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CONTABILIDADE GERAL

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CONTABILIDADE 
GERAL 
1. COMPONENTES PATRIMONIAIS TEORIA 
E/OU CONTABILIZAÇÃO 
1.1Despesa Antecipada e Receita Antecipada 
Despesa antecipada = aplicação de recurso em despesas do 
exercício seguinte 
As despesas antecipadas representam pagamentos antecipados, cujos 
benefícios ou prestação de serviço à empresa ocorrerão em momento posterior. O 
fato gerador ainda não ocorreu, por isso, não há despesa. Em obediência ao regime 
de competência serão registradas, em regra, no Ativo representando um direito 
(de usar ou consumir). 
Exs.: aluguéis antecipados, seguros passivos a vencer, assinatura de jornal a 
apropriar, comissões passivas a transcorrer. 
Pagamento de prêmio de seguro contra incêndio no dia 30/09/x1. 
Período de cobertura: 01/10/x1 a 30/09/x2. 
Valor pago: R$ 1.524,00 (à vista). 
Lançamento: 
Registro em 30/09/x1, data do pagamento do seguro: 
D- Seguros a Vencer 
C- Caixa------------------------------------1.524,00 
Apropriação da despesa com seguro mês a mês, pela fluência do prazo, 
conforme regime de competência: 
D- Seguros 
C- Seguros a Vencer------------ 127,00 (1.524/12) 
Existem casos específicos em que as despesas antecipadas não significam 
desembolso imediato de recursos, e sim valores a pagar em curto prazo. 
Ex.: 
Contratação de prêmio de seguro contra incêndio no dia 30/09/x1. 
Período de cobertura: 01/10/x1 a 30/09/x2. 
Valor pago: R$ 1.524,00 (a prazo, em 3 parcelas). 
Lançamento: 
Registro em 30/09/x1, data da contratação do seguro: 
D- Seguros a vencer 
C- Seguros a pagar-------------------------1.524,00 
Apropriação da despesa com seguro mês a mês, pela fluência do prazo, 
conforme regime de competência: 
D- Seguros 
C- Seguros a Vencer------------ 127,00 (1.524/12) 
Pagamento das parcelas do seguro: 
D- Seguros a pagar 
C- Caixa-------------------------- 508,00 (1.524/3) 
Quando uma despesa vier acompanhada dos seguintes termos: a apropriar, a 
transcorrer, a incorrer, a vencer significa que o fato gerador da despesa ainda vai 
ocorrer. Portanto, não são contas de resultado, visto que o fato gerador não 
aconteceu. São contas patrimoniais, pertencentes, em geral, ao Ativo, por 
representar um direito. 
Despesa Antecipada (contas patrimoniais) Despesa a vencer 
Despesa a apropriar 
Despesa a Incorrer 
Despesa a transcorrer 
Receita antecipada 
As receitas antecipadas representam recebimentos antecipados, cuja entrega 
do bem ou prestação do serviço ocorrerão em momento posterior. O fato gerador 
ainda não ocorreu, por isso, não há receita. Em obediência ao regime de 
competência serão registradas, em regra, no Passivo representando uma obrigação 
(de entregar o produto ou prestar o serviço). 
Exs.: adiantamento de cliente, receita de serviço a apropriar. 
Uma empresa recebeu de um cliente o valor de R$ 1.200.000,00 para prestar 
serviços de manutenção pelo prazo de um ano. 
Recebimento antecipado para prestar serviços de seguro pelo prazo de um ano 
no dia 30/09/x1. 
Período para prestação do serviço: 01/10/x1 a 30/09/x.2 
Valor pago: R$ 1.524,00 (à vista). 
Lançamento: 
Registro em 30/09/x1, data do recebimento do seguro: 
caeta
Destacar
D- Caixa 
C- Receita de Serviço a Apropriar---------1.524,00 
Apropriação da receita mês a mês, pela fluência do prazo, conforme regime de 
competência: 
D- Receita de Serviço a Apropriar 
C- Receita de Serviço ----------- 127,00 (1.524/12) 
Ex.: 
A empresa Chaves recebeu do cliente Alfa em 01.04.X1 a quantia de R$ 1.000,00 
para entrega de mercadorias em 20.06.X1. A receita só será reconhecida por 
Chaves quando da entrega das mercadorias ao cliente. Quando o cliente efetua o 
pagamento à empresa, essa passa a ter a obrigação de entregar o produto ao 
cliente. 
Lançamento: 
Em 01.04.X1 - recebimento em dinheiro: 
D – Caixa 
C - Adiantamento de clientes ------------ 1.000,00 
No dia 20.06.X1, quando a mercadoria for entregue, devemos reconhecer a 
receita: 
D – Adiantamento de clientes 
C – Receita de vendas -------------------- 1.000,00 
Quando uma receita vier acompanhada dos seguintes termos: a apropriar, a 
transcorrer, a realizar, a vencer significa que o fato gerador da receita ainda vai 
ocorrer. Portanto, não são contas de resultado, visto que, o fato gerador não 
aconteceu. São contas patrimoniais, pertencentes, em geral, ao Passivo, por 
representar uma obrigação. 
Despesa Antecipada (contas patrimoniais) Receita a vencer 
Receita a apropriar 
Receita a Incorrer 
Receita a transcorrer 
1.2 Aplicações Financeiras 
Aplicações financeiras de liquidez imediata 
Aplicações de curtíssimo prazo, resgate em até 3 meses. Possui alta liquidez, o 
dinheiro aplicado pode ser resgatado em qualquer dia dentro desse prazo máximo. 
Registrada no grupo disponível. 
Ex.: aplicações em caderneta de poupança. 
caeta
Destacar
caeta
Destacar
caeta
Destacar
caeta
Destacar
caeta
Destacar
caeta
Destacar
Aplicações com rendimento pré-fixado (rendimento antes) 
Quando o investidor já sabe o valor do rendimento no próprio dia da aplicação, 
ou seja, na data da aplicação já sabe quanto será resgatado. 
O valor da receita financeira será apropriado proporcionalmente ao número de 
dias da aplicação (pro rata die), excluindo o primeiro dia e incluindo o último. 
Ex.: 
Em 01/11/X1, a empresa Alfa efetuou uma aplicação no valor de R$ 100.000,00, 
com rendimento (total) pré-fixado de R$ 5.400,00. O prazo da aplicação é de 90 
dias. IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) de 1,5%. 
Obs.: como o rendimento total foi pré-fixado, independentemente do regime de 
capitalização (simples ou composto), o rendimento será o mesmo, então haverá a 
apropriação da receita financeira de forma linear. 
Registro da aplicação financeira (1/11/X1): 
D- Aplicação Financeira---------------105.400,00 
C- Receita Financeira a Apropriar-------- 5.400,00 
C- Banco--------------------------------100.000,00 
ATIVO 
APLICAÇÃO FINANCEIRA 
Aplicações com rendimento pré-fixado 
Aplicação Financeira-------------------105.400,00 
(-) Receita Financeira a Apropriar *--- (5.400,00) 
* Receita financeira a apropriar: receita antecipada. 
O fato gerador ainda não ocorreu, por isso, não há receita. Em obediência ao 
regime de competência, serão registradas, em regra no Passivo, representando 
uma obrigação. Quando essas receitas antecipadas estiverem relacionadas a itens 
do Ativo, como aplicações financeiras ou empréstimos concedidos, serão 
contabilizadas como conta retificadora do respectivo Ativo. 
Em 30/11/X1- Apropriação da Receita Financeira, pela fluência do prazo, 
atendendo ao regime de competência. 
Rendimento do período: 5.400/90 = R$ 60/dia. 
Nov./X1 = 29 dias x 60 = R$ 1.740,00. 
D- Receita Financeira a Apropriar 
C- Receita Financeira---------------------1.740,00 
Em 31/12/X1- Apropriação da Receita Financeira, pela fluência do prazo, 
atendendo ao regime de competência. 
Rendimento do período: 5.400/90 = R$ 60/dia. 
Dez/X1 = 31 dias x 60 = R$ 1.860,00. 
caeta
Destacar
 
Em 30/01/X2 – Data do resgate da aplicação financeira 
Apropriação do restante da Receita Financeira 
Rendimento do período: 5.400/90 = R$ 60/dia. 
Jan/X2 = 30 dias x 60 = R$ 1.800,00. 
D- Receita Financeira a Apropriar 
C- Receita Financeira---------------------1.800,00 
Cálculo do IRRF 
IRRF: 5.400 x 1,5% = R$ 81,00. 
D- IRRF a Compensar 
C- Aplicação Financeira----------------------81,00 
Obs.: a conta IRRF a Compensar representa um crédito da empresa contra a 
Receita Federal. É, portanto, uma conta de Ativo, e poderá ser compensada com o 
Imposto de Renda sobre o lucro real. 
Resgate: 
Saldo da conta aplicação financeira = 105.400 – 81 = R$ 105.319,00. 
D- Banco 
C- Aplicação Financeira-------105.319,00 
Aplicações com rendimento pós-fixado (rendimento depois) 
Quando o investidor não sabe o valor do rendimento na data da aplicação. Esse 
rendimento somente será conhecido à medida que o tempo vai passando e o 
dinheiro permanece aplicado.Ex.: 
Em 01/11/X1, a empresa Alfa efetuou uma aplicação no valor de R$ 100.000,00. 
O prazo da aplicação é de 3 meses. IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) de 
1,5%. 
Obs.: como o rendimento é pós-fixado, somente será conhecido o rendimento 
ao final de cada mês, pelo tempo que o dinheiro se mantiver aplicado. 
Em 1/11/X1 - Registro da aplicação financeira 
D- Aplicação Financeira 
C- Banco--------------------------------100.000,00 
ATIVO 
APLICAÇÃO FINANCEIRA 
Aplicações com rendimento pós-fixado 
Aplicação financeira-------------------100.000,00 
Em 30/11/X1 - Reconhecimento da Receita Financeira, ao final do primeiro 
mês de aplicação (novembro). 
Rendimento do período: 2% ao mês. 
Nov./X1 = 100.000 x 2% = R$ 2.000,00 
D- Aplicação financeira 
C- Receita Financeira---------------------2.000,00 
Em 31/12/X1- Reconhecimento da Receita Financeira do período (dezembro) 
Rendimento do período: 2,3% ao mês. 
