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GESTAO AMBIENTAL

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GESTÃO AMBIENTAL
Ana Carolina de Moraes
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2ª edição
Editora Sociesc
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Ana Carolina de Moraes
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Sociesc - Sociedade Educacional de Santa Catarina
Educação a Distância
Rua Albano Schmidt, 3333p - Joinville /SC - 89206 - 001
Fone: 0800-643-4004
E-mail: ead@sociesc.org.br
Site: www.sociesc.org.br/ead
Ficha catalográfica
(Catalogação na fonte - Biblioteca Marquês de Olinda - UNISOCIESC)
Moraes, Ana Carolina de
 Gestão ambiental. / Ana Carolina de Moraes. - 2.ed. - 
Joinville: SOCIESC, 2015.
 184p.; 21 cm.
 Educação a Distância Tupy
 ISBN: 978-85-5535-031-3
 1. Educação ambiental 2. Gestão ambiental I. Autor II. 
Título.
M827 CDD 363.7
Ficha catalográfica elaborada por: Telma Tupy de Godoy - bibliotecária crb 14/777
Informamos que é de inteira responsabilidade dos autores a emissão 
de conceitos.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer 
meio ou forma sem a prévia autorização da Editora UniSociesc.
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº 
9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal.
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Ao longo do tempo, o meio ambiente vem mostrando à 
humanidade o modo correto de preservar as condições propícias 
à conservação da vida. Porém, após perceber que o meio 
ambiente é um bem gratuito, a sociedade, com o seu modo de 
vida insustentável, comprometeu a estabilidade ambiental.
Neste contexto, o conhecimento sobre a Legislação e 
o Licenciamento Ambiental é de extrema importância para a 
conservação e a preservação dos recursos naturais. Além disso, 
este aprendizado contribui para o desenvolvimento da cidadania, 
de modo que cada um pode exercer seus direitos e deveres, e, 
ao mesmo tempo, manter um ambiente saudável para uma 
boa qualidade de vida. Neste sentido, devemos maximizar o 
desenvolvimento sustentável em nosso planeta, reduzindo 
progressivamente as atividades nocivas à manutenção da vida.
A importância de tomar esta postura já foi sentida, 
mesmo que timidamente, pelas empresas, que estão cada vez 
mais integrando Sistemas de Gestão Ambiental, com o intuito 
de melhorar a qualidade ambiental e de vida da população. 
Ao mesmo tempo, estas obtêm benefícios econômicos, tais 
como redução de custos e incremento de receitas e benefícios 
estratégicos. 
Com a crescente preocupação sobre as questões 
ambientais, esta disciplina tem como objetivo compartilhar 
algumas habilidades para que todos participem ativamente da 
problemática ambiental, através de uma conduta ética e de uma 
consciência crítica, participando intensamente na caracterização 
dos problemas ambientais e na busca de soluções.
Lembre-se de que a sua passagem por esta disciplina 
será também acompanhada pelo Sistema de Ensino UniSociesc, 
seja por correio, fax, telefone, e-mail ou Ambiente Virtual de 
Aprendizagem. Entre sempre em contato conosco quando surgir 
alguma dúvida ou dificuldade.
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Toda a equipe terá satisfação em atendê-lo (a), pois seu 
desenvolvimento intelectual e profissional, nesta jornada, é o 
nosso maior objetivo.
Acredite no seu sucesso e tenha bons momentos de 
estudo!
Equipe EaD UniSociesc
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Organização didático-pedagógica
Capítulo 1 Meio Ambiente
1. Meio Ambiente e suas Inter-Relações
1.1 Interdependência Sócioecológica
2. Sociedades Industriais
3. Problemas Ambientais Globais
3.1 Aquecimento Global
3.2 Destruição da Camada de Ozônio
3.3 Perda da Biodiversidade
3.4 Crescimento Populacional
4. Bioética
Em síntese
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Atividades de autoaprendizagem
Capítulo 2 Causas, Consequências e Controle da Poluição
1. Poluição
2. Poluição do Ar
2.1 Fontes de Poluição do Ar
2.2 Efeitos da Poluição Atmosférica
2.3 Prevenção e Controle da Poluição do Ar
3. Poluição da Água
3.1 Fontes e Consequências da Poluição da Água
3.2 Métodos de Controle de Poluição das Águas
3.2.1 Tipos de processos de tratamento
3.2.2 Classificação dos sistemas de tratamento
4. Poluição do Solo
4.1 Fontes e Consequências da Poluição do Solo
4.2 Prevenção e Controle da Poluição do Solo
5. Poluição e Resíduo
Em síntese
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Atividades de autoaprendizagem
Capítulo 3 Legislação e Licenciamento Ambiental
1. Conceituando a Legislação Ambiental
2. Política Nacional do Meio Ambiente
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2.1 O Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente e 
os Indicadores Ambientais
2.1.1 Indicadores Ambientais
3. Licenciamento Ambiental
3.1 Órgãos Licenciadores
3.2 Processo de Licenciamento Ambiental
3.3 Avaliação do Impacto Ambiental e do Licenciamento 
Ambiental
Em síntese
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Atividades de autoaprendizagem
Capítulo 4 Gestão Ambiental
1. Comportamento Ambiental nas Empresas
2. O Surgimento da Gestão Ambiental
3. Os 16 Princípios da Gestão Ambiental
4. Importância da Gestão Ambiental na Empresa
5. Abordagens para a Gestão Ambiental Empresarial
5.1 Controle de Poluição
5.2 Prevenção da Poluição
5.3 Abordagem Estratégica
6. Modelos de Gestão Ambiental
6.1 Atuação Responsável da Abiquim ou Responsible Care
6.2 Administração da Qualidade Ambiental Total (TQEM)
6.3 Produção mais Limpa
6.4 Ecoeficiência
6.5 Projeto para o Meio Ambiente (ECODESIGN)
7. Instrumentos de Gestão
Em síntese
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Atividades de autoaprendizagem
Capítulo 5 Sistemas de Gestão Ambiental (SGA)
1. Conceituando o SGA
2. Modelos de Sistemas de Gestão Ambiental
2.1 O Sistema Proposto pela Camâra de Comércio Internacional
2.2 O Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (EMAS)
2.3 Normas Voluntárias sobre Sistemas de Gestão Ambiental
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2.4 A Família de Normas ISO 14.0006
3. Sistema de Gestão Ambiental Conforme ABNT NBR ISO 
14.001/2004 e ABNT NBR ISO 14.004/20056
3.1 Sistemas da Gestão Ambiental – Requisitos com Orientações 
para uso (ABNT NBR ISO 14.001/2004)
3.2 Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes Gerais sobre 
Princípios, Sistemas e Técnicas de Apoio (ABNT NBR ISO 
14.004/2005)
3.3 Benefícios de um SGA Conforme ABNT NBR ISO 
14.001/2004 e ABNT NBR ISO 14.004/2005
4. Requisitos do Sistema de Gestão Ambiental Segundo as Normas – 
14.001/2004 e ABNT NBR ISO 14.004/2005
4.1 Requisitos Gerais
4.2 Política Ambiental
4.3 Planejamento
4.3.1 Aspectos Ambientais
4.3.2 Requisitos Legais e Outros
4.3.2.1 Requisitos Legais
4.3.2.2 Outros Requisitos
4.3.3 Objetivos, Metas e Programa(s)
4.3.3.1 Estabelecimento de Objetivos e Metas
4.3.3.2 Programa(s) para o Alcance dos Objetivos e Metas
4.3.3.3 Indicadores de Desempenho
4.4 Implementação e Operação
4.4.1 Recursos, Funções, Responsabilidades e Autoridades
4.4.2 Competência, Treinamento e Conscientização
4.4.3 Comunicação
4.4.4 Documentação
4.4.5 Controle de Documentos
4.4.6 Controle Operacional
4.4.7 Preparação e Resposta às Emergências
4.5 Verificação
4.5.1 Monitoramento e Medição
4.5.2 Avaliação do Atendimento a Requisitos Legais e Outros
4.5.3 Não-Conformidade, Ação Corretiva e Ação Preventiva
4.5.4 Controle de Registros
4.5.5 Auditoria Interna
4.6 Análise pela Administração
4.6.1 Análise do Sistema de Gestão Ambiental
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4.6.2 Melhoria Contínua
4.6.2.1 Oportunidades para Melhoria
4.6.2.2 Implementação da Melhoria Contínua
5. Certificação
Em síntese
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Atividades de autoaprendizagem
Referências
Respostas
Sobre o autor
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ORGANIZAÇÃO 
DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Glossário
Apresenta o significado de 
uma palavra ou expressão, 
auxiliando no entendimento 
do conteúdo. Esse 
significado fica bem próximo 
da palavra a qual se refere, 
para facilitar a dinâmica da 
leitura.
