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INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA Dimensionamento do sistema de distribuição Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira HIDRÔMETRO Com relação aos hidrômetros, as vazões máximas são mostradas na tabela: Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Qmáx (m 3/h) Diâmetro Nominal DN (mm) 1,5 15 e 20 3 15 e 20 5 20 7 25 10 25 20 40 30 50 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO A distribuição de água para um prédio, partindo de um reservatório superior de acumulação, é feita por meio de um sistema de tubulações que compreendem: Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Tubulações após reservatório superior Barrilete de distribuição Colunas de alimentação Ramais Sub-Ramais SUB-RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira São tubulações que ligam os ramais às peças de utilização ou aos aparelhos sanitários, ou ainda, pode ser definido como um trecho que alimenta um único ponto de utilização. 201 301 401 SUB-RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Os sub-ramais são dimensionados pela tabela a seguir: Peças de Utilização Diâmetro Nominal DN (diâmetro nominal) (mm) (referência) (Pol) Aquecedor de baixa pressão 20 ¾ Aquecedor de alta pressão 15 ½ Bacia sanitária com caixa de descarga 15 ½ Bacia sanitária com caixa de descarga de DN 20 mm (3/4) 32 1 ¼ Bacia sanitária com caixa de descarga de DN 25 mm (1) 32 1 ¼ Bacia sanitária com válvula de descarga de DN 32 mm (1 ¼ ) 40 1 ½ Bacia sanitária com válvula de descarga de DN 38 mm (1 ½ ) 40 1 ½ Banheira 15-20 ½ - ¾ Bidê, Filtro de pressão, lavatório, bebedouro, mictório de descarga contínua por metro ou por aparelho 15 ½ Chuveiro, máquina de lavar pratos e de lavar roupas, mictório autoaspirante, pia de cozinha, tanque de lavar roupa 20 ¾ SUB-RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Em geral, os fabricantes dos aparelhos fornecem em seus catálogos os diâmetros que recomendam para os sub-ramais. Essas informações são importantes, principalmente no caso de equipamentos especiais como os de cozinhas, lavanderias, laboratórios, instalações hospitalares e industriais. RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira São tubulações derivadas da coluna de alimentação e que servem a conjuntos de aparelhos. Podem ser: Ramais Ramal de Alimentação (RA) Trecho entre a coluna de distribuição e à montante do hidrômetro Ramal de distribuição principal (RDP) Trecho a jusante do hidrômetro sem ramificação Ramal de distribuição secundário (RDS) Trecho que alimenta dois ou mais pontos de utilização e sub-ramal RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Para o dimensionamento são feitas duas suposições: Ramais de alimentação Admitir que há consumo simultâneo de todos os aparelhos (Máximo consumo Possível) Considerar o consumo simultâneo máximo provável dos aparelhos RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Máximo consumo POSSÍVEL: Admite-se que os diversos aparelhos pelo ramal sejam utilizados simultaneamente, de modo que a descarga total no início do ramal será a soma da descargas em cada um dos sub-ramais. Essa hipótese ocorre em instalações cm horários rigorosos para utilização de água, principalmente de chuveiros e lavatórios, como fábricas, colégios, faculdades e quartéis. Para fácil escolha do diâmetro, toma-se como base ou unidade o tubo de 15 mm (1/2”) de tal modo que a seção do ramal em cada trecho seja equivalente, sob o ponto-de-vista de escoamento hidráulico, à soma das seções dos sub-ramais por ele alimentados. Máximo consumo possível: RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Diâmetro do encanamento N° de encanamentos de 15 mm (½”) com a mesma capacidade mm Polegadas 15 ½ 1 20 ¾ 2,9 25 1 6,2 32 1 ¼ 10,9 40 1 ½ 17,4 50 2 37,8 60 2 ½ 65,5 75 3 110,5 100 4 189,0 150 6 527,0 200 8 1.200,0 Dimensionar um ramal alimentando 5 chuveiros e cinco lavatórios de um colégio interno: Para colégios usa-se o critério do máximo consumo possível. Pela tabela de sub-ramais, encontramos ½” para diâmetro dos sub- ramais dos lavatórios e ¾” para diâmetro dos sub-ramais dos chuveiros. RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira EXEMPLO Portanto, o diâmetro do ramal será de 40 mm. RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira EXEMPLO 1/2 