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Atividades Complementares UNIPDireito

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1º e 2º períodos:
Livro 1: Introdução ao estudo do Direito – Tércio Sampaio Ferraz Jr.
Doutrina, derivada do grego dokéin, refere-se ao ensino e doutrinação - enfatizando o aspecto da resposta da investigação para obter a combinação de informação e orientação. Zetéticos - do grego zetéin, procuram, perguntam-realizam a função de inferir informações enfatizando o aspecto da pergunta da investigação, mantendo assim abertas as premissas e os princípios da resposta.
Como dizia Miguel Reale (mestre do autor pela Faculdade de Direito da USP), essa dicotomia neste livro segue a dialética do sentido e da polaridade e, portanto, estabelece uma tensão constante entre a resposta docente e as conjecturas da indagação. É por meio do uso dialético da dicotomia de Viehweg que o autor percebe algo raro na bibliografia jurídica: ele conecta informações operacionalmente úteis com investigações críticas.
Nesse sentido, esta introdução é modeladora, pois trata do direito tanto pela sua perspectiva interna (ou seja, a perspectiva da prática jurídica) quanto pela perspectiva externa (ou seja, a forma como o direito se insere na vida social, política, e economia).
Desse modo, ele fornece ao leitor ideal - aluno do primeiro ano de direito - um senso de direção, prepara você para uma carreira ou fornece as informações especulativas necessárias para se posicionar criticamente. Faça isso diante do futuro.
Livro 2: Teoria Pura do Direito – Hans Kelsen
Kelsen usou uma linguagem de referência clara ao longo do artigo para esclarecer alguns dos pontos-chave de seu argumento. Os exemplos que ele usou ajudam a entender a diferença entre o direito como uma ordem comportamental e uma ordem coercitiva; ou por meio da comparação entre as visões de povos primitivos e civilizados, ou por meio da interpretação das visões de seus destinatários sobre o comportamento coercitivo; mesmo coerente e consistente Para defender o monopólio do uso da força estabelecido pelo ordenamento jurídico.
No entanto, embora seja consistente com o seu pensamento, há uma espécie de objetividade: apenas em termos de sua coercividade, é duvidoso que a distinção entre a lei e as outras ordens seja muito simplista. A teoria do direito como mecanismo de inteligência social, e mesmo a teoria de Luhmann da função social do direito como redutor da complexidade e mecanismo de generalização consistente (LUHMANN, 1983) aprofundou o ser humano de maneira mais sistemática e aprofundada Origem social e conflito. O caminho completo. Do que o autor.
Tendo em vista o firme positivismo de Kelsen e suas reivindicações purificadoras do direito neste livro, do qual o texto faz parte, sua preocupação é trazer ideias que não sejam tão abstratas e, em certa medida, incompatíveis com outras disciplinas. menos diálogo. Ao demonstrar suas crenças, ele partiu de alguns pressupostos altamente fixos, o que tornava sua teoria difícil de analisar de vários ângulos e outros ângulos mais flexíveis. Por sua vez, a possibilidade desta análise é tão relevante que pode ser comparada com a interdisciplinaridade do direito.Esta abordagem tem sido descrita como transformadora em muitas aulas de direito, conduzindo a uma riqueza conceptual em diferentes trabalhos. Conhecimento e capacidade de resolução de problemas encontrados pelo caminho.
Portanto, embora H. Kelsen tenha boa clareza e apresentação, o uso do autor é inaceitável - desconsiderando a variedade de atores alheios ao Direito e as interações entre a sociedade e os sistemas de ordem - acabou limitando o conhecimento do texto apresentado e a definição do Direito a Opiniões que dificultaram a resolução dos problemas apresentados em casos particulares na escola.
Livro 3: O que são os direitos humanos – João R. N. Dornelles
Concepções que têm como fundamentos uma visão metafísica, atribuindo a uma ordem transcendental (divindade – Direito Divino ou natureza – Direito Natural). Os direitos humanos nessa abordagem são inerentes a pessoa humana, independentemente do seu reconhecimento por parte do Estado. Estas concepções surgem durante a fase do feudalismo e do início do capitalismo, quando havia a predominância do Direito Divino, ampliando-se no séc. XVII com o enfoque do Direito Natural. Direitos Humanos neste concepção constitui segundo Dornelles num ideal.
Concepções de direitos humanos que focalizam os direitos da pessoa humana como essenciais e fundamentais, desde que sejam reconhecidos pelo Estado, através da ordem jurídica positiva. Enfoque predominantemente jurídico-institucional.
Dornelles (1989), nesta perspectiva, apresenta como conceito dos direitos humanos a partir de lutas sociais históricas, evoluindo dos direitos individuais aos direitos coletivos e dos povos. A 1a geração dos Direitos Humanos (Séc. XVIII e XIX) explicitou os Direitos Civis e Políticos, tendo como centro de embate a luta pela liberdade; a 2a geração dos Direitos Humanos (Séc. XX) ampliou o conceito aos Direitos Sociais, Econômicos e Culturais, enfatizando a luta pelos direitos relativos à igualdade; a 3a geração dos Direitos Humanos (Séc. XX)incorporou os Direitos dos Povos, privilegiando os direitos ao desenvolvimento, ao meio ambiente, a paz e a solidariedade. PINHEIRO 1993, alerta para a relação dialética dos Direitos Humanos no contexto social brasileiro.
