo em vista que era esse o percentual que a União usava com os seus servidores. Com a mudança desse percentual de alíquota (agora, a alíquota se altera de acordo com a remuneração do servidor / EC 103/2019/). Sendo assim, é possível, enquanto não vier a Lei complementar regulando essa matéria, é possível que os entes federados adotem a alíquota nos seus sistemas próprios que seja menor que a da União. Apesar da alíquota da União ainda ser o piso para a maioria dos entes. 
OBS: Somente o ente que COMPROVAR QUE TEM SEU SISTEMA PREVIDENCIÁRIO COM EQUILÍBRIO ATUARIAL (quando o dinheiro que entra, consegue pagar as despesas, ao longo do tempo), pode adotar uma alíquota menor da alíquota da União. Porém, ainda assim, não pode ter alíquota menor do que a do Regime Geral da Previdência Social (INSS), até que a Lei Complementar discipline essa matéria:
	Art. 9º EC 103/2019 - Art. 9º Até que entre em vigor lei complementar que discipline o § 22 do art. 40 da Constituição Federal, aplicam-se aos regimes próprios de previdência social o disposto na Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, e o disposto neste artigo.
§ 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão estabelecer alíquota inferior à da contribuição dos servidores da União, EXCETO se demonstrado que o respectivo regime próprio de previdência social não possui DEFICIT ATUARIAL a ser equacionado, hipótese em que a alíquota não poderá ser inferior às alíquotas aplicáveis ao Regime Geral de Previdência Social (INSS).
Art. 195, II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social;        (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) autorizou-se a fixação das alíquotas progressivas de acordo com o valor da base de contribuição. Antes todos pagavam uma alíquota fixa de 11%, e agora tem-se a alíquota progressiva, de acordo com a remuneração recebida. 
2. DA CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO (CIDE)
A intervenção no Domínio Econômico é feita mediante a destinação de recursos para incentivar/fomentar certa atividade. 
As única CIDE expressamente prevista na CF é a CIDE COMBUSTÍVEIS, no §4º do art. 177 da CF:
Art. 177. Constituem monopólio da União:
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: 
I - A alíquota da contribuição poderá ser:     
a) diferenciada por produto ou uso;
b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150, III, b 
a CIDE Combustíveis incide sobre importação e comercialização de combustíveis, e destinação de sua receita pode ser utilizada para são três as finalidades:
II - Os recursos arrecadados serão destinados
a. (
UNIÃO 
)ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool 
b. combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo;       
a. ao financiamento de projetos ambientais relacionados com 
c. (
UNIÃO, 
ESTADOS DF 
E MUNICÍPIOS
)a indústria do petróleo e do gás;          
d. c) ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes.     
	Do que a União arrecadar com a CIDE combustíveis, ela terá que entregar 29% aos Estados e DF, e do que cada Estado receber, ele tem que repassar 25% aos Municípios. Então apesar de estarmos tratando de um Tributo Federal, parte da sua arrecadação chega nos Estados, DF e Municípios, e quando isso acontece, esses entes só podem usar o dinheiro para a ¹melhoria da infraestrutura de transportes. 
Já no caso da União, ela pode usar tanto para ¹financiamento de programas de infraestrutura de transportes, pode ainda usar para ²pagar subsídios a preço ou transporte de combustível; e para o ³financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás. 
3. DAS CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS 
 Com o advento da Reforma Trabalhista, a contribuição sindical deixou de ser obrigatória, perdendo assim a sua característica de compulsoriedade, perdendo então a característica tributária. Entretanto, antes da Reforma Trabalhista, a contribuição sindical era considerada uma contribuição corporativa. 
A anuidade que se paga ao Conselho que fiscaliza a profissão é uma contribuição de interesse daquela categoria profissional, e é considerada tributo. 
Devido a ampla atuação da OAB, o STF considera que esta não é somente uma contribuição de interesse de categorias profissionais e econômicas. Sendo assim, a anuidade que o advogado paga para a OAB não se enquadra no conceito de contribuição corporativa. 
4. COSIP 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.   
O fato gerador da contribuição, ao contrário do que acontece com as Taxas, é definido na lei. Fica a cargo do município definir o fato gerador da COSIP. 
