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Especialista-Psicologia-Escolar-e-Educacional

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Caderno 
de Provas
http://revisandopsicologia.com/
22/07/2020 http://revisandopsicologia.com/ 1
Especialista
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http://revisandopsicologia.com/
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CONCURSO DE PROVAS E TÍTULOS PARA CONCESSÃO DO
 
REGISTRO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PSICOLOGIA
 
 
 
 
GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS DAS PROVAS OBJETIVAS
 
 
 
O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (CESPE) da Universidade de Brasília (UnB) divulga os gabaritos oficiais 
definitivos da parte I – Objetiva da prova de conhecimentos teóricos e práticos aplicada no dia 9 de fevereiro de 2003. 
 
ESPECIALIDADE:
 
PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL
 
Q U E S T Õ E S
 
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+
 
= item anulado
 
 
Federal de
Psicologia
Conselho
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCURSO
 
DE PROVAS
 
E TÍTULOS
6. 
www.revisandopsicologia.com 15 
2CFP/06-PsicoEscEducacional
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
01. Sobre as tendências atuais do pensamento crítico, em psico-
logia escolar, pode-se afirmar que a partir da década de 1980
(A) observa-se uma evolução da ciência psicológica que,
atualmente, fundamenta-se em concepções progressistas.
(B) consolida-se uma postura crítica em relação à função
social do psicólogo escolar, mas persistem tendências
de visão tradicional e hegemônica.
(C) aprimoram-se instrumentos para intervir em aspectos
individuais, das famílias e do meio sociocultural.
(D) encontram-se respostas técnicas capazes de superar o
fracasso escolar e responder à questão: “por que os indi-
víduos não aprendem?”.
(E) elaboram-se mediações teórico-práticas capazes de su-
perar os impasses colocados pela concepção de homem
e sociedade do materialismo histórico-dialético, que
orientam a partir de então a produção científica da área.
02. Na década de 1980, encontra-se uma unanimidade entre os
psicólogos escolares que criticavam a atuação clínica nas
questões escolares. O questionamento da clínica enquanto
modelo de atuação possibilitou a criação de novas ações, prin-
cipalmente em uma perspectiva crítica. Esse questionamento
refere-se a sua
(A) forma, pois se entendia que os procedimentos clínicos
eram mal utilizados pelos profissionais.
(B) ineficiência, por resultarem em relatórios descritivos que
em nada alteravam o cotidiano escolar.
(C) inadequação, por eleger como objeto o indivíduo, ex-
cluindo os aspectos sociais.
(D) descontextualização, por proceder de forma alheia à es-
cola, sem visitas ou entrevistas com o professor.
(E) metodologia, por utilizar-se de atendimentos individuais,
com delineamento das características intra-individuais,
mas não de sua convivência com outras crianças.
03. No decorrer dos anos de 1970, as pesquisas indicavam a cres-
cente participação do próprio sistema escolar na produção
do fracasso escolar, o que possibilitou teoricamente a supe-
ração da noção de
(A) aluno-problema, por ser portador de dificuldades que lhe
eram inerentes.
(B) escola inadequada, por agir na perspectiva de um aluno
ideal.
(C) professor-problema, por desconhecer os padrões cultu-
rais da criança pobre.
(D) relação professor-aluno problemática, por ser perpassa-
da por questões de classe social.
(E) escola como reprodutora das desigualdades sociais.
04. A concepção de escola que orienta ações da psicologia esco-
lar, em uma perspectiva crítica, é
(A) instituição caracterizada pelos indivíduos que a susten-
tam, de modo que o desenvolvimento de seus objetivos
culturais está em relação direta com a flexibilidade dos
indivíduos que a compõem.
(B) instituição social a serviço da ascensão social dos indi-
víduos mais capazes, independentemente de seu lugar
na estrutura social.
(C) instituição reprodutora das desigualdades sociais gera-
das no âmbito da divisão e da organização do trabalho.
(D) instituição que é lugar de produção e reprodução social,
de repetição e criação, consideradas as desigualdades
sociais geradas no âmbito da divisão e da organização
do trabalho.
(E) instituição social de transmissão de conhecimentos e ati-
tudes, capaz de transformar a sociedade.
05. A aproximação entre psicologia e pedagogia, por meio da
psicologia escolar, em uma perspectiva crítica, caracteriza-
se por
(A) fornecer apoio na leitura das relações entre o indivíduo
e a sociedade de classes, marcada pela dominação do
homem pelo homem e suas conseqüências para o pro-
cesso de escolarização.
(B) apresentar o conhecimento da natureza humana indivi-
dual sobreposta às circunstâncias sociais que cercam o
homem e estão presentes na sala de aula.
(C) explicar os fatores causadores do comportamento hu-
mano, ou seja, os processos psicológicos internos: emo-
ções, sentimentos e idéias.
(D) fazer a crítica das relações de produção que atuam na
nossa sociedade.
(E) compreender as situações escolares a partir dos bloqueios,
imaturidade, agressividade das crianças em seu proces-
so de desenvolvimento social.
06. Pode-se afirmar que a atuação do psicólogo escolar,enquan-
to profissional promotor de saúde, está fundamentalmente
relacionada a
(A) realizar ações preventivas que evitem futuros problemas
de aprendizagem.
(B) produzir rupturas nas práticas cristalizadas do cotidiano
da escola pelo diálogo entre escola e comunidade, con-
siderando o contexto da cultura local em uma sociedade
de classes.
(C) realizar ações baseadas em teorias do desenvolvimento
biopsicossocial do homem, preferencialmente utilizan-
do técnicas grupais.
(D) propiciar ações educativas junto à comunidade para
maior controle social.
(E) realizar psicodiagnóstico em grupo para que toda a po-
pulação tenha acesso à saúde mental.
www.revisandopsicologia.com 16 
3 CFP/06-PsicoEscEducacional
07. O projeto de promover saúde na educação, por meio da prá-
tica psicológica, tem como base duas dimensões fundamen-
tais. Dentre elas:
I. ética de não aceitação de que ninguém seja privado dos
direitos sociais básicos;
II. política de transformação social;
III. conceito de saúde como ausência de doença;
IV. ciência psicológica baseada no modelo da biomedicina.
Está correto, apenas, o contido em
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) I e IV.
(D) II e III.
(E) III e IV.
08. Escolha, dentre as alternativas propostas, aquela que opera-
cionaliza ações do psicólogo escolar em direção à promoção
da saúde.
(A) Realizar psicodiagnóstico em grupo com os alunos que
apresentarem sinais de problemas de aprendizagem.
(B) Realizar triagem de todos os alunos que iniciam a fre-
qüência na escola para que sejam identificados precoce-
mente os que necessitam da atenção do psicólogo.
(C) Realizar palestras educativas para professores e familia-
res sobre como proceder na educação das crianças.
(D) Realizar construção de espaços de interlocução entre os
diferentes personagens do sistema escolar para sua trans-
formação.
(E) Realizar psicodiagnóstico, orientação aos pais e psico-
terapia/ludoterapia com as crianças que apresentarem
problemas de aprendizagem.
09. De acordo com Machado, Souza e Tanamachi, o conheci-
mento das políticas públicas educacionais é fundamental para
a atuação do psicólogo em instituições de ensino porque
(A) revela o quanto o rendimento do alunado da escola pú-
blica decaiu após a década de 1990, devido à adoção de
medidas democratizantes.
(B) demonstra a ineficiência do estado na gerência dos assun-
tos educacionais, apontando para a urgência do estabele-
cimento de parcerias com entidades não-governamentais.
(C) auxilia na detecção das dificuldades dos alunos,
principalmente daqueles que pertencem às camadas mais
pobres da sociedade.
(D) possibilita a compreensão dos determinantes macro-po-
líticos que estão presentes na vida diária escolar, que, se
for tomada apenas em si mesma, pode parecer caótica e
inexplicável.
(E) aponta para a relação inevitável entre ampliação de vagas
e decréscimo da qualidade dos conteúdos transmitidos.
10. O psicólogo, segundo Machado, deve orientar-se pelo prin-
cípio de que
(A) as relações institucionais, invariavelmente, apresentam
conflitos, estando, então, justificada a sua presença con-
tínua, sistemática e planejada em cada unidade escolar.
(B) é de sua responsabilidade a construção de propostas cir-
cunscritas, que visem ao estabelecimento de um clima
institucional de cooperação harmônica entre os profissio-
nais.
(C) as relações institucionais, invariavelmente, apresentam
conflitos, sendo necessário, então, priorizar seus aspec-
tos mais doentios.
(D) as queixas apresentadas pelos professores são os aspectos
mais angustiantes para estes profissionais, portanto, primei-
ramente, deve-se eliminá-las para que a atividade reflexi-
va possa voltar a circular entre os agentes institucionais.
(E) as queixas apresentadas pelos profissionais da escola são
reveladoras das relações institucionais, devendo ser uti-
lizadas como objeto de reflexão inicial de intervenções
delimitadas quanto ao tempo e aos objetivos.
11. Em uma perspectiva da psicologia que considera o fenôme-
no do fracasso escolar como uma construção sócio-histórica,
as situações reportadas por professores acerca de alunos com
dificuldades de escolarização revelam, principalmente, a
(A) necessidade de os professores reconhecerem as condições
subjetivas que levam o indivíduo a regredir em situações
angustiantes, entendendo esse processo como natural e
esperado ao longo do processo de desenvolvimento hu-
mano.
(B) má formação de educadores para lidar com o aluno de
baixo nível cultural e rendimento, demonstrando o quanto
ainda mantêm expectativas idealizadas.
(C) necessidade de se discutirem os efeitos, para o processo
ensino-aprendizagem, de concepções de desenvolvimen-
to e aprendizagem que não consideram a constituição
do homem a partir de suas relações com o contexto his-
tórico de que participa.
(D) importância de se desenvolverem metodologias que con-
siderem os contextos de vida das classes desfavorecidas,
pois estes não proporcionam às crianças a inserção na
cultura letrada.
(E) importância de se trabalhar com o professor suas próprias
expectativas em relação ao desempenho de seus alunos,
pois, por questões narcísicas, ele pode estar criando um
clima afetivo desfavorável à aprendizagem.
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4CFP/06-PsicoEscEducacional
12. Sobre o ensino da leitura, pode-se afirmar que
(A) não há receitas quanto às estratégias que possam ser su-
geridas como auxiliares no processo de compreensão. O
importante é a criação do hábito de ler.
(B) o ensino da compreensão apóia-se em um conjunto de
estratégias de busca e reconhecimento das palavras, de
identificação dos significados e do sentido da mensa-
gem expressa.
(C) o processo de decodificação do texto, quando ocorre de
forma qualitativamente positiva, gera processos de sua
compreensão de forma gradual e espontânea.
(D) a compreensão é um processo que envolve a forma como
o leitor se conecta com o texto. É um processo de pensa-
mento que deve ser estimulado por estratégias pedagó-
gicas.
(E) a escrita e a leitura são processos cognitivos indepen-
dentes e, portanto, devem ser abordados seqüencialmente.
13. Pesquisa realizada no final da década de 1990, no município
de São Paulo, citada por Machado e Souza, apresentava os
seguintes dados: 70% dos encaminhamentos para atendimento
psicológico em Unidades Básicas de Saúde, com indivíduos
na faixa etária de 5 a 14 anos, referia-se a queixas escolares,
sendo que 1/3 dos encaminhados tinham entre 6 e 7 anos de
idade. Considerando-se esse fato, pode-se afirmar que
(A) esta não é mais a realidade observada atualmente, pois a
instauração da política de ciclos no município de São
Paulo comprovadamente reduziu a presença de queixas
escolares.
(B) os profissionais da escola entendem que têm condições
de fazer previsões acerca da performance escolar de seus
alunos precocemente, confirmando a presença bastante
forte do fenômeno caracterizado por Jacobson e Rosen-
thal como profecia auto-realizadora.
(C) os dados apresentados confirmam a falência da educa-
ção infantil, que não tem atingido seus objetivos com
