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UC04 - EDUCAÇÃO AMBIENTAL

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Educação Ambiental
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Departamento Nacional
José Manuel de Aguiar Martins
Diretor Geral
Regina Maria de Fátima Torres
Diretora de Operações
Confederação Nacional da Indústria 
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Educação Ambiental
Brasília
2010
Ariane Sirugi de Souza Cunha
© 2010. SENAI – Departamento Nacional
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Equipe técnica que participou da elaboração desta obra
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Nacional
Setor Bancário Norte, Quadra 1, Bloco C 
Edifício Roberto Simonsen – 70040-903 – Brasília – DF 
Tel.:(61)3317-9000 – Fax:(61)3317-9190 
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SENAI/MS
Coordenador de EaD – SENAI/SC em 
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Diego de Castro Vieira - SENAI/SC em 
Florianópolis
Design Gráfico e Diagramação 
Equipe de Desenvolvimento de Recursos 
Didáticos do SENAI/SC em Florianópolis
Design Educacional, Ilustrações e Revisão 
Textual 
FabriCO
Fotografias
Banco de Imagens SENAI/SC
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 C972e 
Cunha, Ariane Sirugi de Souza 
 Educação ambiental / Ariane Sirugi de Souza Cunha. Brasília: 
SENAI/DN, 2010. 
 
 
Inclui bibliografias. 
 
 1. Meio ambiente. 2. Educação ambiental. 3. Poluição. 4. 
Desenvolvimento sustentável. I. SENAI. Departamento Nacional. II. 
Título. 
 
 CDU 504 
58 p. : il. color ; 30 cm.
Sumário
Apresentação do curso .................................................................................07
Plano de estudos ............................................................................................09
Unidade 1: Desenvolvimento Sustentável x Desenvolvimento 
Industrial ............................................................................................................11
Unidade 2: Poluição dos Recursos Naturais ..........................................27
Conhecendo o autor .....................................................................................55 
Referências .......................................................................................................57
7
Educação Ambiental
Apresentação 
do Curso
Prezado aluno, seja bem-vindo ao curso Educação 
Ambiental!
Para dar início ao nosso percurso, vamos nos cons-
cientizar do seguinte: se compreendermos as cau-
sas e as consequências que a degradação ambiental 
traz para o meio ambiente, perceberemos o quanto 
de nossos consumos são desnecessários e o quanto 
podemos estar prejudicando o meio ambiente.
Por isso, necessitamos discutir essa e tantas outras 
questões ambientais, pois nos levará a refletir e 
contribuirá para uma mudança em nossos posi-
cionamentos e em nossos padrões de consumo, 
contribuindo para o fortalecimento de um desen-
volvimento sustentável e para a construção de uma 
política sustentável.
Este curso está dividido em duas unidades, cada 
uma abordando um tema específico. Elas são com-
postas, predominantemente, de explanação do 
assunto-objeto de aprendizagem, seguida de uma 
proposta de atividade para prática do conteúdo 
visto.
Espero que você perceba a importância da preser-
vação do meio ambiente e os benefícios que ela 
trará para sua vida pessoal, social e profissional, por 
meio dos conteúdos apresentados e das atividades 
que você desenvolverá.
Desejo a você um ótimo aproveitamento dos conte-
údos, uma boa leitura e um ótimo aprendizado!
9
Educação Ambiental
Plano de Estudos
Carga horária:
12 horas
Ementa
Meio ambiente; crise ambiental; desenvolvimento 
industrial; desenvolvimento sustentável; educação 
ambiental; degradação ambiental; poluição dos re-
cursos naturais.
Objetivos
Objetivo Geral
 � Conhecer os processos de intervenção antrópica 
que ocorrem no meio ambiente, suas consequên-
cias e as características das atividades produtivas 
geradoras de resíduos sólidos, efluentes líquidos e 
emissões atmosféricas.
Objetivos Específicos
 � Conhecer as origens das atividades antrópicas que 
impactam diretamente no meio ambiente e como 
essas atividades geram os grandes impactos que 
interferem no contexto da sociedade.
 � Examinar as principais ferramentas de gestão am-
biental disponíveis para a melhoria contínua dos 
padrões de qualidade ambiental.
10
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
 � Avaliar os efeitos ambientais causados por resíduos sólidos, emissões at-
mosféricas e efluentes líquidos, identificando suas consequências sobre a 
saúde humana e sobre a economia.
11
Educação Ambiental
1Desenvolvimento Sustentável x 
Desenvolvimento 
Industrial
Objetivos do Curso
Ao final desta unidade, você terá subsídios para:
 � compreender o conceito de meio ambiente e 
como sua preservação é essencial ao desen-
volvimento do planeta;
 � analisar a evolução da crise ambiental para 
que os mesmos erros do passado e do pre-
sente não voltem a ser cometidos e para que 
um futuro melhor seja garantido às próximas 
gerações;
 � conhecer os princípios ambientais (desenvol-
vimento sustentável e educação ambiental) 
que necessitam ser implantados para preser-
vação e conservação do meio ambiente.
Aulas 
Acompanhe nesta unidade as seguintes aulas:
 � Aula 1 – Meio ambiente
 � Aula 2 – Crise ambiental: desenvolvimento 
industrial x meio ambiente
 � Aula 3 – Desenvolvimento sustentável
 � Aula 4 – Educação ambiental
12
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Para Iniciar
Você está iniciando a primeira unidade do curso Educação Ambiental. 
Nesta etapa, você estudará conceitos sobre meio ambiente e como os 
consumos prejudicam e esgotam os recursos naturais que o meio am-
biente fornece.
Você conhecerá a evolução da crise ambiental e como ela ajudou a 
ampliar as legislações que regem o meio ambiente, além de como os 
países estão desenvolvendo convenções em favor do desenvolvimento 
sustentável e da educação ambiental.
Aula 1 
Meio ambiente 
Nesta aula, você estudará um pouco sobre o meio ambiente e os instrumentos 
que podem ser implantados para a proteção desse valioso recurso disponível 
aos seres humanos.
O principal objetivo desta aula é que você conheça as conceituações sobre o 
meio ambiente e os principais instrumentos de proteção e preservação ambien-
tal, como o princípio da educação ambiental e o princípio do desenvolvimento 
sustentável.
Reflita um pouco sobre o meio ambiente como condição de vida.
Educação Ambiental
13Unidade 1
Pergunta
O que é meio ambiente? 
É a condição de existência da vida na Terra! É tudo 
que está à sua volta (fauna, flora, ar, solo, água, ar) 
e que permite o desenvolvimento, pois os recursos 
que ele oferece são necessários para a sobrevivên-
cia. O conceito de meio ambiente é global, e isso 
é percebido nas relações de equilíbrio entre os 
diversos elementos.
Os seres humanos necessitam sempre utilizar os 
recursos naturais que o meio ambiente oferece. 
Exemplo disso é a dependência da água para o as-
seio, a alimentação e para a manutenção da vida.
Desse modo, pense nas três questões a seguir:
 � Se as pessoasdependem do meio ambiente 
para se desenvolverem, por que é que não dão 
o devido valor a ele? 
 � Por que as pessoas necessitam explorar tanto 
os recursos naturais até esgotá-los?
 � Por que as pessoas não dão o devido valor ao 
seu maior tesouro: o meio ambiente?
 
Cuidar do meio ambiente é um assunto que 
diz respeito a toda população mundial e 
o melhor caminho é fazer o uso correto e 
com equilíbrio dos recursos naturais, que 
estão se tornando escassos pelo consumo 
excessivo e desequilibrado. 
ÁGUA:
recurso natural presen-
te em 70% da superfície 
terrestre, sob a forma 
de mares, lagos e rios, 
e essencial à vida. Veja 
mais informações no site 
Amigo da Água <www.
amigodaagua.com.br>.
Reflita
14
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
O meio ambiente que se procura proteger é um meio ambiente humano, vis-
to que os indivíduos ocupam determinado espaço e necessitam dos recursos 
disponíveis.
A preservação do meio ambiente vem se tornando cada vez mais imprescindí-
vel na sociedade, tendo em vista a crescente devastação que tem sido gerado e 
que pode gerar cada vez mais consequências negativas significativas à qualida-
de de vida dos seres que habitam o planeta.
Para ampliar seus conhecimentos sobre o que é o meio ambiente e quais ins-
trumentos podem ser utilizados para sua preservação e seu monitoramento, 
seu conceito será definido em bases legais, isto é, o que os legisladores do país 
conceituam sobre meio ambiente.
A Lei Federal no 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a 
Política Nacional do Meio Ambiente, conceitua meio ambiente como 
sendo “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem 
física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as 
suas formas” (BRASIL, 1981, artigo 3º, inciso I).
Pode-se dizer que o conceito de meio ambiente é bastante amplo e abrange 
toda a natureza, ou seja, as belezas naturais (fauna, flora, ar, solo, água, ar), e o 
ambiente artificial, isto é, o patrimônio humano, ou cultural (histórico, artístico, 
paisagístico e arquitetônico), do planeta Terra.
É o conjunto de condições, leis e influências que agem sobre os organismos 
vivos e os seres humanos. É o conjunto de elementos naturais e culturais que 
proporciona o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas.