	JURISPRUDENCIA 
	I - Lei que restringe os contribuintes da COSIP aos consumidores de energia elétrica do município não ofende o princípio da isonomia, ante a impossibilidade de se identificar e tributar todos os beneficiários do serviço de iluminação pública;
II - A progressividade da alíquota, que resulta do rateio do custo da iluminação pública entre os consumidores de energia elétrica, não afronta o princípio da capacidade contributiva.
III - Tributo de caráter sui generis, que não se confunde com um imposto, porque sua receita se destina a finalidade específica, nem com uma taxa, por não exigir a contraprestação individualizada de um serviço ao contribuinte.
IV - Exação que, ademais, se amolda aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.
V - Recurso extraordinário conhecido e improvido.
	Link: http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Assessoria_Juridica/Controle_Constitucionalidade/ADIns_3_Pareceres/ADIN-0452633742010_16-05-11.htm#:~:text=I%20%2D%20Lei%20que%20restringe%20os,do%20servi%C3%A7o%20de%20ilumina%C3%A7%C3%A3o%20p%C3%BAblica.
CAPÍTULO 03
LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR
1. Dos Princípios. 
Trata-se da limitação constitucional da atuação do Estado na Seara Fiscal. Trata-se de cláusulas pétreas, definidas no inc. IV do §4º do art. 60 CF:
Os direitos e garantias individuais dispostos no artigo 5º da Constituição Federal Brasileira não são passíveis de emenda constitucional, sendo considerados como cláusula pétrea.
No caso das Cláusulas Pétreas, só poderão ser alteradas para ser ampliadas, visto que é nosso arcabouço constitucional prevê a proibição ao retrocesso. 
1. PRINCÍPIPIO DA LEGALIDADE 
	TRIBUTO FEDERAL
	TRIBUTO ESTADUAL
	TRIBUTO MUNICIPAL 
	Lei Ordinária FederalLei Ordinária Estadual
	Lei Ordinária Municipal
	Ato do Congresso Nacional
	Ato da assembleia Legislativa, ou Câmara Legislativa para o DF
	Ato da Câmara dos Vereadores, ou Câmara Legislativa, para o DF. 
	APROVAÇÃO DA LEI ORDIÁRIA 
	APROVAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR
	Maioria absoluta – número inteiro imediatamente superior à metade ou à metade fracionada do total de parlamentares presentes à seção. 
	Maioria simples - número inteiro imediatamente superior à metade ou à metade fracionada do total de parlamentares existentes na casa legislativa
ART. 150 CF:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - Exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
“No taxation without representation”. (sem tributação sem representação). 
Lembrando que, jamais um tributo poderá ser criado por ato infralegal (ex.: Decreto, Portaria, Resoluções...) lembrando que MEDIDA PROVISÓRIA não é ato infralegal, pois tem força de Lei, de acordo com o art. 62 CF:
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
A criação ou extinção de Tributos só poderá ser dar através de Lei, ou Emenda a CF; já, com relação à majoração ou redução desses tributos, admite-se exceção à essa regra da legalidade. 
EXCEÇÕES A REGRA DA LEGALIDADE:
ART. 153, § 1º É facultado ao PODER EXECUTIVO, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
 (
CAMEX - CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR 
)1. II – Imposto de Importação
2. IE – Imposto de Exportação
 (
DECRETO DO PODER EXECUTIVO 
)3. IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
4. IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
5. CIDE – Combustíveis a alíquota é definida por meio de Decreto, para a redução e reestabelecimento (a lei fixa o montante, e o decreto pode reduzir e reestabelecer). 
6. ICMS – Combustíveis alíquota definida em Lei Complementar, por convênio do CONFAZ, firmada entre os diversos entes federados (estados). 
OBS: A CF não recepcionou a parte do CTN que determina que as Bases de Cálculo dos Impostos poderão ter suas alíquotas alteradas, somente recepcionando com relação às alíquotas. Sendo assim, apesar de estar escrito no art. 21 CTN que as bases de Cálculo poderão ter suas alíquotas aumentadas pelo Poder Executivo, esse dispositivo não está de acordo com a CF, visto que esta é mais recente àquela.