Livro 4: O caso dos exploradores de caverna – Lon. L. Fuller
Incialmente alguns hesitaram com a ideia, mais após o diálogo todos concordaram com plano, no momento de jogar os dados Whetmore se recusou, disse que esperaria mais uma semana, contudo, os outros não concordaram e o acusaram de violação de acordo dando continuidade com o lançamento dos dados, por fim, Whetmore adverso a sorte, foi morto e servido de alimento no vigésimo terceiro dia.
Após o resgate, os quatro exploradores foram submetidos a cuidados em um hospital por um tempo, e logo após, foram acusados por homicídio sendo condenados em primeira instância, no ocorrer da segunda instância, houve divergências entre os juristas, uma vez que cada um segue uma linha argumentativa distinta, revelando desta forma, um sério problema de hermenêutica, de interpretação do direito, onde os votos são justificativos conforme diferentes escolas de pensamento jurídico.
Cada juiz demostrou diferentes perspectivas jurisprudencial, para o juiz Truepenny, foi correta a decisão do júri, já que a lei escrita apenas possibilitava a condenação, considerando a corrente positivista, sendo os réus culpados. O juiz Foster, seguiu a corrente jusnaturalista, afirmou ser inadequados e fantasiosos os argumentos de Truepenny, aborda algumas problemáticas em considerar os réus sob estado de natureza, os absolvendo. Para o juiz Tatting, há uma lacuna legal tanto no direito positivo quanto no direito natural, se abstendo. O juiz Keen, aderiu a corrente positivista, compreende que o problema não é apenas o fato de ser impossível prever o propósito da lei referente ao homicídio, mas também prever o seu alcance, encerra a favor da condenação. Por fim, o juiz Handy, com uma visão do realismo jurídico, abordou a importância da utilização do senso comum em situações como esta em que há evidentes conflitos quanto à aplicação da lei, considerando o caso dos exploradores, a favor da absolvição dos réus.
Há uma relação pertinente da obra com a disciplina Introdução ao Direito, por proporcionar o desenvolvimento do pensamento crítico sobre as diferentes formas de produção do direito para a compreensão e avaliação do seu funcionamento em sociedade, como também, uma análise das ideias de conflitos jurídicos e a reflexão em julgamentos de casos complicados.
A disciplina Introdução do Direito visa fornecer uma visão global do Direito, aspectos relacionados ao fato jurídico, relação jurídica, lei, justiça, segurança jurídica, por serem aplicáveis a todos os ramos do Direito. Do ponto de vista prático, o interesse maior está no estudo do sistema de normas jurídicas vigentes, ou seja, conhecer as normas jurídicas, perquirindo sobre a sua interpretação, integração ao sistema e aplicaçãoao caso concreto. Sendo este, o nosso objeto de estudo do caso dos exploradores das cavernas, essa relação representa as nuances das diferentes formas do raciocínio jurídico.
Livro 5: Ética a Nicômaco – Aristóteles
Aristóteles faz uma análise do agir humano. Constatou que todo o conhecimento e todo o trabalho do homem visam algum bem. O bem é a finalidade de toda a nossa ação. E essa busca do bem é o que diferencia a ação humana de todos os outros animais.
O homem busca ser feliz. A felicidade é o maior de todos os bens, e esse é o pensamento de todos os seres humanos, independente de ser um homem comum ou de um grande pensador. Desse modo, o bem viver e o bem agir é identificado com o ser feliz, ou seja, é uma ação conforme a virtude, visando o melhor. E a virtude está no meio termo entre os extremos, ou seja, evitar os excessos. É a justa medida que a razão nos impõe para controlar os excessos, sendo que a justiça é para Aristóteles, a virtude mais importante
Aristóteles verifica que o conceito de felicidade difere de homem para homem, e que identificamos o ser feliz com os valores que sustentam nossas ações. Ele menciona três tipos principais de vida: a vida dos prazeres, em que o homem se torna praticamente um escravo; a vida política aos que buscam a honra pelo convencimento, caindo na superficialidade; e a vida contemplativa, que parte da nossa alma.
A essência da felicidade é a vida contemplativa, isto é, a vida guiada pelo pensamento. Essa é a melhor vida que se pode levar, pois o pensamento pensa a si mesmo. A verdadeira felicidade está em buscar as coisas dentro e não fora de si mesmo. Por isso, a felicidade brota da alma dando luz às virtudes. A vida contemplativa (teorética ou filosófica) é fim em si mesmo, pois não se visa os seus resultados, assemelhando-nos ao próprio Deus, pois Deus é pensamento que pensa a si mesmo, consistindo em conhecer-se a si mesmo. Essa é a vida considerada mais que humana, a suprema felicidade. Assim, o prazer intelectual é o bem maior que podemos alcançar.
Aristóteles admite que haja luta na alma, um elemento irracional que pode causar-lhe desequilíbrio. Mas, ainda assim, a parte racional se sobrepõe, pois tem poder persuasivo sobre a irracionalidade, constituindo-se a razão uma atividade virtuosa. E o homem, pode ser bom de duas maneiras: vivenciando as virtudes morais, como a bondade, a justiça, etc., ou na atividade das virtudes intelectuais no conhecimento e na inteligência que elas podem alcançar para o seu discernimento.