Dez./X1 = 102.000 x 2,3% a.m = R$ 2.346,00 
D- Aplicação financeira 
C- Receita Financeira---------------------2.346,00 
 
Em 30/01/X2 – Data do resgate da aplicação financeira 
Reconhecimento da Receita Financeira do período (janeiro). 
Rendimento do período: 2,1% a.m 
Jan./X2 = 104.346 x 2,1% am = R$ 2.191,27 
D- Aplicação financeira 
C- Receita Financeira---------------------2.191,27 
Cálculo do IRRF 
Rendimento = 2.000,00 + 2.346,00 + 2.191,27 = R$ 6.537,27 
IRRF: 6.537,27 x 1,5% = R$ 98,06 
D- IRRF a Compensar 
C- Aplicação Financeira----------------------98,06 
Obs.: a conta IRRF a Compensar representa um crédito da empresa contra a 
Receita Federal. É, portanto, uma conta de Ativo, e poderá ser compensada com o 
Imposto de Renda sobre o lucro real. 
Resgate: 
Saldo da conta aplicação financeira = 100.000,00 + 6.537,27 – 98,06 = R$ 
106.439,21. 
D- Banco 
C- Aplicação Financeira----------------106.439,21 
1.3 Empréstimos 
Empréstimos pré-fixados 
Caracterizam-se quando a empresa já sabe, no dia da transação, qual o valor 
dos encargos financeiros incidentes sobre a operação. 
Ex.: A empresa Alfa contraiu, em 1/11/X1, um empréstimo no valor de 
R$101.500,00 que deverá ser pago em 90 dias. Foi descontada, no ato da 
liberação do referido empréstimo, a importância de R$ 1.200,00, a título de 
juros e um custo de transação de R$ 300,00. 
Em 01/11/X1: contrato empréstimo 
D- Banco--------------------------------100.000,00 
D- Juros passivos a transcorrer *---------1.200,00 
D- Custo de transação a amortizar----------300,00 
C- Empréstimo Obtido-----------------101.500,00 
PASSIVO 
EMPRÉSTIMO PRÉ-FIXADO 
Empréstimo Obtido--------------------101.500,00 
Juros passivos a transcorrer-------------(1.200,00) 
Custo de transação a amortizar-----------(300,00) 
*Juros passivos a transcorrer: despesa antecipada, em regra, registrada no 
Ativo. 
Quando essas despesas antecipadas estiverem relacionadas a itens do Passivo, 
como financiamentos ou empréstimos, serão contabilizadas como conta 
retificadora do respectivo Passivo. 
30/11/X1: Apropriação da Despesa 
D- Despesa Financeira------------------------- 400,00 
D- Despesa com amortização do custo de transação --100,00 
C- Juros passivos a transcorrer---------------- 400,00 
C- Custo de transação a amortizar------------ 100,00 
31/12/X1: Apropriação da Despesa 
D- Despesa Financeira------------------------- 400,00 
D- Despesa com amortização do custo de transação -- 100,00 
C- Juros passivos a transcorrer---------------- 400,00 
C- Custo de transação a amortizar------------ 100,00 
 
31/01/X2: Data do pagamento do empréstimo 
Apropriação do restante da despesa 
D- Despesa Financeira---------------------- 400,00 
D- Despesa com amortização do custo de transação --100,00 
C- Juros passivos a transcorrer----------------- 400,00 
C- Custo de transação a amortizar-------- 100,00 
Pagamento do empréstimo 
D- Empréstimo Obtido 
C – Banco--------------------------------101.500,00 
CPC 20 – Custo dos Empréstimos 
Custos de empréstimos são juros e outros custos que a entidade incorre 
em conexão com o empréstimo de recursos. 
Custos de empréstimos incluem: 
(a) encargos financeiros calculados com base no método da taxa efetiva 
de juros como descrito nos Pronunciamentos Técnicos CPC 08 - Custos de 
Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários e CPC 38 – 
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração; 
(b) (eliminada); 
(c) (eliminada); 
(d) encargos financeiros relativos aos arrendamentos mercantis 
financeiros reconhecidos de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 06 
– Operações de Arrendamento Mercantil; 
(e) variações cambiais decorrentes de empréstimos em moeda 
estrangeira, na extensão em que elas sejam consideradas como ajuste, para 
mais ou para menos, do custo dos juros. 
CPC 08 – Custo de Transação 
Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente 
atribuíveis às atividades necessárias exclusivamente à consecução das 
seguintes transações: 
˃ Distribuição primária de ações ou bônus de subscrição, 
˃ Aquisição e alienação de ações próprias, 
˃ Captação de recursos por meio da contratação de empréstimos ou 
financiamentos ou pela emissão de títulos de dívida, bem como dos prêmios 
na emissão de debêntures e outros instrumentos de dívida ou de patrimônio 
líquido. 
Exemplos de custos de transação são: 
01.gastos com elaboração de prospectos e relatórios; 
02.remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, 
auditores, consultores, profissionais de bancos de investimento, corretores 
etc.); 
03.gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-shows); 
04.taxas e comissões; 
05.custos de transferência; 
06.custos de registro etc. 
Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e 
valores mobiliários, despesas financeiras, custos internos administrativos ou 
custos de carregamento. 
Empréstimos pós-fixados 
A empresa não sabe o valor dos juros incidentes na operação na data do 
empréstimo. Esses juros somente serrão conhecido ao final de cada período, pela 
fluência do prazo do empréstimo. 
Ex.: A empresa Alfa contraiu, em 1/12/X1, um empréstimo no valor de 
R$100.300,00 que deverá ser pago em 60 dias. Os juros serão calculados ao final 
de cada mês. 
Em 01/12/X1: contrato empréstimo 
D- Banco--------------------------------100.000,00 
C- Empréstimo Obtido-----------------100.000,00 
PASSIVO 
EMPRÉSTIMO PÓS-FIXADO 
Empréstimo Obtido--------------------100.000,00 
31/12/X1: Reconhecimento dos juros do período. Taxa de 1,5% a.m. 
Empréstimo obtido = 100.000 x 1,5% = R$ 1.500,00 
D- Despesa financeira 
C- Empréstimo Obtido ------------------ 1.500,00 
 
30/01/X2: Data do pagamento do empréstimo 
Reconhecimento dos juros do período. Taxa de 2% a.m. 
Empréstimo obtido = 101.500 x 2,0% = R$ 2.030,00 
D- Despesa financeira 
C- Empréstimo Obtido ------------------ 2.030,00 
Pagamento do empréstimo (principal + juros) 
D- Empréstimo Obtido 
C – Banco--------------------------------103.530,00 
1.4 Debêntures 
Títulos de crédito, com valor nominal, negociado com o intuito de captar 
recursos. 
Lei 6.404/76 
Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos seus titulares direito de 
crédito contra ela, nas condições constantes da escritura de emissão e, se houver, do 
certificado. 
Art. 56. A debênture poderá assegurar ao seu titular juros, fixos ou variáveis, participação 
no lucro da companhia e prêmio de reembolso. 
Art. 57. A debênture poderá ser conversível em ações nas condições constantes da escritura 
de emissão. (Grifo nosso) 
Para a companhia emissora, as debêntures representam uma espécie de 
empréstimos, em que os credores são os próprios debenturistas (essência sobre 
forma). 
Formas de emissão de debêntures: 
Emissão ao par: debêntures negociadas sem ágio ou deságio. 
Valor nominal = Valor de venda. 
Ex.: 
1.000 debêntures 
Valor nominal = R$ 10,00Valor de venda: R$ 10,00 
D- Caixa 
C- Debênture a resgatar------------------10.000,00 
 
Emissão abaixo do par: debêntures negociadas com deságio. 
Valor nominal > Valor de venda. 
Ex.: 
1.000 debêntures 
Valor nominal = R$ 10,00 
Valor de venda: R$ 8,00 
D- Caixa-----------------------------------8.000,00 
D- Deságio a amortizar--------------------2.000,00 
C- Debênture a resgatar------------------10.000,00 
 
Emissão acima do par: debêntures negociadas com prêmio (ágio). 
Valor nominal < Valor de venda. 
Ex.: 
1.000 debêntures 
Valor nominal = R$ 10,00 
Valor de venda: R$ 12,00 
D- Caixa----------------------------------12.000,00 
C- Debênture a resgatar------------------10.000,00 
C- Prêmio recebido na emissão de debênture a apropriar-----------------------------
---------2.000,00 
 
Ex.: 
1.000 debêntures 
Valor nominal = R$ 10,00 
Valor de venda: R$ 12,00 
Custo de transação: R$ 500,00 
D- Caixa----------------------------------11.500,00 
D- Custo de transação a amortizar--------500,00 
C- Debênture a resgatar------------------10.000,00 
C- Prêmio recebido na emissão de debênture a apropriar-----------------------------
---------2.000,00 
 
CPC 08 – Custo de Transação 
Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da 
contratação de instrumento de dívida (empréstimos, financiamentos ou títulos de 
dívida tais como debêntures, notas comerciais ou outros valores mobiliários) 
devem ser contabilizados como redução do valor justo inicialmente reconhecido 
do instrumento financeiro emitido, para evidenciação do valor líquido recebido. 
Em outras palavras, será reconhecido inicialmente como conta retificadora do 
Passivo. 
Os encargos financeiros incorridos na captação de recursos junto a terceiros 
devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do prazo, pelo custo 
amortizado usando o método dos juros efetivos. 
1.5 Folha de Pagamento 
Documento elaborado ao final de cada mês contendo os valores das 
remunerações dos funcionários da entidade. Engloba o nome dos empregados, 
seus cargos, valores que integram suas remunerações, categorias como 
contribuintes da Previdência. 
Os salários, encargos e contribuições trabalhistas e previdenciárias a cargo do 
empregador, representam DESPESAS para empresa, conforme o regime de 
competência. Valores retidos dos empregados, como Imposto de Renda e 
contribuição, não são despesas da empresa, e sim do próprio empregado. 
No modelo de folha de pagamento, inicialmente são feitas as descrições 
individuais de cada empregado e, no final, o resumo geral. Registraremos o resumo 
geral. 
Ex.: 
FOLHA DE PAGAMENTO/ RESUMO MENSAL 
Empresa: 
Mês/Ano: 
 
As questões que abordam esse assunto podem solicitar o total da despesa da 
empresa, então precisamos identificar essas despesas. 