Pense a respeito
São questionamentos 
ou citações que têm 
o intuito de provocar 
uma reflexão, 
estimulando seu senso 
crítico.
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Tenha em mente
São os conceitos-chave, do assunto que 
se está estudando, destacados. 
Na prática
Traz situações que 
vão exemplificar os 
assuntos estudados, 
demonstrando de 
que forma você 
pode agir na sua 
prática profissional.
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Em síntese
É a conclusão do capítulo. 
Retoma os principais 
conteúdos abordados, 
para que você relembre 
o que é essencial ao seu 
conhecimento.
Saiba mais
São indicações 
comentadas de 
livros, filmes e sites 
que podem ajudar 
você a aprofundar 
e contextualizar 
os conteúdos 
apresentados.
Atividade de 
autoaprendizagem
São questões que 
buscam testar seu 
conhecimento sobre os 
conteúdos estudados.
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De acordo com a definição contida na norma NBR ISO 14001:2004, 
meio ambiente é a circunvizinhança em que uma organização opera, 
incluindo ar, água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e 
suas inter-relações. É o conjunto de aspectos bióticos – fauna e flora – e 
abióticos – físicos e químicos –, tanto os naturais quanto os construídos 
pelo homem, somados às suas inter-relações sociais e políticas, que 
constituem o meio ambiente. Reigota (1994, p. 14) apud Marques (2007, 
p. 60) define que meio ambiente “é o lugar determinado ou percebido 
onde os elementos naturais e sociais estão em relações dinâmicas e 
em interação. Essas relações implicam processos de criação cultural e 
tecnológica e processos históricos e sociais de transformação”.
Assim, conforme descrito por Naves e Sá (2012, p. 19) 
“sociedade e natureza não são conceitos estanques e independentes. 
Muito ao contrário, há um inquestionável viés social na questão 
ambiental, consubstanciado na tensão entre conservação ambiental e 
desenvolvimento econômico”. A Figura 1, adaptada de Vieira (2009, p. 
14), demonstra, de forma esquemática, as inter-relações entre o meio 
ambiente e a economia, entre o meio ambiente e a sociedade e entre a 
sociedade e a economia. Vimos, ainda, a inter-relação das três dimensões 
caracterizada pela boa qualidade de vida das populações.
Figura 1 - Inter-relações necessárias para a qualidade de vida
Fonte: Adaptado de Vieira (2009, p. 14)
MEIO AMBIENTE E SUAS 
INTER-RELAÇÕES
1
Clima
Camada de Ozônio
Recursos naturais
Custos sociais
Custos do 
transporte
Segurança
Ecossistemas
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Uso do solo
Decisões individuais 
pelo transporte
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um ritmo frenético de produção e consumo, incompatível com o ritmo 
da natureza. As depredações e as poluições decorrentes deste padrão 
atingem uma escala de efeito sobre o 
meio ambiente superior a qualquer 
outro modo de produção anterior 
(QUINTANA; HACON, 2011, p. 432).
De acordo com Quintana e 
Hacon (2011, p. 433), nas sociedades 
industriais, é o elevado grau de 
desenvolvimento das forças produtivas 
que, ao operar em um ritmo 
avassalador, acaba por sobrecarregar a 
natureza. Nestas, a busca crescente 
pelo lucro faz com que a produção de 
mercadorias devaser sempre elevada e 
progressiva, o que gera uma pilhagem 
dos recursos naturais em larga escala.
De acordo com o autor, “a diminuição dos estoques de recursos 
naturais e a degradação dos serviços ambientais não representam nada 
na renda nacional e no planejamento econômico de um país. Esta é uma 
das insanidades da sociedade moderna”.
As crescentes mudanças climáticas são um bom exemplo para 
entender essa realidade: se perdermos o equilíbrio climático, nossa 
sociedade e nossa economia se desagregarão rapidamente. A economia 
tem que ser entendida como sendo um subsistema – subsistema 
econômico – dentro de um grande sistema ecológico planetário – 
a biosfera. O problema gerado pelo crescimento descontrolado do 
subsistema econômico dentro de uma biosfera basicamente finita é 
que ele rompe a capacidade de sustentação da biosfera e, por isso, é 
insustentável (MERICO, 2014, p. 24-25).
A questão central relacionada com os bens e serviços ambientais 
ofertados pela natureza é que tais bens e serviços são proporcionados 
a nós “livremente”: têm preço zero, porque a economia não reconhece 
seus valores econômicos. Todos os benefícios da biodiversidade, a 
regulação climática, o ciclo hidrológico, os inúmeros serviços das florestas, 
o serviço de absorção dos resíduos da produção e da atividade humana e 
tantos outros não são contabilizados e incorporados na economia e seus 
indicadores (MERICO, 2014, p. 24).
Junto aos dinamismos desta interação, a qualidade do meio 
ambiente consiste em um importante determinante da qualidade da 
saúde, e, portanto, não se pode abordar questões relacionadas à saúde 
sem considerar a complexidade dos aspectos intrínsecos à questão 
ambiental (MARQUES, 2007, p. 60). A saúde é definida pela Organização 
Mundial de Saúde (OMS) como o completo estado de bem-estar físico, 
mental e social, e não apenas como a ausência de doença.
1.1 INTERDEPENDÊNCIA SOCIOECOLÓGICA
Como sociedade organizada dentro de um processo econômico, 
interagimos com os limites da biosfera e de seus ecossistemas para a 
utilização dos bens naturais e dos serviços ambientais disponibilizados 
pela natureza. Esses bens e serviços ambientais são a base da sustentação 
do processo econômico e da própria sociedade. Temos assistido a 
uma contínua desestruturação da estrutura biofísica de nosso planeta 
e a continuidade desse caminho nos levará a uma grande ruptura 
nesta relação que irá alterar completamente a configuração do que 
conhecemos hoje como sociedade humana (MERICO, 2014, p. 13).
SOCIEDADES INDUSTRIAIS
Autores como Foster (2005) atentam para as implicações das 
relações sociais capitalistas sobre o meio ambiente, com efeitos 
depredadores em escala sempre crescente. A busca ilimitada pelo 
abastecimento constante dos recursos naturais e a amplitude cada vez 
maior das relações de produção capitalistas por todo o globo impõem 
Estamos atravessando um intenso processo de mudanças em nossa 
história. O olhar que tínhamos há décadas atrás, que nos apresentava 
as pessoas e a natureza como atores separados, não nos serve mais. É 
cada vez mais evidente que pertencemos a um sistema socioecológico 
interdependente e que a evolução de nossas condições de vida neste 
planeta depende, em grau extremo, do respeito humano às leis da 
biosfera (MERICO, 2014, p. 13).
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um ritmo frenético de produção e consumo, incompatível com o ritmo 
da natureza. As depredações e as poluições decorrentes deste padrão 
atingem uma escala de efeito sobre o 
meio ambiente superior a qualquer 
outro modo de produção anterior 
(QUINTANA; HACON, 2011, p. 432).
De acordo com Quintana e 
Hacon (2011, p. 433), nas sociedades 
industriais, é o elevado grau de 
desenvolvimento das forças produtivas 
que, ao operar em um ritmo 
avassalador, acaba por sobrecarregar a 
natureza. Nestas, a busca crescente 
pelo lucro faz com que a produção de 
mercadorias deva ser sempre elevada e 
progressiva, o que gera uma pilhagem 
dos recursos naturais em larga escala.
De acordo com o autor, “a diminuição dos estoques de recursos 
naturais e a degradação dos serviços ambientais não representam nada 
na renda nacional e no planejamento econômico de um país. Esta é uma 
das insanidades da sociedade moderna”.
As crescentes mudanças climáticas são um bom exemplo para 
entender essa realidade: se perdermos o equilíbrio climático, nossa 
sociedade e nossa economia se desagregarão rapidamente. A economia 
tem que ser entendida como sendo um subsistema – subsistema 
econômico – dentro de um grande sistema ecológico planetário – 
a biosfera. O problema gerado pelo crescimento descontrolado do 
subsistema econômico dentro de uma biosfera basicamente finita é 
que ele rompe a capacidade de sustentação da biosfera e, por isso, é 
insustentável (MERICO, 2014, p. 24-25).
A questão central relacionada com os bens e serviços ambientais 
ofertados pela natureza é que tais bens e serviços são proporcionados 
a nós “livremente”: têm preço zero, porque a economia não reconhece 
seus valores econômicos. Todos os benefícios da biodiversidade, a 
regulação climática, o ciclo hidrológico, os inúmeros serviços das florestas, 
o serviço de absorção dos resíduos da produção e da atividade humana e 
tantos outros não são contabilizados e incorporados na economia e seus 
indicadores (MERICO, 2014, p. 24).