Filme 1: O poder e a Lei
A falta de ética e a movimentação grotesca desse cenário acaba restando nas entrelinhas em um filme superficial – o que não é ruim – e leve, lembrando um pouco a série Better Call Saul, ainda que a criação de Vince Gilligan possua episódios muito mais tensos. Em comparação com um filme desse gênero, As duas faces de um crime, com Richard Gere no papel do advogado malandro e um jovem Edward Norton, é inegável que o longa de vinte anos atrás traz muito mais peso e tensão, inclusive, evidentemente, no modo como se arrasta em suas duas horas. Sem hierarquiza-los, ambos tratam de temas relevantes e contam com atuações estupendas. The Lincoln Lawyer, todavia, resolve explorar um lado sutilmente distinto na metade de seu filme, mostrando uma história que foge da maioria das vistas, assim como seu ritmo na sua rápida duração. Rápida graças à qualidade do que é mostrado e do modo como se mostra.
Filme 2: O discurso do Rei
O Discurso do Rei é um filme que retrata a trajetória do rei George VI, que se viu obrigado a assumir o trono inglês no início da segunda guerra mundial. Mas esse não era seu maior problema. George era portador de gagueira severa, fobia social e timidez — a ponto de não conseguir falar em público. Nada bom para um rei, não acha?
Para os súditos do Reino Unido, George era o líder, assim, eles esperavam de sua figura uma palavra de ordem ou de conforto. Com isso, não era admissível que o rei não soubesse ou não conseguisse dizer o que fosse preciso.
Filme 3: Caminhos da Liberdade
O filme nos faz prestar atenção em apenas duas coisas: homens e a natureza. A proposta é questionar o reencontro do homem com a natureza. O que o filme nos mostra são pessoas reduzidas a um estado mais primitivo, que lutam pela sobrevivência.
Isso fica claro em uma cena em que os fugitivos disputam a carcaça de um animal com lobos. Após espantar os predadores, os homens devoram a carcaça como se eles próprios fossem selvagens.
No fundo, Weir ("Mestre dos Mares") trata de dois princípios caros ao filósofo Rousseau: "os males do homem estão relacionados à civilização" e "o homem primitivo é bom porque é natural". Assim, o retorno que o cineasta propõe em seu título original é do homem ao seu estado natural, primitivo.
3º e 4º períodos:
Livro 1: O processo – Franz Kafka
Essa obra desenvolve um espírito crítico ao poder judiciário e a arbitrariedade, porque existe um sistema falho e vulnerável. A obra feita por Franz Kafka, conta a história de Josef K. que foi condenado e julgado por um tribunal misterioso, em que muitos ficam em dúvida sobre a real história acontecida. Fato que expõe revolta e tristeza. Assim, será feita também uma abordagem de uma injustiça no processo, tendo um comparativo com a tutela jurisdicional do Estado. Aspectos intrínsecos da personalidade do autor marcam como foi escrito a obra o que traz uma análise crucial das emoções e o sentido que vida proporciona ao autor. Escrito na época da primeira guerra mundial denota que esta novela traz aspectos configurantes dos momentos vividos pelo autor neste período de 1914 a 1915, assim pode-se aferir que a personalidade e a forma de escrever demonstram traços fiéis de sua intenção e emoções que autor passou durante todo o período final de sua vida quando estava doente ao escrever a obra o processo.
Livro 2: O contrato social – J.J. Rousseau
Este livro influenciou diretamente a Revolução Francesa e os rumos da história. O contrato social ou Princípios de Direito político causou furor desde sua publicação, em 1762, e eternizou-se como um dos principais textos fundadores do Estado moderno. Nele, o filósofo iluminista, romancista, teórico e compositor suíço Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) em meio a uma Europa majoritariamente monarquista, defensora da legitimação sobrenatural dos governantes lança e defende a novidade de que o poder político de uma sociedade está no povo e só dele emana. Estavam plantados os conceitos do povo soberano e da igualdade de direitos entre os homens.
Para o autor, a soberania está no exercício incessante do poder decisório, que não pode ser alienado, dividido ou delegado. Hoje, dois séculos e meio após sua publicação, a obra de Rousseau subversivo, polêmico, amado, odiado, reverenciado e seguido permanece atual. E seus ensinamentos se fazem lições necessárias e urgentes em todo e qualquer lugar em que se fale de inépcia, injustiça, corrupção e incompetência política.