relação à compensação das falhas dos ambientes de ori-
gem das crianças de classe desfavorecida, reforçando sua
trajetória de fracasso.
(D) o encaminhamento psicológico de alunos que estão no
início do ensino fundamental destaca o caráter preventi-
vo da ação dos educadores, posto que o atraso cognitivo
da população entre 6 e 7 anos de idade já é passível de
observação em raciocínios de caráter lógico-matemático.
(E) os educadores manifestam desconhecimento da especi-
ficidade do trabalho do psicólogo em Unidades Básicas
de Saúde, que deve caracterizar-se pela oferta de atendi-
mento clínico, de caráter curativo, sendo que a demanda
escolar deve ser atendida por equipes especializadas em
distúrbios de aprendizagem.
14. A concepção de letramento, presente nos Parâmetros Curri-
culares Nacionais e nas Diretrizes Curriculares do Ensino
Médio, afirma que
(A) as pessoas que não dominam o código escrito não exer-
cem práticas sociais de letramento e precisamser inseri-
das culturalmente.
(B) o indivíduo letrado é aquele que domina o código escri-
to, usa funcionalmente a leitura e a escrita nas práticas
sociais cotidianas e tem boa inserção social.
(C) mesmo pessoas que não dominam o código escrito exer-
cem práticas sociais que envolvem a escrita e a leitura e
apresentam letramento, ainda que desfavorecidas em
relação aos indivíduos escolarizados.
(D) estar em contato com os diferentes eventos de letramento
é a condição fundamental para que ocorra sua inserção
social.
(E) a escola alfabetiza letrando, ou seja, ensina a ler e a es-
crever no contexto das práticas sociais, de modo que o
aluno tenha domínio do código escrito.
15. Nos recentes estudos desenvolvidos pela psicologia escolar,
tem-se enfatizado a necessidade de se conhecerem as dife-
rentes versões do fenômeno em questão, por isso, a constan-
te indicação para que educadores, familiares, profissionais
da saúde diretamente envolvidos e o aluno sejam ouvidos.
Em uma perspectiva crítica, essa recomendação faz sentido
porque garante
(A) a contribuição para que novas perspectivas e soluções
possam ser encontradas conjuntamente.
(B) a composição de um diagnóstico mais preciso da(s)
dificuldade(s) da criança, bem como a adesão dos fami-
liares, diminuindo os índices de abandono do tratamento.
(C) a circulação da palavra e do poder, o que faz com que o
psicólogo seja menos responsável pelo encaminhamen-
to do trabalho.
(D) a presença de cada um no processo de discussão, diminuin-
do a possibilidade de se criar um movimento de culpabi-
lização do outro, o que dificulta a verificação da realidade
dos fatos.
(E) a imparcialidade e neutralidade do psicólogo, que, ao
ouvir diferentes versões, tornar-se-á menos suscetível
para estabelecer aliança com quaisquer dos personagens
envolvidos.
16. A teoria de metas de realização é uma das versões contempo-
râneas da tradicional linha de estudos sobre motivação. Uma
das metas de realização está relacionada às situações de hu-
milhação que eventualmente ocorrem na sala de aula, e é
denominada meta
(A) aprender ou domínio ou tarefa.
(B) ego-aproximação ou meta performance.
(C) ego-evitação.
(D) evitação do trabalho.
(E) definição de mínimos.
www.revisandopsicologia.com 18 
5 CFP/06-PsicoEscEducacional
17. De acordo com os estudos sobre indisciplina, realizados por
Freller, as queixas escolares relativas a problemas de com-
portamento podem ser consideradas como:
(A) indicativas de que a escola necessita preparar-se mais
adequadamente para a formação dos valores morais de
seus alunos, aspectos que antes cabiam à família, mas
que, na contemporaneidade, necessitam ser desenvolvi-
dos pela instituição escolar.
(B) um aspecto revelador da relação professor-aluno, que
precisa ser objeto de intervenção mais apurada do psicó-
logo, considerando-se que a função de maternagem foi
deslocada para a escola, na sociedade contemporânea.
(C) comunicações realizadas pelos alunos com os educado-
res relacionadas com a necessidade de instituição de li-
mites claros para as ações dos alunos, pois estes não têm,
ainda, um superego suficientemente estruturado.
(D) comunicações realizadas pelos alunos com os educado-
res relacionadas às suas necessidades e formas de ex-
pressão que estão marcadas pela sua inserção na cultura
popular, mas que são vistas freqüentemente pela escola
como manifestações desadaptadas e inadequadas.
(E) sintomas das relações familiares contemporâneas, pois
essas não valorizam a adoção de formas de conduta ba-
seadas no respeito à tradição e aos costumes socialmen-
te instituídos, levando a uma ausência de paradigmas.
18. A concepção de motivação para aprender como uma compe-
tência adquirida e estimulada diretamente por modelação,
comunicação de expectativas, instrução direta ou socializa-
ção de pessoas significativas, propõe-se
(A) utilizar estratégias para ajudar o aluno a definir metas,
avaliar seu progresso, reconhecer a ligação entre esfor-
ço e resultado, em vez do uso de notas ou outros siste-
mas de comparações existentes para avaliar os alunos.
(B) evitar a utilização de elogios e recompensas, pois os alu-
nos, ao atingirem níveis de desempenho baseados em
padrões de melhoria, precisam ser estimulados pela com-
petição, sob certas condições.
(C) adaptar atividades acadêmicas aos interesses dos alunos,
mas sem incluir elementos lúdicos infantilizadores.
(D) utilizar as estratégias não só em relação ao desempenho,
mas também no processamento de informação, para
aprender conteúdos e habilidades.
(E) reforçar, positivamente, os comportamentos desejáveis
e, negativamente, os comportamentos indesejáveis, com
utilização de estímulos externos à situação de aprendi-
zagem como, por exemplo, o uso do sistema de fichas.
19. Recentes estudos sobre motivação contribuíram para o seu
refinamento conceitual e para a compreensão dos fatores que
a favorecem ou a prejudicam. Pode-se afirmar, a partir des-
ses estudos, que
(A) as crenças de auto-eficácia apresentam grande influên-
cia no sistema motivacional do aluno.
(B) as manifestações de satisfação ou insatisfação em rela-
ção ao ambiente de aprendizagem e à escola interferem
diretamente na motivação do aluno.
(C) a crença sobre inteligência, como entidade fixa, é fator
de motivação em sala de aula.
(D) os motivadores intrínsecos são, por exemplo, as formas
auto-reguladas de interação com os controles externos.
(E) o desenvolvimento das metas motivacionais não é
influenciado pelo “currículo oculto” na sala de aula e na
escola.
20. A Declaração de Salamanca, considerada como documento
norteador para a política de inclusão escolar, parte das se-
guintes constatações:
I. a educação especial tem fracassado pelos mesmos moti-
vos da educação regular, posto que não parte da conside-
ração das diferentes necessidades que cada aluno tem para
desenvolver seus potenciais;
II. os diferentes sistemas de ensino não têm considerado a
diversidade de seu alunado no que se refere ao pertenci-
mento cultural, étnico, socioeconômico, regional, bem
como às condições orgânicas e emocionais.
III. a população com necessidades educativas especiais deve
ser atendida invariavelmente em classes regulares, de-
vendo o professor utilizar-se de equipamentos comple-
mentares ou suplementares de apoio à educação especial
sempre que necessário.
São corretas as afirmações:
(A) II apenas.
(B) III apenas.
(C) I e II apenas.
(D) I e III apenas.
(E) I, II e III.
www.revisandopsicologia.com 19 
6CFP/06-PsicoEscEducacional
21. De acordo com a Declaração de Salamanca, documento do
qual o Brasil é signatário, necessidades educativas especiais
(A) podem ser vividas por qualquer pessoa, em algum momen-
to de sua trajetória escolar, ou seja, é comum enfrenta-
rem-se dificuldades de aprendizagem, temporárias ou
permanentes.
(B) referem-se a um conceito bastante específico e circuns-
crito, não devendo ser confundidas com dificuldades
passageiras no processo ensino-aprendizagem.
(C) é um termo que deve ser utilizado em substituição à ex-
pressão “portador de deficiência” que historicamente
carrega um tom pejorativo.
(D) referem-se àqueles que não apresentam rendimento es-
colar adequado, reafirmando a relação inequívoca entre
queda no desempenho e massificação do ensino público.
(E) põem em relevo a dimensão individual da problemática
do fracasso escolar, apontando para a urgência no estabe-
lecimento de parcerias entre saúde e educação na preven-
ção e no diagnóstico precoce das dificuldades escolares.
22. É papel do psicólogo comprometido com a educação inclusiva:
(A) zelar pelo diagnóstico diferencial dos problemas de
aprendizagem, a fim de encaminhar a criança ou jovem
para o tipo de classe ou escola mais adequada às suas
capacidades.
(B) orientar-se pelo princípio de que toda e qualquer pessoa
tem direito à educação em classes regulares, desde que
seja comprovada sua capacidade de beneficiar-se dos
conteúdos escolares e das relações interpessoais.
(C) emitir laudos relativos às habilidades cognitivas,relacio-
nais, perceptuais e psicomotoras do alunado com neces-
sidades educativas especiais, avaliando constantemente
sua possibilidade de acompanhamento dos conteúdos
escolares, sem o que não se justifica a permanência de
tal população na escola regular.
(D) orientar-se pelo princípio de que toda e qualquer pessoa
deve ter acesso garantido à modalidade escolar mais
adequada às suas características, daí a necessidade ur-
gente de se assegurar mecanismos de avaliação psicoló-
gica individual e constante para melhor atender às difi-
culdades dos alunos com deficiência.
(E) zelar pela garantia do direito de toda e qualquer pessoa à
educação, participando da construção das transforma-
ções que sejam necessárias para o atendimento do alu-
nado nos seguintes níveis: macro e micro-política, gestão,
estrutura, organização do trabalho, currículo, avaliação
e relações interpessoais.
23. Com relação à orientação profissional, Bock afirma que a
vocação do ser humano é não ter vocação. Com essa afirma-
ção, o autor quer destacar
(A) a perda da importância da categoria trabalho na aborda-
gem sócio-histórica, que não mais se vincula ao sentido
pessoal de realização do homem.
(B) a força da tradição e dos determinantes familiares no
processo de escolha profissional dos jovens.
(C) que, nas sociedades capitalistas, o trabalho tornou-se algo
sem significação pessoal.
(D) o aspecto sócio-histórico da constituição do ser huma-
no, pois este não pode ser considerado como biologica-
mente determinado para o exercício de uma função.
(E) que o jovem deve se relacionar com as escolhas profis-
sionais de maneira mais livre, sem o peso de uma deci-
são definitiva, posto que sempre é mutável.
24. No decorrer da orientação profissional, ao utilizar-se de um
instrumento padronizado, o profissional deve familiarizar-se
com
(A) suas bases epistemológicas, sua validação e sua forma
de aplicação, que devem articular-se à abordagem teóri-
co-metodológica utilizada pelo profissional, compondo
um processo de compreensão do contexto de vida em
que se insere o indivíduo ou a população atendidas.
(B) sua forma de aplicação, o que garante a oferta de um
atendimento de qualidade, desde que o instrumento te-
nha sido validado recentemente pelo Conselho Federal
de Psicologia.
(C) o nível de exigência do teste, porque sua execução pode
pressupor raciocínio abstrato, caracterizando o impedi-
mento de sua utilização em populações carentes.
(D) suas bases epistemológicas, sua validade e seu grau de
confiabilidade, o que garante a oferta de um atendimen-
to de qualidade, desde que o instrumento tenha sido va-
lidado recentemente pelo Conselho Federal de Psicologia.
(E) o nível de inteligência da população, sendo sempre re-
comendável a aplicação de um teste de inteligência, a
fim de que se possa compatibilizar o instrumento à ca-
pacidade de entendimento do indivíduo ou grupo em
questão.
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7 CFP/06-PsicoEscEducacional
25. De acordo com Lucchiari, pode-se compreender a função da
orientação profissional como
(A) a de facilitação do processo de escolha, que envolve a
articulação entre a identidade pessoal, a realidade do
mercado de trabalho e as expectativas familiares e de
seus pares.
(B) a de facilitação do processo de escolha, que deve conside-
rar as condições do mercado de trabalho e a capacidade