	RESOLUÇÃO Nª 49, DE 19 DE MAIO DE 2020 
	Altera para zero por cento as alíquotas do Imposto de Importação incidentes sobre os Bens de Capital que menciona, na condição de Ex-tarifários.
  Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
        I - A instituição de tributos, ou a sua extinção;
        II - A majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
        III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
        IV - A fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
        V - A cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
 (
Alíquota; 
Base de cálculo;
Sujeito passivo; 
Multa
Fato gerador.
)  VI - As hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
	FICA RESERVADA A LEI:
	Instituição e Extinção dos Tributos;
Majoração ou Redução dos Tributos EXCEÇÕES
Definição do Fato Gerador;
Fixação da alíquota do Tributo;
Cominação de Penalidades;
Hipóteses de exclusão, suspensão e extinção dos Créditos Tributários. 
Também tem que estar previsto na lei a ampliação da Base de Cálculo que importe em tornar o tributo mais oneroso:
   § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
 (
NÃO PRECISA DE LEI
)
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
EXPLICAÇÃO Suponhamos que um imóvel que possui 100 m², e naquele local da cidade o m² vale mil reais, o valor venal do imóvel fica 100 mil reais. Suponhamos então que naquele ano houve uma inflação de 5%, e aquele imóvel passou a valer naquele ano 105 mil reais, o m² passou a ser 1.050 reais. Quando o Município lança o IPTU ele usa uma planta de valor genérico que diz qual o valor do m² naquela localidade é de 1000 reais. Porém, no caso, naquele ano, o valor é de 1050. 
Para que o Município faça constar na tabela o valor de 1.050, que é o que condiz com a realidade atual, ele vai poder fazer isso por decreto, por não se considerar aumento de tributo, e sim atualização do valor monetário da base de cálculo. 
	SÚMULA N. 160 STJ 
	É defeso (proibido), ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice oficial de correção monetária (nesse caso, somente é autorizado por lei). 
 Sendo assim, é permitido ao Município atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual inferior ao índice de correção monetária; PORÉM se o índice for acima da inflação, PRECISA DE LEI. 
EXEMPLO construção de um Shopping Center em determinada localidade. Nesse caso, aumenta-se o valor venal dos imóveis dessa localidade, porém, como não se trata de correção monetária, e esse valor vai passar do índice inflacionário, a atualização do IPTU poderá ser feita somente mediante LEI. 
O presidente pode por lei delegada instituir tributos, desde que autorizada pelo parlamento. A lei delegada tem que ter autorização. 
Tanto para medida provisória, quanto para lei delegada, essas duas espécies de normas não podem ser usadas para disciplinar MATÉRIA RESERVADA A LEI COMPLEMENTAR:
1. EMPRESTIMOS COMPULSORIOS
2. (
MEMORIZAR
)IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS
3. IMPOSTOS RESIDUAIS
4. CONTRIBUIÇÕES RESIDUAIS. 
PRINCÍPIO DA ISONOMIA E CAPACIDADE CONTRIBUTIVA 
 (
Sentido Horizontal
 – pessoas que estão em posição equivalente, serem tratadas de maneira equivalente. 
)“Tratamento igual aos iguais, e desigual os desiguais, na medida de sua desigualdade”
  Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
II - Instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
A CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. É o critério que justifica um tratamento tributário diferenciado. 
Isenção de IPTU para servidores públicos foi declarada inconstitucional pelo STF. 
2. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA 
“O QUE O TEMPO CONSOLIDOU, OU TRATOU DE RESOLVER, NÃO DEVE SER REAVALIADO A CADA MOMENTO, é isso que busca a segurança jurídica” 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;         (Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 
com relação ao Direito Tributário, como subprincípios ao princípio da Segurança Jurídica, a lei ainda prevê três princípios para garantir o futuro próximo, que são eles: 
1. IRRETROATIVIDADE Não se cobra tributos em relação à fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado (não se cobra tributos para o passado);
2. ANTERIORIDADE – nãose cobra tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que instituiu ou aumentou o tributo;
3. NOVENTENA – Antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b (anterioridade). Não se cobra tributo antes de passar noventa dias da data da lei que criou ou aumentou o tributo. 