Junto aos dinamismos desta interação, a qualidade do meio 
ambiente consiste em um importante determinante da qualidade da 
saúde, e, portanto, não se pode abordar questões relacionadas à saúde 
sem considerar a complexidade dos aspectos intrínsecos à questão 
ambiental (MARQUES, 2007, p. 60). A saúde é definida pela Organização 
Mundial de Saúde (OMS) como o completo estado de bem-estar físico, 
mental e social, e não apenas como a ausência de doença.
1.1 INTERDEPENDÊNCIA SOCIOECOLÓGICA
Como sociedade organizada dentro de um processo econômico, 
interagimos com os limites da biosfera e de seus ecossistemas para a 
utilização dos bens naturais e dos serviços ambientais disponibilizados 
pela natureza. Esses bens e serviços ambientais são a base da sustentação 
do processo econômico e da própria sociedade. Temos assistido a 
uma contínua desestruturação da estrutura biofísica de nosso planeta 
e a continuidade desse caminho nos levará a uma grande ruptura 
nesta relação que irá alterar completamente a configuração do que 
conhecemos hoje como sociedade humana (MERICO, 2014, p. 13).
SOCIEDADES INDUSTRIAIS
Autores como Foster (2005) atentam para as implicações das 
relações sociais capitalistas sobre o meio ambiente, com efeitos 
depredadores em escala sempre crescente. A busca ilimitada pelo 
abastecimento constante dos recursos naturais e a amplitude cada vez 
maior das relações de produção capitalistas por todo o globo impõem 
Estamos atravessando um intenso processo de mudanças em nossa 
história. O olhar que tínhamos há décadas atrás, que nos apresentava 
as pessoas e a natureza como atores separados, não nos serve mais. É 
cada vez mais evidente que pertencemos a um sistema socioecológico 
interdependente e que a evolução de nossas condições de vida neste 
planeta depende, em grau extremo, do respeito humano às leis da 
biosfera (MERICO, 2014, p. 13).
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Figura 2 – Problema gerado pelo crescimento descontrolado.
Fonte: O Autor.
Para Merico (2014, p. 26) “a gestão adequada do capital natural 
se constitui, assim,em um primeiro passo no sentido de nossa 
reorganização socioecológica. Esse é um eixo reorientador da economia 
em direção à sustentabilidade”.
PROBLEMAS AMBIENTAIS GLOBAIS
Os grandes problemas ambientais ultrapassam as fronteiras 
nacionais e são tratados de forma global, pois afetam a vida de todos no 
planeta. Destacam-se: o aquecimento global, a destruição da camada de 
ozônio, a perda da biodiversidade e o aumento populacional. A atividade 
industrial é responsável por expressiva parcela dos problemas globais 
incidentes no meio ambiente.
Biosfera
Economia
Desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades 
dos presentes sem comprometer a possibilidade das gerações futuras 
satisfazerem suas próprias necessidades.
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3.1 AQUECIMENTO GLOBAL
De acordo com Barsano (2014, p. 48), “o aquecimento global 
é o resultado do efeito estufa, efeito natural que retém parte do 
calor dos raios solares, que são importantes para o não resfriamento 
(arrefecimento) do planeta”. Porém, o acréscimo excessivo na quantidade 
de dióxido de carbono e de outros poluentes da atmosfera pode provocar 
maior retenção do calor, que seria irradiado para o espaço, causando 
aquecimento gradual e progressivo da atmosfera terrestre.
O incremento acelerado da temperatura média da Terra vem 
ocorrendo desde a Revolução Industrial, devido à maior concentração 
de gases na atmosfera (principalmente o CO
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 – dióxido de carbono), e 
decorre das seguintes atividades:
• Combustão de petróleo, gás, carvão mineral e vegetal;
• Emissão de gases pelas indústrias;
• Desmatamento e queimada da cobertura vegetal; 
• Fermentação de produtos agrícolas.
De acordo com Barsano (2014, p. 49) são consequências do 
aquecimento global, observadas pelos especialistas:
• O derretimento das calotas polares e das geleiras nos continentes, 
e o risco iminente de extinção dos ecossistemas locais;
• A elevação dos níveis dos oceanos, com possibilidade de 
inundações nas cidades litorâneas;
• O agravamento dos processos de erosão e desertificação em 
várias regiões do mundo;
• As mudanças climáticas em escala global;
• A intensificação de furacões, tempestades, secas, entre outros;
• A extinção de várias espécies de fauna e flora.
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3.2 DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO
Situada na estratosfera, a camada de ozônio tem a capacidade 
de ‘filtrar’ as radiações ultravioleta solares. Essa camada é vital para 
a existência da vida porque, ao mesmo tempo em que absorve a 
radiação ultravioleta de ondas curtas (UV-B e UV-C), que é prejudicial, 
permite a entrada da radiação ultravioleta de ondas longas (UV-A), 
de efeito benéfico, sobre a superfície da Terra. 
Segundo Barsano (2014, p. 49), “a destruição da camada de 
ozônio é causada pela influência de gases clorofluorcarbonetos (CFC) 
e de outras substâncias químicas halogenadas artificiais, que em 
reação com as moléculas de ozônio destroem essa barreira natural”. 
Esses compostos eram utilizados na fabricação de propelentes de 
aerossóis e extintores de incêndio, gases de refrigeração e solventes 
orgânicos.
Apesar da sua relevância, a Camada de Ozônio começou a 
sofrer os efeitos da poluição crescente com a industrialização 
mundial. Os principais produtos químicos responsáveis pela sua 
destruição são o Halon, o Tetracloreto de Carbono (CTC), o 
Hidroclorofluorcabono (HCFC), o Clorofluorcarbono (CFC) e o 
Brometo de Metila, substâncias que figuram entre as SDOs*. 
Quando liberadas no meio ambiente, deslocam-se atmosfera 
acima, degradando a Camada de Ozônio (IBAMA, 2015, p. 3).
* SDOs: 
Substâncias 
Destruidoras de 
Ozônio
são substâncias 
químicas que têm 
potencial para reagir 
com as moléculas 
de ozônio na 
estratosfera e são 
compostas à base 
de cloro, flúor ou 
hidrocarbonos à base 
de bromo (IBAMA, 
2015, p. 3).
Chamamos atenção para o fato de que, embora o ozônio 
encontrado na atmosfera seja de extrema importância para a 
preservação da vida no planeta, esse mesmo ozônio, quando 
presente próximo à superfície, age como um poluente 
prejudicial aos seres vivos.
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NA PRÁTICA
CASO DE COMÉRCIO ILÍCITO
Observe uma parte da Legislação brasileira 
relacionada às SDOs:
Resolução Conama Nº 267, SET/2000
Dispõe sobre a proibição, no Brasil, da 
utilização das substâncias controladas especificadas 
nos Anexos A e B do Protocolo de Montreal sobre 
substâncias que destroem a Camada de Ozônio* – 
SDOs. Restringe a importação de SDOs, estabelece 
os prazos e limites das importações, entre outras 
providências (IBAMA, 2015, p. 10).
Resolução Conama n°. 340, SET/2003
Dispõe sobre a utilização de cilindros para 
o acondicionamento de gases que destroem a 
Camada de Ozônio, e dá outras providências 
(IBAMA, 2015, p. 10).
Instrução Normativa Ibama nº. 37, JUN/2004 
Institui que todo produtor, importador, 
exportador, comercializador e usuário de quaisquer 
das substâncias, controladas ou alternativas pelo 
Protocolo de Montreal, bem como os centros de 
coleta e armazenamento e centros de regeneração ou 
reciclagem, pessoas físicas ou jurídicas, devem estar 
registradas no Cadastro Técnico Federal de Atividades 
Potencialmente Poluidoras, gerenciado pelo IBAMA, 
entre outras providências (IBAMA, 2015, p. 10).
*Protocolo de Montreal sobre 
Substâncias que Destroem a 
Camada de Ozônio
é um tratado internacional 
que entrou em vigor em 1° de 
janeiro de 1989. O documento 
assinado pelos Países Parte impôs 
obrigações específicas, em especial 
à progressiva redução da produção 
e consumo das Substâncias que 
Destroem a Camada de Ozônio 
(SDOs) até sua total eliminação. 
O Brasil aderiu ao Protocolo de 
Montreal por meio do Decreto n° 
99.280, de 06 de Junho de 1990, 
tornando-se Parte (MMA, 2015).
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Ação:
Durante ação de fiscalização no ano de 2005 no estado de 
São Paulo, agentes do IBAMA apreenderam 80 kg de CFC-12 que 
se encontravam “ocultados” em embalagens com rótulos falsos 
identificados como HFC-134a, cuja importação é permitida no país tal 
como vemos na figura. As ações de fiscalização da entrada de SDOs nas 
fronteiras, averiguação de denúncias e de cargas suspeitas são realizadas 
pelos fiscais do Ibama.