do indivíduo ou grupo atendido de suportar frustrações
diante da percepção de sua eficiência laboral limitada.
(C) a de apontar e propor desenlaces para o conflito entre os
desejos parentais infantilizadores e a dificuldade do jo-
vem de alcançar a autonomia adulta.
(D) a de apontar as impossibilidades relacionadas às escolhas
profissionais incompatíveis com a posição socioeconô-
mica do indivíduo ou grupo em questão, analisando de-
fesas psíquicas e auxiliando na tomada de contato com a
realidade.
(E) a de organizar critérios de escolha, por meio da proposi-
ção ao indivíduo ou grupo atendido, de um conjunto de
opções laborais adequadas ao seu perfil de personalida-
de e à sua realidade socioeconômica.
26. A investigação da forma como se dá o processo ensino-apren-
dizagem em cada instituição educacional deve implicar, ne-
cessariamente na
(A) compreensão da articulação entre conhecimento teórico
e sua apropriação pelos educadores, que deve, portanto,
realizar-se por meio da observação da vida diária esco-
lar, entrevistas e momentos de reflexão sobre o que é
vivido na instituição.
(B) aplicação de questionários a todos os educadores, não
só aos professores, porque assim se garante o contato
detalhado com o trabalho desenvolvido pelo profissio-
nal, evitando possíveis contaminações entre os agentes
institucionais.
(C) compreensão da articulação que cada docente faz entre
teoria e prática, a fim de garantir a divulgação de expe-
riências bem sucedidas.
(D) aplicação de provas operatórias junto a todos os educa-
dores, a fim de que eles possam mostrar como pensam
em situações similares às reais.
(E) aferição do conhecimento teórico dos educadores, a fim
de que se possa planejar formações em serviço mais ade-
quadas às necessidades reais de cada instituição.
27. É fundamental, para a construção de um projeto político-pe-
dagógico, que se conheçam os educadores, alunos, bem como
a região em que se insere a instituição educacional. O psicó-
logo escolar contribui para isso na medida em que promove
(A) discussões a respeito da relação entre escola e comuni-
dade, bem como participa das atividades propostas, a fim
de compreender como essa relação se constitui, levan-
tando elementos que possam ser problematizados junto
aos órgãos representativos da escola e da comunidade.
(B) atividades com alunos e familiares que têm a função de
traçar um perfil psicossocial, o que auxiliará na defini-
ção das prioridades curriculares.
(C) instrumentalização dos educadores com relação ao di-
agnóstico precoce das dificuldades de aprendizagem.
(D) reuniões entre familiares e educadores, auxiliando estes
últimos na conquista da anuência dos familiares ao pro-
jeto pedagógico da escola.
(E) situações informais em que os alunos possam expressar
suas habilidades e dificuldades, facilitando a composi-
ção de salas de aula de acordo com o período de desen-
volvimento de cada grupo.
28. Souza propõe a expressão “problemas de escolarização” com
o objetivo de
(A) delimitar, para os profissionais da educação, a diferença
entre deficit cognitivo e mau desempenho escolar.
(B) circunscrever o fenômeno ao âmbito da escola, já que as
dificuldades encontradas relacionam-se especificamen-
te às categorias formais do pensamento que são exigidas
do sujeito quando este passa a freqüentar a educação
formal.
(C) retirar a discussão do âmbito das dificuldades do aluno,
que sempre existirão, enfatizando as reestruturações
necessárias à escola para lidar com os desafios da inclu-
são de pessoas com necessidades educativas especiais.
(D) retirar a discussão do âmbito das competências e habili-
dades individuais, colocando a ênfase nas relações insti-
tucionais, que se relacionam com o contexto social, po-
lítico e econômico de que fazem parte.
(E) delimitar o campo de intervenção do psicólogo escolar,
que é a instituição educacional, diferenciando-o da esfe-
ra de atuação junto aos distúrbios de aprendizagem, que
cabe à psicologia clínica.
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8CFP/06-PsicoEscEducacional
29. Os projetos pedagógicos da escola são necessariamente pro-
jetos político-educativos e refletem valores de orientação
política. Dentro da perspectiva de democratização da escola
e da sociedade, os projetos político-pedagógicos devem ser
construídos com a participação de
(A) professor e aluno no dia-a-dia escolar.
(B) profissionais da escola e psicólogo, orientados pelo co-
nhecimento da democratização do ensino.
(C) profissionais da escola, psicólogo, juntamente com pais
de alunos.
(D) profissionais da escola, psicólogo, juntamente com pais
de alunos e seus representantes organizados em associa-
ções e conselhos.
(E)profissionais da escola, psicólogo, juntamente com pais
de alunos e seus representantes organizados em associa-
ções e conselhos e, também, os alunos e seus represen-
tantes de classe ou estes organizados em grêmios.
30. O planejamento pedagógico da escola em uma perspectiva
crítica é uma ação
(A) técnica.
(B) administrativa.
(C) política.
(D) técnico-administrativa.
(E) gerencial.
31. Uma escola definiu, por meio de seu regimento aprovado,
após ser submetido à votação, que os alunos que não fossem
assíduos à escola seriam punidos de acordo com o número de
faltas. A penalidade aplicada poderia variar desde a adver-
tência até a expulsão. Pode-se afirmar sobre esse regimento
que ele
(A) está alinhado com o projeto político-pedagógico demo-
crático, porque houve ampla participação de todos.
(B) está alinhado com o projeto político-pedagógico demo-
crático, porque, ao punir os alunos faltosos, favorece a
permanência do aluno na escola.
(C) está alinhado com o projeto político-pedagógico demo-
crático, porque abre vagas para os alunos realmente in-
teressados em sua escolarização.
(D) está alinhado com o projeto político-pedagógico demo-
crático, porque regulamenta o dia-a-dia da escola de for-
ma disciplinadora.
(E) não está alinhado com o projeto político-pedagógico
democrático, porque infringe o direito constitucional de
que toda a criança tem acesso à escola.
32. A metodologia de trabalho do psicólogo, em relação aos pro-
cessos educacionais, em uma perspectiva crítica, pauta-se na
(A) articulação de projetos coletivos, que viabilizem de di-
ferentes maneiras processos de efetiva participação so-
cial dentro e fora da escola, de forma contínua e siste-
mática.
(B) contribuição como técnico especialista que orientará o
professor com propostas pedagógicas inovadoras a fim
de superar o despreparo desse profissional.
(C) identificação dos problemas do aluno e de suas famílias
e eliminação dos obstáculos que impeçam a assimilação
de informações fornecidas pela educação escolar.
(D) elaboração de um diagnóstico que defina as dificulda-
des do aluno, da família e do professor para propor ações
a partir do que eles não têm ou não sabem.
(E) elaboração de uma proposta pedagógica com definição
de estratégias e procedimentos que operacionalizem os
seus objetivos.
33. Perrenoud diferencia a avaliação formativa da avaliação de
excelências e propõe mudanças no sistema de avaliação es-
colar. Segundo o autor, as mudanças propostas no sistema de
avaliação
(A) realizam questionamento mais amplo sobre as finalida-
des da escola e sua função na sociedade, pois expressam
as contradições da escola.
(B) apontam a avaliação exclusivamente como instrumento
de controle do trabalho escolar e das atitudes.
(C) permitem que se conheça a eficiência da pedagogia dos
professores, por meio de provas padronizadas.
(D) agradam aos pais por serem mais eqüitativas, racionais
e precisas.
(E) superam a noção de seleção – mal necessário – da escola.
34. O atual sistema de avaliação escolar, segundo Perrenoud, si-
tua-se entre duas lógicas:
(A) controle do processo pedagógico pelo professor e acor-
do entre professor e aluno.
(B) ritmo uniforme do trabalho pedagógico para cumprir
programas e trabalho significativo com conteúdos.
(C) saberes e competências a adquirir e modo de funciona-
mento dos alunos.
(D) aluno que deseja aprender e ser ajudado e aluno que rea-
liza escolhas econômicas para receber notas suficientes.
(E) criação de hierarquias de excelência com fins de seleção
e regulação individualizada das aprendizagens.
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9 CFP/06-PsicoEscEducacional
35. Em relação à avaliação formativa, como instrumento de ajuste
e recurso didático, que se integra ao processo ensino-apren-
dizagem, incrementando-o, pode-se afirmar que
I. determina o grau em que foram atingidas as intenções do
projeto instrumentalizado pelo currículo;
II. determina o grau de apropriação dos conteúdos do currí-
culo segundo características individuais;
III. determina o conteúdo prévio do aluno relevante para no-
vas aprendizagens;
IV. determina lacunas, imprecisões e contradições dos esque-
mas de conhecimento dos alunos.
Está correto o contido em
(A) I, apenas.
(B) I e IV, apenas.
(C) II e IV, apenas.
(D) II, III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.
36. Em relação à avaliação, em uma perspectiva crítica, pode-se
afirmar que
(A) é objetiva.
(B) precisa ser aprimorada para ser objetiva e imparcial.
(C) mede desigualdades de domínios de saberes em estado
atual e latente.
(D) tem legitimidade pelo desconhecimento relativo da ar-
bitrariedade de seu modo de criação.
(E) é adequada, mas precisa ser bem utilizada pelos profis-
sionais.
37. A Psicoeducação, movimento que tem suas origens no Cana-
dá, enfoca o atendimento na
(A) informação ao indivíduo ou grupo a respeito de sua con-
dição, a fim de que ele possa reconhecer suas condições,
responsabilizar-se por si mesmo, por suas atitudes e pe-
los efeitos dela derivados.
(B) perspectiva compreensiva do sujeito ou grupo em rela-
ção à representação de sua condição, criando possibili-
dades de elaboração do sofrimento psíquico.
(C) perspectiva multidisciplinar no que se refere aos proble-
mas escolares.
(D) conscientização da pessoa ou grupo trabalhado a respei-
to das condições escolares em que as dificuldades se
constroem.
(E) mudança das condições ambientais, de maneira a garan-
tir a exposição do sujeito ou grupo a menos fatores de
risco.
38. De acordo com Patto, o início da relação entre Psicologia e
Educação foi marcado pela tentativa de
(A) explicação das diferenças individuais apoiada, princi-
palmente, nas teorias racistas e hereditárias.
(B) adequação de crianças e jovens das classes populares ao
contexto da educação formal que se constituiu durante o
século XVIII.
(C) explicação das dificuldades escolares com base, princi-
palmente, no sociointeracionismo.
(D) explicações de cunho ambientalista para as diferenças
individuais.
(E) adequação do discurso taylorista, veiculado sob a fór-
mula: “o homem certo no lugar certo”, ao organograma
educacional.
39. Segundo as Adaptações Curriculares dos Parâmetros Curri-
culares Nacionais, a instituição escolar
(A) está autorizada a realizar transformações, supressões
ou adições curriculares para os alunos, desde que haja
diagnóstico realizado por uma equipe multidisciplinar,
atestando a impossibilidade de acompanhamento do cur-
rículo regular.
(B) deve solicitar parecer técnico de uma equipe de educação
especial, acompanhado de projeto pedagógico específico,
a fim de atender às necessidades básicas de aprendiza-
gem dos alunos em situação de inclusão.
(C) está autorizada a realizar transformações, supressões ou
adições curriculares para seus alunos, desde que fundamen-
tadas por avaliação pedagógica realizada pelo Conselho
de classe/ciclo, referendado pelo Conselho de Escola e
em consonância com o projeto político-pedagógico.
(D) deve exigir acompanhamento de equipe multidiscipli-
nar para os alunos que apresentarem deficit de aprendi-
zagem, o que garantirá o seu acompanhamento curricu-
lar, muitas vezes, dispensando adaptações.
(E) está autorizada a realizar transformações no âmbito da
organização escolar, da infra-estrutura e da metodolo-
gia, devendo manter inalterados o currículo e os critérios
de avaliação, sob pena de discriminação do aluno.
40. A demanda institucional, na concepção de Machado, deve
ser compreendida pelo psicólogo escolar como
(A) importante elemento de expressão das angústias do pro-
fessor, que se utiliza da queixa sobre o aluno para dar
voz a aspectos pouco saudáveis de sua relação com o
magistério.