IRRETROATIVIDADE JURÍDICA X IRRETROATIVIDADE ECONÔMICA
No caso da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que é um tributo que respeita somente a noventena. Esse tributo tem fato gerador ocorrido ao final do ano, quando é feita a apuração para ver se há alguma dívida ou não, da mesma forma como ocorre com o Imposto de Renda. Nesse caso o que deveria ocorrer é o seguinte: 
 (
Ferver
.
) (
Jan
eiro
) (
Junho. 
) (
Mai
o
 
) (
Abr
il
) (
Mar
ço
. 
)
 (
9%
) (
9%
) (
9%
) (
9%
) (
9%
) (
9%
)
 (
Aumento da alíquota de 9% para 12%. 
)
 (
Dezembro
) (
Nove
m.
) (
Outubro
) (
Setembro
) (
Agosto
) (
Julho. 
)
 (
12%
) (
12%
) (
12%
) (
9%
) (
9%
) (
9%
)
 (
Passado o prazo da Noventena, já pode cobrar 12%. 
)
 (
OBS: O STF entendeu que, pelo fato gerador do tributo ocorrer ao final do exercício financeiro, ou seja, em dezembro, e naquele momento a alíquota estar de 12%, o ajuste incide sobre o lucro do ano inteiro. Nesse caso, a Lei estava tributando um Fato Gerador Posterior, e, economicamente, houve irretroatividade, porém juridicamente não houve agressão à irretroatividade, visto que o fato gerador foi posterior à lei.
)
QUE O QUE A CF GARANTE É A IRRETROATIVIDADE JURÍDICA, NÃO ECONÔMICA. 
 (
MEMORIZAR
)EXCEÇÕES À REGRA DA ANTERIORIDADE E NOVENTENA
	EXCEÇÕES À ANTERIORIDADE
	EXCEÇÕES À NOVENTENA 
	1. Imposto de Importação;
2. Imposto de Exportação;
3. Imposto Sobre Produtos Industrializados 
4. Imposto sobre Operações Financeiras 
5. Impostos Extraordinários de Guerras 
6. Empréstimos Compulsórios para Guerra ou Calamidade Pública. 
7. Contribuições para Financiamento da Seguridade Social;
8. ICMS monofásico sobre combustíveis (exceção parcial: ver art. 155 §4º, IV CF). só é exceção à anterioridade quando o aumento é para, no máximo, para o mesmo patamar em que estava. 
9. CIDE – combustível (exceção parcial: ver art. 177, §4º, I, b CF). 
	1. Imposto de Importação;
2. Imposto de Exportação;
3. Imposto sobre Operações Financeiras;
4. Impostos Extraordinários de Guerra;
5. Empréstimos Compulsórios para Guerra ou Calamidade Pública; 
 (
Somente com relação à 
Base de Cálculo
 
)
6. Imposto de Renda;
7. Base de Cálculo do IPTU;
8. Base de Cálculo do IPVA
ESSAS SÃO AS ÚNICAS HIPÓTESES NO BRASIL QUE NÃO DEPENDEM DE PRAZO ALGUM PARA COBRANÇA. 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: 
IV - As alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte:       
a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto;          
b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre concorrência
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b 
Art. 177. Constituem monopólio da União:
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos:         (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
I - A alíquota da contribuição poderá ser:
c) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150, III, b.
3. PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
 (
Visa-se com isso proteger o Contribuinte contra exageros do Estado na Seara da Tributação, que engloba não somente tributos, mas também
 as 
multas
. 
)IV - Utilizar tributo com efeito de confisco;
Isso significa dizer que a carga tributária não pode ser irrazoável, ou exagerada. Porém, não dá para definir uma alíquota sobre essa irrazoabilidade, até porque, a sensibilidade das alíquotas é diferente de acordo com tipo de riqueza tributada. 