Figura 3 - (a) Cilindro aparentemente contendo HFC - 134a; (b) 
Embalagem informando sobre o conteúdo – HFC 134a; (c) Cilindro de 
CFC 12 pintado com a cor de identificação do fluído HFC- 134a
a) b) 
c) 
Fonte: Ibama (2015, p. 18)
3.3 PERDA DA BIODIVERSIDADE
A biodiversidade resulta de milhões de anos de evolução biológica, 
e é o componente do sistema de suporte à vida de nosso planeta. Além 
do valor intrínseco de cada espécie, seu conjunto, bem como o conjunto 
de interações entre espécies e destas com o meio físico-químico, resultam 
em serviços ecossistêmicos imprescindíveis para mantera vida na Terra 
(JOLY, 2011, p.117). De acordo com o autor:
A definição clássica de biodiversidade, adotada 
pela Convenção sobre a Diversidade Biológica 
(CDB), faz alusão direta à diversidade genética, 
que é responsável pela variação entre indivíduos, 
populações e os grupos taxonômicos das espécies 
biológicas. Populações e espécies são as unidades 
evolutivas básicas, que interagem entre si no 
tempo e no espaço. O conjunto de espécies e suas 
interações formam os ecossistemas, moldados 
pelas interações com o ambiente abiótico (JOLY, 
2011, p. 117).
Para Joly (2011, p. 117), “a perda de biodiversidade constitui um 
problema crítico para a existência humana, pois a extinção de uma 
espécie é irreversível e representa a perda de um genoma único, resultado 
de um processo evolutivo singular e não repetível”.
Fatores que diminuem a biodiversidade:
• A eliminação ou alteração do habitat pelo homem é o principal 
fator da diminuição da biodiversidade. Um exemplo é a eliminação 
de vegetação local para construção de casas ou para atividades 
agropecuárias alterando o meio ambiente;
• A exploração comercial ameaça muitas espécies marinhas e 
algumas terrestres;
O homem é o principal responsável pela perda da biodiversidade. 
As atividades humanas como agricultura, atividades marítimas, 
industrialização, transportes e a urbanização de grandes partes territoriais 
prejudicam os ecossistemas e as espécies se encontram cada vez mais 
ameaçadas, com a consequente diminuição da biodiversidade.
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3.3 PERDA DA BIODIVERSIDADE
A biodiversidade resulta de milhões de anos de evolução biológica, 
e é o componente do sistema de suporte à vida de nosso planeta. Além 
do valor intrínseco de cada espécie, seu conjunto, bem como o conjunto 
de interações entre espécies e destas com o meio físico-químico, resultam 
em serviços ecossistêmicos imprescindíveis para manter a vida na Terra 
(JOLY, 2011, p.117). De acordo com o autor:
A definição clássica de biodiversidade, adotada 
pela Convenção sobre a Diversidade Biológica 
(CDB), faz alusão direta à diversidade genética, 
que é responsável pela variação entre indivíduos, 
populações e os grupos taxonômicos das espécies 
biológicas. Populações e espécies são as unidades 
evolutivas básicas, que interagem entre si no 
tempo e no espaço. O conjunto de espécies e suas 
interações formam os ecossistemas, moldados 
pelas interações com o ambiente abiótico (JOLY, 
2011, p. 117).
Para Joly (2011, p. 117), “a perda de biodiversidade constitui um 
problema crítico para a existência humana, pois a extinção de uma 
espécie é irreversível e representa a perda de um genoma único, resultado 
de um processo evolutivo singular e não repetível”.
Fatores que diminuem a biodiversidade:
• A eliminação ou alteração do habitat pelo homem é o principal 
fator da diminuição da biodiversidade. Um exemplo é a eliminação 
de vegetação local para construção de casas ou para atividades 
agropecuárias alterando o meio ambiente;
• A exploração comercial ameaça muitas espécies marinhas e 
algumas terrestres;
O homem é o principal responsável pela perda da biodiversidade. 
As atividades humanas como agricultura, atividades marítimas, 
industrialização, transportes e a urbanização de grandes partes territoriais 
prejudicam os ecossistemas e as espécies se encontram cada vez mais 
ameaçadas, com a consequente diminuição da biodiversidade.
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• A poluição das águas, solo e ar perturbam os ecossistemas, matam 
os organismos.
3.4 CRESCIMENTO POPULACIONAL
Por séculos, a percepção do mundo, da vida social e dos meios de 
produção esteve (e está) centrada nos seres humanos. Chamamos essa 
visão de mundo de ‘antropocêntrica’. Para as pessoas que vivem em 
sociedades com essa concepção, todos os recursos naturais, e mesmo a 
própria história da Terra – e do cosmos – converge para apenas um foco: 
a nossa espécie. Isso criou a 
ilusão de que a natureza existe 
para nos servir, e muitas 
sociedades orientaram suas 
ações por essa crença. Os 
humanos, segundo essa 
perspectiva, teriam regalias 
como possibilidade de expansão 
populacional ilimitada, usufruto 
contínuo de todos os recursos 
naturais e domínio cego sobre 
um planeta infinito (MARTINI; 
RIBEIRO, 2011, p. 39).
Essa visão de mundo 
antropocêntrica traz à tona 
um velho debate que permeia 
as bases teóricas da ciência 
demográfica e da geografia da 
população: a relação entre o 
crescimento populacional e 
os recursos naturais.
Existem atualmente quase 7 bilhões de pessoas consu mindo 
alimentos, combustíveis fósseis e água potá vel; produzindo lixo, poluindo 
e predando; compe tindo por recursos e por espaço com os outros seres 
vivos; introduzindo espécies exóticas e alterando hábitats, ecossistemas 
e biomas inteiros, de uma forma que pouco poderá ser suavizada até 
2050, quando provavelmente atingiremos a marca de 10 bilhões de 
seres humanos (MARTINI; RIBEIRO, 2011, p. 41).
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De acordo com Paulitsch (2012, p. 81) “atualmente, verificam-se, 
por todo o mundo, diversos indicadores que dão conta de uma pressão 
crescente sobre os recursos naturais e as matérias-primas”. Esta situação 
é preocupante, pois o bem-estar econômico e a qualidade de vida das 
nossas sociedades se assentam na exploração destes mesmos recursos e 
matérias-primas advindas do meio ambiente.
Para minimizar este cenário, emerge uma discussão sobre as 
reflexões éticas das condutas humanas em relação ao meio ambiente. 
Nesse contexto, surge a bioética. Em sua origem, encontramos com Van 
Rensselaer Potter, pesquisador norte-americano que cunhou o 
neologismo “bioethics” e definiu a bioética como a “ciência da 
sobrevivência humana”. Em sua obra pioneira, “Bioética: a ponte para o 
futuro” (1971), Potter se antecipa aos tempos que virão, ao alertar a 
humanidade para se unir em torno do cuidado e defesa da vida, para 
além do âmbito humano, no sentido cósmico-ecológico.
A problemática ecológico-ambiental tornou-se uma questão de 
primeira ordem na agenda da ONU, notavelmente a partir de meados 
BIOÉTICA4
Para a autora, a situação assume contornos emergenciais especialmente 
quando a sociedade subestima o alerta de que a manutenção dos padrões 
atuais de utilização dos recursos conduzirá ao colapso dos mesmos e 
criará desequilíbrios nas nossas sociedades, afetando a sobrevivência da 
espécie humana. Perante a magnitude das implicações decorrentes da 
atitude do homem, devemos admitir a crise dos modelos tradicionais de 
utilização dos recursos naturais. (PAULITSCH, 2012, p. 81).
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dos anos 80. Especialmente a partir da ECO 92, os governos dos países 
industrializados começaram a se mobilizar, visto que o ser humano 
adoeceu a natureza. Instala-se uma crise ecológica. Ar, rio, mar, floresta 
sãosubmetidos à exploração predatória e infestados de combustíveis 
fósseis derivados do petróleo e do carvão mineral. É nesse contexto que 
surge o Protocolo de Kyoto, um acordo para preservar o futuro da vida 
na face da Terra (PESSINI, 2007, p. 97).
Assim, destaca Siqueira (2005, p. 51)
[...] o momento é de reflexão. Todo ser humano 
hoje se torna cada vez mais responsável pelas 
decisões acerca das tecnologias a que estará 
exposto e se serão seguras para o planeta. Por sua 
vez, caberá ao cientista utilizar-se da velha dúvida 
metódica para sustentar não só a validade de 
suas técnicas, mas também de seus valores. Neste 
contexto, surge a necessidade de restabelecer a 
ponte entre a filosofia e a ciência, o que pode ser 
conhecido como bioética.