Já a Constituição Federal, em seu capítulo VI, Do meio ambiente, no artigo 225, 
esboça o conceito de meio ambiente como sendo de caráter patrimonial, ao 
afirmar que
[...] todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, 
impondo-se ao Poder público e á coletividade o dever de defendê-
lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988, 
Capítulo VI, artigo 225).
Nota
15Unidade 1
Educação Ambiental
Contudo, Milaré (2004, p.114), observa que
[...] tanto a Lei 6.938/1981 quanto a Lei Maior (Constituição Federal) 
omitem-se sobre a consideração essencial de que o ser humano, 
considerado como indivíduo ou como coletividades, é parte 
integrante do mundo natural e, por conseguinte, do meio ambiente. 
Essa omissão pode levar facilmente à ideia de que o meio ambiente é 
algo extrínseco e exterior à sociedade humana, confundindo-o, então, 
com seus componentes físicos bióticos e abióticos, ou com recursos 
naturais e ecossistemas.
Se você parar para pensar no que realmente é o meio ambiente, vai se deparar 
com a ideia de que é a condição de existência de vida no planeta, pois o meio 
ambiente é tudo que cerca a vida humana e que possibilita o desenvolvimento.
Para Silva (1995, p. 29), o “meio ambiente é, assim, a interação do conjunto 
de elementos naturais, artificiais e culturais que propiciem o desenvolvimento 
equilibrado da vida em todas as suas formas”. O autor, partindo desse conceito, 
trabalha com a existência de três aspectos do meio ambiente: o meio ambiente 
artificial (espaço urbano); o meio ambiente cultural (patrimônio histórico, artís-
tico, arqueológico, paisagístico, turístico); e o meio ambiente natural, ou físico 
(constituído pela interação dos seres vivos com seu meio).
16
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Contudo, Rocha (1997, p. 25) faz a seguinte classificação do meio ambiente: 
a natural (“aquele constituído pelo solo, pela água, pelo ar atmosférico, pela 
fauna e pela flora”); 
b artificial (“espaço físico transformado pela ação continuada e persistente do 
homem com o objetivo de estabelecer relações sociais, viver em sociedade”), 
que pode ser dividido em urbano, periférico e rural; 
c cultural (“constituído por bens, valores e tradições aos quais as comunida-
des emprestam relevância, porque atuam diretamente na sua identidade e 
formação”); 
d do trabalho, isto é, o ambiente no qual se desenvolvem as atividades labo-
rais.
Aula 2 
Crise ambiental: desenvol-
vimento industrial x meio 
ambiente 
Para dar início a esta aula, reflita sobre o seguinte pensamento:
 
O homem é parte da natureza e sua guerra contra a natureza é 
inevitavelmente uma guerra contra si mesmo... Temos pela frente um 
desafio como nunca a humanidade teve, de provar nossa maturidade e 
nosso domínio, não da natureza, mas de nós mesmos (Rachel Carson).
Os olhares para o meio ambiente começaram quando o crescimento econômico 
e o processo de industrialização estavam trazendo resultados predatórios ao 
planeta. Nesse momento, a humanidade interagia com o meio ambiente, pro-
vocando efeitos negativos (em maior ou menor grau) por causa do avanço do 
desenvolvimento industrial e econômico.
Reflita
Educação Ambiental
17Unidade 1
Foi essa crescente industrialização que a degrada-
ção global, o avanço da poluição da água, do ar 
e do solo e o acúmulo de resíduos gerados fize-
ram com que a Suécia propusesse a realização de 
uma Conferência Internacional à Organização das 
Nações Unidas (ONU), visando a discutir os princi-
pais problemas ambientais que já alcançavam uma 
dimensão global.
Em 1972, foi realizada em Estocolmo, na Suécia, a 
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Am-
biente Humano, com a participação de 113 países, 
250 organizações não governamentais (ONGs) e 
organismos da ONU. Essa conferência foi o marco 
inicial, com representações de diversas nações, 
onde foram discutidos os problemas ambientais, 
sendo consolidada a relação entre desenvolvi-
mento e meio ambiente. Seu principal objetivo 
era conscientizar os países sobre a importância de 
promover a não poluição atmosférica nos grandes 
centros urbanos, o combate à poluição das águas 
e a preservação dos recursos naturais. 
O final da Conferência das Nações Unidas sobre 
o Meio Ambiente Humano teve como resultado 
a criação do Programa das Nações Unidas para o 
Meio Ambiente (PNUMA), com sede em Nairóbi, 
no Quênia, e a aprovação da Declaração sobre o 
Meio Ambiente Humano. Essa, conhecida como 
Declaração de Estocolmo, contém 26 princípios 
que servem como inspiração e guia para preservar 
e melhorar o meio ambiente humano aos povos 
do mundo.
A partir desse marco, a questão ambiental tornou-
se preocupação mundial e passou a fazer parte 
das negociações internacionais.
POlUIçãO: 
degradação ambiental 
provocada pelo lan-
çamento, liberação ou 
disposição de qualquer 
matéria ou energia nas 
águas, no ar, no solo ou 
no subsolo.
18
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
No Brasil, sem um ordenamento jurídico específi-
co até então, nasceu o conceito jurídico de meio 
ambiente em 1981, presente na Lei Federal no 
6.938, de 31 de agosto, que dispõe sobre a Políti-
ca Nacional de Meio Ambiente, criando o Sistema 
Nacional do Meio Ambiente, onde foram estabele-
cidas as competências administrativas e legislativas 
para as diferentes instâncias de poder constituídas 
(União, estados, Distrito Federal e municípios). 
Em 1988, a Constituição Federal Brasileira rea-
firmou o conceito de meio ambiente e deu mais 
ênfase à Lei Federal no 6.938, fixando os princípios 
em relaçãoao meio ambiente e estabelecendo as 
condutas e as atividades lesivas a ele, onde infra-
tores, pessoas físicas ou jurídicas ficariam sujeitos 
às sanções penais e administrativas e, além disso, 
obrigados a reparar o dano causado.
Após esse período, em 1992, no Rio de Janeiro, foi 
realizada a II Conferência das Nações Unidas sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, mais 
conhecida como Rio 92, ou Eco 92, que teve como 
tema principal de discussão o desenvolvimento 
sustentável e como reverter o processo de 
degradação ambiental, e buscava meios de 
conciliar o desenvolvimento socioeconômico com 
a conservação e a proteção dos ecossistemas da 
Terra.
Essa conferência teve como principal objetivo dis-
cutir as conclusões e propostas do relatório Nosso 
Futuro Comum, produzido em 1987 pela Comissão 
Mundial sobre Meio Ambiente, criada pela ONU no 
final de 1983, por iniciativa do PNUMA. Esse rela-
tório busca o equilíbrio entre o desenvolvimento 
e a preservação do meio ambiente, por meio dos 
recursos naturais, destacando o conceito de de-
senvolvimento sustentável.
Durante essa conferência, uma série de conven-
ções, acordos e protocolos foram firmados e assi-
nados pelos governantes dos países participantes, 
ratificando o compromisso de adotar um conjunto 
de atividades e procedimentos para melhorar a 
qualidade de vida global.
DEGRADAçãO 
AMbIENTAl: 
alteração adversa das 
características do meio 
ambiente, resultante de 
atividades que, direta ou 
indiretamente:
a) causem prejuízos à 
saúde, à segurança e ao 
bem-estar da população;
b) causem danos aos 
recursos ambientais e aos 
materiais;
c) criem condições adver-
sas às atividades sociais e 
econômicas;
d) afetem as condições 
estéticas, de imagem 
urbana, de paisagem ou 
sanitárias do meio am-
biente;
e) infrinjam normas e pa-
drões ambientais estabe-
lecidos.
19Unidade 1
Educação Ambiental
Na Rio 92, consagrou-se a elaboração dos seguintes documentos: Carta 
da Terra; Convenção da Biodiversidade, Desertificação e Mudanças 
Climáticas; Declaração de Princípios sobre Florestas; Declaração do Rio 
sobre Ambiente e Desenvolvimento; e Agenda 21 (que serviu de base 
para que cada país desenvolvesse seu plano de preservação do meio 
ambiente).
A Agenda 21 é um documento que se compromete a refletir, global e local-
mente, sobre de que forma governos, empresas, ONGs e todos os setores da 
sociedade podem cooperar no estudo de soluções para os problemas socio-
ambientais. Também compromete as nações a adotarem métodos de proteção 
ambiental, justiça social e eficiência econômica, criando um fundo para o meio 
ambiente para ser o suporte financeiro das metas fixadas.
Enquanto a pobreza tem como resultado determinados tipos de 
pressão ambiental, as principais causas da deterioração ininterrupta 
do meio ambiente mundial são os padrões insustentáveis de 
consumo e produção, especialmente nos países industrializados. 
Motivo de séria preocupação, tais padrões de consumo e produção 
provocam o agravamento da pobreza e dos desequilíbrios (BRASIL, 
2000, capítulo 4).
Aula 3 
Desenvolvimento 
sustentável
Vamos agora entender o que é desenvolvimento sustentável.
Você sabe quando surgiu o termo “desenvolvimento sustentável”?