Por exemplo, se fosse fixada uma alíquota de 10% para todos os tributos, para o Imposto de Renda poderia ser proporcional, no caso de uma pessoa que ganha 25 mil reais, pagar dois mil e quinhentos para o Estado mensalmente, porém, com relação ao IPTU não seria razoável, visto que, uma pessoa que possui um imóvel cujo valor seja de R$ 5000,00,00 (quinhentos mil reais), nesse caso ele pagaria por ano ao Estado um valor de 50 mil reais, o que seria completamente irrazoável. Isso que visa evitar o princípio do não confisco. O Estado não pode exagerar nas tributações, impedindo assim que a pessoa exerça determinada atividade, ou deixe de praticar algum ato por conta dos altos valores de tributação daquela atividade ou ato. 
Dessa forma, não há como definir com precisão essa irrazoabilidade, e somente nos casos de absoluta certeza do caráter exagerado do tributo é que o tributo vai agir. 
OBS: Para aferir o caráter confiscatório ou não de determinado tributo, o judiciário não vai analisar isoladamente a carga tributária em separado daquele tributo, e sim a totalidade da carga cobrada pelo mesmo ente, da mesma manifestação de riqueza. 
Cm base no entendimento do Supremo Tribunal Federal, é vedada a aplicação de multa tributária pelos fiscos em percentual superior a 100%, em caso de multa punitiva, e 20%, em caso de multa moratória, sobre o valor do tributo devido pelo contribuinte, sob pena de haver a caracterização do confisco, expressamente vedado pelo artigo 150, IV, da Constituição Federal do Brasil.
Ou seja, a multa é de ofício (nos casos que o Poder Público faz uma auditoria e chega à conclusão de que o contribuinte não pagou um tributo), tem o limite de 100%, já as multas por atraso têm limite máximo de 20%. 
4. PRINCÍPIO DA LIBERADE DE TRÁFEGO 
Tem base no art. 5º, XV CF: XV:
É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
Sendo assim, não poderá ser criados obstáculos que visem restringir esse direito, salvo as restrições legais. Com base nisso, o art. 150, V CF aduz:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
V - Estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
O que se visa proibir com isso é a criação de tributos com o objetivo de restringir a circulação de pessoas ou bens pelo país. 
Com relação ao ICMS, o objetivo não é restringir a circulação de pessoas e bens do território nacional. 
	JURISPRUDÊNCIA STF – ADI 800/RS
	1. O pedágio cobrado pela efetiva utilização de rodovias conservadas pelo Poder Público, cuja cobrança está autorizada pelo inciso V, parte final o art. 150 CF/88, não tem natureza jurídica de taxa, mas sim de preço público, não estando a sua instituição, consequentemente, sujeita ao princípio da legalidade estrita. 
Preço Público é direito tributário, definido por contrato. Sendo assim não é tributo. 
5. PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA DA CARGA TRIBUTÁRIA 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
§ 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
Sendo assim, o contribuinte tem que ser esclarecidosobre os impostos que incidem sobre mercadorias e serviços, visto que essas, muitas vezes passam desapercebido pelo contribuinte no preço. 
Porém, a lei 12.741/2012 veio para exigir que esse princípio seja aplicado sobre a totalidade dos tributos, independente do ente que o cobra:
Art. 1º Emitidos por ocasião da venda ao consumidor de mercadorias e serviços, em todo território nacional, deverá constar, dos documentos fiscais ou equivalentes, a informação do valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais, cuja incidência influi na formação dos respectivos preços de venda.
6. (
Matéria Reservada à Lei Específica
)PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS 
 (
BENEFÍCIOS FISCAIS
)Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.
A ideia foi evitar a concessão de benefícios fiscais em leis que não tinham correlação com a matéria tratada. 
Ou seja, além de ter que estar prevista em lei a isenção, respeitando o princípio da legalidade, essa lei tem que ser específica. Que trate das matérias de subsídio, isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, ou trate do correspondente tributo.