Livro 3: Discurso do Método – René Descartes
Descartes vai seguir o método da dúvida; isso a tal ponto que ele vai dizer que nossos sentidos às vezes nos enganam. No Discurso do Método, ele não chega a mencionar o famoso “ gênio maligno” como ele faz em suas Meditações; no entanto, aqui também ele resolve fingir que todas as coisas que entraram em seu espírito não passam de ilusões. O filósofo, então, colocando tudo em dúvida, ao menos tem a certeza de que ele é alguma coisa. Então a verdade que penso, logo existo, é uma verdade que Descartes diz que nem os mais céticos podem abalar, por isso faz desse princípio o início da sua filosofia. Ele também não duvida que seja composto de uma alma e que ela é totalmente distinta do corpo. Nesse ponto, Descartes se afasta da filosofia escolástica, para a qual a alma está unida ao corpo sem cair nesse tipo de dualismo cartesiano. Adiante, Descartes diz que também não podemos duvidar da existência de um Ser perfeito, por isso podemos ter certeza da existência de Deus. A demonstração de sua existência é baseada no argumento ontológicode Santo Anselmo. O filósofo francês acredita que a dificuldade que as pessoas têm em reconhecer a existência de Deus é porque elas nunca elevam o espírito além dos sentidos, por isso tudo o que não é imaginável não parece ter sentido, diz ele. A filosofia escolástica possui um adágio famoso que “não há nada no entendimento que não tenha passado antes pelos sentidos”. Descartes rejeita isso porque a certeza da existência de Deus provém da nossa razão, e nunca dos nossos sentidos. A quinta parte do Discurso do Método possui uma curiosa teoria sobre o funcionamento do organismo animal, particularmente do coração, e ali Descartes faz uma diferenciação radical da natureza do homem e do animal. Para ele, os animais são autômatos com uma complicada engenharia mecânica, mas não possuem uma alma como o homem, e isso é demonstrado pelo fato dos animais não possuírem uma linguagem como a humana. Claro que essa conclusão de que os animais não possuem alma é repulsiva, e demonstra resquícios da filosofia de Aristóteles e da Escolástica no espírito de Descartes, pois o platonismo sempre reconheceu que os animais possuem alma. O Discurso do Método foi concebido como uma obra que iria abrir caminho para outras publicações de Descartes que ele tinha em mente. Particularmente, ele queria atacar a filosofia de Aristóteles e criar uma nova ciência que valorizasse a experimentação. Descartes queria acima de tudo que sua filosofia e essa nova ciência não estivessem a serviço de nenhum governante ou Estado, mas sim que servissem ao progresso da humanidade inteira.
Livro 4: A revolução dos bichos – George Orwell
George Orwell pertencia a um grupo de socialistas ocidentais que acreditava nos ideais de Karl Marx. “Ele faz parte de uma linha de intelectuais europeus que acreditavam no socialismo como uma utopia democrática igualitária; em um governo proletário, com sindicatos, assembleias e representantes populares no poder”, diz Duique. “É uma geração influenciada ainda pelo pensamento utópico marxista, que sonhava com uma revolução socialista que trouxesse, além da igualdade, a liberdade”, afirma o professor. 
A posição de Orwell perante o socialismo facilita a compreensão de suas escolhas para o enredo de A Revolução dos Bichos. A obra é uma crítica à Revolução Russa. Segundo o professor, Orwell chama a atenção em seu livro para o socialismo que, eventualmente, se transforma em um governo autoritário. 
Livro 5: O crime no restaurante chinês – Boris Fausto
O que mais surpreenderá ao leitor deste livro serão as razões que fizeram com que o autor o escrevesse. Além da importância do caso judicial, do impacto do crime e das reviravoltas do processo, foi também naquele ano de 1938 que o autor teria a última reunião de sua família, em função do falecimento de sua mãe. Que tornariam as comemorações seguintes totalmente diferentes, assim como a postura de seu pai diante da vida. Com tal desfecho, sem dúvida, inesperado, o autor demonstra também a importância da 'memória coletiva', sobre o impacto de eventos 'traumáticos'. Neste livro, o autor mostra que um dos pontos altos da 'micro-história' está em indicar que todo tema é importante e deve ser pesquisado, e sua banalização não está 'em si', mas sim na forma como é pesquisado. Contudo, para que esta abordagem não paire também em fragilidades é necessário reconhecer que o uso adequado do contexto e das fontes são fundamentais, para que a 'micro-história' seja um complemento necessário a 'macro-história', e não a sua exclusão, ou substituição, que apenas faria com que ambas as 'escalas de análise' permaneçam incompletas. Com esta percepção, o leitor verá que este livro não é apenas mais um exemplo de 'micro-história', mas também uma tentativa de análise crítica deste tipo de abordagem. Que se desdobra ainda nas sutilezas com que o autor, efetivamente, constatará as diferenças e os distanciamentos necessários entre a narrativa histórica e a narrativa literária dos romances. A lamentar apenas a pouca articulação entre este livro e o resto de sua obra que, possivelmente, o tornariam ainda mais consistente, nas suas interpretações sobre a década de 1930 e o crime do restaurante chinês.
Filme 1: Olga
Ao longo do debate, após a exibição do filme, foi lembrado que o STF (Supremo Tribunal Federal) em 1936 aprovou a extradição de Olga Benário – judia, comunista e grávida de Prestes – para a Alemanha nazista (o pedido de Habeas Corpus para impedir a deportação foi negado pelo Supremo Tribunal Federal) onde previsivelmente ela seria presa e morta; este foi um dos momentos tristes da história jurídica brasileira em que o STF não se posicionou contra uma situação de flagrante injustiça. Sobre isto é possível ler o esclarecedor artigo intitulado “O caso Olga Benário Prestes: Breves Apontamentos sobre o Habeas Corpus Nº 26.155/1936 - Uma página triste na história do STF”. O então presidente do STF, Celso de Mello, em 1998, declarou que a extradição de Olga foi um dos erros cometidos pelo STF, pois entregou uma mulher judia, comunista e que estava grávida de um brasileiro a um regime totalitário como o nazista.