Nota
Pergunta
20
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Esse termo surgiu em 1987, lançado pela Comissão Mundial de Meio Ambiente 
e Desenvolvimento. Ela defende que as necessidades geradas no presente de-
vem ser atendidas, tendo-se sempre em mente que as necessidades do futuro 
não podem deixar de ser atendidas também.
De acordo com o Relatório Brundtland, “O desenvolvimento sustentável é 
aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibili-
dade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades” (WORLD 
COMMISSION, 1987).
O desenvolvimento sustentável enfatiza a necessidade de atender 
às necessidades básicas da geração presente, sem comprometer o 
atendimento das futuras populações. 
Isso implica que, para alcançarmos o desenvolvimento sustentável, a proteção 
do ambiente tem de ser entendida como parte integrante do processo de de-
senvolvimento e não pode ser considerada isoladamente.
O princípio do desenvolvimento sustentável, decorrente do Princípio 5 do Pro-
tocolo de Estocolmo de 1972, foi reafirmado pela Declaração do Rio de Janeiro, 
Rio 92, em 1992, quando estabeleceu que “o direito ao desenvolvimento deve 
ser exercido de modo a permitir que sejam atendidas equitativamente as neces-
sidades de gerações presentes e futuras”.
O conceito de desenvolvimento sustentável foi firmado na Agenda 21 e incor-
porado em outras agendas mundiais de desenvolvimento e de direitos huma-
nos.
Atenção
21Unidade 1
Educação Ambiental
Para a Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), os 
objetivos que derivam do conceito de desenvolvimento sustentável estão rela-
cionados com o processo de crescimento da cidade e objetiva a conservação do 
uso racional dos recursos naturais incorporados às atividades produtivas. Entre 
esses objetivos estão:
 � Crescimento renovável.
 � Mudança de qualidade do crescimento.
 � Satisfação das necessidades essenciais por emprego, água, energia, alimento 
e saneamento básico.
 � Garantia de um nível sustentável da população.
 � Conservação e proteção da base de recursos.
 � Reorientação da tecnologia e do gerenciamento de risco.
 � Reorientação das relações econômicas internacionais.
A água é fundamental para a vida na Terra!
A água é fundamental para a vida na Terra, em relação à sobrevivência humana 
básica e ao sistema produtivo.
O consumo sustentável e responsável otimiza o desperdício do uso dos 
recursos naturais e preserva a qualidade desses recursos. 
No campo das discussões para o alcance do desenvolvimento sustentável, um 
tema em destaque é o uso adequado dos recursos naturais. O uso indiscrimi-
nado dos recursos não renováveis pode levar todo o planeta a um colapso e, 
consequentemente, inviabilizar a vida.
Poupe para que as gerações futuras possam usufruir, optar, gerenciar e decidir!
A água está no planeta de forma bem diferenciada. Devido a razões naturais, 
algumas regiões têm em abundância e outras não. Mas, independentemente 
dessa distribuição natural, outros fatores impedem que todos nós tenhamos 
acesso irrestrito ao mínimo necessário desse recurso. A falta desse recurso com-
promete não só uma vida saudável, mas também as possibilidades de desenvol-
vimento de uma região.
Dica
22
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
O PNUMA estima que até 2025 a disponibilidade per capita de água fique em 
torno de apenas 5 mil metros cúbicos, colocando 3 bilhões de pessoas em situ-
ação de grave estresse hídrico. Essa possibilidade de escassez deve-se não só 
ao crescimento populacional, mas também ao mau uso e ao não gerenciamento 
da água disponível.
Qual é a quantidade de água que você consome para lavar seu carro ou 
sua calçada? Não é desperdício?
Aula 4 
Educação ambiental 
No capítulo 36 da Agenda 21, a educação ambiental é definida como o proces-
so que busca:
[...] desenvolver uma população que seja consciente e preocupada 
com o meio ambiente e com os problemas que lhes são 
associados. Uma população que tenha conhecimentos, habilidades, 
atitudes, motivações e compromissos para trabalhar, individual e 
coletivamente, na busca de soluções para os problemas existentes e 
para a prevenção dos novos (BRASIL, 2000, capítulo 36).
Conforme a Lei Federal no 9.795 (BRASIL, 1999, art. 1o),
[...] educação ambiental pode ser definida como os processos por 
meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores 
sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas 
para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, 
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
A educação ambiental é o elemento de sensibilização da população e da neces-
sidade da promoção do uso racional dos recursos naturais e do papeldo cida-
dão nesse processo de transformação. 
Para que isso ocorra, há dois exemplos práticos que podem ser aplicados à 
educação ambiental, tanto nas residências como nos locais de trabalho. Veja!
Pergunta
23Unidade 1
Educação Ambiental
 � Em primeiro lugar, nas residências: verifique se há vazamentos; se sim, elimi-
ne-os. Aprenda a administrar e racionalizar o uso da água em atividades não 
essenciais, como regar jardim e lavar veículos.
 � Depois, em seu trabalho: racionalize o uso de copos de plástico e o uso de 
qualquer insumo de fornecimento externo. 
A educação ambiental é um instrumento de conscientização da sociedade 
no trato das questões de racionalização e administração da utilização 
dos recursos ambientais, contribuindo para transformar o cidadão em 
proativo quanto ao trato adequado da conformidade ambiental na 
coletividade.
É muito importante tratar os recursos naturais como uma problemática, como 
vem sendo enfrentada dentro da educação ambiental, pois aumentam cada vez 
mais as preocupações com resíduos sólidos, esgoto, rios e empresas que se 
instalam sem estrutura adequada. 
A seguir, estão expostos os objetivos da educação ambiental. Lembre-se sempre 
de que a educação é a base para fortalecer e transformar os futuros cidadãos 
sustentáveis.
 � O estímulo de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e 
social que está cada vez mais exposta.
 � O incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, 
na preservação do meio ambiente, entendendo-se que a defesa da qualida-
de ambiental é um valor inseparável e inestimável no exercício da cidadania.
 � O estímulo à cooperação entre as diversas regiões do país, em níveis micros 
e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambiental-
mente equilibrada, fundada nos princípios de liberdade, igualdade, solida-
riedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade.
 � O fortalecimento da integração da educação com a ciência e a tecnologia.
 � O fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade 
como fundamentos para o futuro da humanidade.
A educação ambiental visa não só ao desenvolvimento sustentável, como tam-
bém ao consumo sustentável, ou seja, busca mudar hábitos na sociedade para 
possibilitar que as gerações futuras também possam fazer uso dos recursos 
naturais. Podem-se citar como exemplos as degradações que o meio ambien-
te está sofrendo com a poluição, o desperdício dos recursos hídricos (água), a 
geração de resíduos sólidos e sua destinação final incorreta.
Reflita
24
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
 Colocando em prática
Você chegou ao final da primeira unidade! Caso tenha ficado com dúvi-
das, retorne ao conteúdo e entre em contato com seu tutor, pois certa-
mente ele ajudará você. Agora, acesse o ambiente virtual de aprendiza-
gem (AVA) e realize as atividades para testar seus conhecimentos!
Relembrando
Nesta unidade, você viu que meio ambiente é o conjunto de condições, 
leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que 
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Estudou tam-
bém que o meio ambiente é bastante amplo e abrange toda a natureza 
e o ambiente artificial do planeta Terra. Assim, compreende o solo, a 
água, o ar, a flora e a fauna (as belezas naturais) e o patrimônio huma-
no, ou cultural (histórico, artístico, paisagístico e arquitetônico). 
Observou que o desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as 
necessidades da geração presente sem comprometer as possibilidades 
das gerações futuras em satisfazer suas necessidades.
Você percebeu como é necessário desenvolver uma população que seja 
consciente em relação ao meio ambiente e aos problemas que lhe são 
associados e que seja preocupada com eles. Ou seja, uma população 
que tenha conhecimentos, habilidades, atitudes, motivações e compro-
missos para trabalhar, individual e coletivamente, na busca de soluções 
para os problemas existentes e para a prevenção dos novos.
Você está finalizando a primeira unidade do curso Educação Ambien-
tal. No decorrer de seu estudo, você recebeu importantes informações 
sobre o que é meio ambiente e como a educação ambiental e o de-
senvolvimento sustentável auxiliarão os seres humanos a aproveitar os 
recursos naturais disponíveis, mas sem prejudicar as próximas gerações. 
Garanta que você vai utilizá-los, mas que também vai deixá-los disponí-
veis para o nosso futuro.
Aproveite e aplique esses conhecimentos!
25Unidade 1
Educação Ambiental
Saiba mais
Acesse o site <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constitui%C3%A7ao.htm>, para compreender melhor o capítulo VI, Do 
meio ambiente, da Constituição Federal.
Para obter mais informações sobre a Declaração da Conferência de 
ONU no Ambiente Humano, acesse <www.mma.gov.br/estruturas/
agenda21/_arquivos/estocolmo.doc>. 
Alongue-se
Agora, tire um tempo para você. Relaxe! Chame um amigo para dar um 
passeio, tome um suco bem refrescante, escute uma música agradável! 
Quando estiver relaxado, retorne aos seus estudos. Faça isso sempre que 
sentir que seu estudo não está rendendo, para aproveitar ao máximo nos-
so curso! 
