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CONTABILIDADE GERAL 1. COMPONENTES PATRIMONIAIS TEORIA E/OU CONTABILIZAÇÃO 1.1Despesa Antecipada e Receita Antecipada Despesa antecipada = aplicação de recurso em despesas do exercício seguinte As despesas antecipadas representam pagamentos antecipados, cujos benefícios ou prestação de serviço à empresa ocorrerão em momento posterior. O fato gerador ainda não ocorreu, por isso, não há despesa. Em obediência ao regime de competência serão registradas, em regra, no Ativo representando um direito (de usar ou consumir). Exs.: aluguéis antecipados, seguros passivos a vencer, assinatura de jornal a apropriar, comissões passivas a transcorrer. Pagamento de prêmio de seguro contra incêndio no dia 30/09/x1. Período de cobertura: 01/10/x1 a 30/09/x2. Valor pago: R$ 1.524,00 (à vista). Lançamento: Registro em 30/09/x1, data do pagamento do seguro: D- Seguros a Vencer C- Caixa------------------------------------1.524,00 Apropriação da despesa com seguro mês a mês, pela fluência do prazo, conforme regime de competência: D- Seguros C- Seguros a Vencer------------ 127,00 (1.524/12) Existem casos específicos em que as despesas antecipadas não significam desembolso imediato de recursos, e sim valores a pagar em curto prazo. Ex.: Contratação de prêmio de seguro contra incêndio no dia 30/09/x1. Período de cobertura: 01/10/x1 a 30/09/x2. Valor pago: R$ 1.524,00 (a prazo, em 3 parcelas). Lançamento: Registro em 30/09/x1, data da contratação do seguro: D- Seguros a vencer C- Seguros a pagar-------------------------1.524,00 Apropriação da despesa com seguro mês a mês, pela fluência do prazo, conforme regime de competência: D- Seguros C- Seguros a Vencer------------ 127,00 (1.524/12) Pagamento das parcelas do seguro: D- Seguros a pagar C- Caixa-------------------------- 508,00 (1.524/3) Quando uma despesa vier acompanhada dos seguintes termos: a apropriar, a transcorrer, a incorrer, a vencer significa que o fato gerador da despesa ainda vai ocorrer. Portanto, não são contas de resultado, visto que o fato gerador não aconteceu. São contas patrimoniais, pertencentes, em geral, ao Ativo, por representar um direito. Despesa Antecipada (contas patrimoniais) Despesa a vencer Despesa a apropriar Despesa a Incorrer Despesa a transcorrer Receita antecipada As receitas antecipadas representam recebimentos antecipados, cuja entrega do bem ou prestação do serviço ocorrerão em momento posterior. O fato gerador ainda não ocorreu, por isso, não há receita. Em obediência ao regime de competência serão registradas, em regra, no Passivo representando uma obrigação (de entregar o produto ou prestar o serviço). Exs.: adiantamento de cliente, receita de serviço a apropriar. Uma empresa recebeu de um cliente o valor de R$ 1.200.000,00 para prestar serviços de manutenção pelo prazo de um ano. Recebimento antecipado para prestar serviços de seguro pelo prazo de um ano no dia 30/09/x1. Período para prestação do serviço: 01/10/x1 a 30/09/x.2 Valor pago: R$ 1.524,00 (à vista). Lançamento: Registro em 30/09/x1, data do recebimento do seguro: caeta Destacar D- Caixa C- Receita de Serviço a Apropriar---------1.524,00 Apropriação da receita mês a mês, pela fluência do prazo, conforme regime de competência: D- Receita de Serviço a Apropriar C- Receita de Serviço ----------- 127,00 (1.524/12) Ex.: A empresa Chaves recebeu do cliente Alfa em 01.04.X1 a quantia de R$ 1.000,00 para entrega de mercadorias em 20.06.X1. A receita só será reconhecida por Chaves quando da entrega das mercadorias ao cliente. Quando o cliente efetua o pagamento à empresa, essa passa a ter a obrigação de entregar o produto ao cliente. Lançamento: Em 01.04.X1 - recebimento em dinheiro: D – Caixa C - Adiantamento de clientes ------------ 1.000,00 No dia 20.06.X1, quando a mercadoria for entregue, devemos reconhecer a receita: D – Adiantamento de clientes C – Receita de vendas -------------------- 1.000,00 Quando uma receita vier acompanhada dos seguintes termos: a apropriar, a transcorrer, a realizar, a vencer significa que o fato gerador da receita ainda vai ocorrer. Portanto, não são contas de resultado, visto que, o fato gerador não aconteceu. São contas patrimoniais, pertencentes, em geral, ao Passivo, por representar uma obrigação. Despesa Antecipada (contas patrimoniais) Receita a vencer Receita a apropriar Receita a Incorrer Receita a transcorrer 1.2 Aplicações Financeiras Aplicações financeiras de liquidez imediata Aplicações de curtíssimo prazo, resgate em até 3 meses. Possui alta liquidez, o dinheiro aplicado pode ser resgatado em qualquer dia dentro desse prazo máximo. Registrada no grupo disponível. Ex.: aplicações em caderneta de poupança. caeta Destacar caeta Destacar caeta Destacar caeta Destacar caeta Destacar caeta Destacar Aplicações com rendimento pré-fixado (rendimento antes) Quando o investidor já sabe o valor do rendimento no próprio dia da aplicação, ou seja, na data da aplicação já sabe quanto será resgatado. O valor da receita financeira será apropriado proporcionalmente ao número de dias da aplicação (pro rata die), excluindo o primeiro dia e incluindo o último. Ex.: Em 01/11/X1, a empresa Alfa efetuou uma aplicação no valor de R$ 100.000,00, com rendimento (total) pré-fixado de R$ 5.400,00. O prazo da aplicação é de 90 dias. IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) de 1,5%. Obs.: como o rendimento total foi pré-fixado, independentemente do regime de capitalização (simples ou composto), o rendimento será o mesmo, então haverá a apropriação da receita financeira de forma linear. Registro da aplicação financeira (1/11/X1): D- Aplicação Financeira---------------105.400,00 C- Receita Financeira a Apropriar-------- 5.400,00 C- Banco--------------------------------100.000,00 ATIVO APLICAÇÃO FINANCEIRA Aplicações com rendimento pré-fixado Aplicação Financeira-------------------105.400,00 (-) Receita Financeira a Apropriar *--- (5.400,00) * Receita financeira a apropriar: receita antecipada. O fato gerador ainda não ocorreu, por isso, não há receita. Em obediência ao regime de competência, serão registradas, em regra no Passivo, representando uma obrigação. Quando essas receitas antecipadas estiverem relacionadas a itens do Ativo, como aplicações financeiras ou empréstimos concedidos, serão contabilizadas como conta retificadora do respectivo Ativo. Em 30/11/X1- Apropriação da Receita Financeira, pela fluência do prazo, atendendo ao regime de competência. Rendimento do período: 5.400/90 = R$ 60/dia. Nov./X1 = 29 dias x 60 = R$ 1.740,00. D- Receita Financeira a Apropriar C- Receita Financeira---------------------1.740,00 Em 31/12/X1- Apropriação da Receita Financeira, pela fluência do prazo, atendendo ao regime de competência. Rendimento do período: 5.400/90 = R$ 60/dia. Dez/X1 = 31 dias x 60 = R$ 1.860,00. caeta Destacar Em 30/01/X2 – Data do resgate da aplicação financeira Apropriação do restante da Receita Financeira Rendimento do período: 5.400/90 = R$ 60/dia. Jan/X2 = 30 dias x 60 = R$ 1.800,00. D- Receita Financeira a Apropriar C- Receita Financeira---------------------1.800,00 Cálculo do IRRF IRRF: 5.400 x 1,5% = R$ 81,00. D- IRRF a Compensar C- Aplicação Financeira----------------------81,00 Obs.: a conta IRRF a Compensar representa um crédito da empresa contra a Receita Federal. É, portanto, uma conta de Ativo, e poderá ser compensada com o Imposto de Renda sobre o lucro real. Resgate: Saldo da conta aplicação financeira = 105.400 – 81 = R$ 105.319,00. D- Banco C- Aplicação Financeira-------105.319,00 Aplicações com rendimento pós-fixado (rendimento depois) Quando o investidor não sabe o valor do rendimento na data da aplicação. Esse rendimento somente será conhecido à medida que o tempo vai passando e o dinheiro permanece aplicado.Ex.: Em 01/11/X1, a empresa Alfa efetuou uma aplicação no valor de R$ 100.000,00. O prazo da aplicação é de 3 meses. IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) de 1,5%. Obs.: como o rendimento é pós-fixado, somente será conhecido o rendimento ao final de cada mês, pelo tempo que o dinheiro se mantiver aplicado. Em 1/11/X1 - Registro da aplicação financeira D- Aplicação Financeira C- Banco--------------------------------100.000,00 ATIVO APLICAÇÃO FINANCEIRA Aplicações com rendimento pós-fixado Aplicação financeira-------------------100.000,00 Em 30/11/X1 - Reconhecimento da Receita Financeira, ao final do primeiro mês de aplicação (novembro). Rendimento do período: 2% ao mês. Nov./X1 = 100.000 x 2% = R$ 2.000,00 D- Aplicação financeira C- Receita Financeira---------------------2.000,00 Em 31/12/X1- Reconhecimento da Receita Financeira do período (dezembro) Rendimento do período: 2,3% ao mês. Dez./X1 = 102.000 x 2,3% a.m = R$ 2.346,00 D- Aplicação financeira C- Receita Financeira---------------------2.346,00 Em 30/01/X2 – Data do resgate da aplicação financeira Reconhecimento da Receita Financeira do período (janeiro). Rendimento do período: 2,1% a.m Jan./X2 = 104.346 x 2,1% am = R$ 2.191,27 D- Aplicação financeira C- Receita Financeira---------------------2.191,27 Cálculo do IRRF Rendimento = 2.000,00 + 2.346,00 + 2.191,27 = R$ 6.537,27 IRRF: 6.537,27 x 1,5% = R$ 98,06 D- IRRF a Compensar C- Aplicação