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Resumo do livro O Alto da Barca do Inferno 2

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Prévia do material em texto

A- O primeiro interlocutor é um membro da nobreza que chega com um pajé, que leva 
um sobre tudo real e um trono. E começa um diálogo na barca do inferno antes de 
fidalgo chegar entre o diabo e o companheiro. 
 
Diabo- Á barca, á barca, 
temos uma maré mansa, 
Podem manobrar de ré. 
 
Companheiro-Assim mesmo como está. 
 
Diabo- Corre ali, seu traste, 
 e tire aquela coisa do banco 
para as pessoas que chegarem sentar. 
Á barca! Á barca, seu traste, 
pois logo iremos partir, 
com enaltecimento ao diabo! 
E puxa bem esse cabo, 
Arruma o convés direito! 
 
Companheiro –Irei fazer tudo logo! 
 
Diabo-Para sairmos desse poro! 
Erguer as velas 
e lembre-se de esticar bem essa corda 
 
Companheiro-Subindo as velas, as cores vão chamar atenção! 
 
Diabo-que caravela linda! 
Vamos expor as bandeiras. 
Mastro, âncora, tudo pronto! 
Que o fidalgo Dom Henrique, 
Para a barca vai entrar. 
 
[Vem o fidalgo, chegando a porta da barca do inferno, diz:] 
 
Fidalgo: Para onde vai essa barca 
toda arrumada? 
 
Diabo: Vai para as trevas 
E deve sair agora. 
 
Fidalgo: Para lá vai a senhora? 
 
Diabo: Senhor, estou a disposição. 
 
Fidalgo- Isso parece um cortiço 
 
 
Diabo-É porque você viu de fora. 
 
Fidalgo- Para onde nos levara? 
 
Diabo- Para o inferno, meu senhor. 
 
Fidalgo- É uma terra sem graça 
 
Diabo- Está zombando da minha cara? 
 
Fidalgo- E tem passageiros para esse lugar? 
 
Diabo- Acho que tem potencial para embarcar em nossa barca... 
 
Fidalgo- Acha que tenho mesmo? 
 
Diabo-Em qual outra barca seria acolhido? 
 
Fidalgo- Eu deixei na outra vida 
Quem rezou sempre por mim. 
 
Diabo- quem rezou sempre por você? 
Está de palhaçada ha ha ha! 
Você vivia ao seu favor, 
E acha que isso faz alguém rezar por você? 
 
Embarca logo! 
Que você só tem essa chance. 
E manda entrar a cadeira 
Em que seu pai sentou um dia. 
 
Fidalgo- É desse jeito que vou? 
 
Diabo- Vai ou vem, o embarque é rápido! 
Você que escolheu esse lugar, 
Vai ter q se contentar 
Já que passou da morte, 
Tem que atravessar o rio 
 
Fidalgo- Mas não tem outra barca? 
 
Diabo-Não senhor, não essa for não haverá outra. 
Fidalgo-Como assim? 
 
Diabo-Quando na vida zombaste. 
 
Fidalgo- vou querer outra barca 
Ô da barca, para onde irá? 
Ah, barqueiros, não me ouvem? 
Respondam! 
Aonde fui me meter, 
Estar aqui é horrível. 
Pois as pessoas vão supor 
Que se trata de um qualquer! 
 
Anjo- O que deseja? 
 
Fidalgo-Saber 
Porque fui embora sem aviso, 
Se a barca do paraíso 
É essa que estou vendo? 
 
Anjo-É, sim, e dela o que quer? 
 
Fidalgo- que me deixem embarcar, 
Sou fidalgo de solar, 
Por isso devem me acolher. 
 
Anjo- não se embarca tirania 
Nesse barco celestial. 
 
Fidalgo- não entendo porque acham ruim 
Que entre a minha fidalguia? 
 
Anjo-Para sua surpresa 
É bem pequena essa barca. 
 
Fidalgo-Para uma pessoa como você 
Não se tem mais cortesia? 
Me tirem dessa ribeira! 
 
Anjo-Não vi em você a maneira 
De entrares nesse navio. 
Lá vai outro mais vazio; 
Nele a cadeira entrará 
E todo seu sobre tudo caberá. 
 