Se houvesse a necessidade de se dar uma isenção ao Imposto de Renda, ou era posto em uma lei que tratasse somente do IR, ou em uma lei que tratasse só de isenções. Porém o Supremo entende que a CF exige a PERTINÊNCIA TEMÁTICA, ou seja, exige eu o benefício fiscal seja colocado em uma lei que tenha a ver com o benefício fiscal (ex. Imposto de Renda em lei sobre Divórcio), porem, suponhamos que o governo crie um programa habitacional para diminuir o déficit habitacional no país para que as pessoas tenham acesso à casa própria, e no contexto da lei ele crie um programa de construção de casas próprias e dá uma isenção de IPI para os materiais de construção que sejam utilizados nesse programa. Nesse caso, não é uma lei só de isenções, nem uma lei que trata só de IPI, mas o Supremo entendeu que houve pertinência temática, pois está no contexto da lei baratear o acesso à casa própria, tirando a tributação dos materiais de construção. 
A lei do Simples Nacional trouxe uma isenção para os optantes do simples nacional, no tocante aquelas contribuições para o sistema S (SESC, SESP, SENAI, SEBRAI...). Essas instituições, não satisfeitas, proporam ação judicial dizendo que a isenção foi dada em uma lei que não é específica. Sendo assim, o Supremo entendeu que a lei do Simples Nacional visa diminuir a burocracia e a carga tributária a que estão submetidas as empresas menores, e que precisam de proteção estatal. E a concessão de uma isenção contra esses tributos está no contexto de diminuir a carga tributária a que essas empresas estão submetidas. Sendo assim o STF entendeu que houve pertinência temática. 
	JURISPRUDENCIA 
	ADI 5929/DF - 2. Os convênios CONFAZ têm natureza meramente autorizativa ao que imprescindível a submissão do ato normativo que veicule quaisquer benefícios e incentivos fiscais à apreciação da Casa Legislativa 
	Para conceder ou revogar benefício fiscal de ICMS, tem que haver uma deliberação conjunta de Estados, DF e Municípios (votação) nos termos de uma Lei Complementar. – LC 24/1975 – para um estado dar isenção de ICMS, ele tem que obter aprovação por unanimidade dos demais que compareçam à seção do CONFAZ. Cada Estado vai para o CONFAZ representado pelo seu secretário da pasta tributária, e lá eles votam em conjunto nas isenções que os estados pretendem dar. Ex.: se o Estado de Pernambuco pretende dar uma isenção, mas o Estado do Amapá votar que não, não haverá isenção, pois a aprovação é por unanimidade;
Em havendo, há ratificação pelos governadores, e assim por diante. 
Sendo assim, benefício pelo CONFAZ além da previsão legal, tem que ter o convênio, entre os secretários aprovado, e ratificado pelo parlamento por ato com força de lei (decreto legislativo, resolução ou lei em sentido estrito). 
	Súmula Vinculante nº 50 - STF: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade.
	Legalidade
	Isonomia ou Capacidade Contributiva
	Segurança Jurídica
	Não Confisco
	Liberdade de Tráfego
	Transparência da Carga Tributária 
	Reserva Legal – Benefícios F.
	Os tributos só poderão ser instituídos ou majorados mediante Lei
	“Tratamento igual aos iguais, e desigual aos desiguais na medida de sua desigualdade”
	Irretroatividade, anterioridade e noventena 
	Veda a utilização dos tributos com efeito de confisco. 
	Proibição da criação de tributos com o objetivo de restringir a circulação de pessoas ou bens do território nacional. 
	Visa esclarecer aos contribuintes sobre os impostos que incidem sobre mercadorias e serviços. 
	Qualquer benefício fiscal para os tributos será concedido mediante Lei Específica do ente federado responsável. 
	Exceções: II, IE, IOF, IPI, CIDE e ICMS combustíveis 
	É vedado aos entes federados instituir tratamento desigual entre os contribuintes que se encontram em posição equivalente. 
	Irretroatividade – veda cobrança de tributos com fatos geradores ocorridos antes da vigência da lei; 
	A carga tributária não pode ser exagerada, impedindo a pessoa de exercer determinada atividade ou deixar de praticar certos atos por conta da tributação
	ADI 800/RS Do pedágio - tem natureza jurídica de direito privado, cobrado mediante preço público. Não tem natureza tributária. 
	A lei 12.741/2012 exige que esse princípio seja exigido seja aplicado sobre todos os tributos, independente de quem o cobra. 