27
Educação Ambiental
2Poluição dos Recursos Naturais
Objetivos do Curso
Ao final desta unidade, você terá subsídios para:
 � Avaliar as causas da degradação ambiental 
que começou com a Revolução Industrial e 
como seus resultados influenciaram o meio 
ambiente.
 � Conhecer e diagnosticar as poluições atmos-
féricas, do solo e da água.
Aulas 
 � Aula 1 – Degradação ambiental: crescimento 
socioeconômico x meio ambiente 
 � Aula 2 – Poluição dos recursos naturais
28
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Para Iniciar
Nesta segunda unidade, serão abordadas as causas 
da degradação ambiental e como suas consequên-
cias influenciam em nosso meio ambiente.
Você conhecerá as causas e os efeitos da poluição 
dos recursos naturais (ar, solo e água) pela interfe-
rência do ser humano no meio ambiente.
Aula 1 
Degradação 
ambiental: 
crescimento 
socioeconômico 
x meio ambiente 
Nesta primeira aula da segunda unidade, você 
encontrará um conteúdo voltado à questão am-
biental, tendo como marco a Revolução Industrial 
e como seus resultados influenciaram na constru-
ção do que se convencionou chamar de desenvol-
vimento sustentável.
O principal objetivo desta aula é que você conheça 
a construção histórica da degradação ambiental, 
para que saiba que há muito tempo a relação dos 
seres humanos com o meio ambiente deixou de 
ser harmoniosa e está cada vez mais nociva.
MEIO AMbIENTE: 
conjunto de condições, 
leis, influências e inte-
rações de ordem física, 
química, biológica, socio-
econômicas e culturais 
que permitem, abrigam e 
regem a vida em todas as 
suas formas.
29Unidade 2
Educação Ambiental
Os problemas ambientais fazem parte do cotidiano e isso é bastante percep-
tível, não é mesmo? Basta abrir uma revista ou navegar pela internet que eles 
estão lá. Algumas vezes, basta olhar pelas janelas das casas para se deparar 
com lixo nos terrenos baldios, com poluições atmosféricas etc.
Atualmente, a questão ambiental possui um grande destaque na sociedade 
mundial devido à industrialização, à concentração de pessoas no meio urbano 
e à crescente produção fabril. O meio ambiente está cada vez mais em foco nas 
discussões ambientais, que buscam zelar sempre pela manutenção de um meio 
ambiente saudável para as presentes e futuras gerações.
Nada do que foi será 
De novo do jeito que já foi um dia 
Tudo passa tudo sempre passará… 
Tudo o que se vê não é 
Igual ao que a gente viu há um segundo 
Tudo muda o tempo todo no mundo… (Nelson Motta e Lulu Santos)
Podem-se considerar três aspectos básicos para a crise ambiental: o crescimen-
to populacional, a demanda por energia e a consequente geração de resíduos, 
que pode ser denominada poluição.
De acordo com Leff (2001, p. 9), 
A degradação ambiental, o risco de colapsoecológico e o avanço 
da desigualdade e da pobreza são sinais eloquentes da crise do 
mundo globalizado. A sustentabilidade é o significante de uma falha 
fundamental na história da humanidade, crise de civilização que 
alcança seu momento culminante na modernidade, mas cujas origens 
remetem à concepção do mundo que serve de base à civilização 
ocidental. A sustentabilidade é o tema do final da transição da 
modernidade truncada e inacabada para uma pós-modernidade 
incerta, marcada pela diferença, diversidade, democracia e 
autonomia.
Desde a Revolução Industrial, o meio ambiente tem sido transformado inten-
samente pelas atividades humanas. Apesar da melhoria das condições de vida 
proporcionadas pela evolução tecnológica, observam-se diversos fatores ne-
gativos: explosão populacional; concentração crescente da ocupação urbana; e 
aumento do consumo com a utilização em maior escala de matérias-primas e 
insumos (água, energia, materiais auxiliares de processos industriais).
Segundo Andrade, Tachizawa e Carvalho (2002), o Brasil vem suportando gran-
des modificações em detrimento do crescimento demográfico e de seus alicer-
ces de desenvolvimento. Esse célere ritmo de industrialização e agrupamento 
de contingentes populacionais em espaços urbanos passou a provocar fortes 
impactos ambientais. Com isso, a produção de resíduos oriundos das atividades 
humanas foi se tornando excessiva, gerando desequilíbrio no meio ambiente.
30
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
A humanidade vive um grande desafio: o de realizar um projeto civilizatório, 
ecologicamente sustentável, sem provocar a miséria humana e ambiental, asse-
gurando a manutenção da vida no planeta.
Podem-se citar como as principais fontes de alterações no meio ambiente as 
queimadas; os resíduos sólidos domésticos, industriais e hospitalares diaria-
mente depositados no solo e nos rios de forma inadequada, sem o devido 
tratamento; o aumento dos gases do efeito estufa, causado pelos gases pro-
venientes da queima de combustíveis fósseis (petróleo), que permitem que 
a radiação solar penetre na atmosfera, retendo grande parte dela e gerando 
aumento de temperatura; a utilização de agrotóxicos; e o desmatamento desen-
freado.
A população vem se deparando com um problema que afeta o mundo, que é a 
degradação do meio ambiente.
Você sabe como acontece a degradação do ambiente?
A degradação se dá pela exaustão dos recursos naturais. Com o crescimento 
econômico que está em desequilíbrio com a proteção do meio ambiente, os 
esforços para mudar tal situação são válidos a partir do momento em que se 
estuda a possibilidade de um modelo sustentável de desenvolvimento. A degra-
dação do meio ambiente implica ameaça direta à humanidade, o que significa 
atingir o próprio homem.
Pergunta
Educação Ambiental
31Unidade 2
A influência do homem no meio ambiente se 
configura como um método contínuo e acelerado. 
A ideia que prevalece no mundo atual concebe o 
meio ambiente como uma fonte inesgotável de 
recursos, que, no entanto, é limitada e finita. Além 
disso, já se sabe que muito desses recursos pode-
rão se esgotar em um futuro próximo. 
De acordo com a Lei Federal no 6.938 (BRASIL, 
1981), é possível classificar os recursos ambientais 
em: atmosfera, águas interiores, superficiais e sub-
terrâneas, estuários, mar territorial, solo, subsolo, 
elementos da biosfera, fauna e flora.
Esses recursos que estão sendo referenciados 
são os recursos naturais. Como já estudamos na 
primeira unidade, recurso natural é tudo aquilo 
que é necessário ao homem e está disponível na 
natureza, como água, solo, ar, biomassa, combus-
tível fóssil, entre outros. Esses recursos podem ser 
classificados em renováveis e não renováveis.
 
Recursos renováveis
São aqueles que a natureza consegue 
regenerar por meio de seus processos, 
que, depois de serem utilizados, ficam 
disponíveis novamente graças aos ciclos 
naturais. Exemplo: a água (com seu ciclo 
hidrológico), a biomassa, o ar e a energia 
eólica.
bIOMASSA
é formado pelos com-
ponentes bióticos de um 
ecossistema: produtores, 
consumidores e desinte-
gradores.
Nota
32
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Recursos não renováveis
São aqueles que existem em quantidade 
fixa no planeta para uso do ser humano, 
embora a natureza consiga renová-los 
em milhões de anos. Convencionou-se 
chamá-los de não renováveis porque a 
escala temporal de vida do ser humano 
não permite esperar essa renovação. Um 
exemplo é o combustível fóssil. Podem-
se identificar também duas classes: a dos 
minerais não energéticos (fósforo, cálcio) 
e a dos minerais energéticos (combustíveis 
fósseis e urânio).
A utilização dos recursos naturais está presen-
te em todas as atividades humanas: obtenção de 
energia, disponibilização da água para atendimen-
to das necessidades diárias, fabricação de mate-
riais para diversos usos etc. 
Nessas diversas utilizações, há a possibilidade de 
aproveitá-los de forma racional, adequando-os à 
necessidade a ser atendida, como: uso de recursos 
renováveis para geração de energia; substituição 
de fontes energéticas; redução, reúso e reciclagem 
de materiais; e gerenciamento de resíduos.
As diversas atividades produtivas desenvolvidas 
pelo homem geram inúmeros resíduos e poluentes 
para o ar, os rios e os mares e contaminam o solo. 
A poluição atmosférica provocada pelos gases 
CFC está criando buracos na camada de ozônio, 
aumentando a incidência de raios ultravioleta na 
superfície do planeta, aquecendo a temperatura 
média da Terra.
RECURSOS AMbIENTAIS: 
recursos naturais como o 
ar e a atmosfera, o clima, 
o solo e subsolo; as águas 
interiores e costeiras, 
superficiais e subterrâne-
as, os estuários e o mar 
territorial; a paisagem, a 
fauna, a flora, bem como 
o patrimônio histórico-
cultural e outros fatores 
condicionantes da salubri-
dade física e psicossocial 
da população.
Educação Ambiental
33Unidade 2
Por tudo isso, vive-se hoje sob uma grande crise 
ambiental de âmbito mundial. Essa crise se mani-
festa por meio de fenômenos como secas, chuvas 
torrenciais, maremotos, aquecimento da atmos-
fera terrestre, diminuição da camada de ozônio, 
poluição por resíduos nucleares etc.