(B) momento essencial do diagnóstico, pois as defesas insti-
tucionais ainda não se organizaram contra a figura do
psicólogo, sempre vivido como elemento gerador de
angústia.
(C) momento de intervenção, pois já possibilita que se entre
em contato com quem produz a queixa, convidando a pen-
sar sobre a forma como se dão as relações institucionais.
(D)elemento disparador de questionamentos a respeito da
maneira excludente com que a instituição educacional
lida com as crianças da rede pública, posto que apresen-
tam índices significativos de distúrbios ou pequenas de-
ficiências.
(E) momento essencial da intervenção, pois é nele que se
deve constituir o contrato de trabalho, de modo a garantir
a satisfação das necessidades elencadas pela instituição.
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10CFP/06-PsicoEscEducacional
41. A partir da década de 1990, a produção em Psicologia Es-
colar tem estabelecido profundas críticas ao modelo clini-
calista, individualizante, procurando enfatizar a necessi-
dade de se conhecer a vida diária escolar para que se
compreenda a produção do fracasso escolar. O psicólogo,
nessa perspectiva, deve conhecer o dia-a-dia escolar porque
(A) trata-se de uma forma mais completa de se ter acesso
à relação professor-aluno, possibilitando a observação
de seus aspectos disfuncionais.
(B) é a partir da observação das práticas produzidas e re-
produzidas em sala de aula que podemos identificar
as falhas no planejamento de atividades pedagógicas,
propondo sua reestruturação.
(C) é a partir da participação contínua e reflexiva que se
podem reconhecer os aspectos da relação educadores-
alunos-comunidade que devem ser corrigidos.
(D) a etnografia é o meio mais eficaz de não se cometer
pré-julgamentos, garantindo uma perspectiva mais im-
parcial da dinâmica das relações institucionais, posto
que se garante o direito à voz de cada um dos agentes
institucionais.
(E) a observação e a participação contínuas possibilitam
que aquilo que é aparentemente confuso seja objeto
de reflexão conjunta, o que promove a crítica e a potên-
cia transformadora dos próprios agentes institucionais.
42. É comum, tanto na literatura acadêmica quanto no discur-
so governamental, atribuir-se as dificuldades de transfor-
mação do espaço escolar à resistência às mudanças por parte
dos educadores. Autores como Antunes, Bock, Patto, Sou-
za, Machado, Rocha, Tanamachi, apesar de suas diferentes
perspectivas teóricas, apontam para o fato de que
(A) os educadores são convocados apenas a executar as
mudanças propostas pelo Estado, porém não participam
de formações contínuas que lhes garantam o entendi-
mento de suas bases teóricas e de suas conseqüências
benéficas à população.
(B) as mudanças na política educacional, via de regra, são
realizadas sem considerar a experiência, o saber acu-
mulado e as dificuldades reais vivenciadas no dia-a-
dia escolar pelos educadores, o que lhes dá um caráter
de imposição, reforçando a relação de dominação en-
tre formuladores da política e educadores.
(C) a resistência é um mecanismo de defesa necessário à
manutenção da estruturação egóica em situações de
risco, sendo que as propostas de reestruturação educa-
cional podem, sim, configurar-se como ameaça con-
creta à estabilidade da instituição. Assim, não se deve
entender resistência, nesse caso, como um aspecto ne-
gativo a ser eliminado pelo psicólogo.
(D) o contexto institucional não favorece a expressão dos
conflitos teórico-metodológicos presentes nas diferentes
abordagens pedagógicas ou nas reformas educacionais
propostas pelo governo. Esses conflitos, por não pode-
rem ser discutidos coletivamente, acabam por ser solu-
cionados de maneira pessoal, geralmente, com intensa
utilização de defesas psíquicas tais como a negação.
(E) tal atitude expressa uma tendência conservadora por
parte dos educadores, principalmente, dos professo-
res, que se sentem ameaçados de perder seu micro-
poder em relação ao aluno, elo mais frágil da trama
institucional.
43. A família tem sua participação, na escola, bastante restrita.
Ela poderia atuar mais ampla e efetivamente, de forma críti-
ca, se ocupasse outros espaços como:
(A) ajuda nas lições de casa e reforço com atividades mais
incisivas diante da indisciplina de seus filhos na escola.
(B) colaboração com manutenção do prédio e festas escolares.
(C) co-gestão pela participação em conselhos de escola e na
elaboração do projeto políticopedagógico da escola.
(D) anuência às orientações dadas pelos especialistas da es-
cola para a educação adequada dos seus filhos.
(E) participação nas reuniões de pais promovidas pela escola
para acompanhar os progressos de seu filho nos estudos.
44. Tradicionalmente, o vínculo mais constante entre escola e
família é permeado pela avaliação: à família tem cabido assi-
nar boletins e participar de entrevistas a respeito de dificul-
dades escolares, onde é intimada a “dar um jeito” nos seus
filhos. Isso ocorre porque
(A) a seleção que ocorre na escola é acordada entre pais e
filhos, sob orientação dos profissionais da escola.
(B) sua relação está baseada no respeito mútuo, confiança e
aceitação das peculiaridades de cada um.
(C) o questionamento pela escola de “como deve ser” uma
família leva à aceitação da diversidade dos novos arran-
jos familiares.
(D) a união entre a escola e a família em torno de objetivos
comuns marca essa relação.
(E) a relação entre escola e família é assimétrica e marcada
pelo poder institucional normatizador da escola.
45. A prática de palestras educativas para pais tem sido revista
de perspectiva crítica por
(A) constituir-se em prática preventivista, disciplinadora e
de controle social.
(B) focar-se em aspectos patológicos e constituir-se enquanto
prática curativa.
(C) utilizar-se fundamentalmente de recursos verbais.
(D) ser insuficiente devido à abordagem dada pelos educa-
dores.
(E) ser difícil o comparecimento dos pais nessas ocasiões,
ou seja, não manifestam interesse.
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11 CFP/06-PsicoEscEducacional
46. A relação entre especialistas e famílias, principalmente as de
origem popular, é marcada por preconceito. Uma ação do
psicólogo que interfira nessa situação de preconceito é
(A) criar maior interação entre as partes por meio de reorga-
nização das reuniões de pais para uma percepção mais
verdadeira da família.
(B) realizar visitas domiciliares para conhecer a realidade
de cada família.
(C) aproximar-se das famílias nos dos vários momentos do
cotidiano escolar a partir de reflexão sobre a realidade
social daquela comunidade.
(D) manter certo distanciamento que possibilite imparciali-
dade de julgamento sobre os familiares.
(E) implantar cursos de alfabetização e profissionalizantes
na comunidade para, por meio de sua escolarização, apro-
ximá-los culturalmente dos profissionais da escola.
47. O erro possui uma função no processo educativo na perspec-
tiva sócio-histórica. Para Vygotski, os alunos erram porque
(A) não estão prontos para assimilar aquele conhecimento
devido a um bloqueio mental.
(B) apresentam imaturidade neurológica, emocional ou in-
telectual e é preciso respeitar o ritmo de seu amadureci-
mento.
(C) apresentam deficits devido ao ambiente em que vivem e
interagem.
(D) expressam seus pontos de vista, que são ponto de parti-
da para o processo educativo.
(E) apresentam deficiências nos aspectos endógenos do pro-
cesso da cognição.
48. Em relação ao êxito e ao fracasso escolar, segundo Perre-
noud, pode-se afirmar que são
(A) conceitos científicos e não representações.
(B) presentes no cotidiano escolar durante o período de provas
e entrega dos boletins quando se objetiva a avaliação.
(C) o ponto de partida da vida profissional e não delineiam
destinos.
(D) afirmados pela escola a quem é dada a legitimidade de
impor sua definição de êxito e fracasso.
(E) o resultado da apreciação real das aquisições do aluno
ao longo do ciclo escolar.
49. As concepções de fracasso escolar de Perrenoud e Patto dife-
rem entre si. Para Patto, fracasso escolar refere-se
(A) à ação pedagógica que não alcançou sua meta em uma
escola cuja organização impede que se tente tomar me-
didas específicas efetivas.
(B) à repetência e à evasão em altos índices ou, mais recen-
temente, à permanência na escola dos excluídos, cujo
âmbito abrange o sistema educacional brasileiro marca-
do pela seleção social que operacionaliza.(C) ao fracasso na realização de uma utopia de escola, em
que cada um aprenderia livre e inteligentemente coisas
úteis para a vida.
(D) à não realização do ideário liberal de que a universalização
e a diversificação do ensino promoveriam a igualdade
de oportunidades, garantindo um regime democrático.
(E) à inadequação do ensino e do alunado à consecução dos
objetivos da educação nacional, compromissada com os
pressupostos e as finalidades da emancipação.
50. A intervenção psicológica, em instituições educacionais, pos-
sibilita a percepção da prática profissional como exercício
constante de formação em serviço, visto que
(A) a educação formal, no Brasil, é um fenômeno recente,
principalmente em relação às classes populares, neces-
sitando de pesquisas mais aprofundadas.
(B) os cursos superiores de psicólogo, tradicionalmente, não
mantêm disciplinas que se ocupem da formação básica
para a atuação junto aos problemas institucionais.
(C) há a necessidade permanente de interpelação da teoria a
partir da experiência, bem como da experiência a partir
da teoria, configurando o conhecimento como processo
permanente de construção e reconstrução.
(D) a psicologia escolar é uma sub-área nova da ciência psico-
lógica, necessitando de mais pesquisas relacionadas a ela.
(E) há a necessidade permanente de revisão dos conceitos
criados pela psicologia escolar, já que as relações insti-
tucionais na escola dão-se a partir do senso comum, mi-
nando o trabalho científico.
51. Uma das contribuições possíveis da psicologia para o campo
da educação é o debate a respeito das condições para o de-
senvolvimento e o aprendizado do ser humano, afinal, o seu
conhecimento permite aos educadores que
(A) compreendam mais profundamente as relações presentes
entre os processos sociais e as formas historicamente pos-
síveis de perceber, pensar, sentir a si mesmo e ao mundo
de que participa, que são possíveis a cada indivíduo.
(B) compreendam melhor os processos de desenvolvimen-
to, o que lhes permite maior eficiência no processo de
diagnóstico de distúrbios de aprendizagem.
(C) Correlacionem, de maneira mais adequada, as etapas do
desenvolvimento aos programas de aprendizagem mais
condizentes com as limitações de cada faixa etária.
(D) programem conteúdos e formulem metodologias mais
condizentes com aquilo que é esperado em cada etapa
do desenvolvimento, garantindo um ambiente emocio-
nal livre de frustrações para o educando.
(E) preparem-se mais adequadamente para as dificuldades
esperadas em cada estágio do desenvolvimento humano
e em cada população específica, por meio de adaptações
curriculares compatíveis com o seu rendimento padrão.
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52. Acerca da presença constante do psicólogo e das teorias psi-
cológicas, na formação de pedagogos, pode-se afirmar que
se trata de uma
(A) conquista relevante para o campo da psicologia, histori-
camente desconsiderado nos currículos de cursos volta-
dos para a educação.
(B) questão meramente ideológica que visa a garantir a do-
minação da educação pelo discurso médico-científico.
(C) forma de preparar o educador mais consistentemente para
a nova conjuntura educacional, que é marcada pela obri-
gatoriedade da matrícula e da permanência de alunos,
com diversas condições cognitivas, no ensino regular.
(D) discussão bastante controvertida, posto que, histori-
camente, a psicologia teve a função de justificar os
mecanismos excludentes operados pela educação, de-
sincumbindo-a de questionar seu caráter de dominação.
(E) necessidade do mercado educacional, posto que, cada
vez mais tem se privilegiado a abordagem multidisciplinar.
53. Leia as afirmações.
I. A aprendizagem não depende da socialização, pois esta é
elemento perturbador do andamento das aulas.
II. A aprendizagem depende da socialização enquanto con-
trole das relações entre as crianças, para que não pertur-
be o andamento das aulas.
III. A aprendizagem depende da socialização porque o co-