	Lei específica que trate da matéria de subsídio; isenção; redução de base de cálculo; 
Concessão de crédito presumido;
Anistia e remissão. 
	Matérias Reservadas a Lei Complementar: EC; IGF; Imp. Residuais; Contribuições Residuais. 
	A isenção do IPTU para os servidores públicos foi declarada inconstitucional pelo STF. 
	Exceções à anterioridade e noventena (anexo)
	Analisa-se isoladamente a carga tributária cobrada pelo mesmo ente, sobre a mesma manifestação de riqueza. 
	Disposto no art. 5º CF - É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
	Deverá constar nos documentos fiscais o valor aproximado correspondente a totalidade dos tributos que influíram na formação dos respectivos preços. 
	Convenio do CONFAZ – autorizar concessão de quaisquer benefícios e incentivos fiscais à apreciação da Casa Legislativa
 
DAS LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS À UNIÃO 
O art. 150 prevê limitações ao poder de tributar para todos os entes federados, porém, o art. 151 prevê limitações somente para a União, que é a única que tem legitimidade para tributar em todo o território nacional. Visa-se com isso evitar que a União use seu poder de tributar nacionalmente de uma maneira a perseguir ou privilegiar outros entes federados. 
Art. 151. É vedado à União:
I - Instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação à Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País;
II - Tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
III - instituir isenções detributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
  Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
· PROTEÇÃO AO PACTO FEDERATIVO 
Art. 151. É vedado à União:
I - Instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação à Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País;
A lógica é que se a União tributa em todo o território nacional, esse tributo não seja diferente em cada estado. Ele precisa ser uniforme em cada um dos pontos do território nacional. 
OBS: existem diferenças entre os desenvolvimentos entre as diferentes regiões do país, que pode justificar um tratamento tributário diferenciado para diminuir as desigualdades, respeitando a Isonomia entre as diferentes regiões do país. 
EXEMPLO – a União Federal pode olhar o gráfico de desenvolvimento de cada região do país, e considerando o menor desenvolvimento de certas regiões, e, para elas, dar tratamento mais favorecido, diminuindo, por exemplo, o IPI, com vistas a levar indústrias para essas regiões para que elas se desenvolvam melhor. 
EXCEÇÃO À UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA Sendo assim, não é possível a perseguição, com vistas a prejudicar determinado estado, porém é assegurada o tratamento de regiões menos desenvolvidas de maneira tributariamente mais favorecida, com vistas ao seu desenvolvimento, diminuindo a desigualdade socioeconômica do país é assegurada constitucionalmente. 
· PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE NA TRIBUTAÇÃO DA RENDA 
Art. 151. É vedado à União:
II - Tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
DA REMUNERAÇÃO E OS PROVENTOS DOS RESPECTIVOS AGENTES PÚBLICOS É vedado a união usar do IR de forma a concorrer deslealmente com os outros entes federados. Nesse caso, a uniformidade da tributação da renda vai tentar evitar que a União use do IR para ela se beneficiar quando concorre com os demais entes federados. 
EXEMPLO – a União não pode instituir IR mais leve para os servidores públicos federais do que cobra para os servidores públicos estaduais, com vistas a reter os melhores profissionais para si, quando o profissional for optar por seguir carreira federal ou estadual. Os entes devem concorrer lealmente pelos seus servidores, e a União que é a legitimada para cobrar o Imposto de Renda, não pode usar desse privilégio para atrair para si os melhores servidores. 
TRIBUTAR A RENDA DAS OBRIGAÇÕES DA DÍVIDA PÚBLICA DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS a tributação não pode ser de maneira superior, ou mais pesada, do que a União tributa as obrigações da própria dívida pública. 
EXPLICAÇÃO: Renda da obrigação da dívida pública é uma renda que é auferida por quem compra os títulos da dívida pública daquele ente federado. EXEMPLO se você está com um dinheiro e quer investir em um título da dívida pública, em um investimento de baixo risco, você pode por optar por entrar no site do tesouro direto, escolher um dos títulos que a União está oferecendo, e obter a remuneração lá prometida. 