Salário-base Despesa da empresa 200.000,00 
Auxílio-Maternidade Despesa da Previdência 2.000,00 
Salário-Família Despesa da Previdência 500,00 
INSS (empregado) Despesa do empregado 9.500,00 
IRRF Despesa do empregado 6.000,00 
FGTS Despesa da empresa 16.000,00 
INSS (patronal) Despesa da empresa 40.000,00 (guia INSS) 
TOTAL DESPESA DA EMPRESA R$ 256.000,00 
Contabilização da folha de pagamento. 
1º passo: reconhecimento da despesa com salário 
D- Salários 
C- Salários a pagar--------------------- 200.000,00 
* Neste exemplo, os salários serão pagos no quinto dia útil do mês subsequente. 
Caso o salário seja pago dentro do próprio mês, a contrapartida será o caixa, não 
sendo reconhecida nenhuma obrigação. 
Salários 
a Caixa 
2º passo: INSS do segurado e IRRF 
INSS - Despesa do próprio empregado. Funciona como uma espécie de seguro 
social para o qual ele contribui ao longo dos anos, na expectativa de receber uma 
aposentadoria no futuro. 
IRRF – Despesa do próprio empregado. É uma obrigação tributária principal em 
que a pessoa jurídica ou equiparada (empresa), está obrigada a reter do 
beneficiário da renda (empregado), o imposto correspondente. 
Nas duas situações, o valor devido pelo empregado é descontado pelo 
empregador do montante do salário a pagar e repassado à Previdência ou 
Secretaria da Fazenda. Em contrapartida, a empresa reconhece a obrigação de 
repassar os valores aos órgãos competentes. 
D- Salários a pagar------------------------15.500,00 
C-INSS a recolher--------------------------9.500,00 
C- IRRF a recolher-------------------------6.000,00 
3º passo: Auxílio-Maternidade e Salário-Família 
Auxílio-Maternidade - Despesa da Previdência. É um benefício pago às 
seguradas que acabaram de ter um filho, seja por parto ou adoção, ou aos 
segurados que adotem uma criança. 
Salário-Família - Despesa da Previdência. É um valor pago ao empregado 
(inclusive o doméstico) e ao trabalhador avulso, segurados da Previdência, de 
acordo com o número de filhos ou equiparados que possua. Filhos maiores de 
quatorze anos não têm direito, exceto no caso dos inválidos (para quem não há 
limite de idade). 
Nas duas situações, são gastos assumidos pela Previdência que deverão ser 
pagos ao empregado pelo empregador (aumentando o montante do salário a 
pagar) e compensados com o valor devido a título de contribuição previdenciária 
patronal (diminuindo o saldo do INSS a recolher). 
D- INSS a recolher 
C- Salários a pagar------------------------ 2.500,00 
4º passo: INSS patronal 
Para o empregador, o INSS patronal é um tributo, visto que o contribuinte não 
recebe uma contrapartida pelos valores pagos. Assim, a empresa lança como 
despesa do período e em contrapartida assume a obrigação de recolher à 
Previdência no mês subsequente. 
D- INSS 
C- INSS a recolher----------------------- 40.000,00 
5º passo: FGTS 
Criado com o objetivo de proteger o trabalhador demitido sem justa causa, 
mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho. Os depósitos 
são feitos pelo empregador em nome do empregado, na Caixa Econômica Federal. 
Portanto, é uma despesa do empregador, que não poderá ser descontada do salário 
do empregado. 
D- FGTS 
C- FGTS a recolher-----------------------16.000,00 
Total do Passivo----------------------- 256.000,00 
Salários a pagar: 200.000,00 – 15.500,00 + 2.500,00 = 187.000,00 
INSS a recolher: 9.500,00 – 2.500,00 + 40.000,00 = 47.000,00 
IRRF a recolher: 6.000,00 
FGTS a recolher: 16.000,00 
No mês subsequente, pagamento das obrigações: 
D- Salários a pagar----------------------187.000,00 
D- FGTS a recolher---------------------- 16.000,00 
D- INSS a recolher------------------------47.000,00 
D- IRRF a recolher-------------------------6.000,00 
C- Caixa---------------------------------256.000,00 
1.6 Ativo Diferido (Extinto pela Lei nº 11.941/09) 
Art. 299-A, Lei 6.404/76 - O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no Ativo diferido 
que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer 
no Ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a 
recuperação de que trata o § 3o do art. 183 desta Lei. (Grifo nosso) CPC 13 – Adoção Inicial 
da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória no 449/08 
A Lei nº. 11.638/07 restringiu o lançamento de gastos no Ativo diferido, mas, 
após isso, a Medida Provisória nº 449/08 extinguiu esse grupo de contas. Assim, os 
ajustes iniciais de adoção das novas Lei e Medida Provisória devem ser assim 
registrados: os gastos ativados que não possam ser reclassificados para outro 
grupo de ativos, devem ser baixados no balanço de abertura, na data de transição, 
mediante o registro do valor contra lucros ou prejuízos acumulados, líquido dos 
efeitos fiscais ou mantidos nesse grupo até sua completa amortização, sujeito à 
análise sobre recuperação. 
Conclusão: o Ativo Diferido foi extinto pela Lei 11.941/09. 
Consequências: 
Se puderem ser classificados em outro grupo de contas: serão alocadas para 
esse grupo. 
Exemplo: transferência para Intangível ou Imobilizado. 
D- Ativo DiferidoC- Imobilizado ou Intangível 
Caso não possam ser reclassificados em outro grupo de contas. 
2.1. Poderá permanecer no Ativo sob essa classificação até sua completa 
amortização, sujeito à análise sobre a recuperação/teste de impairment. (Lei 
6.404/76 e CPC 13). 
D- Despesa com Amortização 
C- Amortização Acumulada 
2.2. Poderá ter seus saldos baixados no balanço de abertura, na data de 
transição, mediante o registro do valor contra lucros ou prejuízos acumulados, 
líquido dos efeitos fiscais (CPC 13). 
D- Lucros ou Prejuízos Acumulados 
C- Ativo Diferido 
FIQUE LIGADO 
Com a extinção do Ativo Diferido, as despesas pré-operacionais de 
implantação ou reorganização serão classificadas diretamente no 
resultado como despesa, quando incorridas. 
1.7 Reserva de Reavaliação 
A reavaliação não é mais permitida no Brasil desde a vigência da Lei 11.638/07. 
Art. 178, Lei 6.404/76 
§2º, d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a sua 
efetiva realização ou estornados até o final do exercício social em que esta Lei 
entrar em vigor. 
CPC 13 – Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória no 449/08 
A Lei nº 11.638/07 eliminou a possibilidade de reavaliação espontânea de bens. 
Assim, os saldos existentes nas reservas de reavaliação constituídas antes da 
vigência dessa Lei, inclusive as reavaliações reflexas de controladas e coligadas, 
devem: 
(a) ser mantidos até sua efetiva realização; ou 
(b) ser estornados até o término do exercício social de 2008. 
Conclusão: a reserva de reavaliação foi extinta pela Lei 11.638/07. 
Consequências: 
Se optarem por manter o saldo da reserva até sua completa realização: 
O valor do Ativo Imobilizado reavaliado existente no início do exercício social 
passa a ser considerado como o novo valor de custo para fins de mensuração 
futura e determinação do valor recuperável. A reserva de reavaliação, no 
patrimônio líquido, continuará sendo realizada para a conta de lucros ou prejuízos 
acumulados, na mesma base que vinha sendo efetuada antes da promulgação da 
Lei nº. 11.638/07. 
D- Reserva de reavaliação 
C- Lucros acumulados 
A reserva será realizada na mesma proporção que o bem reavaliado vai sendo 
depreciado, amortizado, exaurido, baixado por perecimento ou venda. 
Se optarem por estornar o saldo da reserva até o término de 2008: 
O estorno retroagirá à data de transição estabelecida pela entidade quando da 
adoção inicial da Lei nº 11.638/07. O mesmo tratamento deve ser dado com 
referência à reversão dos impostos e contribuições diferidos, que foram 
registrados por ocasião da contabilização de reavaliação. 
D- Reserva de Reavaliação 
C- Bem reavaliado 
D- Imposto de Renda Diferido 
C- Tributo s/ Reserva de Reavaliação 
1.8 Estimativa de Crédito de Liquidação 
Duvidosa 
Conta retificadora dos créditos a receber de clientes, diante da possibilidade de 
inadimplência deles. Pode-se afirmar que o termo Estimativa de Crédito de 
Liquidação Duvidosa é um eufemismo para se referir aos “CALOTEIROS”. 
O valor da provisão é obtido aplicando-se um percentual (baseado nas perdas 
com clientes de períodos anteriores) sobre os valores a receber existentes na 
época do Balanço Patrimonial. A constituição da estimativa de perda faz com que 
as contas a receber sejam avaliadas de acordo com o critério do valor provável de 
realização (valor recuperável). 
Ex.: 
Em 31/12/X1, a Cia Alfa Ltda. possuía saldo de duplicatas e outras contas a 
receber no montante de R$ 500.000,00. O departamento de crédito e cobrança 
estimou em 4% as perdas prováveis no recebimento desses créditos. 
Em 31/12/X1 – Constituição PDD 
D- Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa 
C- Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa ----------------------------20.000 
(500.000 x 4%) 
Assim, no balanço patrimonial de 31/12/x1, teremos: 
AC 
Duplicatas a Receber------------------- 500.000,00 
(-) Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa -------------------------------------
--------(20.000,00) 
As perdas reconhecidas em um período serão confirmadas no exercício 
seguinte, à medida que as duplicatas forem ou não sendo recebidas. De modo que 
no período seguinte, as estimativas de perda do período anterior, podem ter 
quatro consequências: 
Em X2 (Exercício seguinte): 
1ª consequência: perda comprovada 
Durante o exercício de X2, foram recebidos R$ 480.000,00 do total de 
duplicatas a receber, sendo comprovada uma inadimplência de R$ 20.000,00, 
exatamente o valor estimado. 
D- Caixa 
C- Duplicatas a receber-----------------480.000,00 
O que fazer com a ECLD? Baixar em contrapartida do saldo da duplicata pois, 
entendemos que esse direito não será exercido. 
D- Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa 
C- Duplicata a Receber------------------ 20.000,00 
2ª consequência: perda não comprovada, ou seja, todo valor foi recebido. 
Durante o exercício de X2, foram recebidos R$ 500.000,00 das duplicatas a 
receber, não havendo inadimplência. 
D- Caixa 
C- Duplicatas a receber-----------------500.000,00 
O que fazer com a ECLD? Reverter, reconhecendo uma receita. 
D- Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa 
C- Reversão de Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa ---------------------
--------20.000,00 
3ª consequência: Perda > Estimativa 
Vamos considerar uma perda de R$ 30.000,00, como exemplo. 
Durante o exercício de X2, foram recebidos R$ 470.000,00 do total de 
duplicatas a receber, sendo comprovada uma inadimplência de R$ 30.000,00, uma 
perda maior que a estimada. 
D- Caixa 
C- Duplicatas a receber-----------------470.000,00 
O que fazer com o excesso de perda? Registrar diretamente no resultado como 
despesa, usaremos a conta perda com clientes. 
D- Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa -------------------------------------
----------20.000,00 
D- Perda com Clientes-------------------10.000,00 
C- Duplicata a Receber------------------30.000,00 
4ª consequência: Perda < Provisão 
Vamos considerar uma perda de R$ 15.000,00, como exemplo. 
Durante o exercício de X2, foram recebidos R$ 485.000,00 do total de 
duplicatas a receber, sendo comprovada uma inadimplência de R$ 15.000,00, uma 
perda menor que a estimada. 
D- Caixa 
C- Duplicatas a receber-----------------485.000,00 
O que fazer com a diferença? Registrar diretamente no resultado como receita. 
D- Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa -------------------------------------
--------20.000 
C- Reversão de Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa ----5.000 
C- Duplicata a Receber----------------------15.000 
5ª consequência: a partir de X3 
Em X2 a duplicata foi considerada incobrável e, portanto, baixada como perda. 
A partir de X3, a qualquer tempo, o cliente resolve pagar a dívida. Neste caso, o 
ganho vai diretamente para o resultado como receita. 
D- Caixa 
C- Receita Eventual----------------------20.000,00 
Para reconhecermos essa receita eventual, a duplicata deverá ter sido baixada 
em um momento anterior, por ser considerada incobrável. 
1.9 Duplicata Descontada 
O desconto de duplicatas é uma operação financeira em que a empresa entrega 
determinadas duplicatas para o banco e este lhe antecipa o valor em conta 
corrente, cobrando juros antecipadamente. 
Embora a propriedade dos títulos negociados seja transferida para a 
instituição, a empresa está coobrigada, juntamente com os devedores, ao 
pagamento das duplicatas, isto é, caso os devedores não paguem ao banco, a 
empresa assumirá a dívida. 
Com a aplicação do conceito da essência sobre a forma, o desconto de 
duplicatas é semelhante a um empréstimo bancário, no qual as duplicatas são 
entregues ao banco em garantia. Por esse motivo, a conta duplicata descontada 
será evidenciada no Passivo e os encargosincidentes na operação e cobrados 
antecipadamente, serão registrados como conta retificadora do Passivo e 
apropriados ao resultado pela fluência do prazo, obedecendo ao regime de 
competência. 
Ex.: 
No dia 01/03/X1 a empresa Alfa efetuou o desconto de duplicatas vencíveis em 
dois meses, no valor de R$ 20.000,00, junto ao Banco Sul, cobrando, este, 
antecipadamente juros de R$ 1.200,00 e mais despesas bancárias de R$ 300,00 
pela operação. Nesta data foi creditado na conta corrente da empresa o valor 
líquido de R$ 18.500,00. 
01/03/x1- Desconto da Duplicata 
D- Banco--------------------------------- 18.500,00 
D- Juros passivos a vencer-----------------1.200,00 
D- Custo de transação a amortizar----------300,00 
C- Duplicata descontada----------------20.000,00 
PASSIVO 
PASSIVO CIRCULANTE 
Duplicata Descontada-----------------20.000,00 
(-) Juros Passivos a Vencer------------(1.200,00) 
(-) Custo de Transação a amortizar------(300,00) 
ATIVO 
Banco------------------------------------18.500,00 
Duplicata a receber---------------------20.000,00 (saldo inicial do Ativo) 
31/03/x1 – Apropriação dos encargos financeiros (adotaremos o método 
linear, a fim de simplificar os cálculos) 
D- Encargos financeiros -------------------750,00 
C- Juros passivos a vencer------------------ 600,00 
C- Custo de transação a amortizar--------- 150,00 
30/04/x1 – Apropriação do restante dos encargos financeiros 
D- Encargos financeiros --------------------750,00 
C- Juros passivos a vencer------------------ 600,00 
C- Custo de transação a amortizar--------- 150,00 
30/04/x1 – Vencimento da Duplicata 
1ª consequência: o banco recebe os R$ 20.000,00 referentes à duplicata. É 
remetido um aviso à empresa Alfa, que só então efetua a baixa das duplicatas 
descontadas, mediante o seguinte lançamento: 
D- Duplicata Descontada 
C- Duplicata a Receber-------------------20.000,00 
Quando o devedor vai ao banco e paga a duplicata, dois problemas serão 
resolvidos de uma só vez. Ou seja, o cliente resolve seu problema com a empresa 
Alfa (baixa do direito) e esta com o banco (baixa da obrigação). 
2ª consequência: o banco não recebeu as duplicatas. Neste caso, a empresa Alfa 
terá que arcar com o pagamento da dívida junto ao banco, e continuará com o 
direito de receber a duplicata do cliente. 
D- Duplicata Descontada 
C- Banco----------------------------------20.000,00 
1.10Duplicata x Nota Promissória 
Duplicata: título comercial 
Além da fatura, que é de emissão obrigatória nas vendas a prazo, o comerciante 
pode emitir duplicata. Sua emissão é comum nas vendas a prazo. 
VENDEDOR 
(credor) 
Emite NF, Fatura e Duplicata. 
COMPRADOR 
(devedor) 
Aceita a duplicata. 
Obs.: o aceite é o reconhecimento da dívida representada pelo título de crédito, 
mediante a assinatura do devedor. 
Duplicata emitida (de nossa emissão) Direito Ativo Duplicata a Receber 
Duplicata aceita (de nosso aceite) Obrigação Passivo Duplicata a Pagar 
Nota promissória: título financeiro 
A nota promissória é uma promessa de pagamento feita pelo devedor em favor 
de seu credor. O emitente assina uma declaração de que pagará, na data 
combinada, certa quantia ao credor indicado no título. É utilizada por bancos, 
sociedades imobiliárias e demais pessoas que não operem com mercadorias ou 
prestação de serviços. 
Ao contrário da duplicata, quem emite a nota promissória é o próprio devedor. 
CREDOR 
Aceita a Nota Promissória. 
DEVEDOR 
Emite a Nota Promissória. 
Obs.: não há necessidade de aceite da nota promissória, uma vez que, ao emitir 
o título, o devedor já reconhece a dívida. 
Nota promissória emitida (de nossa emissão) Obrigação Passivo NP a Pagar 
Nota promissória aceita (emitida por terceiro) Direito Ativo NP a receber 
2. OPERAÇÕES COM MERCADORIAS 
2.1 Estoques – Conceito e Composição 
Conceito 
São bens adquiridos ou produzidos pela empresa com o objetivo de venda ou 
utilização própria no curso normal de suas atividades 
Definição segundo CPC 16- Estoques: 
Estoques são Ativos: 
a)mantidos para venda no curso normal dos negócios; 
b)em processo de produção para essa venda; ou 
c)na forma de materiais ou suprimentos, a serem consumidos ou 
transformados no processo de produção ou na prestação de serviços. 
Componentes do grupo estoque 
Bens adquiridos e destinados à venda, incluindo, por exemplo, mercadorias 
compradas por um varejista para revenda, ou terrenos e outros imóveis para 
revenda; 
Produtos acabados e produtos em processo de produção e incluem matérias-
primas e materiais aguardando utilização no processo de produção, tais como: 
componentes, embalagens e material de consumo. 
2.2 Mensuração do Estoque 
Lei 6.404/76 
Os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor justo, dos 
dois, o menor. 
Art. 183, Lei 6.404/76 
II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, 
assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo 
de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, 
quando este for inferior; 
§ 1º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: 
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser 
repostos, mediante compra no mercado; 
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda 
no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a 
margem de lucro. 
Ativo Circulante 
Estoque 
(-) Estimativa de Ajuste ao Valor de Mercado 
Cpc 16 – estoques 
Os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável 
líquido, dos dois, o menor. 
Ativo Circulante 
Estoque 
(-) Estimativa de Ajuste ao Valor Realizável Líquido 
Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos 
negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos 
estimados necessários para se concretizar a venda. 
Custo do estoque 
O valor de custo dos estoques deve incluir todos os custos de aquisição e de 
transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua 
condição e localização atuais. 
CPC 16 – Estoques: 
O custo de aquisição dos estoques compreende: 
˃ o preço de compra; 
˃ os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao 
Fisco); 
˃ os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à 
aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. 
* Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser 
deduzidos na determinação do custo de aquisição. 
Preço de compra, 
+ Impostos de importação e outros tributos 
(-) Impostos recuperáveis junto ao Fisco 
+ Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de 
produtos acabados, materiais e serviços. 
(-) Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes 
CUSTO DE AQUISIÇÃO 
Armazenagem de matéria-prima = CUSTO DE PRODUÇÃO 
Armazenagem de mercadorias ou produtos acabados = DESPESA 
Outros custos 
Outros custos que não são de aquisição nem de transformação devem ser 
incluídos nos custos dos estoques somente na medida em que sejam incorridos 
para colocar os estoques no seu local e na sua condição atuais. Por exemplo, pode 
ser apropriado incluir no custo dos estoques gastos gerais que não sejam de 
produção ou os custos de desenho de produtos para clientes específicos. 
Itens não incluídos no custo dos estoques e reconhecidos como despesa do 
período em que são incorridos: 
a) valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros insumos 
de produção; 
b) gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo 
produtivo entre uma e outra fase de produção; 
c) despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu 
local e condição atuais; e 
d) despesas de comercialização, incluindo a venda e a entregados bens e 
serviços aos clientes. 