Financeira----------------------98,06 Obs.: a conta IRRF a Compensar representa um crédito da empresa contra a Receita Federal. É, portanto, uma conta de Ativo, e poderá ser compensada com o Imposto de Renda sobre o lucro real. Resgate: Saldo da conta aplicação financeira = 100.000,00 + 6.537,27 – 98,06 = R$ 106.439,21. D- Banco C- Aplicação Financeira----------------106.439,21 1.3 Empréstimos Empréstimos pré-fixados Caracterizam-se quando a empresa já sabe, no dia da transação, qual o valor dos encargos financeiros incidentes sobre a operação. Ex.: A empresa Alfa contraiu, em 1/11/X1, um empréstimo no valor de R$101.500,00 que deverá ser pago em 90 dias. Foi descontada, no ato da liberação do referido empréstimo, a importância de R$ 1.200,00, a título de juros e um custo de transação de R$ 300,00. Em 01/11/X1: contrato empréstimo D- Banco--------------------------------100.000,00 D- Juros passivos a transcorrer *---------1.200,00 D- Custo de transação a amortizar----------300,00 C- Empréstimo Obtido-----------------101.500,00 PASSIVO EMPRÉSTIMO PRÉ-FIXADO Empréstimo Obtido--------------------101.500,00 Juros passivos a transcorrer-------------(1.200,00) Custo de transação a amortizar-----------(300,00) *Juros passivos a transcorrer: despesa antecipada, em regra, registrada no Ativo. Quando essas despesas antecipadas estiverem relacionadas a itens do Passivo, como financiamentos ou empréstimos, serão contabilizadas como conta retificadora do respectivo Passivo. 30/11/X1: Apropriação da Despesa D- Despesa Financeira------------------------- 400,00 D- Despesa com amortização do custo de transação --100,00 C- Juros passivos a transcorrer---------------- 400,00 C- Custo de transação a amortizar------------ 100,00 31/12/X1: Apropriação da Despesa D- Despesa Financeira------------------------- 400,00 D- Despesa com amortização do custo de transação -- 100,00 C- Juros passivos a transcorrer---------------- 400,00 C- Custo de transação a amortizar------------ 100,00 31/01/X2: Data do pagamento do empréstimo Apropriação do restante da despesa D- Despesa Financeira---------------------- 400,00 D- Despesa com amortização do custo de transação --100,00 C- Juros passivos a transcorrer----------------- 400,00 C- Custo de transação a amortizar-------- 100,00 Pagamento do empréstimo D- Empréstimo Obtido C – Banco--------------------------------101.500,00 CPC 20 – Custo dos Empréstimos Custos de empréstimos são juros e outros custos que a entidade incorre em conexão com o empréstimo de recursos. Custos de empréstimos incluem: (a) encargos financeiros calculados com base no método da taxa efetiva de juros como descrito nos Pronunciamentos Técnicos CPC 08 - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários e CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração; (b) (eliminada); (c) (eliminada); (d) encargos financeiros relativos aos arrendamentos mercantis financeiros reconhecidos de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 06 – Operações de Arrendamento Mercantil; (e) variações cambiais decorrentes de empréstimos em moeda estrangeira, na extensão em que elas sejam consideradas como ajuste, para mais ou para menos, do custo dos juros. CPC 08 – Custo de Transação Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente atribuíveis às atividades necessárias exclusivamente à consecução das seguintes transações: ˃ Distribuição primária de ações ou bônus de subscrição, ˃ Aquisição e alienação de ações próprias, ˃ Captação de recursos por meio da contratação de empréstimos ou financiamentos ou pela emissão de títulos de dívida, bem como dos prêmios na emissão de debêntures e outros instrumentos de dívida ou de patrimônio líquido. Exemplos de custos de transação são: 01.gastos com elaboração de prospectos e relatórios; 02.remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, contadores, auditores, consultores, profissionais de bancos de investimento, corretores etc.); 03.gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-shows); 04.taxas e comissões; 05.custos de transferência; 06.custos de registro etc. Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e valores mobiliários, despesas financeiras, custos internos administrativos ou custos de carregamento. Empréstimos pós-fixados A empresa não sabe o valor dos juros incidentes na operação na data do empréstimo. Esses juros somente serrão conhecido ao final de cada período, pela fluência do prazo do empréstimo. Ex.: A empresa Alfa contraiu, em 1/12/X1, um empréstimo no valor de R$100.300,00 que deverá ser pago em 60 dias. Os juros serão calculados ao final de cada mês. Em 01/12/X1: contrato empréstimo D- Banco--------------------------------100.000,00 C- Empréstimo Obtido-----------------100.000,00 PASSIVO EMPRÉSTIMO PÓS-FIXADO Empréstimo Obtido--------------------100.000,00 31/12/X1: Reconhecimento dos juros do período. Taxa de 1,5% a.m. Empréstimo obtido = 100.000 x 1,5% = R$ 1.500,00 D- Despesa financeira C- Empréstimo Obtido ------------------ 1.500,00 30/01/X2: Data do pagamento do empréstimo Reconhecimento dos juros do período. Taxa de 2% a.m. Empréstimo obtido = 101.500 x 2,0% = R$ 2.030,00 D- Despesa financeira C- Empréstimo Obtido ------------------ 2.030,00 Pagamento do empréstimo (principal + juros) D- Empréstimo Obtido C – Banco--------------------------------103.530,00 1.4 Debêntures Títulos de crédito, com valor nominal, negociado com o intuito de captar recursos. Lei 6.404/76 Art. 52. A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições constantes da escritura de emissão e, se houver, do certificado. Art. 56. A debênture poderá assegurar ao seu titular juros, fixos ou variáveis, participação no lucro da companhia e prêmio de reembolso. Art. 57. A debênture poderá ser conversível em ações nas condições constantes da escritura de emissão. (Grifo nosso) Para a companhia emissora, as debêntures representam uma espécie de empréstimos, em que os credores são os próprios debenturistas (essência sobre forma). Formas de emissão de debêntures: Emissão ao par: debêntures negociadas sem ágio ou deságio. Valor nominal = Valor de venda. Ex.: 1.000 debêntures Valor nominal = R$ 10,00Valor de venda: R$ 10,00 D- Caixa C- Debênture a resgatar------------------10.000,00 Emissão abaixo do par: debêntures negociadas com deságio. Valor nominal > Valor de venda. Ex.: 1.000 debêntures Valor nominal = R$ 10,00 Valor de venda: R$ 8,00 D- Caixa-----------------------------------8.000,00 D- Deságio a amortizar--------------------2.000,00 C- Debênture a resgatar------------------10.000,00 Emissão acima do par: debêntures negociadas com prêmio (ágio). Valor nominal < Valor de venda. Ex.: 1.000 debêntures Valor nominal = R$ 10,00 Valor de venda: R$ 12,00 D- Caixa----------------------------------12.000,00 C- Debênture a resgatar------------------10.000,00 C- Prêmio recebido na emissão de debênture a apropriar----------------------------- ---------2.000,00 Ex.: 1.000 debêntures Valor nominal = R$ 10,00 Valor de venda: R$ 12,00 Custo de transação: R$ 500,00 D- Caixa----------------------------------11.500,00 D- Custo de transação a amortizar--------500,00 C- Debênture a resgatar------------------10.000,00 C- Prêmio recebido na emissão de debênture a apropriar----------------------------- ---------2.000,00 CPC 08 – Custo de Transação Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da contratação de instrumento de dívida (empréstimos, financiamentos ou títulos de dívida tais como debêntures, notas comerciais ou outros valores mobiliários) devem ser contabilizados como redução do valor justo inicialmente reconhecido do instrumento financeiro emitido, para evidenciação do valor líquido recebido. Em outras palavras, será reconhecido inicialmente como conta retificadora do Passivo. Os encargos financeiros incorridos na captação de recursos junto a terceiros devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do prazo, pelo custo amortizado usando o método dos juros efetivos. 1.5 Folha de Pagamento Documento elaborado ao final de cada mês contendo os valores das remunerações dos funcionários da entidade. Engloba o nome dos empregados, seus cargos, valores que integram suas remunerações, categorias como contribuintes da Previdência. Os salários, encargos e contribuições trabalhistas e previdenciárias a cargo do empregador, representam DESPESAS para empresa, conforme o regime de competência. Valores retidos dos empregados, como Imposto de Renda e contribuição, não são despesas da empresa, e sim do próprio empregado. No modelo de folha de pagamento, inicialmente são feitas as descrições individuais de cada empregado e, no final, o resumo geral. Registraremos o resumo geral. Ex.: FOLHA DE PAGAMENTO/ RESUMO MENSAL Empresa: Mês/Ano: As questões que abordam esse assunto podem solicitar o total da despesa da empresa, então precisamos identificar essas despesas. Salário-base Despesa da empresa 200.000,00 Auxílio-Maternidade Despesa da Previdência 2.000,00 Salário-Família Despesa da Previdência 500,00 INSS (empregado) Despesa do empregado 9.500,00 IRRF Despesa do empregado 6.000,00 FGTS Despesa da empresa 16.000,00 INSS (patronal) Despesa da empresa 40.000,00 (guia INSS) TOTAL DESPESA DA EMPRESA R$ 256.000,00 Contabilização da folha de pagamento. 