Suponhamos que você comprou um título de renda fixa com remuneração de 8% ao ano. Você comprou 100 mil reais desses títulos (comprou 10 títulos, a 10 mil reais cada). Se a remuneração anual é de 8% ao ano, você vai ter oito mil reais de rendimento em um ano. Esse rendimento é tributado por IR, e por obvio, quem fixa a alíquota desse imposto é a União. 
Imagina que o Estado de São Paulo também emitisse títulos da Dívida Pública, com remuneração de 9% ao ano. Você investidor, que estava pensando em investir na dívida pública da União, pode começar a pensar em investir na dívida pública do Estado de São Paulo. O que não pode acontecer é a possibilidade de a União dizer que quem comprar títulos da dívida pública dos estados pagará IR mais alto, criando um benefício fiscal para os seus títulos da vida pública, com vistas a atrair investidores em detrimento de determinado estado. Sendo assim, a tributação tanto dos títulos da dívida pública da União quanto dos Estados, DF e Municípios tem que ser a mesma. 
· DA INSTITUIÇÃO DE INSENCOES DOS OUTROS ENTES FEDERADOS
Art. 151. É vedado à União:
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
 (
MEMORIZAR
)O poder de isentar decorre do poder de tributar. Quem tem o condão de criar o tributo, é que pode tomar a decisão de não o cobrar. Ou seja, as isenções são autônomas ou autonômicas. 
DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS OU HETEROTÓPICAS é vedado à União conceder vedações à um tributo que não é de sua competência. é a exceção à regra da autonomia das isenções pelo ente que os instituiu. São previstos três casos na CF:
ICMS DE EXPORTAÇÕES; Uma lei complementar da União pode excluir do ICMS as exportações de serviços para o exterior 
Art. 155 §2º, X - Não incidirá:
sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores;   não incide ICMS nas exportações de produtos industrializados, ressalvados os semielaborados. 
XII - cabe à lei complementar:
excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, "a" Dessa forma, a CF imuniza todas as exportações para o exterior da incidência do ICMS, de forma que não faz sentido que lei pode excluir outras coisas, visto que a CF prevê essa imunidade para todas as Exportações. LEI COMPLEMENTAR DA UNIÃO ISENTA AS EXPORTAÇÕES AO PAGAMENTO DE ICMS ISENÇÃO HETERÔNOMA. 
Porém, em prova, ainda se diz que a lei pode excluir outras mercadorias além das mencionadas no inc. X, “a”
ISS EXPORTAÇÕES DE SERVIÇOS 
ART. 156, §3º - § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:         
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.   trata-se de uma isenção heterônoma, pois a LC foi editada pela União (LC 116), e tem um dispositivo dizendo que não se cobra ISS nas exportações. (LEI NACIONAL ISENTANDO UM TRIBUTO MUNICIPAL). 
Uma lei complementar pode excluir da incidência do ISS as exportações de serviços para o exterior. 
CONCESSÃO DECORRENTE DE TRATADO INTERNACIONAL 
O Brasil é signatário do GATT – que é o tratado internacional sobre tarifas e tributos. E nesse tratado há uma cláusula chamada cláusula do tratamento nacional, que determina que, uma mercadoria importada por um país signatário da GATT, por outro país que também é signatário do GATT, internamente, essa mercadoria tem que ser tratada como se fosse uma mercadoria nacional. Essas mercadorias estrangeiras regularmente importadas e incorporadas à economia nacional, são chamadas de “nacionalizadas”, não podendo haver nenhuma discriminação. Exemplo, os Estados não podem cobrar IPVA mais alto sobre automóveis importados. As alíquotas têm que ser as mesmas, sob pena de se violar o Tratado. 
Dessa forma, a mercadoria estrangeira que seja similar a mercadoria nacional, e que tem benefício fiscal, por exemplo, isenção, esse benefício também tem que contemplar o similar estrangeiro. Sendo assim, estende-se a isenção que seja dada a mercadoria nacional. ESSE BENEFÍCIO DO SIMILAR NACIONAL NÃO EXISTE MAIS. 
CASO CONCRETO o bacalhau possui isenção, por se tratar de um produto importado por um país signatário do GATT, porém, os importadores de bacalhau, por entender que a mercadoria peixe seco

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