FIQUE LIGADO 
O Pronunciamento CPC 20 – Custos de Empréstimos – estabelece 
que os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à 
aquisição, construção ou produção de um Ativo qualificável formam 
parte do custo de tal Ativo, ou seja, os custos de empréstimos 
incorridos para financiar a construção de Ativos qualificáveis são 
apropriados ao custo do Ativo. Outros custos de empréstimos 
devem ser reconhecidos como despesa no período em que são 
incorridos. 
* Custos de empréstimos são juros e outros custos que a entidade 
incorre em conexão com o empréstimo de recursos. 
* Ativo qualificável é um Ativo que, necessariamente, demanda um 
período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou 
venda pretendidos. Pode ser estoque, imobilizado, Ativo Intangível, 
plantas para manufaturas, e outros. 
2.3 Operações de Compra 
Impostos recuperáveis 
De acordo com a CF/88, o IPI e o ICMS: 
˃ Impostos recuperáveis ou não cumulativos: o adquirente da mercadoria tem o 
direito de se creditar do imposto cobrado em operações anteriores, para 
compensá-lo com o imposto devido na operação seguinte. 
Compra = crédito = imposto a recuperar 
Venda = obrigação = imposto a recolher 
Os impostos incidentes nas operações de compras, quando recuperáveis, não integrarão o 
custo de aquisição. 
a) ICMS 
Características: 
˃ Competência estadual. 
˃ Incide sobre a circulação de mercadorias e prestação de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
˃ Imposto “por dentro”; seu valor está incluso no preço da mercadoria, ou seja, 
faz parte da sua própria base de cálculo. 
˃ Como o ICMS é um tributo não cumulativo, o valor do ICMS pago ao 
fornecedor por ocasião da compra corresponde a um direito da empresa 
classificado no Ativo Circulante, caso a empresa seja contribuinte do 
imposto, e não integra o custo dos estoques de mercadorias. 
˃ Mercadoria é a coisa móvel destinada ao comércio. Para efeito do ICMS a 
energia é tratada como mercadoria. Exclui os bens imóveis, ainda que sejam 
destinados à venda; 
˃ Contribuinte do imposto: Comércio/ Indústria. 
A compra gera CRÉDITO de ICMS – ICMS a recuperar. 
A venda da mercadoria gera DÉBITO de ICMS- ICMS a recolher. 
No período de apuração da conta, os créditos e débitos de ICMS serão 
comparados para se conhecer a parcela do imposto a recuperar ou a recolher: 
Se o DÉBITO de ICMS for maior que o Crédito de ICMS (ICMS a recolher > ICMS 
a recuperar) há obrigação de recolher o imposto. 
Se o DÉBITO de ICMS for menor que o Crédito de ICMS (ICMS a recolher < ICMS 
a recuperar) há crédito do imposto. 
A alíquota do ICMS pode variar de acordo com o tipo da mercadoria ou do 
serviço, sua origem e destinação. 
O ICMS é recuperável quando se adquirem: 
˃ Mercadorias para comercialização e/ou Industrialização. 
˃ Bens para ativo imobilizado. 
b) IPI 
Características: 
˃ Competência Federal. 
˃ Incide sobre produtos industrializados ou manufaturados, é devido por 
empresas industriais ou equiparadas. 
˃ Imposto “por fora”, o seu valor não está incluso no preço dos produtos. 
˃ Como o IPI é um tributo não cumulativo, o valor do IPI pago ao fornecedor 
por ocasião da compra corresponde a um direito da empresa classificado no 
Ativo Circulante, caso a empresa seja contribuinte do imposto, e não integra 
o custo dos estoques de mercadorias. 
˃ Contribuinte do imposto: indústria ou equiparadas. 
A compra gera CRÉDITO de IPI – IPI a recuperar; 
A venda do produto manufaturado gera DÉBITO de IPI – IPI a recolher. 
No período de apuração da conta, os créditos e débitos de IPI serão comparados 
para se conhecer a parcela do imposto a recuperar ou a recolher: 
Se o DÉBITO de IPI for maior que o Crédito de IPI (IPI a recolher > IPI a 
recuperar) há obrigação de recolher o imposto. 
Se o DÉBITO de IPI for menor que o Crédito de IPI (IPI a recolher < IPI a 
recuperar) há crédito do imposto. 
A alíquota do IPI pode variar de acordo com o tipo de produto produzido, sua 
origem e destinação. 
O IPI é recuperável quando se adquirem: 
˃ Matérias-primas e demais bens em almoxarifado destinados ao processo de 
industrialização de produtos sujeitos ao imposto. 
O IPI não é recuperável quando: 
˃ Adquirem-se bens para o ativo imobilizado; 
˃ Adquire-se material de uso ou consumo da indústria (produtos não utilizados 
no processo produtivo); 
˃ O adquirente não é contribuinte do IPI (neste caso, o IPI integra o custo de 
aquisição). 
ATIVIDADE IMPOSTOS APLICÁVEIS 
INDÚSTRIA IPI 
ICMS 
PIS/ COFINS 
COMÉRCIO ICMS 
PIS/ COFINS 
CONSUMIDOR FINAL NÃO É CONTRIBUINTE DE NENHUM IMPOSTO 
ICMS – imposto por dentro 
IPI – imposto por fora 
Então, no preço da mercadoria inclui o ICMS, mas não inclui o IPI. 
Exemplo: 
Mercadorias -----------------R$ 3.000,00 
IPI de 20% --------------- + R$ 600,00 (3.000 x 20%) 
Valor da NF --------------- R$ 3.600,00 
ICMS de 10% está incluso no valor da mercadoria = R$ 300,00 (3000 x10%) 
Cumpre observar que o valor do IPI foi adicionado ao valor da mercadoria para 
calcularmos o total da NF de R$3.600,00. O ICMS está embutido no valor da 
mercadoria. 
É preciso ter cuidado com as questões que mencionam o “valor da nota fiscal” 
ou o “valor pago”, este já inclui o IPI. Quando a questão fizer referência ao total da 
nota, neste valor estão embutidos o ICMS e IPI. 
No total da nota de R$ 3.600,00 já estão embutidos o ICMS de R$ 300,00 e o IPI 
de R$ 600,00. 
Operações de compras 
SITUAÇÃO 1: Vendedor (indústria) x Comprador (comércio) 
Indústria (vendedor): 
Destaque do ICMS e IPI na nota fiscal, 
pois contribui com os dois impostos. 
→ 
Empresa comercial (comprador): 
Contribuinte somente do ICMS. Significa que terá 
o direito de compensar o ICMS na compra. 
O IPI fará parte do custo de aquisição, pois não 
será recuperado. 
Vendedor: Indústria 
Mercadorias ----------------------------------------------R$ 3.000,00 
IPI de 20% --------------------------------- +R$ 600,00 (3.000 x 20%) 
Valor da NF -------------------------------- R$ 3.600,00 
ICMS de 10% incluso no valor da operação = R$ 300,00 (3000 x 10%) 
Comprador: Comércio 
Compra Líquida: 
3.000 – 300(ICMS recuperável) + 600(IPI não recuperável) = R$ 3.300,00 ou 3.600 – 300 = R$ 
3.300,00 
Lançamento: 
D- Mercadorias -----------------------------------------------3.300,00 
D- ICMS a Recuperar------------------------------------------300,00 
C- Caixa/ Fornecedor ----------------------------------------3.600,00 
SITUAÇÃO 2: Vendedor (indústria) x Comprador (indústria) 
Indústria (vendedor): 
Destaque do ICMS e IPI na nota fiscal, pois 
contribui com os dois impostos. 
→ 
Indústria (comprador): 
Contribuinte do ICMS e IPI. 
Significa que terá o direito 
de recuperá-los na compra. 
Vendedor: Indústria 
Mercadorias -------------R$ 3.000,00 
IPI de 20% ---------------+R$ 600,00 (3.000 x 20%) 
Valor da NF --------------R$ 3.600,00 
ICMS de 10% incluso no valor da operação = R$ 300,00 (3000 x10%) 
Comprador: Indústria 
Compra Líquida: 
= 3.600 – 300(ICMS recuperável) – 600(IPI recuperável) = R$ 2.700,00 ou 
3.000 – 300(ICMS recuperável) = R$ 2.700,00 
Lançamento: 
D- Mercadorias ----------------2.700,00 
D-ICMS a Recuperar------------300,00 
D- IPI a Recuperar --------------600,00 
C- Caixa/ Fornecedor ------- 3.600,00 
FIQUE LIGADO 
Em regra geral, o IPI incide sobre o ICMS. 
O ICMS é calculado por dentro, ou seja, está embutido no valor da 
mercadoria. 
O ICMS não incide sobre o IPI. 
SITUAÇÃO 3: vendedor (comércio) x Comprador (comércio) 
Comércio (vendedor): 
Destaque do ICMS, pois, é contribuinte 
do imposto. 
→ 
Comércio (comprador): 
Contribuinte somente do ICMS. 
Significa que terá o direito de compensar o 
ICMS na compra. 
Vendedor: comércio 
Mercadorias ----------------------------------------------R$ 3.000,00 
Valor da NF -----------------------------------------------R$ 3.000,00ICMS de 10% incluso no valor da operação = R$ 300,00 (ICMS = 3.000 x 10%= 300,00) 
Comprador: comércio 
Compra Líquida: 3.000-300= R$ 2.700,00 
Lançamento: 
D- Mercadoria-------------------------------------------------2.700,00 
D-ICMS a Recuperar--------------------------------------------300,00 
C- Caixa/Fornecedor-----------------------------------------3.000,00 
SITUAÇÃO 4: BEM DE CONSUMO 
Vendedor (Indústria) x Comprador (Consumidor Final) 
Se o produto é destinado a consumo ou a ativo fixo do adquirente, o IPI integra 
a base de cálculo do ICMS do remetente. 