Economizar os recursos naturais implica usá-los de 
forma econômica e racional, para que os renová-
veis não se extingam por mau uso e os não reno-
váveis não se extingam.
Aula 2 
Poluição 
dos recursos 
naturais 
De acordo com a Lei Federal no 6.938 (BRA-
SIL,1981, art. 3o, inciso III), poluição é definida 
como:
[...] a degradação da qualidade 
ambiental resultante de atividades 
que direta ou indiretamente: 
prejudiquem a saúde, a segurança 
e o bem-estar da população; criem 
condições adversas às atividades 
sociais e econômicas; afetem 
desfavoravelmente a biota; afetem 
as condições estéticas ou sanitárias 
do meio ambiente; lancem matérias 
ou energia em desacordo com os 
padrões ambientais estabelecidos.
AqUECIMENTO GlObAl 
(definição de Walter Tesck): 
na linha do IPCC (Painel 
Internacional de Mudanças 
Climáticas), o inglês Nicho-
las Stern, chefe do serviço 
econômico do governo de 
seu país (Inglaterra), rece-
beu uma tarefa colossal há 
16 meses: medir o impac-
to do aquecimento global 
na economia mundial. Ex-
economista chefe do Banco 
Mundial e diplomado pelas 
universidades de Cambridge 
e Oxford, Stern lançou mão 
de modernos modelos ma-
temáticos e econômicos na 
tentativa pioneira de estimar 
os prejuízos decorrentes do 
chamado efeito estufa – o 
acúmulo de gases poluen-
tes na atmosfera, que está 
fazendo a temperatura da 
Terra subir assustadora e ra-
pidamente. O ambicioso tra-
balho resultou num relatório 
batizado de “Estudo Stern”, 
lançado na Inglaterra e 
recebido com barulho pelos 
ambientalistas. Nele, Stern 
discorre sobre os prejuízos 
econômicos no mundo com 
o aquecimento global, que 
chegam à cifra monumental 
dos sete trilhões de dólares, 
e faz um alerta urgente: “É 
preciso agir agora”. A cidade 
deSão Paulo aprovou, em 
junho de 2009, o que deve 
ser a primeira lei municipal 
no Brasil que busca controlar 
as emissões poluentes.
34
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Pode-se ainda conceituar poluição como a alteração indesejada ao meio am-
biente natural, causada pela introdução de materiais que comprometem a qua-
lidade ambiental, contaminando os recursos ambientais que estão disponíveis 
ao consumo.
De acordo com Braga et al. (2002, p. 6),
A poluição é uma alteração indesejável nas características físicas, 
químicas ou biológicas da atmosfera, litosfera ou hidrosfera, 
provocada pelas atividades e intervenções humanas no meio 
ambiente, que possa causar dano à sobrevivência ou às atividades 
dos seres humanos e outras espécies, ou ainda deteriorar materiais. 
Os poluentes são os resíduos gerados pelas atividades humanas que 
causam um impacto negativo no meio ambiente. 
Desse modo, a poluição está associada à concentração de poluentes presentes 
no ar, na água ou no solo.
 
35Unidade 2
Educação Ambiental
Poluição atmosférica 
A poluição atmosférica se refere a alterações da atmosfera susceptíveis de cau-
sar impacto no meio ambiente ou na saúde humana, por meio da contaminação 
por gases, partículas sólidas ou líquidas em suspensão, material biológico ou 
energia.
Conforme a Resolução Conama no 3, de 28 de junho de 1990, considera-se
[...] poluente atmosférico qualquer forma de matéria ou energia com 
intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características 
em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam 
tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente 
ao bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou 
prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades 
normais da comunidade (BRASIL, 1990, artigo 1, parágrafo único). 
Considera-se poluente qualquer substância presente no ar e que, pela sua 
concentração, possa torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, causando 
inconveniente ao bem-estar público; danos aos materiais, à fauna e à flora ou 
sendo prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade, e às atividades 
normais da comunidade.
De acordo com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), o 
nível de poluição atmosférica é medido pela quantidade de substâncias po-
luente presentes no ar. A variedade das substâncias que podem ser encontradas 
na atmosfera é muito grande, o que torna difícil a tarefa de estabelecer uma 
classificação. 
36
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Você sabe como os poluentes são divididos?
Para facilitar a classificação, os poluentes são divididos em duas categorias, de 
acordo com a CETESB:
 � Poluentes primários: aqueles que são emitidos diretamente pelas fontes de 
emissão. Exemplo: os gases que provêm do tubo de escape de um veículo au-
tomóvel ou de uma chaminé de uma fábrica.
 � Poluentes secundários: aqueles formados na atmosfera por meio da reação quí-
mica entre poluentes primários e componentes naturais da atmosfera.
Ainda conforme classificação da CETESB (2006), os poluentes podem ser de mate-
rial particulado (MP) e gases.
Materiais particulados
Nos materiais particulados, encontram-se um conjunto de poluentes constituídos 
de poeiras, fumaças e todo tipo de material sólido e líquido que se mantém sus-
penso na atmosfera por causa de seu pequeno tamanho. O material particulado 
também pode se formar na atmosfera a partir de gases como dióxido de enxofre 
(SO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos orgânicos voláteis (COVs), que são 
emitidos principalmente em atividades de combustão, transformando-se em partí-
culas como resultado de reações químicas no ar.
Podem ser classificado como:
 � Partículas totais em suspensão (PTS): aquelas em que diâmetro aerodinâmico é 
menor que 50 µm. Uma parte dessas partículas é inalável e pode causar proble-
mas à saúde. Outra parte pode afetar desfavoravelmente a qualidade de vida 
da população, interferindo nas condições estéticas do ambiente e prejudicando 
as atividades normais da comunidade.
Pergunta
Educação Ambiental
37Unidade 2
 � Partículas inaláveis (MP10): aquelas em que o 
diâmetro aerodinâmico é menor que 10 µm. 
As partículas inaláveis podem ser classificadas 
como:
a finas, ou MP2,5 (< 2,5 µm): devido ao seu 
tamanho diminuto, podem atingir os alvéolos 
pulmonares;
b grossas (2,5 a 10 µm): ficam retidas na parte 
superior do sistema respiratório.
 � Fumaça (FMC): está associada ao material 
particulado suspenso na atmosfera provenien-
te dos processos de combustão. O método de 
determinação da fumaça é baseado na medi-
da de refletância da luz que incide na poeira 
(coletada em um filtro), o que confere a esse 
parâmetro a característica de estar diretamente 
relacionado ao teor de fuligem na atmosfera.
 � Dióxido de enxofre (SO2): resulta principal-
mente da queima de combustíveis que contêm 
enxofre, como óleo diesel, óleo combustível 
industrial e gasolina. É um dos principais for-
madores da chuva ácida. O dióxido de enxofre 
pode reagir com outras substâncias presentes 
no ar, formando partículas de sulfato.
O tamanho das partículas está diretamente 
associado ao seu potencial para causar 
problemas à saúde, sendo que, quanto 
menores, maiores os efeitos provocados. 
O particulado pode também reduzir a 
visibilidade na atmosfera.
ChUvA ÁCIDA: 
é a chuva contaminada 
pelas emissões de óxidos 
de enxofre na atmosfera, 
decorrentes da combus-
tão em indústrias e, em 
menor grau, dos meios de 
transporte.
Atenção
38
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Poluente Fontes principais Efeitos gerais sobre a saúde
Efeitos gerais 
ao meio 
ambiente
Partículas 
totais em 
suspensão
(PTS)
Processos industriais, 
veículos motorizados 
(exaustão), poeira de rua 
ressuspensa, queima de 
biomassa. Fontes natu-
rais: pólen, aerossol mari-
nho e solo.
Doença pulmonar, asma 
e bronquite.
Danos à vegeta-
ção, deterioração 
da visibilidade e 
contaminação do 
solo.
Partículas 
inaláveis
(MP10) e 
fumaça
Processo de combus-
tão (indústria e veículos 
automotores, aerossol 
secundário (formado na 
atmosfera).
Aumento de atendimen-
tos hospitalares e mor-
tes prematuras.
Danos à vegeta-
ção, deterioração 
da visibilidade e 
contaminação do 
solo.
Dióxido 
de enxofre 
(SO2)
Processos que utilizam 
queima de óleo combustí-
vel, refinaria de petróleo, 
veículos a diesel, polpa e 
papel.
Desconforto na respira-
ção, doenças respira-
tórias, agravamento de 
doenças respiratórias 
e cardiovasculares já 
existentes. Pessoas 
com asma, doenças 
crônicas de coração e 
pulmão são mais sensí-
veis ao SO2.
Pode levar à for-
mação de chuva 
ácida, causar 
corrosão aos ma-
teriais e danos à 
vegetação.
Quadro 1 – Fontes, características e efeitos dos principais poluentes na atmosfera
Fonte: Adaptado de CETESB (2006).
Gases
 � Monóxido de carbono (CO): é um gás incolor e inodoro que resulta da quei-
ma incompleta de combustíveis de origem orgânica (combustíveis fósseis, 
biomassa etc.). Altas concentrações de CO são encontradas em áreas de 
intensa circulação de veículos.