A bioética não é estática, mas pluralista, aberta e dialética, 
ou seja, pronta para o debate e a construção de novas sínteses, não 
raramente, tendem a gerar contradições em relação a certas questões, 
que consequentemente, geram certa intranquilidade e insegurança na 
implantação e implementação de certas decisões (SILVEIRA; FERREIRA, 
2009, p. 62). Pessini (2007, p. 35) aborda alguns questionamentos 
apontados por Potter já em 1971:
“Ar e água poluída, explosão populacional, 
ecologia, conservação – muitas vozes falam, 
muitas definições são dadas. Quem está certo? 
As ideias se entrecruzam e existem argumentos 
A bioética vem como uma nova revolução para o pensamento científico e 
mais ainda para o comportamento humano. Vem restabelecer o diálogo 
entre a ética e a ciência, refletindo sobre a conduta humana em relação 
à vida. Com certeza, é nos moldes dessa nova maneira de fazer ciência e 
tecnologia que o homem vai reencontrar com sua própria essência, que 
nada mais é do que a própria natureza (SIQUEIRA, 2005, p. 62).
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conflitivos que confundem as questões e atrasam 
a ação. Qual é a resposta? O homem realmente 
colocou em risco o seu meio ambiente? Ele não 
necessita aprimorar as condições que criou? A 
ameaça de sobrevivência é real ou se trata de pura 
propaganda de teóricos histéricos?” 
Assim como Potter em seus questionamentos de 1971, Pessini em 
2007 descreveu a “Era da falta de água”, crise que nos aflige atualmente 
(2014-2015) e afirma:
Somente nos libertaremos desse cenário desolador, 
se mudarmos nossa mentalidade predadora para 
uma atitude de respeito e cuidado em relação à 
natureza. Assim não desperdiçaremos água, os 
mananciais serão protegidos, quando 
contaminados serão despoluídos. Novas técnicas 
de reutilização da água e do esgoto serão 
implementadas, bem como o aprimoramento das 
condições técnicas e econômicas de dessalinização 
da água do mar (exemplo de Israel). (PESSINI, 
2007, p. 95).
Haverá alguma ação humana que não 
provoque o ambiente, que nele não tenha 
um impacto direto ou indireto?
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28 GESTÃO AMBIENTAL
NA PRÁTICA
A CRISE HÍDRICA 
Um desafio emergente hoje no planeta é a crescente falta de água 
potável, elemento vital para a garantia da vida e saúde do ser humano. 
Não deixa de ser surpreendente que o planeta azul, com 70% de sua 
superfície coberta de água, se defronte com esse tipo de problema. A 
humanidade sempre tratou a água como um recurso inesgotável e acaba 
de se dar conta de que não é bem assim, e teremos pela frente a era da 
falta de água (PESSINI, 2007, p. 95).
O EXEMPLO DE ISRAEL
Em Israel, 67% 
da água para consumo 
doméstico são tratados a 
partir da dessalinização. O 
processo de dessalinização 
dura cerca de 30 minutos 
e consiste na denominada 
“osmose inversa” na qual, 
por intermédio de pressão, 
a água do mar atravessa 
um sistema de membranas 
que separa o sal de outras 
substâncias, tornando-a 
potável. Em seguida, as 
substâncias retiradas da água 
são devolvidas ao mar. Até 2005, quando a água dessalinizada começou 
a ser utilizada em larga escala no país, grande parte da água consumida 
em Tel Aviv era canalizada por meio do Canal Nacional, do Mar da Galileia, 
que fica a 150 quilômetros da maior cidade de Israel. Hoje em dia, quatro 
usinas de dessalinização suprem praticamente todas as necessidades das 
cidades ao longo da orla do Mar Mediterrâneo, onde mora a maioria 
da população israelense. A utilização de água dessalinizada também 
contribui para que as fontes naturais, principalmente os aquíferos do 
litoral israelense e da montanha (na região de Jerusalém) possam se 
recuperar após muitos anos de estiagem (FLINT, 2014).
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Neste capítulo, apresentamos o conceito de meio ambiente, 
definido como o lugar em que os elementos naturais e sociais estão 
em relações dinâmicas e em interação, ou seja, sociedade e natureza 
se inter-relacionam. Estudamos, ainda, a incompatibilidade do ritmo 
frenético de produção e consumo com o ritmo da natureza, resultando 
nas questões ambientais globais, que também abordam o crescimento 
populacional e suas implicações ambientais. Para finalizar, estudamos a 
bioética, ciência que aborda reflexões éticas das condutas humanas em 
relação ao meio ambiente.
Saiba+
EM SÍNTESE
FILMES:
A Última Hora
(2007) é um documentário, narrado e 
produzido por Leonardo DiCaprio, que 
aborda os desastres naturais causados pela 
própria humanidade. O longa-metragem 
mostra como o ecossistema tem sido 
destruído e o que é possível fazer para 
reverter esse quadro. As mais de 50 
entrevistas com renomados cientistas e 
líderes, como Stephen Hawking e o ex-
presidente soviético Mikhail Gorbachev, 
ajudam a esclarecer essas importantes 
questões, bem como indicam alternativas 
possíveis à sustentabilidade.
A Era da Estupidez
(2009) mostra a que ponto chegou a 
destruição ambiental no mundo e alerta 
para a responsabilidade de cada indivíduo 
impedir a anunciada catástrofe global.
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ATIVIDADES DE AUTOAPRENDIZAGEM
Leia o texto a seguir para responder as atividades 1 e 2.
LIVRO:
O livro “A Transição para a Sustentabilidade” é 
uma obra do professor e pesquisador Luiz Fernando 
Krieger Merico. O autor é geólogo, mestre em Análise 
Ambiental e doutor em Geografia. Lecionou em diversas 
universidades no Brasil e no exterior. Atualmente, 
coordena, no Brasil, a União Internacional para a 
Conservação da Natureza (UICN). Também é membro 
da Comunidade de Vida Cristã (CVX - Dom Hélder 
Câmara). A transição para a sustentabilidade consiste 
em promover uma reorganização de nosso sistema 
socioecológico, compatibilizando a presença humana 
com as leis da biosfera.
Ecologismo popular: natureza como oikos (ambiente)
Quando chegaram à América os europeus encontraram uma 
natureza exuberante. Eles a consideraram selvagem e acreditavam que 
esta precisava ser dominada. Logo, se deram conta de sua riqueza e 
passaram a ter uma visão extrativista dessa natureza, entendida como 
um conjunto de recursos naturais a seremexplorados e transformados 
em bens de troca material no comércio. 
Aos poucos, a América foi considerada o eldorado para 
enriquecer com a exploração do ouro e da prata. Nesses territórios, 
viviam também populações humanas autóctones desde tempos 
imemoriais que foram sendo dizimados ou reduzidos a escravos para 
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Atividade 1 De acordo com o texto “Ecologismo popular: natureza 
como oikos”, qual a principal diferença entre as visões ecológica e 
extrativista da natureza?
Atividade 2 No texto, encontramos o termo “populações humanas 
autóctones”. Pesquise no dicionário o que é autóctone. Após a pesquisa, 
selecione, no texto, o parágrafo que identifica o significado encontrado 
no dicionário.
ATIVIDADES DE AUTOAPRENDIZAGEM
Leia o texto a seguir para responder as atividades 1 e 2.
LIVRO:
O livro “A Transição para a Sustentabilidade” é 
uma obra do professor e pesquisador Luiz Fernando 
Krieger Merico. O autor é geólogo, mestre em Análise 
Ambiental e doutor em Geografia. Lecionou em diversas 
universidades no Brasil e no exterior. Atualmente, 
coordena, no Brasil, a União Internacional para a 
Conservação da Natureza (UICN). Também é membro 
da Comunidade de Vida Cristã (CVX - Dom Hélder 
Câmara). A transição para a sustentabilidade consiste 
em promover uma reorganização de nosso sistema 
socioecológico, compatibilizando a presença humana 
com as leis da biosfera.
a extração da riqueza. Para eles, a natureza não era um estoque de 
bens materiais a serem explorados, mas a sua própria casa que lhes 
fornecia todos os serviços para sua sobrevivência, entendida como um 
sistema de interdependências na qual eles se sentiam como um elo a 
mais dessa teia da vida.
Neste sentido, aconteceu, no momento da chegada dos 
europeus na América, um embate feroz entre duas visões da natureza: 
uma que valorizava a natureza como sua oikos, um sistema de serviços, 
um ambiente de interdependências, fornecedor das condições vitais 
de sua sobrevivência; enquanto a outra via a natureza como um 
estoque de recursos naturais a serem extraídos e dominados para 
sua transformação em bens de troca comercial produtora de riqueza 
material.