nhecimento é construído e transmitido na relação com os
outros, sendo indicados trabalhos em grupo.
IV. A aprendizagem requer motivação, sendo preciso criar
situações que provoquem a motivação de fora para dentro.
V. A aprendizagem requer motivação, pois é preciso esta-
belecer um vínculo que possibilite ao aluno voltar-se para
o conhecimento por meio do sentido que tem na sua vida.
As relações entre aprendizagem, socialização e motivação
são inquestionáveis, mas configuram-se diferentemente segun-
do a perspectiva teórica. Considerando a perspectiva sócio-
histórica, pode-se afirmar que está correto o contido, apenas,
em
(A) I e IV.
(B) II e IV.
(C) II e V.
(D) III e IV.
(E) III e V.
54. Estratégias que favoreçam a aprendizagem em uma perspec-
tiva vygotskiana propõem que a educação escolar deve
(A) considerar a esfera motivacional (desejos, necessidades,
interesses, afetos etc.) relacionado à situação de apren-
dizagem, à sala de aula.
(B) pautar-se em uma concepção de desenvolvimento hu-
mano gradativo, de evolução progressiva e acumulação
gradual.
(C) explorar e aprofundar aspectos do conhecimento para os
quais a criança já está madura conceitualmente, ou seja,
trabalhar os conceitos que já estão prontos no desenvol-
vimento da criança.
(D) produzir desenvolvimento e focar-se na zona de desen-
volvimento proximal, em que a atuação do professor
alavanca novas aquisições, adiantando-se ao seu de-
senvolvimento.
(E) utilizar processos de funcionamento mental do homem,
biologicamente determinados, com base nos estudos das
neurociências.
55. A educação moral, em uma perspectiva construtivista tem
por objetivo:
(A) transmitir valores reconhecidos como bons para as no-
vas gerações.
(B) construir uma convivência social mais justa com respei-
to à autonomia.
(C) relativizar os valores morais tidos como absolutos.
(D) possibilitar o desenvolvimento da moral autônoma para
a moral heterônoma.
(E) formar consciência moral que não se influencie pelo
ambiente e que esteja pautada na liberdade.
56. Machado propõe que se pense a avaliação psicológica como
referida à produção da queixa e não mais aos alunos sobre
quem se queixa. Com isso, a autora pretende enfatizar a
(A) necessidade de intervenção sobre as relações institucio-
nais, a partir das práticas diárias da vida escolar, que
tendem a patologizar as formas de expressão do alunado.
(B) necessidade de uma intervenção psicológica que vise à
reestruturação das relações de poder, contribuindo para
a gestão da qualidade total.
(C) prática psicoprofilática do psicólogo, comprometida com
a garantia de oportunidades iguais a todos os alunos,
considerando suas condições peculiares.
(D) premência de trabalhos que partam da instituição que,
por decorrência natural, incidirão sobre as manifestações
patológicas individuais.
(E) necessidade de um planejamento da intervenção psico-
lógica, que deve considerar a relação custo-benefício, já
que intervenções pontuais não costumam trazer benefí-
cios para a instituição em geral.
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57. Durante as décadas de 1970 e 1980, no Brasil, predomina-
ram as explicações a respeito dos chamados problemas de
aprendizagem a partir da teoria da carência cultural. Essa teo-
ria compreendia que o mau desempenho apresentado por alu-
nos pertencentes às classes populares relacionava-se
(A) à cultura alimentar precária da população trabalhadora,
que levava à desnutrição.
(B) ao desinteresse dos jovens pela ascensão social propor-
cionada pela escolarização.
(C) à impossibilidade de acesso às escolas preparatórias.
(D) à tradição escravocrata do Brasil, que marcadamente
excluiu a população negra e pobre do acesso à educação.
(E) ao seu pertencimento cultural, entendido como pobre de
estímulos e desvinculado da cultura letrada.
58. A partir da análise crítica da história da educação no Brasil, a
afirmação de que, nas duas últimas décadas, a escola pública
vem perdendo a qualidade que tinha, pode ser criticada por-que
(A) os índices de acesso e permanência na educação funda-
mental demonstram que a escola tem alcançado sua função
democratizante.
(B) as políticas educacionais das duas últimas décadas fun-
damentam-se no ideal democratizante, o que é evidente
nos programas compensatórios atualmente desenvolvidos.
(C) não leva em consideração o fato de que uma clientela
com características peculiares, que carrega um histórico
de deficit sociocultural, passou a freqüentar a escola nesse
período.
(D) em momento algum, pode-se afirmar que o sistema edu-
cacional brasileiro cumpriu seu papel de proporcionar
educação de qualidade a todos, não podendo se caracte-
rizar o momento atual como pior, em relação a um pas-
sado supostamente melhor.
(E) trata-se de uma generalização indevida, uma afirmação
relativa ao todo do sistema de ensino e, em uma pers-
pectiva crítica, não é possível estabelecer análises desse
tipo, sob o risco de se utilizar um pensamento lógico-
abstrato.
59. Em relação às explicações para o fracasso escolar, a psicolo-
gia escolar desenvolvida nas últimas duas décadas reconhe-
ce como mitos freqüentes no pensamento educacional
(A) má alimentação; configuração familiar não-tradicional
e política econômica.
(B) pobreza; divisão social do trabalho e não acesso à cultu-
ra letrada.
(C) má alimentação; reprodução da luta de classes no interior
da escola; carência cultural.
(D) política econômica; reprodução da luta de classes no in-
terior da escola e não acesso à cultura letrada.
(E) má alimentação; configuração familiar não tradicional e
carência cultural.
60. Grande parte da bibliografia recente em Psicologia Escolar
tem enfocado a necessidade de se conhecer o cotidiano esco-
lar. Isso se deve ao fato de que
(A) a observação atenta do cotidiano pode equivaler-se à
exposição dos aspectos inconscientes, posto que é im-
possível deter-se o controle sobre todas as dimensões da
instituição, revelando, assim, dimensões que comumente
estão protegidas pelos mecanismos de defesas grupais.
(B) o cotidiano possibilita o acompanhamento das situações
reais, e não só aquilo que é relatado pelos educadores,
que tendem a representar a instituição de maneira defor-
mada.
(C) é no cotidiano que o psicólogo pode realizar intervenções
mais eficazes, apresentando modelos mais saudáveis de
relação, que se alinhem com a promoção do bem-estar
institucional.
(D) é por meio da vivência do cotidiano que se pode conhecer
os mecanismos de produção e reprodução dos proble-
mas escolares, operados pelos diferentes agentes insti-
tucionais em práticas corriqueiras, não intencionais e
aparentemente sem importância.
(E) o cotidiano é, privilegiadamente, o campo das repeti-
ções em que se pode capturar os aspectos patológicos do
funcionamento institucional.
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QUESTÃO 1
Você trabalha como psicólogo escolar, prestando assessoria semanal a escolas da rede pública de um município que adotou como
princípio a inclusão escolar, assim como a organização por ciclos de desenvolvimento, não havendo mais o regime seriado. Em uma
dessas escolas, no início do ano letivo, a equipe de professores, em uma reunião geral, apresenta-lhe a situação que segue e solicita que
você confirme a necessidade de se matricular a criança em questão na sala especial.
Um novo aluno acaba de se matricular. Em seu histórico escolar consta que ele tem 9 anos de idade, freqüentava, no ano anterior, o 3.º ano
do Ciclo I – Ensino Fundamental, tendo sido recomendada avaliação psicológica, por ele estar apresentando “dificuldades na escrita”.
O laudo relativo à avaliação psicológica realizada contém o que se segue:
“O menor L.F. veio a este Centro de Saúde e realizou o Raven-escala especial. Sua performance e desempenho estão dentro da média
das crianças de sua idade. Não é um menino brilhante, mas pode aprender. Estou encaminhando para segmento em fono, pois apresen-
ta dificuldades na diferenciação de sons como p-pr; b-br, d-dr etc., assim como apresenta dificuldades na escrita, como inversão de
letras (d-q; p-b; f-j), escrita de várias palavras, sem espaçamento, e uso inadequado do caderno. Penso que ele se beneficiará de uma
experiência em classe especial durante este ano. Ele precisa de atenção mais individualizada e de demonstração de mais cuidado.
A partir dessas informações:
a) Apresente quais são, atualmente, os princípios da inclusão escolar, justificando também a afirmação de que o laudo psicológico
apresentado não se orienta por tais princípios.
b) Qual seria a direção geral tomada por você nessa assessoria, com relação à questão apresentada pela equipe de professores?
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RESPOSTA – QUESTÃO 1
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QUESTÃO 2
Você trabalha em uma Unidade Básica de Saúde, atendendo à demanda infantil e juvenil de uma região periférica de sua cidade. Os
equipamentos de atenção social que compõem essa região são: 1 creche, 1 escola de educação infantil, 3 escolas de educação fundamental,
1 escola de ensino médio, que também oferece educação de jovens e adultos, uma praça, a Unidade Básica de Saúde e o Conselho Tutelar.
No último ano, você tem percebido um aumento de jovens entre 15 e 18 anos de idade encaminhados para a Unidade Básica de Saúde,
pela escola de ensino médio. Cada jovem tem lhe trazido preenchido o mesmo formulário-padrão:
“O menor _______________, de ____ anos tem apresentado comportamento inadequado em sala de aula, desrespeitando seus profes-
sores e prejudicando o desenvolvimento de seus colegas em sala de aula. Medidas disciplinares já foram tomadas, não tendo apresen-
tado efeito.
Encaminhamos para grupo de adolescentes a fim de que possa ser trabalhada a necessidade de limites e valores para o convívio
social”.
a) Que hipóteses pode-se elencar a respeito da visão que a escola tem sobre indisciplina e qual é o papel do psicólogo junto a esse
fenômeno?
b) Apresente um pequeno projeto de intervenção na escola junto à situação descrita.
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RESPOSTA – QUESTÃO 2
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QUESTÃO 3
Uma escola pública de educação fundamental solicita a sua assessoria, alegando a necessidade de uma intervenção junto à equipe de
professores, que têm encontrado inúmeras dificuldades para lidar com os alunos. Em uma primeira reunião com a equipe gestora e
representantes dos professores, dois pedidos configuram-se: os professores das classes iniciais (que costumam atender crianças de
6 a 8 anos de idade) solicitam uma formação em serviço sobre “estratégias de letramento para crianças com pouca estimulação em
casa”; já os professores das classes finais da Educação Fundamental I (que costumam atender crianças de 9 a 11 anos de idade)
solicitam palestras sobre como lidar com a indisciplina e a educação para a formação de valores.
Considerando este quadro inicial:
a) Como compreender esses pedidos e quais ações você realizaria a partir deles?
b) Como você justificaria teoricamente as ações propostas?
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RESPOSTA – QUESTÃO 3
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QUESTÃO 4
Você é contratado como psicólogo escolar por uma escola privada que atende a alunos do Ensino Fundamental II e Médio. Na primeira
reunião com a coordenação você é solicitado a planejar uma série de palestras e dinâmicas para os alunos entre 15 e 18 anos de idade
sobre sexualidade. Após você perguntar a respeito do motivo da escolha do tema, a coordenação lhe explica que os casos de gravidez têm
aumentado ano a ano, sendo necessário um trabalho que faça os alunos refletirem sobre o momento certo parainiciar a vida sexua
bem como os auxilie a suportar angústias, aprendendo a estabelecer prioridades nessa complexa etapa da vida, em que se deve decidir
a respeito do futuro profissional.
a) Como você entende a demanda da coordenação da escola? Como negociar o trabalho com a coordenação para definirem conjunta-
mente as diretrizes de ação que podem ser pensadas para o seu trabalho?
b) Como abordar esse tema de modo a possibilitar à escola refletir sobre as questões relativas à sexualidade?
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RESPOSTA – QUESTÃO 4
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INSTRUÇÕES 
 