1º passo: reconhecimento da despesa com salário D- Salários C- Salários a pagar--------------------- 200.000,00 * Neste exemplo, os salários serão pagos no quinto dia útil do mês subsequente. Caso o salário seja pago dentro do próprio mês, a contrapartida será o caixa, não sendo reconhecida nenhuma obrigação. Salários a Caixa 2º passo: INSS do segurado e IRRF INSS - Despesa do próprio empregado. Funciona como uma espécie de seguro social para o qual ele contribui ao longo dos anos, na expectativa de receber uma aposentadoria no futuro. IRRF – Despesa do próprio empregado. É uma obrigação tributária principal em que a pessoa jurídica ou equiparada (empresa), está obrigada a reter do beneficiário da renda (empregado), o imposto correspondente. Nas duas situações, o valor devido pelo empregado é descontado pelo empregador do montante do salário a pagar e repassado à Previdência ou Secretaria da Fazenda. Em contrapartida, a empresa reconhece a obrigação de repassar os valores aos órgãos competentes. D- Salários a pagar------------------------15.500,00 C-INSS a recolher--------------------------9.500,00 C- IRRF a recolher-------------------------6.000,00 3º passo: Auxílio-Maternidade e Salário-Família Auxílio-Maternidade - Despesa da Previdência. É um benefício pago às seguradas que acabaram de ter um filho, seja por parto ou adoção, ou aos segurados que adotem uma criança. Salário-Família - Despesa da Previdência. É um valor pago ao empregado (inclusive o doméstico) e ao trabalhador avulso, segurados da Previdência, de acordo com o número de filhos ou equiparados que possua. Filhos maiores de quatorze anos não têm direito, exceto no caso dos inválidos (para quem não há limite de idade). Nas duas situações, são gastos assumidos pela Previdência que deverão ser pagos ao empregado pelo empregador (aumentando o montante do salário a pagar) e compensados com o valor devido a título de contribuição previdenciária patronal (diminuindo o saldo do INSS a recolher). D- INSS a recolher C- Salários a pagar------------------------ 2.500,00 4º passo: INSS patronal Para o empregador, o INSS patronal é um tributo, visto que o contribuinte não recebe uma contrapartida pelos valores pagos. Assim, a empresa lança como despesa do período e em contrapartida assume a obrigação de recolher à Previdência no mês subsequente. D- INSS C- INSS a recolher----------------------- 40.000,00 5º passo: FGTS Criado com o objetivo de proteger o trabalhador demitido sem justa causa, mediante a abertura de uma conta vinculada ao contrato de trabalho. Os depósitos são feitos pelo empregador em nome do empregado, na Caixa Econômica Federal. Portanto, é uma despesa do empregador, que não poderá ser descontada do salário do empregado. D- FGTS C- FGTS a recolher-----------------------16.000,00 Total do Passivo----------------------- 256.000,00 Salários a pagar: 200.000,00 – 15.500,00 + 2.500,00 = 187.000,00 INSS a recolher: 9.500,00 – 2.500,00 + 40.000,00 = 47.000,00 IRRF a recolher: 6.000,00 FGTS a recolher: 16.000,00 No mês subsequente, pagamento das obrigações: D- Salários a pagar----------------------187.000,00 D- FGTS a recolher---------------------- 16.000,00 D- INSS a recolher------------------------47.000,00 D- IRRF a recolher-------------------------6.000,00 C- Caixa---------------------------------256.000,00 1.6 Ativo Diferido (Extinto pela Lei nº 11.941/09) Art. 299-A, Lei 6.404/76 - O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no Ativo diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no Ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do art. 183 desta Lei. (Grifo nosso) CPC 13 – Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória no 449/08 A Lei nº. 11.638/07 restringiu o lançamento de gastos no Ativo diferido, mas, após isso, a Medida Provisória nº 449/08 extinguiu esse grupo de contas. Assim, os ajustes iniciais de adoção das novas Lei e Medida Provisória devem ser assim registrados: os gastos ativados que não possam ser reclassificados para outro grupo de ativos, devem ser baixados no balanço de abertura, na data de transição, mediante o registro do valor contra lucros ou prejuízos acumulados, líquido dos efeitos fiscais ou mantidos nesse grupo até sua completa amortização, sujeito à análise sobre recuperação. Conclusão: o Ativo Diferido foi extinto pela Lei 11.941/09. Consequências: Se puderem ser classificados em outro grupo de contas: serão alocadas para esse grupo. Exemplo: transferência para Intangível ou Imobilizado. D- Ativo DiferidoC- Imobilizado ou Intangível Caso não possam ser reclassificados em outro grupo de contas. 2.1. Poderá permanecer no Ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação/teste de impairment. (Lei 6.404/76 e CPC 13). D- Despesa com Amortização C- Amortização Acumulada 2.2. Poderá ter seus saldos baixados no balanço de abertura, na data de transição, mediante o registro do valor contra lucros ou prejuízos acumulados, líquido dos efeitos fiscais (CPC 13). D- Lucros ou Prejuízos Acumulados C- Ativo Diferido FIQUE LIGADO Com a extinção do Ativo Diferido, as despesas pré-operacionais de implantação ou reorganização serão classificadas diretamente no resultado como despesa, quando incorridas. 1.7 Reserva de Reavaliação A reavaliação não é mais permitida no Brasil desde a vigência da Lei 11.638/07. Art. 178, Lei 6.404/76 §2º, d) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a sua efetiva realização ou estornados até o final do exercício social em que esta Lei entrar em vigor. CPC 13 – Adoção Inicial da Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória no 449/08 A Lei nº 11.638/07 eliminou a possibilidade de reavaliação espontânea de bens. Assim, os saldos existentes nas reservas de reavaliação constituídas antes da vigência dessa Lei, inclusive as reavaliações reflexas de controladas e coligadas, devem: (a) ser mantidos até sua efetiva realização; ou (b) ser estornados até o término do exercício social de 2008. Conclusão: a reserva de reavaliação foi extinta pela Lei 11.638/07. Consequências: Se optarem por manter o saldo da reserva até sua completa realização: O valor do Ativo Imobilizado reavaliado existente no início do exercício social passa a ser considerado como o novo valor de custo para fins de mensuração futura e determinação do valor recuperável. A reserva de reavaliação, no patrimônio líquido, continuará sendo realizada para a conta de lucros ou prejuízos acumulados, na mesma base que vinha sendo efetuada antes da promulgação da Lei nº. 11.638/07. D- Reserva de reavaliação C- Lucros acumulados A reserva será realizada na mesma proporção que o bem reavaliado vai sendo depreciado, amortizado, exaurido, baixado por perecimento ou venda. Se optarem por estornar o saldo da reserva até o término de 2008: O estorno retroagirá à data de transição estabelecida pela entidade quando da adoção inicial da Lei nº 11.638/07. O mesmo tratamento deve ser dado com referência à reversão dos impostos e contribuições diferidos, que foram registrados por ocasião da contabilização de reavaliação. D- Reserva de Reavaliação C- Bem reavaliado D- Imposto de Renda Diferido C- Tributo s/ Reserva de Reavaliação 1.8 Estimativa de Crédito de Liquidação Duvidosa Conta retificadora dos créditos a receber de clientes, diante da possibilidade de inadimplência deles. Pode-se afirmar que o termo Estimativa de Crédito de Liquidação Duvidosa é um eufemismo para se referir aos “CALOTEIROS”. O valor da provisão é obtido aplicando-se um percentual (baseado nas perdas com clientes de períodos anteriores) sobre os valores a receber existentes na época do Balanço Patrimonial. A constituição da estimativa de perda faz com que as contas a receber sejam avaliadas de acordo com o critério do valor provável de realização (valor recuperável). Ex.: Em 31/12/X1, a Cia Alfa Ltda. possuía saldo de duplicatas e outras contas a receber no montante de R$ 500.000,00. O departamento de crédito e cobrança estimou em 4% as perdas prováveis no recebimento desses créditos. Em 31/12/X1 – Constituição PDD D- Perdas com Créditos de Liquidação Duvidosa C- Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa ----------------------------20.000 (500.000 x 4%) Assim, no balanço patrimonial de 31/12/x1, teremos: AC Duplicatas a Receber------------------- 500.000,00 (-) Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa ------------------------------------- --------(20.000,00) As perdas reconhecidas em um período serão confirmadas no exercício seguinte, à medida que as duplicatas forem ou não sendo recebidas. De modo que no período seguinte, as estimativas de perda do período anterior, podem ter quatro consequências: Em X2 (Exercício seguinte): 1ª consequência: perda comprovada Durante o exercício de X2, foram recebidos R$ 480.000,00 do total de duplicatas a receber, sendo comprovada uma inadimplência de R$ 20.000,00, exatamente o valor estimado. D- Caixa C- Duplicatas a receber-----------------480.000,00 O que fazer com a ECLD? Baixar em contrapartida do saldo da duplicata pois, entendemos que esse direito não será exercido. D- Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa C- Duplicata a Receber------------------ 20.000,00 2ª consequência: perda