1/2 1/2 1/2 1/2 3/4 3/4 3/4 3/4 3/4 Ramal 5 chuveiros 5 lavatórios 1 2,9 1 1 1 1 1 2,9 2,9 2,9 2,9 19,5 16,6 13,7 10,8 7,9 5 4 3 2 RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Máximo consumo PROVÁVEL: Baseia-se no fato de ser pouco provável o funcionamento simultâneo dos aparelhos de um mesmo ramal e na probabilidade de o funcionamento simultâneo diminuir com o aumento do número de aparelhos. Com base no cálculo das probabilidades e em observações realizadas em grande número de instalações em perfeito funcionamento, pode-se estabelecer um fator de utilização para o ramal, pelo qual multiplicando- se o valor do consumo máximo possível, se possa obter o consumo máximo provável dos aparelhos funcionando simultaneamente. RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Máximo consumo PROVÁVEL: Evidentemente, a seção hidráulica do ramal será inferior à soma dos correspondentes aos sub-ramais. A dificuldade reside na falta de informações seguras sobre a máxima provável utilização dos aparelhos para certos tipos de prédios. RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Máximo consumo PROVÁVEL: 1º) Atribuem-se pesos às várias peças de utilização para definir suas demandas. Aparelhos sanitários e peças de utilização Vazão de projeto (L/s) Peso P Bacia sanitária com caixa de descarga 0,15 0,3 Bacia sanitária com válvula de descarga 1,70 40,0 Banheira (misturador – água fria) 0,30 1,0 Bebedouro com registro de pressão 0,10 0,1 Bidê (misturador – água fria) 0,10 0,1 Chuveiro (misturador – água fria) 0,20 0,5 Lavatório (torneira ou misturador) 0,15 0,5 Chuveiro elétrico 0,10 0,1 RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Máximo consumo PROVÁVEL: 1°) Atribuem-se pesos às várias peças de utilização para definir suas demandas. Aparelhos sanitários e peças de utilização Vazão de projeto (L/s) Peso P Máquina de lavar roupas ou pratos 0,30 1,0 Mictório cerâmico com válvula de descarga 0,50 2,8 Mictório de descarga descontínua tipo calha (por metro) 0,15 0,3 Pia / Torneira ou misturador (água fria) 0,25 0,7 Pia / Torneira elérica 0,10 0,1 Tanque de lavar – Torneira 0,25 0,7 Torneira de jardim ou lavagem em geral 0,20 0,4 RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Máximo consumo PROVÁVEL: 2°) Somam-se os pesos das diversas peças de utilização. 3°) Calcula-se a raiz quadrada da soma dos pesos. 4º) Multiplica-se o resultado anterior por um coeficiente de descarga C, sendo C = 0,30 s-1, para se ter a descarga em L/s. RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Máximo consumo PROVÁVEL: OBS: O peso é função apenas da demanda; Nunca se somam vazões, apenas pesos. Depois se calculam as vazões; Os aparelhos sanitários, bem como suas instalações e canais internos, não podem provocar retrossifonagem (refluxo de águas servidas, poluídas ou contaminadas, para o sistema de consumo, devido a pressões negativas). RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Máximo consumo PROVÁVEL: Se, entretanto, houver aparelhos que possam provocar retrossifonagem, pode-se adotar uma das seguintes soluções: a) Instalar esses aparelhos em coluna, barrilete e reservatório independentes, exclusivamente para abastecê-los; b) Instalar os referidos aparelhos em coluna, barrilete e reservatório comuns a outros aparelhos ou peças, desde que seu sub-ramalesteja protegido por dispositivo quebrador de vácuo; c) Instalar os referidos aparelhos em coluna, barrilete e reservatório comuns a outros aparelhos ou peças, desde que a coluna logo abaixo do registro correspondente em sua parte superior seja dotada de tubulação de ventilação. RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Máximo consumo PROVÁVEL: Os fabricantes de válvulas de descarga modernas cujo êmbolo fecha tanto a favor quanto contra o fluxo da água afirmam não haver qualquer risco de retrossifonagem com o emprego das mesmas, o que, se for comprovado, dispensa qualquer das providências anteriores. RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Máximo consumo PROVÁVEL (Algoritmo): 1º) Marca-se o número de cada coluna d’água; 2º) Indicam-se os trechos compreendidos entre cada dois ramais, a partir da primeira derivação, que é a do barrilete; 3º) Somam-se os pesos; 4º) Calculam-se os pesos acumulados, contados de baixo para cima; 5º) Calculam-se as vazões correspondentes aos pesos acumulados, usando