Vendedor: Indústria 
Bem -------------------------------------------------------R$ 3.000,00 
IPI-20%--------------------------------------------------- + R$ 600,00 
NF--------------------------------------------------------- R$ 3.600,00 
ICMS de 10% incluso no valor da operação = 3.600 x 10% = R$ 360,00 
Comprador: Consumidor Final 
Custo de Aquisição: R$ 3.600,00 
Lançamento 
D- Estoque/ Material de Consumo 
C- Caixa/Fornecedor -------------------------------------R$ 3.600,00 
Composição da NF de venda (em reais): 
Vendedor: Indústria e Comércio 
250 latas -----Cun 120,00 
IPI + 6,00 (120 x 5%) 
NF 126,00 
ICMS = 120 x 12% = 14,40 
Comprador: Indústria e Comércio 
A tinta adquirida foi contabilizada conforme sua natureza contábil funcional: 
50 latas para consumo interno: assume o papel do consumidor final, não recupera nenhum dos 
impostos. Vale ressaltar que nessa situação o ICMS seria de R$ 15,12 (126 x 12%), mas de 
qualquer forma não seria recuperado. 
100 latas para revender: assume o papel de empresa comercial, recupera apenas o ICMS. 
100 latas para usar como matéria-prima: assume o papel de indústria, recupera tanto ICMS 
quanto o IPI. 
Estoque 
- consumo interno: 50 x 126 = R$ 6.300,00. 
- para revender: 100 x (126 – 14,40) = 100 x 111,60 = R$ 11.160,00 
- para usar como matéria-prima = 100 x (126 - 6 - 14,40) = 100 x 105,60 = R$ 10.560,00 
Total do estoque: R$ 28.020,00 
Frete e seguro na compra 
SITUAÇÃO 5: Frete e seguro 
FIQUE LIGADO 
Se a questão não informar, deve-se considerar que o frete e o 
seguro foram realizados por uma transportadora (terceiros). Neste 
caso, a empresa compradora receberá duas NFs, a nota que 
acompanha o produto e a nota do transporte. Só destacaremos 
ICMS sobre frete se a questão mencionar expressamente. 
Se o transporte for dentro do município, não incidirá ICMS, somente ISS. 
SITUAÇÃO 6: Frete e seguro 
Transporte realizado por terceiros e pago pelo 
vendedor. 
Despesa com vendas. 
→ 
Para o comprador não há custo com 
transporte. 
Vendedor: Indústria 
Mercadoria--------------------------------- R$ 3.000,00 
IPI de 20%----------------------------------R$ 600,00 (3.000 x 20%) 
Total NF ------------------------------------R$ 3.600,00 
ICMS de 10% = R$ 300,00 (3.000,00 X 10%) 
NFCT: 400 ICMS: 400 x 10% = 40 
Pago pelo vendedor = despesa com vendas 
Lançamento: 
D- Frete sobre venda 
C- Caixa/ Duplicata a pagar-----------------400,00 
Como o frete foi pago pelo vendedor, não compõe o custo de aquisição do comprador. 
O vendedor deverá reconhecer uma despesa operacional/despesa com vendas. 
Comprador: comércio 
CL = 3.000 + 600 – 300 = 3.300 
Lançamento: 
D- Mercadorias-----------------------------3.300,00 
D- ICMS a Recuperar----------------------- 300,00 
C- Caixa/ Fornecedor---------------------- 3.600,00 
FIQUE LIGADO 
CIF = frete pago pelo vendedor 
FOB = frete pago pelo comprador 
Pis e cofins 
Características: 
˃ contribuições Federais; 
˃ contribuições “por dentro”, seus valores estão inclusos no preço da 
mercadoria; 
˃ a partir da vigência da lei 10.637/02 e da Lei 10.833/03, o PIS e COFINS estão 
sujeitos a duas regras gerais de apuração: 
»Regime de incidência cumulativa; 
»Regime de incidência não cumulativa. 
Regime Cumulativo: PIS e COFINS não são recuperáveis, seus valores integram 
o custo de aquisição da mercadoria. Incidem somente na saída (venda), gerando a 
obrigação de pagar o imposto. 
Contribuintes: pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são 
equiparadas pela legislação do IR, que apurem o IR com base no lucro presumido 
ou arbitrado. 
Fato Gerador: faturamento mensal = receita bruta. 
Receita bruta abrange: 
˃ produto da venda de bens nas operações de conta própria; 
˃ preço da prestação de serviço em geral; 
˃ resultado auferido nas operações de conta alheia; 
˃ receitas da atividade ou objeto principal da PJ não compreendidas nos itens 
anteriores. 
Exclusão da Base de Cálculo: 
Para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do 
faturamento, quando o tenham integrado, os valores: 
˃ das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou 
sujeitas à alíquota 0 (zero); 
˃ das vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; 
˃ do IPI e do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor 
dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; 
˃ as reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, 
que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da 
avaliação de investimento pelo valor do Patrimônio Líquido e os lucros e 
dividendos derivados de participações societárias, que tenham sido 
computados como receita bruta; 
˃ a receita decorrente da venda de bens classificados no Ativo Não Circulante 
que tenha sido computada como receita bruta; 
˃ a receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou 
melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja Ativo Intangível 
representativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão 
de serviços públicos. 
Regime não cumulativo: admite o direito a crédito relativo à entrada de 
mercadorias, bens e serviços no estabelecimento do contribuinte, além de permitir 
o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e encargos da 
pessoa jurídica. 
Contribuintes: pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são 
equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, que apurem o IRPJ com base 
no Lucro Real, exceto instituições financeiras, cooperativas de crédito, pessoas 
jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários e 
financeiros, operadoras de planos de assistência à saúde, empresas particulares 
que explorem serviços de vigilância e de transporte de valores de que trata a Lei nº 
7.102/83, e sociedades cooperativas. 
Incidência: as contribuições para o PIS/PASEP e COFINS não 
cumulativas incidem sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa 
jurídica. 
O total das receitas compreende a receita bruta e todas as demais receitas 
auferidas pela pessoa jurídica, com os respectivos valores decorrentes do ajuste a 
valor presente. 
Não integram a base de cálculo a que se refere este artigo as receitas: 
I - isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à 
alíquota 0 (zero). 
Alíquota zero: venda de livro técnico, as receitas financeiras das pessoas 
jurídicas sujeitas ao regime de incidência não cumulativa, exceto as receitas 
financeiras de JSCP; 
Isenção: exportação de mercadoria para exterior, prestação de serviço para PF 
ou PJ domiciliadas no exterior; venda a empresa comercial exportadora com o fim 
específico de exportação. 
II - decorrentes da venda de bens do Ativo Não Circulante, classificado como 
investimento, imobilizado ou intangível; 
III - auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em 
relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de 
substituta tributária; 
IV - referentes a: 
a) vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos; 
b) reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda que 
não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de 
investimentos pelo valor do Patrimônio Líquido e os lucros e dividendos derivadosde participações societárias, que tenham sido computados como receita; 
V- decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do Imposto 
sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de 
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS de 
créditos de ICMS originados de operações de exportação; 
VI - financeiras decorrentes do ajuste a valor presente, referentes a receitas 
excluídas da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep; 
VII - relativas aos ganhos decorrentes de avaliação de Ativo e Passivo com base 
no valor justo; 
VIII - de subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução 
de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de 
empreendimentos econômicos e de doações feitas pelo poder público; 
IX - reconhecidas pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou 
melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja Ativo intangível 
representativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão de 
serviços públicos; 
X - relativas ao prêmio na emissão de debêntures. 
Crédito do PIS e da COFINS para o sistema não cumulativo. 
I - bens adquiridos para revenda; 
II - bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na 
produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive 
combustíveis e lubrificantes; (adquiridos no mês) 
III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, 
consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica; (incorridos no mês) 
IV - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, 
utilizados nas atividades da empresa; (incorridos no mês) 
V - valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de 
pessoa jurídica, exceto de optante pelo SIMPLES; (incorridos no mês) 
VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao Ativo Imobilizado, 
adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção 
de bens destinados à venda ou na prestação de serviços; (incorridos no mês) 
VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados 
nas atividades da empresa; (incorridos no mês) 
VIII - bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado 
faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei; 
(devolvidos no mês) 
IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos 
incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor; (incorridos no mês) 
IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos 
incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor; (incorridos no mês) 
X - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme 
fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de 
prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção; 
XI - bens incorporados ao Ativo Intangível, adquiridos para utilização na 
produção de bens destinados a venda ou na prestação de serviços (incorridos no 
mês). 
O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação: 
I - aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País; 
II - aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica 
domiciliada no País. 
O crédito não aproveitado em determinado mês pode ser utilizado nos meses 
subsequentes 
 
CUMULATIVO NÃO CUMULATIVO 
PIS 0,65% 1,65% 
COFINS 3% 7,6% 
TOTAL 3,65% 9,25% 
FIQUE LIGADO 
Na demonstração do resultado do exercício, a COFINS incidente 
sobre a receita bruta é apresentada como dedução da receita bruta. 
Já a COFINS incidente sobre as demais receitas classifica-se como 
despesa operacional. 
SITUAÇÃO 7: Empresa comercial (optante do Lucro Real) adquire mercadorias 
de outra empresa comercial. 
Vendedor: Comércio → 
Comprador: Comércio 
Optante do Lucro Real 
Vendedor: comércio 
Mercadorias ---- R$ 3.000,00 
NF R$ 3.000,00 
ICMS -10% x 3.000 = R$ 300,00 
Comprador: comércio 
PIS e COFINS não Cumulativo 
PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 
COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 
CL: 3.000 – 300 (ICMS) – 49,50 (PIS) – 228 (COFINS) = 2.422,50 
Lançamento: 
D- Mercadorias---------------------2.422,50 
D- ICMS a Recuperar---------------300,00 
D- PIS a Recuperar--------------------49,50 
D- COFINS a Recuperar--------------228,00 
C- Caixa/Fornecedor--------------3.000,00 
SITUAÇÃO 8: Indústria (optante do Lucro Real) adquire mercadorias de 
indústria. 
Vendedor: Indústria → 
Comprador: Indústria 
Optante do Lucro Real 
Vendedor: indústria 
Mercadoria ------- R$ 3.000,00 
IPI-20%----------- R$ 600,00 (recuperável= não compõe o custo) 
NF ----------------R$ 3.600,00 
ICMS de 10% x 3.000 = R$ 300,00 
Comprador: indústria 
PIS e COFINS não Cumulativo 
PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 
COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 
CL = 3.600 – 600 (IPI)- 300 (ICMS) – 49,50 (PIS) – 228 (COFINS) = R$ 2.422,50 
Lançamento: 
D- Mercadorias---------------------2.422,50 
D- IPI a Recuperar-------------------600,00 
D- ICMS a Recuperar---------------300,00 
D- PIS a Recuperar--------------------49,50 
D- COFINS a Recuperar--------------228,00 
C- Caixa/Fornecedor--------------3.600,00 
SITUAÇÃO 9: Empresa comercial (optante do Lucro Real) adquire mercadorias 
de indústria. 