 
1. Deixe sobre a carteira apenas seu documento de identidade. 
2. A utilização de qualquer aparelho eletrônico de comunicação acarretará a anulação da sua prova. 
Se você estiver com calculadora ou agenda eletrônica, bip, pager, telefone celular, walkman, 
relógio com calculadora ou qualquer outro equipamento deste tipo, desligue-o. 
3. Não é permitido consultar livros, dicionários, apontamentos, apostilas ou quaisquer outros 
materiais de estudo. 
4. Confirme seu nome no Caderno de Prova e na Folha de Resposta Óptica. Em caso de divergência, 
chame o chefe de sala. 
5. Este caderno de prova é composto por 40 (quarenta) questões objetivas e 4 (quatro) discursivas. 
6. As questões objetivas são do tipo múltipla escolha com uma única resposta correta. 
7. As folhas de rascunho da prova discursiva encontram-se nas páginas de 8 a 11. 
8. A duração total da prova (objetiva e discursiva) é de 4 horas e meia, incluindo o tempo destinado 
ao preenchimento da Folha de Resposta Óptica e da Folha Definitiva da Discursiva. 
9. O candidato somente poderá retirar-se definitivamente do recinto de realização da prova, após 2 
(duas) horas do início da prova (sem levar o caderno de provas).
 