a fórmula: RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Máximo consumo PROVÁVEL (Algoritmo): 6º) Com os valores das vazões, recorre-se ao ábaco de Fair-Whipple-Hsiao para a escolha dos diâmetros e verificação das perdas de carga unitárias (Ju); para isso, procura-se manter as velocidades abaixo dos limites da tabela da norma. RAMAIS Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira Máximo consumo PROVÁVEL (Algoritmo): Considerações: A cada pavimento, de cima para baixo, a pressão aumenta devido à maior altura de queda da água. O bom funcionamento das peças de utilização aconselha pressão de serviço máxima de 40 mca (40 kPa). Deve-se partir do seguinte princípio: manter a velocidade em torno de 2,0 a 3,0 m/s e, nessa faixa, dimensionar a tubulação. Define-se: Pressão Dinâmica (de serviço): Pressão no ponto considerado. Pressão Estática: Desnível da água no reservatório superior em relação à cota onde se acha a peça considerada. Consideremos a coluna em ferro galvanizado, correspondente à um prédio de 12 pavimentos, com 12 vasos providos de válvulas de descarga e dimensione-o de acordo com a NBR 5626:1998. MÁXIMO CONSUMO PROVÁVEL Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira EXEMPLO Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira 1º) Peso dos aparelhos: Como são 12 vasos sanitários com válvula de descarga, cada qual com peso P = 40, temos P = 40x12 = 480 2º) Escolha do diâmetro e cálculo da velocidade: Se usarmos um tubo de 2 ½”, a velocidade será 2,2 m/s: MÁXIMO CONSUMO PROVÁVEL Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira EXEMPLO Qbc = 0,30 𝑃 Qbc = 0,30 480 Qbc = 6,57 L/s Q = A . v 0,00655 = (p.0,62/4).v VBC = 2,2 m/s 3º) Cálculo da perda de carga unitária: 4º) Comprimento equivalente: Lbc = 15,00 m 5º) Perda de carga total: 0,20 x 15 = 3,00 m MÁXIMO CONSUMO PROVÁVEL Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira EXEMPLO Q = 27,113 . J0,632 . D2,596 0,00657 = 27,113 . J0,632 . 0,0602,596 Ju = 0,20 m/m 6º) Pressão disponível no ponto C: 3,80 – 3,00 = 0,80 mca. OBS: A pressão neste caso está muito baixa e insuficiente, pois é preciso uma pressão de 2mca para a válvula do ponto C. Deve-se portanto aumentar o diâmetro para 75mm. MÁXIMO CONSUMO PROVÁVEL Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira EXEMPLO Para o diâmetro de 75 mm o comprimento equivalente será de 22,30m. Assim: Logo Jbc = 0,045 m/m x 22,30 m = 1,00 m A pressão disponível para funcionar a válvula será 3,80 m – 1,00 m = 2,80 m. MÁXIMO CONSUMO PROVÁVEL Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira EXEMPLO Q = 27,113 . J0,632 . D2,596 0,00655 = 27,113 . J0,632 . 0,0752,596 Ju = 0,045 m/m OK! Exercício: Terminar de calcular o restante da tubulação do exemplo anterior. MÁXIMO CONSUMO PROVÁVEL Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira EXEMPLO Dimensionar segundo a NBR 5626 uma coluna de alimentação de um banheiro completo com caixa de descarga para um edifício de apartamentos com 12 pavimentos. MÁXIMO CONSUMO PROVÁVEL Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira EXEMPLO MÁXIMO CONSUMO PROVÁVEL Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira EXEMPLO MÁXIMO CONSUMO PROVÁVEL Prof. Arthuro Munay Dantas da Silveira EXEMPLO co lu n a trecho Pesos Vazão Diâmetro Veloc. Comprimentos Pressão Disponível Perda de Carga Pressão Jusante Unit. Acum. (L/s) (mm) (pol) (m/s) Real Equiv. Total Unit. Total (m) (m) (m) (mca) (mca/m) (mca) (mca) (kPa) 1 BC 40 480 6,55 75 3 1,4 15,00 7,30 22,30 3,80 0,045 1,00 2,80 28,0 CD 40 440 6,30 60 2 ½ 2,2 3,15 1,30 4,45 2,80 0,140 0,62 5,33 53,3 DE 40 400 6,00 60 2 ½ 2,1 3,15 1,30 4,45 5,33 0,120 0,53 7,95 79,5 EF 40 360 5,69 60 2 ½ 2,0 3,15 1,30 4,45 7,95 0,100 0,445 10,65 106,5 FG 40 320 5,26 60 2 ½ 1,9 3,15 1,30 4,45 10,65 0,305 1,36 14,36 143,6 GH 40 280 5,02 50 2 2,5 3,15 1,10 4,25 14,36 0,274 1,16 16,35 163,5 HI 40 240 4,65 50 2 2,37 3,15 1,10 4,25 16,35 0,243 1,03 18,47 184,7 IJ 40 200 4,24 50 2 2,16 3,15 1,10 4,25 18,47 0,210 0,892 20,73 207,3 JK 40 160 3,79 50 2 1,93 3,15 1,10 4,25 20,73 0,176 0,748 23,132 231,32 KL 40 120 3,29 40 1 ½ 2,50 3,15 0,90 4,05 23,13 0,351 1,422 24,86 248,6 LM 40 80 2,68 40 1 ½ 2,14 3,15 0,90 4,05 24,86 0,255 1,033 26,977 2697,7 MN 40 40 1,90 30 1 ¼ 2,50 3,15 1,10 4,45 26,97 0,480 2,04 28,087 2808,7
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