Para saber mais acerca da história de Olga Benário, uma boa sugestão é ler o artigo, escrito por sua filha, intitulado “Homenagem a Olga Benário Prestes, minha mãe”. Uma outra leitura recomendada é o artigo intitulado “O livro de Anita Leocádia Prestes que recupera a história de luta e resistência de Olga Benário”.
Durante o debate, o professor Ricardo Plaza lembrou aos presentes que nos anos 1980 assistiu uma palestra com Luís Carlos Prestes, que autografou para ele o livro “Prestes: lutas e autocríticas”. Este livro autografado por Prestes é mantido até hoje – como documento histórico – foi apresentado para que o público pudesse folhear e conhecer.
Filme 2: Sicko
O filme pretende transmitir e mostrar ao telespectador como nos EUA, as empresas de saúde, apesar de lucrarem muito bem, ainda sim não cobrem pouca parte dos atendimentos que grande parte da população necessita, e quando cobrem, visa apenas o lucro. O filme mostra vários casos de famílias dos EUA que mesmo tendo seus planos de saúde pagos devidamente, não tem suas despesas pagas pelas empresas, nem o direito aos medicamentos de que precisam, e até exames que poderiam ajudar bastante. Em alguns casos apresentados no filme, as pessoas doentes chegavam a falecer, por que tiveram o atendimento das empresas de saúde negado, em alguns casos por preconceito, pela cor da pele e também por causa de sua classe social. Algumas delas, em depoimentos, confessavam que as empresas prometiam aumento se elas negassem o plano de saúde, por que o mais importante para a empresa era lucrar, e quanto mais pessoas doentes, mais eles gastavam e menor era o lucro. O repórter foi até os países da Inglaterra, Canadá e França e, entrevistou algumas pessoas nos hospitais e perguntou quanto elas pagavam por cirurgias ou para ficar internadas no hospital, ele se surpreendeu quando elas falavam que era totalmente gratuito, e, além disso, elas contavam que o plano de saúde era muito bom e todas as pessoas tinham direito, e ficou mais surpreso ainda quando ele estava entrevistando pessoas no hospital da França e encontrou um caixa, entretanto, ele pensou que as pessoas que ele entrevistou estavam mentindo, logo após, ele foi perguntar ao homem do caixa o porquê daquele caixa lá se era tudo gratuito, então ele respondeu: “porque nós damos dinheiro para as pessoas recém-saídas daqui para que elas possam pegar um ônibus para voltarem para casa e até fazerem um lanche, diferentemente dos EUA, que é totalmente ao contrário, tudo é pago e exageradamente caro.
Filme 3: A Firma
No caso de A Firma (1993), logo após contratado, o jovem advogado de Harvard, Mitch McDeere, descobre que o escritório é parceiro da máfia em lavagem de dinheiro e a representa, e que outros advogados que trabalhavam para a firma foram mortos. O personagem se vê encurralado entre a máfia e seus representantes, de um lado, e o FBI, de outro, que o aborda para investigação. Suas mãos estãoigualmente atadas pelo código de ética, uma vez que, em sua defesa, não pode revelar nem agora, nem no futuro, os crimes de seus clientes. Resta-lhe apenas apegar-se ao FBI e seu programa de proteção a testemunhas, saída que acaba com todos os sonhos de sua vida.
O filme foi baseado em best seller de John Grisham, um dos autores mais lidos nos Estados Unidos. Grisham é advogado, exerceu a profissão e é considerado um mestre do “thriller legal”. No entanto, thrillers são thrillers e, embora o escritor e roteirista tenha encontrado um mágico meandro legal para solucionar os dilemas do jovem Mitch McDeere, o diretor Sydney Pollack precisou escalar ninguém menos que o ágil Tom Cruise, em 1993 com 31 anos, para livrar o personagem da armadilha, o que se consumou como verdadeira missão impossível.
5º e 6º períodos:
Livro 1: Teoria tridimensional do Direito – Miguel Reale
O autor começa a tratar de assuntos históricos do termo “direito”, fazendo diferenciações com a palavra liberdade e igualdade. Direito, antes de qualquer definição foi compreendida como um fado, cuja ordem foi estabelecida dos desejos e arbitrariedades. Na idade das cavernas, as regras eram de cunho religioso. Ao passar dos milênios, a descoberta de uma ordem era questão da experiência. Logo depois, surgiu definições de justiça, observou-se que ela estava presente somente quando a divindade estava. Se interlaça como um poder soberano sobre os homens.
Numa outra fase, o direito era definido como norma. Após estudos, constatou que o direito se divide em elementos constitutivos denominados de valor, norma e fato. Estes são conjugados com a tridimensionalidade específica, incluindo eficácia, fundamento e vigência. Contudo, ainda são comparados com o sociologismo jurídico, o moralismo jurídico e o normativismo abstrato, que juntos formam a tridimensionalidade genérica.