não comprovada, ou seja, todo valor foi recebido. Durante o exercício de X2, foram recebidos R$ 500.000,00 das duplicatas a receber, não havendo inadimplência. D- Caixa C- Duplicatas a receber-----------------500.000,00 O que fazer com a ECLD? Reverter, reconhecendo uma receita. D- Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa C- Reversão de Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa --------------------- --------20.000,00 3ª consequência: Perda > Estimativa Vamos considerar uma perda de R$ 30.000,00, como exemplo. Durante o exercício de X2, foram recebidos R$ 470.000,00 do total de duplicatas a receber, sendo comprovada uma inadimplência de R$ 30.000,00, uma perda maior que a estimada. D- Caixa C- Duplicatas a receber-----------------470.000,00 O que fazer com o excesso de perda? Registrar diretamente no resultado como despesa, usaremos a conta perda com clientes. D- Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa ------------------------------------- ----------20.000,00 D- Perda com Clientes-------------------10.000,00 C- Duplicata a Receber------------------30.000,00 4ª consequência: Perda < Provisão Vamos considerar uma perda de R$ 15.000,00, como exemplo. Durante o exercício de X2, foram recebidos R$ 485.000,00 do total de duplicatas a receber, sendo comprovada uma inadimplência de R$ 15.000,00, uma perda menor que a estimada. D- Caixa C- Duplicatas a receber-----------------485.000,00 O que fazer com a diferença? Registrar diretamente no resultado como receita. D- Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa ------------------------------------- --------20.000 C- Reversão de Estimativa de Créditos de Liquidação Duvidosa ----5.000 C- Duplicata a Receber----------------------15.000 5ª consequência: a partir de X3 Em X2 a duplicata foi considerada incobrável e, portanto, baixada como perda. A partir de X3, a qualquer tempo, o cliente resolve pagar a dívida. Neste caso, o ganho vai diretamente para o resultado como receita. D- Caixa C- Receita Eventual----------------------20.000,00 Para reconhecermos essa receita eventual, a duplicata deverá ter sido baixada em um momento anterior, por ser considerada incobrável. 1.9 Duplicata Descontada O desconto de duplicatas é uma operação financeira em que a empresa entrega determinadas duplicatas para o banco e este lhe antecipa o valor em conta corrente, cobrando juros antecipadamente. Embora a propriedade dos títulos negociados seja transferida para a instituição, a empresa está coobrigada, juntamente com os devedores, ao pagamento das duplicatas, isto é, caso os devedores não paguem ao banco, a empresa assumirá a dívida. Com a aplicação do conceito da essência sobre a forma, o desconto de duplicatas é semelhante a um empréstimo bancário, no qual as duplicatas são entregues ao banco em garantia. Por esse motivo, a conta duplicata descontada será evidenciada no Passivo e os encargosincidentes na operação e cobrados antecipadamente, serão registrados como conta retificadora do Passivo e apropriados ao resultado pela fluência do prazo, obedecendo ao regime de competência. Ex.: No dia 01/03/X1 a empresa Alfa efetuou o desconto de duplicatas vencíveis em dois meses, no valor de R$ 20.000,00, junto ao Banco Sul, cobrando, este, antecipadamente juros de R$ 1.200,00 e mais despesas bancárias de R$ 300,00 pela operação. Nesta data foi creditado na conta corrente da empresa o valor líquido de R$ 18.500,00. 01/03/x1- Desconto da Duplicata D- Banco--------------------------------- 18.500,00 D- Juros passivos a vencer-----------------1.200,00 D- Custo de transação a amortizar----------300,00 C- Duplicata descontada----------------20.000,00 PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE Duplicata Descontada-----------------20.000,00 (-) Juros Passivos a Vencer------------(1.200,00) (-) Custo de Transação a amortizar------(300,00) ATIVO Banco------------------------------------18.500,00 Duplicata a receber---------------------20.000,00 (saldo inicial do Ativo) 31/03/x1 – Apropriação dos encargos financeiros (adotaremos o método linear, a fim de simplificar os cálculos) D- Encargos financeiros -------------------750,00 C- Juros passivos a vencer------------------ 600,00 C- Custo de transação a amortizar--------- 150,00 30/04/x1 – Apropriação do restante dos encargos financeiros D- Encargos financeiros --------------------750,00 C- Juros passivos a vencer------------------ 600,00 C- Custo de transação a amortizar--------- 150,00 30/04/x1 – Vencimento da Duplicata 1ª consequência: o banco recebe os R$ 20.000,00 referentes à duplicata. É remetido um aviso à empresa Alfa, que só então efetua a baixa das duplicatas descontadas, mediante o seguinte lançamento: D- Duplicata Descontada C- Duplicata a Receber-------------------20.000,00 Quando o devedor vai ao banco e paga a duplicata, dois problemas serão resolvidos de uma só vez. Ou seja, o cliente resolve seu problema com a empresa Alfa (baixa do direito) e esta com o banco (baixa da obrigação). 2ª consequência: o banco não recebeu as duplicatas. Neste caso, a empresa Alfa terá que arcar com o pagamento da dívida junto ao banco, e continuará com o direito de receber a duplicata do cliente. D- Duplicata Descontada C- Banco----------------------------------20.000,00 1.10Duplicata x Nota Promissória Duplicata: título comercial Além da fatura, que é de emissão obrigatória nas vendas a prazo, o comerciante pode emitir duplicata. Sua emissão é comum nas vendas a prazo. VENDEDOR (credor) Emite NF, Fatura e Duplicata. COMPRADOR (devedor) Aceita a duplicata. Obs.: o aceite é o reconhecimento da dívida representada pelo título de crédito, mediante a assinatura do devedor. Duplicata emitida (de nossa emissão) Direito Ativo Duplicata a Receber Duplicata aceita (de nosso aceite) Obrigação Passivo Duplicata a Pagar Nota promissória: título financeiro A nota promissória é uma promessa de pagamento feita pelo devedor em favor de seu credor. O emitente assina uma declaração de que pagará, na data combinada, certa quantia ao credor indicado no título. É utilizada por bancos, sociedades imobiliárias e demais pessoas que não operem com mercadorias ou prestação de serviços. Ao contrário da duplicata, quem emite a nota promissória é o próprio devedor. CREDOR Aceita a Nota Promissória. DEVEDOR Emite a Nota Promissória. Obs.: não há necessidade de aceite da nota promissória, uma vez que, ao emitir o título, o devedor já reconhece a dívida. Nota promissória emitida (de nossa emissão) Obrigação Passivo NP a Pagar Nota promissória aceita (emitida por terceiro) Direito Ativo NP a receber 2. OPERAÇÕES COM MERCADORIAS 2.1 Estoques – Conceito e Composição Conceito São bens adquiridos ou produzidos pela empresa com o objetivo de venda ou utilização própria no curso normal de suas atividades Definição segundo CPC 16- Estoques: Estoques são Ativos: a)mantidos para venda no curso normal dos negócios; b)em processo de produção para essa venda; ou c)na forma de materiais ou suprimentos, a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na prestação de serviços. Componentes do grupo estoque Bens adquiridos e destinados à venda, incluindo, por exemplo, mercadorias compradas por um varejista para revenda, ou terrenos e outros imóveis para revenda; Produtos acabados e produtos em processo de produção e incluem matérias- primas e materiais aguardando utilização no processo de produção, tais como: componentes, embalagens e material de consumo. 2.2 Mensuração do Estoque Lei 6.404/76 Os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor justo, dos dois, o menor. Art. 183, Lei 6.404/76 II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior; § 1º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado; b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro. Ativo Circulante Estoque (-) Estimativa de Ajuste ao Valor de Mercado Cpc 16 – estoques Os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois, o menor. Ativo Circulante Estoque (-) Estimativa de Ajuste ao Valor Realizável Líquido Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda. Custo do estoque O valor de custo dos estoques deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. CPC 16 – Estoques: O custo de aquisição dos estoques compreende: ˃ o preço de compra; ˃ os impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao Fisco); ˃ os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. * Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição. Preço de compra, + Impostos de importação e outros tributos (-) Impostos recuperáveis junto ao Fisco + Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. (-) Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes CUSTO DE AQUISIÇÃO Armazenagem de matéria-prima = CUSTO DE PRODUÇÃO Armazenagem de mercadorias ou produtos acabados = DESPESA Outros custos Outros custos que não são de aquisição nem de transformação devem ser incluídos nos custos dos estoques somente na medida em que sejam incorridos para colocar os estoques no seu local e na sua condição atuais. Por exemplo, pode ser apropriado incluir no custo dos estoques gastos gerais que não sejam de produção ou os custos de desenho de produtos para clientes específicos. Itens não incluídos no custo dos estoques e reconhecidos como despesa do período em que são incorridos: a) valor anormal de desperdício de materiais, mão de obra ou outros insumos de produção; b) gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo entre uma e outra fase de produção; c) despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais; e d) despesas de comercialização, incluindo a venda e a entregados bens e serviços aos clientes. FIQUE LIGADO O Pronunciamento CPC 20 – Custos de Empréstimos – estabelece que os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um Ativo qualificável formam parte do custo de tal Ativo, ou seja, os custos de empréstimos incorridos para financiar a construção de Ativos qualificáveis são apropriados ao custo do Ativo. Outros custos de empréstimos devem ser reconhecidos como despesa no período em que são incorridos. * Custos de empréstimos são juros e outros custos que a entidade incorre em conexão com o empréstimo de recursos. * Ativo qualificável é um Ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos. Pode ser estoque, imobilizado, Ativo Intangível, plantas para manufaturas, e outros. 