Vendedor: Indústria → 
Comprador: comércio 
Optante do Lucro Real 
Vendedor: indústria 
Mercadoria ------- R$ 3.000,00 
IPI-20%-------------- R$ 600,00 (não recuperável = compõe custo de aquisição) 
NF -------------------R$ 3.600,00 
ICMS de 10% X 3.000 = R$ 300,00 
Comprador: comércio 
PIS e COFINS não Cumulativo 
PIS- 1,65% x 3.600 = R$ 59,40 
COFINS- 7,6% x 3.600 = R$ 273,60 
CL= 3.000 + 600 – 300(ICMS) – 59,40(PIS) – 273,60(COFINS) = R$ 2.967,00 
Lançamento: 
D- Mercadoria-----------2967,00 
D- ICMS a recuperar---300,00 
D- PIS a recuperar----------59,40 
D- COFINS a recuperar---273,60 
C- Cx./Fornecedor-------3.600 
IPI recuperável - Seu valor não entra na base de cálculo do: 
˃ ICMS; 
˃ PIS; e 
˃ COFINS. 
-IPI não recuperável, e o bem é destinado à venda: 
˃ Seu valor integra a base de Cálculo do: PIS e COFINS. 
˃ Seu valor não entra na base de cálculo do: ICMS 
Fatores que alteram as compras 
a)Devoluções (ESTORNO) 
Ato pelo qual a mercadoria retorna ao fornecedor, por estar em desacordo com 
o pedido inicial, por defeito de fabricação, por estar fora das especificações 
técnicas ou por entrega fora do prazo. A devolução poderá ser total ou parcial, 
acompanhada de NF de devolução. 
SITUAÇÃO 10: empresa comercial (optante do Lucro Real) adquire mercadorias 
de indústria. 
Vendedor: indústria 
Mercadoria ------- R$ 3.000,00 
IPI-20%-------------- R$ 600,00 (não recuperável = compõe custo de aquisição) 
NF -------------------R$ 3.600,00 
ICMS de 10% X 3000 = R$ 300,00 
Comprador: comércio 
PIS e COFINS não Cumulativo 
PIS- 1,65% x 3.600= R$ 59,40 
COFINS - 7,6% x 3.600= R$ 273,60 
CL= 3.000 + 600 – 300(ICMS) – 59,40(PIS) – 273,60(COFINS) = R$ 2.967,00 
Lançamento: 
D- Mercadoria-----------2967,00 
D- ICMS a recuperar---300,00 
D- PIS a recuperar----------59,40 
D- COFINS a recuperar---273,60 
C- Cx./Fornecedor-------3.600 
Devolução de 50% dessa compra: 
Estorno 
Nesse primeiro registro utilizamos a conta transitória que precisará ser 
encerrada ao final do período, para ajuste do estoque. 
Lançamento 
D- Cx./Fornecedor----------------------1.800,00 
C- Devolução de compra ----------------1.483,50 
C- ICMS a recuperar----------------------150,00 
C- PIS a recuperar--------------------------29,70 
C- COFINS a recuperar-------------------136,80 
AC/ Mercadoria------------------------2.967,00 
(- ) Devolução de Compra------ ---(1.483,50) 
Ajuste do estoque: 
Lançamento 
D- Devolução de compra 
C- Mercadoria-----------------------------1.483,50 
Saldo Final: 
AC/ Mercadoria------------------------ 1.483,50 
Estorno 
Nesse segundo registroo estorno foi realizado diretamente na conta 
mercadorias. 
Lançamento 
D - Cx./Fornecedor----------------------1.800,00 
C- Mercadoria---------------------------1.483,50 
C- ICMS a recuperar----------------------150,00 
C- PIS a recuperar--------------------------29,70 
C- COFINS a recuperar-------------------136,80 
FIQUE LIGADO 
Havendo frete na compra, caso esta seja totalmente devolvida, tal 
frete será considerado despesa operacional referente ao período 
em que ocorrer a devolução. 
Se a devolução for parcial, a perda com frete será proporcional ao 
valor da devolução. 
b)Abatimento sobre Compra 
Redução no valor da mercadoria concedido pelo vendedor com objetivo de 
evitar uma devolução. Concedido em razão de: avarias, divergência em qualidade 
ou quantidade entre a entrega e o pedido. O abatimento é concedido após o ato da 
venda, consequentemente, após emissão da NF, não diminuindo a base de cálculo 
dos impostos. 
Em função de o abatimento ser concedido após a emissão da NF, este valor não 
influenciará os impostos que incidiram na operação, prevalecendo o montante 
calculado quando da ocorrência do fato gerador. 
SITUAÇÃO 11: comércio (optante do Lucro Real) adquire mercadorias de 
Indústria. 
Vendedor: indústria 
Espelho da NF: 
Mercadoria ------- R$ 3.000,00 
IPI-20%-------------- R$ 600,00 (não recuperável) 
NF -------------------R$ 3.600,00 
ICMS de 10% X 3000 = R$ 300,00 
Comprador: comércio (optante do Lucro Real) 
* PIS e COFINS não Cumulativo 
PIS- 1,65% x 3.600= R$ 59,40 
COFINS- 7,6% x 3.600= R$ 273,60 
Custo de aquisição: 
Mercadoria (NF) – ICMS – PIS - COFINS = CL 
3.600 300 59,40 273,60 2.967,00 
Lançamento: 
D- Mercadoria---------------2967,00 
D- ICMS a recuperar---------300,00 
D- PIS a recuperar--------------59,40 
D- COFINS a recuperar--------273,60 
C- Cx./Fornecedor--------------3.600 
FATO: Abatimento s/ compra de R$ 500,00 
Lançamento: 
D- Caixa/Fornecedor 
C- Abatimento s/ Compra*-----------R$ 500,00 
* Conta transitória redutora da conta Mercadoria. 
AC/Mercadoria--------------------------2.967,00 
(- ) Abatimento sobre compra-------(500,00) 
Ajuste do estoque 
Lançamento 
D- Abatimento s/ compra 
C- Mercadoria-------------------------R$ 500,00 
Saldo Final: 
AC/Mercadoria--------------------------2.467,00 
c)Descontos Incondicionais ou Comerciais 
Desconto dado incondicionalmente pelo fornecedor ao cliente, visto que não 
depende das condições de pagamento. Concedido no ato da transação, portanto, é 
destacado na NF. Também chamado de desconto comercial. 
O lançamento do desconto comercial obtido, regra geral, não é contabilizado 
pelo comprador. A mercadoria é registrada pelo valor líquido, já deduzido o 
desconto, obedecendo ao conceito de custo histórico ou valor original. 
Os descontos incondicionais Influenciam o valor dos tributos incidentes sobre a 
operação, da seguinte forma: 
˃ O crédito de ICMS é reduzido. 
˃ Os créditos de PIS/Pasep e COFINS serão também reduzidos; e 
˃ O crédito de IPI não é afetado (isso porque o desconto incondicional é 
irrelevante para apuração do IPI, conforme legislação de regência). 
Lei 4.502/64 
Art. 14. II - quanto aos produtos nacionais, o valor total da operação de que decorrer a 
saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial. (Redação dada pela Lei nº 
7.798, de 1989) 
§ 1º. O valor da operação compreende o preço do produto, acrescido do valor do frete e das 
demais despesas acessórias, cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao comprador ou 
destinatário. (Redação dada pela Lei nº 7.798, de 1989) 
§ 2º. Não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos, diferenças ou 
abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que incondicionalmente. (Redação dada 
pela Lei nº 7.798, de 1989) 
SITUAÇÃO 12: desconto incondicional concedido de 10%. 
Vendedor: indústria 
Mercadoria ------- R$ 3.000,00 
Desconto Incondicional (R$ 300,00) 
IPI-20%-------------- R$ 600,00 (não recuperável) 
NF -------------------R$ 3.300,00 
ICMS de 10% X (3000 – 300) = R$ 270,00 
Comprador: comércio 
* PIS e COFINS não Cumulativo 
PIS- 1,65% x 3.300 = R$ 54,45 
COFINS- 7,6% x 3.300 = R$ 250,80 
CL= 3.000 – 300 + 600 – 270(ICMS) – 54,45(PIS) – 250,80(COFINS) = R$ 2724,75 
Lançamento: 
D- Mercadoria-----------2724,75 
D- ICMS a recuperar---270,00 
D- PIS a recuperar----------54,45 
D- COFINS a recuperar---250,80 
C- Cx./Fornecedor-------3.300 
Importante! 
O STF reconheceu a inconstitucionalidade parcial desse dispositivo (art.14, 
§2°), estabelecendo que os descontos incondicionais NÃO INTEGRAM a base de 
cálculo do IPI. 
P.S 1: a decisão foi no julgamento do RE nº 567.935, ou seja, foi em sede de 
controle incidental de constitucionalidade. Logo, não tem efeito vinculante e sua 
eficácia é apenas inter partes. 
P.S 2: o Regulamento do IPI segue o art. 14, § 2º, ou seja, a legislação que rege o 
assunto não foi modificada. 
Blog prof. Ricardo Vale. http://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/questao-garantida-proximo-concurso-
da-receita-federal/ 
Fatores que alteram as compras Efeitos nos tributos 
Devolução Diminui a base de cálculo do IPI, ICMS, PIS e COFINS. 
Abatimento Não diminui a base de cálculo dos impostos. 
Desconto Incondicional (NF) 
Diminui a base de cálculo do ICMS, PIS e COFINS. 
Não diminui base de cálculo do IPI. 
2.4 Custo da Mercadoria Vendida 
CMV = EI + CL - EF 
CMV = Custo da Mercadoria Vendida = Custo da Venda 
EI = estoque Inicial 
EF = estoque Final 
CL = compra líquida 
2.5 Operações de Venda 
Venda bruta 
(-) devoluções de venda 
(-) abatimentos s/ venda 
(-) descontos incondicionais 
(-) impostos incidentes s/ venda. 