39Unidade 2
Educação Ambiental
 � Ozônio (O3) e oxidantes fotoquímicos: oxidante fotoquímico é o nome que 
se dá à mistura de poluentes secundários formados pelas reações entre os 
óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, na presença de luz 
solar, sendo estes últimos liberados na queima incompleta e evaporação de 
combustíveis e solventes. O principal produto dessa reação é o ozônio, por 
isso mesmo utilizado como parâmetro indicador da presença de oxidantes 
fotoquímicos na atmosfera. Tais poluentes formam a chamada névoa foto-
química ou “smog fotoquímico”, que possui esse nome porque causa dimi-
nuição da visibilidade na atmosfera.
 � Nitrogênio: gás marrom avermelhado, com odor forte e muito irritante. Pode 
levar compostos orgânicos tóxicos. É encontrado em processos que utilizam 
óleo ou gás, como incinerações.
N
itrog
ên
io
 
(N
O
2)
Processos que utilizam 
óleo ou gás, incinera-
ções.
Aumento da sensibilidade 
à asma e à bronquite, 
redução da resistência às 
infecções respiratórias.
Pode levar à formação 
de chuva ácida, danos à 
vegetação e à colheita.
M
on
óx
id
o 
de
 c
ar
-
bo
no
 (C
O
) Combustão incompleta 
em veículos automo-
tores.
Altos níveis de CO estão 
associados a prejuízo aos 
reflexos, à capacidade 
de estimar intervalos de 
tempo, ao aprendizado, 
ao trabalho visual.
Pode levar à formação 
de chuva ácida, danos à 
vegetação e à colheita.
O
zô
ni
o 
(O
3)
Não é emitido direta-
mente na atmosfera. 
É produzido fotoqui-
micamente pela ra-
diação solar sobre os 
óxidos de nitrogênio e 
compostos orgânicos 
voláteis.
Irritação nos olhos e vias 
respiratórias, sensação 
de aperto no peito, tosse 
e chiado na respiração. O 
O3 tem sido associado ao 
aumento de admissões 
hospitalares.
Danos às colheitas, à 
vegetação natural, às 
plantações agrícolas e às 
plantas ornamentais.
Quadro 2 – Fontes, características e efeitos dos principais poluentes na atmosfera
Fonte: Adaptado de CETESB (2006).
40
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Consequências da poluição atmosférica
 � Efeito estufa
O efeito estufa é um processo que ocorre quando uma parte da radiação solar 
refletida pela superfície terrestre é absorvida por determinados gases presentes 
na atmosfera. Como consequência disso, o calor fica retido, não sendo libertado 
para o espaço. O efeito estufa é de vital importância, pois serve para manter o 
planeta aquecido, e assim garantir a manutenção da vida.
Consequências:
1 Aumento do nível dos oceanos: com o aumento da temperatura no mundo, 
está em curso o derretimento das calotas polares.
2 Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca 
a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecos-
sistemas. Somando-se a isso o desmatamento que vem ocorrendo princi-
palmente em florestas de países tropicais, a tendência é aumentar cada vez 
mais as regiões desérticas do planeta Terra.
3 Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas têm sofrido com as ondas 
de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa 
onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças.
41Unidade 2
Educação Ambiental
 � Destruição da camada de ozônio
A camada de ozônio situa-se na estratosfera e tem por finalidade filtrar as 
radiações ultravioletas emitidas pelo sol, de forma a proteger a vida na Terra. 
Diversas substâncias químicas acabam destruindo o ozônio quando reagem 
com ele. Essas substâncias contribuem também para o aquecimento do planeta, 
conhecido como efeito estufa. 
Você sabe que substâncias são essas?
Os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o CO2 
produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo, 
são as principais substâncias que causam problemas para a camada de ozônio. 
Porém, em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de ozônio, nada se 
compara ao grupo de gases chamado clorofluorcarbonos (CFCs).
Consequências:
1 Aumento dos casos de câncer de pele.
2 Ataque ao sistema imunológico, minando a resistência humana a doenças 
como herpes.
3 Diminuição da produção agrícola, o que reduziria a oferta de alimentos.
4 Alteração de ecossistemas.
 � Chuva ácida
As queimadas de combustíveis fósseis (carvão ou derivados de petróleo) libe-
ram óxidos de nitrogênio (NxOy), carbono (Cox) e enxofre (SOx) que, combina-
dos com a água, formam os ácidos nítrico (HNO3) e sulfúrico (H2SO4), presentes 
nas precipitações de chuva. As águas da chuva, ao caírem na superfície, alteram 
a composição química do solo e das águas, atingem as cadeias alimentares, 
destroem florestas e lavouras e atacam estruturas metálicas, monumentos e 
edificações.
Pergunta
42
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Um dos problemas das chuvas ácidas é o fato de elas poderem ser transporta-
das por meio de grandes distâncias, podendo vir a cair mesmo em locais onde 
não há queima de combustíveis, prejudicando-os como se houvesse. 
A poluição que sai das chaminés é levada pelo vento, sendo que uma parte dela 
pode permanecer no ar durante semanas, antes de se depositar no solo. Nesse 
período, pode ter viajado muitos quilômetros. Quanto mais a poluição perma-
nece na atmosfera, mais sua composição química se altera, transformando-se 
em um complicado coquetel de poluentes que prejudica o meio ambiente.
Você já refletiu sobre as consequências das chuvas ácidas? Vamos vê-las!
Consequências:
1 Alteração de ecossistemas.
2 Corrosão de monumentos históricos e prédios públicos e particulares.
3 Prejuízos à saúde humana: liberação de metais tóxicos que estavam no solo, 
que podem alcançar rios e ser utilizados pelo homem, causando sérios pro-
blemas de saúde. 
4 Acidificação de lagos: perdendo toda a sua vida.
Pergunta
43Unidade 2
Educação Ambiental
 � Inversão térmica
A inversão térmica é um fenômeno natural meteorológico que ocorre mais 
facilmente no final da madrugada e no início da manhã e, principalmente, nos 
meses de inverno. Manifestam-se quando o ar quente retido nas altitudes im-
pede a elevação do ar frio que, por ser mais denso e pesado, encontra grandes 
dificuldades para subir. 
Esse processo ainda faz com que os poluentes lançados na atmosfera permane-
çam retidos nela juntamente com o ar frio. 
Tal fenômeno tende a acontecer com mais facilidade em regiões onde o solo 
recebe mais calor durante o dia e perde mais calor durante a noite.
 � Smog
Smog é um fenômeno fotoquímico caracterizado pela formação de uma espécie 
de neblina composta por poluição, vapor de água e outros compostos quími-
cos. A palavra smog é de origem inglesa, formada pela união de smoke (fumaça) 
e fog (neblina, nevoeiro).
Geralmente, o smog se forma em grandes cidades, onde a poluição do ar é ele-
vada e provocada, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis (gaso-
lina e diesel) pelos veículos automotores. Em regiões com grande presença de 
indústrias poluidoras, o smog industrial também ocorre.
44
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Além do vapor de água, pode-se encontrar em um smog a presença de alde-
ídos, dióxido de nitrogênio, ozônio, óxido de nitrogênio, hidrocarbonetos e 
outros compostos orgânicos voláteis.
O smog causa um efeito visual característico, deixando uma camada cinza de ar 
sobre a cidade. Nas situações mais extremas, em função das baixas condições 
visuais, inviabiliza o trânsito de veículos, aviões e helicópteros.
Formas de combate à poluição do ar
Você tem pensado em formas de diminuir a poluição do ar? Faz alguma 
coisa para ajudar nosso planeta? Então observe seu dia a dia e reflita se 
há alguma maneira de você contribuir no combate à poluição do nosso 
ar!
Verifique algumas formas para ajudar nests combate:
 � Uso de transporte coletivo: desse modo, o número de carros em trânsito 
diminui e, como conseqüência, a quantidade de poluentes também.
 � Utilização de fontes de energia menos poluentes: hidrelétrica, geotérmica, 
eólica.
 � Purificação dos escapamentos dos veículos: utilizar gasolina sem chumbo 
e adaptar um conversor catalítico; utilizar combustíveis com baixo teor de 
enxofre. 
Poluição do solo 
O uso da terra para centros urbanos e para as atividades agrícola, pecuária e in-
dustrial tem tido como consequências elevados níveis de contaminação do solo. 
Essa contaminação tem se tornado uma das preocupações ambientais, uma vez 
que, geralmente, a contaminação interfere no ambiente global da área afetada 
(solo, águas superficiais e subterrâneas, ar, fauna e vegetação), podendo mesmo 
estar na origem de problemas de saúde pública.
Pergunta
45Unidade 2
Educação Ambiental
O solo atua frequentemente como um “filtro”, tendo a capacidade de depuração 
e imobilizando grande parte das impurezas nele depositadas. No entanto, essa 
capacidade é limitada,podendo ocorrer alteração da qualidade do solo, devido 
ao efeito cumulativo da deposição de poluentes atmosféricos, à aplicação de 
defensivos agrícolas e fertilizantes e à disposição de resíduos sólidos industriais, 
urbanos, materiais tóxicos e radioativos.