2.3 Operações de Compra Impostos recuperáveis De acordo com a CF/88, o IPI e o ICMS: ˃ Impostos recuperáveis ou não cumulativos: o adquirente da mercadoria tem o direito de se creditar do imposto cobrado em operações anteriores, para compensá-lo com o imposto devido na operação seguinte. Compra = crédito = imposto a recuperar Venda = obrigação = imposto a recolher Os impostos incidentes nas operações de compras, quando recuperáveis, não integrarão o custo de aquisição. a) ICMS Características: ˃ Competência estadual. ˃ Incide sobre a circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. ˃ Imposto “por dentro”; seu valor está incluso no preço da mercadoria, ou seja, faz parte da sua própria base de cálculo. ˃ Como o ICMS é um tributo não cumulativo, o valor do ICMS pago ao fornecedor por ocasião da compra corresponde a um direito da empresa classificado no Ativo Circulante, caso a empresa seja contribuinte do imposto, e não integra o custo dos estoques de mercadorias. ˃ Mercadoria é a coisa móvel destinada ao comércio. Para efeito do ICMS a energia é tratada como mercadoria. Exclui os bens imóveis, ainda que sejam destinados à venda; ˃ Contribuinte do imposto: Comércio/ Indústria. A compra gera CRÉDITO de ICMS – ICMS a recuperar. A venda da mercadoria gera DÉBITO de ICMS- ICMS a recolher. No período de apuração da conta, os créditos e débitos de ICMS serão comparados para se conhecer a parcela do imposto a recuperar ou a recolher: Se o DÉBITO de ICMS for maior que o Crédito de ICMS (ICMS a recolher > ICMS a recuperar) há obrigação de recolher o imposto. Se o DÉBITO de ICMS for menor que o Crédito de ICMS (ICMS a recolher < ICMS a recuperar) há crédito do imposto. A alíquota do ICMS pode variar de acordo com o tipo da mercadoria ou do serviço, sua origem e destinação. O ICMS é recuperável quando se adquirem: ˃ Mercadorias para comercialização e/ou Industrialização. ˃ Bens para ativo imobilizado. b) IPI Características: ˃ Competência Federal. ˃ Incide sobre produtos industrializados ou manufaturados, é devido por empresas industriais ou equiparadas. ˃ Imposto “por fora”, o seu valor não está incluso no preço dos produtos. ˃ Como o IPI é um tributo não cumulativo, o valor do IPI pago ao fornecedor por ocasião da compra corresponde a um direito da empresa classificado no Ativo Circulante, caso a empresa seja contribuinte do imposto, e não integra o custo dos estoques de mercadorias. ˃ Contribuinte do imposto: indústria ou equiparadas. A compra gera CRÉDITO de IPI – IPI a recuperar; A venda do produto manufaturado gera DÉBITO de IPI – IPI a recolher. No período de apuração da conta, os créditos e débitos de IPI serão comparados para se conhecer a parcela do imposto a recuperar ou a recolher: Se o DÉBITO de IPI for maior que o Crédito de IPI (IPI a recolher > IPI a recuperar) há obrigação de recolher o imposto. Se o DÉBITO de IPI for menor que o Crédito de IPI (IPI a recolher < IPI a recuperar) há crédito do imposto. A alíquota do IPI pode variar de acordo com o tipo de produto produzido, sua origem e destinação. O IPI é recuperável quando se adquirem: ˃ Matérias-primas e demais bens em almoxarifado destinados ao processo de industrialização de produtos sujeitos ao imposto. O IPI não é recuperável quando: ˃ Adquirem-se bens para o ativo imobilizado; ˃ Adquire-se material de uso ou consumo da indústria (produtos não utilizados no processo produtivo); ˃ O adquirente não é contribuinte do IPI (neste caso, o IPI integra o custo de aquisição). ATIVIDADE IMPOSTOS APLICÁVEIS INDÚSTRIA IPI ICMS PIS/ COFINS COMÉRCIO ICMS PIS/ COFINS CONSUMIDOR FINAL NÃO É CONTRIBUINTE DE NENHUM IMPOSTO ICMS – imposto por dentro IPI – imposto por fora Então, no preço da mercadoria inclui o ICMS, mas não inclui o IPI. Exemplo: Mercadorias -----------------R$ 3.000,00 IPI de 20% --------------- + R$ 600,00 (3.000 x 20%) Valor da NF --------------- R$ 3.600,00 ICMS de 10% está incluso no valor da mercadoria = R$ 300,00 (3000 x10%) Cumpre observar que o valor do IPI foi adicionado ao valor da mercadoria para calcularmos o total da NF de R$3.600,00. O ICMS está embutido no valor da mercadoria. É preciso ter cuidado com as questões que mencionam o “valor da nota fiscal” ou o “valor pago”, este já inclui o IPI. Quando a questão fizer referência ao total da nota, neste valor estão embutidos o ICMS e IPI. No total da nota de R$ 3.600,00 já estão embutidos o ICMS de R$ 300,00 e o IPI de R$ 600,00. Operações de compras SITUAÇÃO 1: Vendedor (indústria) x Comprador (comércio) Indústria (vendedor): Destaque do ICMS e IPI na nota fiscal, pois contribui com os dois impostos. → Empresa comercial (comprador): Contribuinte somente do ICMS. Significa que terá o direito de compensar o ICMS na compra. O IPI fará parte do custo de aquisição, pois não será recuperado. Vendedor: Indústria Mercadorias ----------------------------------------------R$ 3.000,00 IPI de 20% --------------------------------- +R$ 600,00 (3.000 x 20%) Valor da NF -------------------------------- R$ 3.600,00 ICMS de 10% incluso no valor da operação = R$ 300,00 (3000 x 10%) Comprador: Comércio Compra Líquida: 3.000 – 300(ICMS recuperável) + 600(IPI não recuperável) = R$ 3.300,00 ou 3.600 – 300 = R$ 3.300,00 Lançamento: D- Mercadorias -----------------------------------------------3.300,00 D- ICMS a Recuperar------------------------------------------300,00 C- Caixa/ Fornecedor ----------------------------------------3.600,00 SITUAÇÃO 2: Vendedor (indústria) x Comprador (indústria) Indústria (vendedor): Destaque do ICMS e IPI na nota fiscal, pois contribui com os dois impostos. → Indústria (comprador): Contribuinte do ICMS e IPI. Significa que terá o direito de recuperá-los na compra. Vendedor: Indústria Mercadorias -------------R$ 3.000,00 IPI de 20% ---------------+R$ 600,00 (3.000 x 20%) Valor da NF --------------R$ 3.600,00 ICMS de 10% incluso no valor da operação = R$ 300,00 (3000 x10%) Comprador: Indústria Compra Líquida: = 3.600 – 300(ICMS recuperável) – 600(IPI recuperável) = R$ 2.700,00 ou 3.000 – 300(ICMS recuperável) = R$ 2.700,00 Lançamento: D- Mercadorias ----------------2.700,00 D-ICMS a Recuperar------------300,00 D- IPI a Recuperar --------------600,00 C- Caixa/ Fornecedor ------- 3.600,00 FIQUE LIGADO Em regra geral, o IPI incide sobre o ICMS. O ICMS é calculado por dentro, ou seja, está embutido no valor da mercadoria. O ICMS não incide sobre o IPI. SITUAÇÃO 3: vendedor (comércio) x Comprador (comércio) Comércio (vendedor): Destaque do ICMS, pois, é contribuinte do imposto. → Comércio (comprador): Contribuinte somente do ICMS. Significa que terá o direito de compensar o ICMS na compra. Vendedor: comércio Mercadorias ----------------------------------------------R$ 3.000,00 Valor da NF -----------------------------------------------R$ 3.000,00ICMS de 10% incluso no valor da operação = R$ 300,00 (ICMS = 3.000 x 10%= 300,00) Comprador: comércio Compra Líquida: 3.000-300= R$ 2.700,00 Lançamento: D- Mercadoria-------------------------------------------------2.700,00 D-ICMS a Recuperar--------------------------------------------300,00 C- Caixa/Fornecedor-----------------------------------------3.000,00 SITUAÇÃO 4: BEM DE CONSUMO Vendedor (Indústria) x Comprador (Consumidor Final) Se o produto é destinado a consumo ou a ativo fixo do adquirente, o IPI integra a base de cálculo do ICMS do remetente. Vendedor: Indústria Bem -------------------------------------------------------R$ 3.000,00 IPI-20%--------------------------------------------------- + R$ 600,00 NF--------------------------------------------------------- R$ 3.600,00 ICMS de 10% incluso no valor da operação = 3.600 x 10% = R$ 360,00 Comprador: Consumidor Final Custo de Aquisição: R$ 3.600,00 Lançamento D- Estoque/ Material de Consumo C- Caixa/Fornecedor -------------------------------------R$ 3.600,00 Composição da NF de venda (em reais): Vendedor: Indústria e Comércio 250 latas -----Cun 120,00 IPI + 6,00 (120 x 5%) NF 126,00 ICMS = 120 x 12% = 14,40 Comprador: Indústria e Comércio A tinta adquirida foi contabilizada conforme sua natureza contábil funcional: 50 latas para consumo interno: assume o papel do consumidor final, não recupera nenhum dos impostos. Vale ressaltar que nessa situação o ICMS seria de R$ 15,12 (126 x 12%), mas de qualquer forma não seria recuperado. 