Lá é bem mais espaçoso 
Para o senhor 
Contar sobre a tirania 
Que exerceu com arrogância; 
E por não ser generoso, 
Você desprezou os pequenos, 
E agora são tantos menos 
Quanto mais fosse ganancioso. 
 
Diabo- Á barca, á barca, senhores! 
A maré está propícia! 
Um vento bom 
E ótimos remadores. 
 
[Diz cantado:] 
 
Você veio aqui 
E aqui foi aceito, 
Pois bem agora é que está 
Como peixinho na rede. 
 
Fidalgo- Ao inferno irei 
Que inferno tenho ai? 
Ó, triste, enquanto eu vivi 
Nunca achei que ele existia. 
Julgava ser mentira, 
Amava ser adorado, 
Que era aquele o meu estado 
E não vi que me perdia assim. 
 
Pois venha a prancha e veremos 
Essa barca de amargura. 
 
Diabo- Embarque senhor, 
Que já nos entenderemos... 
Temos aqui um par de remos, 
Vamos ver como você rema, 
E, chegando ao nosso cais, 
Desembarcaremos. 
 
Fidalgo-Porém, esperem que enfim 
Quero voltar á outra vida, 
Ver minha esposa querida 
Que quer se matar por mim. 
 
Diabo- Morrem por um qualquer como você? 
 
Fidalgo-Está achando que é lorota? 
 
Diabo- Ó namorado idiota, 
O maior que vi assim! 
 
Fidalgo-Tanto quis fazer 
Que me escrevia mil dias. 
 
Diabo-Quais mentiras que você lia... e tu louco de prazer! 
 
Fidalgo- Porque você é assim? 
Não vê virtudes no bem? 
 
Diabo- pois que viva assim, amém 
Porque acha que foi assim mesmo! 
 
Fidalgo- é o que sei, falo com certeza... 
 
Diabo- pois quando ia expirar 
Ela estava a dançar 
Com outro no mesmo banco. 
 
Fidalgo- Deixa eu ir, diabo manco. 
Quero ver minha mulher. 
 
Diabo-pois ela não quer te ver 
Vai se atirar de um barranco? 
Quando hoje ela rezou 
Entre seus gritos e fitas, 
Foi dar graças infinitas 
 E aquele homem que foi consolar ela. 
 
Fidalgo-Sei que ela chorou muito! 
 
Diabo-Não se chora de alegria? 
 
Fidalgo- E as lágrimas que ela derramava? 
 
Diabo-Foi a mãe que ensinou 
 
Entra fidalgo, entra! 
Aqui o pranchão para o pé! 
 
Diabo-Entraremos, pois é assim que é... 
Diabo- agora, então, descanse, 
Relaxe e suspire, 
Pois ainda virá mais gente. 
 
Fidalgo- que calor que está nessa barca! 
Maldito quem aqui vai! 
[Diz o Diabo ao Moço da cadeira:] 
Diabo- Leva, esse moço daqui 
A cadeira e não vai entrar aqui 
Coisa que esteve na igreja não embarca, 
Você terá outra, de rubi, 
Tao trabalhada de dores 
Enfeitada manualmente 
Que te darão fúria... 
Á barca entraram, minha gente, 
Que vamos abrir a vela! 
Venham todos para ela! 
Muitos são de boa mente! 
Que barca mais valente! 
 