Esse embate entre entender a natureza como serviço à vida 
(visão ecológica) ou como estoque de recursos materiais (visão 
extrativista) continua até os dias atuais sob outras formas, e o domínio 
da segunda sobre a primeira deixa uma esteira de destruição e morte 
por onde passa. Séculos de extrativismo desenfreado e produção 
industrial insustentável instalaram a crise ambiental global que tem 
a sua expressão mais visível no aquecimento climático, com todos os 
seus desastres decorrentes que atingem principalmente as populações 
pobres do planeta. A humanidade começa a acordar para o problema 
e a ONU organiza conferências internacionais para a busca de soluções 
para o problema. 
Texto extraído de: JUNGES, José R. Bioética e Meio Ambiente num Contexto de 
América Latina. Revista Redbioética/UNESCO, Año 5, 1 (9): 13-19, enero - junio 2014. 
ISSN 2077-9445
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32 GESTÃO AMBIENTAL
Atividade 3 Na reflexão sobre a conduta humana em relação à vida, 
a ponte entre a filosofia e a ciência é conhecida como:
a) Dialética
b) Ciência
c) Tecnologia
d) Bioética
e) Filosofia
Atividade 4 As inter-relações entre as dimensões meio ambiente 
e economia, meio ambiente e sociedade e sociedade e a economia, 
caracterizam:
a) A natureza.
b) A sociedade. 
c) O meio ambiente.
d) A economia. 
e) A qualidade de vida.
Atividade 5 Observe as seguintes frases:
• A eliminação de vegetação local para construção de casas ou para 
atividades agropecuárias altera o meio ambiente.
• A exploração comercial ameaça espécies marinhas e terrestres.
• A poluição das águas, solo e ar perturba os ecossistemas e mata 
os organismos.
Se você fosse colocar um título antes de escrevê-las, este título seria:
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a) A poluição é responsável pela perda da biodiversidade.
b) A eliminação do habitat pelo homem é o único fator da diminuição 
da biodiversidade.
c) Não explore os animais terrestres e marinhos.
d) O desmatamento é responsável pela perda da biodiversidade.
e) O homem é o principal responsável da perda da biodiversidade.
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CAUSAS, CONSEQUÊNCIAS E 
CONTROLE DA POLUIÇÃO
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De acordo com Silva (2010), 
a partir da Revolução Industrial, 
as sociedades humanas pautadas 
no desenvolvimento científico e 
no capital, adotaram um modelo 
de desenvolvimento baseado no 
aumento crescente da produção e, 
consequentemente, do consumo. O 
crescimento das cidades, em face do 
aumento populacional, proporciona o 
aumento das catástrofes ambientais, 
desencadeando problemas de suma 
importância, principalmente no que 
diz respeito à produção de resíduos 
orgânicos e inorgânicos, revelando 
a problemática do lixo e o seu alto 
impacto sobre o meio ambiente. 
Além disso, várias espécies de animais desapareceram e outras 
tantas estão ameaçadas de extinção. Desta forma, a humanidade já está 
sofrendo as consequências do crescimento populacional. A retirada de 
matéria-prima do meio ambiente desencadeou uma grave crise ecológica 
promovida por conta do crescimento da população mundial (GEWEHR, 
2010). Hoje, a sociedade depara-se com alguns problemas com os quais 
as gerações anteriores não conviviam. Um deles é a poluição ambiental, 
com ênfase à poluição do ar, do solo e da água.
De acordo com Mano (2005, p. 42), “pode-se atribuir a duas 
causas principais a poluição ambiental: o contínuo aumento da 
população e o vertiginoso desenvolvimento industrial”.
POLUIÇÃO1
A deterioração das condições ambientais, que pode alcançar o ar, a 
água e o solo chama-se poluição. Assim, poluição nada mais é que a 
emissão de resíduos sólidos, líquidos e gasosos em quantidade superior 
à capacidade de absorção do meio ambiente. Esse desequilíbrio interfere 
na vida dos animais e vegetais e nos mecanismosde proteção do planeta.
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38 GESTÃO AMBIENTAL
A poluição do ar provavelmente acompanha a humanidade desde 
tempos remotos. No entanto, passou a ser sentida de forma acentuada 
quando as pessoas começaram a viver em assentamentos urbanos 
de grande densidade demográfica em consequência da Revolução 
Industrial, a partir do momento em que o carvão mineral começou a ser 
utilizado como fonte de energia. As inovações tecnológicas do século XX 
e a utilização do petróleo como fonte de combustíveis acentuaram ainda 
mais essa poluição, bem como os processos industriais e a crescente 
utilização de automóveis e outros meios de transporte movidos a 
combustíveis fósseis, que passaram a predominar no cotidiano como 
agentes poluidores de destaque. A poluição do ar tornou-se, também, 
um problema mundial, com reflexos em todo o planeta, como o aumento 
dos gases de efeito estufa (GEE) e a destruição da camada de ozônio 
(ASSUNÇÃO, 2014, p. 143).
De acordo com Assunção (2014, p. 152), 
“poluente atmosférico é toda e qualquer forma de 
matéria sólida, líquida ou gasosa e de energia que, 
lançada na atmosfera, pode ocasionar um efeito 
negativo mensurável. Na forma de energia são 
exemplos as ondas sonoras e eletromagnéticas, 
e na forma de matéria, material particulado e 
gases”.
2.1 FONTES DE POLUIÇÃO DO AR
Qualquer processo, equipamento, sistema, máquina, 
empreendimentos, entre outros, que possa liberar ou emitir matéria 
ou energia para a atmosfera, de forma a torná-la poluída, pode ser 
considerado fonte de poluição do ar. As emissões para a atmosfera 
podem vir de ações naturais e de ações antrópicas, ou seja, pela ação do 
homem (ASSUNÇÃO, 2014, p. 156).
As emissões naturais provêm de erupções vulcânicas que lançam 
partículas e gases para a atmosfera, como compostos de enxofre; 
decomposição de vegetais e animais; ação do vento; descargas elétricas 
na atmosfera, formando ozônio; incêndios florestais naturais, que 
POLUIÇÃO DO AR2 lançam grandes quantidades de material particulado, gás carbônico, 
monóxido de carbono, entre outras (ASSUNÇÃO, 2014, p. 157).
Entre as fontes antropogênicas, destacam-se os diversos processos 
e operações industriais; a queima de combustível na indústria, para fins 
de transporte nos veículos a gasolina, a álcool, a diesel ou movidos por 
qualquer tipo de combustível; queimadas; queima de lixo ao ar livre; 
comercialização e armazenamento de produtos voláteis; equipamentos 
de refrigeração e ar-condicionado; pinturas em geral; entre outras 
(ASSUNÇÃO, 2014, p. 157).
O nível de poluição atmosférica é medido pela quantidade de 
substâncias poluentes, presentes no ar. De acordo com a CETESB (2015), 
a variedade das substâncias poluentes que podem ser encontradas na 
atmosfera é muito grande, sendo que alguns desses poluentes servem 
como indicadores de qualidade do ar, foram adotados universalmente 
e escolhidos em razão da frequência de ocorrência e de seus efeitos 
adversos.
A poluição causada por veículos é tão significativa que seu uso foi 
restringido na cidade de São Paulo, por meio da operação denominada 
rodízio de veículos. Atualmente, os caminhões também têm restrição 
de horário de circulação em determinadas regiões ou vias da cidade 
(ASSUNÇÃO, 2014, p. 157).
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lançam grandes quantidades de material particulado, gás carbônico, 
monóxido de carbono, entre outras (ASSUNÇÃO, 2014, p. 157).
Entre as fontes antropogênicas, destacam-se os diversos processos 
e operações industriais; a queima de combustível na indústria, para fins 
de transporte nos veículos a gasolina, a álcool, a diesel ou movidos por 
qualquer tipo de combustível; queimadas; queima de lixo ao ar livre; 
comercialização e armazenamento de produtos voláteis; equipamentos 
de refrigeração e ar-condicionado; pinturas em geral; entre outras 
(ASSUNÇÃO, 2014, p. 157).
O nível de poluição atmosférica é medido pela quantidade de 
substâncias poluentes, presentes no ar. De acordo com a CETESB (2015), 
a variedade das substâncias poluentes que podem ser encontradas na 
atmosfera é muito grande, sendo que alguns desses poluentes servem 
como indicadores de qualidade do ar, foram adotados universalmente 
e escolhidos em razão da frequência de ocorrência e de seus efeitos 
adversos.
A poluição causada por veículos é tão significativa que seu uso foi 
restringido na cidade de São Paulo, por meio da operação denominada 
rodízio de veículos. Atualmente, os caminhões também têm restrição 
de horário de circulação em determinadas regiões ou vias da cidade 
(ASSUNÇÃO, 2014, p. 157).
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40 GESTÃO AMBIENTAL
Quadro 1 - Exemplos de substâncias poluentes presentes no ar
Material 
Particulado (MP)
Sob essa denominação geral, encontra-se um conjunto de 
poluentes constituídos de poeiras, fumaças e todo tipo de material 
sólido e líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa 
de seu pequeno tamanho.