Por fim, é importante destacar que um sistema normativo será aplicado de forma eficiente só quando correlacionar fato, valor e norma. E junto a isso, a metodologia jurídica e as suas subdivisões, ajudam a se chegar ao real saber jurídico.
Livro 2: A reconstrução dos direitos humanos – Celso Lafer
Trata-se, na verdade, de um diálogo fecundo que o autor trava com a grande pensadora política de nosso tempo Hannah Arendt, cuja obra filosófica, marcada pelo existencialismo de Jaspers e Heidegger, traz à tona o grande tema da crise contemporânea: a redução dos homens a seres supérfluos, que podem ser trocados quando imprestáveis ou por outros homens ou por máquinas. Esta crise radical que atinge os seres humanos nas mais diversas situações - na burocracia estatal e empresarial, na fábrica, na universidade, na escola etc - é iluminada por uma situação-limite que marca a nossa era com grande violência: o advento do totalitarismo político, mormente do nazismo e do stalinismo, em nosso século.
O totalitarismo, segundo mostra Celso Lafer em seu trabalho, rompeu com todas as tradições da cultura ocidental que desde a antiguidade construiu e centrou na pessoa, sujeito que não se torna objeto de ninguém, a base da dignidade humana e o núcleo dos direitos fundamentais. Os regimes totalitários, cujo protótipo é o campo de concentração, ao tornarem os homens supérfluos e descartáveis, puseram em relevo a crise dos próprios direitos humanos, cuja base começou a ser corroída pelo advento do positivismo jurídico no início do século XIX. Foi a progressiva erosão do chamado direito natural, reconhecido é verdade pelas modernas constituições na forma das declarações universais dos direitos humanos, que nos conduziu, porém no século XX, ao dilema da legalidade perversa das burocracias totalitárias, como a que transformou Eichmann num funcionário "respeitador da lei" de extermínio de milhões de seres humanos.
Livro 3: O Mercador de Veneza – SHAKESPEARE
É possível percebermos também que, o contrato é válido, seguindo os princípios das leis de Veneza e dos costumes judaicos da época. Porém, se tal fato tivesse se passado no Brasil, o atual Código Civil não permitiria que a dívida fosse paga com uma parte do corpo. Pois, o ordenamento jurídico brasileiro não permite coação física, e a consequente violação ao princípio constitucional da dignidade da pessoa humana.
O filme também retrata a questão do contrato. Na vigência do atual Código Civil brasileiro, este negócio jurídico seria nulo. Tendo em vista que, a validade de um negócio jurídico requer objeto lícito, possível, determinado ou indeterminado. No caso em questão, seria ilícito ter como garantia para uma obrigação pecuniária um fragmento do corpo.
Outrossim, ao comparar a legislação de Veneza da época, com a Constituição da República Federativa de 1988, pode-se afirmar que haveria lesão ao Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, que está situada no art. 1º, III do texto constitucional (BRASIL, 1988). Uma vez que, ao falar em “cortar um tira de couro”, há uma violação do direito à vida, que é resguardado no art. 5° da Lei Maior (BRASIL, 1988).
Livro 4: A Metamorfose- Franz Kafka
No estilo “kafkiano” de escrever, o autor haure, através de metáforas, a denúncia sobre as graves violações ocorridas à Dignidade da Pessoa Humana. O livro “A Metamorfose” nos mostra um indivíduo excluído do sistema de relações humanas, subtraído da qualidade inerente à sua personalidade, sem autonomia e autodeterminação. Um indivíduo do qual furtaram a própria dignidade. Dentro dessa noção é possível captar a mensagem que diferencia os conceitos de isolamento e solidão bem delineados no pensamento de Hannah Arendt.
Kafka, então, nos propõe a noção da disparidade entre o considerado humano e o considerado inumano. Quanto mais próximo do “humano”, mais merecedor de direitos, em um tênue limite social entre o digno e o não-digno, o aceito e o não-aceito, o credor da tutela estatal, digno do respeito social ou não, o merecedor da cruz e aquele que não pode tocá-la. Somos forçados a concluir que a dignidade da pessoa humana caminha entre o amor divino, no respeito ao seu semelhante, e o escarnio da condenação social do seu dessemelhante ao fogo das amarguras eternas.
É preciso quebrar de uma vez por todas o egocentrismo moral coletivo para reconstruir uma realidade social mais saudável, livre da interferência externa na busca pela felicidade individual. A intolerância social viola mais do que um indivíduo isolado: fere o pacto social de inclusão coletiva, com risco de morte do Estado Democrático de Direito, que urge por efetividade jurídica.
Livro 5: O Banquete – Platão
associação entre este orador e seu discurso é amplamente reconhecida nos estudos especializados sobre o Banquete. As duas teses principais – a superioridade do Eros Urânio sobre o Pandêmio e a compreensão da relação erótica como elemento que visa o desenvolvimento da sabedoria e da virtude – quando concebidas em síntese imbricam-se para o fim que o segundo orador tanto esforçou-se para dotar de sentido: a dignidade do amado que condescende à relação erótica com um amante que lhe oriente à virtude. 
Por este contexto, somente a relação Pausânias-erastes e Agatão-eromenos faz sentido. Ao criticar a relação entre homem e mulher, associando-a Eros Vulgar, o segundo orador investe na continuidade de seu enlace com Agatão como ao mais consistente e digno relacionamento a ser constituído. 