B- 
Fidalgo foi para o inferno pois era arrogante, mas pediu para o anjo para o anjo para ir para o 
céu, mas não foi. Foi traído pela namorada, e se sente enganado. 
Onzeiro, só pensava em dinheiro...foi para o inferno, pediu para ir para o céu mas o pedido foi 
recusado pois era ganancioso, e mercenário. Em vida emprestava dinheiro para os outros e 
cobrava juros altos após o empréstimo, disseram-lhe que para entrar no navio após morte 
precisaria pagar em moeda para o barqueiro, mas não foi sucedido nem 1 centavo do seu 
dinheiro. 
Parvo morreu de caganeira...zombou do diabo ao entrar no barco e foi ao barco do anjo pedir 
para entrar, seu pedido foi aceito pois era uma pessoa de bem e simples (era antissemita). O 
Parvo continua a fazer o seu papel de denunciador daqueles que aparecem junto à barca do 
paraíso, chegando inclusive a dizer de onde é que eles vêm e ofendendo-os com isso. 
Sapateiro ia a missas mas roubava pessoas, oferecia esmolas, rezava pelas pessoas quando 
morriam. Foi até a barca do anjo e pediu para entrar, o anjo disse que o que impedia ele de 
entrar era a sua carga (seus pecados em vida). Logo após volta a barca do inferno. 
Frade (usava vestes religiosas) chega com uma mulher (Florença) pela mão, um escudo e uma 
espada na outra e um capacete debaixo do capuz. É o mais criticado. Certamente era o que 
mais fazia rir ao público da época, pois era zoado por todas as camadas sociais. Não satisfeito 
com a decisão do diabo, vai até a barca do anjo pedir para entrar (pedido negado). Frade 
embarcou na barca do inferno. 
Brízida Vaz, Uma alcoviteira era uma mulher de má fama, ligada ao negócio da prostituição (do 
qual ela era gerente) e a tudo o que lhe estava ligado, ou também a negócios fraudulentos de 
crendices pagãs, como as mezinhas e remédios de cura. O povo tomava-as como feiticeiras]. 
Entrou na barca com himens fakes (prostitutas usavam para se passar por virgens), com alguns 
furtos, muita sedução... As prostitutas e as suas “madames” recebiam efetivamente chicotadas 
como castigo da justiça quando era apanhadas e sentenciada pelos tribunais. Foi até a barca 
do anjo pedir para entrar e tentar importunar o anjo, pedido foi recusado... 
Judeu, com um bode às costas (O bodeera o animal de sacrifício da religião judaica) Ele mijou 
nos finados (nos mortos) Na igreja de São Gião! E comia a carne da panela No dia de Nosso 
Senhor. 
Corregedor era o magistrado (um juiz) administrativo e judicial que representava a Coroa em 
cada uma das comarcas de Portugal. Era costume as pessoas ligadas à justiça estudarem o 
latim pois as primeiras leis fundaram-se no direito romano e como tal o domínio do latim 
estava ligado à erudição. As missas, a que se impunha que todos assistissem aos domingos, 
eram todas ditas em latim. Foi para o inferno pois aceitou suborno. Mas antes foi a barca do 
anjo pedir para entrar 
Procurador é um mandatário da Justiça, aqui a representar a classe dos advogados. Ele 
roubava. 
ENFORCADO ficou um tempo na prisão, mas morreu enforcado... Garcia Moniz dizia Que os 
que morrem como ele Ficam livres de Satanás... Pergunta o Diabo ao Enforcado se aqueles 
suplícios que passara na prisão, mais as rezas de penitência, lhe valeram de alguma coisa. O 
Diabo pergunta isto, para saber se o enforcado morreu arrependido dos seus pecados e se 
encontrou salvação da sua alma através das palavras das rezas. Enforcado diz: Aquele com a 
corda ao pescoço, De muito pouco serve a pregação. Diz o Diabo que se os tormentos e as 
rezas, que o Enforcado levou na prisão, lhe tivessem servido como expiação dos seus pecados, 
ter-se-ia salvado. Mas como não levou os castigos as rezas a sério para pedir perdão pelos 
erros do passado, vai para o inferno. 
 Quatro Cavaleiros vem a cantar, os quais trazem cada um a Cruz de Cristo, pelo qual Senhor e 
acrescentamento de Sua santa fé católica morreram a lutar contra os mouros. Absoltos a culpa 
e pena como privilégio que os que assim morrem têm dos mistérios da Paixão d'Aquele por 
Quem padecem, outorgados por todos os Presidentes Sumos Pontífices da Madre Santa Igreja. 
O anjo diz: Ó cavaleiros de Deus, Por vós estou a esperar, Que morrestes a lutar Por Cristo, 
Senhor dos Céus! Sois livres de todo mal, Mártires da Santa Igreja, Que quem morre em tal 
peleja (luta) Merece a paz eternal. 
Apenas Parvo e os 4 cavaleiros foram para o céu

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