10. O candidato somente poderá levar consigo o caderno de prova, após 4 (quatro) horas do início da 
prova. 
11. Será terminantemente vedado ao candidato copiar seus assinalamentos feitos no cartão de 
respostas da prova objetiva. 
12. Tenha o máximo cuidado no preenchimento e no manuseio da Folha de Respostas Óptica. A 
transcrição das marcações é de inteira responsabilidade do candidato e deverão ser tomados os 
seguintes cuidados: 
 utilize caneta ESFEROGRÁFICA azul ou preta para preencher os alvéolos. Marcações com 
caneta hidrográfica, tinteiro e outras poderão acarretar prejuízo para o candidato; 
 marque apenas uma resposta por questão; e 
 faça marcas fortes dentro do alvéolo, conforme modelo abaixo, tomando o devido cuidado 
para não ultrapassar o alvéolo. 
Exemplo: 
 
Marque as respostas
 
assim: 
 
 
Não marque assim: 
BOA PROVA! 
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA – CFP 
IV CONCURSO DE TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PSICOLOGIA 
PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL 
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IV Concurso de Título de Especialista em Psicologia – CFP Página - 2 - de 11 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
 
1. Sobre os objetivos de trabalho da psicologia 
escolar, podem-se considerar corretas as seguintes 
afirmações abaixo, exceto: 
 
A. ajudar a aumentar a qualidade do processo 
educacional por meio da aplicação dos conhecimentos 
psicológicos. 
B. auxiliar os professores para que percebam suas 
responsabilidades ao lidar com as crianças que 
apresentam problemas. 
C. ajudar o professor a planejar programas 
educacionais para os alunos. 
D. assumir as responsabilidades do professor pelos 
problemas apresentados em sala de aula. 
E. implementar metodologias e resultados de 
pesquisas efetivas que foram obtidos no ambiente 
acadêmico. 
 
2. A utilização do uso de testes pelo psicólogo 
escolar tem por objetivo: 
 
I) Auxiliar no desenvolvimento de um plano global e 
eficiente para o aluno em questão. 
II) Facilitar a compreensão individual dos alunos. 
III) Respaldar a fundamentação na tomada de decisão 
sobre certos aspectos do problema de um aluno. 
IV) Decidir sobre a distribuição dos alunos nas salas 
de aulas pelo quociente de inteligência. 
 
Assinale a alternativa que contém todas as afirmações 
corretas: 
 
A. I, II, III e IV. 
B. I, III e IV. 
C. I e II. 
D. II e III. 
E. I, II e III. 
 
3. César Coll, em texto que discute os conteúdos da 
Psicologia da Educação, considera que: 
 
I) De maneira similar, os termos psicopedagogia e 
pedagogia escolar podem ser utilizados para designar 
os aspectos mais práticos e profissionalizantes da 
psicologia da educação e da psicologia da instrução, 
respectivamente. 
II) A psicologia da educação não inclui o estudo dos 
processos de mudanças comportamentais provocados 
ou induzidos por práticas educativas não escolares. 
III) A psicologia da educação estuda os processos 
educativos em uma tríplice dimensão: teórica ou 
explicativa; projetiva ou tecnológica; e prática ou 
aplicada. 
 
A. Somente a I está incorreta. 
B. Somente a II está incorreta. 
C. Somente a III está incorreta. 
D. I e II estão incorretas. 
E. I e III estão incorretas. 
 
4. A aplicação dos princípios básicos da análise 
experimental do comportamento pode ser bastante 
eficiente no manejo de alunos com problemas de 
comportamento. É incorreto afirmar que: 
 
A. quando se inicia um processo de extinção, pode 
ocorrer num primeiro momento uma elevação da 
freqüência da resposta anteriormente reforçada. 
B. o reforço negativo consiste em um processo no 
qual ocorre a apresentação de uma conseqüência 
aversiva. 
C. no condicionamento operante, uma resposta pode 
ficar fortalecida devido à presença de um reforço 
positivo. 
D. a noção de reforçador expressa uma relação 
funcional entre a atividade do indivíduo e seu meio. 
E. os processos de punição podem desencadear 
fenômenos relacionados com o condicionamento 
clássico pavloviano, ou seja, respostas fisiológicas. 
 
5. Um professor é orientado a utilizar materiais 
especiais ou de apoio quando se iniciam os processos 
de leitura com seu aluno. Esses materiais podem ser 
fichas de cartolinas com palavra escrita, desenhos 
associados, ou seja, um conjunto de elementos 
discriminativos especiais que facilitam a iniciação da 
criança na leitura. Na seqüência, o professor vai 
eliminando gradualmente esses estímulos 
discriminativos e permitindo que a criança fique sob 
controle apenas dos recursos apropriados de cada 
atividade de leitura, ou seja, o texto escrito. 
No exemplo acima, qual técnica de modificação de 
comportamento o professor foi orientado a utilizar? 
 