100 latas para revender: assume o papel de empresa comercial, recupera apenas o ICMS. 100 latas para usar como matéria-prima: assume o papel de indústria, recupera tanto ICMS quanto o IPI. Estoque - consumo interno: 50 x 126 = R$ 6.300,00. - para revender: 100 x (126 – 14,40) = 100 x 111,60 = R$ 11.160,00 - para usar como matéria-prima = 100 x (126 - 6 - 14,40) = 100 x 105,60 = R$ 10.560,00 Total do estoque: R$ 28.020,00 Frete e seguro na compra SITUAÇÃO 5: Frete e seguro FIQUE LIGADO Se a questão não informar, deve-se considerar que o frete e o seguro foram realizados por uma transportadora (terceiros). Neste caso, a empresa compradora receberá duas NFs, a nota que acompanha o produto e a nota do transporte. Só destacaremos ICMS sobre frete se a questão mencionar expressamente. Se o transporte for dentro do município, não incidirá ICMS, somente ISS. SITUAÇÃO 6: Frete e seguro Transporte realizado por terceiros e pago pelo vendedor. Despesa com vendas. → Para o comprador não há custo com transporte. Vendedor: Indústria Mercadoria--------------------------------- R$ 3.000,00 IPI de 20%----------------------------------R$ 600,00 (3.000 x 20%) Total NF ------------------------------------R$ 3.600,00 ICMS de 10% = R$ 300,00 (3.000,00 X 10%) NFCT: 400 ICMS: 400 x 10% = 40 Pago pelo vendedor = despesa com vendas Lançamento: D- Frete sobre venda C- Caixa/ Duplicata a pagar-----------------400,00 Como o frete foi pago pelo vendedor, não compõe o custo de aquisição do comprador. O vendedor deverá reconhecer uma despesa operacional/despesa com vendas. Comprador: comércio CL = 3.000 + 600 – 300 = 3.300 Lançamento: D- Mercadorias-----------------------------3.300,00 D- ICMS a Recuperar----------------------- 300,00 C- Caixa/ Fornecedor---------------------- 3.600,00 FIQUE LIGADO CIF = frete pago pelo vendedor FOB = frete pago pelo comprador Pis e cofins Características: ˃ contribuições Federais; ˃ contribuições “por dentro”, seus valores estão inclusos no preço da mercadoria; ˃ a partir da vigência da lei 10.637/02 e da Lei 10.833/03, o PIS e COFINS estão sujeitos a duas regras gerais de apuração: »Regime de incidência cumulativa; »Regime de incidência não cumulativa. Regime Cumulativo: PIS e COFINS não são recuperáveis, seus valores integram o custo de aquisição da mercadoria. Incidem somente na saída (venda), gerando a obrigação de pagar o imposto. Contribuintes: pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação do IR, que apurem o IR com base no lucro presumido ou arbitrado. Fato Gerador: faturamento mensal = receita bruta. Receita bruta abrange: ˃ produto da venda de bens nas operações de conta própria; ˃ preço da prestação de serviço em geral; ˃ resultado auferido nas operações de conta alheia; ˃ receitas da atividade ou objeto principal da PJ não compreendidas nos itens anteriores. Exclusão da Base de Cálculo: Para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do faturamento, quando o tenham integrado, os valores: ˃ das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero); ˃ das vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; ˃ do IPI e do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; ˃ as reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimento pelo valor do Patrimônio Líquido e os lucros e dividendos derivados de participações societárias, que tenham sido computados como receita bruta; ˃ a receita decorrente da venda de bens classificados no Ativo Não Circulante que tenha sido computada como receita bruta; ˃ a receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja Ativo Intangível representativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos. Regime não cumulativo: admite o direito a crédito relativo à entrada de mercadorias, bens e serviços no estabelecimento do contribuinte, além de permitir o desconto de créditos apurados com base em custos, despesas e encargos da pessoa jurídica. Contribuintes: pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, que apurem o IRPJ com base no Lucro Real, exceto instituições financeiras, cooperativas de crédito, pessoas jurídicas que tenham por objeto a securitização de créditos imobiliários e financeiros, operadoras de planos de assistência à saúde, empresas particulares que explorem serviços de vigilância e de transporte de valores de que trata a Lei nº 7.102/83, e sociedades cooperativas. Incidência: as contribuições para o PIS/PASEP e COFINS não cumulativas incidem sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica. O total das receitas compreende a receita bruta e todas as demais receitas auferidas pela pessoa jurídica, com os respectivos valores decorrentes do ajuste a valor presente. Não integram a base de cálculo a que se refere este artigo as receitas: I - isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero). Alíquota zero: venda de livro técnico, as receitas financeiras das pessoas jurídicas sujeitas ao regime de incidência não cumulativa, exceto as receitas financeiras de JSCP; Isenção: exportação de mercadoria para exterior, prestação de serviço para PF ou PJ domiciliadas no exterior; venda a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação. II - decorrentes da venda de bens do Ativo Não Circulante, classificado como investimento, imobilizado ou intangível; III - auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária; IV - referentes a: a) vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos; b) reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do Patrimônio Líquido e os lucros e dividendos derivadosde participações societárias, que tenham sido computados como receita; V- decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS de créditos de ICMS originados de operações de exportação; VI - financeiras decorrentes do ajuste a valor presente, referentes a receitas excluídas da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep; VII - relativas aos ganhos decorrentes de avaliação de Ativo e Passivo com base no valor justo; VIII - de subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos e de doações feitas pelo poder público; IX - reconhecidas pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja Ativo intangível representativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos; X - relativas ao prêmio na emissão de debêntures. Crédito do PIS e da COFINS para o sistema não cumulativo. I - bens adquiridos para revenda; II - bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes; (adquiridos no mês) III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica; (incorridos no mês) IV - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa; (incorridos no mês) V - valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo SIMPLES; (incorridos no mês) VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao Ativo Imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços; (incorridos no mês) VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas atividades da empresa; (incorridos no mês) VIII - bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei; (devolvidos no mês) IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor; (incorridos no mês) IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor; (incorridos no mês) X - vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção; XI - bens incorporados ao Ativo Intangível, adquiridos para utilização na produção de bens destinados a venda ou na prestação de serviços (incorridos no mês). O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação: I - aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País; II - aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no País. O crédito não aproveitado em determinado mês pode ser utilizado nos meses subsequentes CUMULATIVO NÃO CUMULATIVO PIS 0,65% 1,65% COFINS 3% 7,6% TOTAL 3,65% 9,25% FIQUE LIGADO Na demonstração do resultado do exercício, a COFINS incidente sobre a receita bruta é apresentada como dedução da receita bruta. Já a COFINS incidente sobre as demais receitas classifica-se como despesa operacional. SITUAÇÃO 7: Empresa comercial (optante do Lucro Real) adquire mercadorias de outra empresa comercial. Vendedor: Comércio → Comprador: Comércio Optante do Lucro Real Vendedor: comércio Mercadorias ---- R$ 3.000,00 NF R$ 3.000,00 ICMS -10% x 3.000 = R$ 300,00 Comprador: comércio PIS e COFINS não Cumulativo PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 CL: 3.000 – 300 (ICMS) – 49,50 (PIS) – 228 (COFINS) = 2.422,50 Lançamento: D- Mercadorias---------------------2.422,50 D- ICMS a Recuperar---------------300,00 D- PIS a Recuperar--------------------49,50 D- COFINS a Recuperar--------------228,00 C- Caixa/Fornecedor--------------3.000,00 SITUAÇÃO 8: Indústria (optante do Lucro Real) adquire mercadorias de indústria. Vendedor: Indústria → Comprador: Indústria Optante do Lucro Real Vendedor: indústria Mercadoria ------- R$ 3.000,00 IPI-20%----------- R$ 600,00 (recuperável= não compõe o custo) NF ----------------R$ 3.600,00 ICMS de 10% x 3.000 = R$ 300,00 Comprador: indústria PIS e COFINS não Cumulativo PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 CL = 3.600 – 600 (IPI)- 300 (ICMS) – 49,50 (PIS) – 228 (COFINS) = R$ 2.422,50 Lançamento: D- Mercadorias---------------------2.422,50 D- IPI a Recuperar-------------------600,00 D- ICMS a Recuperar---------------300,00 D- PIS a Recuperar--------------------49,50 D- COFINS a Recuperar--------------228,00 C- Caixa/Fornecedor--------------3.600,00 SITUAÇÃO 9: Empresa comercial (optante do Lucro Real) adquire mercadorias de indústria. Vendedor: Indústria → Comprador: comércio Optante do Lucro Real Vendedor: indústria Mercadoria ------- R$ 3.000,00 IPI-20%-------------- R$ 600,00 (não recuperável = compõe custo de aquisição) NF -------------------R$ 3.600,00 ICMS de 10% X 3.000 = R$ 300,00 Comprador: comércio PIS e COFINS não Cumulativo PIS- 1,65% x 3.600 = R$ 59,40 COFINS- 7,6% x 3.600 = R$ 273,60 CL= 3.000 + 600 – 300(ICMS) – 59,40(PIS) – 273,60(COFINS) = R$ 2.967,00 Lançamento: D- Mercadoria-----------2967,00 D- ICMS a recuperar---300,00 D- PIS a recuperar----------59,40 D- COFINS a recuperar---273,60 C- Cx./Fornecedor-------3.600 IPI recuperável - Seu valor não entra na base de cálculo do: ˃ ICMS; ˃ PIS; e ˃ COFINS. -IPI não recuperável, e o bem é destinado à venda: ˃ Seu valor integra a base de Cálculo do: PIS e COFINS. ˃ Seu valor não entra na base de cálculo do: ICMS Fatores que alteram as compras a)Devoluções (ESTORNO) Ato pelo qual a mercadoria retorna ao fornecedor, por estar em desacordo com o pedido inicial, por defeito de fabricação, por estar fora das especificações técnicas ou por entrega fora do prazo. A devolução poderá ser total ou parcial, acompanhada de NF de devolução. SITUAÇÃO 10: empresa comercial (optante do Lucro Real) adquire mercadorias de indústria. Vendedor: indústria Mercadoria ------- R$ 3.000,00 IPI-20%-------------- R$ 600,00 (não recuperável = compõe custo de aquisição) NF -------------------R$ 3.600,00 ICMS de 10% X 3000 = R$ 300,00 Comprador: comércio PIS e COFINS não Cumulativo PIS- 1,65% x 3.600= R$ 59,40 COFINS - 7,6% x 3.600= R$ 273,60 CL= 3.000 + 600 – 300(ICMS) – 59,40(PIS) – 273,60(COFINS) = R$ 2.967,00 Lançamento: D- Mercadoria-----------2967,00 D- ICMS a recuperar---300,00 D- PIS a recuperar----------59,40 D- COFINS a recuperar---273,60 C- Cx./Fornecedor-------3.600 Devolução de 50% dessa compra: Estorno Nesse primeiro registro utilizamos a conta transitória que precisará ser encerrada ao final do período, para ajuste do estoque. Lançamento D- Cx./Fornecedor----------------------1.800,00 C- Devolução de compra ----------------1.483,50 C- ICMS a recuperar----------------------150,00 C- PIS a recuperar--------------------------29,70 C- COFINS a recuperar-------------------136,80 AC/ Mercadoria------------------------2.967,00 (- ) Devolução de Compra------ ---(1.483,50) Ajuste do estoque: Lançamento D- Devolução de compra C- Mercadoria-----------------------------1.483,50 Saldo Final: AC/ Mercadoria------------------------ 1.483,50 Estorno Nesse segundo registroo estorno foi realizado diretamente na conta mercadorias. Lançamento D - Cx./Fornecedor----------------------1.800,00 C- Mercadoria---------------------------1.483,50 C- ICMS a recuperar----------------------150,00 C- PIS a recuperar--------------------------29,70 C- COFINS a recuperar-------------------136,80 FIQUE LIGADO Havendo frete na compra, caso esta seja totalmente devolvida, tal frete será considerado despesa operacional referente ao período em que ocorrer a devolução. Se a devolução for parcial, a perda com frete será proporcional ao valor da devolução. b)Abatimento sobre Compra Redução no valor da mercadoria concedido pelo vendedor com objetivo de evitar uma devolução. Concedido em razão de: avarias, divergência em qualidade ou quantidade entre a entrega e o pedido. O abatimento é concedido após o ato da venda, consequentemente, após emissão da NF, não diminuindo a base de cálculo dos impostos. Em função de o abatimento ser concedido após a emissão da NF, este valor não influenciará os impostos que incidiram na operação, prevalecendo o montante calculado quando da ocorrência do fato gerador. SITUAÇÃO 11: comércio (optante do Lucro Real) adquire mercadorias de Indústria. Vendedor: indústria Espelho da NF: Mercadoria ------- R$ 3.000,00 IPI-20%-------------- R$ 600,00 (não recuperável) NF -------------------R$ 3.600,00 ICMS de 10% X 3000 = R$ 300,00 Comprador: comércio (optante do Lucro Real) * PIS e COFINS não Cumulativo PIS- 1,65% x 3.600= R$ 59,40 COFINS- 7,6% x 3.600= R$ 273,60 Custo de aquisição: Mercadoria (NF) – ICMS – PIS - COFINS = CL 3.600 300 59,40 273,60 2.967,00 Lançamento: D- Mercadoria---------------2967,00 D- ICMS a recuperar---------300,00 D- PIS a recuperar--------------59,40 D- COFINS a recuperar--------273,60 C- Cx./Fornecedor--------------3.600 FATO: Abatimento s/ compra de R$ 500,00 Lançamento: D- Caixa/Fornecedor C- Abatimento s/ Compra*-----------R$ 500,00 * Conta transitória redutora da conta Mercadoria. AC/Mercadoria--------------------------2.967,00 (- ) Abatimento sobre compra-------(500,00) Ajuste do estoque Lançamento D- Abatimento s/ compra C- Mercadoria-------------------------R$ 500,00 Saldo Final: AC/Mercadoria--------------------------2.467,00 c)Descontos Incondicionais ou Comerciais Desconto dado incondicionalmente pelo fornecedor ao cliente, visto que não depende das condições de pagamento. Concedido no ato da transação, portanto, é destacado na NF. Também chamado de desconto comercial. O lançamento do desconto comercial obtido, regra geral, não é contabilizado pelo comprador. A mercadoria é registrada pelo valor líquido, já deduzido o desconto, obedecendo ao conceito de custo histórico ou valor original. Os descontos incondicionais Influenciam o valor dos tributos incidentes sobre a operação, da seguinte forma: ˃ O crédito de ICMS é reduzido. ˃ Os créditos de PIS/Pasep e COFINS serão também reduzidos; e ˃ O crédito de IPI não é afetado (isso porque o desconto incondicional é irrelevante para apuração do IPI, conforme legislação de regência). Lei 4.502/64 Art. 14. II - quanto aos produtos nacionais, o valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial. (Redação dada pela Lei nº 7.798, de 1989) § 1º. O valor da operação compreende o preço do produto, acrescido do valor do frete e das demais despesas acessórias, cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao comprador ou destinatário. (Redação dada pela Lei nº 7.798, de 1989) § 2º. Não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos, diferenças ou abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que incondicionalmente. (Redação dada pela Lei nº 7.798, de 1989) SITUAÇÃO 12: desconto incondicional concedido de 10%. Vendedor: indústria Mercadoria ------- R$ 3.000,00 Desconto Incondicional (R$ 300,00) IPI-20%-------------- R$ 600,00 (não recuperável) NF -------------------R$ 3.300,00 ICMS de 10% X (3000 – 300) = R$ 270,00 Comprador: comércio * PIS e COFINS não Cumulativo PIS- 1,65% x 3.300 = R$ 54,45 COFINS- 7,6% x 3.300 = R$ 250,80 CL= 3.000 – 300 + 600 – 270(ICMS) – 54,45(PIS) – 250,80(COFINS) = R$ 2724,75 Lançamento: D- Mercadoria-----------2724,75 D- ICMS a recuperar---270,00 D- PIS a recuperar----------54,45 D- COFINS a recuperar---250,80 C- Cx./Fornecedor-------3.300 Importante! O STF reconheceu a inconstitucionalidade parcial desse dispositivo (art.14, §2°), estabelecendo que os descontos incondicionais NÃO INTEGRAM a base de cálculo do IPI. P.S 1: a decisão foi no julgamento do RE nº 567.935, ou seja, foi em sede de controle incidental de constitucionalidade. Logo, não tem efeito vinculante e sua eficácia é apenas inter partes. P.S 2: o Regulamento do IPI segue o art. 14, § 2º, ou seja, a legislação que rege o assunto não foi modificada. Blog prof. Ricardo Vale. http://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/questao-garantida-proximo-concurso- da-receita-federal/ Fatores que alteram as compras Efeitos nos tributos Devolução Diminui a base de cálculo do IPI, ICMS, PIS e COFINS. Abatimento Não diminui a base de cálculo dos impostos. Desconto Incondicional (NF) Diminui a base de cálculo do ICMS, PIS e COFINS. Não diminui base de cálculo do IPI. 2.4 Custo da Mercadoria Vendida CMV = EI + CL - EF CMV = Custo da Mercadoria Vendida = Custo da Venda EI = estoque Inicial EF = estoque Final CL = compra líquida 2.5 Operações de Venda Venda bruta (-) devoluções de venda (-) abatimentos s/ venda (-) descontos incondicionais (-) impostos incidentes s/ venda. Receita Líquida Tributos incidentes sobre as vendas ˃ ICMS-Imposto s/ Circulação de Mercadorias e Serviço de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (imposto estadual); ˃ ISS- Imposto sobre Serviços (imposto municipal); ˃ PIS- Contribuição do Programa de Integração Social (contribuição federal); ˃ COFINS- Contribuição Social sobre Faturamento (contribuição federal); ˃ IPI - Imposto s/ Produtos Industrializados (imposto federal) Obs.: o IPI incidente sobre a venda não é uma dedução da receita de venda, pois é um imposto por fora e, portanto, deve ser adicionado à receita para compor o faturamento bruto. A base de cálculo do IPI é o valor bruto da venda, desconsiderados, portanto, os descontos incondicionais concedidos, ou