Pausânias espelha o próprio Eros Urânio: mais velho – por isso declarado mais sábio e respeitável; desejoso pelo outro masculino – deste modo, livre de toda fragilidade associada ao feminino; ligado imediatamente aos aspectos da alma, relegando à valorização do corpo uma importância secundária. 
Deste modo, a pretensão pausaniana que se evidencia é alinhar a elaboração de seu gabo a Eros com a constituição de uma justificativa que respalde a perpetuação de seu, excêntrico, relacionamento com Agatão. Perceba-se que, se aceita esta tese, Pausânias simultaneamente produz um elogio a Eros, a Agatão e a si mesmo.
Filme 1: Jogo de Poder
https://www.passeidireto.com/arquivo/43580805/resenha-do-filme-jogos-de-poder
Filme 2: O Advogadodo Diabo
principio do livre arbítrio, mostrando que nem sempre as nossas decisões são isentas da coesão que o meio exige, entretanto as pessoas que estavam próximos ao advogado fizeram toda a diferença na tomada se duas decisões. O filme retrata a natureza humana de que as pessoas se deixam levar pelos benefícios que podem tirar de algumas situações, mesmo que isso signifique esquecer de seus valores, crenças e costumes, agindo de forma contraria aquela que usaria de costume, usando de artifícios maliciosos para conseguir aquilo que almeja como usando os pontos fracos das pessoas, deixando-se levar pela vaidade e pela ganancia. Em sua sequência final, o filme mostra vários acontecimentos trágicos, como a morte de um dos seus colegas de escritório e o suicídio de sua esposa Mary Ann, que o leva a uma crise nervosa.
O filme nos mostra varias vezes cenas do cotidiano profissional como quando o advogado percebe que o professor acusado de assedio realmente e culpado, pois viu que no momento do depoimento da vítima o autor fazia movimentos similares aos que tinha feito na vítima sob a mesa, nesse momento percebemos a angustia de um advogado ao acreditar que seu cliente era inocente sem o ser; Identificamos vários aspectos que acontecem na vida profissional dos juristas que acreditam em seus clientes ate que estes demostrem de alguma forma que na verdade são culpados, vemos um advogado ambicioso que não mede esforços para ganhar suas causas mesmo que tenha que passar por cima das pessoas e de seus próprios princípios, isso não e raro em nosso cotidiano sendo presenciado nas diversas audiências que ocorrem.
Filme 3: Conspiração Americana
Trata-se de um período do nosso tempo, em que a educação era rígida àqueles que tinham acesso e os preconceitos diversos (século XIX). Os corpos eram cobertos de roupa em sua totalidade e a linguagem era quase sempre formal.
Nota-se que a formação universitária em Direito, em especial, trata-se de privilégio de poucos naquela sociedade e que, assim como hoje, a influência e o poder predominavam a esfera jurídica.
Conclui-se que houve boa evolução, pelo menos ao meu ver, no que tange ao trato jurídico-político. Se reconhece, principalmente, a evolução tecnológica e os acessos aos estudos, mas em relação a esfera jurídica, ainda há certa cobrança pelo comportamento, pela postura e pelo relacionamento.
Genericamente, concluímos que os usos e costumes estão um tanto quanto congruentes com a lei vigente, mas há ainda, a manipulação da lei para obter vantagem jurídica, seja individual, seja coletiva – societária.
7º e 8º períodos:
Livro 1: A peste – Albert Camus
Esse livro estonteante é uma clara e direta crítica ao nazismo e à ocupação militar alemã, que humilhou e subjugou os franceses. Camus participou da Resistência, grupo que se insurgia contra os alemães que ocupavam Paris. Escrito ao longo da guerra, com a expectativa que de que a aflição passasse um dia, A peste é uma lembrança de que o pior sofrimento um dia se acaba. Noites são escuras. Mas não são eternas. A peste é também discurso contra qualquer forma de opressão humana, da qual o nazismo revelava-se como a mais opressiva de todas. A peste é ainda atitude de incredulidade para com o absurdo, contra o qual conduz revolta necessária e libertadora.
Camus concluiu esse desesperado livro lembrando que o bacilo da peste não morre e não desaparece. Avisou-nos que o bacilo da peste fica “dezenas de anos a dormir nos móveis e nas roupas”. Ainda, advertiu que a peste “espera com paciência nos quartos, nos porões, nas malas, nos papeis, nos lenços”. E quando volta, “para nossa desgraça, manda os ratos morrerem numa cidade feliz”. Trocando-se ratos e bacilos por outros vírus e pragas tem-se o quadro aflitivo que eu e o leitor vivemos. E os mais fragilizados mais ainda.
Livro 2: Vigiar e Punir ( História da Violência nas Prisões) – Michel Foucalt.
https://www.passeidireto.com/arquivo/70300027/michel-foucault-livro-vigiar-e-punir-conceitos
Livro 3: A Última Grande Lição – O sentido da Vida- Mtich Albom
Os ensinamentos de Morrie agora vinham da alma, do coração sofrido. Eram aulas"onde o tema era a vida ", seus valores, família, emoções, dependência e sua aceitação.