A. Modelação. 
B. Técnicas das aproximações sucessivas. 
C. Procedimentos de atenuação. 
D. Princípio de Premack. 
E. Auto-regulação. 
 
6. Sobre a avaliação, Perrenoud (1999, p. 66) 
considera que os procedimentos utilizados para sua 
execução, na maioria das escolas do mundo, ainda 
levantam obstáculos à inovação pedagógica. Entre as 
afirmações descritas abaixo, assinale a alternativa que 
não condiz com seu pensamento. 
 
A. A avaliação freqüentemente absorve a melhor 
parte da energia dos alunos e dos professores e não 
sobra muito tempo para inovar. 
B. O sistema clássico de avaliação dificulta uma 
relação utilitarista com o saber. Os alunos trabalham 
pela nota: todas as tentativas de implantação de 
novas pedagogias se chocam com esse minimalismo. 
C. A necessidade de regularmente dar notas ou fazer 
apreciações qualitativas baseadasem uma avaliação 
padronizada favorece uma transposição didática 
conservadora. 
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IV Concurso de Título de Especialista em Psicologia – CFP Página - 3 - de 11 
 
D. O trabalho escolar tende a privilegiar atividades 
fechadas, estruturadas, desgastadas, que podem ser 
retomadas no quadro de avaliação clássica. 
E. O sistema tradicional de avaliação participa de 
uma espécie de chantagem, uma relação de força que 
coloca professores e alunos em campos opostos, 
impedindo sua cooperação. 
 
 
7. As metas seguidas pelos alunos e que determinam 
sua forma de encarar as atividades escolares, de 
acordo com as propostas de diferentes autores, 
podem ser agrupadas em diferentes categorias 
(TAPIA & GARCIA-CELAY,1996). A experiência de 
aprovação dos pais, professores ou outros adultos 
importantes para o aluno e a evitação da experiência 
oposta de rejeição é uma meta que faz parte de qual 
categoria? 
 
A. Metas relacionadas com a valorização social. 
B. Metas relacionadas com as recompensas externas. 
C. Metas relacionadas com o “eu”. 
D. Metas relacionadas à cultura. 
E. Metas relacionadas com a tarefa. 
 
 
8. Sobre a motivação, assinale a alternativa incorreta 
no que se refere ao tipo de orientação que a 
psicologia escolar não deve considerar. 
 
A. É fundamental que o professor considere a 
multiplicidade de fatores que influenciem na motivação 
do aluno a cada instante. 
B. Costuma-se distinguir entre motivação intrínseca e 
extrínseca. 
C. É importante orientar o aluno na efetivação 
construtiva de seus impulsos por autoconservação e 
auto-expansão. 
D. É preciso estar atento aos conflitos motivacionais 
do aluno, ajudando-o a estabelecer uma hierarquia de 
valores e a descobrir maneiras adequadas para atingi-
los. 
E. Em diferentes fases e situações da vida, a pessoa 
recebe igualmente o impacto da realidade em que 
está inserida. 
 
 
9. Considere as seguintes afirmações descritas 
abaixo: 
 
I) Identificar comportamentos já disponíveis nos 
repertórios dos alunos pode servir como ponto de 
partida para o ensino de novos comportamentos. 
II) Descrever nitidamente o comportamento que se 
quer ensinar possibilita ao professor planejar 
procedimentos de ensino eficazes. 
III) Durante o planejamento de ensino é importante 
que o professor considere as diferenças individuais 
que seus alunos apresentam. 
IV) Reforçadores arbitrários podem ser utilizados 
durante as situações de ensino. 
De acordo com Zanotto (2000), qual alternativa 
contém todas as afirmações corretas e que devem ser 
consideradas durante o planejamento sistemático de 
ensino? 
 
A. I, II, III, IV. 
B. I, II, III. 
C. I e III. 
D. I, III, IV. 
E. II, III, IV. 
 
 
10. De acordo com Boruchovitch e Bzuneck (2004, p. 
46), “a motivação extrínseca tem sido definida como a 
motivação para trabalhar em resposta a algo externo à 
tarefa ou atividade”. 
Considerando o conceito de motivação extrínseca, 
assinale a alternativa em que a afirmação não 
corresponde a um exemplo desse tipo de motivação. 
 
A. Obtenção de recompensas materiais. 
B. Obtenção de recompensas sociais. 
C. Reconhecimento por parte dos pais. 
D. Autodeterminação. 
E. Demonstração de habilidades. 
 
 
11. Segundo os autores Boruchovitch & Bzuneck 
(2004, p. 159). 
 
“As teorias ____________________ da motivação 
consideram as crenças individuais como mediadores 
do comportamento. Assim, as atribuições de 
causalidade, como crenças pessoais sobre as causas 
responsáveis pelas experiências de sucesso e 
fracasso, desempenham um papel fundamental na 
motivação do aluno”. 
 
A. Comportamentais. 
B. Psicanalíticas. 
C. Gestálticas. 
D. Fenomenológicas. 
E. Cognitivas. 
 
 
12. Distância entre o nível de desenvolvimento real, 
que se costuma determinar através da solução 
independente de problemas, e o nível de 
desenvolvimento potencial, determinado através da 
solução de problemas sob a orientação de um adulto 
ou em colaboração com companheiros mais capazes”. 
(Oliveira, 1997, p. 60). 
 
A afirmação acima se refere ao conceito de: 
 
A. Zona de desenvolvimento efetivo. 
B. Zona de desenvolvimento real. 
C. Zona de desenvolvimento interpessoal. 
D. Zona de desenvolvimento proximal. 
E. Zona de desenvolvimento distal. 
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13. Freud considera que o desenvolvimento 
psicossexual se desenrola em qual seqüência? 
 
A. Fase oral, anal, genital, latência e fálica. 
B. Fase oral, anal, fálico, latência e genital. 
C. Fase anal, oral, latência, fálica e genital. 
D. Fase oral, latência, anal, genital e fálica. 
E. Fase anal, oral, genital, fálica e latência. 
 
 
14. É constituída por um conjunto de princípios a 
partir de uma perspectiva metodologicamente 
experimental. Permite analisar sob quais variáveis o 
comportamento humano é função para, 
posteriormente, constituir-se em tecnologia de 
intervenção. Esta alternativa melhor descreve o: 
 
A. Cognitivismo. 
B. Sociointeracionismo. 
C. Behaviorismo. 
D. Psicanálise. 
E. Gestalt. 
 
 
15. Sobre os problemas ocorridos durante o 
desenvolvimento pré e perinatal pelos fatores 
teratogênicos, assinale a alternativa correta. 
 
A. A anóxia está diretamente relacionada ao retardo 
mental. 
B. O excesso de ácido fólico pode causar defeitos na 
formação do tubo neural. 
C. O uso de drogas, durante o primeiro trimestre da 
gravidez, não tem relação com o baixo peso do bebê 
ao nascimento. 
D. Bebês que nasceram a termo e com baixo peso 
podem ter sofrido má nutrição pré-natal. 
E. Para a Vitamina A ter algum tipo de efeito negativo 
sobre o feto humano é preciso que a mãe a utilize em 
conjunto com o ácido benzóico (tipo de conservante). 
 
16. Considerando os estágios do desenvolvimento 
cognitivo proposto por Piaget, qual das seguintes 
alternativas se refere ao estágio sensório-motor? 
 
A. Pensamento lógico. 
B. Descentração e reversibilidade. 
C. Consideração do ponto de vista dos outros. 
D. A capacidade de operar sobre situações 
hipotéticas. 
E. Inteligência prática. 
 
17. Piaget elaborou um método de investigação do 
desenvolvimento infantil, denominado método clínico. 
Analise as seguintes alternativas e selecione a que 
melhor explica em que consiste o referido método. 
 
A. Estudo detalhado e sistemático da personalidade 
da criança que permitiu a definição de estágios do 
desenvolvimento infantil. 
B. Estudo detalhado e sistemático da percepção e 
lógica infantil, nomeado processo de equilibração. 
C. Conjunto de provas que avaliam o 
desenvolvimento cognitivo infantil possibilitando a 
integração em estágios. 
D. Estudo preliminar da lógica infantil, possibilitando a 
divisão do desenvolvimento em estágios: pré-
operatório, operatório concreto e formal. 
E. Conjunto de características que descreve as 
particularidades hereditárias mais marcantes em cada 
espécie. 
 
 
18. Segundo Piaget, a assimilação consiste: 
 
A. na intervenção de um elemento intermediário numa 
relação; ocorre pela utilização de instrumentos, signos 
ou símbolos. 
B. no processo de equilíbrio entre o organismo e o 
meio. 
C. na modificação das estruturas cognitivas como 
resultado da integração dos dados que provêm do 
meio. 
D. na reconstrução interna de uma operação externa. 
E. na incorporação das experiências por meio do 
próprio sistema de conhecimento. 
 
 
19. Segundo Piaget, os estilos de pensamento 
mágico e o jogo simbólico são característicos dos 
estágios: 
 
A. Das operações formais. 
B. Das operações concretas. 
C. Pré-operatório. 
D. Sensório motor. 
E. Lógicos. 
 
 
20. Segundo a psicanálise, os mecanismos de 
defesa do Ego têm por objetivo

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