Receita Líquida 
Tributos incidentes sobre as vendas 
˃ ICMS-Imposto s/ Circulação de Mercadorias e Serviço de Transporte 
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (imposto estadual); 
˃ ISS- Imposto sobre Serviços (imposto municipal); 
˃ PIS- Contribuição do Programa de Integração Social (contribuição federal); 
˃ COFINS- Contribuição Social sobre Faturamento (contribuição federal); 
˃ IPI - Imposto s/ Produtos Industrializados (imposto federal) 
Obs.: o IPI incidente sobre a venda não é uma dedução da receita de venda, pois 
é um imposto por fora e, portanto, deve ser adicionado à receita para compor o 
faturamento bruto. 
A base de cálculo do IPI é o valor bruto da venda, desconsiderados, portanto, os 
descontos incondicionais concedidos, ou seja, o IPI incide sobre o valor cheio. 
SITUAÇÃO 13: Vendedor = Indústria 
DRE 
Faturamento Bruto-------------------------------------------3.600,00 
IPI s/ Faturamento--------------------------------------------(600,00) 
= Receita Bruta-----------------------------------------------3.000,00 
Impostos s/ Venda--------------------------------------------(577,50) 
= Receita Líquida----------------------------------------------2.422,50 
CMV-----------------------------------------------------------(800,00) 
= Lucro Bruto--------------------------------------------------1.622,50 
Vendedor: indústria 
Mercadoria ------------------------- R$ 3.000,00 
IPI-20%------------------------------- R$ 600,00 
NF ------------------------------------R$ 3.600,00 
ICMS de 10% X 3.000 = R$ 300,00 
PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 
COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 
*CMV: R$ 800,00 
Lançamento: 
D- Duplicata a Receber/ Caixa 
C- Faturamento Bruto ------------------3.600,00 
D- IPI s/ Faturamento 
C- IPI a Recolher--------------------------600,00 
D- Impostos s/ Venda---------------------577,50 
C- ICMS a Recolher-----------------------300,00 
C- PIS a Recolher---------------------------49,50 
C- COFINS a Recolher--------------------228,00 
D- CMV 
C- Mercadoria----------------------800,00 
SITUAÇÃO 14: Vendedor: Comércio 
Receita Bruta-------------------------------------------------3.000,00 
Impostos s/ Venda--------------------------------------------(577,50) 
= Receita Líquida----------------------------------------------2.422,50CMV-----------------------------------------------------------(800,00) 
= Lucro Bruto--------------------------------------------------1.622,50 
Vendedor: comércio 
Mercadorias ---- R$ 3.000,00 
NF R$ 3.000,00 
ICMS -10% x 3.000 = R$ 300,00 
PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 
COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 
CMV: R$ 800,00 
Lançamento: 
D- Duplicata a Receber/Caixa 
C- Receita Bruta ------------------------3.000,00 
D- Impostos s/ Venda---------------------577,50 
C- ICMS a Recolher-----------------------300,00 
C- PIS a Recolher---------------------------49,50 
C- COFINS a Recolher--------------------228,00 
D- CMV 
C- Mercadoria-----------------------------800,00 
Fatores que alteram as vendas 
a)Devolução de Vendas = ESTORNO 
Ocorre quando o adquirente da mercadoria devolve parte ou toda compra 
efetuada. 
As devoluções de Vendas ou Vendas Canceladas são registradas em uma conta 
redutora da Receita de Vendas, denominada Devolução de Vendas, diminuindo o 
resultado da empresa vendedora. 
SITUAÇÃO 15: 
DRE 
Faturamento Bruto-------------------------------------------3.600,00 
Devolução de venda-----------------------------------------1.800,00) 
IPI s/ Faturamento--------------------------------------------(300,00) 
= Receita Bruta-----------------------------------------------1.500,00 
Impostos s/ Venda--------------------------------------------(288,75) 
= Receita Líquida-----------------------------------------------1.211,25 
CMV----------------------------------------------------------(400,00) 
= Lucro Bruto-----------------------------------------------------811,25 
Vendedor: indústria 
Mercadoria ------- R$ 3.000,00 
IPI-20%-------------- R$ 600,00 
NF -------------------R$ 3.600,00 
ICMS de 10% X 3.000 = R$ 300,00 
PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 
COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 
*CPV: R$ 800,00 
Devolução de 50% da venda 
Lançamento da devolução : 
D- Devolução de Venda 
C- Duplicata a Receber/ Caixa ---1.800,00 
D- IPI a Recolher 
C- IPI s/ Faturamento-----------300,00 
D- ICMS a Recolher----------150,00 
D- PIS a Recolher--------------24,75 
D- COFINS a Recolher-------114,00 
C -Impostos s/ Venda-------288,75 
D- Mercadoria 
C – CPV-------------------------400,00 
SITUAÇÃO 16: 
DRE 
Receita Bruta-------------------------------------------------3.000,00 
(-) Devolução de Venda------------------------------------ (1.500,00) 
Impostos s/ Venda-------------------------------------------(288,75) 
= Receita Líquida-----------------------------------------------1.211,25 
CMV----------------------------------------------------------(400,00) 
= Lucro Bruto----------------------------------------------------811,25 
Lançamento da Venda: 
D- Duplicata a Receber/ Caixa 
C- Faturamento Bruto ---3.600,00 
D- IPI s/ Faturamento 
C- IPI a Recolher-------------600,00 
D- Impostos s/ Venda-------577,50 
C- ICMS a Recolher----------300,00 
C- PIS a Recolher--------------49,50 
C- COFINS a Recolher-------228,00 
D- CPV 
C- Mercadoria------------800,00 
Vendedor: comércio 
Mercadorias ---------------------------------------------- R$ 3.000,00 
NF---------------------------------------------------------R$ 3.000,00 
ICMS -10% x 3.000 = R$ 300,00 
PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 
COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 
Lançamento Venda: 
D- Duplicata a Receber/ Caixa 
C- Receita Bruta----------------------------------------------3.000,00 
D- Impostos s/ Venda-------------------------------------------577,50 
C- ICMS a Recolher----------------------------------------------300,00 
C- PIS a Recolher-------------------------------------------------49,50 
C- COFINS a Recolher-------------------------------------------228,00 
D- CMV 
C- Mercadoria---------------------------------------------------800,00 
Devolução de 50% da venda 
Lançamento: 
D- Devolução de Venda 
C- Duplicata a Receber/Caixa ------------------------------------1.500 
D- ICMS a Recolher----------------------------------------------150,00 
D- PIS a Recolher------------------------------------------------- 24,75 
D- COFINS a Recolher--------------------------------------------114,00 
C- Impostos s/ Venda------------------------------------------- 288,75 
D- Mercadoria 
C- CMV---------------------------------------------------------400,00 
b)Abatimento sobre Venda 
O abatimento concedido reduz o resultado e deverá ser contabilizado em uma 
conta redutora da Receita de Vendas, denominada Abatimento sobre Venda. São 
concedidos pelo vendedor, com objetivo de evitar devoluções. 
SITUAÇÃO 17: Abatimento sobre Venda 
DRE 
Faturamento-------------------------------------------------3.600,00 
(-) IPI---------------------------------------------------------(600,00) 
Receita Bruta-------------------------------------------------3.000,00 
(-) Abatimento s/ Venda-------------------------------------(500,00) 
Impostos s/ Venda-------------------------------------------(577,50) 
= Receita Líquida----------------------------------------------1.922,50 
CMV-----------------------------------------------------------(800,00) 
= Lucro Bruto---------------------------------------------------1.122,50 
Vendedor: indústria 
Mercadoria ----------------------------------------------- R$ 3.000,00 
IPI-20%---------------------------------------------------- R$ 600,00 
NF --------------------------------------------------------R$ 3.600,00 
ICMS de 10% X 3.000 = R$ 300,00 
PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 
COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 
*CPV: R$ 800,00 
Lançamento da Venda: 
D- Duplicata a Receber/ Caixa 
C- Faturamento Bruto ---------------------------------------3.600,00 
D- IPI s/ Faturamento 
C- IPI a Recolher------------------------------------------------600,00 
D- Impostos s/ Venda-------------------------------------------577,50 
C- ICMS a Recolher----------------------------------------------300,00 
C- PIS a Recolher-------------------------------------------------49,50 
C- COFINS a Recolher-------------------------------------------228,00 
D- CPV 
C- Mercadoria---------------------------------------------------800,00 
Foi concedido um abatimento de ---------------------------R$ 500,00 
D- Abatimento s/ Venda 
C- Caixa/Duplicata a Receber---------------------------------500,00 
SITUAÇÃO 18: 
DRE 
Receita Bruta------------------------------------------------- 3.000,00 
(-) Abatimento s/ Venda-------------------------------------(500,00) 
Impostos s/ Venda--------------------------------------------(577,50) 
= Receita Líquida----------------------------------------------1.922,50 
CMV-----------------------------------------------------------(800,00) 
= Lucro Bruto---------------------------------------------------1.122,50 
Vendedor: comércio 
Mercadorias ---------------------------------------------- R$ 3.000,00 
NF---------------------------------------------------------R$ 3.000,00 
ICMS -10% x 3.000 = R$ 300,00 
PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 
COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 
Lançamento Venda: 
D- Duplicata a Receber/ Caixa 
C- Receita Bruta----------------------------------------------3.000,00 
D- Impostos s/ Venda-------------------------------------------577,50 
C- ICMS a Recolher----------------------------------------------300,00 
C- PIS a Recolher-------------------------------------------------49,50 
C- COFINS a Recolher-------------------------------------------228,00 
D- CMV 
C- Mercadoria---------------------------------------------------800,00 
Foi concedido um abatimento de R$ 500,00 
D- Abatimento s/ Venda 
C- Caixa/Duplicata a Receber----------------------------------500,00 
c)Desconto Incondicional ou Comercial 
São concedidos no momento da venda, portanto, constam na NF. Diminuem o 
resultado, sendo registrados em uma conta redutora da receita de vendas, 
denominada Desconto Incondicional Concedido. 
Não Esquecer! 
Observa-se que os tributos s/ as vendas são calculados após a dedução do 
desconto

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