Mitch, engolido diariamente pela rotina estressante, nao se permitia um tempo para si mesmo, muito menos para ficar próximo da pessoa que significava algo para ele.Amava sua noiva, mas o trabalho vinha sempre em primeiro lugar.
A troca de experiências com seu professor o levaram a mudar sua maneira de encarar a vida. Em sua fase de vida terminal, Morrie paradoxalmente ensina a viver.
 Mostra que a vida e feita de pequenos momentos que muitas vezes sao engolidos por outras preocupações.
A questão da dependência fisica é um tema abordado de forma clara no filme. Assim como o valor da familia , os cuidados finais com o paciente, a presença e o apoio de familiares são fundamentais enquanto há vida.O quanto é importante a conquista de afetos, o perceber o outro, seus medos e anseios.
"Amem-se uns aos outros ou pereçam, ", dizia o professor colocando sempre o amor, a compaixão, a solidariedade como condição de vida plena.
"Na vida, nunca é tarde demais" para entender e melhorar o curso da mesma.
O importante é aprender a amar e a receber o amor.
Livro 4: A sedução no discurso – O Poder da linguagem nos Tribunais de Júri – Gabriel Chalita
sedução nos tribunais para os profissionais do direito, da mesma forma, se faz de bom uso para outros profissionais que envolvam em suas carreiras questões de comunicação, semiótica e psicologia jurídica. Essas ferramentas são indispensáveis para o profissional do direito, o uso da argumentação, da retórica e dos recursos emotivos pelos atuantes da lei podem levar ao sucesso ou ao fracasso pelos advogados que buscam nos tribunais o convencimento do júri em situações de debate entre acusação e defesa.
Segundo o código de ética do advogado, ele deve cumprir as leis e regras de forma rigorosa, mas o direito como ciência humana vai além dos limites da lei para se conseguir justiça, pensando dessa forma, o direito não pode ser aplicado como uma técnica ou ser entendido como um conhecimento exato, portanto, pode-se conceber o direito como uma ciência da argumentação.
O livro afirma que as falas dos promotores e dos advogados perante um júri têm um papel decisivo, mostrando que as palavras das partes decidem muito mais do que as provas dos autos, o Direito é a profissão da palavra, o Direito é exercido por meio da comunicação, Direito e linguagem são indissociáveis. Dessa forma, observa-se como a linguagem é responsável pela difusão do conhecimento.
Podemos assim constatar que o livro em estudo tem uma ligação direta com a matéria estudada, principalmente quando focamos na importância da disciplina produção textual, a qual se preocupa no uso correto da linguagem, do uso da gramatica, da coesão e da coerência, da aplicação retorica ao profissional do direito, ramo que por excelência se resume em a ciência da palavra.
Como também foi possível, distinguir diferentes gêneros textuais, bem como características no que se refere ao seu aspecto argumentativo, recursos linguísticos discursivos, competências de leitura, entre outros. Oportunizando uma reflexão analítica e crítica.
Livro 5: O Cortiço – Álvares de Azevedo
Embalado pela onda (pseudo) científica, Aluísio escreve ‘O Cortiço’ sob as bases do determinismo (o meio, o lugar, e o momento influenciam o ser humano) e do darwinismo, com a teoria do evolucionismo. Sob aspectos naturalistas, isto é, sob olhar científico, a narração se desenvolve em meio a insalubridade do cortiço, propício à promiscuidade, característica do naturalismo. Ao contrário do que se desenvolvia no romantismo, Aluísio descreve o coletivo, explicitando a animalização, que é o uso excessivo do zoomorfismo, caracterizando o ser humano como animal, movido pelo instinto e o desejo sexual, onde inaugura uma classe nunca antes representada: o proletário, evidenciando a desigualdade social vivenciada pelo Brasil, juntamentecom a ambição do capitalismo selvagem.
A superação dos argumentos deterministas que aqui se impõe não perpassa o âmbito da literatura que expõe, revela, descortina, mas se refere ao âmbito do preconceito oculto, arraigado na nossa cultura que fomenta sempre este preconceito (re)velado. 
Filme 1: 12 homens e uma sentença
Um dos pontos valiosos que se pode extrair do filme é o relacionado à questão da fragilidade da justiça e sua necessária imparcialidade. A sociedade, sendo composta de homens - cada qual com seus pontos de vista pessoais - representa um emaranhado de preconceitos, opiniões e valores. A justiça, como parte do meio social, muitas vezes acaba por refletir estereótipos dos quais deveria abster-se a fim de respeitar e manter imparcialidade jurisdicional, que, na realidade, representa a própria essência da justiça, que é a de dar a cada um o que é seu.
Ante tudo o que foi mencionado, a principal mensagem trazida pelo filme é a relacionada à problemática das relações grupais nos processos decisórios, onde cada indivíduo possui certas características, condicionamentos e padrões de vida, o que acaba influenciando nos modos diversos de encarar a mesma situação, pois cada um analisa os fatos a partir de seu ponto de vista, dos seus condicionamentos sociais e pessoais.
Filme 2: Amistad
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Filme 3: O Grande Desafio
https://www.passeidireto.com/arquivo/62982499/resenha-critica-o-grande-desafio

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