A poluição do solo é a alteração das características naturais da camada 
superficial do solo, causando malefícios diretos ou indiretos à vida 
humana, à natureza e ao meio ambiente em geral.
Os principais poluentes do solo são: adubos, herbicidas, pesticidas usados nas 
explorações agrícolas, resíduos urbanos (lixo doméstico), resíduos industriais e 
esgotos urbanos e industriais.
A seguir veja algumas das principais fontes poluidoras dos solos e as suas con-
sequências.
 � Desmatamento: é uma prática de eliminação da cobertura vegetal do solo, 
pela destruição de florestas, matas e campos nativos, com finalidades diver-
sas, como a exploração comercial da madeira e a abertura de novas pasta-
gens e áreas agrícolas. 
O desmatamento desordenado tem influência sobre a degradação do solo, 
pois a chuva compacta o solo quando cai por causa da força que as gotícu-
las de água imprimem em solo desmatado. Com a compactação do solo, a 
água da chuva que cai, em vez de infiltrar, corre, causando erosão dos solos, 
inundação nos rios, não alimentação das águas subterrâneas, solos secos e 
pobres (pois a chuva não umedeceu a superfície), vegetação pobre e des-
truição dos habitats onde os animais ficarão sem alimentos e abrigo.
 � Fertilização: consiste no uso de adubos, geralmente minerais. A agricultura 
moderna utiliza doses cada vez maiores de adubos sintéticos em troca dos 
adubos tradicionais, como o esterco. A consequência é a redução no teor de 
húmus e a degradação da estrutura do solo. Quando utilizados em excesso, 
ocorre verdadeiro desperdício de nutrientes do solo: alguns são arrastados 
pelas chuvas e eutrofizam as águas (aumento excessivo de nutrientes em 
uma massa de água provocando o aumento de algas, diminuindo o oxigênio 
da água e sua qualidade); outros se acumulam em vegetais, como o espi-
nafre, que no intestino humano é transformado em tóxicos e em nutrientes 
cancerígenos. O excesso de adubos no solo perturba a fisiologia dos ve-
getais, que acabam florescendo mal e produzindo menos frutos e menos 
sementes.
Nota
46
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
 � queimada: é uma técnica comum utilizada para a limpeza de pastos e cam-
pos. A vantagem de promover a limpeza rápida do terreno e o enriqueci-
mento do solo com as cinzas tem perpetuado essa prática em várias regiões 
do mundo. Embora seja método barato em curto prazo, é muito caro em 
longo prazo, pois promove a decadência do solo com a perda de minerais 
que são queimados ou diluídos pelas águas de chuva ou de irrigação.
A queimada controlada raramente é maléfica, por não roubar do solo sua co-
bertura morta, eliminando somente o excesso de vegetação. Entretanto, quan-
do feita de forma descontrolada, torna-se maléfica por:
Educação Ambiental
47Unidade 2
1 eliminar, pelo calor excessivo, os microrganis-
mos presentes no solo, os quais são responsá-
veis por sua fertilidade;
2 destruir, pelo calor, sementes, caules e raízes de 
plantas que voltariam a se desenvolver, recons-
tituindo a cobertura vegetal original;
3 eliminar a cobertura vegetal, expondo o solo 
ao impacto das chuvas, favorecendo aos fenô-
menos de erosão.
 � Agrotóxicos: agrotóxicos, defensivos agrícolas, 
ou pesticidas, são produtos químicos, natu-
rais ou sintéticos utilizados pelo homem com 
a finalidade de eliminar “pragas” animais ou 
vegetais. 
A ação dos agrotóxicos pode ser resumida nos 
seguintes tópicos, se utilizados sem os devidos 
cuidados:
1 destruição do solo;
2 acumulação nos ecossistemas, podendo perdu-
rar por vários anos;
3 armazenamento nos alimentos e, em certas 
quantidades, produção de efeitos danosos à 
saúde;
4 aparecimento de espécies resistentes que se 
tornam mais difíceis de serem eliminadas;
5 formação de resíduos tóxicos que, em certas 
doses, provocam a mortandade de peixes e 
outros animais aquáticos quando lançados em 
corpos d’água;
6 contaminação dos alimentos, por meio de 
resíduos remanescentes no solo (originários de 
culturas anteriores e absorvidos pelas novas 
culturas) ou através de doses excessivas;
7 interferência no tratamento das águas nas esta-
ções;
8 distúrbios a curto e longo prazo à saúde huma-
na;
9 poluição indistinta da água, do ar e do solo.
AGROTóxICOS: 
produtos químicos usa-
dos na agricultura para 
combater pragas que ata-
cam diversas espécies.
48
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
O uso dos agrotóxicos tem inúmeros benefícios, como: aumento das colheitas; 
aumento da produção de leite e de carne; diminuição das perdas de alimentos 
em armazéns; diminuição da mão de obra nas atividades agrícolas; erradicação 
de epidemias perigosas; melhor higiene pessoal, e desinfecção de instalações 
e equipamentos. Tais usos justificam sua aplicação, desde que seja observada a 
legislação oficial sobre o assunto. 
 � Resíduos sólidos (lixo): é todo material resultante das atividades humanas, 
sem valor para ser conservado pelos seus geradores e que não pode fluir 
diretamente para a água, o ar ou o solo.
A objeção do lançamento do lixo no ambiente se dá por quatro razões princi-
pais, você sabe quais são? Vamos ver:
1 Risco à saúde pública: o lixo abriga microrganismos infecciosos e vetores de 
doenças e polui o ar, a água e o solo, representando sérios riscos à saúde e 
à segurança da população.
2 Estética: o acúmulo do lixo causa danos à paisagem, como no caso do lixo 
abandonado em ruas, terrenos baldios e estradas ou depositados a “céu 
aberto” em grandes áreas. O vento e a chuva podem dispersar parte desses 
materiais, causando problemas em áreas distantes.
3 Espaço: o lixo, onde quer que seja lançado, ocupa espaço. Quando chega 
à área destinada à disposição final, o valor das terras se torna muito baixo, 
pois a digestão do lixo com geração de gás pode prejudicar a utilização da 
terra por muitos anos, mesmo após o abandono da área.
Educação Ambiental
49Unidade 2
4 Degradação dos recursos naturais: o manejo 
inadequado do lixo causa poluição das águas 
(pelo chorume, que altera a sua qualidade e os 
sólidos que entopem corpos d’água); poluição 
do solo (pela alteração da sua composição quí-
mica e presença de material tóxico); e poluição 
do ar (pelos gases tóxicos e mal cheirosos, com 
consequências diretas e indiretas sobre a fauna 
e flora locais, e sobre o próprio homem).
Poluição da água 
De acordo com a Declaração de Dublin, na Irlanda 
(BRASIL, 1992, Princípio no 1), “A água é um recur-
so natural, finito, estratégico, essencial à vida, ao 
meio ambiente e ao desenvolvimento econômico e 
social, sendo necessário controlá-la e preservá-la”.
Assim, são indispensáveis a conservação e o con-
trole da qualidade da água, pois os recursos hídri-
cos são objetos de demanda crescente, devido ao 
grande desenvolvimento populacional. Para isso, é 
necessário que a água esteja em quantidade sufi-
ciente e em qualidade adequada.
Conforme Porto (1991, p. 378), 
A utilização de padrões de 
qualidade atende a dois propósitos: 
a) manter a qualidade do curso 
d’água ou definir uma meta a ser 
atingida; b) ser a base para definir 
os níveis de tratamento a serem 
adotadas na bacia, de modo que 
os efluentes lançados não alterem 
as características do curso da água 
estabelecidas pelo padrão.
ChORUME: 
efluente líquido prove-
niente de vazadouros de 
lixo e aterros sanitários.
PADRõES DE qUAlIDA-
DE: 
as medidas de intensida-
de e de concentração de 
poluentes presentes nas 
águas, no solo ou no ar, 
que, ultrapassadas, po-
derão afetar a saúde, a 
segurança e o bem-estar 
da população, bem como 
ocasionar danos à flora 
e à fauna, aos materiais 
e ao meio ambiente em 
geral.
50
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
Na legislação brasileira, existeo Padrão de Potabilidade da Água para o Con-
sumo Humano. Essa legislação é a Portaria no 518/GM de 25 de março de 2004, 
que estabelece os procedimentos e as responsabilidades relativos ao controle e 
à vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de pota-
bilidade, em seu caput.
De acordo com a Portaria no 518/GM (BRASIL, 2004, artigo 4, inciso I), “Água 
Potável é a água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, 
físicos, químicos e radioativos atendam ao padrão de potabilidade e que não 
ofereça riscos à saúde”.
O homem utiliza a água para inúmeros fins, pois depende dela para sobreviver. 
A água é um bem fundamental nas indústrias, na agricultura, nos lares e em 
todas as atividades humanas. 
A água pode ser utilizada para diversos fins pelo homem: abastecimento 
doméstico e industrial; irrigação; navegação; geração de energia elétrica; 
recreação; preservação da fauna e da flora; e diluição e afastamento dos 
despejos, sendo que o uso mais nobre é o abastecimento doméstico e o 
menos nobre, porém também bastante antigo, a diluição dos despejos. 
Este, devido à forma desordenada como vem sendo feito, tem gerado a 
poluição hídrica.