Dióxido de 
Enxofre (SO2)
Resulta principalmente da queima de combustíveis que contém 
enxofre, como óleo diesel, óleo combustível industrial e gasolina. 
É um dos principais formadores da chuva ácida, responsável 
pelas principais consequências da poluição do ar. As queimas de 
carvão ou de petróleo liberam resíduos gasosos, como óxidos de 
nitrogênio e de enxofre.
Monóxido de 
Carbono (CO)
É um gás incolor e inodoro que resulta da queima incompleta 
de combustíveis de origem orgânica (combustíveis fósseis, entre 
outros). Em geral, é encontrado em maiores concentrações nas 
cidades, sendo emitido principalmente por veículos automotores. 
Altas concentrações de CO são encontradas em áreas de intensa 
circulação de veículos.
Ozônio (O3) 
Além de prejuízos à saúde, o ozônio pode causar danos à 
vegetação. É sempre bom ressaltar que o ozônio encontrado na 
faixa de ar próxima do solo, onde respiramos, chamado de “mau 
ozônio”, é tóxico.
Hidrocarbonetos 
(HC)
São gases e vapores resultantes da queima incompleta e 
evaporação de combustíveis e de outros produtos orgânicos 
voláteis. Todo hidrocarboneto é um composto orgânico que possui 
apenas carbono e hidrogênio na sua estrutura como, por exemplo, 
o metano (CH
4
).
Óxido de 
Nitrogênio (NO) 
e Dióxido de 
Nitrogênio (NO2)
São formados durante processos de combustão. Em grandes 
cidades, os veículos geralmente são os principais responsáveis pela 
emissão dos óxidos de nitrogênio. Contribuem para a chuva ácida.
Dióxido de 
carbono ou gás 
carbônico (CO2)
É um produto de reação em diferentes processos, tais como, a 
combustão do carvão e dos hidrocarbonetos, a fermentação dos 
líquidos e a respiração dos seres humanos e dos animais. É um 
dos gases que naturalmente contribui para o efeito estufa normal 
do planeta, mas agora, devido ao seu aumento na atmosfera, 
pode intensificar esse efeito, levando a um aquecimento maior 
do planeta.
Fonte: Adaptado de CETESB (2015)
A concentração de poluentes está fortemente relacionada às 
condições meteorológicas. Alguns dos parâmetros que favorecem altos 
índices de poluição são: alta porcentagem de calmaria, ventos fracos e 
inversões térmicas e baixa altitude (CETESB, 2015). 
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2.2 EFEITOS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Os efeitos da poluição do ar caracterizam-se tanto pela 
alteração de condições consideradas normais como pelo aumento 
de problemas já existentes. Os efeitos podem ocorrer em nível 
local, regional e global. Os efeitos podem se manifestar na saúde, 
no bem-estar da população, na vegetação, na fauna e nas 
propriedades da atmosfera, passando pela redução da visibilidade, 
inversão térmica* (Quadro 2), alteração da acidez das águas da 
chuva (chuva ácida**), aumento da temperatura da terra 
(aquecimento global) e da modificação da intensidade da 
radiação solar. O aumento da incidência de radiação, por 
exemplo, é causado pela redução da camada de ozônio 
(ASSUNÇÃO, 2014, p. 170).
Quadro 2 - Entendendo a inversão térmica
Fonte: Autoria própria (2015)
*Inversão térmica
É um fenômeno 
natural que pode 
ocorrer em qualquer 
parte do planeta, 
no entanto, sua 
ocorrência é 
maior nos centros 
urbano-industriais. 
Normalmente, 
acontece durante 
o inverno, nos dias 
mais frios.
**Chuva ácida
Trata-se do acúmulo 
demasiado de óxido 
de nitrogênio (NO) e 
dióxidos de carbono 
(CO
2
) e enxofre 
(SO
2
) na atmosfera 
que, ao reagirem, 
formam gotículas de 
chuva e partículas 
de aerossóis. De 
acordo com Cabral 
(2008), a chuva 
ácida não ocorre 
necessariamente 
no local poluidor, 
pois tais poluentes 
aos serem lançados 
na atmosfera são 
levados pelos 
ventos, podendo 
provocar a reação 
em regiões distantes. 
Ocasiona vários 
prejuízos e efeitos 
tais como sérios 
problemas à saúde 
humana, corrosão 
de materiais usados 
nas construções, 
acidificação dos lagos 
e vários prejuízos à 
agricultura.
Condições Normais: O sol aquece 
a superfície terrestre, que libera 
calor. O ar quente sobe, junto com 
os poluentes. Com o aumento da 
altitude, o ar poluído se resfria e 
sobe para as camadas ainda mais 
frias. Os poluentes se dispersam com 
os ventos em altitudes elevadas.
Ar mais frio
Ar frio
Ar quente
Inversão Térmica: No inverno, o 
aquecimento da superfície terrestre 
é menos intenso. Uma camada de 
ar quente fica acima da camada 
mais próxima do solo, que fica mais 
fria nessa estação. Os poluentes 
não conseguem se dispersar e 
concentram-se em baixas altitudes.
Ar frio
Concentração de poluentes
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GESTÃO AMBIENTAL42
2.3 PREVENÇÃO E CONTROLE DA POLUIÇÃO 
DO AR
Medidas de prevenção e correção* devem ser tomadas 
com o objetivo de atingir o desenvolvimento sustentável. A busca 
de soluções para o problema da poluição do ar deve começar 
pela sua prevenção. 
Para a prevenção e controle da poluição do ar, são usadas 
medidas que envolvem desde o planejamento do assentamento 
de núcleos urbanos e industriais e do sistema viário, até a ação 
direta sobre a fonte de emissão. 
Depois de esgotados todos os esforços com medidas 
preventivas, devemos, então, utilizar os equipamentos para 
tratamento das emissões (equipamentos de controle de poluentes 
– filtros). Sempre em conjunto com o equipamento de controle 
de poluição industrial, existe um sistema de exaustão, cuja função 
é captar, concentrar e conduzir os poluentes para serem filtrados, 
com posterior lançamento residual no ar (ASSUNÇÃO, 2014, p. 
183).
*Correção
Ação para 
eliminar uma 
não-conformidade 
identificada (ABNT 
NBR ISO 9000:2000). 
Prevenir significa evitar a geração de poluentes, com a 
utilização de processos industriais e de combustíveis menos 
poluentes. Além disso, a prevenção requer investimento em 
medidas de redução de consumo de produtos poluidores e 
de energia. Já o controle refere-se às medidas de tratamento 
da emissão de poluentes (ASSUNÇÃO, 2014, p. 181).
A diminuição da quantidade de poluentes gerados é mais fácil de ser 
alcançada do que sua eliminação. São medidas importantes: a operação 
dos equipamentos dentro de sua capacidade nominal; a operação e 
manutenção adequada de equipamentos produtivos; o armazenamento 
adequado de materiais pulverulentos, e/ou fragmentados; a limpeza 
adequada do ambiente; a utilização de processos, equipamentos, 
operações, matérias-primas, reagentes e combustíveis de menor 
potencial poluidor (ASSUNÇÃO, 2014, p. 182).
Os três tipos de equipamento mais eficientes para o controle de 
material particulado são o filtro de manga, o precipitador eletrostático e o 
lavador Venturi, sendo que a eficiência de retenção de poluentes que varia 
de acordo com o projeto e com as condições de operação e manutenção. 
Já os gases e vapores podem ser removidos do fluxo poluído por meio de 
absorvedores (lavadores de gases), de absorvedores, em especial com uso 
de carvão ativado, ou por incineração térmica ou catalítica (como os 
combustores catalíticos dos automóveis) e também por condensadores, 
biorreatores e processos especiais (ASSUNÇÃO, 2014, p. 184).
POLUIÇÃO DA ÁGUA
A gestão ambiental voltada para os recursos hídricos envolve duas 
dimensões significativas: uma referente à quantidade de água e outra 
relacionada à sua qualidade. Já o conceito de poluição das águas deve 
associar o uso à qualidade. A poluição da água se dá pela alteração de 
suas características físicas, químicas ou biológicas, que prejudicam um 
ou mais de seus usos preestabelecidos (BASSOI; MENEGON JR, 2014, p. 
87-91).
3.1 FONTES E CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO DA 
ÁGUA
A poluição das águas pode ser gerada por efluentes domésticos 
(poluentes orgânicos biodegradáveis, nutrientes e bactérias); efluentes 
industriais (poluentes orgânicos e inorgânicos, dependendo da atividade 
industrial); e ainda por carga difusa urbana e agrícola (poluentes advindos 
da drenagem dessas áreas: fertilizantes, defensivos agrícolas, fezes de 
animais e material em suspensão). As consequências de um determinado 
poluente dependem das suas concentrações, do tipo de corpo d´água 
que o recebe e dos usos da água. Em geral as consequências são:
Para cada fonte de poluição, deve ser estudada a melhor solução, tanto 
do ponto de vista do custo, como do ponto de vista ambiental.