seja, o IPI incide sobre o valor cheio. SITUAÇÃO 13: Vendedor = Indústria DRE Faturamento Bruto-------------------------------------------3.600,00 IPI s/ Faturamento--------------------------------------------(600,00) = Receita Bruta-----------------------------------------------3.000,00 Impostos s/ Venda--------------------------------------------(577,50) = Receita Líquida----------------------------------------------2.422,50 CMV-----------------------------------------------------------(800,00) = Lucro Bruto--------------------------------------------------1.622,50 Vendedor: indústria Mercadoria ------------------------- R$ 3.000,00 IPI-20%------------------------------- R$ 600,00 NF ------------------------------------R$ 3.600,00 ICMS de 10% X 3.000 = R$ 300,00 PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 *CMV: R$ 800,00 Lançamento: D- Duplicata a Receber/ Caixa C- Faturamento Bruto ------------------3.600,00 D- IPI s/ Faturamento C- IPI a Recolher--------------------------600,00 D- Impostos s/ Venda---------------------577,50 C- ICMS a Recolher-----------------------300,00 C- PIS a Recolher---------------------------49,50 C- COFINS a Recolher--------------------228,00 D- CMV C- Mercadoria----------------------800,00 SITUAÇÃO 14: Vendedor: Comércio Receita Bruta-------------------------------------------------3.000,00 Impostos s/ Venda--------------------------------------------(577,50) = Receita Líquida----------------------------------------------2.422,50CMV-----------------------------------------------------------(800,00) = Lucro Bruto--------------------------------------------------1.622,50 Vendedor: comércio Mercadorias ---- R$ 3.000,00 NF R$ 3.000,00 ICMS -10% x 3.000 = R$ 300,00 PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 CMV: R$ 800,00 Lançamento: D- Duplicata a Receber/Caixa C- Receita Bruta ------------------------3.000,00 D- Impostos s/ Venda---------------------577,50 C- ICMS a Recolher-----------------------300,00 C- PIS a Recolher---------------------------49,50 C- COFINS a Recolher--------------------228,00 D- CMV C- Mercadoria-----------------------------800,00 Fatores que alteram as vendas a)Devolução de Vendas = ESTORNO Ocorre quando o adquirente da mercadoria devolve parte ou toda compra efetuada. As devoluções de Vendas ou Vendas Canceladas são registradas em uma conta redutora da Receita de Vendas, denominada Devolução de Vendas, diminuindo o resultado da empresa vendedora. SITUAÇÃO 15: DRE Faturamento Bruto-------------------------------------------3.600,00 Devolução de venda-----------------------------------------1.800,00) IPI s/ Faturamento--------------------------------------------(300,00) = Receita Bruta-----------------------------------------------1.500,00 Impostos s/ Venda--------------------------------------------(288,75) = Receita Líquida-----------------------------------------------1.211,25 CMV----------------------------------------------------------(400,00) = Lucro Bruto-----------------------------------------------------811,25 Vendedor: indústria Mercadoria ------- R$ 3.000,00 IPI-20%-------------- R$ 600,00 NF -------------------R$ 3.600,00 ICMS de 10% X 3.000 = R$ 300,00 PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 *CPV: R$ 800,00 Devolução de 50% da venda Lançamento da devolução : D- Devolução de Venda C- Duplicata a Receber/ Caixa ---1.800,00 D- IPI a Recolher C- IPI s/ Faturamento-----------300,00 D- ICMS a Recolher----------150,00 D- PIS a Recolher--------------24,75 D- COFINS a Recolher-------114,00 C -Impostos s/ Venda-------288,75 D- Mercadoria C – CPV-------------------------400,00 SITUAÇÃO 16: DRE Receita Bruta-------------------------------------------------3.000,00 (-) Devolução de Venda------------------------------------ (1.500,00) Impostos s/ Venda-------------------------------------------(288,75) = Receita Líquida-----------------------------------------------1.211,25 CMV----------------------------------------------------------(400,00) = Lucro Bruto----------------------------------------------------811,25 Lançamento da Venda: D- Duplicata a Receber/ Caixa C- Faturamento Bruto ---3.600,00 D- IPI s/ Faturamento C- IPI a Recolher-------------600,00 D- Impostos s/ Venda-------577,50 C- ICMS a Recolher----------300,00 C- PIS a Recolher--------------49,50 C- COFINS a Recolher-------228,00 D- CPV C- Mercadoria------------800,00 Vendedor: comércio Mercadorias ---------------------------------------------- R$ 3.000,00 NF---------------------------------------------------------R$ 3.000,00 ICMS -10% x 3.000 = R$ 300,00 PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 Lançamento Venda: D- Duplicata a Receber/ Caixa C- Receita Bruta----------------------------------------------3.000,00 D- Impostos s/ Venda-------------------------------------------577,50 C- ICMS a Recolher----------------------------------------------300,00 C- PIS a Recolher-------------------------------------------------49,50 C- COFINS a Recolher-------------------------------------------228,00 D- CMV C- Mercadoria---------------------------------------------------800,00 Devolução de 50% da venda Lançamento: D- Devolução de Venda C- Duplicata a Receber/Caixa ------------------------------------1.500 D- ICMS a Recolher----------------------------------------------150,00 D- PIS a Recolher------------------------------------------------- 24,75 D- COFINS a Recolher--------------------------------------------114,00 C- Impostos s/ Venda------------------------------------------- 288,75 D- Mercadoria C- CMV---------------------------------------------------------400,00 b)Abatimento sobre Venda O abatimento concedido reduz o resultado e deverá ser contabilizado em uma conta redutora da Receita de Vendas, denominada Abatimento sobre Venda. São concedidos pelo vendedor, com objetivo de evitar devoluções. SITUAÇÃO 17: Abatimento sobre Venda DRE Faturamento-------------------------------------------------3.600,00 (-) IPI---------------------------------------------------------(600,00) Receita Bruta-------------------------------------------------3.000,00 (-) Abatimento s/ Venda-------------------------------------(500,00) Impostos s/ Venda-------------------------------------------(577,50) = Receita Líquida----------------------------------------------1.922,50 CMV-----------------------------------------------------------(800,00) = Lucro Bruto---------------------------------------------------1.122,50 Vendedor: indústria Mercadoria ----------------------------------------------- R$ 3.000,00 IPI-20%---------------------------------------------------- R$ 600,00 NF --------------------------------------------------------R$ 3.600,00 ICMS de 10% X 3.000 = R$ 300,00 PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 *CPV: R$ 800,00 Lançamento da Venda: D- Duplicata a Receber/ Caixa C- Faturamento Bruto ---------------------------------------3.600,00 D- IPI s/ Faturamento C- IPI a Recolher------------------------------------------------600,00 D- Impostos s/ Venda-------------------------------------------577,50 C- ICMS a Recolher----------------------------------------------300,00 C- PIS a Recolher-------------------------------------------------49,50 C- COFINS a Recolher-------------------------------------------228,00 D- CPV C- Mercadoria---------------------------------------------------800,00 Foi concedido um abatimento de ---------------------------R$ 500,00 D- Abatimento s/ Venda C- Caixa/Duplicata a Receber---------------------------------500,00 SITUAÇÃO 18: DRE Receita Bruta------------------------------------------------- 3.000,00 (-) Abatimento s/ Venda-------------------------------------(500,00) Impostos s/ Venda--------------------------------------------(577,50) = Receita Líquida----------------------------------------------1.922,50 CMV-----------------------------------------------------------(800,00) = Lucro Bruto---------------------------------------------------1.122,50 Vendedor: comércio Mercadorias ---------------------------------------------- R$ 3.000,00 NF---------------------------------------------------------R$ 3.000,00 ICMS -10% x 3.000 = R$ 300,00 PIS- 1,65% x 3.000 = R$ 49,50 COFINS- 7,6% x 3.000 = R$ 228,00 Lançamento Venda: D- Duplicata a Receber/ Caixa C- Receita Bruta----------------------------------------------3.000,00 D- Impostos s/ Venda-------------------------------------------577,50 C- ICMS a Recolher----------------------------------------------300,00 C- PIS a Recolher-------------------------------------------------49,50 C- COFINS a Recolher-------------------------------------------228,00 D- CMV C- Mercadoria---------------------------------------------------800,00 Foi concedido um abatimento de R$ 500,00 D- Abatimento s/ Venda C- Caixa/Duplicata a Receber----------------------------------500,00 c)Desconto Incondicional ou Comercial São concedidos no momento da venda, portanto, constam na NF. Diminuem o resultado, sendo registrados em uma conta redutora da receita de vendas, denominada Desconto Incondicional Concedido. Não Esquecer! Observa-se que os tributos s/ as vendas são calculados após a dedução do desconto
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