O consumo da água tende a crescer com o aumento da população, o desenvol-
vimento industrial e as demais atividades humanas. Cada vez mais água límpi-
da é retirada do meio, resíduos líquidos (esgoto) são gerados e quando estes 
retornam para a água, alteram sua qualidade.
Dica
51Unidade 2
Educação Ambiental
A poluição da água pode ser definida como a introdução de qualquer matéria 
ou energia em um corpo de água que venha a alterar as propriedades dessa 
água, afetando, ou podendo afetar, por isso, a “saúde” das espécies animais ou 
vegetais que dependam dela ou que tenham contato com ela ou que venham a 
provocar modificações físico-químicas nas espécies minerais contatadas. 
De acordo com Motta (2000, p. 112), “A poluição da água resulta da introdução 
de resíduos na mesma, na forma de matéria ou energia, de modo a torná-la 
prejudicial ao homem e a outras formas de vida, ou impróprias para um deter-
minado uso estabelecido para ela”.
Fontes de poluição da água 
Vamos ver agora as principais fontes de poluição da água em águas superficiais 
e em águas subterrâneas.
 � Em águas superficiais (rios, mares, lagos): esgoto doméstico e industrial, 
águas pluviais (carregando impurezas das superfícies do solo ou esgotos 
lançados nas galerias), resíduos sólidos (lixo), pesticidas, fertilizantes, deter-
gentes e poluentes atmosféricos.
 � Em águas subterrâneas (aquíferos): infiltração dos esgotos, infiltração do 
chorume (esgoto dos lixos), infiltração dos pesticidas, fertilizantes e deter-
gentes.
Consequências da poluição das águas
De acordo com Motta (2000), a poluição dos recursos hídricos provoca muitos 
problemas, que tendem a se agravar por causa do uso incorreto que o homem 
faz da água e das atividades que desenvolve em suas margens. As consequên-
cias negativas da poluição da água podem ser de caráter sanitário, ecológico, 
social ou econômico, podendo-se causar:
 � prejuízos ao abastecimento de água, tornando-a veículo de transmissão de 
doenças;
 � prejuízos a outros usos da água: industrial, irrigação, pesca, recreação etc.;
 � agravamento dos problemas de escassez de água de boa qualidade;
 � elevação do custo do tratamento de água, refletindo-se no preço a ser pago 
pela população;
52
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
 � assoreamento dos mananciais, resultando em problemas de diminuição da 
oferta de água e de inundações;
 � proliferação de algas e vegetações aquáticas e suas consequências negati-
vas;
 � degradação da paisagem;
 � impactos sobre a qualidade de vida da população.
 Colocando em prática
Parabéns! Você chegou ao final de mais uma unidade, a última do 
nosso curso. Acesse o AVA e realize a atividade relacionada aos temas 
estudados. Em caso de dúvidas, entre em contato com seu tutor.
Relembrando
Chegamos ao final do curso Educação Ambiental! 
No estudo desta unidade você recebeu importantes informações sobre 
como a degradação ambiental está esgotando os recursos ambientais e 
como a poluição ambiental prejudica a saúde da população mundial.
Vamos agora relembrar alguns tópicos estudados:
 � A degradação do meio ambiente implica ameaça direta à humanida-
de, o que significa atingir o próprio homem, que é a única espécie que 
pode provocar sua autodestruição.
 � A influência do homem no meio ambiente se configura como um méto-
do contínuo e acelerado. A ideia que prevalece no mundo atual conce-
be o meio ambiente como uma fonte inesgotável de recursos, mas já 
se sabe que ela é limitada, finita e em um futuro próximo muito desses 
recursos poderão se esgotar.
 � Recurso natural é tudo aquilo que é necessário ao homem e que está 
disponível na natureza. São exemplos a água, o solo, o ar, a biomassa, o 
combustível fóssil, entre outros. Os recursos naturais podem ser classi-
ficados em renováveis e não renováveis.
 � Recursos renováveis são aqueles que a natureza consegue regenerar, 
por meio de seus processos.
53Unidade 2
Educação Ambiental
 � Recursos não renováveis são aqueles que existem em quantidade fixa 
no planeta para uso do ser humano, embora a natureza consiga reno-
vá-los em milhões de anos. Convencionou-se chamá-los não renováveis 
porque a escala temporal de vida do ser humano não permite esperar 
essa renovação.
 � Poluição é a degradação da qualidade ambiental resultante de ativida-
des que, direta ou indiretamente, prejudicam a saúde, a segurança e o 
bem-estar da população; criam condições adversas às atividades sociais 
e econômicas; afetam desfavoravelmente a biota; afetam as condições 
estéticas ou sanitárias do meio ambiente; lançam matérias ou energia 
em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.
Desejo que você aproveite esses conhecimentos e os aplique!
Saiba mais
Para obter mais informações sobre o Padrão de Potabilidade da Água 
para o Consumo Humano, acesse <http://dtr2001.saude.gov.br/sas/
PORTARIAS/Port2004/GM/GM-518.htm>.
Alongue-se
Antes de seguir para o desafio, que tal parar um pouco e relaxar? 
Levante-se, beba água, observe o movimento na rua. Pense em coisas 
boas, nos seus planos e, quando estiver preparado, volte sua atenção 
para seus estudos novamente. Concentre-se para o próximo desafio!
 Desafio
Chegou o momento de você realizar o desafio! Lembre-se de que você 
se dedicou ao estudo e é esta questão vai garantir sua certificação. 
Então, agora, acesse o AVA, observe a questão com calma e faça o que 
é pedido. 
55
Educação Ambiental
Ariane Sirugi de Souza Cunha é graduada em 
Engenharia Sanitária e Ambiental (UCDB), especia-
lizada em Planejamento e Gestão Ambienta. Possui 
experiência em elaboração de projetos de abasteci-
mento de água e esgotamento sanitário em conces-
sionária de abastecimento de água e esgotamento 
sanitário; licenciamento ambiental em usina de açú-
car e álcool, e supervisão de educação e tecnologia 
do CETEC SENAI Dourados. 
Conhecendo a 
autora
57
Educação Ambiental
ANDRADE, R. O. B.; TACHIZAWA, T.; CARVALHO, 
A. B. de. Gestão ambiental: enfoque estratégi-
co aplicado ao desenvolvimento sustentável. 2. 
ed. São Paulo, SP: Makron Books, 2002.
BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia am-
biental. São Paulo, SP: Pearson Prentice Hall, 
2002.
BRASIL. Lei no 6.938/81: Política Nacional do 
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de for-
mulação e aplicação, e dá outras providências 
– Legislação de 31 de agosto de 1981. Diário 
Oficial [da] República Federativa do brasil, 
Poder Executivo, Brasília, 31 ago. de 1981. 
______. Constituição (1988). Constituição da 
República Federativa do Brasil. Brasília: Senado 
Federal, 1988.
______. CONAMA no 003, de 22 agosto de 1990. 
Conselho Nacional de Meio Ambiente. Diário 
Oficial [da] República Federativa do brasil, 
Poder Executivo, Brasília, 22 ago. 1990.
______. Declaração de Dublin. Conferência 
Internacionalsobre Água e Meio Ambiente. 
Organização das Nações Unidas, Irlanda, janei-
ro 1992.
______. lei no 9.795, de 27 de abril de 1999. 
Diário Oficial [da] República Federativa do 
brasil, Poder Executivo, Brasília, 27 abr. 1999.
Referências
58
Operadores de Estação de Tratamento de Água e Efluentes
______. Portaria no 518/GM em 25 de março de 2004 Estabelece os procedimen-
tos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água 
para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências. 
Diário Oficial [da] República Federativa do brasil, Poder Executivo, Brasília, 
25 mar. 2004.
______. Ministério do Meio Ambiente. Agenda 21 do brasil. Disponível 
em: <www.mma.gov.br>. Acesso em: 9 maio 2010.
CETESB. Relatório Anual de qualidade do Ar no Estado de São Paulo – 
2006. São Paulo, SP: CETESB, 2006.
LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, 
poder. Tradução de Lúcia Mathilde Endlich Orth. Petrópolis: Vozes, 2001.
MILARÉ, E. Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência, glossário. 3. 
ed. São Paulo, SP: Revista dos Tribunais, 2004.
MOTA, S. Introdução à engenharia ambiental. Rio de Janeiro, RJ: ABES, 
2000. 
PINHEIRO, C. Direito ambiental. São Paulo, SP: Saraiva, 2008.
PORTO, M. F. A; BRANCO, S. M. & LUCA. Caracterização da qualidade da 
água. In: PORTO, R. L. L. (Org.). hidrologia Ambiental. São Paulo, SP: 
Universidade de São Paulo: Associação Brasileira de Recursos Hídricos, 
1991. 
ROCHA, J. C. S. Direito ambiental e meio ambiente do trabalho: dano, 
prevenção e proteção jurídica. São Paulo, SP: 1997.
SILVA, G. E. N. Direito ambiental internacional: meio ambiente, de-
senvolvimento sustentável e os desafios da nova ordem mundial. Rio de 
Janeiro, RJ: Thex; Biblioteca Estácio de Sá, 1995.
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future. Oxford: Oxford University Press, 1987.

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