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2.3 PREVENÇÃO E CONTROLE DA POLUIÇÃO 
DO AR
Medidas de prevenção e correção* devem ser tomadas 
com o objetivo de atingir o desenvolvimento sustentável. A busca 
de soluções para o problema da poluição do ar deve começar 
pela sua prevenção. 
Para a prevenção e controle da poluição do ar, são usadas 
medidas que envolvem desde o planejamento do assentamento 
de núcleos urbanos e industriais e do sistema viário, até a ação 
direta sobre a fonte de emissão. 
Depois de esgotados todos os esforços com medidas 
preventivas, devemos, então, utilizar os equipamentos para 
tratamento das emissões (equipamentos de controle de poluentes 
– filtros). Sempre em conjunto com o equipamento de controle 
de poluição industrial, existe um sistema de exaustão, cuja função 
é captar, concentrar e conduzir os poluentes para serem filtrados, 
com posterior lançamento residual no ar (ASSUNÇÃO, 2014, p. 
183).
*Correção
Ação para 
eliminar uma 
não-conformidade 
identificada (ABNT 
NBR ISO 9000:2000). 
Prevenir significa evitar a geração de poluentes, com a 
utilização de processos industriaise de combustíveis menos 
poluentes. Além disso, a prevenção requer investimento em 
medidas de redução de consumo de produtos poluidores e 
de energia. Já o controle refere-se às medidas de tratamento 
da emissão de poluentes (ASSUNÇÃO, 2014, p. 181).
A diminuição da quantidade de poluentes gerados é mais fácil de ser 
alcançada do que sua eliminação. São medidas importantes: a operação 
dos equipamentos dentro de sua capacidade nominal; a operação e 
manutenção adequada de equipamentos produtivos; o armazenamento 
adequado de materiais pulverulentos, e/ou fragmentados; a limpeza 
adequada do ambiente; a utilização de processos, equipamentos, 
operações, matérias-primas, reagentes e combustíveis de menor 
potencial poluidor (ASSUNÇÃO, 2014, p. 182).
Os três tipos de equipamento mais eficientes para o controle de 
material particulado são o filtro de manga, o precipitador eletrostático e o 
lavador Venturi, sendo que a eficiência de retenção de poluentes que varia 
de acordo com o projeto e com as condições de operação e manutenção. 
Já os gases e vapores podem ser removidos do fluxo poluído por meio de 
absorvedores (lavadores de gases), de absorvedores, em especial com uso 
de carvão ativado, ou por incineração térmica ou catalítica (como os 
combustores catalíticos dos automóveis) e também por condensadores, 
biorreatores e processos especiais (ASSUNÇÃO, 2014, p. 184).
POLUIÇÃO DA ÁGUA
A gestão ambiental voltada para os recursos hídricos envolve duas 
dimensões significativas: uma referente à quantidade de água e outra 
relacionada à sua qualidade. Já o conceito de poluição das águas deve 
associar o uso à qualidade. A poluição da água se dá pela alteração de 
suas características físicas, químicas ou biológicas, que prejudicam um 
ou mais de seus usos preestabelecidos (BASSOI; MENEGON JR, 2014, p. 
87-91).
3.1 FONTES E CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO DA 
ÁGUA
A poluição das águas pode ser gerada por efluentes domésticos 
(poluentes orgânicos biodegradáveis, nutrientes e bactérias); efluentes 
industriais (poluentes orgânicos e inorgânicos, dependendo da atividade 
industrial); e ainda por carga difusa urbana e agrícola (poluentes advindos 
da drenagem dessas áreas: fertilizantes, defensivos agrícolas, fezes de 
animais e material em suspensão). As consequências de um determinado 
poluente dependem das suas concentrações, do tipo de corpo d´água 
que o recebe e dos usos da água. Em geral as consequências são:
Para cada fonte de poluição, deve ser estudada a melhor solução, tanto 
do ponto de vista do custo, como do ponto de vista ambiental.
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44 GESTÃO AMBIENTAL
• Doenças;
• Morte de espécies aquáticas por redução do oxigênio dissolvido;
• Prejuízos econômicos;
• Proliferação de algas por excesso de nutrientes;
• Alteração da qualidade em Balneários.
3.2 MÉTODOS DE CONTROLE DE POLUIÇÃO DAS 
ÁGUAS
O campo da engenharia sanitária tem evoluído rapidamente no 
desenvolvimento de métodos para o tratamento de águas residuárias. 
Isso ocorre, principalmente, devido às exigências cada vez maiores dos 
órgãos públicos de controle do meio ambiente, como resposta ao 
interesse da saúde pública, às crescentes condições adversas causadas 
pela descarga de águas 
residuárias e à maior cobrança 
da sociedade na defesa do 
meio ambiente (BASSOI; 
MENEGON JR, 2014, p. 136).
3.2.1 TIPOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTO
De acordo com Bassoi e Menegon Jr (2014, p. 136), “um 
sistema de tratamento de águas residuárias é constituído por uma série 
de operações e processos que são empregados para a remoção de 
substâncias indesejáveis de água ou para transformação em outras de 
forma aceitáveis”. 
Os autores classificam os processos de tratamento em grupos 
distintos:
a) Processos físicos: são assim definidos por causa dos fenômenos 
físicos que ocorrem na remoção ou transformação de poluentes das 
águas residuárias. Basicamente, os processos físicos são utilizados 
Por que a qualidade do meio ambiente 
consiste em um importante determinante 
da qualidade da saúde?
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para separar sólidos em suspensão nas águas residuárias, mas 
também podem ser utilizadas para equalizar e homogeneizar um 
efluente. Nestes casos, estão incluídos:
• Remoção de sólidos grosseiros; 
• Remoção de sólidos sedimentáveis; 
• Remoção de sólidos flutuantes;
• Remoção da umidade do lodo; 
• Homogeneização e equalização de 
efluentes; 
• Diluição de águas residuárias.
b) Processos químicos: aqueles em que a utilização de produtos 
químicos é necessária para aumentar a eficiência de remoção de um 
elemento ou substância, modificar seu estado ou estrutura ou, 
simplesmente, alterar suas características químicas. Quase sempre 
seu emprego é conjugado a processos físicos e, algumas vezes, a 
processos biológicos. Os principais são:
• Coagulação-floculação; 
• Precipitação química;
• Oxidação;
• Cloração;
• Neutralização ou correção do pH.
Esses processos são utilizados para a 
remoção de sólidos em suspensão coloidal ou 
mesmo dissolvidos, substâncias que causam 
cor e turbidez, odoríferas, metais pesados e 
óleos emulsionados.
c) Processos biológicos: são considerados como processos biológicos 
de tratamento de águas residuárias aqueles que dependem da ação 
de micro-organismos aeróbios ou anaeróbios. Os fenômenos 
inerentes à respiração e à alimentação desses micro-organismos são 
predominantes na transformação da matéria orgânica, sob a forma 
de sólidos dissolvidos e em suspensão, em compostos simples como 
sais minerais, gás carbônico, água e outros. Os processos biológicos 
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procuram reproduzir, em dispositivos racionalmente projetados, os 
fenômenos biológicos observados na natureza, condicionando-os 
em área e tempo economicamente justificáveis. Os processos 
biológicos dividem-se em aeróbios e anaeróbios. Os processos 
biológicos usuais são:
• Lodos ativados e suas variações;
• Filtro biológico anaeróbio ou 
aeróbio;
• Lagoas aeradas;
• Lagoas de estabilização facultativas 
e anaeróbias;
• Digestores anaeróbios de fluxo 
ascendente.
3.2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE TRATAMENTO
De acordo com Bassoi e Menegon Jr (2014, p. 140), “os sistemas 
de tratamento de águas residuárias, englobando um ou mais processos 
descritos, são classificados em função do tipo de material a ser removido 
e da eficiência de sua remoção”. Tais sistemas são apresentados como 
vemos a seguir:
a) Tratamento preliminar: tem a 
finalidade de remover sólidos grosseiros 
e é aplicado normalmente a qualquer 
tipo de água residuária. Consiste de 
grade, peneiras, caixas de areia, caixas 
de retenção de óleos e graxas.
b) Tratamento primário: recebe essa 
denominação o sistema de tratamento 
de água residuária de natureza orgânica, 
muito embora seja utilizado para 
qualquer tipo de despejo. Tem como 
A remoção de substâncias indesejáveis de uma água residuária envolve 
a alteração de suas características físicas, químicas e/ou biológicas. A 
utilização de qualquer um dos processos acima poderá concorrer para 
essas alterações (BASSOI; MENEGON JR, 2014, p. 137).
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